Quando se trata de linguagem é incorreta: a) não é incomum nos depararmos com confusões a respeito das nomenclaturas e definições relacionadas ao campo da linguagem. Quando isso acontece, é fundamental termos bem claro, na condição de professores de língua, as estratégias mais interessantes para desfazer as dúvidas. b) embora as definições de língua e linguagem possam parecer muito básicas para tratar de aquisição de vocabulário, pode ser que justamente a percepção dos alunos em relação aos diferentes tipos de linguagem e a como isso se relaciona ao código da língua faça com que eles entendam a dinâmica do repertório das diferentes realizações de linguagem. c) é preciso considerar que, por exemplo, em inglês (língua em que são escritos os principais compêndios de análise linguística, a palavra language é empregada para definir tanto língua quanto linguagem; para nós, em português, é o contexto que vai permitir a leitura de um ou de outro significado. d) é importante dar voz a teóricos que pensaram a linguagem como definição e objeto de estudo. Por exemplo, Saussure, ao definir a linguagem como heteróclita e multifacetada, colocou-a como aspecto central para diversos domínios, como o fato de ela transitar entre o campo psíquico, o físico e o fisiológico. Todavia, é um erro achar que a linguagem pertence ao âmbito social e ao individual, ou seja, é ao mesmo tempo própria (de cada um) e compartilhada (utilizada por todos os que se comunicam, com diversas finalidades).