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Acerca da leitura labial é preciso ressaltar que em média, apenas 25% do que se diz pode ser identificado pelos melhores leitores labiais do mundo, segundo Fine (1977). Também outras fontes indicam as poucas possibilidades oferecidas pela leitura labial, considerada "a menos consistente das possibilidades de comunicação para pessoas surdas. Somente 30% dos sons da língua inglesa são visíveis nos lábios e 50% dos sons são homófonos". (Gallaudet College, 1984). A fixação do olhar pelo surdo costuma acarretar muito desconforto para o ouvinte (Higgins, 1980, p. 159). Muitos sujeitos surdos descrevem cansaço e limitações em fazer leitura labial, como Rita, sujeito da pesquisa de Botelho (1998): "A professora fala, fala, fala, fala... escreve pouco, você fica cansada... não dá pra entender".
Considerando o texto acima infere-se que:
a. A leitura labial não depende da condição de oralização do surdo, haja vista que qualquer pessoa com limitação auditiva é capaz de fazê-la, independente do contexto.
b. A leitura labial é extremamente eficiente na comunicação com surdos apesar de ser muito dependente de compreensão do contexto e da integração do conjunto de elementos verbais e não verbais.
c. A leitura labial é um procedimento útil em alguma medida, na interação verbal entre surdos e ouvintes, mas não é definidora da compreensão.
d. A leitura labial não depende de uma atitude ativa do sujeito surdo na interação e da eliminação da simulação de compreensão de ambas as partes.
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Questões sobre LIBRAS

há 10 meses

Respostas

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há 10 meses

Vamos analisar as alternativas com base no texto apresentado. a. A leitura labial não depende da condição de oralização do surdo, haja vista que qualquer pessoa com limitação auditiva é capaz de fazê-la, independente do contexto. - Esta afirmação é incorreta, pois a leitura labial pode variar conforme a habilidade de oralização e o contexto do surdo. b. A leitura labial é extremamente eficiente na comunicação com surdos apesar de ser muito dependente de compreensão do contexto e da integração do conjunto de elementos verbais e não verbais. - Embora a leitura labial dependa de contexto e elementos não verbais, o texto enfatiza que ela não é extremamente eficiente, já que apenas 25% do que se diz pode ser identificado. c. A leitura labial é um procedimento útil em alguma medida, na interação verbal entre surdos e ouvintes, mas não é definidora da compreensão. - Esta alternativa reflete bem a ideia do texto, que menciona as limitações da leitura labial e como ela não garante a compreensão total. d. A leitura labial não depende de uma atitude ativa do sujeito surdo na interação e da eliminação da simulação de compreensão de ambas as partes. - Esta afirmação é incorreta, pois a leitura labial realmente requer uma atitude ativa do surdo para que a comunicação seja efetiva. Portanto, a alternativa correta é: c) A leitura labial é um procedimento útil em alguma medida, na interação verbal entre surdos e ouvintes, mas não é definidora da compreensão.

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Segundo Vygotsky (apud GOLDFELD, 2002, p. 34), “o processo pelo qual a criança adquire a linguagem segue o sentido do exterior para o interior, do meio social para o indivíduo. A linguagem possui além da função comunicativa, a função de construir o pensamento.” Dessa maneira podemos inferir que a linguagem e a cognição estão intimamente ligadas, sendo que o desenvolvimento cognitivo estaria diretamente associado ao desenvolvimento linguístico. A partir da analise acima acerca do posicionamento de Vygotsky, podemos perceber que as relações sociais e linguísticas são essenciais na constituição do indivíduo, visto que são o foco de análise nos casos de atraso de linguagem em crianças, sendo de fundamental relevância para o estudo do desenvolvimento da criança surda.
Portanto, acerca do processo de aquisição linguística da criança surda podemos AFIRMAR que:
a. Independente da idade o individuo surdo pode aprender a LIBRAS, sem qualquer prejuízo ao seu desenvolvimento cognitivo.
b. O Decreto 5626/2005 determina aos profissionais da saúde que orientem as famílias acerca da importância de oralizar a criança surda.
c. A LIBRAS deve ser adquirida após a aquisição natural do Português, língua majoritária do país.
d. É essencial que as crianças surdas sejam inseridas o mais cedo possível em comunidades surdas adultas, a fim de adquirirem naturalmente a língua de sinais.

Algumas datas comemoradas pelas comunidades surdas espalhadas pelo mundo revelam a visão dos mesmos acerca da sua condição de surdez. A visão da surdez como uma diferença linguística e cultural e não uma condição limitadora e incapacitante pode ser denominada:
Escolha uma opção:
a. Visão clínica terapêutica da surdez.
b. Visão médico cultural da surdez.
c. Visão etnocêntrica da surdez.
d. Visão sócio antropológica da surdez.

A Lei 10.436/2002 oficializa no Brasil mais uma língua, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Entende-se como LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual -motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. O Decreto 5626/2005 regulamenta a Lei 10.436/2002 trazendo maiores detalhes acerca dos processos de difusão da LIBRAS, assim como de sua consolidação como língua oficial no Brasil e consequentemente a regulamentação dos espaços sociais alcançados pela mesma.
De acordo com as legislações apresentadas acima a LIBRAS é:
a. Uma disciplina curricular exigida na formação acadêmica de diversas profissões.
b. Uma língua artificial, criada pelos ouvintes para facilitar a vida dos surdos.
c. Considerada visual motora, pois utiliza-se predominantemente do aparelho fonoarticulatório e auditivo para produção e recepção linguística.
d. Apenas uma linguagem incapaz de expressar conceitos abstratos.

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