Ed
há 11 meses
Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o contexto do Direito Administrativo e a questão da posse de bens públicos. a) O ocupante de bem público deve ser considerado mero detentor do imóvel, sem legitimidade para pleitear proteção possessória, embora deva ser indenizado por benfeitorias realizadas. - Esta alternativa está correta em parte, pois o ocupante de bem público realmente é considerado detentor, mas a questão da indenização por benfeitorias pode ser complexa. b) Não pode haver posse de particular sobre bem público, devendo ser julgada improcedente a ação, sem prejuízo de posterior demanda da Administração Pública em face do particular que explorou o bem indevidamente, fundada na vedação ao enriquecimento sem causa. - Esta alternativa é verdadeira, pois a posse de bem público por particular é, em regra, considerada irregular. c) O pedido de reintegração de posse deve ser considerado juridicamente impossível, tendo em vista que, como a área objeto da disputa se encontra situada em terra pública, não há direito de posse a ser disputado entre os particulares. - Esta alternativa é um pouco exagerada, pois a reintegração de posse pode ser discutida, mas a posse em si é irregular. d) Deve ser reconhecida a possibilidade de tutela possessória sobre terras públicas sem destinação específica, sendo certo que tal proteção, condicionada à promoção da função social da posse pelo possuidor, não altera a titularidade dominial do bem. - Esta alternativa é a mais adequada, pois reconhece a possibilidade de proteção possessória, mesmo em bens públicos, desde que respeitada a função social. e) O pedido de reintegração de posse deve ser julgado procedente, considerando que o particular que manteve por mais de 20 (vinte) anos a posse sobre o bem, promovendo sua função social, adquire-lhe a propriedade. - Esta alternativa é incorreta, pois a posse de bem público não gera a aquisição da propriedade. Após essa análise, a alternativa correta é: d) deve ser reconhecida a possibilidade de tutela possessória sobre terras públicas sem destinação específica, sendo certo que tal proteção, condicionada à promoção da função social da posse pelo possuidor, não altera a titularidade dominial do bem.
Já tem uma conta?
Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade
Mais perguntas desse material