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Em relação a plasticidade neural e o processo de aprendizagem é incorreta: a) a plasticidade neural está relacionada à formação de novas conexões nervosas, que alteram funções do cérebro durante seu crescimento. À medida que o indivíduo interage com seu meio, novos elementos de aprendizagem vão ocorrendo e modificando sua estrutura neurológica. A plasticidade neural deixa de atuar também em casos de lesões no sistema nervoso central (SNC), buscando uma adaptação do indivíduo ao seu ambiente. Existem outros termos correlatos usados na literatura para a plasticidade neural: plasticidade neuronal e plasticidade cerebral. b) para Gazzaniga, Ivry e Mangun (2006, p. 739), plasticidade é a "habilidade para mudar, como na maleabilidade dos materiais plásticos. No sistema nervoso, a plasticidade está envolvida, durante o desenvolvimento, na recuperação de lesões e no aprendizado diário". É fundamental afirmar que esse processo não se dá ao acaso ou como fruto do desenvolvimento biológico do indivíduo; é necessário todo um processo de estimulação e mediação com outras pessoas para que o indivíduo possa aprender ou reaprender em casos de lesão neurológica. Oliveira (2000, p. 173) explica esse processo, argumentando que: c) o aprendizado de qualquer coisa amplia a capacidade de continuar aprendendo outras coisas através da "plasticidade" neuronal formada pela multiplicação de novas ramificações e brotamentos sinápticos a partir da estrutura neuro-anátomo-histo-citológica original que se aperfeiçoa pelos sistemas neuroquímicos, característicos do SNC humano. O cérebro humano aprende a aprender. Entretanto, se não for estimulado por coisas novas limita-se a repetir funções antigas e vai desaprendendo pela desconfiguração dos circuitos em desuso. d) a plasticidade age positivamente no indivíduo quando os conteúdos aprendidos são intercalados com novos desafios, ampliando o potencial de aquisição para os conhecimentos. Entretanto, esse processo pode ocorrer de modo inverso quando o indivíduo não tem acesso ao seu pleno
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Ana Paula Pompermayer Schiavon

há 11 meses

Respostas

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há 11 meses

Vamos analisar as alternativas para identificar qual delas é incorreta em relação à plasticidade neural e o processo de aprendizagem. a) A plasticidade neural está relacionada à formação de novas conexões nervosas e à adaptação do indivíduo ao ambiente. Isso está correto, pois a plasticidade neural realmente envolve a formação de novas conexões e adaptações, inclusive após lesões. b) A definição de plasticidade como a habilidade de mudar e a necessidade de estimulação e mediação para o aprendizado está correta. A plasticidade neural não ocorre ao acaso e requer interação. c) A afirmação de que o aprendizado amplia a capacidade de aprender mais e que a falta de estímulo pode levar ao desaprendizado também está correta. Isso reflete bem o conceito de plasticidade. d) A descrição de que a plasticidade age positivamente quando há novos desafios e que pode ocorrer de modo inverso quando o indivíduo não tem acesso ao pleno desenvolvimento é um pouco vaga, mas não necessariamente incorreta. Após essa análise, a alternativa que parece mais problemática e que pode ser considerada incorreta é a d), pois não fornece uma explicação clara e pode dar a entender que a plasticidade não é sempre positiva, o que não é uma afirmação precisa. Portanto, a resposta correta é: d).

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Quando se trata da Psicologia da Forma/Figura é incorreta:

a) tem origem na palavra Gestalt, tendo como ênfase a compreensão de fenômenos subjetivos e sociais a partir de sensações e percepções do indivíduo. Esses parâmetros constituíram os princípios que envolvem a Psicologia da Forma/Figura, desenvolvida por Wolfgang Köhler, Max Wertheimer e Kurt Koffka. Psicologia da Forma/Figura considera que o conhecimento é anterior à experiência e se embasa na organização de estruturas cognitivas, que já estão previamente formadas no sujeito. Em seu sistema racionalista, a Psicologia da Forma/Figura entende que as estruturas cognitivas não sofrem influências da objetividade e que a apreensão da realidade demanda da pessoalidade de cada indivíduo. Assim, as questões históricas e sociais não são determinantes para as condutas, o que implica no entendimento de que o processo central é a percepção e não a aprendizagem.
b) A Psicologia da Forma/Figura valoriza os processos perceptivos e os insights, considerando que é a solução de problemas que permite a compreensão de uma situação, não a aprendizagem (que seria um processo mecânico que impossibilitaria o domínio de conhecimentos, o que faria o indivíduo simplesmente repetir informações). Os gestaltistas destacam o conceito de totalidade como irredutível à soma ou ao produto das partes e que o processo perceptivo-cognitivo é apreendido de modo imediato através do insight. Assim, os processos psicológicos são percebidos pelo indivíduo com uma forma particular do que ele é na realidade.
c) o tema central da Psicologia da Gestalt é a percepção, que considera a disposição de diferentes fenômenos para a organização perceptiva do indivíduo, que irá agir cognitivamente sobre elementos unitários para compor a totalidade. Cada problema apresenta algo novo à pessoa envolvida. Apesar de que muitos elementos do problema possam ser familiares, alguns não o são. Consequentemente, cada ato na solução de problemas complexos requer algum grau de originalidade ou criatividade. (Bigge, 1977, p. 112)
d) percepções ou fenômenos perceptivos são compreendidos na Psicologia da Gestalt como a elaboração cognitiva de experiências individuais demarcadas aprioristicamente, pois se refere a um modo imediato de compreensão de determinado fenômeno em sua totalidade. Assim, a Psicologia da Gestalt destaca que a percepção envolve uma sensação que permite uma solução para um problema vivido pelo indivíduo, sendo caracterizado inicialmente por hipóteses sem consistência, que ao agregarem diversas informações podem chegar a uma percepção e a uma conclusão adequada.

Quando se refere a dislalia e o papel do mediador é incorreta:

a) a finalidade do trabalho com uma criança dislálica é possibilitar a ela o domínio da articulação correta dos sons que envolvem a fala. Para isso, é necessário um trabalho constante de estimulação, em primeiro lugar verificando os sons que a criança conhece e é capaz de produzir e reproduzir (tanto vogais como consoantes). Depois, é necessário orientar a criança de modo que ela aprenda a reconhecer um som, compará-lo com outro e posteriormente diferenciá-lo.
b) é importante que a criança saiba organizar sua motricidade em relação à verbalização de cada som. Para isso, é necessário ensiná-la a coordenar o movimento dos sons em que ela apresenta dificuldades, sendo necessários alguns exercícios para os lábios, a mandíbula, o palato e a língua, visando uma melhor articulação de palavras por parte da criança dislálica.
c) exercícios para o lábio: o trabalho de estimulação na dislalia deve envolver uma relação interdisciplinar com a participação da família. Por isso, exercícios regulares podem auxiliar em uma melhor expressão verbal por parte da criança. Alguns deles são: 'Fazer gargarejos. Tossir várias vezes. Falar ding-dong várias vezes. Falar an/a, en/e, in/i, on/o, un/u. Falar k, k, k e g, g, g' (José; Coelho, 2006, p. 66).
d) exercícios para a mandíbula: para que a dislalia não se estabeleça, são necessários modelos verbais que vislumbrem o domínio adequado da fala por parte da criança. Os adultos, ao falarem adequadamente, sem imitarem as expressões da criança, a estimulam a buscar a forma correta da linguagem falada. Quando a dislalia se torna presente, alguns exercícios para a mandíbula, podem auxiliá-las em uma melhor expressão da fala. São eles: 'Abrir e fechar a boca bem devagar. Abrir e fechar a boca rapidamente. Bocejar amplamente. Mastigar com os lábios fechados. Falar ma abrindo bem a boca' (José; Coelho, 2006, p. 66).

Sobre as orientações à escola e à família é incorreta:

a) as orientações têm como finalidade auxiliar somente a escola para que haja um bom domínio de aprendizagem por parte da criança que apresenta suas dificuldades, bem como uma relação que priorize o afeto ao invés da estigmatização. No ambiente escolar, cabe a cada criança compreender como se dá a apropriação de conhecimentos, tanto em relação às suas habilidades quanto em relação às suas dificuldades. À medida que o professor compreende a finalidade da relação ensino-aprendizagem como um processo transformador, também irá perceber o grau de domínio de habilidades por parte da criança, bem como suas dificuldades.
b) dificuldades: uma concepção de superação, em uma pesquisa realizada por Bos e Vaughn (2019), crianças chamadas de 'normais' para o processo de ensino-aprendizagem representavam apenas 25% da população escolar. As demais crianças, segundo Bos e Vaughn (2019), eram consideradas com dificuldades ou transtornos de aprendizagem (75%). Nos dados apresentados, 25% teriam dificuldades ou transtornos não especificados relatados por professores; 25% insucesso escolar relacionados às notas baixas; 20% necessidade de ensino especial (também sem especificação e com base em relatos dos professores); e 5% com disfunção cerebral mínima (com avaliações de especialistas na área).
c) a escola deve entrar em contato com os pais para que possam contar um pouco sobre a criança no dia a dia. Muitas vezes, para os pais, determinados comportamentos das crianças são considerados adequados para a sua idade, embora eles possam não ter domínio sobre como ocorre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
d) a preocupação principal dos pais envolve suprir as necessidades básicas de vida das crianças, especialmente em relação à saúde. Posteriormente, eles vão se preocupar com o processo educativo. Ou seja, desde o nascimento da criança, os pais devem estabelecer vínculos que envolvam o cuidado, a qualidade na alimentação e o carinho. E aí já se inicia o processo de ensino-aprendizagem, objetivando em longo prazo o pleno desenvolvimento de habilidades por parte da criança, além do domínio da cultura em que ela está inserida.

i) uma deficiência ou um comportamento maldoso, que o TDAH não deve ser usado pela criança ou familiares como desculpa para os seus comportamentos e orientar a criança para que explique às outras pessoas sobre o seu quadro de TDAH. ii) os pais devem mudar os seus modos de agir no ambiente familiar para que a criança com TDAH mude suas ações e compreenda o seu papel social. Todas as orientações para a família só ganham significado real se todos atuarem de modo a transformar o cotidiano vivido em um ambiente agradável para lidar com os conflitos, quando eles surgirem. Condemarín, Gorosteguie e Milicic (2006) orientam que Manter uma relação familiar estimulante, tranquila e acolhedora, concentrando-se mais nos aspectos positivos da relação do que nos conflitantes. Da mesma maneira, concentrar-se nos pontos fortes que a criança possa ter, de modo a assegurar-lhe uma imagem pessoal e autoestima positivas. (Condemarín; Gorosteguie; Milicic, 2006, p. 191); iii) algumas sugestões para o trabalho dos pais em relação às especificidades do TDAH envolvem, de acordo com Hallowell e Ratey (1999), os seguintes aspectos: diagnóstico preciso e com orientações sobre o manejo do TDAH; orientação sobre o que é o TDAH para todos os familiares; explicar que não há culpa e culpados pelo TDAH; confrontar a criança em tudo que for preciso, porém, se ocorrerem, sempre continuidade a assuntos que forem necessários a correção; pais e familiares devem estabelecer estratégias adequadas de ação; estabelecer regras de conduta na/para a família; bom humor e confiança nas relações familiares; e estabelecer horários negociados para as atividades diárias da criança com TDAH, como horários de dormir, de acordar, das refeições e do estudo. Agora, escolha a alternativa correta:

a) i e ii corretas
b) i e iii corretas
c) i e ii incorretas
d) i e iii incorretas

Sobre genética e ambiente sociocultural é incorreta:

a) a aprendizagem é, segundo Tomaselli (2018), um processo que tem por base uma série de fatores, entre eles, a genética e o ambiente sociocultural. A genética gera influências no modo como uma pessoa se envolve no domínio de informações e como elabora/aplica o conhecimento. Por sua vez, o ambiente sociocultural possibilita a disponibilidade de recursos educacionais, métodos de ensino e a qualidade na sistematização do conhecimento.
b) a genética desempenha um papel importante tanto na superação quanto na produção de dificuldades de aprendizagem. Se as pessoas crescerem em locais com pouco acesso às boas condições de vida e tiverem recursos educacionais limitados, a qualidade de ensino será inferior às suas potencialidades, implicando maiores dificuldades na aprendizagem e no desenvolvimento de habilidades afetivas e cognitivas.
c) as dificuldades de aprendizagem são associadas, de modo geral, a problemas cognitivos ou mesmo aos comportamentos impulsivos; contudo, elas também podem estar relacionadas às dificuldades afetivas e emocionais enfrentadas pelo indivíduo (Rotta; Ohlweiler; Riesgo, 2018).
d) Os educadores devem ter ciência do modo como as dificuldades afetivas e emocionais afetam a aprendizagem, agindo no sentido de desenvolver abordagens e métodos de ensino para atender às necessidades do aprendiz. Um ambiente seguro e acolhedor para todos os alunos e a implementação de atividades que valorizem o bem-estar emocional podem auxiliar na redução da ansiedade e potencializar a aprendizagem da criança (Tavares et al., 2021).

1ª) Ao falarmos da Classificação Internacional de Doenças (CID 11) é incorreta:

a) criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), busca investigar estatisticamente a saúde no mundo, com foco em situações de prevenção de doenças, bem como de morbidade e de mortalidade. A CID 11 (WHO, 2018) também aborda transtornos relacionados à aprendizagem, definindo-os como transtornos do desenvolvimento da aprendizagem que podem afetar a criança desde o seu nascimento. Para ela (WHO, 2018), os transtornos envolvem limitações que podem se tornar persistentes ao longo da vida e geralmente são percebidas no âmbito acadêmico.
b) o aprendiz não consegue acompanhar os ensinamentos e apresenta um desempenho inferior ao mínimo necessário, o que pode demonstrar perdas na elaboração mental de problemas relacionados ao ambiente escolar ou familiar do aluno. Também pode ocorrer uma defasagem na idade cronológica, com atrasos em processos que necessitam ser bem compreendidos. A CID 11 (WHO, 2018) destaca os seguintes transtornos: transtorno com comprometimento na leitura; transtorno com prejuízo na expressão escrita; e transtorno com comprometimento em matemática.
c) o transtorno do desenvolvimento da aprendizagem com comprometimento da leitura é definido pela CID 11 (WHO, 2018) como a presença de limites persistentes e constantes que afetam as habilidades acadêmicas de leitura. O aprendiz não consegue estabelecer uma leitura fluente e não demonstra compreensão do conteúdo em que faz a tentativa de leitura. Frequentemente, mesmo com a apresentação de modelos, o aluno não memoriza os dados para aplicar em uma nova questão, demonstrando um nível cognitivo abaixo da sua idade cronológica. Esse transtorno não pode estar vinculado às deficiências intelectuais, auditivas e visuais; aos distúrbios motores, à ausência de domínio da língua materna (no caso de um aluno estrangeiro); e à ausência de acesso à educação.
d) a CID 11 (WHO, 2018) destaca que o transtorno do desenvolvimento da aprendizagem com prejuízo na expressão escrita envolve fragilidades que o aprendiz apresenta especialmente na gramática, na pontuação e na ortografia. Além disso, deve-se observar que, nesse transtorno, a exposição de conceitos e ideias está desarticulada em relação ao que é exposto no texto escrito. O aluno demonstra prejuízo no desenvolvimento das atividades.

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