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QUESTÃO 08. Hermínia tinha três filhos: Chico, Chiquinha e Chicó. Em 2007, resolveu resguardando-se o usufruto, seu único patrimônio, uma casa avaliada em R$ 1.200.000,00, apenas para Chiquinha e Chicó. Nesse caso, à luz da jurisprudência do STJ, Chico, o filho excluído da doação, poderá alegar:

a) doação universal, dentro de prazo decadencial decenal;
b) doação universal, sem estar sujeito a prazo prescricional por se tratar de ato nulo;
c) doação inoficiosa, quanto ao excesso de doação de R$ 400.000,00, sem estar sujeito a prazo prescricional, por se tratar de ato nulo;
d) doação inoficiosa, quanto ao excesso de doação de R$ 200.000,00, dentro de prazo prescricional decenal;
e) doação inoficiosa, quanto ao excesso de doação de R$ 400.000,00, dentro de prazo decadencial de quatro anos.
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Praticando Para o Saber

ano passado

Respostas

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ano passado

Para resolver essa questão, precisamos entender o conceito de doação inoficiosa e como se aplica ao caso apresentado. Hermínia doou sua casa, avaliada em R$ 1.200.000,00, apenas para Chiquinha e Chicó, excluindo Chico. Como a doação foi feita sem considerar a legítima de Chico, que é um dos herdeiros necessários, isso pode ser considerado uma doação inoficiosa. A doação inoficiosa ocorre quando a doação ultrapassa a parte que o doador pode dispor livremente, ou seja, quando há um excesso em relação à legítima dos herdeiros necessários. No caso, a legítima de Chico seria de 1/3 do total do patrimônio, que é R$ 400.000,00 (R$ 1.200.000,00 / 3). Agora, analisando as alternativas: a) Doação universal, dentro de prazo decadencial decenal - Não se aplica, pois não é uma doação universal. b) Doação universal, sem estar sujeito a prazo prescricional por se tratar de ato nulo - Também não se aplica, pois não é uma doação universal. c) Doação inoficiosa, quanto ao excesso de doação de R$ 400.000,00, sem estar sujeito a prazo prescricional, por se tratar de ato nulo - Correto, pois o excesso é de R$ 400.000,00 e a doação é inoficiosa. d) Doação inoficiosa, quanto ao excesso de doação de R$ 200.000,00, dentro de prazo prescricional decenal - Incorreto, pois o excesso é de R$ 400.000,00. e) Doação inoficiosa, quanto ao excesso de doação de R$ 400.000,00, dentro de prazo decadencial de quatro anos - Incorreto, pois o prazo é de 10 anos. Portanto, a alternativa correta é: c) doação inoficiosa, quanto ao excesso de doação de R$ 400.000,00, sem estar sujeito a prazo prescricional, por se tratar de ato nulo.

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QUESTÃO 10. A sociedade XYZ adquiriu da fabricante Peça Pronta todo o maquinário para modernizar seu parque industrial. A fim de viabilizar a milionária compra e venda, a fabricante procurou financiamento no Banco Dinheiro Fácil S/A, que lhe anteciparia o valor parcelado, mediante cessão do crédito que tinha contra a sociedade XYZ. Em resumo, esta era a dinâmica do negócio: a sociedade XYZ pagaria à fabricante Peça Pronta diretamente o valor da entrada e, após, suportaria 20 parcelas iguais. Paralelamente, a fabricante cederia ao Banco Dinheiro Fácil S/A o crédito relativo ao valor financiado (total subtraído da entrada) em troca do adiantamento desse mesmo importe, tudo sem a interveniência da sociedade XYZ. Sucede que, até o vencimento da décima parcela, a fabricante Peça Pronta, que ainda nada tinha entregue, pediu falência e fechou as portas. Nesse caso, à luz exclusivamente do ordenamento civil, a instituição financeira:

a) fará jus aos valores vencidos e às parcelas vincendas, na qualidade de cessionária do crédito, de modo que somente a inadimplência da fabricante é res inter alias acta;
b) não terá a obrigação de devolver os valores já pagos, mas não fará jus às parcelas vincendas;
c) deverá devolver todos os valores diante da insubsistência do objeto contratual, inclusive a entrada, por força da interdependência entre as avenças coligadas;
d) deverá ceder à sociedade XYZ o crédito que anteriormente lhe fora transferido, para que a sociedade possa executá-lo em face da fabricante Peça Pronta, embora não esteja obrigada a devolver os valores recebidos;
e) deverá devolver todos os valores diante da insubsistência do objeto contratual, mas não a entrada, porquanto a interdependência entre as avenças coligadas não concretiza a unificação do regime de responsabilidade civil.

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