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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BACHARELADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ECO02042 – HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS II
2022.2
Nome: Bruna Wanderley Lobo de Azevedo Lessa
Matrícula: 00578110
Textos analisados: 
CARRERAS, José U. Martinez. Introducción a la Historia Contemporánea 1770-1918: La Era de las Revoluciones. Madrid: Ediciones ISTMO, 1985.
A leitura do texto “La Era de las Revoluciones” de José U. Martinez Carreras foi de suma importância para guiar o rumo de minha pesquisa sobre o surgimento e desenvolvimento do capitalismo no continente europeu e sua consequente expansão para as colônias das metrópoles em questão. Para expor seu posicionamento acerca do tema, o autor inicia o artigo esclarecendo que o surgimento e consolidação inicial do sistema capitalista, que se dá majoritariamente a partir da primeira revolução industrial na Inglaterra e se estende para outros países vizinhos a partir da segunda, representou por um momento o apogeu da sociedade ocidental, de forma que era esperado um período de longa prosperidade e desenvolvimento.
Dessa forma, Carreras descreve essa época de expansão capitalista e expectativa de prosperidade - a qual dura desde meados de 1870 e até aproximadamente a primeira guerra mundial – como um período de diferenciação do modo de produção europeu em comparação com o de outros continentes a partir de sua forte industrialização. 
Diante desse cenário, surge uma justificativa narcisista e reducionista para a expansão colonial europeia no século XX: Os governos ocidentais industrializados defendiam possuir uma missão civilizatória para com países que se desenvolviam de maneira diferente, seguindo o pressuposto de que o homem branco obtinha um fardo de ensinar a forma “correta” de consolidar uma sociedade. Entretanto, é nítido que essa não era a única e nem ao menos a principal razão para essa expansão, uma vez que o intuito principal dos países era obter matéria prima e mão de obra barata, além de assegurar o consumo de suas produções, ainda que para concluir esse objetivo fosse necessário subordinar populações inteiras a um estilo de vida completamente novo e abusivo.
Segundo a obra O Imperialismo: Etapa Superior do Capitalismo, (Lenin, 1917, 36-37), a situação exposta pelo autor é uma consequência natural das características e necessidades do processo econômico capitalista, uma vez que a busca pelo maior lucro tendia para uma maior produção, a qual necessita de consumidores e insumos para sua efetuação. A partir do momento em que o continente não é capaz de suprir a ganância incansável dos grandes capitalistas, a exploração e consequente dominação de outras regiões para suprir esse papel se transforma em um efeito lógico.
Sendo assim, é possível concluir a partir de minhas fontes que o desenvolvimento do sistema capitalista está intrinsicamente ligado ao neocolonialismo do século XX. Tal conexão entre os dois fenômenos citados é tão explícita que é possível afirmar que o segundo é uma consequência catastrófica das falhas do primeiro. 
1. De que maneira a formação dos monopólios contribuiu para o estágio capitalista do imperialismo?
2. Como o Japão conseguiu resistir a uma possível exploração colonial?
3. Quais fatores contribuíram para a ideia de que o início do século XX seria apenas o começo de uma longa fase próspera?