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Professor Wagner Damazio 
1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas) 
 
 
 
 
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 Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com 
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final 
pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. 
Para o caso em análise, o dispositivo correlato pela lógica seria o disposto no inciso I, que trata sobre 
a contagem do prazo para aqueles que encerraram o mandato eletivo. Porém, a jurisprudência do 
STJ vem decidindo que, nos casos em que o agente público se reelegeu, a contagem do prazo 
prescricional se inicia a contar do término do segundo mandato, nos termos a seguir: 
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. TERMO INICIAL. 
PRAZO PRESCRICIONAL PARA PROPOSITURA DA AÇÃO. REELEIÇÃO. DATA DE ENCERRAMENTO DO ÚLTIMO 
MANDATO EXERCIDO. 1. É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que o termo inicial do prazo prescricional 
da ação de improbidade administrativa, no caso de reeleição do agente público, se aperfeiçoa apenas quando 
terminar o mandato. Precedentes: AgRg no AREsp 676.647/PB, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA 
TURMA, DJe 13/04/2016; REsp 1.414.757/RN, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe 
16/10/2015. 2. Na hipótese em exame, considerando que o recorrente exerceu, durante o biênio de 2005/2006, 
o cargo de Presidente da Câmara Municipal, tendo sido reeleito ao cargo de vereador para o período seguinte 
(2009/2012), não há que se falar na ocorrência de prescrição. 3. Agravo interno a que se nega provimento.(STJ - 
AgInt no REsp: 1593994 ES 2016/0089373-0, Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento: 
15/05/2018, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 13/09/2018)(grifos não constantes do original) 
Então, o gabarito é a letra D, por estar em consonância com a jurisprudência do STJ. 
Gabarito: Letra D. 
37. 2017/COMPERV/CÂMARA DE CURRAIS NOVOS-RN/Procurador Legislativo 
O combate à corrupção na Administração Pública brasileira é viabilizado a partir de variados 
instrumentos de prevenção e repressão. Ações penais, civis e processos administrativos são 
apenas alguns exemplos disso. Dentro de tal contexto, surge o tema da improbidade 
administrativa e a lei responsável por sua disciplina infraconstitucional. A Lei n.º 8.429, de 2 de 
junho de 1992, ao tratar do assunto, estabelece que qualquer 
a) cidadão em dia com as obrigações eleitorais poderá representar ao Ministério Público para 
que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade, devendo 
essa representação ser escrita ou reduzida a termo, sem que dela conste qualquer identificação 
do representante. 
b) pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja 
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade, devendo essa 
representação ser escrita ou reduzida a termo e assinada, conter a qualificação do 
representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha 
conhecimento.