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Podcast 
Disciplina: Planejamento tributário e Infrações tributárias 
Título do tema: Grupo Econômico e qualificação das infrações 
Autoria: Edmo Colnaghi Neves 
Leitura crítica: Ana Paula da Cosa 
 
! 
 
Abertura: 
Olá ouvinte! No podcast de hoje vamos falar de grupos econômicos e 
qualificação das infrações 
 
Um grupo econômico internacional resolveu investir no Brasil no setor de 
exploração de minerais e para tanto obteve a devida autorização governamental 
e respectiva documentação. 
A empresa começou a construir suas instalações e a definir também seus 
fornecedores para este empreendimento, já tendo em vista seus futuros clientes 
no exterior, para onde pretendia fazer escoar sua produção e exportação. 
Tendo em vista a relevância da carga tributária no país e sua importância na 
composição de custos e consequente análise de retorno dos investimentos e 
viabilidade dos negócios, a empresa contratou uma consultoria especializada em 
temas tributários para fazer o respectivo planejamento tributário. 
A empresa ainda estava em fase pré-operacional, não tendo faturamento e 
consequentemente não tendo lucro também, motivo pelo qual não teria que 
pagar as contribuições ao PIS/COFINS, nem o IRPJ – Imposto de renda da 
pessoa jurídica e a CSLL – contribuição social sobre o lucro líquido. 
No entanto resolveu se antecipar e fazer um planejamento tributário adequado. 
Os consultores orientaram a empresa que teria que optar entre o regime do lucro 
real e o regime do lucro presumido, haja vista que seu faturamento iria logo 
superar o limite que permite às empresas optarem pelo regime do simples 
nacional, além de outros fatores impeditivos. 
Pelo tipo de atividade desenvolvida pela empresa, pela quantidade e percentual 
de despesas em relação ao faturamento, segundo estimativas para os primeiros 
anos depois que entrasse em operação, considerou-se que inicialmente seria 
mais adequado optar pelo regime do lucro presumido, em que o lucro é definido 
por meio da aplicação de um percentual previsto em lei para aquele ramo de 
atividade sobre o faturamento. 
Foi orientado à empresa, no entanto, que ao optar pelo regime do lucro 
presumido, para apuração e pagamento do IRPJ e CSLL, ficaria condicionada a 
apurar e pagar a contribuição ao PIS/COFINS pelo regime cumulativo, em que 
embora as alíquotas sobre o faturamento sejam menores que aquelas incidentes 
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no regime não-cumulativo, neste regime não se permite tomar créditos sobre os 
insumos adquiridos para compensar com os débitos dos produtos vendidos. Foi 
orientado também que esta opção por um determinado regime dava-se 
anualmente e que uma vez por ano a empresa poderia mudar o regime adotado, 
informando as autoridades. 
Como a empresa iria adquirir equipamentos para construção de suas 
instalações, mediante importações, fabricar produtos e grande parte destes 
produtos seriam exportados, a empresa resolveu também buscar a obtenção de 
um incentivo fiscal denominado de RECAP- regime especial de aquisição de 
bens de capita para empresas e exportadoras e assim obter a suspensão do 
PIS-importação e da COFINS- importação. A empresa cumpriu todo o 
procedimento, obteve a concessão do benefício fiscal e passou a usufruir deste 
benefício. 
Outros negócios surgiram, com caraterísticas bem diferenciadas e para cada 
negócio distinto foi criada uma nova empresa, constituindo-se um grupo 
econômico, que posteriormente passou a ser encabeçado por uma “holding” 
pura, cujo único objeto era participar das demais empresas do grupo econômico. 
Foi orientado também à empresa que havendo esforços e emprego de recursos 
comuns em determinadas situações, caracterizadoras de fato gerador, poderia 
haver solidariedade no cumprimento da obrigação tributária respectiva, haja vista 
tratar-se de um grupo econômico. 
 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima 
!