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WBA1195_v1.0
Planejamento tributário e 
infrações tributárias
Aspectos Societários do 
Planejamento e Operações 
Preocupantes
Bloco 1
Edmo Colnaghi Neves
Operações societárias
Operações societárias legais
• Introdução.
• Sociedades empresárias.
• Sociedades anônimas.
• Sociedades Ltda.
• Outros tipos.
• Participação em outras sociedades.
• Quotas e ações.
• Holding.
Operações societárias
• Objetivos.
• Reorganização dos negócios.
• Segregação de negócios, serviços dos 
negócios de produção e negócios de 
comércio.
• Diminuição do custo administrativo.
• Logística: fornecedores e clientes.
• Custo do frete.
• Mão de obra especializada disponível.
• Aproveitamento de benefícios fiscais.
• Economia tributária.
Operações societárias legais
• Principais tributos.
• IRPJ.
• CSLL.
• Contribuição ao PIS.
• COFINS.
• IPI, ICMS e ISS.
• Contribuição ao INSS.
Regimes de apuração
• Lucro real.
• IRPJ e CSLL.
• Contribuição ao PIS e COFINS não cumulativo.
• Lucro presumido.
• IRPJ e CSLL.
• Contribuição ao PIS e COFINS cumulativo.
Operações societárias
• Consideração dos tributos devidos.
• Consideração dos regimes de apuração.
• Viabilização das melhores opções de economia 
tributária a partir de novas configurações 
societárias.
Aspectos Societários do 
Planejamento e Operações 
Preocupantes
Operações legais societárias
Bloco 2
Edmo Colnaghi Neves
Operações legais societárias
• Incorporação de empresas.
• Sucessão de direitos e obrigações.
• Extinção da empresa incorporada.
• Manutenção da empresa incorporadora.
• Fusão de empresas.
• Extinção das empresa fundidas.
• Nascimento de uma nova empresa.
• Cisão parcial e cisão total.
Operações legais societárias
Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976
Art. 220. A transformação é a operação pela qual a 
sociedade passa, independentemente de dissolução e 
liquidação, de um tipo para outro.
Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos 
que regulam a constituição e o registro do tipo a ser 
adotado pela sociedade.
Deliberação
Art. 221. A transformação exige o consentimento unânime 
dos sócios ou acionistas, salvo se prevista no estatuto ou no 
contrato social, caso em que o sócio dissidente terá o direito 
de retirar-se da sociedade. 
Operações legais societárias
Lei das S.A.
Art. 227. A incorporação é a operação pela qual 
uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, 
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem 
duas ou mais sociedades para formar sociedade 
nova, que lhes sucederá em todos os direitos e 
obrigações.
Operações legais societárias
Lei das S.A.
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere 
parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, 
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a 
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, 
ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
§ 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que 
absorver parcela do patrimônio da companhia cindida sucede a 
esta nos direitos e obrigações relacionados no ato da cisão; no 
caso de cisão com extinção, as sociedades que absorverem 
parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, 
na proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos direitos 
e obrigações não relacionados. [...]
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade 
já existente obedecerá às disposições sobre incorporação.
Operações legais societárias
CTN – Código Tributário Nacional
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de 
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, 
sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, 
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento 
adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração 
ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova 
atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou 
profissão.
Aspectos Societários do 
Planejamento e Operações 
Preocupantes
Aspectos societários do planejamento e 
operações preocupantes
Bloco 3
Edmo Colnaghi Neves
Operações preocupantes
• Cisão.
• Fusão.
• Incorporações.
• Cisão de uma empresa em várias empresas com os 
mesmos sócios e o mesmo objeto social.
• Falta de propósito negocial.
• Falta de propósito extratributário.
• Decisões do CARF.
Operações societárias preocupantes
• Empresa com faturamento superior a R$ 4,8 milhões.
• Cisão da empresa em várias outras empresas.
• Novas empresas com faturamento inferior a R$ 4,8 milhões. 
• Adoção do regime do Simples Nacional pelas empresas 
novas.
• Vedação legal a empresas cindidas.
• Entendimento do CARF.
Simples Nacional – Restrições societárias
Sociedades
• Que tenham em seu capital outra pessoa jurídica.
• Filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa 
jurídica com sede no exterior. 
• No capital participe pessoa física que seja inscrita como 
empresário ou seja sócia de outra empresa que receba 
tratamento jurídico diferenciado nos termos de referida lei 
complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse 
determinado limite.
• Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) 
do capital de outra empresa não beneficiada pela lei 
complementar cujo sócio ou titular seja administrador ou 
equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos. 
Simples Nacional – Restrições societárias
Sociedades
• Com objeto social consistente em atividade de banco 
comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa 
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e 
investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de 
distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de 
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e 
de capitalização ou de previdência complementar. 
• Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra 
forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha 
ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores.
• Constituídas sob a forma de sociedade por ações.
Operações societárias preocupantes
Sociedades
• Constituídas sob a forma de cooperativas, salvo as de 
consumo, pessoas jurídicas que participem do capital 
de outra pessoa jurídica.
• Cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, 
com o contratante do serviço, relação de 
pessoalidade, subordinação e habitualidade.
Teoria em Prática
Bloco 4
Edmo Colnaghi Neves
Reflita sobre a seguinte situação
Duas irmãs empreendedoras resolveram explorar um nicho de 
mercado na área de cosméticos. Inicialmente o faturamento 
era pequeno, abaixo do limite legal, e assim optaram por 
recolher os tributos com base no regime do Simples Nacional. 
Porém, os negócios se desenvolveram e o faturamento foi 
aumentando, e, para continuar adotando o referido regime, 
com uma carga tributária menor, decidiram criar uma outra 
empresa, dedicada exclusivamente à fabricação de embalagens 
para a primeira empresa. Com isso, uma das irmãs passou a 
configurar como sócia majoritária desta empresa, enquanto a 
outra permaneceu como sócia da empresa original. Assim, 
cada empresa pôde permanecer no regime do Simples 
Nacional, com uma carga tributária menor.
Reflita sobre a seguinte situação
No entanto, como os serviços demandavam a entrega de 
produtos diretamente aos clientes, com um preço maior devido 
ao frete, uma terceira empresa de logística foi criada, dedicando-
se exclusivamente à empresa original e tendo como sócia 
principal uma das filhas das irmãs, residente no Canadá.
Diante dessa situação, reflita sobre a existência de aspectos que 
podem indicar riscos para a regularidade fiscal das empresas e a 
operaçãosocietária recomendada.
Norte para a resolução
• A questão apresentada requer análise das condições 
estabelecidas pela legislação, em especial a Lei 
Complementar n. 123/2006, para que uma empresa 
adote o regime do Simples Nacional para 
recolhimento de tributos. 
• Uma vez feita essa análise, tais condições devem ser 
comparadas com o caso concreto descrito para 
averiguar se existe ou não alguma ilegalidade. 
• Caso exista ilegalidade, devem ser analisadas as 
operações societárias indicadas na Lei n. 6.404/1976, 
com o objetivo de diminuir os riscos para situações 
futuras.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Edmo Colnaghi Neves
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login 
por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites 
acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que 
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional.
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Leitura Fundamental
Indicação de leitura 1
ACÓRDÃO DO CARF
A seguir vemos decisão do CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais 
sobre adoção do simples por empresa decorrente de cisão: Número do processo: 
11853.000055/2008-6/Data da sessão: Tue Mar 05 00:00:00 UTC 2013.Data da 
publicação: Thu Apr 11 00:00:00 UTC 2013/Ementa: Assunto: Sistema Integrado de 
Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de 
Pequeno Porte - Simples Ano-calendário: 2002 SIMPLES. EVENTO EXCLUDENTE. 
CISÃO. Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica que seja resultante de 
cisão ou qualquer outra forma de desmembramento da pessoa jurídica, salvo em 
relação aos eventos ocorridos antes da vigência da Lei 9.317/96./Número da 
decisão: 1301-001.135/Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 
ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção de 
Julgamento, por unanimidade de votos, em NEGAR PROVIMENTO ao Recurso 
Voluntário, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator (assinado 
digitalmente) Plínio Rodrigues Lima Presidente (assinado digitalmente) Edwal 
Casoni de Paula Fernandes Junior Relator Participaram do julgamento os 
Conselheiros: Plínio Rodrigues Lima , Wilson Fernandes Guimarães, Paulo Jakson da 
Silva Lucas, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior e Cristiane Silva 
Costa./Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred. tributário/Nome 
do relator: EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES JUNIOR.
Indicação de leitura 2
ACÓRDÃO DO CARF
Número do processo: 16327.721148/2015-23/Turma: Primeira Turma 
Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção/Câmara: Quarta 
Câmara/Seção: Primeira Seção de Julgamento/Data da sessão: Wed Aug 
15 00:00:00 UTC 2018/Data da publicação: Mon Sep 10 00:00:00 UTC 
2018/Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ 
Exercício: 2010 PRELIMINARES. SUPERAÇÃO EM RAZÃO DE APRECIAÇÃO 
DE MÉRITO. Nos termos do que dispõe o §3o. do art. 12 do RPAF, sendo 
possível o provimento no mérito, devem ser superadas preliminares de 
nulidade. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. MOTIVO DO NEGÓCIO. 
CONTEÚDO ECONÔMICO. PROPÓSITO NEGOCIAL. LICITUDE. Não existe 
regra federal ou nacional que considere negócio jurídico inexistente ou 
sem efeito se o motivo de sua prática foi apenas economia tributária. 
Não tem amparo no sistema jurídico a tese de que negócios motivados 
por economia fiscal não teriam "conteúdo econômico" ou "propósito 
negocial" e poderiam ser desconsiderados pela fiscalização. O 
lançamento deve ser feito nos termos da lei.
Dica do(a) Professor(a)
ACÓRDÃO DO CARF
SUBSIDIARIAMENTE. EXISTÊNCIA DE EFETIVA RAZÃO EXTRA TRIBUTÁRIA. 
COMPROVAÇÃO. No caso concreto as Recorrentes comprovaram existir 
razões de ordem negocial e restrições impostas pela Resolução CMN 
2.325/1996 que justificam as operações realizadas./Número da decisão: 
1401-002.835/Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, superar 
as arguições de nulidade e, no mérito, dar provimento ao recurso 
voluntário. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves -
Presidente. (assinado digitalmente) Daniel Ribeiro Silva- Relator. 
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto de 
Souza Gonçalves (Presidente), Livia de Carli Germano (Vice-Presidente), 
Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa, Abel Nunes de Oliveira Neto, Cláudio 
de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Daniel 
Ribeiro Silva e Letícia Domingues Costa Braga./Nome do relator: DANIEL 
RIBEIRO SILVA.
Referências
BRASIL. Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. 
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de 
Pequeno Porte [...]. Brasília: Presidência da República, 2006.
BRASIL. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o 
Sistema Tributário Nacional [...]. Brasília: Presidência da República, 
1976.
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as 
Sociedades por Ações. Brasília: Presidência da República, 1976.
BRASIL. Ministério da Economia. Conselho Administrativo de 
Recursos Fiscais. Acórdãos CARF. Gov.br, 2022. Disponível em: 
http://idg.carf.fazenda.gov.br/jurisprudencia/acordaos-carf-2. 
Acesso em: 13 set. 2022.
Bons estudos!