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<p>Professor Wagner Damazio</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas)</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>750</p><p>1436</p><p>c)Incorreto. A jurisprudência do STJ vem aceitando a tese da responsabilidade solidária do poder</p><p>concedente e do concessionário em algumas hipóteses. Vejamos a hipótese a seguir:</p><p>RECURSO ESPECIAL N° 28.222 - SAO PAULO (1992/0026117-5) RELATORA : MIN. ELIANA CALMON RELATORA</p><p>P/ACÓRDÃO : MIN. NANCY ANDRIGHI RECTE : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO RECDO :</p><p>MUNICIPIO DE ITAPETININGA ADVOGADO : OZILDES AGOSTINHO RODRIGUES E OUTROS</p><p>EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. ARTIGOS 23, INCISO VI E 225, AMBOS DA CONSTITUIÇÃO</p><p>FEDERAL. CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO MUNICÍPIO. SOLIDARIEDADE</p><p>DO PODER CONCEDENTE. DANO DECORRENTE DA EXECUÇÃO DO OBJETO DO CONTRATO DE CONCESSÃO</p><p>FIRMADO ENTRE A RECORRENTE E A COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO -</p><p>SABESP (DELEGATÁRIA DO SERVIÇO MUNICIPAL). AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. IMPOSSIBILIDADE</p><p>DE EXCLUSÃO DE RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO POR ATO DE CONCESSIONÁRIO DO QUAL É FIADOR DA</p><p>REGULARIDADE DO SERVIÇO CONCEDIDO. OMISSÃO NO DEVER DE FISCALIZAÇÃO DA BOA EXECUÇÃO DO</p><p>CONTRATO PERANTE O POVO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO PARA RECONHECER A LEGITIMIDADE PASSIVA DO</p><p>MUNICÍPIO. I - O Município de Itapetininga é responsável, solidariamente, com o concessionário de serviço</p><p>público municipal, com quem firmou "convênio" para realização do serviço de coleta de esgoto urbano, pela</p><p>poluição causada no Ribeirão Cairito, ou Ribeirão Taboãozinho. II - Nas ações coletivas de proteção a direitos</p><p>metaindividuais, como o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, a responsabilidade do poder</p><p>concedente não é subsidiária, na forma da novel lei das concessões (Lei n. º 8.987 de 13.02.95), mas objetiva e.</p><p>portanto, solidária com o concessionário de serviço público, contra quem possui direito de regresso, com espeque</p><p>no art 14, § 1 o da Lei n. º 6.938/81. Não se discute, portanto, a liceidade das atividades exercidas pelo</p><p>concessionário, ou a legalidade do contrato administrativo que concedeu a exploração de serviço público; o que</p><p>importa é a potencialidade do dano ambiental e sua pronta reparação. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos</p><p>estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos</p><p>e das notas taquigráficas constantes dos autos, por maioria, conhecer do recurso e lhe dar provimento, nos</p><p>termos do voto da Sra. Ministra Nancy Andrighi. Votou vencida a Sra. Ministra-Relatora. Votaram com a Sra.</p><p>Ministra Nancy Andrighi os Srs. Ministros Francisco Peçanha Martins, Paulo Gallotti e Franciulli Netto. Brasília,</p><p>15 de fevereiro de 2000. (data do julgamento) (grifos não constantes do original)</p><p>d)Correto. A jurisprudência do STJ reconhece que nos casos de contrato de permissão de serviços</p><p>públicos em que ocorre a rescisão contratual sem justo motivo e levando em consideração os altos</p><p>investimentos do permissionário é possível a aplicação de indenização por dano material, como se</p><p>vê a seguir:</p><p>PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DOART. 535, II, DO CPC. INEXISTÊNCIA.</p><p>AÇÃO INDENIZATÓRIA. SERVIÇOSLOTÉRICOS. PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. NATUREZA JURÍDICA.</p><p>RESCISÃOUNILATERAL. DIREITO À INDENIZAÇÃO PELOS GASTOS DE INSTALAÇÃO DA CASA LOTÉRICA.</p><p>EXISTÊNCIA DE INVESTIMENTO VULTOSO PARA CONCRETIZAR O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE. DOUTRINA E</p><p>JURISPRUDÊNCIA DO STJ. DANOSMATERIAIS. RECONHECIMENTO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM EM RAZÃO DE</p><p>LAUDOPERICIAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO PROBATÓRIA. INADEQUAÇÃO. SÚMULA7/STJ. PRECEDENTES</p><p>DO STJ. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, NÃO PROVIDO. 1. No caso dos autos,</p><p>a empresa Magic Numbers Comercial e Serviços Ltda, ora recorrida, ajuizou ação ordinária de natureza</p><p>indenizatória (material e moral) contra a Caixa Econômica Federal, em razão da rescisão não motivada do</p><p>contrato de permissão de serviços lotéricos. Por ocasião da sentença, o pedido foi julgado improcedente (e-STJ</p><p>fls. 270/273), o que foi reformado em sede de apelação pelo Tribunal de origem, que reconheceu a procedência</p><p>parcial do pedido indenizatório por danos materiais, mas afastou a existência de danos morais. A CEF interpôs</p><p>recurso especial no qual sustenta negativa de vigência aos arts. 333, I, e 535 do Código de Processo Civil, 2º, VI,</p>