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‘ 2021, Maria Isabel S. J. Marcatto Manual de Prevenção e Controle em Serviços de Tatuagem e Piercing com Ênfase em Biossegurança Coordenação e supervisão editorial – Thalma L. Bertozzi Ilustração: Thalma L. Bertozzi Diagramação: Kátia B. N. Kuhn Todos os direitos reservados à autora. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive impressão, fotocópias, gravações ou sistema de armazenamento em banco de dados, sem permissão por escrito, exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou artigos de revistas. (Lei nº 9.610 de 19.02.1998) Editora Magis Rua Alto de Santa Maria, 107, Vila Marari São Paulo / SP CEP: 04402-180 Telefones: (11) 9.4141-1380 e, ou (11) 9.8320-9050 APRESENTAÇÃO Olá... sou MARIA ISABEL S. J. MARCATTO, formada em odontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – SP – CROSP 25.199. Pós‐Graduação em Saúde Pública e Homeopatia, com experiência de 32 anos atuando em diversos setores de vigilância sanitária nas áreas técnicas de serviços de saúde e de interesse à saúde. Este manual foi elaborado com a finalidade de orientar as condutas na prevenção e controle, possibilitando minimizar riscos à saúde, dos profissionais que exercem atividades com exposição aos materiais biológicos (sangue e secreções) e que podem comprometer sua segurança, do cliente e do meio ambiente. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 REGULARIZAÇÃO DA SITUAÇÃO FUNCIONAL DO ESTABELECIMENTO .................. 8 ESTRUTURA FÍSICA – EQUIPAMENTOS E INSUMOS .............................................. 9 Instalações ................................................................................................... 10 Ambientes ................................................................................................... 10 Recepção (área não crítica) ......................................................................... 10 Sala de procedimentos (área crítica) .......................................................... 11 Área/sala de processamento de artigos (área crítica) ................................ 11 Ambientes de Apoio .................................................................................... 12 Instalações sanitárias (área suja) ................................................................ 12 Gestão de equipamentos, materiais e produtos ........................................ 13 Produtos, Materiais e Equipamentos ......................................................... 14 REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS ................................................................... 19 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES ......................................................... 37 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS .................................................................................. 42 IMUNIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ..................................................................... 45 ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO POTENCIALMENTE CONTAMINADO .. 47 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ............................................. 49 ORIENTAÇÕES PARA A ANTISSEPSIA ................................................................... 52 MANEJO DOS RESÍDUOS ..................................................................................... 53 GLOSSÁRIO ......................................................................................................... 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 61 5 INTRODUÇÃO A tatuagem é uma das formas de modificação do corpo mais conhecidas e cultuadas do mundo. Trata‐se de um desenho permanente feito na pele humana que, tecnicamente, é uma aplicação subcutânea obtida através da introdução de pigmentos por agulhas, um procedimento que durante muitos séculos foi completamente irreversível. A atividade geralmente é realizada por profissional prático, ou seja, não existe um órgão de classe que regulamente o exercício da profissão ou estipule critérios para sua formação que envolve atividades de risco com exposição a material biológico (sangue), exigindo que as normas e princípios de biossegurança sejam criteriosamente atendidos, para a obtenção do Alvará de Licença Sanitária. Os SIPS – Serviços de Interesse para a Saúde são considerados de risco, ou seja, nesses locais são realizadas atividades que podem alterar ou influenciar o estado de saúde, em função dos riscos associados ou da vulnerabilidade do público atendido, podendo provocar danos ou agravos, direta ou indiretamente. Cenário Atual A pandemia da COVID‐19, pelo novo corona vírus (SARS‐CoV‐2), tem se apresentado como um dos maiores desafios sanitários, em escala global, deste século. Pelo que se sabe, a forma de transmissão se dá de pessoa para pessoa, ou seja, através de gotículas respiratórias ou contato. 6 Qualquer pessoa em contato próximo com outra, está em risco de ser exposta a uma contaminação. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa, pode ocorrer de forma contínua. Sabe‐se que a maior dificuldade é como fazer um atendimento seguro, tanto para o profissional como para o cliente. Em meio a essa situação é preciso: Criar estruturas facilitadoras no ambiente de trabalho; Adotar precauções padrão para reduzir a transmissão do vírus SARS‐CoV‐2; Implementar mudanças nos processos de trabalho e comportamento profissional; Incentivar medidas de promoção na redução de risco; Redobrar a frequência de limpeza e desinfecção dos ambientes compartilhados (vestiários, sanitários, sala de procedimento) e áreas de circulação e superfícies com contato constante (maçanetas, portas, etc.). 7 8 REGULARIZAÇÃO DA SITUAÇÃO FUNCIONAL DO ESTABELECIMENTO Lembre-se que a Regularização do estabelecimento depende de uma série de requisitos que devem ser atendidos, perante a Vigilância Sanitária para que o Alvará de Licença Sanitária seja concedido. 9 ESTRUTURA FÍSICA EQUIPAMENTOS E INSUMOS Requisitos sanitários Estes serviços devem ser instalados em locais próprios, com entrada independente; não ter comunicação direta ou passagem no interior da residência e está proibida a realização dessas atividades ao ar livre, em locais insalubres ou públicos. Os aspectos referentes à gestão de infraestrutura incluem as condições físicas e a infraestrutura de conforto e segurança do Serviço de Interesse para a Saúde (SIPS), dentro das exigências da vigilância sanitária e dos padrões recomendados para o funcionamento do serviço. O serviço deve ser organizado para atender às demandas de manutenção predial, obras, reformas, adequações de áreas físicas, consertos e reparos diversos. 10 Instalações As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, climatização, proteção e combate a incêndio, comunicação e outras existentes devem atender às exigências dos códigos de obras e posturas locais, assim como normas técnicas pertinentes a cada uma delas. Os ambientes externos e internos devem ser mantidos em boas condições de conservação, segurança, organização, conforto e limpeza. Os SIPS devem realizar ações de manutenção preventiva e corretiva das instalações prediais, de forma própria ou terceirizada. Também devem possuir paredese pisos lisos e impermeáveis e as instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras, de forma a permitir a higienização dos ambientes. Ambientes Os ambientes dos SIPS devem estar identificados, limpos, livres de resíduos e de odores incompatíveis com a atividade. Além disso, devem ser organizados e ter a circulação livre em todas as áreas do estabelecimento. Recepção (área não crítica) Dimensionamento compatível com a demanda. Considerada uma área não crítica, sendo a primeira barreira física antes da entrada para a sala de procedimentos. Algumas atividades econômicas podem qualificar o empresário em Microempreendedor individual (MEI), por exemplo, serviço de tatuagem e piercing. Nesse caso, a atividade pode ser exercida na residência do empresário em local separado e de livre acesso à fiscalização sanitária. 11 Disponibilizar água potável e copos descartáveis; Lixeira com tampa e pedal com saco de cor não‐branca para o resíduo comum. Sala de procedimentos (área crítica) Área para atendimento individualizado deve ter dimensões compatíveis. Para a realização de atendimentos simultâneos, devem existir boxes com altura mínima de 2 m, cada; Pia exclusiva para lavagem das mãos com água corrente, que dispense o acionamento manual, dispensador de sabonete líquido, toalheiro fixo com papel toalha descartável. Os móveis e equipamentos devem ser revestidos de material que facilite limpeza e desinfecção, dispostos de forma a manter um espaço suficiente para circulação Lixeira com tampa acionada por pedal, para resíduo infectante contendo saco de lixo branco leitoso Lixeira para resíduo comum contendo saco de lixo de cor não‐branca; Recipiente para descarte de materiais perfuro cortantes, instalado em suporte próprio, com altura de aproximadamente 1,30m do chão; Área/sala de processamento de artigos (área crítica) a) bancada com pia exclusiva e água corrente para preparo, lavagem, desinfecção e esterilização de materiais contaminados. 12 b) esta atividade pode estar localizada dentro da sala de procedimento, desde que, estabelecida barreira técnica e mantenha pia exclusiva para higienização das mãos. c) Local específico para guarda de materiais esterilizados, dotado de armário exclusivo fechado, limpo e livre de umidade. Ambientes de Apoio Depósito de Material de Limpeza (DML) dotado de tanque EXCLUSIVO, para higienização de materiais usados no processo de limpeza das superfícies do estabelecimento e para o descarte das águas servidas. Obs.: Na impossibilidade de local específico, manter armário com dimensões suficientes para guarda dos materiais. Instalações sanitárias (área suja) Área física adaptada para deficientes físicos segundo legislação vigente (ABNT NBR 90/50); Vaso sanitário com tampa; Pia para lavagem das mãos, dotado de dispensador de sabão líquido, porta‐papel‐toalha, sendo o sabão líquido e papel‐toalha não reciclados; Lixeira com tampa, acionamento por pedal, para resíduo comum contendo saco de lixo de cor não‐branca. Os SIPS devem ser dotados de iluminação e ventilação compatíveis com o desenvolvimento das suas atividades e garantir a qualidade da água necessária para o seu funcionamento, assegurando a limpeza dos reservatórios de água a cada 6 meses. 13 Gestão de equipamentos, materiais e produtos A gestão abrange desde o planejamento e entrada destes no estabelecimento até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores, à preservação da saúde pública e do meio ambiente e à segurança do usuário. De acordo com a complexidade do serviço e o atendimento da demanda, deve ser garantida a disponibilidade de equipamentos, materiais e insumos. Os SIPS deverão dispor de todos os equipamentos necessários à realização das atividades propostas, mantendo‐os higienizados e em condições de funcionamento e ergonômicas adequadas. Os equipamentos devem ser utilizados exclusivamente para os fins a que se destinam e estar em perfeito funcionamento, tendo manutenção preventiva e corretiva. A manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos deverá ser comprovada por notas fiscais. Em alguns casos, também podem ser colocadas etiquetas nos equipamentos, constando, inclusive, a data da próxima manutenção. A utilização desses equipamentos deve obedecer à legislação vigente e às instruções e restrições de uso do fabricante. Devem ser disponibilizados manuais de operação do equipamento em português. Os profissionais que utilizam equipamentos elétricos, por exemplo, secadores e pranchas, devem estar protegidos do risco de choques elétricos. OS equipamentos sujeitos à vigilância sanitária, a regularização deles deve ser verificada na Anvisa. Esses equipamentos devem ter uma etiqueta indelével, contendo as seguintes informações: identificação do fabricante (razão social ou marca), identificação do produto (nome e modelo comercial), número de série do equipamento e número de registro 14 do produto na Anvisa. Caso exista dúvida, para consultar se o equipamento tem registro na Anvisa, acesse o endereço eletrônico: http://portal.anvisa.gov.br/produtos/consultas. Produtos, Materiais e Equipamentos • Os produtos utilizados no procedimento de pigmentação artificial permanente da pele devem possuir registro na ANVISA ou do órgão competente (RDC nº. 55/2008). • Deve dispor de materiais em número adequado para atendimento à demanda. • As tintas devem ser fracionadas, individualizadas, para cada cliente e as sobras desprezadas no lixo infectante. A parte do equipamento que entrar em contato com a derme não deve ter contato com a tinta na embalagem original. • O piercing deve ser constituído de material biocompatível, estéril e reconhecidamente apto para inserção subcutânea. • Os produtos e materiais não descartáveis, devem ser submetidos ao processo de limpeza, desinfecção e/ou esterilização, preconizado pelo Manual de Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde/MS. • As luvas, agulhas, lâminas ou dispositivos destinados a raspar pelos, devem ser descartáveis e a segregação deve ser de acordo com a classificação do resíduo. 15 • As manutenções preventivas e corretivas dos todos os equipamentos devem ser registradas, assinadas e datadas. Recursos Humanos Os profissionais de que trata o manual, podem ter diversas escolaridades e muitas das vezes, formação em cursos profissionalizantes, isso porque expressam seus talentos e conhecimentos em forma de ilustração artística, pigmentando a pele e inserindo adornos. A formação dos profissionais deverá ser comprovada por meio de certificado de treinamento, curso técnico, graduação, especialização, entre outros. 16 Educação Continuada Diz respeito à continuidade da formação inicial, visando o aperfeiçoamento profissional e devem ser adequadas ao avanço do conhecimento do profissional que será capacitado. É recomendado que os profissionais recebam capacitação antes do início das atividades e de forma continuada em assuntos relacionados aos processos de trabalho desenvolvidos. Os profissionais da tatuagem e piercing realizam processamento de materiais e procedimentos invasivos que expõem os trabalhadores e usuários ao risco de infecções, sendo fundamentais capacitações relacionadas aos seguintes temas: controle de infecção; higienização das mãos; processos de limpeza, desinfecção e esterilizaçãode artigos; monitoramento de processos de esterilização através de indicadores; funcionamento dos equipamentos; conhecimentos sobre embalagens, preparo, inspeção e acondicionamento de artigos e gerenciamento de resíduos. 17 Boas Práticas na Gestão de Qualidade Alvará de Licença Sanitária (expedido pela VISA local); Controle de saúde e vacinação dos profissionais que devem estar imunizados contra hepatite B e tétano sem prejuízo de outras que forem necessárias; Registro de formação de escolaridade, treinamentos e capacitação com conhecimento básico em controle de infecção, processamento de artigos e superfícies, biossegurança e gerenciamento de resíduos; Ficha Cadastral do Cliente; Termo de Consentimento Livre Informado; Quadro com esclarecimentos ao cliente; Comprovantes de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; Comprovantes de monitorização dos processos de esterilização; Livro para registro de acidentes e exposição a material biológico; 18 Manual de Rotinas técnicas escritas para as atividades: reprocessamen‐ to de materiais, limpeza e desinfecção de superfícies, higienização das mãos entre outras; POPs ‐ Procedimentos Operacionais Padrão, descrição do passo a passo para cada procedimento executado, assinado e datado. Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) conforme RDC 222/2018 ANVISA/MS. 19 REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS A área ou sala de reprocessamento de materiais deve dispor de uma bancada com dimensões que permitam a conferência dos materiais, de forma a garantir a segurança do processo. A área de recepção e limpeza dos materiais é considerado um setor sujo. A Sala de preparo e esterilização, monitoramento do processo, armazenamento e distribuição de materiais esterilizados é considerada uma área limpa. Para garantir o processo, iniciar com a limpeza do material de maneira correta Processamento: Conjunto de ações relacionadas à pré lim‐ peza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da in‐ tegridade e da funcionali‐ dade, preparo, desinfec‐ ção ou esterilização, arma‐ zenamento e distribuição para as unidades consumi‐ doras. 20 Limpeza de materiais: Remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga microbiana presente nos materiais utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou automatizada), atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o material seguro para manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização. Detergentes: produto destinado a limpeza de artigos e superfícies por meio da diminuição da tensão superficial, composto por grupo de substâncias sintéticas, orgânicas, líquidas ou pós solúveis em água que contêm agentes umectantes e emulsificantes que suspendem a sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis ou espuma no instrumento ou na superfície. Limpeza manual — Procedimento realizado por fricção mecânica e deve ser realizada com acessórios não abrasivos e que não liberem partículas. Limpeza automatizada — Processo que utiliza equipamentos automatizados que combinam temperatura, tempo, produto químico e ação mecânica. Ex.: Lavadora ultrassônica: equipa‐ mento automatizado de limpeza que utiliza o princípio da cavitação, em que ondas de energia acústica propagadas em solução aquosa rompem os elos que fixam a partícula de sujidade à su‐ perfície do produto. 21 Produtos passíveis de processamento: Produtos fabricados a partir de matérias primas e conformação estrutural, que permitem repetidos processos de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e funcionalidade. Ao proceder a limpeza dos artigos contaminados não esqueça de: Utilizar pia exclusiva para limpeza dos materiais; Usar Equipamentos de proteção individual (EPI): gorro, máscara, óculos de proteção, luvas grossas de borracha cano longo, avental impermeável e sapatos fechados impermeáveis; Limpar os materiais de preferência após o uso, para evitar que a sujidade e matéria orgânica resseque dificultando sua remoção e ocasionando aumento da carga microbiana. Limpeza manual dos materiais: Remover toda sujidade e matéria or‐ gânica utilizando detergente enzimático; Utilizar como acessórios de limpeza: escovas plásticas de cabo longo e esponjas de material não abrasivo; Friccionar os materiais individualmente; Enxaguar abundantemente em água potável e corrente; Secar individualmente com panos limpos e secos (compressas de algodão, tecido de algodão macio e absorvente ou papel toalha não reciclado); 22 Os panos utilizados para secagem devem ser encaminhados para lavagem sempre que estiverem saturados (molhados); Realizar inspeção visual dos materiais com objetivo de constatar se o mesmo está limpo, íntegro e em condições de uso. DESINFECÇÃO DE MATERIAIS Processo de destruição de microrganismos na forma vegetativa (exceto os esporulados), presentes em materiais, mediante aplicação de agentes físicos (calor) e químicos (desinfetantes). O processo de desinfecção é indicado para materiais não críticos que não tenham indicação de esterilidade. Materiais como: máquina de tatuagem, clipcord, dermógrafo, mixer de pigmentos, medidor de espessura / paquímetro, suporte não descartável para batoque, gabarito e régua para aréola deverão, após limpeza prévia, ser desinfetados utilizando produtos profissionais com essa finalidade. Existem no mercado uma gama de produtos profissionais que fazem a limpeza e desinfecção como, por exemplo, o quaternário de amônia de 5ª geração mais Polihexametileno Biguanida (PHMB). 23 ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos, ou associação destes. O bacteriano (forma mais resistente aos agentes esterilizantes) é o parâmetro utilizado para o estudo microbiológico da esterilização, ou seja, para se assegurar a esterilização de um artigo todos os esporos devem ser destruídos. (Anvisa) É o método mais seguro, rápido, eficiente e econômico para a esterilização de materiais resistentes ao calor. A morte microbiana ocorre pela desnaturação das proteínas dos microrganismos existentes nos materiais. O processo de esterilização pelo vapor saturado sob pressão é o método mais utilizado e o que maior segurança oferece. A segurança do processo de esterilização depende de todas as fases da preparação dos artigos. 24 A esterilização deve ser realizada por método que utilize vapor saturado sob pressão, ou seja, em autoclave. Esse processo físico elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos. A esterilização de artigos por estufa, fornos elétricos, equipamentos à base de radiação ultravioleta, formol e métodos caseiros não é permitida por não possuir eficácia comprovada. 25 Os materiais deverão ser embalados em invólucros adequados ao processo de esterilização, individualmente ou em kits individuais. A embalagem deve estar regularizada junto à Anvisa, deve permitir a penetração do agente esterilizante (vapor) e proteger os artigos de modo a assegurar a esterilidade até a sua abertura. Para esterilização em autoclave, recomenda‐se papel grau cirúrgico, papel crepado, tecido não tecido (TNT), tecido de algodão cru (campoduplo), vidro e nylon, cassetes e caixas metálicas perfuradas. Embalagens compostas de papel grau cirúrgico, devem ter o ar removido antes da selagem, pois o ar atua como um obstáculo na transmissão de calor e de umidade. O fechamento do papel grau cirúrgico deve promover o selamento hermético da embalagem e garantir sua integridade. A faixa de selagem deve ser ampla, preferencialmente de 1 cm ou reforçada por duas ou três faixas menores. Recomenda‐se promover o selamento deixando uma borda de 3 cm, que facilitará a abertura asséptica do pacote. Pinças, alicates e tesouras devem ser esterilizados com suas articulações abertas. As embalagens devem conter a identificação dos artigos, a data da esterilização, o prazo de validade da esterilização e o nome do responsável. A data de validade da esterilização é a data limite de uso do produto esterilizado. Deve ser determinada em cada serviço pela avaliação da integridade das embalagens, considerando: a resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado. 26 Todas as embalagens devem conter um marcador termo físico para comprovação do processo de esterilização. A relação tempo de exposição/temperatura do material a ser esterilizado deverá atender às recomendações do fabricante. A carga da autoclave deverá permitir o espaçamento entre os pacotes em si e entre os pacotes e as paredes da câmara, possibilitando a circulação do vapor nas embalagens. Recomendações: A produção do vapor utilizado na esterilização requer alguns cuidados como a água utilizada para a produção do vapor, esta deve estar livre de contaminantes em concentração que possa interferir no processo de esterilização, danificar o aparelho ou os produtos a serem esterilizados. • Embalagens indicadas para a esterilização de materiais em autoclave: Tecidos de algodão; Filmes transparentes (poliamida e polipropileno); Papel grau cirúrgico; não‐tecido (SMS); Caixas metálicas perfuradas (recobertas com as embalagens permeáveis ao vapor descritas acima); Vidro refratário. • Relações tempo de exposição/temperatura devem obedecer às recomendações dos fabricantes. • Usar autoclave horizontal, pois a do tipo vertical dificulta a circulação do vapor; a drenagem do ar e a penetração do vapor nos pacotes por estarem sobrepostos e não possuírem ciclo de secagem dos artigos; No caso em que o serviço não assegure o processo de esterilização, deve-se necessariamente utilizar artigos descartáveis. 27 • Realizar a manutenção preventiva mensal do equipamento, a qual deve ser registrada, datada e assinada; • Carregar a autoclave obedecendo ao espaçamento de 2,5 a 5 cm entre os pacotes, e entre eles e as paredes da câmara, possibilitando a circulação do vapor nas embalagens; • Utilizar luvas de proteção térmica para temperaturas elevadas. Na finalização do ciclo a porta da autoclave deve ser aberta lentamente e deve permanecer entreaberta de 5 a 10 minutos, antes de retirar os pacotes Monitoramento da esterilização: Controles físicos Registros do tempo de exposição/temperatura/pressão, pelo menos em três momentos do ciclo (início, meio e fim) Indicadores químicos Externos Indicam que o vapor entrou em contato com a superfície exposta. Devem ser utilizados em todos os pacotes. ‐ Fitas termocrômicas ou etiquetas adesivas ‐ impregnadas com substância química termo sensível específica ao vapor, que ao serem retiradas da autoclave deverão apresentar mudança de coloração. ‐ Impresso ‐ tinta indicativa termo sensível impressa diretamente na embalagem que ao ser retirada da autoclave deverá apresentar mudança de coloração. 28 Internos Indicam que o vapor penetrou o interior da embalagem. ‐ Tiras de papel ‐ impregnadas com tinta em concentração graduada com substâncias químicas termo sensíveis específicas ao vapor. Ao ser retirada da autoclave deverá apresentar coloração de marrom a preto. ‐ Integrador químico ‐ reagente químico liberado gradativamente à medida que ocorre a combinação dos parâmetros de temperatura, umidade e tempo de exposição. Indicada a colocação em pacotes de difícil acesso do vapor. Deve ser utilizado em todos os CICLOS. Monitorização Biológica É realizada por meio de indicadores biológicos que consiste em utilizar uma população padronizada de microrganismos viáveis conhecidos como resistentes ao modo de esterilização que se quer monitorar. A frequência dos testes biológicos difere de acordo com as recomendações das instituições que os preconizam. Para esterilização à vapor, os bacilos mais comuns utilizados nos indicadores biológicos são os do tipo Bacillus stearothermophyllus. Indicadores biológicos São considerados a maneira mais segura de monitoramento de esterilização, pois sua tecnologia consiste na aplicação dos próprios esporos (bactérias adormecidas e resistentes ao processo de esterilização a ser monitorado) impregnados em tiras de papel. Nos indicadores biológicos, são utilizados esporos de Geobacillus stearotermophilus, não patogênicos e altamente resistentes ao calor úmido, separados em meio de cultura (roxo) pela ampola de vidro que será quebrada durante a ativação, 29 quando colocada na incubadora para completar o teste. Os esporos são utilizados como desafio, pois uma vez tendo sido eliminados, todos os outros esporos e formas vegetativas também serão. Os pacotes não devem ser colocados em superfícies metálicas logo após a esterilização, pois em contato com superfície fria o vapor residual se condensa e torna as embalagens úmidas, comprometendo a esterilização uma vez que a umidade diminui a resistência do invólucro de papel e interfere no mecanismo de filtração do ar. Obs.: Não utilizar os pacotes em que a fita indicadora apareça com as listras descoradas após a esterilização. O teste deve ser realizado uma vez por semana, da seguinte forma: 1) Separe duas ampolas de indicador biológico do mesmo lote; 2) Coloque uma das ampolas de indicador biológico dentro de um envelope. Insira‐o na autoclave, já montada para um ciclo padrão; 3) Feche a autoclave e realize o ciclo de esterilização normalmente 4) Terminado o ciclo de esterilização, aguarde 15 minutos para o resfriamento. Abra o envelope e recupere a ampola teste que foi autoclavada. 5) Introduza 1/3 da ampola teste na incubadora para ativá‐la e dobre a parte superior da ampola plástica flexível. Isso fará com que a ampola interna de vidro se quebre, liberando o meio de cultura para contato com os esporos 6) Segure a ampola e dê um “peteleco” na parte inferior de modo que somente desloque esta região do tubo. Certifique‐se que o meio de cultura, de cor roxa, embebeu totalmente a fita de esporos. Não agite a ampola. 7) Repita esta mesma operação na ampola controle, que não foi auto clavada, que será denominada ampola Padrão 30 8) Coloque ambas para incubar na mini incubadora (24 ou 48 horas), de acordo com as especificações do fabricante do equipamento. 9) Faça a leitura final com 48 horas. A interpretação dos resultados é bastante simples, por meio visual. • Resultado aprovado O resultado esperado é que o teste permaneça roxo e o controle fique amarelo. Isto indica que na ampola‐teste os esporos foram incapazes de se reproduzir, enquanto que na ampola padrão formaram colônias. Deduz‐se, assim, que a esterilização foi efetiva. • Resultado reprovadoSe as ampolas teste e padrão ficarem com cor amarela após a incubação, indica que houve crescimento bacteriano em ambas. Isto pode ser devido à necessidade de manutenção da autoclave e conclui‐se, então, que a esterilização não foi efetiva. Após observado o resultado • Retire a etiqueta de cada ampola (teste e padrão) e cole‐as no livro de registros. Anote o resultado referente a cada ampola no espaço de cada etiqueta. • Arquive os resultados dos indicadores biológicos juntamente com os testes químico internos (integradores), que devem estar presentes em todos os ciclos. Esta documentação tem validade legal por 5 anos, no mínimo. • Faça auto clavagem da ampola padrão (e da ampola teste, se o resultado foi positivo para crescimento bacteriano) envolvida por algodão e fita crepe, dentro de envelope de papel grau cirúrgico. 31 • Descarte o conjunto (ampola, algodão e envelope) desmembrado após o ciclo de esterilização, em lixo comum, junto à ampola teste negativa. OBS.: Os indicadores químicos Classe 5 (integradores químicos) devem ser arquivados conforme uso. Registros da monitoração da esterilização Todos os resultados da monitoração devem ser arquivados em pastas e/ou cadernos específicos para esse fim e servem como documentos legais de controle de Esterilização. Assim, cada teste utilizado, seja químico ou biológico deve ter seu resultado arquivado. No caso dos indicadores biológicos, apenas as etiquetas do teste devem ser coladas na pasta com as devidas anotações de data, número de ciclo, o resultado foi positivo ou negativo e outros. Acondicionamento: É a última etapa do Reprocessamento de Artigos seguindo o fluxo unidirecional e tem fundamental importância. Sua função é preservar a condição estéril dos artigos processados. Em serviços odontológicos o ideal é o armazenamento das embalagens em gavetas ou armários fechados que: • Garantam a integridade da embalagem • Tenham área seca, longe de umidade • Não estejam superlotados • Não dobrem ou amassem as embalagens 32 Falhas no processo de autoclavagem Falhas Humanas: limpeza incorreta ou deficiente dos materiais; utilização de invólucros inadequados para os artigos a serem esterilizados; confecção de pacotes muito grandes, pesados ou apertados; disposição inadequada dos pacotes na câmara; abertura muito rápida da porta ao término da esterilização; tempo de esterilização insuficiente; utilização de pacotes que saíram úmidos da autoclave; mistura de pacotes esterilizados e não esterilizados; não identificação da data de esterilização e data‐limite de validade nos pacotes; desconhecimento ou despreparo da equipe para usar o equipamento. Falhas mecânicas: As falhas mecânicas decorrem da operação incorreta e da falta de manutenção das autoclaves. Prevenção de riscos operacionais Para o manuseio das autoclaves, embora existam diferentes modelos e cada um deles possua seu próprio manual de instrução de uso, alguns cuidados são fundamentais para a prevenção de acidentes: manter as válvulas de segurança em boas condições de uso; 33 não abrir a porta da autoclave enquanto a pressão da câmara não se igualar à pressão externa; ao abrir a porta da autoclave proteger o rosto para evitar queimaduras, explosões ou implosões dos frascos de vidro; utilizar luvas apropriadas para a retirada dos artigos metálicos da câmara; verificar periodicamente o funcionamento de termostatos, válvulas de segurança; não forçar a porta para abrir quando esta emperrar; a porta da autoclave deve possuir uma trava de segurança para que esta não abra enquanto houver pressão no interior da câmara. 34 CALOR SECO (estufa de Pasteur): A inativação dos microrganismos pelo calor seco ocorre por oxidação e dessecação celular. Recomendações para o uso de Estufa ‐ Embalagens indicadas: caixas metálicas fechadas, papel alu‐ mínio (apenas para uso imedi‐ ato do material) ou vidro refra‐ tário; ‐ Relações de tempo de exposi‐ ção / temperatura indicadas: I70°C por uma hora ou 160° por duas horas. Contar o tempo de esterilização após o alcance da temperatura determinada; ‐A esterilização de materiais em estufa deve ser realizada do seguinte modo: dispor os materiais no equipamento, fechar, ligar; esperar o alcance da temperatura monitorando a relação tempo de exposição/temperatura pela utilização de termômetro acessório; A esterilização de materiais em estufa exige cuidados, como: • Colocar pequenas quantidades de materiais dentro das embalagens; • Propiciar a livre circulação do ar por toda a estufa e entre as caixas. Não sobrecarregar a estufa, utilizar somente 2/3 de sua capacidade, dispondo as embalagens do seguinte modo: não as encostar nas laterais da estufa, não as sobrepor, não as colocar na base e no centro do equipamento e não as encostar umas nas outras; 35 • Não abrir a estufa durante o ciclo de esterilização para a retirada ou a inclusão de materiais; • Utilizar como EPI: luvas de proteção térmica no momento da retirada dos materiais esterilizados da estufa; • Realizar manutenção preventiva mensal do equipamento. Procedimentos mínimos para o monitoramento da esterilização: ‐ Controles físicos: registros do tempo de exposição /temperatura do ciclo a partir do alcance da temperatura determinada com a estufa já carregada, pelo menos em três momentos (início, meio e fim); ‐ Controle biológico com Bacillus subtilis para verificar a eficácia do equipamento quanto à esterilização, semanalmente e após manutenção preventiva ou corretiva da estufa. Materiais Cateter para aplicação de piercing, compressa cirúrgica e vaselina fracionada ‐ Devem ser descartados após cada uso. Agulhas ‐ Devem ser esterilizadas e descartadas após cada uso. “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, dispõe de regulamentação de produto do tipo desinfetante e sanitizantes para diversas superfícies através da RDC 35/2010 para produtos com ação antimicrobiana utilizados em artigos semicríticos e críticos”. 36 Batoques e dispositivos para raspar pelos ‐ São materiais não esterilizados que devem ser descartados após cada uso. Caneta demarcadora e lápis demarcador ‐ Devem ser protegidos com barreira física (Filmes Plásticos de PVC). ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS O armazenamento dos materiais esterilizados deve ser em: Armários fechados, sem umidade, limpos e organizados e revestidos de materiais de fácil limpeza e desinfecção; Considerar impróprios para uso, pacotes que caírem no chão ou estiverem amassados, torcidos ou úmidos; Armazenar os pacotes quando estiverem completamente frios; Realizar inspeção periódica dos pacotes armazenados, para verificar qualquer degradação visível e seus prazos de validade de acordo com o recomendado pelo fabricante da embalagem; O armazenamento adequado do material é que mantém as propriedades inalteradas garantindo o processo para utilização. 37 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES LIMPEZA DE SUPERFÍCIES É a remoção de sujidades e mi- crorganismos presentes em superfícies fixas (pisos, pare- des, tetos, portas, janelas, mo- biliário, equipamentos e demais instalações) mediante aplicação de energia química (soluções detergentes) e mecânica (fricção) em um determinado período de tempo. BOAS PRÁTICAS DE LIMPEZA Lavar as mãos antes e após o uso de luvas e realização de qualquer atividade; Evitar o uso de anéis e pulseiras durante o período de trabalho; Usar EPI’s: luvas de borracha de canolongo, avental imper‐ meável, botas de borracha, ócu‐ los de proteção ocular, gorro ou touca descartável; Proceder à varredura úmida, que deve ser feita com pano de chão umedecido com água, pois o ato de varrer o piso (varredura a seco) leva a dispersão de 38 microrganismos que podem ser veiculados por partículas de pó; Utilizar produtos de limpeza aprovados pela ANVISA/MS; Panos utilizados na limpeza de bancadas, mobiliário e equipamentos devem ser de cores diferentes dos materiais usados na limpeza do teto, paredes e pisos; Panos de limpeza e de chão, escovas, baldes, rodos, devem ser lavados com água e sabão, desinfetados com hipoclorito de sódio a I % por 30 minutos e guardados no DML, após o uso; Nunca realizar movimentos de vaivém, limpar em sentido unidirecional; A limpeza de todas as áreas inclusive DML e sanitários, deve ser feita diariamente; Uma vez por semana, a limpeza geral de todos os ambientes deve ser realizada com água e sabão, incluindo portas, janelas, mobiliário, ar condicionado entre outros. Deve obedecer ao fluxo: teto, paredes e pisos. Limpeza semanal ou quinzenal dos aparelhos de ar condicionado Remover o filtro do aparelho, Lavar em água corrente e sabão, deixando‐o escorrer. Limpar a superfície externa do aparelho. 39 Limpeza e desinfecção da caixa d'água A limpeza deve ser feita por empresa contratada, licenciada pela vigilância sanitária que deve fornecer o certificado de limpeza e laudo de potabilidade. • Realizar limpeza e desinfecção semestral da caixa d'água, conforme recomendações sanitárias vigentes; • Registrar a data da limpeza e a assinatura do responsável. DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES É o processo aplicado às superfícies inertes, que elimina microrganismos na forma vegetativa, exceto esporos bacterianos, com a utilização de processo químico (desinfetantes). Nesses serviços, no término de cada atendimento, após a limpeza e secagem das superfícies como: cadeira ou maca, almofada de apoio, alça e interruptor do foco de luz, puxadores de gaveta, bancada de trabalho, dentre outras, deve‐se realizar a desinfecção química com materiais aprovados pela ANVISA. A desinfecção de todas as áreas do estabelecimento deve ser feita diariamente. Após a limpeza geral e secagem, aplicar com pano no chão, hipoclorito de sódio a 1% e aguardar a secagem espontânea (cerca de 10 minutos). 40 As superfícies que estiverem com presença de matéria orgânica (sangue ou fluido corporal) devem ser submetidas a processo de descontaminação prévia. Com o uso de EPI necessários, retirar o excesso de matéria orgânica da superfície utilizando papel‐toalha, aplicar hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos e após este tempo, proceder à limpeza com água e sabão. 41 A colocação de barreiras físicas (filmes plásticos de PVC), visa proteger os equipamentos de contaminações. A conduta deve ser limitada ao atendimento, sendo previamente necessária a realização dos processos de limpeza e desinfecção de superfícies que são as medidas recomendadas e eficazes na prevenção e controle de infecções. 42 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Consiste na fricção das mãos com água e sabão, visando à remoção mecânica de sujidades e microrganismos da camada superficial da pele. QUANDO HIGIENIZAR: • Antes e após o preparo dos produtos a serem uti‐ lizados nos clientes; • Antes e após cada pro‐ cedimento realizado; • Antes e após o uso de luvas; • Quando as mãos estive‐ rem visivelmente sujas; • Antes e após utilizar o sanitário; • Antes e após as refeições. • No início e no final do turno de trabalho 43 POR QUE HIGIENIZAR? As mãos são a principal via de transmissão de microrganismos durante a realização de procedimentos. Esses germes podem ser transferidos de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele) ou indireto (contato com objetos e superfícies contaminadas). Sabe‐se que a higienização das mãos, utilizando‐se a técnica correta reduz a carga microbiana interrompendo a transmissão de microrganismos veiculados por contato. RECURSOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Lavatório exclusivo para higienização das mãos com torneira que dispense o contato das mãos para o seu manuseio; Dispensador de sabão líquido, preferencial‐ mente sem contato manual; Porta‐papel toalha, de material que não favoreça a oxidação, instalado de forma que o papel‐toalha não receba respingos de água e sabão; Papel‐toalha deve ser mantido dentro do porta‐papel‐toalha evitando sua contaminação, não reciclado, preferencialmente que possibilitem o uso individual, folha a folha, de boa propriedade de secagem para não liberar partículas. Lixeira com tampa, protegida com saco de lixo de cor não‐branca, junto aos lavatórios para descarte de papel‐toalha; 44 Técnica para higienização das mãos 1. Abra a torneira e molhe as mãos, evitando encostar na pia. 2. Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante). 3. Ensaboe as palmas das mãos, friccionando‐as entre si. 4. Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda (e vice‐versa) entrelaçando os dedos. 5. Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais. 6. Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta (e vice‐versa), segurando os dedos, com movimento de vai‐ e‐vem. 7. Esfregue o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda (e vice‐versa), utilizando movimentos circulares. 8. Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha (e vice‐versa), fazendo movimento circular. 9. Esfregue o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita (e vice‐versa), utilizando movimento circular. 10. Enxague as mãos retirando os resíduos de sabonete. Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira. 11. Seque as mãos com papel‐toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Fonte: (SUS/MS/ANVISA) 45 IMUNIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS Imunização ativa ‐ adminis‐ tração de todo ou parte de um microrganismo ou um produto modificado deste or‐ ganismo para invocar uma resposta imunológica imi‐ tando aquela da infecção na‐ tural, mas que normalmente apresenta pouco ou nenhum risco para o receptor. Os profissionais, que atuam nos SIPS por estarem expostos a secreções, possuem um risco elevado de contaminação e devem ser imunizados ativamente através de vacinas. Recomendam‐se: 46 Vacina contra Hepatite B — em três doses no esquema de zero, um e seis meses. Não é necessária dose de reforço. É recomendável a realização do exa‐ me anti‐HBs para confirmação da res‐ posta vacinal, em caso não responde‐ dor repetir as três doses e novo exame. Vacina contra difte‐ ria e tétano (dT) ‐ três doses no es‐ quema de zero, dois e quatro meses. Requer uma dose de reforço a cada dez anos, antecipada para cinco anos no caso de gravidez ou acidente com lesões graves. Vacina Influenza: H1N1 - Proteção contra gripe. Deve ser tomada anualmente. Vacinar‐se contra o vírus influenza não possui eficácia contra o corona vírus. No entanto, com a evoluçãoda pandemia no país, a vacinação contra a gripe ajuda a reduzir a procura por atendimento de saúde e ainda auxilia profissionais da área na exclusão do diagnóstico, uma vez que os sintomas da gripe e da covid‐19 podem ser parecidos. 47 ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO POTENCIALMENTE CONTAMINADO COMO PROCEDER? Os acidentes ocupacionais com materiais biológicos que podem estar contaminados (sangue e outros fluidos corporais) são sérios riscos aos profissionais em seus locais de trabalho. Medidas devem ser tomadas imediatamente após o acidente com sangue e outros fluidos orgânicos, para preservar a saúde do trabalhador: • Cuidados após contato com ma‐ terial biológico. Lavar a área aco‐ metida com água abundante e sa‐ bão. As mucosas devem ser lava‐ das com água ou solução fisioló‐ gica. • Notificação: Deverá ser imediata ao responsável pelo serviço que providenciará: 48 I ‐ Registro da exposição no livro de ocorrências; 2‐ Preenchimento da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT). • Encaminhamento O trabalhador deve ser encaminhado para atendimento na unidade de saúde de referência de seu município, com dados do cliente fonte (nome completo, data de nascimento, sexo, endereço completo e o número do RG), dentro das duas primeiras horas de ocorrência. 49 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 50 São todos os dispositivos ou produtos de uso individual, destinados a proteção de trabalhadores contra riscos ocupacionais. O empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI, gratuitamente, adequados ao risco de cada atividade e em perfeito estado de conservação e funcionamento, de acordo com a NR6 e NR32 do Ministério do Trabalho. ATENÇÃO! EPIs DANIFICADOS DEVEM SER SUBSTITUÍDOS IMEDIATAMENTE. 51 USO DE EPI NESTES SERVIÇOS Quadro - Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) por profissionais dos serviços de tatuagem e piercing. TIPOS EPI ESPECIFIDADES FINALIDADES CUIDADOS COM O USO GORRO Descartável Proteger contra: A possibilidade de contaminação dos cabelos por secreções, aerossois e produtos; A queda de cabelos sobre o sítio de procedimentos no cliente. Trocar a cada turno de trabalhou ou sempre que visivelmente sujo. ÓCULOS DE PROTEÇÃO Laterais largas com boa vedação, confortavies e totalmente transparentes. Proteger os olhos contra respingos de secreções, aerossóis e produtos químicos. Após cada procedimento: a) Lavar com água corrente e sabão; b) Guardar em local limpo e seco. MÁSCARA Descartável Proteger: a) As vias aéreas superiores contra respingos de secreções, aerossois e produtos químicos. b) O cliente da contaminação de vias aéreas do trabalhados. Trocar após o atendimento a cada cliente e em intervalores menores quando ficarem umedecidas. Longo de mangas compridas, de tecido ou descartável. Proteger contra: aerossóis e respingos de secreções durante os procedimentos com o cliente. Trocar a cada turno e quando necessário por procedimento. Impermeável Proteger contra umidade proveniente de operações de limpeza e desinfecção de materiais, equipamentos e ambientes. a) Trocar a cada turno e quando necessário por procedimento (descartável); b) Lavar com água e sabão. Látex esterilizadas, descartáveis Proteger contra: a) contaminação das mãos dos profissionais de agentes químicos e biológicos; b) contaminação do sítio de procedimeneto. a) Trocar após o atendimento a cada cliente e quando necessário, durante o procedimento. B) Não tocar outras superfícies com as mãos enluvadas. Grossas de borracha e cano longo Proteger as mãos contra agentes abrasivos e escoriantes. Após o uso: a) Lavar com água corrente e sabão; b) Desinfetar internamente e externamente com hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos; c) Enxaguar; d) Secar ao ar com os punhos para baixo. E) Observar antes do uso se a parte interna está seca. CALÇADOS Fechados, impermeáveis e com solados antiderrapantes Protege contra: a) Umidade proveniente de operações com uso de água; b) Materiais escoriantes e perfurocortantes. Lavar semanalmente com água corrente e sabão. Uso exclusivo no ambiente de trabalho. AVENTAL LUVAS 52 ORIENTAÇÕES PARA A ANTISSEPSIA Antissepsia é um processo de eliminação ou inibição do crescimento dos microrganismos na pele e mucosas, com a utilização de antisséptico. Como realizar a antissepsia? I ‐ Lavar o local do procedimento com água e sabão; 2‐ Secar a região; 3‐ Aplicar o antisséptico em movimentos unidirecionais, com fricção por aproximadamente 3 minutos. Antisséptico Indicação de uso Clorhexidina Aquosa Utilizado para mucosas e pele íntegra Clorhexidina Alcoólica Utilizado apenas em pele íntegra Álcool a 70% Utilizado apenas em pele íntegra ‐ Os antissépticos devem ser acondicionados em frascos (almotolias) de tamanhos pequenos, com tampas, identificados e datados. ‐ As almotolias devem ser limpas, enxaguadas, secas e desinfetadas com hipoclorito de sódio a 1 % por 30 minutos a cada 24 horas, antes de proceder à renovação das soluções. 53 MANEJO DOS RESÍDUOS Os serviços de tatuagem e piercing geram resíduos (lixo) que deverão ser cui‐ dadosamente manejados, pois podem representar risco à saúde pública e ao meio ambiente. Portanto, deverão possuir um Plano de Gerenciamento de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Fazer este plano possibilita minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde 54 pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. (Resolução Diretoria Colegiada– RDC 222/2018/ANVISA/MS e Resolução n°358/2005/CONAMA). PGRSS é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente e deve ser elaborado de acordo com a legislação vigente. O manejo de resíduos compreende as ações de gerenciamento destes, desde a geração até a disposição final: segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externo e disposição final. 55 QUEM DEVE ELABORAR E IMPLANTAR O PGRSS? O gerador destes resíduos deve designar um profissional com registro ativo junto ao seu conselho de classe, com Anotação de Responsabilidade Técnica, ou Certificado de Responsabilidade Técnica ou documento similar, para responsabilizar‐se pela elaboração e implantação do PGRSS. Para fins de aplicabilidade da RDC ANVISA/MS 222/2018, os resíduos fo‐ ram classificados em gru‐ pos e subgrupos segundo riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde e em função de suas caracterís‐ ticas e riscos. 56 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NESTES SERVIÇOS Quadro – Classificação dos resíduos gerados nos Serviços GRUPO TIPO EXEMPLOS ACONDICIONAMENTO TRATAMENTO / DISPOSIÇÃO A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que por suas características podem apresentar riscos de infecção. Game ou compressas com material biológico, restos de tintas usadas, entre outros. Saco de lixo branco leitoso Aterro sanitário licenciado pelo órgão ambiental. B Resíduos com substâncias químicas de risco à saúde pública ou ao meio ambiente devido suas característicasde inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Desinfetantes, vaselinas e outros produtos químicos Recipiente de material compatível Segundo orientações da ficha de Informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) D Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparadods aos resíduos domiciliares. Resíduos orgânicos, copos descartáveis, papel de escritório, entre outros. Lixeira protegida em saco plástico. Sem tratamento / Aterro sanitário licenciado pelo órgão ambiental. E Perfurocortantes Agulhas, lâminas, catéteres, entre outros. Recipiente de paredes rígidas. NBRI 3853 / 97 Aterro sanitário licenciado pelo órgão ambiental. 57 Contrato de Serviços terceirizados Quando houver necessidade de contratação de terceiros para a realização de serviços ou atividades pelos SIPS, deve existir um contrato de prestação de serviço. Os serviços e atividades terceirizados devem estar regularizados perante a vigilância sanitária competente, quando couber. Exemplos de atividades frequentemente contratadas por SIPS são: serviço de controle de pragas, lavanderia, limpeza do reservatório de água e recolhimento de resíduos. Controle de vetores e pragas urbanas Os SIPS devem garantir ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas (baratas, moscas, formigas, ratos etc.) com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso ou a proliferação deles. O controle químico, quando for necessário, deve ser realizado por empresa habilitada e possuidora de licença sanitária e ambiental e com produtos desinfestantes regularizados pela Anvisa. A empresa especializada deve fornecer ao cliente o comprovante de execução de serviço contendo, no mínimo, as seguintes informações: nome do cliente; endereço do imóvel; praga(s)‐alvo; data de execução dos serviços; prazo de assistência técnica, escrito por extenso, dos serviços por praga(s)‐alvo; grupo(s) químico(s) do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s); nome e concentração de uso do(s) produto(s) eventualmente utilizado(s); orientações pertinentes ao serviço executado; nome do responsável técnico, com o número do seu registro no conselho profissional correspondente; número do telefone do Centro de Informação Toxicológica; e identificação da empresa especializada prestadora do serviço, com razão social, nome fantasia, endereço, telefone e números das licenças sanitária e ambiental com seus respectivos prazos de validade. 58 GLOSSÁRIO Aerossóis: pequenas partículas que permanecem suspensas no ar durante horas e podem ser dispersar a longas distâncias por corrente de ar. Água potável: água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde. Antissepsia: processo de eliminação ou inibição do crescimento dos microrganismos na pele e mucosas. Antissépticos: são substâncias químicas utilizadas para fazer a antissepsia. Ex.: clorexidina, álcool e outros. Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces. Área de reprocessamento de materiais: local onde são realizadas lavagem, preparação, desinfecção ou esterilização e guarda de materiais utilizados nos procedimentos de maquiagem definitiva, tatuagem e/ou piercing. Bactérias: são organismos unicelulares, procariontes e microscópicos, que podem ser encontrados em qualquer ambiente na forma isolada ou em colônias. Bactérias na forma vegetativa: quando estão realizando todas as suas atividades metabólicas, como respiração, multiplicação e absorção. Biocida: é o termo empregado coletivamente para desinfetantes, esterilizantes químicos, antissépticos e preservativos. 59 Contaminação: presença transitória de microrganismos em superfícies ou hospedeiros, sem invasão tecidual ou relação de parasitismo. Descontaminação: é o processo de eliminação total e parcial da carga microbiana de artigos e superfícies, tornando‐os aptos para o manuseio seguro. Desinfecção: processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies. Embalagem: envoltório, invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento destinado a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter produtos. Esporos: forma mais resistente dos microrganismos. Esterilização: processo físico, químico ou físico‐químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos. Infecção: é a penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infecciosos no organismo de uma pessoa ou animal. Limpeza: consiste na remoção de sujidades dos artigos e superfícies, realizada com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, com consequente redução da carga microbiana. Local insalubre: local que permite a exposição a fatores de risco para a saúde, presente em ambientes e processos de trabalho. Materiais: compreendem instrumentos de naturezas diversas como acessórios de equipamentos e outros. Exemplo: pinças, alicates, tesouras, biqueiras, clipcord, máquina de tatuagem, paquímetro, batoque, etc. 60 Material descartável: é o produto que, após o uso, perde suas características originais e não deve ser reutilizado e nem reprocessado. Microrganismos: são formas de vida de dimensões microscópicas, visíveis apenas ao microscópio. Entre aqueles que causam danos à saúde humana, incluem‐se bactérias, fungos, alguns parasitas, vírus e outros. Mucosa: membrana que reveste certas cavidades do organismo. Reprocessamento de materiais: processo a ser aplicado em materiais para permitir sua reutiliza são com segurança. Inclui limpeza, preparo, desinfecção/ esterilização, testes biológicos e químicos, análise residual do agente esterilizante, testes de integridade física de amostras e controle de qualidade conforme legislação vigente. Resíduos perfuro cortantes ou escarificantes: são todos os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar como: agulhas, lâmina de barbear, cateteres, etc. Vacina: são substâncias produzidas a partir de vírus ou bactérias que estimulam o sistema de defesa do organismo a produzir anticorpos específicos contra microrganismos, evitando a transmissão de doenças. Vírus: são agentes infectantes de células vivas, causadores de doenças em animais e plantas, e capazes de atacar outros organismos mais inferiores, até mesmo bactérias. 61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Active and Passive Immunization. In: PICKERNG, L.K., editor. Red Book: 2000 Repon of the Committee on Infectious Diseases. 25 ed. Elk Grove Village, IL: American Academy of Pediatrics, 2000. p. 6. AMORIM, A.B.; NUNES, E.B.; SILVA, I? G.S.S. Tatuagens e piercings x Vigilância Sanitária Brasília. 2002. I00f. Monografia (Especialização em Saúde Coletiva — Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde) ‐ Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, 2002. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Esterilização de artigos em unidades de saúde. São Paulo, 2003. I55 p. ‐ Limpeza, desinfecção de artigos e hospitalares e antissepsia. São Paulo, 2004. 6 I p. BLOCK, S.S. Sterilization, disinfection, and asepsis in dentistry. In: . Disinfection, sterilization, and preservation. 4. ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1991. p. I0I4‐ 1032. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de controle de infecção hospitalar. Brasília, 1987. 122 p. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n°. 485, de II de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora n°. 32, relativa à Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 16 nov. 2005. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 55 de 06 de agosto de 2008. Dispõe sobre o registro de 62 produtos utilizados no procedimento de pigmentação artificial permanente da pele, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 08 agosto 2008. ______Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. 2. Ed. Brasília, 1994. 50p. ______Fundação Nacional de Saúde. Manual de normas de vacinação. 3. Ed. Brasília, 2001. 72 p. ______Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços odontológicos: prevenção e controle de riscos. Brasília, 2006. 156 p. ______Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília 2007. 52 p. GRAZIANO, K.U.; GRAZIANO, R.W Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos odontológicos e cuidados com o ambiente. In: ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Controle de infecção na prática odontológica. São Paulo, 2000. p. I I ‐ 24. MOURA, M.L.P.A. Estudo sobre a eficácia do método de est esterilização pelo calor seco, usando o Forno de Pasteur - estufa. I990. 70 f. Tese (Livre Docência em Enfermagem) ‐ Escola de Enfermagem do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Rio de janeiro, Rio de janeiro, 1990. BRASIL, Ministério da Saúde ‐ Processamento de Artigos e superfície em estabelecimentos de saúde. Ministério da Saúde /Coordenadoria de Controle de Infecção Hospitalar. 1994 63 ‐ BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária‐ ANVISA, Resolução ‐ RDC 55 de 05/05/2008‐ Estabelece normas para comercialização no Brasil de tintas usada em pigmentação artificial da pele ‐ BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária ‐ ANVISA ‐ Referência Técnica para o funcionamento dos serviços de tatuagem e piercing, dezembro de 2009 ‐ Dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos de pigmentação artificial permanente da pele e inserção de piercing; ‐ BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 55 de 06 de agosto de 2008. Dispõe sobre o registro de produtos utilizados no procedimento de pigmentação artificial permanente da pele, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 08 agosto 2008. ‐ BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária‐ ANVISA, Resolução ‐ RDC 222 de 28de março de 2018 ‐ Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências • BRASIL, Ministério do Trabalho. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3214 de 08 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras – NR do capítulo V, título II, da consolidação das leis do trabalho, relativas a segurança e medicina do trabalho. Norma Regulamentadora NR6 – equipamento de proteção individual. NR7 – programa de controle médico de saúde ocupacional. Diário Oficial da União de 06 de julho de 1978. • BRASIL, Estado de São Paulo‐ Lei Estadual Nº 9828, de 06 de novembro de 1997 – Estabelece proibição quanto à aplicação de tatuagens e adornos, na forma que especifica. 64 • BRASIL, Norma Brasileira ‐NR 32 ‐ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE. Publicação D.O.U. Portaria MTb n.º 485, de 11 de novembro de 2005 16/11/05, Alterações: Portaria MTE n.º 939, de 18 de novembro de 2008 19/11/08; Portaria MTE n.º 1.748, de 30 de agosto de 2011 31/08/11, Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 31/07/19. ‐ BRASIL, Estado de São Paulo ‐ Centro de Vigilância Sanitária. Portaria CVS ‐ 12 de 30 de julho de 1999. Dispõe sobre os estabelecimentos de interesse à saúde denominados gabinetes de tatuagem e gabinetes de piercing e dá providências correlatas. ‐ BRASIL, Estado de São Paulo ‐ Lei Estadual 10.083/98 de 23de setembro 1998 – Dispõe sobre o Código sanitário. ‐ EDITORIAL • Cad. Saúde Pública 36 (5) 8 Maio 20202020 ‐ https://scielosp.org/article/csp/2020.v36n5/e00068820/‐ http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/vapor.htm