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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO –
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
Aluna: Hélida Micaelly de Sousa Araujo
Capítulo 8: 02, 05, 08 e 11.
2. Para fins de análise, é usual separar o passivo em dois grupos: aquele que gera ônus para a
empresa e aquele decorrente do ciclo das operações. No primeiro grupo, temos empréstimos e
financiamentos; no segundo, as contas de fornecedores e salários a pagar, entre outras. Em termos
analíticos, o segundo grupo pode ser considerado de forma redutora do ativo de curto prazo.
Discuta esse procedimento à luz da conceituação do passivo.
De acordo com o CPC 00 (R2) - Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, emitido pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis, o passivo é conceituado como uma obrigação presente na
entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados. Logo, tem-se
três elementos fundamentais para classificar um componente como passivo no balanço patrimonial
de uma entidade, são eles: ter uma obrigação atual; resultar de eventos passados e a liquidação
resultará no desembolso de benefícios econômicos para a companhia. Como abordado na questão,
pode-se classificar para fins analíticos o passivo como o grupo que gera ônus e aquele decorrente
do ciclo operacional. O segundo grupo pode ser considerado de forma redutora do ativo de curto
prazo pois as contas presentes nesse grupo geralmente são valores relacionados com a atividade
operacional empresa, como por exemplo, a conta de estoques que tem relação direta com o ciclo
operacional da empresa e se classifica no ativo circulante, geralmente sua contrapartida está
relacionada com o reconhecimento de fornecedores no passivo circulante, logo, como são
naturezas diferentes, pode se ter uma visão de que esse passivo gerado seja uma forma redutora do
ativo no qual está vinculado, pois terá um direito no ativo (estoque) mas também uma obrigação
(fornecedor) a ser paga.
5. A empresa Alpargatas evidenciou no seu passivo “tributos com exigibilidade suspensa”. O
governo aumentou a carga tributária, a empresa não concordou e foi para a justiça, registrando no
seu passivo aquilo que deveria pagar. Em que situação esse fato seria considerado um passivo,
mensurado e reconhecido?
É válido ressaltar que o reconhecimento de um passivo ocorre quando se incorpora esse
elemento no balanço patrimonial da empresa, e o primeiro passo para o reconhecimento é
satisfazer a definição de passivo. A segunda condição para reconhecimento é que o item deve ser
mensurado em bases confiáveis. É imprescindível mencionar que caso caracterize essa obrigação
de pagar o tributo como uma obrigação possível, a empresa não deve classificá-la como passivo no
balanço patrimonial, mas sim classificar como um passivo contingente e evidenciá-lo em notas
explicativas. Assim, considerando essa situação esse fato seria considerado um passivo,
mensurado e reconhecido a partir do momento da publicação da sentença judicial. Porém, é
importante reforçar que se for um montante de prazo ou valor incerto, mesmo assim se reconhece
como passivo, pois atenderia a definição de Provisão.
8. As debêntures perpétuas têm sido consideradas, na prática do mercado financeiro brasileiro,
como passivo. A Comissão de Valores Mobiliários alega que, em alguns casos, o direito de
recebimento de cupons não estaria sob controle da empresa. Em outros casos, o debenturista
estaria em posição superior ao acionista. Finalmente, ocorreram casos em que a CVM entendeu
que o diferimento não é igual à autonomia completa para o pagamento ou não pagamento (COUTO;
MARTINS, 2014). Explique como isso pode ter efeito negativo sobre o mercado desse tipo de
título.
Sabe-se que as debêntures são valores mobiliários que representam dívidas de médio e
longo prazo que asseguram aos seus detentores o direito de crédito contra a empresa emissora da
debênture. As debêntures perpétuas abordadas na questão trata-se de debênture emitida sem prazo
ou data de vencimento. Sendo assim a grande desvantagem desse mercado, para quem investe, é
que algumas podem ter um prazo muito longo de vencimento e até lá, não ser possível resgatar o
dinheiro aplicado. Já no âmbito da empresa que emite essas debêntures também se tem um efeito
negativo pois como está relacionado a obrigações com um longo prazo de tempo, fica difícil a
empresa ter um controle sob essa obrigação, pois essas operações envolver juros prometidos,
porém que foram feitos em uma situação economicamente diferente da que se encontrará quando a
empresa emissora da debênture for efetuar o pagamento. Sendo assim, vê-se que a classificação
dessas debêntures nos balanços patrimoniais muitas vezes não consegue retratar a realidade
fielmente da obrigação (por parte da emissora) e do direito (por parte de quem adquiriu), uma vez
que, há muitos riscos devido ao espaço de tempo envolvido.
11. No final de 2017, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que, em casos de retirada de sócio, é
possível usar o valor justo e que esse aspecto não fere a lei. A empresa (com os sócios que
ficaram) pretendia pagar usando o valor patrimonial. Confronte essa situação com as críticas
feitas ao uso do valor justo ao longo deste capítulo.
O uso do custo histórico para os ativos e passivos de uma entidade apresenta um elemento
de estabilidade para realizar a contabilidade das empresas, como mostrado no livro. Já o valor justo
vem como forma de transformar essa estabilidade.Pois, o valor justo será o preço recebido/ pago
pela venda/compra de um ativo/passivo em uma transação não forçada. Assim, possibilita grandes
variações nos valores apresentados nas demonstrações contábeis, uma vez que, o valor justo é
considerado o valor de mercado, ou seja, é um valor mais atualizado do que o custo histórico. Aos
tipos de itens que podem ser avaliados pelo valor justo se encontram os que não possuem um
mercado ativo, em que a mensuração desse item depende do julgamento administrativo, o que
relacionando com a situação da questão, que trata da retirada do sócio, a depender da avaliação
patrimonial dos itens, o sócio que se retirou da empresa pode ter ganhado bem mais com a decisão
judicial caso este se baseie no valor justo, pois vê-se que o valor justo irá considerar o cenário mais
atual, além de um certo grau de dificuldade em mensurá-lo. Caso a empresa pagasse de acordo com
o valor patrimonial, é de grande probabilidade que o valor que o sócio retirante iria ganhar seria bem
menor se comparado ao valor justo, pois não estaria atualizado ao atual cenário econômico.

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