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unigoias.com • 0800 605 9003 
Av. João Cândido de Oliveira, 115 – Cidade Jardim – Goiânia – Goiás • 74423-115 
 
Versão 03/2021 – Página: 1 
 
 
 
2.1. Avaliação do paciente em abril de 2012, um felino, sem raça definida, pelagem 
média de cor bege e branco, com aproximadamente três anos de idade, macho não 
castrado, foi encontrado na rua, recém atropelado e foi encaminhado para a Clínica 
Veterinária UNIGOIÁS-Goiânia. O animal apresentava-se apático, responsivo a 
estímulos externos, com presença de sangue na região dos membros torácicos e 
cabeça, oriundo das cavidades nasal e oral (Figura 02). O animal foi sedado para 
melhor avaliação, na dose 10 miligramas por quilo via intramuscular de xilazina e 2 
miligramas por quilo via intramuscular de cloridrato de cetamina, ao qual o animal 
apresentou sedação após 10 minutos. Durante a avaliação foi constatado que o 
animal apresentava epistaxe, apresentava fratura na sínfise mandibular detectável 
à palpação, olho direito com hifema, edemaciado, impossibilitando a visualização de 
estruturas internas como lente e íris. O animal foi encaminhado para cirurgia para 
reconstrução da sínfise mandibular, enucleação e também foi realizado juntamente 
a orquiectomia. 
 
 
 
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Versão 03/2021 – Página: 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Versão 03/2021 – Página: 3 
 
 
 
RESPOSTAS 
 
1) Utilizaria um medicamento da classe dos alphas-2 adrenérgicos, pois causam uma boa 
sedação, porém os alphas-2 diminuem a pressão intraocular, com exceção da 
dexmedetomidina que não causa esse efeito, então sendo o medicamento de escolha dessa 
classe. 
Farmacodinâmica: os alpha-2 adrenérgicos atuam nos receptores alpha-2, quando se 
ligam no receptor vai induzir a inibição da adenilciclase, onde vai diminuir a formação 
de cAMP, irão também inibir a ação da noradrenalina e causando um aumento na sedação 
e no débito cardíaco. A proteína G que fica acoplada nos canais iônicos de potássio 
quando é ativada vai causar uma hiperpolarização neuronal, reduzindo a excitabilidade 
dos neurônios centrais e a sedação, depois de ter sido administrado os agonistas de alpha-
2. 
 
Poderia também utilizar os opióides, como a metadona e a morfina, onde são 
medicamentos mais potentes na analgesia, e esse animal está com muita dor, então já 
auxiliaria na dor. Dos opióides nesse caso deve evitar o uso do burtafonol, pois ele 
aumenta a pressão intraocular, e evitar a meperidina, pois ela causa reação alérgica no 
olho e na boca, causando inchaço quando é administrada intravenosa. 
Farmacodinâmica: a farmacodinâmica dos opióides é bem parecida com o dos 
benzodiazepínicos, onde vai ocorrer a entrada do sódio e assim abrindo o canal de cálcio, 
então após o cálcio entrar vai liberar molécula de glutamato. O glutamato vai ligar no 
receptor do neurônio pós- sináptico, abrindo o canal de sódio e saindo potássio. Quando 
o opióide se liga no receptor, podendo ser Mi, Kappa ou Delta, vai impedir o potencial 
de ação e a liberação do neurotransmissor, e então impedindo a comunicação dos 
neurônios, e então ativa a transdução de sinal. O opióide vai se ligar no receptor da 
proteína G e no canal de cálcio, então fecha esse canal e impede a entrada de cálcio, e não 
ocorrendo a ligação no neurônio, então a proteína G se liga no canal de potássio e entra 
potássio no neurônio. 
 
Cálculo: 
Dexmedetomidina: dose- 40ug/kg → 0,08 mg/kg, concentração- 0,5 mg/ml 
0,08 mg------- 1 kg 
x --------------- 4,5 kg 
 
 
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Versão 03/2021 – Página: 4 
 
 
 
x= 0,36mg 
 
0,5 mg ------------ 1 ml 
0,36mg ----------- x ml 
x= 0,36/ 0,5 = 0,72 ml 
 
Metadona: dose- 0,2mg/kg, concentração- 10mg/ml 
0,2 mg ----------- 1kg 
x mg ------------ 4,5kg 
x = 0,9 mg 
 
10 mg ------------ 1 ml 
0,9 mg ------------ x ml 
x = 0,9 / 10 = 0,09 ml 
 
Morfina: dose- 0,1 mg/kg, concentração- 1mg/ml 
0,1 mg ---------- 1 kg 
x mg ------------- 4,5 kg 
x= 0,45 mg 
 
1 mg ------------ 1 ml 
0,45 mg --------- x ml 
x = 0,45 ml 
 
 
2) Deve ser realizada uma reconstrução da sínfise mandibular devido a fratura na sínfise 
mandibular com sangramento oral e nasal que foi detectada durante a palpação, para 
realizar a estabilização óssea, devendo o médico veterinário durante a avaliação da 
cavidade oral verificar se não houve algum trauma no palato duro e consequente 
extravasamento de sangue devido a epistaxe que o animal apresentou, avaliar as 
articulações temporomandibular, também avaliar se houve fratura de dentes e cortes, e 
devendo antes de realizar a cirurgia fazer um raio-x. E realizar uma enucleação para 
retirada do globo ocular, devido o sangramento entre a córnea e a íris e ficando cheia de 
 
 
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Versão 03/2021 – Página: 5 
 
 
 
líquido (sangue) na cavidade da câmara frontal, e então ficando toda a estrutura 
comprometida e não sendo possível o animal voltar a enxergar desse olho. 
 
3) Na indução utilizaria propofol ou cetamina + xilazina (pois esses dois medicamentos 
juntos não vai alterar a pressão intraocular). Na manutenção utilizaria anestesia inalatória 
com sevofluorano (para gatos deve sempre utilizar sevofluorano porque ele não causa 
irritação das vias aéreas) ou injetável com propofol. 
Para dor no trans operatório utilizaria a metadona, pois é um opióide potente para dor, e 
esse animal está com muita dor. A morfina não usaria tanto pelo fato que ela causa êmese, 
então não seria muito ideal durante a cirurgia. 
Metadona: dose- 0,2mg/kg, concentração- 10mg/ml 
0,2 mg ----------- 1kg 
x mg ------------ 4,5kg 
x = 0,9 mg 
 
10 mg ------------ 1 ml 
0,9 mg ------------ x ml 
x = 0,9 / 10 = 0,09 ml 
 
No pós-operatório utilizaria antibiótico, anti-inflamatório (AINE), analgésico, antiácido 
e protetor de mucosa. Realização de curativo local e o uso do colar elizabetano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Versão 03/2021 – Página: 6 
 
 
 
Dra: Liliane Gomes Rocha 
Médico Veterinário 
Clínica Veterinária UniAnhanguera 
Av. João Candido de Oliveira, 115 – 
Cidade Jardim. CEP: 74423-115 
Goiânia – GO. 
 
Paciente: Gatinho Espécie Felina Sexo: Macho 
Raça: SRD Idade: 3 anos Peso: 4,5 kg 
Tutor: Maria de Fátima Souza 
Endereço: Rua das flores, nº 509, Residencial Eldorado, Goiânia-Go. 
 
Uso interno: 
1) Tramadol 12mg------------------------------------------------------------------------- 1 caixa 
Administrar por via oral 1 comprimido, a cada 8 horas, durante 10 dias. 
2) Dipirona 500mg ----------------------------------------------------------------------- 1 caixa 
Administrar por via oral ¼ comprimido, a cada 12 horas, durante 3 dias. 
3) Metronidazol 40mg/ml----------------------------------------------------------------- 1 frasco 
Administrar por via oral 2,25ml, a cada 12 horas, durante 15 dias. 
4) Maxicam 0,5mg ------------------------------------------------------------------------ 1 caixa 
Administrar por via oral 1 comprimido, a cada 24 horas, durante 4 dias. 
5) Sucralfato flaconete -------------------------------------------------------------1 caixa 
Administrar por via oral 5,6 ml, a cada 12 horas, durante 15 dias. 
6) Omeprazol 10mg----------------------------------------------------------------- 2 caixas 
Administrar por via oral ½ comprimido, a cada 24 horas, durante 15 dias. 
 
 
 
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OBS: Administrar o sucralfato 2 horas após as outras medicações. Alimentação apenas 
pastosa. Usar colar elisabetano até alta médica. Realizar curativo com solução fisiológica. 
Retorno após 15 dias para retirada dos pontos e avaliação médica. 
 
 
Goiânia, 28 de junho de 2021. 
Liliane Gomes Rocha 
CRMV 0000 
 
 
4) Vai ser realizada uma redução da disjunção da sínfise mandibular, fazendo uma 
passagem de fios de aços nos tecidos moles dos caninos, entre a pele e o osso, e assim 
cerclando a mandíbula. Essa técnica é feita por cerclagem com fio metálico, onde vai 
circundar a mandíbula caudalmente aos dentes caninos, sendo esse fio é removido após 
algumas semanas. É feito uma pequena incisão na pele sobrejacente á face ventral da 
sínfise, então é inserida uma agulha na superfície mandibular lateral, no tecido 
subcutâneo, então a agulha vai sair caudalmente ao dente canino, passe o fio metálico na 
agulha, reposicione a agulha de forma oposta á mandíbula, passe o fio transversalmente 
e atrás dos caninos, saindo com o fio na incisão na pele. Após reduzir a fratura aperte o 
fio, deixando as extremidades do fio exposta na incisão, então dobre as extremidades para 
que reduza a possibilidade de lesões. 
 
5) Deve ser aplicada a técnica de enucleação transpalpebral, onde é feita uma tricotomia, 
assepsia com clorexidine e soro fisiológico, deve colocar o campo cirúrgico, então deve 
ser feita uma sutura contínua unindo as pálpebras superior e inferior, usando fio de nylon 
2.0. Então faz uma incisão transpalpebral com bisturi em volta da órbita, e realiza a 
dissecação e divulsão em volta do globo ocular até seccionar todos os ligamentos e 
músculos, tomando o cuidado de não perfurar a conjuntiva. Com uma pinça hemostática 
pinçar as pálpebras para então facilitar o acesso aos músculos, quando visualizar o 
pedículo óptico deve pinçar com pinças hemostáticas kelly curva para então evitar 
hemorragias. Fazer uma ligadura simples com fio nylon 4.0 para depois excisar o pedículo 
óptico. Suturar as pálpebras com uma sutura simples usando fio de nylon 2.0. 
 
 
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