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1 2 ÍNDICE 1 Qual a importância do transporte de material biológico para a área da Saúde? 4 2 Por que regulamentar o transporte de materiais biológicos? 4 3 Quais são os principais tipos de materiais biológicos? 4 4 Qual a diferença entre o transporte de material biológico e correlatos? 6 5 Qual a diferença entre Tomador, Remetente e Destinatário? 6 6 Quais os principais modais usados no transporte de material biológico? 7 7 Quais são os veículos utilizados no transporte de material biológico? 7 8 Quais são os desafios de atendimentos no embarque aéreo? 8 9 Quais são os documentos necessários para o transporte de materiais biológicos? 9 10 POP Limpeza e Desinfecção 9 11 Manual de Biossegurança 10 12 Declaração de Conteúdo 11 13 Qual a importância do RT no transporte de material biológico? 11 14 Quais são os EPIs para transporte de material biológico? 12 15 Qual o tipo de placa obrigatória para o veículo? 12 16 O registro na ANTT é obrigatório? 13 17 A AFE da ANVISA para o transporte de material biológico é obrigatória? 14 18 O que é a validação de transporte? 14 19 Quais são os tipos de refrigeração usadas no transporte de material biológico? 14 20 Quais os tipos de embalagem usadas no transporte de material biológico? 15 21 Como é feita a embalagem do material? 16 22 Como transportar material congelado em cidades onde não há gelo seco? 16 23 Qual a importância do plástico bolha no transporte de material biológico? 18 24 O isopor é considerado embalagem Secundária? 18 25 Qual é a diferença entre Cânister e Saco tipo Zip-lock? 18 26 O baú da moto pode ser considerado uma embalagem Terciária? 18 27 Quais as identificações obrigatórias da embalagem Terciária? 19 28 Por que o estabilizador de caixas é importante? 19 29 Qual a relevância da fase Pré-Analítica no transporte do material biológico? 20 30 Quais são os principais riscos existentes no transporte de material biológico? 21 31 Quais são os principais erros cometidos pelos Remetentes no transporte de material biológico? 22 32 Qual o principal desvio de custo no transporte de material biológico? 22 33 Quais são os desafios da mão de obra? 23 34 Toda cidade deve ter uma empresa habilitada para transporte de material biológico? 23 35 Quais pontos devem ser auditados pela transportadora de material biológico? 24 36 O que é TGA e qual a sua importância? 25 3 Sabemos que o transporte de materiais biológicos é uma parte bastante delicada da Logística e, por isso, requer um vasto conhecimento das normas regulamentadoras desse modelo de serviço. E se você é da área de Logística ou Qualidade, com certeza, deve conhecer o manual da ANVISA, que trata especificamente do assunto. De modo complementar a esse material, nós, aqui da LogLife, decidimos criar um e-book bastante objetivo, com o intuito de responder às suas principais dúvidas sobre o transporte de materiais biológicos. Esperamos que ele seja útil para o seu dia a dia! 4 1 Qual a importância do transporte de material biológico para a área da Saúde? O transporte de material biológico apresenta papel fundamental na cadeia da Saúde, pois: possibilita a execução e o desenvolvimento de pesquisas; permite a expansão do atendimento dos laboratórios de apoio; contribui para o acesso a exames específicos nas comunidades mais isoladas e longe dos grandes centros urbanos; fortalece o mercado da área da Saúde Privada e garante ganho em escala, além de mais sustentabilidade ao setor. 2 Por que regulamentar o transporte de materiais biológicos? A RDC 20, da ANVISA, publicada em 10 de abril de 2014, tem por objetivo, basicamente: proteger os colaboradores que atuam no transporte de material biológico; garantir a estabilidade e qualidade do material biológico, evitando erros de diagnóstico causados pelo transporte. 3 Quais são os principais tipos de materiais biológicos? Existem quatro tipos de materiais biológicos, que se diferem pelo risco inerente a cada um deles: Material Isento: aqui, o material biológico é sabidamente livre de qualquer tipo de patógeno; Material de Risco Mínimo: nesse caso, são classificados materiais com probabilidade mínima de existência de agentes infecciosos; Material de Categoria B: enquadram-se os materiais biológicos utilizados para diagnóstico, que não se cabem à categoria A e também não são classificados como Risco Mínimo ou Isento; Material de Categoria A: apresentam o maior grau de risco. São os vírus e culturas ativas, como o vírus Ebola, em que a possibilidade de contaminação é muito grande. 5 AMOSTRAS BIOLÓGICAS MATERIAL BIOLÓGICO ISENTO ESPÉCIME HUMANO DE RISCO MÍNIMO (EXEMPT HUMAN SPECIMEN) SUBSTÂNCIA BIOLÓGICA DA CATEGORIA B Pode-se classificar como material biológico da categoria A? SIM NÃO / NÃO SE SABE NÃO / NÃO SE SABE 1 Tem-se conhecimento de que a amostra não contém agentes infecciosos? 2 O material biológico foi submetido a processos para neutralização, inativação e esterilização de agentes infeciciosos? 3 O materil biológico contém somente microrganismos não patogênicos para seres humanos? 4 Trata-se de amostra seca de sangue em material absorvente ou similiar? 5 Trata-se de material biológico (sangue, tecidos, células, órgãos) para fins terapêuticos em transfusão/enxerto/transplante? SIM OU NÃO SE SABE SUBSTÂNCIA INFECCIOSA DA CATEGORIA A Amostra biológica com MÍNIMA possibilidade da presença de agentes infecciosos NÃO SIM Fonte: OMS. Diretrizes sobre Regulamentação Relativa ao Transporte de Substâncias Infecciosas 2013-1024 (adaptado) O quadro, a seguir, apresenta um esquema desenvolvido pela OMS e reproduzido pela ANVISA para ser utilizado no Guia de Transporte de Material Biológico Humano: 6 4 Qual a diferença entre o transporte de material biológico e correlatos? No transporte de material biológico, os objetos transportados são amostras para análise laboratorial ou que já foram analisadas — como sangue para transfusão ou materiais de categoria A. No caso do transporte de correlatos, são transportados itens de apoio biomédico, a exemplo de kits diagnósticos, equipamentos etc. Uma listagem mais detalhada você encontra no site da vigilância de SP. Antes, as transportadoras usavam o alvará de correlatos para o transportar material biológico. Hoje, a RDC 20 da ANVISA regulamentou a atividade, impedindo essa ação. Mas fique atento, pois algumas transportadoras ainda o utilizam irregularmente! 5 Qual a diferença entre Tomador, Remetente e Destinatário? A RDC 20 define claramente cada um dos responsáveis pelo processo de transporte de material biológico: Tomador: é quem paga pelo serviço, ou seja, o cliente da transportadora; Remetente: é quem prepara e envia o material; Destinatário: é quem recebe o material, ou seja, o destinatário final — onde, geralmente, o material será processado/analisado. Quando se trata de um laboratório de apoio, ele é, em geral, o destinatário e o tomador ao mesmo tempo. Quando é uma pesquisa clínica, ele não é tomador, nem remetente e nem destinatário, pois é contratado um laboratório para processar o material. 7 6 Quais os principais modais usados no transporte de material biológico? Os principais modais utilizados no transporte de material biológico são aéreo e terrestre. No caso dos transportes intermunicipais, por trabalhar, em geral, com material de baixa estabilidade, eles são feitos preferencialmente por via aérea. Já os municipais, são realizados por veículos leves — furgões ou motos. Algumas transportadoras utilizam espaços em ônibus para o transporte interestadual, pois a legislação permite. Contudo, é importante validar a rota e garantir que a transportadora tenha condições fitossanitárias para cuidar de um material tão delicado. 7 Quais são os veículos utilizados no transporte de material biológico? Existem muitas dúvidas quanto ao tipo de veículo permitido para o transporte de material biológico. Por exemplo, muitas pessoas ainda acreditam que é proibido o transporte por moto, mas nãoé verdade. É permitido o transporte de material biológico tanto por moto quanto por carro, além de caminhão, avião e ônibus. No caso da moto, é necessário que haja: um baú, conforme determina a legislação do CONTRAN; uma placa vermelha de categoria aluguel, caso seja locada do colaborador, ou placa cinza, caso seja de propriedade da empresa. Essas mesmas indicações servem para carros leves, como Fiorinos. 8 8 Quais são os desafios de atendimentos no embarque aéreo? No Brasil, o transporte de material biológico é muito dependente do setor aéreo — o que tem causado alguns problemas devido ao fato de esse meio de transporte: atender todo o Brasil, que tem dimensões continentais; ser utilizado com muita frequência as companhias aéreas. A LATAM e a GOL são utilizadas principalmente no transporte de material biológico Categoria B, e a Azul, em geral, no de material Isento de Risco ou com Risco Mínimo; apresentar um custo elevado, saindo, muitas vezes, até mais caro do que uma passagem para transporte de pessoas; falta de alinhamento e treinamento dos agentes de carga que atuam no balcão das companhias aéreas, os quais geralmente apresentam dificuldade em entender as normas da IATA e ANVISA — criando obstáculos no embarque e contrariando as determinações dos órgãos reguladores; atendimento desqualificado das companhias aéreas, pois oferecem poucas informações precisas e em tempo real, além de existirem dificuldades constantes para contatar os gestores de contas. 9 9 Quais são os documentos necessários para o transporte de materiais biológicos? Para moto é obrigatório ter na CNH o curso de motofretista, além do registro, comprovando que o condutor Exerce Atividade Remunerada (EAR). Já para o motorista de carro, é obrigatório também o EAR e o curso MOPP (Movimentação de Produtos Perigosos). Mais especificamente, listamos todos os documentos que o motorista ou motofretista deve ter para o transporte de material biológico: registro de que Exerce Atividade Remunerada (EAR) na CNH; curso de motofretista válido (somente motos); curso MOPP válido (somente carros); cartão de vacinação em dia (tríplice viral, dT, Hepatite B); treinamento no POP da operação que vai executar; treinamento em Biossegurança; treinamento em Limpeza e Desinfecção; registro de entrega de EPIs. 10 10 POP Limpeza e Desinfecção Um dos três principais documentos no transporte de material biológico é o Procedimento Operacional Padrão (POP) de Limpeza e Desinfecção. Ele define como deve ser o padrão de limpeza dos veículos e instrumentos de trabalho, bem como quando é aplicável a desinfecção. A legislação não exige que haja desinfecção em situações normais, ou seja, sem que haja derramamento de material biológico. Porém, algumas VISAs, como Recife, exigem a desinfecção periódica dos veículos. Outro ponto definido neste POP é o programa de dedetização da empresa. É importante que o seu transportador o apresente o POP Limpeza e Desinfecção atualizado (1 ano no máximo) e também que mostre os registros de limpeza dos veículos. O ideal é que você confira mensalmente se todos os veículos da sua operação foram devidamente higienizados, evitando assim problemas futuros durante uma fiscalização sanitária. A organização da limpeza de embalagens terciária (caixas térmicas), no caso de operações locais, também é importante que esteja claro, definindo se será função da transportadora, do remetente, do destinatário ou do tomador. 11 Manual de Biossegurança O Manual de Biossegurança é um documento extremamente importante para o transporte de material biológico. Ele vai determinar ações e medidas que terão como objetivo a prevenção de acidentes biológicos com os colaboradores e com o meio ambiente. O tipo de risco do material transportado, o procedimento em caso de acidente, tudo isso estará descrito nele. Todos os motoristas e motoboys da transportadora devem ser treinados no Manual de Biossegurança. Ele também definirá o que deve ser feito pelo tomador, pelo destinatário, pelo remetente, pela transportadora, em caso de acidente com derramamento de material biológico. É importante que o Manual de Biossegurança seja elaborado/revisado pelo RT da empresa, pois é um documento técnico. 11 12 Declaração de Conteúdo A Declaração de Conteúdo se assemelha a uma “nota fiscal” para o transporte de material biológico. Toda vez que você faz uma compra, ela é entregue à transportadora, juntamente ao produto adquirido, e tem como objetivo: evitar o trânsito de materiais proibidos ou contrabandeados; garantir a rastreabilidade do material transportado em caso de acidentes. A Declaração de Conteúdo cumpre com esse mesmo papel. Como não existe um valor tangível para o material biológico, esse documento legal é utilizado para que o transporte possa ser efetivado. Ela garante ao motorista a certeza de que aquele material tem autorização para ser transportado e permite que as autoridades sanitárias possam identificar o: tipo de material que está sendo transportado; responsável técnico por aquele material; tipo de refrigeração utilizada; Remetente e o Destinatário do material. Existem basicamente dois principais tipos de Declaração de Conteúdo: Declaração de Conteúdo Express: utilizada para o transporte intermunicipal de material biológico; Declaração de Conteúdo Business: utilizada no transporte local de material biológico. Utilizada com frequência no transporte entre várias unidades de uma mesma cidade ou região para o mesmo cliente. A Declaração de Conteúdo pode conter ainda informações sobre a temperatura de saída e chegada do material e um espaço para as intercorrências e report sobre acidentes. É importante ressaltar que o seu uso é obrigatório, principalmente nos transportes aéreos! A declaração Express deve conter, de preferência no Remetente, o carimbo e a assinatura de um profissional da área Saúde. 12 13 Qual a importância do RT no transporte de material biológico? O Responsável Técnico (RT) tem a função de supervisionar os procedimentos de biossegurança da transportadora, visando a segurança do trabalhador e a estabilidade das amostras biológicas. Suas principais funções são: garantir que os procedimentos de limpeza, desinfecção, treinamentos, biossegurança e prevenção de acidentes estejam de acordo com a legislação vigente; agir, em caso de acidente com material biológico, de forma segura e eficiente para preservá-lo, além de garantir a limpeza e desinfeção do local e destinação correta do lixo hospitalar. 14 Quais são os EPIs para transporte de material biológico? O nível de biossegurança exigido no transporte de material biológico não é o mesmo do que o de um colaborador que trabalha na área técnica de um laboratório. Os motoristas e os motofretistas não precisam usar luvas, máscaras, jalecos, óculos ou propés para fazer a coleta/entrega de materiais, Contudo, para a sua segurança é importante que o material seja transportado de acordo com as recomendações da RDC 20 e do Manual da ANVISA. Apesar de não ser obrigatório, o ideal é que o remetente prepare a amostra para envio, mesmo que a transportadora seja responsável pelo fornecimento das embalagens e material para refrigeração. 13 O motorista, ao chegar ao local da coleta, entrega ao remetente as embalagens secundária e terciária, o isolante térmico e o material para refrigeração, a fim de que ele acondicione tudo adequadamente e os devolva. Isso permitirá que as embalagens tríplices atuem como EPIs para o motorista, reduzindo os riscos de contaminação. Além disso, os veículos deverão disponibilizar EPIs para auxiliar os profissionais de Saúde a recolher o material em caso de acidente. Na LogLife, todos os veículos estão equipados com o Kit Acidente, que contêm: saco leitoso com identificação do risco biológico; luvas; jalecos; máscaras. 15 Qual o tipo de placa obrigatória para o veículo? Caso o veículo seja próprio da transportadora, e não locado do motoristaou motofretista, a placa pode ser cinza (Categoria Particular). E no caso de a transportadora locar o veículo do colaborador ou de uma locadora, a placa deve ser vermelha (Categoria Aluguel). 14 16 O registro na ANTT é obrigatório? Caso você transporte material biológico intermunicipal, é necessário o cadastro da transportadora na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 17 A AFE da ANVISA para o transporte de material biológico é obrigatória? Não! A Autorização de Funcionamento (AFE) não possui caráter obrigatório. Sendo assim, a transportadora deve ter o alvará sanitário emitido pela VISA da sua sede. 18 O que é a validação de transporte? A validação do transporte tem por objetivo garantir que o material biológico saia e chegue dentro de sua estabilidade necessária. A ideia é que seja feito um estudo preliminar para determinar a maneira ideal de transportar o material biológico até o seu destino. Por exemplo: para garantir o transporte terrestre de uma caixa de 3 litros entre o Rio de Janeiro e São Paulo, com duração de 24 horas, dois gelox serão suficientes para manter a temperatura entre 2 e 8 graus? Para saber, é necessário, após o teste em laboratório, realizar um relatório detalhado, com todos os parâmetros e gráficos dos resultados obtidos — que garantirão o transporte do material com a segurança necessária. Assim, a partir do teste, cria-se um relatório com todos os parâmetros e gráficos, de modo a garantir que a rota foi testada e realmente funcionará. Para saber mais sobre o assunto, confira nosso vídeo sobre validação de transporte biológico. 15 19 Quais são os tipos de refrigeração usadas no transporte de material biológico? Os tipos de refrigeração usadas são: Temperatura ambiente; Temperatura refrigerada (2 a 8 graus); Temperatura congelada. Para o transporte de material biológico em temperatura ambiente, não é necessário o uso de refrigerantes — gelox ou gelo seco. Salvo o caso em que a temperatura ambiente tenha um limite de, por exemplo, 25 graus e a região seja muito quente, podendo ser necessário o uso de alguma unidade de gelox. Já o transporte de material biológico refrigerado faz uso de gelox (gelo reciclável), o qual é congelado previamente em congelador/freezer — indicamos pelo menos 72h de congelamento — e, então, é utilizado no transporte. Indicamos ainda que seja passado algum protetor (pode ser papel toalha) no gelox para evitar o contato direto com a amostra. Por último, para o transporte de material biológico congelado, pode ser usado nitrogênio líquido ou gelo seco. Ambos evaporam rapidamente e são utilizados bem próximo do momento da coleta. A vantagem é que eles são capazes de garantir até -70 graus de congelamento. É importante ressaltar que o tipo de refrigeração e a quantidade de gelox ou gelo seco devem vir descritas na Declaração de Conteúdo, quando se tratar de transporte intermunicipal. Além disso, é necessário o uso do adesivo de Dry Ice para o transporte com gelo seco. 16 20 Quais os tipos de embalagem usadas no transporte de material biológico? Embalagem Primária; Embalagem Secundária; Embalagem Terciária; Plástico Bolha; Isopor; Lacre; Material refrigerante. 21 Como o material deve ser embalado? Para cada uma das formas de conservação, a embalagem é realizada diferentemente. Temperatura Ambiente Para o transporte de material em temperatura ambiente são usadas as embalagens: Terciária (caixa térmica ou papelão rígido); Secundária (Cânister/saco Zip-lock); Primária (tubos etc.); isopor, mesmo que não tenha controle de temperatura, para aumento da proteção do material (desnecessário em caso de uso de caixa térmica); plástico bolha em caso de amostras mais delicadas (lâminas etc.), almofada absorvente para amostras líquidas. Temperatura Refrigerada (2 a 8 graus) Para o transporte de material em temperatura refrigerada são usadas as embalagens: Terciária (caixa térmica ou papelão rígido); Secundária (Cânister/saco Zip-lock); 17 Primária (tubos, etc); gelox (gostamos do de 400ml); isopor, para controle de temperatura e aumento da proteção do material (desnecessário em caso de uso de caixa térmica); plástico bolha em caso de amostras mais delicadas (transporte de lâminas e materiais frágeis); almofada absorvente para amostras líquidas. Temperatura Congelada Para o transporte de material em temperatura congelada, são usadas as embalagens: Terciária (caixa térmica ou papelão rígido); Secundária (Cânister/saco Zip-lock); Primária (tubos etc.); gelo seco ou nitrogênio líquido; isopor, para controle de temperatura e aumento da proteção do material (desnecessário para quando for usada uma caixa térmica); plástico bolha em caso de amostras mais delicadas (lâminas etc.); 18 almofada absorvente para amostras líquidas; lembrar do adesivo de risco. 22 Como transportar material congelado em cidades onde não há gelo seco? A nossa recomendação é que o gelo seco seja enviado de outra cidade, preferencialmente São Paulo. Isso porque, nessa cidade, o preço do gelo seco é mais barato, e a malha aérea é a melhor. Para isso, é necessário enviar o dobro da quantidade necessária para coleta. Ou seja, se precisamos de 5kg de gelo seco no ato da coleta, enviamos 10kg de São Paulo para que até a metade se perca no trânsito de ida. 23 Qual a importância do plástico bolha no transporte de material biológico? Um cuidado muito importante no transporte de material biológico é a estabilização das amostras. O material não pode ficar balançando dentro da caixa e mesmo dentro do veículo. O plástico bolha preenche os espaços vazios entre o isopor e a embalagem Terciária e até mesmo entre a embalagem Secundária e a Primária, evitando esse efeito. Ele é muito importante, principalmente no transporte de lâminas para citologia, que são frágeis e exigem cuidados especiais. 24 O isopor é considerado embalagem Secundária? Não! Embalagem Secundária é aquela que envolve a embalagem Primária (tubos etc.). Os tipos de embalagem Secundária mais usados são: sacos plásticos do tipo Zip-lock e Cânister. É comum os laboratórios confundirem a embalagem Secundária e com o isopor — que é apenas uma embalagem isolante térmica. 25 Qual é a diferença entre Cânister e Saco tipo Zip-lock? Muitos confundem a obrigatoriedade do tipo de embalagem Secundária. Por conta das imagens contidas no Manual da ANVISA para o Transporte de Material Biológico, entende-se que o único tipo de embalagem Secundária permitida é o Cânister, porém isso está longe de ser verdade. 19 O Cânister é um tipo de embalagem secundária, indicada pela LogLife para o transporte de material com maior possibilidade de quebra, como lâminas para histopatológicos. Porém, a grande maioria dos transportes realizados é feita com a embalagem secundária do tipo saco Zip-lock, por dois motivos principais: o custo é muito menor; ocupa muito menos espaço dentro da caixa. O objetivo da embalagem Secundária é evitar que, em caso de extravasamento da embalagem primária, o conteúdo atinja a embalagem terciária e potencialmente os profissionais que a manuseiam. Sendo assim, o requisito é que seja vedada, sem risco de escoamento. 26 O baú da moto pode ser considerado uma embalagem Terciária? Não! Tanto o baú da moto quanto o do furgão são partes do veículo e, por isso, não são considerados embalagens Primária, Secundária ou Terciária. No entendimento das VISAs locais, desde 2015, ficou pacificado, mesmo que ainda existam entendimentos contrários, que os adesivos obrigatórios (UN3373, etc) devem ser utilizados na embalagem terciária e não no veículo. 27 Quais as identificações obrigatórias da embalagem Terciária? A embalagem Terciária para o transporte de material biológico deve ter sempre, pelo menos: adesivo de Dry Ice (caso tenha gelo seco); 20 adesivo de identificação do risco biológico (Categoria B UN3373, Risco Mínimo etc.); identificação do Remetente e do Destinatário (de onde parte e para onde vai o material);setas de direção (somente para categoria A), devendo estar nos dois lados; telefone de contato para o caso de acidentes. 28 Por que o estabilizador de caixas é importante? Tanto em motos quanto em carros, o fixador de caixas é importante para evitar que as amostras fiquem se movimentando dentro do veículo desnecessariamente. Afinal, elas podem ser facilmente danificadas, prejudicando a qualidade do material e gerando efeitos no resultado do exame. Assim, é ideal o uso de almofadas que evitem o deslocamento nos baús das motos e rede de fixação nos baús das Fiorinos, para o caso de carro. 29 Qual a relevância da fase Pré-Analítica no transporte do material biológico? A fase Pré-Analítica ocorre desde o momento da coleta do material até a sua chegada ao setor de triagem do laboratório. O cuidado na realização dos procedimentos de coleta, armazenamento e transporte das amostras tem relação direta com os resultados obtidos. 21 Estudos têm demonstrado que 70% dos erros nos resultados dos exames (falso- positivos e falso-negativos) ocorrem na fase pré-analítica. Daí a sua importância. Mas além dessa, as outras fases são: Analítica: realização dos exames em si; Pós-Analítica: interpretação dos resultados. 30 Quais são os principais riscos existentes no transporte de material biológico? Os principais riscos são: contaminação de colaboradores; contaminação de pessoas da comunidade; contaminação do meio ambiente. Isso pode ocorrer durante o transporte (embalagens com problemas, acidentes etc.) e no descarte do material. O descarte de tubos em caso de acidente, por exemplo, deve ser feito em lixo específico para resíduo hospitalar e encaminhado para a empresa legalmente autorizada para esse fim — mas nunca no lixo comum! É importante deixar claro para as duas partes quem será o responsável pelo descarte do material: a transportadora ou o cliente. 22 31 Quais são os principais erros cometidos pelos Remetentes no transporte de material biológico? Um agente muito importante no transporte de material biológico, e talvez o mais relevante, é o Remetente do material. Por isso, conhecer os principais erros cometidos por eles é essencial. Alguns são: acreditar que é de responsabilidade do motorista embalar o material; não assinar a declaração de conteúdo; não carimbar a declaração de conteúdo; não aferir a temperatura de saída do material; não lacrar corretamente as embalagens Primária, Secundária ou Terciária. 32 Qual o principal desvio de custo no transporte de material biológico? Quando pensamos em custo no transporte de material biológico, temos basicamente três envolvidos: hora/homem; combustível (KM); peso. Os dois primeiros são sensíveis para qualquer tipo de transporte. Afinal, na precificação, a transportadora leva sempre em consideração o tempo de serviço exigido e a distância a ser percorrida. 23 Em geral, para motos, o tempo/homem conta mais, e para carros, o combustível/km. Já o peso é uma variável que afeta principalmente os transportes intermunicipais, pois a transportadora retira de uma cidade e entrega em outra. Assim, o peso do material passa a ser importante no custo do serviço. Lembrando sempre que é importante olhar não só o peso da balança, mas também o peso cubado, pois o material pode ser leve, mas muito volumoso. 33 Quais são os desafios da mão de obra? Existe um grande desafio na qualificação da mão de obra para o transporte de material biológico. Isso porque por esse ser um serviço altamente especializado, sério e desafiador, ele requer muito empenho, dedicação e comprometimento — e nem sempre é fácil encontrar uma mão de obra qualificada e alinhada a essa visão. O grande desafio da transportadora, para continuar prestando um serviço de alto nível, é ter de treinar e transmitir os valores requisitados ao profissional contratado — conscientizando-o da importância do seu trabalho na segurança e na manutenção da estabilidade do material biológico. 34 Toda cidade deve ter uma empresa habilitada para transporte de material biológico? Esse questionamento tem confundido muitas pessoas, pois algumas VISAs locais têm entendido que a matriz da transportadora deverá ser responsável pela emissão do alvará. Outras, como é o caso da de Recife, exigem que o alvará seja emitido na própria cidade. Isso torna o negócio economicamente inviável para a transportadora, pois a demanda é muito pequena. A legislação é ambígua, não sendo possível esclarecer essas questões de maneira adequada, deixando a interpretação aberta para cada fiscal. Outro ponto a ser melhor esclarecido diz respeito àquela operação que começa no cliente, ou seja, o motorista sai de sua casa, vai à casa do cliente, faz a rota entre as unidades e retorna para sua casa, sem ter uma câmara fria para armazenar as amostras. 24 35 Quais pontos devem ser auditados pela transportadora de material biológico? É importante que seja exigido da transportadora alguns itens obrigatórios mínimos, pois eles serão cobrados durante a fiscalização. Então, o básico a ser apresentado por ela são as documentações a seguir. Documentação dos motoristas/motoboys: ASO em dia; cartão de vacina completo (3 vacinas obrigatórias em dia); CNH com Excerce Atividade Remunerada (EAR); comprovante de entrega de EPIs (kit acidente); curso de Motofrete (moto) ou MOPP (carro); documento do veículo categoria aluguel; treinamento em biossegurança; treinamento em limpeza e desinfecção; treinamento no POP do cliente. Documentação da empresa: alvará de Localização e Funcionamento; 25 contrato de prestação de serviço; controle de rastreabilidade dos veículos/profissionais (sistema de geolocalização); Declaração de Conteúdo utilizada; Manual de Biossegurança; POP da sua operação; POP Limpeza e Desinfecção; registro ANTT; registro IBAMA; registro RT; registro VISA. Atenção: o que foi apresentado é realmente o mínimo a ser apresentado para garantir a prestação segura do serviço, e uma transportadora comprometida se dispõe para ir além! 36 O que é TGA e qual a sua importância? O conceito de TGA foi criado pelo LogLife, mas que, com certeza, deveria ser cobrado de qualquer transportador! A ideia é que concretizarmos, ao longo do tempo, um tripé essencial para que operações logísticas funcionem corretamente. Enfim, o significado da sigla TGA é: T = Torre (monitoramento) G = Gestão (supervisão local) A = Ação (Backups) Isso quer dizer que, para uma gestão eficaz, é preciso que haja uma torre monitoramento, a fim de verificar se as coletas estão dentro do horário, por exemplo — tudo por meio da tecnologia de geolocalização. Quando é identificado algum problema, a torre precisa de um gestor local para acionar, o qual é responsável por resolver a situação — por exemplo, uma entrega que ainda não foi realizada, e o portador sumiu do mapa. 26 Por último, o gestor deve ter recurso extra para agir em casos assim. Então, o backup é fundamental para que o local tenha ferramentas para resolver situações como acidentes e faltas, evitando deixar a operação sem cobertura . Na LogLife, para evitar situações como a desestabilização de materiais refrigerados ou congelados devido a perdas ou corte de voos, proporcionamos maior tranquilidade ao cliente, realizando a reposição do gelo seco ou do gelox. Assim, a carga chega intacta ao seu destino. Portanto, fique atento à transportadora parceira com quem você conta, pois, sem um dos três pilares, a gestão não é segura. Afinal, de que adianta um Torre de Monitoramento que identifica um problema, se você não tem a quem reportar? Ou um gestor que recebe um desafio, mas não tem recursos para agir? Quando for escolher uma transportadora parceira, certifique-se de que está deixando essa parte essencial da qualidade do seu serviço nas mãos de uma empresa comprometida e ciente de todas as informações que apresentamos aqui! Algumas empresas transportam encomendas, nós transportamos vidas. loglifelogistica.com.br/loglife_logistica /loglifelogistica /loglife-logística comercial@loglifelogistica.com.br mailto:https://loglifelogistica.com.br/?subject= mailto:https://www.instagram.com/loglife_logistica/?subject= mailto:https://www.facebook.com/loglifelogistica/?subject= mailto:https://www.linkedin.com/company/loglife-log%25C3%25ADstica/?subject= mailto:comercial%40loglifelogistica.com.br?subject=