Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

RESUMO 
ANATOMIA II - 
ABDOME 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
Emanoel Baticini Montanari 
ATM 2019/2 
 
ÍNDICE 
 
Abdome ...................................................................................................................... 02 
Parede ântero-lateral do Abdome .......................................................................... 03 
Diafragma ............................................................................................................. 11 
Peritônio ................................................................................................................ 15 
Região inguinal ........................................................................................................... 24 
Esôfago ................................................................................................................. 31 
Estômago ................................................................................................................. 36 
Fígado, Vias Biliares e Sistema Porta .......................................................................... 40 
Intestino Delgado ...................................................................................................... 50 
Pâncreas ................................................................................................................. 56 
Baço...................................................................................................................... 60 
Intestino Grosso ......................................................................................................... 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 2
 
ABDOME 
x Se estende da margem inferior do tórax à margem superior da pelve 
x ABERTURA TORÁCICA INFERIOR é fechada pelo DIAFRAGMA, que constitui o limite superior da cavidade 
abdominal 
x O limite inferior se dá pela ABERTURA PÉLVICA, sendo que a cavidade abdominal e a pélvica são 
contínuas entre si. 
x CAVIDADE ABDOMINAL e PERITONEAL: abriga as vísceras abdominais. 
PAREDE ABDOMINAL 
o Limitada pelas 5 vértebras lombares (posteriormente) 
o Parte superior do osso do quadril (inferiormente) 
o Margem costal, costela XII, extremidade da XI e processo xifoide (ântero-lateralmente) 
o MÚSCULOS ILÍACO, PSOAS MAIOR e QUADRADO LOMBAR (posteriormente) 
o MÚSCULOS TRANSVERSO, OBLÍQUO EXTERNO, OBLÍQUO INTERNO E RETO DO ABDOME 
ABERTURA PÉLVICA 
o Parede abdominal e a cavidade abdominal são contínuas com a parede e com a cavidade pélvica 
o Margem circular da AERTURA PÉLVICA é formada por: sacro, sínfise púbica e margens ósseas 
distintas do osso do quadril. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 3 Emanoel Baticini Montanari 
 
PAREDE ÂNTERO-LATERAL DO ABDOME 
PLANOS E DIVISÕES 
1. DIVISÕES EM QUADRANTES 
o Plano horizontal: TRANSUMBILICAL (corta o umbigo – T10) 
o Plano SAGITAL MEDIANO 
 
2. DIVISÃO EM 9 REGIÕES 
o Planos Horizontais: 
o PLANO SUBCOSTAL: nível de L2 passando pela margem inferior 
da X costela 
o PLANO INTERESPINHAL: unindo ambas as espinhas ilíacas 
ântero-superiores 
o PLANO TRANSPILÓRICO: nível de L1 (metade do caminho entre 
a incisura jugular e a sínfise púbica ou entre o umbigo e a parte inferior 
do corpo do esterno) 
o PLANO INTERTUBERCULAR: conecta os tubérculos ilíacos 
o Planos Verticais: 
o PLANOS LATERAIS: sobre as linha semilunares 
o PLANOS MEDIOCLAVICULARES: corta a metade da clavícula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dividem o abdome em 4 quadrantes 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 4
 
ESTRATIGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. PELE 
2. PANÍCULO ADIPOSO (FÁSCIA DE CAMPER) 
3. ESTRATO MEMBRANÁSCEO (FÁSCIA DE SCARPA) 
FÁSCIA 
SUPERFICIA
L 
5. M. OBLÍQUO 
EXTERNO 
Bainha do M. Reto 
6. M. OBLÍQUO 
INTERNO 
M. piramidal 
Linha Alba 
Intersecção Tendínea 
M. Reto 
Linha Semilunar 
7. M. TRANSVERSO 
8. FÁSCIA TRANSVERSAL 
9. PERITÔNIO E TECIDO EXTRAPERITONEAL 
Bainha do Reto 
Linha Arqueada 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 5 Emanoel Baticini Montanari 
 
1. PELE 
2. FÁSCIA SUPERFICIAL: tecido subcutâneo do abdome constituído por tecido adipodo. É espessa; 
contém os vasos e nervos superficiais. 
2.1. CAMADA AREOLAR (FÁSCIA DE CAMPER): tecido subcutâneo contínuo com o panículo adiposo do 
tórax, pelve e coxa. Em obesos é mais espesso. 
2.2. CAMADA LAMELAR (FÁSCIA DE SCARPA): constituição fibrosa; intimamente ligada aos músculos 
abdominais. É contínua com a fáscia lata, que reveste os músculos da coxa. 
3. MÚSCULOS ABDOMINAIS 
o Mantém as vísceras abdominais na cavidade abdominal, agindo contra a pressão positiva 
desenvolvida nesta cavidade (ABDOME = PRESSÃO + ; TÓRAX = PRESSÃO -) 
o Responsáveis pela manutenção da postura ereta 
o Músculos auxiliares da EXPIRAÇÃO (empurram vísceras para cima quando contraem, empurrando o 
diafragma para cima – expiração forçada) 
o Auxilia nos processos de vômito e tosse 
o Auxiliam em processos que necessitam aumento da pressão intrabdominal (micção e defecação). 
3.1. OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME 
o Mais externo; adjacente à fáscia superficial 
o Fibras musculares no sentido ínfero-medial (igual a dos intercostais externos – “MÃO DO BOLSO”) 
o Porção muscular nas laterais e porção aponeurótica medialmente e inferiormente. 
o Origina ANEL INGUINAL SUPERFICIAL e o LIGAMENTO INGUINAL (ver região inguinal) 
3.2. OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME 
o Entre o externo e o transverso 
o Fibras musculares no sentido antero-medial (tal qual as dos intercostais internos – “MÃO NO 
PEITO”). Superiormente formam um ângulo de 90° com o obliquo externo; inferiormente, são 
horizontais. 
o Origina o MÚSCULO CREMASTER (ver região inguinal) 
3.3. TRANSVERSO DO ABDOME 
o Posterior ao obliquo interno 
o Fibras musculares no sentido horizontal (transversais) 
o Componente aponeurótico medialmente e fibras musculares laterais 
 
 
 
 
3.4. RETO DO ABDOME 
o Principal músculo vertical da parede do abdome 
o Possui duas porções laterais separadas no plano sagital pela LINHA ALBA 
o Sua espessura aumenta no sentido súpero-infeiror 
o Envolto por uma BAINHA formada pelas aponeuroses do músculos planos do abdome 
o Parte anterior da bainha é fixada ao músculo reto pelas INTERSECÇÕES TENDÍNEAS (3 ou 4 – altura 
do processo xifoide, umbigo e entre os 2) 
TENDÃO CONJUNTO 
o É uma aponeurose curta inferior que constitui a inserção conjunta dos MÚSCULOS OBLÍQUO 
INTERNO E TRANSVERSO DO ABDOME no púbis (união das aponeuroses). 
o Sua contração fecha o anel inguinal ajudando a prevenir hérnias. 
ENZO
Nota
ARÉOLA: FORMA ARREDONDADA
ENZO
Nota
LAMELAR: Em lâminas
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 6
 
o NÃO HÁ INTERSECÇÕES TENDÍNEAS NA FACE POSTERIOR DO M. RETO. 
3.5. PIRAMIDAL 
o Presente somente em 90% das pessoas 
o Situado anterior ao reto na região púbica 
o Forma triangular com base no púbis e ápice na linha alba 
MUSCULATURA ABDOMINAL 
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO 
OBLÍQUO 
EXTERNO 
8 Costelas inferiores Crista ilíaca e linha 
alba 
n. tóraco-
abdominal (ramos 
inferiores dos 5 
nervos torácicos 
inferiores) e n. 
subcostal 
Compressão 
vísceras, flexão e 
rotação 
contralateral do 
tronco. 
OBLÍQUO 
INTERNO 
Fáscia toracolombar; 
crista ilíaca, ligamento 
inguinal. 
X – XII costelas, 
linha alba, púbis e 
linha pectínea (pelo 
tendão conjunto). 
N. 
toracoabdominais, 
n. subcostal e 
primeiros nervos 
lombares. 
Compressão 
vísceras, flexão e 
rotação ipsilateral 
do tronco. 
TRANSVERSO 
VII – XII cartilagens 
costais, fáscia 
toracolombar, crista 
ilíaca e ligamento 
inguinal 
Linha alba, tendão 
conjunto na linha 
pectínea e púbis. 
n. 
toracoabdominais, 
n. subcostal e 
primeiros nervos 
lombares. 
Compressão das 
vísceras. 
RETO 
Crista, tubérculo e 
sínfise púbica. 
V – VII cartilagens 
costais e processo 
xifoide.Nervos 
tracoabdominais e 
n. subcostal 
Compressão das 
vísceras e flexão do 
tronco. 
PIRAMIDAL Região anterior do púbis e sínfise púbica 
Linha alba Ramo anterior de 
T12 
Tencionar linha 
alba. 
 
4. FÁSCIA TRANSVERSAL 
o Profundamente ao músculo transverso do abdome 
o Equivalente à fáscia endotorácica 
o Auxilia na prevenção de hérnias inguinais 
o Constitui o epimísio da musculatura do abdome 
5. TECIDO EXTRAPERITONEAL 
o Camada de tecido conjuntivo frouxo e adiposo 
o Localizada entre a fáscia transversal e o peritônio 
6. PERITÔNIO (ver capítulo de peritônio) 
BAINHA DO RETO 
o É uma BAINHA APONEURÓTICA FORMADA PELAS APONEUROOSES DOS MÚSCULOS OBLÍQUO 
EXTERNO, INTERNO E TRANSVERSO do abdome que envolve os músculos reto do abdome e piramidal 
o ACIMA DA LINHA ARQUEADA: 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 7 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Posterior ao músculo reto: peritônio + tecido extraperitoneal + fáscia transversal + aponeurose 
do m. transversal + lâmina posterior da aponeurose do m. oblíquo interno. 
o Anterior ao músculo reto: lâmina anterior da aponeurose do m. oblíquo interno + aponeurose 
do m. oblíquo externo + fáscia superficial + pele 
 
 
 
 
 
 
 
o LINHA ARQUEADA (de Douglas): formada pela transição súbita das aponeuroses dos músculos oblíquo 
interno e transverso para a região anterior do músculo reto. 
 
o ABAIXO DA LINHA ARQUEADA: 
o Posterior ao musculo reto: peritônio + tecido extraperitoneal + fáscia transversal 
o Anterior ao musculo reto: aponeurose do m. transversal + aponeurose do m. oblíquo interno + 
aponeurose do m. oblíquo externo + fáscia superficial + pele 
 
 
 
 
 
 
LINHA ANATÔMICAS 
1. LINHA ALBA: formada pelo entrecruzamento das aponeuroses dos músculos abdominais planos. União 
das lâminas anterior e posterior da bainha do reto na região mediana. 
o 
o Localizada no plano sagital mediano 
o Se estende do processo xifoide à sínfise púbica 
o Litmitada lateralmente pelas bordas mediais dos músculos retos do abdome 
o Mais larga na região superior (HÉRNIAS MEDIANAS MAIS COMUNS NA REGIÃO EPIGÁSTRICA) 
 
2. LINHA SEMILUNAR: ponto de transição da porção muscular para a aponeurótica do músculo 
transverso. 
Pele 
Fáscia superficial 
Oblíquo externo 
Oblíquo interno 
Transverso 
Fáscia Transversalis 
Tecido extraperitoneal 
Peritônio parietal 
M. Reto M. Reto 
Linha Alba 
Tecido extraperitoneal 
Peritônio parietal 
Fáscia Transversalis 
Oblíquo externo 
Oblíquo interno 
Transverso 
Fáscia superficial 
Pele 
M. Reto M. Reto 
Linha Alba 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 8
 
3. LINHA ARQUEADA (ou semicircular de Douglas): formada pela translocação súbita das porções 
aponeuróticas dos músculos obliquo interno e transverso para a face anterior do músculo reto. Possui 
disposição curva com concavidade inferior, inferiormente à cicatriz umbilical. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL 
1. PLANO SUPERFICIAL 
1.1. SUPEIRORMENTE 
o Ramos colaterais das artérias INTERCOSTAIS POSTERIORES (ramos da aorta) 
o Ramos colaterais das artérias SUBCOSTAIS (ramo da aorta) 
o Ramos da artéria MUSCULOFRÊNICA (ramo terminal da torácica interna) 
1.2. INFERIORMENTE 
o ARTÉRIA EPIGÁSTRICA SUPERFICIAL: acende anteriormente ao ligamento inguinal 
o ARTÉRIA CIRCUNFLEXA ILÍACA SUPERFICIAL: ascende até a espinha ilíaca ântero-supeiror onde 
se divide em ramos. 
o ARTÉRIA PUDENDA EXTERNA SUPERFICIAL: direção ao anel inguinal superficial 
o ARTÉRIA PUDENDA EXTERNA PROFUNDA: vasculariza escroto e lábios maiores 
2. PLANO PROFUNNDO: vasos transitam entre o músculo transverso e oblíquo interno do abdome 
2.1. SUPERIORMENTE: 
o ARTÉRIA EPIGÁSTRICA SUPERIOR: um dos ramos terminais da artéria torácica interna (outro é a 
musculofrênica). Anastomosa-se com a artéria epigástrica inferior dentro da bainha 
(posteriormente ao músculo e entre ele e sua bainha) 
o ARTÉRIAS INTERCOSTAIS E SUBCOSTAIS 
2.2. INFERIORMENTE: 
o ARTÉRIA EPIGÁSTRICA INFERIOR: ramo da ILÍACA EXTERNA. Ascende entre o peritônio e a fáscia 
transversal até alinha arqueada Æ perfuram a fáscia Æ anastomose com as epigástricas 
superiores atrás das fibras musculares do músculo reto. 
o ARTÉRIA CIRCUNFLEXA ILÍACA PROFUNDA: ramo da ILÍACA EXTERNA. Ascende póstero-
lateralmente. 
DRNAGEM VENOSA 
1. PLANO SUPERFICIAL 
1.1. SUPERIORMENTE: drenagem pelas VEIAS TORACOEPIGÁTRICAS Æ para VEIA AXILAR (direto ou 
através da VEIA TORÁCICA LATERAL) 
1.2. INFEIRORMENTE: drenagem venosa pelas veias de mesmo nome que as artérias. Drenam para a 
VEIA SAFENA MAGNA Æ FEMORAL 
2. PLANO PROFUNDO: drenagem igual à irrigação arterial. 
DRENAGEM LINFÁTICA 
o Linfáticos superficiais: 
o Acima do umbigo: drenam para LINFONODOS AXILARES 
o Abaixo do umbigo: drenam para LINFONODOS INGUINAIS 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 9 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Linfáticos profundos: acompanha as artérias profundas: LINFONODOS PARAESTERNAIS (torácica 
interna), LOMBARES (aorta) e ILÍACOS EXTERNOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. Torácica Interna 
Art. Epigástrica Superior 
Art. Intercostais Anteriores 
Art. Musculofrênica 
Veia Musculofrênica 
Veias Intercostais Anteriores 
Veia Epigástrica Superior 
Veia Torácica Interna 
Veia Torácica Lateral 
Art. Epigástrica Inferior 
Veia Epigástrica Inferior 
Veia Toracoepigástrica 
Art. Epigástrica Superficial 
Veia Epigástrica Superficial 
Art. Circunflexa ilíaca Superficial 
Veia Circunflexa ilíaca Superficial 
Art. Pudenda Externa Superficial 
Veia Pudenda Externa 
Veia Safena Magna 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 10
 
INERVAÇÃO 
o A pele, músculos e peritônio são supridos pelos nervos espinhais de T7 a T12 + L1 
o 
o Ramos anteriores seguem em direção ínfero-lateral e originam ramos cutâneos laterais que terminam 
como RAMOS CUTÂNEOS ANTERIORES 
o NERVOS INTERCOSTAIS (T7 a T11): continuam sobre a parede 
do abdome entre o oblíquo interno e transverso Æ perfuram a 
bainha do reto pela sua borda lateral Æ emitem ramos 
cutâneos na linha mediana 
o NERVO SUBCOSTAL (T12): curso semelhante aos intercostais 
o NERVO ILIO-HIPOGÁSTRICO (L1) 
o NERVO ÍLIO-INGUINAL (L1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T7 
T8 
T9 
T10 
T11 
Subcostal (T12) 
Ilio-Inguinal (L1) 
Ilio-Hipogástrico (L1) 
Ramos cutâneos Laterais 
Ramos cutâneos anteriores 
RAMOS DO PLEXO 
LOMBOSSACRAL 
ÁREA DE INERVAÇÃO 
x T7 – T9: pele do processo xifoide até a porção superior do umbigo. 
x T10: região umbilical 
x T11, T12 e L1: região abaixo do umbigo até região púbica. 
x ÍLEO-INGUINAL: também o escroto e grandes lábios + ramos pequenos para a coxa. 
INERVAÇÃO X VASCULARIZAÇÃO 
x VASOS Æ VERTICAIS (seguem um trajeto vertical) 
x NERVOS Æ HORIZONTAIS (seguem um trajeto horizontal) 
x INCISÕES CIRÚRGICAS VERTICAIS: menos sangramento, porém mais dolorosas. 
x INCISÕES CIRÚRGICAS HORIZONTAIS: menos dolorosas, porém com maior sangramento. 
LINHAS DE FORÇA 
x Orientação dos planos de força da parede antero-lateral do abdome possuem direção 
transversal de medial para lateral. 
x INCISÕES CIRÚRGICAS VERTICAIS: direção perpendicular às linhas de força. Cicatrização 
dificultada e deixam cicatrizes maiores, além de aumentarem o risco de hérnias incisionais. 
x INCISÕES CIRÚRGICAS TRANSVERSAIS: tendem a cicatrizar com maior facilidade e deixam 
cicatrizes menores. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 11 Emanoel Baticini Montanari 
 
DIAFRAGMA 
x Constitui o assoalho da cavidade torácica e o teto da cavidade abdominal, separando-as. 
x Principal musculo responsável pela ventilação/respiraçãos 
x Auxilia também na defecação, micção e emese. 
x FACE TORÁCICA: recoberta pela fáscia endotorácica que se interpõe entre o diafragma e as pleuras 
x FACE ABDOMINAL: recoberta pela fáscia transversal que se encontra aderida ao peritônio parietal. 
ESTRUTURA 
x É um septo musculotendinoso com forma de abóboda de concavidade inferior 
x Asfibras estriadas do diafragma têm origem no esterno, nas costelas e na coluna vertebral, e possuem 
um trajeto em direção superior e central. 
x CENTRO TENDÍNEO DO DIAFRAGMA: porção central do diafragma para qual todas as fibras musculares 
convergem. Estrutura aponeurótica que funciona como um verdadeiro tendão para a inserção das fibras. 
x O diafragma é formado por 2 CÚPULAS, separadas entre si pelo centro tendíneo. 
x CÚPULAS DIAFRAGMÁTICAS: 
o Possuem a forma de hemiabóbodas 
o CÚPULA DIAFRAGMÁTICA DIREITA: posição mais SUPERIOR QUE A CÚPULA ESQUERDA. 
o Abriga em sua face abdominal a maior parte do lobo direito do fígado. 
o Relação com o fígado se dá através do peritônio em sua grande parte. 
o ÁREA NUA DO FÍGADO: região de contato direto entre diafragma e fígado (NÃO COBERTO 
POR PERITÔNIO). Há somente fáscia transversal e tecido extraperitoneal. 
o CÚPULA DIAFRAGMÁTICA ESQUERDA: posição INFERIOR EM RELAÇÃO À DIREITA. 
o Relações com o baço, estômago e com uma pequena parte do lobo esquerdo do fígado. 
ORIGENS DO DIAFRAGMA 
1. ORIGENS ESTERNAIS (ANTERIORES): grupo de fibras musculares que se originam na face posterior do 
PROCESSO XIFOIDE do esterno. 
2. ORIGENS CONDROCOSTAIS (LATERAIS): se originam nas cartilagens costais da 5ª à 10ª costelas e nas 4 
últimas costelas (9ª à 12ª) 
3. ORIGENS LOMBARES (POSTERIORES): fibras se originam no PROCESSO TRANSVERSO DE L1, 
VÉRTEBRAS L1, L2 e L3, e DISCOS ITERVERTEBRAIS L1-L2 e L2-L3 e no LIGAMENTO LONGITUDINAL 
ANTERIOR (da coluna). 
PILARES DO DIAFRAGMA 
o São dois grupos de fibras musculares que se originam na face anterior dos corpos vertebrais. 
o Se inserem através de um GRANDE TENDÃO de inserção, diferentemente das outas fibras que 
possuem tendões curtos. 
1. PILAR DIREITO DO DIFRAGMA 
o É o mais importante dos dois pilares 
o Se origina da face anterior dos corpos vertebrais de L1, L2 e L3 e do ligamento longitudinal anterior. 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 12
 
o Ascende em direção ao centro tendíneo, cruza linha mediana, e retorna, se inserindo no sorpo 
vertebral de L1. 
o Forma uma circunferência que constitui o HIATO ESOFÁGICO, por onde transitam o esôfago e os 
dois nervos vagos. Possui ação de um ESFÍNCTER EXTRÍSECO DO ESÔFAGO (pinçamento 
diafragmático) 
o Forma a porção lateral direita do LIGAMENTO ARQUEADO MEDIANO (HIATO AÓRTICO), na linha 
mediana, por onde passam a aorta, o ducto torácico e a veia ázigo. 
2. PILAR ESQUERDO DO DIAFRAGMA 
o Possui origem na face anterior de T12 e L1 
o Trajeto ântero –superior, auxiliando na formação da extremidade esquerda do LIGAMENTO 
ARQUEADO MEDIANO (HIATO AÓRTICO). 
o Passa lateral e posteriormente ao direito podendo, eventualmente, ajudar na constituição do histo 
esofágico (somente em 40% dos casos). 
CENTRO TENDÍNEO DO DIAFRAGMA 
o Forma a porção mais central do diafragma 
o Formado por tecido conjuntivo denso o que lhe confere estrutura tendinosa 
o O pericárdio e os sacos pleurais estão intimamente aderidos ao centro tendíneo 
o Quando o diafragma contrai, as fibras encurtam na direção das origens, fazendo com que o musculo 
se desloque inferiormente, criando uma pressão negativa intrapleural, que se transmite para o 
interior dos pulmões fazendo com que ocorra a entrada de ar. 
o No hiato tendíneo, estpa presente também o FORAME DA VEIA CAVA INFEIROR (único hiato 
localizado no centro tendíneo) por onde passam a veia cava inferior e o nervo frênico direito. 
o Durante a inspiração: contração do musculo Æ dilatação do hiato Æ aumenta o retorno venoso 
o Durante expiração: relaxamento do músculo Æ hiato volta a pressionar a veia cava 
o A face abdominal do centro tendíneo está em contato com o lobo esquerdo do fígado e o fundo 
gástrico. 
 
 
 
 
 
HIATOS DO DIAFRAGMA 
NOME DO HIATO ESTRUTURAS CONTIDAS LOCALIZAÇÃO ALTURA 
FORAME DA VEIA 
CAVA INFERIOR 
1. Veia cava inferior 
2. N. Frênico Direito 
x Centro tendíneo à direita do plano 
mediano. 
x É o mais cranial e o mais largo hiato. 
Nível de T8 
HIATO ESOFÁGICO 
1. Esôfago 
2. Nervos Vagos 
3. Ramos esofágicos dos 
vasos gástricos esquerdos 
4. Ramos sensitivos do 
frênico esquerdo 
x Composto pelo pilar direito do 
diafragma 
x Colocado à direita do plano sagital 
mediano 
Nível de 
T10 
Em casos de rompimento do centro tendíneo do diafragma, em 99,9% dos casos ele se dá na 
hemicúpula esquerda, pois esta é mais frágil que a direita, que possui o fígado como estrutura de 
proteção e sustentação/reforço. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 13 Emanoel Baticini Montanari 
 
LIGAMENTO 
ARQUEADO 
MEDIANO (HIATO 
AÓRTICO) 
1. Aorta 
2. Ducto torácico 
3. Veia ázigos* 
x Delimitado pelos pilares do diafragma e 
pelo corpo vertebral de T12 
posteriormente 
x Não sofre estreitamento com a 
contração 
Nível de 
T12 
LIGAMENTO 
ARQUEADO 
MEDIAL 
1. Músculo psoas maior 
2. Cadeia latero-vertebral do 
simpático* 
x Posterior ao diafragma 
x Entre as inserções no processo 
transverso e no corpo de L1 
Nível de L1 
LIGAMENTO 
ARQUEADO 
LATERAL 
1. Músculo Quadrado 
Lombar 
2. Feixe Subcostal 
x Posterior ao diafragma 
x Entre inserções no processo transverso 
de L1 e na 12ª costela 
Nível de L1 
TRÍGONO 
ESSTERNOCOSTAL 
1. Vasos epigástricos 
superiores 
x Anteriormente 
x Entre inserções costais e esternais 
Nível de L1 
 
* Estruturas podem perfurar diretamente o diafragma e não passar pelos respectivos hiatos. 
OBS: O hiato esofágico e o forame da veia cava inferior são considerados HIATOS VERDADEIROS, pois estão 
envolvidos em todo o seu perímetro pelo diafragma, enquanto os demais hiatos são considerados HIATOS 
FALSOS, pois não estão envolvido completamente pelo músculo. 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
o ARTÉRIA PERICARDICOFRÊNICA: se origina da artéria torácica interna ao nível de T4. Supre pericárdio e 
a face superior do diafragma 
o ARTÉRIA MUSCULOFRÊNICA: um dos ramos terminais da torácica interna após sua bifurcação no 7º 
espaço intercostal. Emite os últimos ramos intercostais anteriores e supre a face superior do diafragma 
o ARTÉRIAS FRÊNICAS SUPERIORES: pequenos ramos da aorta torácica que suprem principalmente a 
parte posterior do diafragma 
o Ramos das ARTÉRIAS INTERCOSTAIS 
o ARTÉRIAS FRÊNICAS INFERIORES: PRIMEIROS RAMOS DA AORTA ABDOMINAL. Antes de atingir o 
diafragma, originam as ARTÉRIAS SUPRARRENAIS SUPERIORES. As artérias frênicas inferiores são mais 
calibrosas que as superiores, constituindo o principal suprimento sanguíneo do diafragma. 
DRENAGEM VENOSA 
o VEIAS FRÊNICAS SUPERIORES e VEIAS INTERCOSTAIS: tributárias do sistema ázigos que drena para a 
VCS 
o VEIAS MUSCULOFRÊNICAS: drenam para as torácicas internas que drenam para as VCS 
o VEIAS FRÊNICAS INFEIRORES: tributárias diretas das VCI podendo comunicar-se à direita com a ázigo 
INERVAÇÃO 
o Principal suprimento nervoso é realizado pelos NERVOS FRÊNICOS DIREITO E ESQUERDO, cada um 
responsável pela inervação do hemidiafragma correspondente. 
o Originado de C3, C4 e C5 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 14
 
o Transita entre os músculos escalenos médio e anterior Æ passa anteriormente ao escaleno anterior Æ 
entre artéria e veia subclávia Æ passa anteriormente ao pedículo pulmonar (entre pleura mediastinal e 
o saco pericárdico) acompanhado pelos vasos pericardicofrênicos 
o NERVO FRÊNICO ESQUERDO: emite 4 ramos motores para o diafragma e pequenos ramos sensitivos 
para o abdome através do hiato esofágico (suprem peritônio e alguns órgãos abdominais como o 
pâncreas) 
o Pacientes com pancreatite aguda podem manifestar dores no ombro esquerdo 
o NERVO FRÊNICO DIREITO: emite 4 ramos motores para o diafragma e pequenos ramos sensitivos para o 
abdome através do hiato da veia cava inferior (suprem peritônio e plexo hepático – vesícula biliar). 
o Pacientes com colecistite aguda podem manifestar dores no ombro direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARALISIA FRÊNICA UNILATERAL PROVOCAO CHAMADO MOVIMENTO PARADOXAL DO DIAFRAGMA. 
Quando o hemidiafragma funcional contrai na inspiração, há um aumento da pressão intra-abdominal e 
uma redução da pressão intratorácica, fazendo com que o hemidiafragma que sofreu denervação se eleve. 
Em síntese, quando uma cúpula abaixa, a outra sobe. 
Folheto esquerdo do 
centro tendinoso 
Esôfago 
Vasos pericardicofrênicos e 
nervo frênico esquerdos. 
Vasos torácicos 
internos esquerdos Veia Cava Inferior 
Folheto direito do 
Centro tendíneo 
Veia ázigo 
Tronco 
simpático 
direito 
Ducto Torácico 
Tronco 
Simpático 
Esquerdo 
Veia Hemiázigo 
Aorta descendente 
(torácica) 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 15 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERITÔNIO 
x O peritônio é uma membrana que reveste internamente a cavidade abdominal e recobre os órgãos nela 
contidos. 
x Assim como as pleuras e o pericárdio seroso, o peritônio é uma membrana serosa composta por uma 
camada de células epiteliais pavimentosas (MESOTÉLIO) apoiadas em uma fina camada de tecido 
conjuntivo frouxo. 
x O peritônio é dividido em duas lâminas, contudo, sem uma delimitação entre as duas: 
o LÂMINA PARIETAL: reveste as estruturas musculoaponeuróticas da parede abdominal e a face 
inferior do diafragma. 
o LÂMINA VISCERAL: reveste intimamente os órgãos abdominais em que está aderida (exceção: rins e 
suprarrenais Æ lâmina parietal, não tem relação de continuidade com a face posterior desses órgãos) 
x Entre os dois folhetos, encontramos a CAVIDADE PERITONEAL, um espaço potencial preenchido por um 
líquido seroso (cerca de 50mL) secretado pelas células mesoteliais, que oferece capacidade de 
deslizamento aos órgãos abdominais. 
x O peritônio oferece sustentação aos órgãos que envolve. 
DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO DO PERITÔNIO 
HIATO ESOFÁGICO (T10) 
Artéria Frênica Inferior 
Esquerda 
Artéria Suprarrenal 
superior esquerda 
Pilar esquerdo do 
diafragma 
Ligamento Arqueado Lateral 
Ligamento Arqueado Medial 
Ligamento Arqueado Mediano 
(HIATO AÓRTICO) (T12) 
Cadeia Látero-
Vertebral do Simpático 
M. Psoas Maior 
M. Quadrado Lombar 
Pilar Direito do 
Diafragma 
Artéria Frênica 
Inferior Direita 
FORAME DA VEIA 
CAVA INFERIOR (T8) 
Trígono Esternocostal 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 16
 
o Inicialmente, a cavidade peritoneal é dividida em duas metades por um MESENTÉRIO DORSAL e um 
MESENTÉRIO VENTRAL, os quais se aderem ao trato gastrointestinal primitivo (disposto 
longitudinalmente), suspendendo-o. 
o Todavia, o mesentério ventral se degenera, e as duas cavidades peritoneais se tonrnam contínuas, 
exceto na p arte caudal do intestino anterior (primórdio do estômago e início do duodeno) onde 
revestirá o fígado. 
o Superiormente, os mesentérios estão ancorados ao diafragma. 
 
1. DESENVOLVIMENTO DO INTESTINO ANTERIOR 
o Na região abdominal, o intestino anterior dará origem à extremidade distal do esôfago, ao estômago 
e à parte proximal do duodeno. 
o É a única parte do tubo digestivo suspensa por ambos os mesentérios 
o Um divertículo na face anterior do intestino anterior cresce no MESENTÉRIO VENTRAL, dando origem 
ao FÍGADO, à VESÍCULA BILIAR e à parte VENTRAL DO PÂNCREAS 
o Parte DORSAL DO PÂNCREAS desenvolve-se a partir de um desdobramento do intestino anterior em 
direção ao MESENTÉRIO DORSAL 
o O BAÇO desenvolve-se no MESENTÉRIO DORSAL entre a parede do corpo e o estômago 
o Com o desenvolvimento do estômago, o intestino anterior gira no sentido horário, de forma que os 
mesentérios acompanham o movimento. 
o O mesentério dorsal, que contém o baço, move-se para a esquerda e se expande enormemente, 
fundindo-se com a parede abdominal lateral. 
o O duodeno, juntamente com o seu mesentério dorsal e uma parte do pâncreas, vai para a direita e se 
funde com a parede abdominal posterior. 
o Há um crescimento maciço do fígado no mesentério ventral de modo que ocorre a fusão do peritônio 
da superfície superior do órgão com a superfície diafragmática e com a parede abdominal lateral. 
o Esses três últimos acontecimentos culminam na formação de uma cavidade dentro da cavidade 
peritoneal, fechada pelos mesentérios e pela parte posterior do estômago: a BOSLA OMENTAL. 
o O único acesso à bolsa omental se dá através do FORAME OMENTAL (forame de Winlsow), 
delimitado pelas seguintes estruturas: 
o Superiormente: processo caudado do lobo caudado do fígado 
o Inferiormente: flexura superior do duodeno 
o Anteriormente: pedículo hepático 
o Posteriormente: veia cava inferior 
o Parte do mesentério dorsal aumenta em direção inferior, e as duas superfícies opostas do mesentério 
fundem-se para formar o OMENTO MAIOR, que se prende na curvatura maior do estomago e se 
estende sobre as vísceras abdominais anteriormente. 
 
2. DESENVOLVIMENTO DO INTESTINO MÉDIO 
o O intestino médio dá origem à parte distal do duodeno, jejuno, íleo, colo ascendente e 2/3 proximais 
do colo transverso. 
o O rápido crescimento do sistema digestório resulta em uma alça de intestino médio que forma uma 
HÉRNIA FISIOLÓGICA para dora da cavidade abdominal em direção ao cordão umbilical. 
o À medida que o corpo cresce, o intestino médio retorna à cavidade abdominal. 
o Durante esse processo, as alças giram em sentido anti-horário 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 17 Emanoel Baticini Montanari 
 
o A ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR que supre ointestino medioestá no eixo de rotação. 
3. DESEVOLVIMENTO DO INTESTINO POSTERIOR 
o Dá origem ao terço distal do colo transverso, ao colo descendente, sigmoide e parte superior do 
reto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mesentério Dorsal 
Rotação do intestino anterior 
Fígado se desenvolvendo 
no mesentério ventral 
Baço se desenvolvendo 
no mesentério dorsal 
Fusão do peritônio BOLSA OMENTAL 
Omento 
menor 
Futuro 
omento 
maior 
Mesentério Ventral 
Omento menor 
Omento maior Mesocólon Transverso 
Pâncreas 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 18
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 19 Emanoel Baticini Montanari 
 
DISPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS ABDOMINAIS 
1. ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS 
1.1. ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS RELATIVOS 
o EMBRIÃO: envoltos por peritônio e conectados à parede posterior por um meso 
o ADULTO: permanecem iguais 
o ÓRGÃOS: estõmago, fígado, baço, cauda do pâncreas, bulbo duodenal, jejunoíleo, ceco, 
apêndice, Cólon transverso e sigmoide, útero e tubas uterinas. 
1.2. ÓRGÃO INTRAPERITONEAL ABSOLUTO 
o Ovário é o único órgão intraperitoneal absoluto, pois o peritônio que inicialmente recobria o 
órgão, torna-se a cápsula ovariana. 
o O ovário libera o oócito maduro no interior da cavidade peritoneal, desse modo, podendo ser 
aspirado pela tuba uterina. 
2. ÓRGÃOS EXTRAPERITONEAIS: todos os órgãos que não se projetam para o interior da cavidade 
peritoneal. Ficam entre a fásci transversal e a lâmina parietal do peritônio. 
2.1. ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS PRIMÁRIOS 
o EMBRIÃO: posterior ao peritônio parietal posterior 
o ADULTO: permanece posterior ao peritônio parietal. Totalmente revestido por tecido 
extraperitoneal. Peritônio externamente a este na face anterior do órgão. 
o ÓRGÃOS: Rins, suprarrenais, ureteres, aorta, veia cava inferior, cadeia látero-vertebral do 
simpático 
2.2. ÓRGÃOS PRÉ-PERITONEAIS: localizados anteriormente ao peritônio. São eles: ligamentos 
umbilicais, porção superior da bexiga e vasos epigástricos infeiores. 
2.3. ÓRGÃOS SUB-PERITONEAIS: situados inferiormente à reflexão do peritônio. Órgãos pélvicos: maior 
parte da bexiga, colo uterino, glandulas seminais, ductos deferentes e reto (porção inferior). 
3. ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS SECUNDÁRIOS 
o EMBRIÃO: intraperitoneais (envoltos por peritônio) 
o ADULTO: sofrem o fenômeno de COALESCÊNCIA (perda do meso, que se adere ao peritônio parietal 
posterior, formando uma fásciade coalescência) e passam a ser retroperitoneais secundários 
o ÓRGÃOS: esôfago abdominal, duodeno, pâncreas (esceto cauda), cólon ascendente e descendente, 
reto (1/3 superior) 
ESTRUTURAS PERITONEAIS 
1. PEDÍCULO: é a união dos elementos vasculares, linfáticos e nervosos que suprem determinado órgão. 
2. HILO: é a depressão existente em certos órgãos ao nivel do qual penetram elementos vasculares, 
linfáticos e nervosos que suprem o órgão. 
3. PREGAS PERITONEAIS: saliências peritoeais que se projetam no interior da cavidade peritoneal. 
Rsultado da projeção de estruturas abdominais (ex: prega umbilical mediana e pregas umbilicais 
mediais) 
3.1. PREGA UMBILICAL MEDIANA: na parede anterior interna da cavidade abdominal. Formada pelo 
LIGAMENTO UMBILICAL MEDIANO (RESQUICIO DO ÚRACO). Une o umbigo à extremidade supero-
lateral da bexiga urinária. 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 20
 
3.2. PREGAS UMBILICAIS MEDIAIS: parede anterior interna da cavidade abdominal, partindo da cicatriz 
umbilical aos dois extremos da superfície anterolateral da bexiga. Formadas pelos LIGAMENTOS 
UMBILICAIS MEDIAIS, resquícios das ARTÉRIAS UMBILICAIS OBLITERADAS. 
3.3. PREGAS UMBILICAIS LATERAIS (EPIGÁSTRICAS): parede anterior interna da cavidade abdominal. 
Formadas pela passagem dos VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES, partindo dos vasos ilíacos externos 
e passando lateralmente ao umbigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. FUNDO-DE-SACO, FOSSAS, RECESSOS: espaços na cavidae peritoneal que estão situados entre 
estruturas abdominopélvicas. Potencial de acúmulo de líquidos em situações patológicas. 
4.1. RECESSO HEPATORRENAL: anteiormente peritônio visceral do fígado e posteriormente peritônio 
parietal que recobra a suprarrenal direita e a polo superior do rim direito. É o ponto mais baixo da 
cavidade peritoneal em decúbito dorsal. 
4.2. ESCAVAÇÃO RETOUTERINA (FUNDO-DE-SACO DE DOUGLAS) (mulher): ponto mais baixo da 
cavidade peritoneal feminina (em posição ortostática). Peritônio recobre a porção da bexiga, desce 
para recobrir os órgãos genitais e retorna para recobrir a porção superior do reto, formando o 
recesso. 
4.3. ESCAVAÇÃO RETOVESICAL (homem): ponto mais baixo da cavidade peritoneal masculina (em 
posição ortostática). Peritônio recobre a porção da bexiga, desce para recobrir os órgãos genitais e 
retorna para recobrir a porção superior do reto, formando o recesso. 
 
 
 
 
Ligamento falciforme 
Ligamento redondo do fígado (veia umbilical oclusa) 
Prega umbilical mediana (úraco) 
Prega umbilical medial (ligamento umbilical mediano – 
artérias umbilicais ocluídas) 
Prega umbilical lateral (vasos epigástricos inferiores) 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 21 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. MESO: duas lâminas de peritônio entre as quais corre o pedículo (vasos e nervos)de uma víscera. Liga a 
parede posterior do abdome as vísceras. 
5.1. MESENTÉRIO: liga o jejuno e o íleo à parte posterior do abdome. Contém os vasos, nervos e 
linfáticos que suprem o intestino delgado. 
5.2. MESOCOLO TRANSVERSO: prega de peritonio que liga o colo transverso à parede posterior do 
abdome. Camada anterior do mesocolo transverso é aderente à camada posterior do omento 
maior. Divide a cavidade preritoneal em ANDAR SUPRAMESOCÓLICO E ANDAR INFRAMESOCÓLICO. 
5.3. MESOCOLO SIGMOIDE: prega peritoneal invertida que fixa o colo sigmoide à parede do abdome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. OMENTOS (EPÍPLONS): lâminas aderidas de peritônio que unem dois órgãos abdominais, contendo 
estruturas importantes (vasos ou linfáticos) 
6.1. OMENTO MAIOR: é uma prega peritoneal grande, semelhante a um avental, que se fixa à grande 
curvatura do estômago e á parte superior do duodeno. Dobra-se inferiormente sobre o colo 
ESCAVAÇÃO RETOUTERINA 
(FUNDO-DE-SACO DE DOUGLAS) 
ESCAVAÇÃO RETOVESICAL 
MESOCÓLON TRANSVERSO 
MESOCÓLON SIGMOIDE 
MESENTÉRIO (seccionado) 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 22
 
transverso, jejuno e íleo. Contém acúmulo de gordura. Deriva do mesentério dorsal, formado por 4 
lâminas de peritônio que se fundiram. A lâmina anterior do omento maior forma 3 ligamentos: 
o LIGAMENTO GASTROFRÊNICO, GASTROESPLÊNICO E GASTROCÓLICO. 
6.2. OMENTO MENOR: se estende da curvatura menor do estômago e a parte supeiror do duodeno até 
a superfície inferior do fígado. Contém: vasos gástricos esquerdos, pedículo epático e ductos 
císticos e colédoco e artéria gastroduodenal (ramo da hepática comum). É formado por: 
o LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO e LIGAMENTO HEPATODUODENAL 
6.3. OMENTO (ou ligamento) GASTROESPLÊNICO: se estendo do fundo gástrico e da curvatura maior do 
estômago até a face medial do baço e carrega os VASOS GÁSTRICOS CURTOS e a ARTÉRIA 
GASTROMENTAL ESQUERDA 
6.4. OMENTO (ou ligamento) PANCREÁTICO-ESPLÊNICO: do hilo do baço até a cauda do pâncreas. 
Contém os vasos esplênicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. LIGAMENTOS PERITONEAIS: dobras de peritônio que unem duas vísceras entre si (interviscerais) 
ou une uma víscera à parede abdominal (parietovisceral). Não contém estruturas importantes, podendo 
ser seccionados sem prejuízo da vascularização/ inervação das vísceras. 
7.1. LIGAMENTO FALCIFORME: na linha sagital mediana; liga a face enterior do fígado à parede 
abdominal anterior e ao diafragma. Separa a cavidade abdominal superior em esquerda e direita. 
7.2. LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO: situado na borda livre do ligamento falciforme. Resquício da 
veia umbilical obliterada que se conecta ao ramo esquerda da veia porta. 
7.3. LIGAMENTO CORONÁRIO (ANTERIOR E POSTERIOR): conecta a porção superior do fígado ao 
peritônio parietal da superfície diafragmática. Possui uma forma circular que lembra uma coroa, daí 
o nome. Entre os dois ligamentos há um espaço que não é coberto por peritônio: ÁREA NUA DO 
FÍGADO. 
7.4. LIGAMENTOS TRIANGULARES 
7.5. LIGAMENTO GASTROFRÊNICO 
7.6. LIGAMENTO GASTROCÓLICO 
7.7. LIGAMENTO GASTROESPLÊNICO 
(OMENTO) 
7.8. LIGAMENTO HEPATODUODENAL 
7.9. LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO 
7.10. LIGAMENTO FRENOCÓLICO 
 
OMENTO MAIOR 
Ligamento 
hepatoduodenal 
Ligamento 
hepatogástrico OMENTO 
MENOR 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 23 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamento triangular 
esquerdo do fígado 
Ligamento gastrofrênico 
Ligamento esplenorrenal 
Raiz do mesocólon transverso 
Raiz do mesocólon sigmoide 
Local do colo descendente 
Raiz do mesentério 
Local do colo ascendente 
Raiz do mesocólon transverso 
Ligamento triangular 
direito do fígado 
Local da área nua do fígado 
Ligamento coronário do fígado 
Ligamento falciforme 
Ligamento frenocólico 
Ligamento esplenorrenal 
Ligamento gastro-esplênico 
Ligamento gastrocólico (omento maior) 
Ligamento gastrofrênico 
VCI 
Forame omental 
(de Winslow) 
Pedículo Hepático 
Bolso Omental 
Ligamento (omento) 
gastroesplênico 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 24
 
REGIÃO INGUINAL 
x A região inguinal compreende o espaço localizado lateralmente às linhas semilunares e inferiormente ao 
plano interespinhal. 
x Possui o formato de um triangulo com base no ligamento inguinal 
ESTRATIFICAÇÃO DA REGIÃO INGUINAL 
1. PELE 
2. FÁSCIA SUPERFICIAL 
a. Camada areolar – fáscia de Camper 
b. Camada lamelar – fáscia de Scarpa 
3. APONEUROSE DO MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME: forma as seguintes estruturas: 
a. LIGAMENTO INGUINAL (de Poupart): espessamento da aponeurose do oblíquo externo. Se 
estende da ESPINHA ILÍACA ÂNTERO-SUPERIOR ao TUBÉRCULO PÚBICO. 
b. LIGAMENTO LACUNAR (de Gimbernat): estende-se da margem medial do ligamento inguinal até 
o encontro com a fáscia do músculo pectíneo com inserção no ligamento pectíneo. 
c. LIGAMENTO PECTÍNEO: fibras que se estendem do ligamento lacunar ao longo da linha pectínea. 
d. ANEL FEMORAL: é o orifício que dá passagem aos vasos femorais.Comunica a região inguinal com 
a região femoral anterior. Seus limites são o ligamento lacunar medialmente, o ligamento inguinal 
superiormente. 
e. ANEL INGUINAL SUPERFICIAL: é o orifício externo do canal inguinal. É formado por uma abertura 
na aponeurose do músculo oblíquo externo. É formado por 3 pilares: interno, externo e posterior. 
4. MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME 
5. MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME 
6. FÁSCIA TRANSVERSAL 
7. TECIDO EXTRAPERITONEAL 
8. PERITÔNIO 
CANAL INGUINAL 
o Constitui o trajeto do FUNÍCULO ESPERMÁTICO (no homem) e do LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO 
(na mulher) entre as diversas camadas da parede abdominal anterior. 
o Sua orientação é oblíqua do plano profundo para o superficial (de lateral para medial e de superior 
para inferior) 
o ANEL INGUINAL PROFUNDO é o início do canal inguinal. Fica logo acima do ligamento inguinal e 
imediatamente lateral aos vasos epigástricos inferior. É o início da evaginação tubular da fáscia 
transversal que forma uma das coberturas (FÁSCIA ESPERMÁTICA INTERNA) do funículo espermático 
no homem ou o ligamento redondo nas mulheres. 
o ANEL INGUINAL SEPRFICIAL constitui o fim do canal inguinal. É uma abertura na aponeurose do 
músculo oblíquo externo do abdome. 
1. LIMITES: 
o Parede anterior: formada pela aponeurose do oblíquo externo, reforçada por fibras do oblíquo int. 
o Parede Posterior: formada quase totalmente pela fáscia transversal; é reforçada medialmente pelo 
tendão conjunto. 
Formam o limite superior do canal 
inguinal através das fibras arqueadas 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 25 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Parede superior (teto): formado pelas FIBRAS ARQUEADAS dos músculso oblíquo interno e 
transverso do abdome. 
o Parede inferior (assoalho): formada pela superfície dos ligamentos inguinal e lacunar; é reforçada 
pelo trato iliopúbico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
m. transverso 
m. oblíquo interno 
m. oblíquo externo 
Peritônio parietal 
Tecido extraperitoneal 
Vasos testiculares e ramo genital 
do nervo genitofemoral 
Funículo espermático 
Anel inguinal superficial 
M. Cremaster 
Tendão Conjunto 
Vasos cremastéricos 
Vasos epigástricos inferiores 
Ramo genital do Nervo Genitofemoral 
Ramo femoral do Nervo Genitofemoral 
Nervo Cutâneo Femoral Lateral 
Ligamento inguinal 
Ligamento Lacunar Ligamento Pectíneo 
Ducto Deferente 
Anel Femoral 
Vasos Testiculares 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 26
 
2. GÊNESE 
2.1. SEXO MASCULINO 
o 
o O testículo inicia sua formação entre o peritônio e a fáscia transversal na região lombar da parede 
abdominal posterior (retroperitoneal) 
o O testículo primordial está ligado por uma espécie de “corda fibrosa” a saliência labioescrotal, 
denominada GUBERNÁCULO. 
o A partir da sétima semana começa a formação de uma projeção de tecido peritoneal em direção ao 
que será a bolsa escrotal denominada PROCESSO VAGINAL 
o Essa projeção pode ser entendida como se fosse um “dedo de luva” que estivesse se formando e 
querendo avançar sobre a musculatura da parede abdominal. O orifício de entrada do dedo de luva 
seria o anel inguinal superficial. 
o O crescimento do processo vaginal é mais rápido que a descida testicular, de modo que o processo 
passa a se chamar CONDUTO PERITONEOVAGINAL. 
o Como o testículo estava preso à fáscia transversal pelo gubernáculo, o testículo é tracionado 
anteriormente pelo conduto recém formado. 
o À medida que o testículo é tracionado contra a parede abdominal, uma série de estruturas é levada 
junto com ele, constituindo camadas do saco escrotal e do funículo espermático: 
o FÁSCIA TRANSVERSAL Æ originou o anel inguinal superficial e continuou como FÁSCIA 
ESPERMÁTICA INTERNA 
o MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO Æ constitui o MÚSCULO CREMASTER 
o APONEUROSE DO MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO Æ origina o anel inguinal superficial e 
constitui a FÁSCIA ESPERMÁTICA EXTERNA 
o O MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME NÃO PARTICIPA DA DESCIDA TESTICULAR 
o O caminho originado na parede abdominal anterior é denominado CANAL INGUINAL 
o O pedículo que une o testículo da parede abdominal até a bolsa escrotal recebe o nome de 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
o O pedículo do processo vaginal é obliterado após o nascimento, deixando apenas uma porção que 
circunda o testículo, a TÚNICA VAGINAL. Possui 2 folhetos: lâmina parietal e lâmina visceral. Entre 
elas há um líquido que permite movimentação dos testículos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÃO DO MÚSCULO CREMASTER 
A função do músculo cremaster está relacionada com a manutenção da temperatura dos testículos. 
O músculo cremaster age contraindo-se para aproximar os testículos do tronco, para aquecê-los, ou 
relaxando e afastando os testículos para resfriá-los. Este mecanismo de contração e relaxamento 
provoca uma visível movimentação dos testículos e ocorre de forma involuntária a fim de controlar a 
temperatura escrotal para o bom desempenho da espermatogênese . 
 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 27 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. SEXO FEMININO 
o Os ovários migram da posição retroperitoneal inicial em direção inferior até a região lateral do 
útero em formação. 
o Mesmo na ausência de testículos, o gubernáculo se forma, unindo a gônoda à saliência labioescrotal 
o Ao contrário do sexo masculino que o gubernáculo se encurta durante a migração dos testículos e 
remanescendo como uma pequena estrutura na bolsa escrotal, no sexo feminino, o ubernáculo 
permanece longo. 
o GABERNÁCULO: 
o Parte liga a face lateral do útero ao tecido adiposo dos grandes lábios, constituindo o 
LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO 
o Parte remanesce como ligamento próprio do ovário, ligando-o ao útero. 
 
3. CONTEÚDOS 
3.1 PAREDE DO CANAL INGUINAL 
o NERVO ILIOINGUINAL (L1): percorre cominho entre o transverso e o oblíquo interno do abdome. 
Termina atingindo a fáscia espermática externa, sobre a qual repousa anteriormente provendo a 
inervação da parede anterior do escroto. 
o ARTÉRIA CREMASTÉRICA: se origina da artéria epigástrica inferior, próximo ao ponto que esta se 
origina da ilíaca externa. Segue junto com o músculo cremaster. 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 28
 
3.2. INTERIOR DO CANAL INGUINAL 
a) SEXO MASCULINO 
o DUCTO DEFERENTE: inicia na cauda do epidídimo e segue pelo funículo espermático, entra pelo 
canal inguinal, curva-se superior e medialmente aos vasos epigástricos inferiores e segue em 
direção à vesícula seminal. Após a união com esta, forma o ducto ejaculatório que desemboca na 
parte prostática da uretra. 
o ARTÉRIA TESTICULAR: um dos ramos viscerais da aorta abdominal. Origina-se entre as origens 
das artérias mesentéricas superior e inferior (nível de L2). 
o VEIAS DO PLEXO PAMPIRIFORME: plexo venoso responsável pela formação da VEIA 
TESTICULAR. À direita, a veia testicular drena diretamente para a VEIA CAVA INFERIOR e à 
esquerda, drena para a VEIA RENAL ESQUERDA. 
o ARTÉRIA DO DUCTO DEFERENTE: só existe no homem, sendo originária da parte permeável da 
artéria umbilical (ramo da ilíaca interna). É homóloga à artéria uterina na mulher. 
o VEIA DO DUCTO DEFERENTE: mesmas particularidades da artéria. 
o RAMO GENITAL DO NERVO GENITOFEMORAL (L1 E L2): corre sobre o psoas maior, se dividindo 
em ramo femoral e ramo genital. Este segue pelo anel inguinal profundo inervando o músculo 
cremaster e emitindo ramos escrotais anteriores. 
o PLEXO NERVOSO TESTICULAR: formada por fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas. 
 
 
 
 
 
 
b) SEXO FEMININO 
o O canal inguinal feminino costuma ser mais estreito que o masculino 
o É envolto pelas mesmas fáscias 
o Dá passagem ao LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO 
o ARTÉRIA DO LIGAMENTO REDONDO DO ÚTERO 
o RAMO GENITAL DO NERVO GENITOFEMORAL 
 
 
 
 
 
 
REFLEXO CREMASTÉRICO 
O músculo cremaster e sua fáscia associada são supridos pelo RAMO GENITAL DO NERVO 
GENITOFEMORAL (L1/L2).A contração deste músculo pode ser estimulada por um arco reflexo: o 
toque suave da pele da face medial da parede superior da coxa e em torno dela estimula as fibras 
sensoriais do nervo ilioinguinal, que entra na medula no nível de L1, estimulando as fibras motoras 
do nervo genitofemoral, resultando na elevação testicular. O reflexo é mais ativo em crianças, 
tendendo a diminuir com a idade. Pode ser usado para teste de função da medula espinhal. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 29 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRÍGONO INGUINAL (triângulo de Hasselbach): é a porção mais frágil da parede 
abdominal na região inguinal. Local mais comum de ocorrência de hérnias inguinais diretas. 
o Limite lateral: VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES, que o separam do anel inguinal profundo 
o Base: formada pelo encontro do ligamento inguinal com a fáscia ilíaca. 
o Limite medial: borda lateral do músculo reto do abdome. 
 
 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 30
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M. Reto do abdome 
Ligamento Lacunar 
Ligamento Pectíneo 
Canal Femoral 
Ligamento Inguinal 
Vasos epigástricos inferiores 
HÉRNIAS INGUINAIS 
Uma hérnia inguinal e a protrusão ou passagem de um saco peritoneal, com ou sem conteúdo abdominal, 
através de uma parte enfraquecida da parede abdominal na região inguinal. 
o HÉRNIAS INGUINAIS DIRETAS: hérnia que penetra diretamente através da parede abdominal , 
medialmente ao canal inguinal. Em geral ocorre quando há um enfraquecimento da musculatura 
abdominal ou defeito na fáscia transversal. O abaulamento ocorre no TRÍGONO INGUINAL. 
o HÉRNIAS INGUINAIS INDIRETAS: é o tipo mais comum, sendo mais presente nos homens. Ocorre 
porque parte do processo vaginal embrionário permanece aberta. A protrusão ocorre dentro do CANAL 
INGUINAL. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 31 Emanoel Baticini Montanari 
 
ESÔFAGO 
x O esôfago é um tubo muscular que une a faringe ao estômago. 
x Inicia na margem inferior da cartilagem cricoidea (C6), e termina na cárdia do 
estômago (T11) 
x Possui somente função condutora, não apresentando funções absortiva. 
x Sua luz se encontra naturalmente fechada e só se abre no momento da deglutição com 
a passagem do bolo alimentar. 
x Constituído por: 
o Mucosa e submucosa 
o Camada muscular circular/elíptica (interna): compressão do bolo alimentar 
o Camada muscular longitudinal (externa): propulsão do bolo alimentar para o 
estômago 
o Túnica adventícia (tecido conjuntivo) 
 
x A túnica muscular do esôfago pode ser dividida em 3 segmentos: 
o Primeiro quarto: composto por fibras musculares esqueléticas de controle voluntário 
o Segundo quarto: composto por fibras musculares esqueléticas (voluntárias) e lisas (involuntárias) 
o Metade inferior: composto somente por fibras musculares lisas (involuntárias). 
x O esôfago possui um pH NEUTRO, de forma que sua mucosa é lesada tanto pela presença de substâncias 
muito alcalinas quanto muito ácidas. 
x O esôfago pode ser dividido em 3 porções: uma CERVICAL, uma TORÁCICA e uma ABDOMINAL 
ESÔFAGO CERVICAL (5 - 6 cm) 
o Início: no bordo inferior da cartilagem cricoide (nível de C6); marco inicial = ESFÍNCTER ESOFÁGICO 
SUPERIOR. 
o Final: borda superior de T1 
o Ocupa a região posterior, sendo oculto anteriormente pela laringe e pela traqueia 
o Ao nível de C7 passa a se localizar levemente à esquerda no plano mediano 
ESÔFAGO TORÁCICO (16 - 20 cm) 
o Início: borda supeiror de T1 
o No mediastino superior está à esquerda do plano mediano 
o Compõe o plano digestório, colocado entre a traqueia (anterior) e a coluna vertebral com o tronco 
simpático (posterior). 
o No mediastino inferior posterior, o esôfago transita juntamente com os nervos vagos, que descem 
junto ás paredes esofágicas até cruzarem juntos o HIATO ESOFÁGICO do diafragma ao nível de T10. 
ATENÇÃO!!! 
O esôfago NÃO POSSUI SEROSA (peritônio, pleura, ou pericárdio). Só é revestido 
externamente por uma camada de tecido conjuntivo frouxo. Há presença de peritônio 
somente na superfície anterior do esôfago abdominal. 
Músculo Cricofaríngeo 
(esfíncter esofágico superior) 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 32
 
 
 
 
 
 
ESÔFAGO ABDOMINAL (2 – 4 cm) 
o Se estende desde o hiato esofágico até a junção gastroesofágica. 
o Possui posição RETROPERITONEAL (retroperitoneal secundário) sendo recoberto por peritônio 
somente na face anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO!!! 
Ao cruzarem o hiato esofágico, o NERVO VAGO ESQUERDO PASSA EM POSIÇÃO ANTERIOR e o NERVO VAGO 
DIREITO PASSA EM POSIÇÃO POSTERIOR ao esôfago. Isso ocorre devido à rotação de 90° no sentido horário (vista 
cranial) que o intestino anterior sofre durante a formação do estômago. 
MACETE: vogal com vogal (Esquerdo/Anterior) e consoante com consoante (Direito/Posterior) 
PORÇÃO CERVICAL DO ESÔFAGO 
PORÇÃO TORÁCICA DO ESÔFAGO 
PORÇÃO ABDOMINAL DO ESÔFAGO 
Pilar Esquerdo do diafragma 
Pilar Direito do diafragma 
Tronco Vagal Anterior 
Nervos Vagos 
Nervos Laringeos Recorrentes 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 33 Emanoel Baticini Montanari 
 
Linha Z 
Parte Cárdica do estômago 
Incisura Cárdica 
(ângulo de His) 
Peritônio 
Ligamento 
frenoesofágico 
Espessamento gradual da 
musculatura (esfíncter 
esofágico inferior) 
ESTREITAMENTOS DO ESÔFAGO 
1. ESTREITAMENTO CRICOIDEO = ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR 
o Situado entre C6 e C7 ao nível da cartilagem cricoide 
o Representado pelo esfíncter esofágico supeiror, constituído pela parte cricofarígea 
do músculo constritor infeiror da faringe, ou MÚSCULO CRICOFARÍNGEO 
o É a “porta de entrada do esôfago”, marcando seu início. 
o Controla a passagem de estruturas que estão na luz da laringofaringe, sendo o único 
estreitamento esofágico que não pode see ultrapassado sem que o paciente realize 
deglutição ou esteja anestesiado durante o procedimento endoscópico. 
2. ESTREITAMENTO BRONCOAÓRTICO 
o Representa o cruzamento do esôfago com o arco aórtico e com o brônquio principal 
esquerdo, os quais provocam uma impressão/abaulamento na parede esofágica. 
o Neste local, há um pequeno desvio do esôfago para o lado direito. 
o Não há um estreitamento significativo na luz esofágica a ponto de impedir a 
passagem do bolo alimentar. 
3. ESTREITAMENTO DIAFRAGMÁTICO (pinçamento diafragmático) 
o Provocado pelo pinçamento do HIATO ESOFÁGICO do diafragma 
o Não representa uma barreira para a passagem do bolo alimentar. 
LINHA Z: representa o ponto de transição entre o epitélio esofágico e o epitélio gástrico. 
o Representa o fim da mucosa esofágica e não o fim anatômico do esôfago, que continua por mais 
alguns centímetros, até chegar ao estômago. 
o Normalmente está localizada abaixo ou ao nível do pinçamento diafragmático. 
o O achado endoscópico da linha Z localizada até 1 cm acima do pinçamento diafragmático é 
considerado normal, sendo patológicas situações 
fora desse padrão. 
ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR 
e JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA 
o O esfíncter esofágico infeiror é composto por um 
espessamento das fibras musculares lisas da 
parede do esôfago na junção esofagogástrica. 
o É considerado um ESFÍNCTER FISIOLÓGICO e não 
anatômico, pois não foram identificadas 
estruturas anatômicas que o demarquem. 
o Possui importante função de manter o conteúdo 
gástrico evitando o refluxo gastroesofágico. 
 
 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 34
 
MECANISMOS ANATÔMICOS DO CONTROLE DO REFLUXO 
EGASTROESOFÁGICO 
1. ESÔFAGO ABDOMINAL: A pressão abdominal positiva se contrapõe com a pressão torácica 
negativa de forma que a presença de um segmento do esôfago na cavidade abdominal faz com que 
este segmento seja submetido à pressão equivalente à do estômago, tendendo a anular a pressão 
intragástrica. Isso é de grande importância para favorecer acometência da junção esofagogástrica e 
do esfíncter esofágico inferior (localizado totalmente no esôfago abdominal). 
2. VÁLVULA ESOFAGOGÁSTRICA (ângulo de His): o enchimento precoce do fundo gástrico (fundo 
gástrico enche primeiro – não sei como!!!!) desloca-o contra o esôfago abdominal, exercendo 
pressão de fechamento sobre o mesmo. 
3. PINÇAMENTO DIAFRAGMÁTICO: formado pelo HIATO ESOFÁGICO, que é constituído pelo pilar 
direito do diafragma (em 40% dos indivíduos há contribuição do pilar esquerdo). Atua como um 
ESFÍNCTER EXTRÍNSECO do esôfago. Contrai-se na inspiração, opondo-se ao aumento da pressão da 
cavidade abdominal. 
4. LIGAMENTO FRENOESOFÁGICO: mantém a porção abdominal do esôfago e a junção 
esofagogástrica no interior cavidade abdominal e conecta o esôfago (esfíncter intrínseco) ao 
diafragma (esfíncter extrínseco). 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
o O esôfago não possui um pedículo vasculonervoso único, sendo sua vascularização segmentar, 
provindo de vasos que suprem os órgãos vizinhos. 
o ARTÉRIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES (esôfago cervical) provém da ARTÉRIA TIREOIDEA INFERIOR 
o ARTÉRIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS (esôfago torácico) provém de ramos das ARTÉRIAS TIREOIDEIAS 
INFERIORES, das SUBCLÁVIAS, das BRONQUIAIS e diretamente da AORTA. 
o ARTÉRIAS ESOFÁGICAS INFERIORES (esôfago abdominal): ramos diretos da ARTÉRIA GÁSTRICA 
ESQUERDA que corre a pequena curvatura gástrica. Há também contribuição das artérias frênicas 
inferiores. 
DRENAGEM VENOSA 
o De modo geral, os vasos da drenagem venosa têm a mesma topografia e trajeto que as artérias. 
o Sangue dos 2/3 superiores Æ circulação sistêmica VCS 
o VEIAS ESOFÁGICAS SUPERIORES: drenam para as tireoideas superiores que drenam para a VCS 
o VEIAS ESOFÁGICAS MÉDIAS: tributárias do SISTEMA ÁZIGOS tributário da VCS 
o Sangue do 1/3 infeiror Æ circulação portal 
o VEIAS ESOFÀGICAS INFERIORES: Tributárias da VEIA GÁSTRICA ESQUERDA que é (na maioria 
das vezes) tributária direta da VEIA PORTA. 
 
 
 
ANASTOMOSE PORTO-SISTÊMICA ESOFÁGICA 
Existência de dois PLEXOS VENOSOS na parede esofágica que comunicam o sistema porta com o sistema 
da veia cava superior. Quando há, em geral em decorrência de cirrose, um aumento da pressão no 
sistema porta, há um ingurgitamento das colaterais na junção esofagogástrica, surgindo as VARIZES 
ESOFÁGICAS (dilatação das veias do plexo esofágico). 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 35 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
o Esôfago cervical e porção superior do torácico: drena para LINFONODOS 
CERVICAIS PROFUNDOS 
o Restante da parte torácica: drena para LINFONODOS MEDIASTINAIS 
POSTERIORES 
o Esôfago Abdominal: drena para LINFONODOS DA PEQUENA CURVATURA 
GÁSTRICA que drenam para linfonodos cárdicos e celíacos. 
INERVAÇÃO 
o Parte cervical: NERVO LARINGEO SUPEIROR Æ deglutição voluntária 
o Esôfago torácico no mediastino superior: N. LARINGEO RECORRENTE 
ESQUERDO e VAGOS D. e E. 
o Esôfago torácico no mediastino inferior: exclusivamente INVOLUNTÁRIO. Inervado pelo PLEXO 
ESOFÁGICO composto pelos 2 NERVOS VAGOS (parassimpático) e por ramos da CADEIA LÁTERO-
VERTEBRAL do SIMPÁTICO. 
o PLEXO MIOENTÉRICO (AUERBACH): entre as duas camadas musculares 
o PLEXO SUBMUCOSO (de MEISSNER): na submucosa 
 
Recebem fibras dos 
TRONCOS VAGAIS 
(parassimpático) 
Ramos esofágicos 
da A. Laringea 
Inferior 
A. Bronquial D. 
e seu ramo esofágico 
A. Inferior Bronquial E. 
e seu ramo esofágico 
Ramos esofágicos 
da Aorta 
Ramo esofágicos 
da A. Gástrica E. 
A. Gástrica E. 
Tronco Celíaco 
V. Tireoidea 
 Inferior 
V. Intercostal 
Superior E. 
V. Esofágicas (plexo) 
V. hemiázigo 
Acessória 
V. Hemiázigo 
V. Frênicas Inf. 
V. Gástrica Esquerda 
V. Porta do Fígado 
V. Ázigo 
V. Intercostal 
Superior D. 
Anastomose 
Porto-Sistêmica 
Esofágica 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 36
 
 
 
 
 
 
ESTÔMAGO 
x É a maior cavidade do tubo digestório, estando situado entre o esôfago e o duodeno. 
x Ocupa a maior parte do hipocôndrio esquerdo e uma porção significativa do epigástrico. 
x FUNÇÃO: mistura e armazenamento de alimentos que aí sofrem a digestão enzimática através do suco 
gástrico secretado pela sua mucosa. 
x É um órgão consideravelmente distensível podendo armazenar por volta de 2 a 3 litros de alimento. 
x VÍSCERA INTRAPERITONEAL RELATIVA 
x PAREDE ANTERIOR: totalmente coberta por peritônio 
x PAREDE POSTERIOR: possui uma ÁREA NUA (região da cárdia), a qual está em contato com o pilar 
esquerdo do diafragma. A parede posterior constitui o limite anterior da bolsa omental. 
x PEQUENA CURVATURA: localizada na borda superior do órgão. É CÔNCAVA PARA A DIREITA. 
Inicialmente vertical, passando para a posição horizontal no seu término. Nessa transição existe um 
acidente anatômico denominado INCISURA ANGULAR. 
x GRANDE CURVATURA: na borda inferior do estômago. CONVEXIDADE LATERAL ESQUERDA, formando 
a margem esquerda do estômago e estendendo-se até o piloro. 
PORÇÕES DO ESTÔMAGO 
1. CÁRDIA: localizado na porção da junção esofagogástrica, sendo que nesta região está localizado o 
ÓSTIO CÁRDICO, que comunica o esôfago com o estômago. 
2. FUNDO GÁSTRICO: superiormente ao plano que se inicia no nível da INCISURA CÁRDICA e que se 
dirige horizontalmente até a curvatura maior. Porção mais superior do órgão na qual fica armazenado o 
ar deglutido que pode ser visível em exames radiológicos (BOLHA GÁSTRICA). É a porção que constitui a 
válvula esofagogástrica. 
3. CORPO GÁSTRICO: entre o fundo e o antro pilórico. Maior porção do estômago. 
4. PARTE PILÓRICA: entre o corpo do estômago e o início do duodeno. Divide-se em duas porções: 
4.1. ANTRO PILÓRICO: primeira e mais ampla porção da parte pilórica. 
4.2. CANAL PILÓRICO: possui entre 1 e 2 cm de comprimento. No final do canal pilórico está o piloro 
propriamente dito que contém o: 
a) ESFÍNCTER PILÓRICO: formado por um espessamento da camada muscular circular (média) do 
estômago. Controla a passagem de alimento para o duodeno e evita o refluxo duodenogástrico. 
b) ÓSTIO PILÓRICO: comunica o estômago com o duodeno. 
 
HÉRNIA HIATAL (ESOFÁGICA) 
Ocorrem quando há protrusão de uma víscera abdominal à cavidade torácica através do hiato esofágico. 
Em geral, a víscera que protrui para o tórax é o esôfago abdominal. 
o Critério de diagnóstico atual: linha Z superior à 1 cm do pinçamento diafragmático. 
o Quando sintomáticas costumam ocasionar sintomas decorrentes de refluxo gástrico, uma vez que 
as estruturas que impediam o refluxo estão comprometidas. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 37 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
x ESTRUTURA: 
o Mucosa e Submucosa 
o Camada muscular helicoidal/oblíquo/parabólico 
(profunda) 
o Camada muscular circular (média) 
o Camada muscular longitudinal (superficial) 
o Túnica serosa (peritônio visceral) 
Região Cárdica 
Região do Corpo e 
Fundo Gástrico 
Região Pilórica 
Incisura Cárdica 
Linha Z 
Incisura Angular 
Esfíncter Pilórico 
Óstio Pilórico 
FUNDO 
GÁSTRICO 
CORPO 
ANTRO 
PILÓRICO 
CANAL 
PILÓRICO 
Incisura Cárdica 
Incisura Angular 
Pequena 
Curvatura 
Gástrica 
Grande 
Curvatura 
Gástrica 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 38
 
PERITÔNIO GÁSTRICO e SUAS ESTRUTURAS (ver imagens no resumo de “peritônio”) 
1. LÂMINA ANTEIROR DO PERITÔNIO GÁSTRICO: recobre a porção anterior do estômago e forma as 
seguintes estruturas: 
o LIGAMENTO GASTROFRÊNICO (parte do omento maior): formado por uma lâmina anterior cobre a 
parte anterior da cárdia, do fundo do estômago e da parte abdominal do esôfago estendendo-se até 
o diafragma. 
o LIGAMENTO GASTROESPLÊNICO (do omento maior): da curvatura maior em direção ao hilo do baço. 
o LIGAMENTO GASTROCÓLICO (do omento maior): da curvatura maior em direção do colo transverso. 
o Lâmina anterior do LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO (do omento menor):se estende até o fígado. 
2. LÂMINA POSTERIOR DO PERITÔNIO GÁSTRICO: não atinge a porção mais superior do fundo gástrico, 
fletindo-se para a parede abdominal posterior abaixo da cárdia, constituindo a ÁREA NUA DO 
ESTÔMAGO. 
RELAÇÕES DO ESTÔMAGO 
o ANTERIORMENTE: cúpula diafragmática esquerda, lobo esquerdo do fígado, parede abdominal 
anterior. 
o POSTERIORMENTE (LEITO GÁSTRICO): diafragma e pilar esquerdo, parede abdominal posterior, 
BOLSA OMENTAL e estruturas retroperitoneais (suprarrenal esquerda, superior do rim esquerdo e 
face anterior do pâncreas). 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
 
 
 
 
 
o ARTÉRIAS GÁSTRICAS: correm a pequena curvatura do estômago entre os dois folhetos do 
OMENTO MENOR formando uma anastomose por inoculação. 
o A. GÁSTRICA ESQUERDA: ramo do TRONCO CELÍACO. 
o A. GÁSTRICA DIREITA: ramo da A. HEPÁTICA PRÓPRIA, que é ramo da hepática comum (ramo 
do tronco celíaco). 
o ARTÉRIAS GASTROMENTAIS: correm na grande curvatura do estômago entre os folhetos do 
OMENTO MAIOR formando uma anastomose por inoculação. 
o A. GASTROMENTAL ESQUERDA: ramo da A. ESPLÊNICA que é ramo do tronco celíaco. 
o A. GASTROMENTAL DIREITA: ramo da A. GASTRODUODENAL, que é ramo da hepática comum 
(do tronco celíaco). 
o ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS: 6 a 8 ramos pequenos da A. ESPLÊNICA que vascularizam o fundo 
gástrico. Transitam no interior do OMENTO GASTROESPLÊNICO. 
TRONCO CELÍACO 
Ramo da AORTA ABDOMINAL que emite 3 principais artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo 
arterial da maioria das vísceras do andar supramesocólico. Seus ramos são: 
1. ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA 
2. ARTÉRIA ESPLÊNICA 
3. ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM (que se divide em hepática própria e gastroduodenal) 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 39 Emanoel Baticini Montanari 
 
o ARTÉRIA GÁSTRICA POSTERIOR: inconstante (ausente em mais de 1/3 das pessoas). Ramo da A. 
ESPLÊNICA que vasculariza a porção posterior do estômago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. Gástrica E. 
A. Gástrica D. 
A. Hepática Própria 
TRONCO CELÍACO 
A. Gastroduodenal 
A. Hepática Comum 
A. Gastromental D. 
A. Gastromental E. 
A. Esplênica 
V. Gastromental D. 
V. Gastromental E. 
V. Esplênica 
V. Gástrica E. 
V. Gástrica D. 
VEIA PORTA V. Mesentérica Superior 
V. Mesentérica Inferior 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 40
 
DRENAGEM VENOSA 
o As veias acompanham as respectivas artérias e drenam para o SISTEMA PORTA-HEPÁTICO. 
o VEIAS GÁSTRICAS DIREITA E ESQUERDA: drenam para a VEIA PORTA. 
o VEIA GASTROMENTAL DIREITA: drena para a VEIA MESENTÁRICA SUPERIOR 
o VEIA GASTROMENTAL ESQUERDA e VEIAS GÁSTRICAS CURTAS: drenam para a VEIA 
ESPLÊNICA. 
DRENAGEM LINFÁTICA 
o Principais áreas de drenagem linfática: curvatura menor e menor, região pilórica. 
o Drenam para os LINFONODOS CELÍACOS do redor do tronco celíaco. 
INERVAÇÃO 
o Inervação parassimpática: pelos TRONCOS VAGAIS ANTEIROR e POSTERIOR que correm na pequena 
curvatura gástrica. 
o Inervação simpática: PLEXO CELÍACO 
FÍGADO, VIAS BILIARES E SISTEMA PORTA 
FÍGADO 
x O fígado é a maior víscera abdominal e também a maior glândula mista do corpo humano. 
x Peso médio (em adulto) = 1,500 g 
x Órgão INTRAPERITONEAL RELATIVO 
x Recoberto completamente por uma cápsula fibrosa = CÁPSULA DE GLISON (abaixo do peritônio visceral) 
x Porção direita bastante desenvolvida e ocupa praticamente todo o hipocôndrio direito 
x Porção esquerda é menor e ocupa o epigástrico e parte do hipocôndrio esquerdo. 
 
1. FACES 
1.1. FACE DIAFRAGMÁTICA (ANTERIOR) 
o É convexa e tem localização anterior, encaixando-se na concavidade do músculo diafragma 
o Separada da face visceral anteriormente pela borda inferior (ou ântero-infeiror) 
o Separada da face posterior pela borda póstero-superior 
1.2. FACE POSTERIOR 
o Não é visível à abertura da cavidade peritoneal, já que está isolada pelas lâminas do ligamento 
coronário 
o Engloba a ÁREA NUA DO FÍGADO, sendo, portanto, RETROPEIRIOTONEAL 
o Pequena parte, junto à borda póstero-inferior, é INTRAPERITONEAL 
o É separada da face visceral pela borda póstero-inferior. 
1.3. FACE VISCERAL 
o Levemente côncava e voltada para trás, para baixo e para a esquerda. 
o RELAÇÕES: 
o À DIREITA: rim direito e suprarrenal direita 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 41 Emanoel Baticini Montanari 
 
o SUPERIORMENTE: flexura direita do cólon (flexura hepática do cólon) 
o INFEROR e MEDIALMENTE: primeira porção e flexura superior do duodeno 
o À ESQUERDA: esôfago abdominal e funcho e parte superior do corpo do estômago 
o Medialmente, a VESÍCULA BILIAR e a VEIA CAVA INFERIOR estão intimamente aderidas ao 
parênquima hepático. 
2. BORDAS 
2.1. BORDA INFERIOR (ou ântero-inferior): aguda e, de lateral para medial, tem um trajeto ascendente, 
relacionando-se com o rebordo costal direito, sendo palpável abaixo dele e na regiçao epigástrica. 
Separa as FACE DIAFRAGMÁTICA da FACE VISCERAL 
2.2. BORDA PÓSTERO-SUPERIOR: disposição transversal e se relaciona com o esôfago abdominal à 
esquerda. Separa a FACE DIAFRAGMÁTICA da FACE POSTERIOR 
2.3. BORDA PÓSTERO-INFERIOR: mal definida. Leve inclinação superior da direita para a esquerda, 
relacionando-se com a suprarrenal direita, com a veia cava inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamento 
Triangular D. 
Ligamento 
Triangular E. 
Ligamento Falciforme 
Ligamento Redondo do Fígado 
Fundo da Vesícula Biliar 
Ligamento Coronário 
LOBO DIREITO 
DO FÍGADO 
LOBO ESQUERDO 
DO FÍGADO 
FACE DIAFRAGMÁTICA 
(ANTERIOR) DO FÍGADO 
Borda Inferior do FÍgado 
Vesícula Biliar 
Ligamento Triangular D. 
Ligamento 
Triangular E. 
Ligamento Coronário 
VCI Veias Hepáticas 
Fissura do Ligamento 
Redondo 
Fissura do Ligamento 
Venoso Impressão 
Renal 
Impressão 
Cólica 
Impressão 
Duodenal 
Impressão 
Gástrica 
Impressão 
Esofágica 
Impressão 
Suprarrenal 
LOBO 
CAUDADO 
LOBO 
QUADRADO 
FACE 
VISCERAL 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 42
 
Ligamento Triangular D. 
Ligamento 
Triangular E. 
Ligamento Coronário 
Veia Hepáticas Ligamento Falciforme 
Impressão da Veia Cava 
Sulco do Ligamento Venoso 
ÁREA NUA 
DO FÍGADO 
FACE POSTERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. FIXAÇÃO DO FÍGADO 
3.1. VEIA CAVA INFEIROR: adesão do fígado à veia cava inferior através das 3 VEIAS HEPÁTICAS (ou 
supra-hepáticas). 
3.2. LIGAMENTO FALCIFORME: reflexão de peritônio junto à liha sagital mediana. Trajeto em direção à 
face diafragmática do fígado, ligando-a à parede abdominal anterior e ao diafragma. 
o LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO: na margem livre do ligamento falciforme. (veia umbilical 
obliterada). Vai da cicatriz umbilical até o ramo esquerdo da veia porta. 
3.3. LIGAMENTO CORONÁRIO: lâmina superior se insere na borda póstero-superior do fígado, 
constituindo a deflexão de diafragma que cobre o diafragma. Lâmina inferior cobra a parede 
posterior do abdome. Essas lâminas não se encontram, formando um espaço entre elas = ÁREA 
NUA DO FÍGADO, na qual o fígado e o diafragma estão em contato direto sem cobertura peritoneal. 
3.4. LIGAMENTOS TRIANGUARES (DIREITO e ESQUERDO): São as extremidades das 2 lâminas do 
ligamento coronário na sua união. 
3.5. 
3.6. OMENOT MENOR: se estende do fígado até a curvatura menor do estômago. Constituído por dois 
ligamentos: 
o LIGAMENTO HEPATOGÁSTRICO 
o LIGAMENTO HEPATODUODENAL 
 
4. ÁREAS NUAS HEPÁTICAS 
4.1. ÁREA NUA MAIOR: área nua propriamente dita. Situa-se entre as lâminas do ligamento coronário 
4.2. LEITO DA VCI: entre a veia cava inferior e a superfície hepática 
4.3. LEITO DA VESÍCULA BILIAR: entre a fossa da vesícula biliar e o leito hepático. A lâmina de peritônio 
que recobre a face visceral do fígado passa superficialmente à vesícula. 
4.4. HILO HEPÁTICO: não recebe cobertura porque a lamina do omento menor que recobre o pedículo 
hepático se torna contínua com a lâmina de peritônio que cobre a superfície hepática.5. DIVISÃO ANATÔMICA DO FÍGADO 
o Na face visceral do fígado, os acidentes anatômicos se dispõem em forma de “H” = “H HEPÁTICO” 
o SULCO LONGITUDINAL DIREITO: formado pelo sulco da VCI e pelo sulco da vesícula biliar. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 43 Emanoel Baticini Montanari 
 
o SULCO LONGITUDINAL ESQUERDO: formado pelo sulco do ligamento redondo e pelo sulco do 
ligamento venoso. 
o SULCO TRANSVERSO = HILO HEPÁTICO 
o De acordo com os acidentes superficiais do fígado, este foi dividido em 4 lobos: 
 
5.1. LOBO DIREITO ANATÔMICO: à direita do ligamento falciforme até o sulco longitudinal direito na 
face visceral. 
5.2. LOBO ESQUERDO ANATÔMICO: à esquerda do ligamento falciforme até o sulco longitudinal 
esquerdo da face visceral. 
5.3. LOBO QUADRADO DO FÍGADO: entre a fossa da vesícula biliar e o sulco do ligamento redondo do 
fígado. Limitado ântero-superiormente pelo hilo hepático (porta hepática) que o separa do lobo 
caudado. 
5.4. LOBO CAUDADO DO FÍGADO (de Spiegel): Limitado pelo sulco da VCI (à direita), pela fissura do 
ligamento venoso (à esquerda) e pelo hilo hepático (inferiormente). 
o OBS: os lobos caudado e quadrado só são visualizados na face visceral do fígado. 
o Essa divisão não segue vascularização do órgão, não sendo funcional e de importância em termos 
clínicos e cirúrgicos. 
 
6. DIVISÃO FUNCIONAL DO FÍGADO 
o É a divisão funcional ou cirúrgica do órgão, sendo importante para o estudo da fisiologia e patologias 
hepáticas e indispensável para o entendimento técnico da cirurgia hepatobiliar. 
6.1. DIVISÃO ANGLO-SAXÃ 
o Baseia-se nas ramificações da veia porta, da artéria hepática e dos ductos biliares (intra-hepáticos) 
o Divisão do fígado em dois lobos funcionais (direito e esquerdo) por um plano que passa pelo 
fundo da vesícula biliar até a margem esquerda do sulco da VCI. 
o LOBO DIREITO: dividido em 2 segmentos (anterior e posterior) por um plano vertical, os 
quais foram divididos em duas áreas por um plano horizontal: 
� Ântero-supeiror 
� Ântero-infeior 
� Póstero-superior 
� Póstero-inferior 
o LOBO ESQUERDO: dividido em segmentos lateral e medial por um plano sagital que passa 
junto ao ligamento falciforme. São divididos novamente por um plano horizontal: 
� Medial superior 
� Medial inferior 
� Lateral superior 
� Lateral inferior 
6.2. CLASSIFICAÇÃO FRANCESA 
o Divisão do parênquima hepático em duas metades morfofuncionais distintas: FÍGADO DIREITO e 
FÍGADO ESQUERDO, os quais possuem independente vascularização e drenagem biliar. 
o Cada um dos fígados é dividido em setores pela passagem das 3 VEIAS HEPÁTICAS: 
o FISSURA PORTAL PRINCIPAL: plano da veia hepática média. Divide o fígado em seus 2 lobos 
funcionais (direito e esquerdo) 
o FISSURA PORTAL DIREITA: divide o lobo direito em dois setores. 
o FISSURA PORTAL ESQUERDA: divide o lobo esquerdo em dois setores. 
o FÍGADO DIREITO 
o Setor paramediano direito 
� Segmento V (inferiormente) 
� Segmento VIII (superiormente) 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 44
 
o Setor lateral direito 
� Segmento VI (inferiormente) 
� Segmento VII (superiormente) 
 
o FÍGADO ESQUERDO 
o Setor paramediano esquedo 
� Segmento IV (medial) 
� Segmento III (anterior) 
o Setor lateral esquerdo 
� Segmento II (posterior) 
� Segmento II (posterior) 
o LOBO CAUDADO = segmento I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 45 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. PEDÍCULO HEPÁTICO 
o HILO HEPÁTICO (porta hepática) = encontra-se póstero-inferiormente ao setor medial do lobo 
esquerdo (segmento IV). 
o PEDÍCULO HEPÁTICO = Conjunto de estruturas vasculares e nervosas que suprem o fígado. Penetra 
através do hilo hepático. 
o SINTOPIA DO PEDÍCULO HEPÁTICO: 
o DUCTO HEPÁTICO COMUM – anteriormente e à direita 
o ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA – anteriormente e à esquerda 
o VEIA PORTA – posteriormente 
o Pedículo hepático se localiza na BORDA LIVRE DO OMENTO MENOR (MESO DO FÍGADO) 
Constitui o limite anterior do forame omental (forame de Winslow) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO FRANCESA X CLASSIFICAÇÃO ANGLO-SAXÃ 
o Na prática são aceitas ambas as classificações, o que gera confusão, sobretudo porque aa 
nomenclatura de ressecções hepáticas também possui duas classificações. 
o As duas classificações do lobo direito se equivalem 
o Contudo, a classificação do lobo esquerdo funcional, tanto na nomenclatura, quanto na topografia, 
divergem: 
o Setor paramediano do fígado esquerdo (seg. IV e III) = segmento medial + subsegmento 
lateral inferior do lobo esquerdo 
o Setor lateral esquerdo (segmento II) = subsegmento látero-superior 
o Diferentemente dos lobos e segmentos broncopulmonares, os lobos, setores e segmentos 
hepáticos não são individualizados por septos de tecido conjuntivo, o que torna mais complexa a 
realização das cirurgias hepáticas. 
Ducto Colédoco 
Artéria Hepática Própria 
Veia Porta 
PEDÍCULO 
HEPÁTICO 
Forame Omental 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 46
 
8. SUPRIMENTO SANGUÍNEO 
8.1. ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA 
o Responsável por 25% do volume sanguíneo e 30 a 40% do oxigênio que supre o órgão. 
o É ramo terminal da ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM que é ramo do TRONCO CELÍACO 
o Se bifurca em 2 ramos terminais = ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA e ESQUERDA 
o Emite a ARTÉRIA CÍSTICA, que vasculariza da vesícula biliar. 
TRÍGONO CISTO-HEPÁTICO (ou trígono hepático ou triângulo de Calot): formado pela superfície 
visceral do fígado, pelo ducto hepático comum e ducto cístico. Transita através dele a ARTÉRIA 
HEPÁTICA DIREITA e a ARTÉRIA CÍSTICA (segundo o Vilson: as duas / segundo o Airton, só a cística 
Æ se cair na prova, colocar só cística porque é o Airton que manda). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.2. VEIA PORTA 
o Leva o sangue venoso proveniente do trato gastrointestinal (desde o esôfago abdominal até o 
reto), do pâncreas e do baço. 
o Responsável por cerca de 75% do volume sanguíneo e por 60 a 70% do O2 que supre o fígado. 
o SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: constitui-se em duas redes de capilares (rede intestinal e rede intra-
hepática – sinusoides) responsável por quase todo o conteúdo nutricional absorvido pelo trato 
gastrointestinal, levando-os diretamente para o fígado (através da veia porta) para que sejam 
processados. 
o A VEIA PORTA é constituída por: 
o VEIA MESENTÉRICA INFERIOR: recebe as veias retal superior, cólica esquerda e sigmoides. 
o VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR: recebe as tributárias ileocólica, cólica direita, cólica média, 
jejunais, ileais, pancreático-duodenais superior e inferior e também a veia gastromental 
direita. 
o VEIA ESPLÊNICA: forma-se junto ao hilo do baço, recebendo a veia gastromental esquerda, 4 
a 5 veias gástricas curtas e 3 a 22 veias pancreáticas. 
Artéria Hepática Própria 
Artéria Hepática Direita 
Artéria Hepática Esquerda 
Artéria Cística 
Artéria Hepática Comum 
Tronco Celíaco 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 47 Emanoel Baticini Montanari 
 
o A VEIA MESENTÉRICA INFERIOR drena para a VEIA ESPLÊNICA atrás do corpo do pâncreas 
constituindo o TRONCO VENOSO ESPLENOMESENTÉRICO, que se une com a VEIA 
MESENTÉRICA SUPERIOR constituindo a VEIA PORTA. 
o A VEIA PORTA recebe as VEIAS GÁSTRICAS DIREITA e ESQUERDA e a VEIA CÍSTICA 
o A veia porta se divide em dois ramos: RAMO DIREITO e RAMO ESQUERDO da veia porta. 
 
RAMO ESQUERDO DA VEIA PORTA 
 VIDA FETAL 
 Recebe a VEIA UMBILICAL 
 Emite o DUCTO VENOSO, que drena para a VCI 
 PÓS-NATAL: obliteração 
 LIGAMENOT REDONDO DO FÍGADO 
 LIGAMENTO VENOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANASTOMOSE PORTO-SISTÊMICAS 
1. REGIÃO ESOFAGOGÁSTRICA: PLEXO VENOSO ESOFAGOGÁSTRICO comunica as veias 
esofágicas infeiorres ( tributária do sistema porta pela gástrica esquerda) com as veiasesofágicas médias (tributárias da VCS pela ázigo) 
2. REGIÃO ANORRETAL: PLEXO VENOSO RETAL INTRAMURAL comunica veias retais superiores 
(sistema porta) com as retais médias e inferiores (veias ilíacas internas Æ VCI) 
3. REGIÃO UMBILICAL: veias paraumbilicais (do ligamento falciforme) (drena para o ramo 
esquerdo da porta) se comunica com tributárias das veias epigástricas (tributárias da VCI pelas 
ilíacas externas) 
4. REGIÃO RETROPERITONEAL: pequenas tributárias da esplênica (sistema porta) se comunicam 
com tributárias da veia renal esquerda (sistema cava). 
Veia Mesentérica Inferior 
Veia Mesentérica Superior 
Veia Esplênica 
Tronco Esplenomesentérico 
Veia Porta 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 48
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. DRENAGEM VENOSA 
o O sangue venoso deixa o fígado através das 3 VEIAS HEPÁTICAS – DIREITA, ESQUERDA e MÉDIA, que 
drenam para a VCI superiormente ao fígado. 
o Não possuem trajeto extra-hepático. 
o Na grande maioria dos casos, a veia hepática esquerda une-se à média antes de desembocar na VCI. 
 
10. DRENAGEM LINFÁTICA 
o Drenagem para os LINFONODOS DO HILO HEPÁTICO Æ LINFONODOS GÁSTRICOS ESQUERDOS 
o Drenagem para LINFONODOS ADJACENTES À VCI Æ tórax 
 
11. INERVAÇÃO 
o SIMPÁTICO: fibras do 7º ao 10º gânglios simpáticos torácicos (nervos esplâncnicos torácicos) que 
fazem sinapse ano gânglio celíaco antes de chegar ao plexo hepático 
o PARASSIMPÁTICO: pelos nervos vagos 
Veias Gástricas Esquerda e Direita 
Veias Gastromentais D. e E. 
ARTÉRIA ESPLÊNICA 
VEIA MESENTÉRICA 
SUPERIOR 
VEIA MESENTÉRICA INFERIOR 
Veia Colica E. 
Veias Sigmoides 
Veias Retal Superior 
Veia Ileocólica 
Veia Cólica D. 
Veia Cólica Média 
Veias 
Pancreáticoduodenais 
1 
2 
3 
4 
4 
4 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 49 Emanoel Baticini Montanari 
 
VIAS BILIARES 
1. VIA BILIAR PRINCIPAL 
1.1. INTRA-HEPÁTICA: Canalículos biliares Æ ductos biliares interlobulares Æ segmentares Æ setoriais 
1.2. EXTRA-HEPÁTICOS: DUCTO HEPÁTICO DIREITO + DUCTO HEPÁTICO ESQUERDO se unem para formar 
o DUCTO HEPÁTICO COMUM. Este, após receber o ducto cístico (via acessória) passa a se chamar 
DUCTO COLÉDOCO. 
o Ducto colédoco termina na 2ª parte do duodeno e é formado por 4 porções: 
o SUPRADUODENAL (acima do duodeno) 
o RETRODUODENAL (atrás do duodeno) 
o INTRAPANCREÁTICO (envolto pela cabeça do pâncreas) 
o INTRAMURAL (no interior da parede dudenal) 
o Em seu trajeto final, o ducto colédoco é acompanhado em 85% dos casos pelo DUCTO 
PANCREÁTICO PRINCIPAL (de Wirsung). Os quais desembocam num canal comum na AMPOLA 
HEPATOPANCREÁTICA (ampola de Vater) que se abre na PAPILA MAIOR DO DUODENO (papila de 
Vater) na 2ª porção dudenal. 
o ESFÍNCTER DE ODDI = na papila maior do duodeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corpo 
Fundo 
Papila Maior do 
Duodeno 
(de Vater) 
Infundíbulo 
Colo 
Ducto Hepático D. 
Ducto Hepático E. 
Ducto Hepático Comum 
Ducto Cístico 
Ducto Colédoco 
Ducto Pancreático 
Principal 
Ampola Hepatopancreática 
(de Vater) 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 50
 
2. VIA BILIAR ACESSÓRIA 
o A bile é constantemente produzida no fígado, porém sua chegada ao duodeno é impedida pela 
contração do esfíncter da ampola hepatopancreática. A bile, então, reflui pelo ducto colédoco, 
chegando à VIA BILIAR ACESSÓRIA = VESÍCULA BILIAR + DUCTO CÍSTICO. 
o VESÍCULA BILIAR: possui 4 partes: 
o Fundo: recoberto de peritônio e se projeta através da borda inferior do fígado (pode ser palpado) 
o Corpo: segue ao fundo. Contato com o colo transverso e com a 2ª porção do duodeno 
o Colo: entre o corpo e o ducto cístico 
o Infundíbulo: dulatação medialmente ao colo. 
o DUCTO CÍSTICO: inicia no colo da vesícula e conflui com o ducto hepático comum formando o ducto 
colédoco. No início do ducto cístico, há um esfíncter (ESFÍNCTER DO DUCTO CÍSTICO ou de Lutkens). 
o Vascularização é feita pela ARTÉRIA CÍSTICA (ramo da artéria hepática direita) e a drenagem é feita 
pela VEIA CÍSTICA que desemboca nos ramos intra-hepáticos da veia porta. 
INTESTINO DELGADO 
x É a parte mais longa do trato gastrointestinal, sendo responsável pela maior parte da digestão e 
absorção de nutrientes. 
x Início: ÓSTIO PILÓRICO 
x Fim: JUNÇÃO ILEOCECAL (ou ileocólica ou ileocecólica) 
x Varia de 5 a 8 m de comprimento 
x Constituído por 3 porções: DUODENO, JEJUNO e ÍLEO 
x ESTRUTURA 
o Mucosa 
o Submucosa (PLEXO DE MEISSNER – SUBMUCOSO) 
o Camada muscular circular (interna) 
o PLEXO DE AUERBACH - MIOENTÉRICO 
o Camada muscular Longitudinal (externa) 
o Serosa 
x Presença de nódulos linfáticos na parede de todo o intestino delgado. Mais numerosos no ÍLEO, 
formando a chamada PLACA DE PEYER (aglomerado de nódulos linfáticos) 
x SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO: A mucosa do intestino delgado tem sua superfície de absorção 
extremamente aumentada por 3 estruturas: 
a) PREGAS CIRCULARES: (pregas de Kerckring): projeções da mucosa intestinal que iniciam da 2ª 
porção do duodeno desaparecendo no íleo terminal. 
b) VILOSIDADES INTESTINAIS: recobrem toda a superfície da muscosa, constituindo pequenas 
projeções da mucosa 
c) MICROVILOSIDADES: pequeníssimas projeções da membrana apical dos enterócitos 
(microscopia eletrônica). 
DUODENO 
o O duodeno é a porção inicial do intestino delgado 
o Início: PILORO 
o Fim: FLEXURA DUODENOJEJUNAL 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 51 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Seu comprimento (25 cm) corresponde à largura de 12 dedos. 
o Segue um trajeto em forma de “C” ao redor da cabeça do pâncreas. 
o Porção mais curta do intestino delgado 
o Quase todo RETROPERITONEAL SECUNDÁRIO (exceto o bulbo duodenal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. DIVISÃO 
1.1. PRIMEIRA PORÇÃO (D1) = PORÇÃO SUPERIOR 
o Início: PILORO 
o Fim: FLEXURA DUODENAL SUPERIOR 
o Segue horizontalmente da esquerda para a direita ao nível de L1 
o Relaciona-se com a vesícula biliar e o lobo quadrado do fígado anteriormente e posteriormente 
com o pedículo hepático. 
o Forma o limite inferior do forame omental 
o A metade proximal de D1 apresenta uma dilatação denominada BULBO DUODENAL. É a única 
porção do duodeno que não é retroperitoneal, sendo INTRAPERIOTONEAL RELATIVA. Limite 
externo: ARTÉRIA GASTRODUODENAL. 
 
1.2. SEGUNDA PORÇÃO (D2) = PORÇÃO DESCENDENTE 
o Início: FLEXURA DUODENAL SUPERIOR 
o Fim: FLEXURA DUODENAL INFERIOR 
o Segue de superior para inferior (L1 – L3) 
PILORO 
AORTA 
Art. MESENTÉRICA 
SUPERIOR PINÇAMENTO 
AORTOMESENTÉRICO 
D1 
D2 
D3 
D4 
Flexura Duodenal Superior 
Flexura Duodenal Inferior 
Jejuno 
Flexura Duodenojejunal 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 52
 
o PAPILA MAIOR DO DUODENO (papila de Vater) abertura dos óstios do ducto colédoco e do ducto 
pancreático principal (80% dos casos se abrem no mesmo orifício). Protegida pelo ESFÍNCTER DA 
AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA que controla a passagem dos fluido para o duodeno. 
o PAPILA MENOR DO DUODENO: geralmente 2 cm acima da papila maior. Desembocadura do 
ducto pancreático acessório. 
 
1.3. TERCEIRA PORÇÃO (D3) = PORÇÃO HORIZONTAL 
o Início: FLEXURA DUODENAL INFERIOR 
o Fim: CRUZAMENTO COM OS VASOS MESENTÉRICOS INFERIORES 
o Segue da direita para a esquerda ao nível de L3 
o Cruza anteriormente a VCI e a Aorta 
o Cruza anteriormente a Artéria Mesentérica Superior 
 
1.4. QUARTA PORÇÃO (D4) = PORÇÃO ASCENDENTE 
o Início: CRUZAMENTO COM OS VASOS MESENTÉRICOS INFERIORES 
o Fim: FLEXURA DUODENOJEJUNAL 
o Orientação ascendente para a esquerda (de L3 até L2 ou L1) 
o É suspenso ao nível da flexura duodenojejunal pelo MÚSCULO SUSPENSOR DO DUODENO (ou 
LIGAMENTO DE TRITZ) que se fixa no pilar direito do diofragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PINÇAMENTO AORTOMESENTÉRICO 
Ducto Colédoco 
Papila Maior do Duodeno 
Ducto Pancreático Principal 
Ducto Pancreático Acessório 
Flexura Duodenojejunal 
Óstio pilórico 
BULBO DUODENALD1 
D2 
D3 
D4 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 53 Emanoel Baticini Montanari 
 
2. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
o ARTÉRIAS GASTRODUODENAL, SUPRADUODENAL e GÁSTRICA DIREITA ramos da artéria hepática 
própria. 
o ARCADA PANCREÁTICO-DUODENAL: supre a maior parte do duodeno e a cabeça do pâncreas 
o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS SUPERIORES (ANTERIO e POSTERIOR): 
� A. PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR ANTERIOR: ramo terminal da A. GASTRODUODENAL 
(da A. Hepática Comum) juntamente com a artéria gastromental direita. 
� A. PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR POSTERIOR: ramo colateral da A. GASTRODUODENAL 
o ARTÉRIAS PANCREÁTICO-DUODENAIS INFERIORES (ANTERIOR e POSTERIOR): originam-se da A. 
MESENTÉRICA SUPERIOR geralmente de um tronco único. 
 
3. DRENAGEM VENOSA: acompanha as artérias e drenam para o sistema porta. 
 
4. DRENAGEM LINFÁTICA 
o Anterior: drenagem para linfonodos pilóricos e linfonodos pancreático-duodenais 
o Posterior: linfonodos mesentéricos superiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JEJUNO E ÍLEO 
o Início: FLEXURA DUODENOJENUNAL 
o Fim: VÁLVULA (ou valva) ILEOCECAL 
o São órgãos INTRAPERITONEAIS RELATIVOS, conectados à parede abdominal posterior pelo 
MESENTÉRIO 
o RAIZ DO MESENTÉRIO: borda fixa do mesentério. Cerca de 15 cm e se estende da flexura 
duodenojejunal à junção ileocecal. Cruza D3 e D4, aorta, VCI, ureter direito, psoas maior direito e vasos 
gonadais direitos. 
 
A. Gástrica Direita 
A. Supraduodenal 
A. Pancreático-duodenal Infeiror 
A. Gastromental 
A. Pancreato-duodenal 
Superior Anterior 
B. Pancreato-duodenal 
Superior Posterior 
Ramo Anterior 
Ramo Posterior 
Artéria Hepática Comum 
Tronco Celíaco 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 54
 
o JEJUNO = 2/5 proximais (orais) 
o ÍLEO = 3/5 distais (aborais) 
DIFERENÇAS JEJUNO X ÍLEO 
 JEJUNO ÍLEO 
Comprimento Mais curto (2/5 orais) Mais longo (3/5 aborais) 
Diâmetro Maior (3 a 3,5 cm) Menor (< 2,5 cm) 
Espessura das paredes Paredes mais espessas Paredes mais delgadas 
Vascularização Mais vascularizado Menos vascularizado 
Pregas circulares da mucosa Maiores e mais numerosas Menores; quase ausentes 
Mesentério Menor quantidade de gordura Maior quantidade de gordura 
Arcadas (alças) anastomóticas 1 – 2 alça anastomótica Até 5 alças anastomóticas 
Vasos Retos Longos Curtos 
Localização Supra-umbilical Hipogástrica e inguinal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não há uma divisão clara entre jejuno e íleo = TRANSIÇÃO GRADUAL 
 
Pregas Circulares 
Vasos Retos Alças (arcadas) anastomóticas Alças (arcadas) anastomóticas 
JEJUNO 
ÍLEO 
Raiz do mesentério e vasos 
mesentéricos superiores 
Mesentério (seccionado) 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 55 Emanoel Baticini Montanari 
 
1. VASCULARIZAÇÃO 
o ARTÉRIAS JEJUNOILEIAS, ramos da MESENTÉRICA SUPERIOR. 
o 3 a 7 artérias (acima da origem da artéria ileocólica) Æ porção inicial do jejuno 
o 8 a 17 artérias (abaixo as origem da artéria ileocólica) Æ porção final do jejuno + íleo 
o Transitam entre 2 lâminas de peritônio (mesentério), unindo-se para formarem ALÇAS ou 
ARCADAS ARTERIAIS, que originam os VASOS RETOS (anastomosam-se somente na parede 
intestinal) 
o ARTÉRIA ILECÓLICA: vasculariza porção final do íleo 
o VEIAS JEJUNOILEAIS acompanham as artérias correspondentes desembocando na VEIA 
MESENTÉRICA SUPERIOR, tributária do SISTEMA PORTA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. DRENAGE LINFÁTICA 
o Drenagem para os LINFONODOS MESENTÉRICOS (entre as duas lâminas de peritônio) 
desembocando na CISTERNA DO QUILO. 
 
3. INERVAÇÃO 
o PLEXO CELÍACO e PLEXO MESENTÉRICO SUPERIOR 
o PLEXO MIOENTÉRICO e PLEXO SUBMUCOSO 
 
 
Alças Anastomóticas 
Artérias Retas 
Artérias Jejunais e Ileais Veias Jejunais e Ileais 
Veia Ileocólica 
Artéria Ileocólica 
Artéria e Veia 
Mesentérica Superior 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 56
 
PÂNCREAS 
x É uma glândula mista = possui uma porção tanto endócrina quanto exócrina 
x Situado na porção superior da cavidade abdominal, ocupando o EPIGÁSTRICO e o HIPOCÔNDRIO E. 
x Localizado no nível do plano TRANSPILÓRICO (L1 a L2) 
x LIMITES E RELAÇÕES: 
o POSTERIORMENTE: coluna vertebral, à aorta e à VCI 
o ANTERIORMENTE: cólon transverso (raiz) e estômago 
o DIREITA: duodeno 
o ESQUERDA: baço 
x Dividido em CABEÇA, PROCESSO UNCINADO, COLO ou ISTMO, CORPO E CAUDA. 
x Cabeça, processo uncinado, istmo e corpo = RETROPERITONEAIS SECUNDÁRIOS 
x Cauda = INTRAPERITONEAL RELATIVO (envolvida pelo OMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO ou 
LIGAMENTO ESPLENORRENAL juntamente com os VASOS ESPLÊNICOS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORÇÕES E RELAÇÕES DO PÂNCREAS 
1. CABEÇA 
o Porção mais volumosa do pâncreas; orientada para a direita e anteriormente. 
o Aderida intimamente (por tecido conjuntivo) à curvatura em “C” do duodeno de modo que á 
ressecção cirúrgica de toda a cabeça do pâncreas envolve obrigatoriamente a retirada do duodeno. 
o Estende-se até à direita dos vasos mesentéricos superiores. 
o Constitui a parede posterior da cavidade peritoneal = RETROPERITONEAL SECUNDÁRIA 
Duodeno 
Artéria 
Esplênica 
Fixação do Mesocolo 
Transverso 
Vasos Mesentéricos Superiores 
Fixação do Mesentério 
CABEÇA 
ISTMO 
CORPO 
CAUDA 
PROCESSO UNCINADO 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 57 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Tal qual a 2ª porção do duodeno, pode ser dividida em 2 segmentos pela inserção do mesocólon 
transverso : 
o Segmento superior = parede posterior do andar supra-mesocólico 
o Segmento inferior = parede posterior do andar infra-mesocólico 
o RELAÇÕES: 
o POSTERIOR: 
� Anteriormente à fáscia de coalescência: DUCTO COLÉDOCO e ARCADA PANCREÁTICO-
DUODENAL POSTERIOR 
� Posteriormente à fáscia de coalescência: BORDA MEDIAL DO RIM DIREITO, PEDÍCULO RENAL 
DIREITO, VCI e DESEMBOCADURA DA VEIA GONADAL DIREITA. 
o ANTERIOR: 
� Face anterior está em íntima relação com a ARCADA PANCREÁTICO-DUODENAL ANTERIOR 
o O segmento inferior da cabeça do pâncreas é contínuo com o PROCESSO UNCINADO 
o PINÇAMENTO AORTOMESENTÉRICO: ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR (anteriormente) + AORTA 
(posteriormente) formam uma espécie de pinçamento de 3 estruturas importantes: 
o VEIA RENAL ESQUERDA (superior) 
o PROCESSO UNCINADO DO PÂNCREAS 
o DUODENO (terceira porção) (inferior) 
 
2. ISTMO ou COLO 
o Une a cabeça ao corpo do pâncreas 
o Transição na INCISURA PANCREÁTICA, delimitada pela veia mesentérica superior 
o NA FACE POSTERIOR DO ISTMO, HÁ O ENCONTRO DA VEIA MESSENTÉRICA SUPERIOR COM A VEIA 
ESPLÊNICA, FORMANDO A VEIA PORTA. 
3. CORPO DO PÂNCREAS 
o Continua a partir do colo, à direita dos vasos mesentéricos superiores 
o LIMITES 
o Posteriormente: aorta (nível de L2), plexo celíaco e mesentérico superior 
o Anteriormente: bolsa omental e estômago 
o Inferiormente: alças do intestino delgado. 
o Superiormente: vasos esplênicos 
4. CAUDA 
o Extremidade esquerda do pâncreas; vai se afinando durante seu trajeto 
o Unida ao baço pelo LIGAMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO ou ESPLENORRENAL (ou omento) (se 
dirige ao hilo esplênico), no qual está contida juntamente com os VASOS ESPLÊNICOS. 
o Totalmente supra-mesocólica 
o Íntima relação com as ramificações da artéria esplênica (hilo do baço) 
DUCTOS PANCREÁTICOS 
1. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL (de Wirsung) 
o Inicia-se na cauda do pâncreas, percorrendo o eixo maior do corpo em direção à cabeça. 
o Na cabeça, têm um trajeto ínfero-posterior 
o Calibre maior na cabeça do que na cauda 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 58
 
o DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL une-se à porção intrapancreática do DUCTO COLÉDOCO, fomrando 
a AMPOLA HEPATO PANCREÁTICA (ou de VATER), que se abre na porção descendente do duodeno 
(D2) na PAPILA DUODENAL MAIOR. 
o ESFÍNCTER DE BOYDEN = ESFÍNCTER DO DUCTO COLÉDOCO + ESFÍNCTER DO DUCTO PANCREÁTICO 
PRINCIPAL + ESFÍNCTER DA AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA (ESFÍNCTER DE ODDI) 
 
2. DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO (de Santorini) 
o Inicia-sena cabeça do pâncreas a partir do ducto pancreático principal 
o Responsável pela drenagem da parte anterior da cabeça do pâncreas 
o Abre-se na PAPILA MENOR DO DUODENO (2 a 3 cm acima da papila maior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
1. CABEÇA 
o ARTÉRIA GASTRODUODENAL 
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPEIROR ANTERIOR 
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPEIROR POSTERIOR 
o ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR 
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFERIOR ANTERIOR 
o ARTÉRIA PANCREÁTICO-DUODENAL INFEIROR POSTERIOR 
2. CORPO E CAUDA 
o ARTÉRIA ESPLÊNICA: transita na borda superior do pâncreas; emite vários ramos pancreáticos, dos 
quais se destacam: 
o ARTÉRIA PANCREÁTICA MAGNA: ramo mais calibroso da artéria esplênica 
ARCADA PANCREÁTICO 
DUODENAL ANTERIOR 
ARCADA PANCREÁTICO 
DUODENAL POSTERIOR 
Ducto Pancreático Principal 
(de Wirsung) 
Ducto Pancreático Acessório (de Santorini) 
 
Ducto Colédoco 
Ampola 
Hepatopancreática 
(de Vater) 
Incisura Pancreática 
Ducto Colédoco 
Papila Maior do Duodeno 
Ducto Pancreático Principal 
Ducto Pancreático Acessório 
D1 
D2 
D3 
D4 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 59 Emanoel Baticini Montanari 
 
o ARTÉRIA PANCREÁTICA DORSAL (pode ser ramo do tronco celíaco ou da hepática) 
� ARTÉRIA PANCREÁTICA INFERIOR (ou TRANSVERSA): corre a borda inferior do pâncreas 
o ARTÉRIA PANCREÁTICA CAUDAL: (pode ser ramo da gastromental esquerda) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM VENOSA 
o VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
POSTERIOR: drena para o tronco da veia 
porta 
o VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
ANTERIOR: drena para a gastromental 
direita Æ porta 
o VEIA PANCREÁTICO-DUODENAL SUPERIOR 
POSTERIOR e ANTERIOR: drena para a 
MESENTÉRICA SUP. 
o VEIAS DO CORPO: drenam para a ESPLÊNICA 
INERVAÇÃO 
Art. Mesentérica Supeiror 
Art. Pancreática Inferior (transversa) 
Art. Pancreática Dorsal 
Art. Pancreática Magna 
Art. Pancreática Caudal 
Art. Esplênica 
Tronco Celíaco 
Art. Pancreático-duodenal Inferior 
Art. Pancreático-duodenal Inferior Posterior 
Art. Pancreático-duodenal Inferior Anterior Art. Pancreático-duodenal 
Superior Anterior 
Art. Pancreático-duodenal 
Superior Posterior 
Art. Gastromental 
Art. Gastroduodenal 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 60
 
o PARASSIMPÁTICA: TRONCOS VAGAIS ANTERIOR E POSTERIOR, que passam pelo plexo celíaco sem 
fazer sinapse. 
o SIMPÁTICA: NERVOS ESPLÂNCNICOS TORÁCICOS e PLEXO CELÍACO e MESENTÉRICO SUPERIOR 
o NERVO FRÊNICO ESQUERDO passa pelo hiato esofágico e emite pequenos ramos em direção ao 
pâncreas. 
BAÇO 
x Órgão linfoide de cor avermelhada ou arroxeada 
x Situado no HIPOCÔNDRIO ESQUERDO junto ao diafragma ao nível da IX a X costela 
x Reservatório de sangue, células sistema imune, hemocaterese e destruição de plaquetas 
LOJA ESPLÊNICA – LIMITES 
o SUPERIOR (TETO): diafragma 
o INFEIROR (ASSOALHO): mesocolo transvers, flexura cólica esquerda e LIGAMENTO FRENOCÓLICO 
ESQUERDO (SUSTENTÁCULO DO BAÇO) 
o POSTERIOR: diafragma e loja renal esquerda 
o LATERAL: diafragma 
o MEDIAL: LIGAMENTO GASTRO-ESPLÊNICO e PANCREÁTICO-ESPLÊNICO 
FACES 
o FACE DIAFRAGMÁTICA: convexa, voltada para a esquerda para cima e para trás. Contato com o 
diafragma 
o FACE VISCERAL: côncava, voltada medialmente e para baixo. Relacionada com o estômgao (impressão 
gástrica), cólon (impressão cólica) e rim (impressão renal). Contém o HILO DO BAÇO, por onde passam 
os VASOS ESPLÊNICOS. 
 
 
 
 
 
 
 
LIGAMENTOS 
1. LIGAMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO (OMENTO) ou ESPLENORRENAL 
o Folheto posterior: composto pela lâmina de peritônio que reveste posteirormente a cauda do 
pâncreas e a face anterior do rim. 
Hilo Esplênico 
Face visceral 
Face diafragmática 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 61 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Folheto anterior: composto pela lâmina de peritônio que reveste anteriormente o corpo e a cauda do 
pâncreas. 
o Une a cauda do pâncreas ao baço 
o Contém a CAUDA DO PÂNCREAS e os VASOS ESPLÊNICOS 
2. LIGAMENTO GASTROESPLÊNICO (OMENTO) 
o Lâmina anterior: lamina que recobre a superfície anterior do baço, que se prolonga para atingir a 
superfície anterior do estômago. 
o Lâmina posterior: reflexão da lâmina anterior do omento pancreático-esplênico junto ao hilo do baço. 
o Se estende do baço à grande curvatura do estômago 
o Abriga os VASOS GÁSTRICOS CURTOS, ramos dos vasos esplênicos 
3. LIGAMENTO FRENOESPLÊNICO: Une o polo superior do baço ao diafragma 
4. LIGAMENTO FRENOCÓLICO: existente apenas no lado esquerdo. Une a flexura cólica esquerda ao 
diafragma. Constitui um assoalho que sustenta o baço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEDÍCULO ESPLÊNICO 
o Contém os VASOS ESPLÊNICOS, assim como os elementos nervosos e linfáticos, que chegam ao HILO 
DO BAÇO através do OMENTO PANCREÁTICO-ESPLÊNICO ou LIGAMENTO ESPLENORRENAL 
VASCULARIZAÇÃO 
Ligamento frenocólico 
Ligamento esplenorrenal (omento) 
ou Ligamento esplenorrenal 
Ligamento gastro-esplênico (omento) 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 62
 
1. IRRIGAÇÃO ARTERIAL: através da ARTÉRIA ESPLÊNICA (ramo do TRONCO CELÍACO). Possui uma forma 
tortuosa e apresenta um trajeto na borda superior do pâncreas. Internamente ao ligamento pancreático-
esplênico, divide-se em 2 ou 3 RAMOS LOBARES, os quais se dividem em 3, 4 ou 5 artérias segmentares 
no hilo do baço. 
2. DRENAGEM VENOSA: feita através da VEIA ESPLÊNICA, formada por 2 ou 3 veias que saem do hilo 
esplênico. Une-se com a VEIA MESENTÉRICA INFERIOR (formando o tronco esplenomesentérico) e 
SUPERIOR, formando a VEIA PORTA. 
INTESTINO GROSSO 
x Início: COLO E JUNÇÃO ILEOCÓLICA (final do íleo) 
x Fim: ÂNUS 
x Em média, possui comprimento de 135 cm 
x Dividido em 7 porções: CECO (e apêndice cecal), COLO ASCENDENTE, COLO TRANSVERSO, COLO 
DESCENDENTE, COLO SIGMOIDE, RETO e CANAL ANAL. 
x Seu diâmetro é maior no ceco, gradualmente diminuindo. Torna-se novamente dilatado na porção 
inferior do reto, acima do canal anal. 
x Camadas são iguais do intestino delgado. 
x A CAMADA LONGITUDINAL EXTERNA se condensa em 3 faixas musculares externas (1 cm de largura 
cada) denominadas TÊNIAS DO CÓLON, que percorrem toda sua extensão longitudinalmente. 
x Características do intestino grosso: 
a) Presença de TÊNIAS DO CÓLON: mais evidentes no ceco e cólon ascendente; No cólon sigmoide há 
apenas 2 tênias que se alargam ao nível do reto e o envolve. A nomenclatura das tênias é feita por 
suas relações no cólon transverso: 
o TÊNIA OMENTAL: relação com o omento maior. Ântero-superior no transverso e Pósteo-lateral 
no ascendente e descendente. 
o TÊNIA MESOCÓLICA (ou MESENTÉRICA): relação com o mesocólon transverso. Posteriormente 
no colo transverso e póstero-medial nos colos ascendente e descendente. 
o TÊNIA LIVRE (a mais larga): não possui relações. Ântero-inferiormente no colo transverso e 
anteriormente nos colos ascendente e descendente. 
b) HAUSTRAÇÕES ou SACULAÇÕES: entre as tênias; semelhante à bolsas que constituem a parede do 
intestino grosso. As PREGAS SEMILUNARES (internamente) delimitam as AUSTRAÇÕES 
(externamente). 
c) APÊNDICES OMENTAIS: projeções de gordura envolvidas por peritônio junto ao intestino grosso. 
Praticamente ausentes no ceco, apêndice e reto. 
o FUNÇÃO: absorção de água e eletrólitos. Absorção de cloreto e sódio e secreção de bicarbonato e 
potássio. 
 
PORÇÕES DO INTESTINO GROSSO 
 
1. CECO 
o Segmento inicial do intestino grosso 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 63 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Situado abaixo de um plano que passa imediatamente acima da válvula ileocecal 
o Localizado na fossa ilíaca direita (geralmente), podendo apresentar-se à esquerda (raro), no 
epigástrico, no espaço subepático ou na pelve. 
o Íleo se implanta em ângulo reto na face póstero-medial do ceco. 
o Quase totalmente revestido por peritônio podendo apresentar um MESOCECO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o RECESSORETROCECAL: posteriormente ao ceco e anteriormente ao músculo ilíaco. É onde localiza-
se o apêndice em 64% das pessoas. 
o VALVA (ESFÍNCTER) ILEOCECAL: 
o CADÁVER: formada por dois lábios ou pregas (superior e inferior) que se encontram lateralmente 
para formar os FRÊNULOS DO ÓSTIO ILEAL 
o IN VIVO: apresenta-se como uma papila arredondada resultada da projeção do íleo para a luz do 
ceco. 
 
o Apresenta tênias bem desenvolvidas que convergem para a origem do apêndice cecal. 
 
 
 
 
 
Segundo o professor, mesmo in vivo, a valva ileocecal se apresenta em forma de lábios 
Flexura Cólica D. 
Flexura Cólica E. 
Apêndices 
Omentais 
Tênia omental 
Óstio Ileal 
Pregas semilunares 
Tênia livre 
Tênia mesocólica 
Mesocólon sigmoide 
Mesocólon Transverso 
CECO 
COLO 
ASCENDENTE 
COLO 
TRANSVERSO 
COLO 
DESCENDENTE 
COLO 
SIGMOIDE RETO 
Junção retossigmoidea 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 64
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1. APÊNDICE CECAL 
o Tubo de cerca de 6 a 9 cm de comprimento 
o Não apresenta funções intestinais 
o Projeta-se da face póstero-medial ou da parte ínfero-medial do ceco 
o Possui se próprio mesentério = MESOAPÊNDICE 
o Camadas iguais do intestino, apresentando camada muscular 
longitudinal contínua (união das 3 tênias) e muitos nódulos linfáticos 
na submucosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. CÓLON ASCENDENTE 
o Início: VÁLVULA ILEOCECAL 
o Fim: FLEXURA ICÓLICA DIREITA (ou HEPÁTICA) junto ao lobo direito do fígado. 
o 12 a 20 cm de comprimento 
o RETROPERITONEAL SECUNDÁRIO, apresentando fáscia de coalescência, e localizado ao longo do lado 
direito da parede abdominal posterior. 
Lábio superior (íleo-cólico) 
Lábio inferior (íleo-cecal) 
Frênulo do óstio ileal Papila ileal 
A. Cecal Posterior 
A. Cecal Anterior 
Apêndice Cecal Artéria Apendicular e 
Mesoapêndice 
Recesso Ileocecal 
inferio 
Prega Ileocecal 
Recesso Ileocecal Superior 
Artéria Apendicular 
A. Mesent. Sup. 
Ramo Ileal 
Ramo Cólico 
Art. Ileocólica 
Recesso Retrocecal 
Tênia Omental 
Tênia 
Mesocólica 
Tênia Livre 
Pregas Cecais 
Sulco Paracólico D. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 65 Emanoel Baticini Montanari 
 
o Relaciona-se com alças do intestino delgado, omento maior e parede anterior do abdome 
(anteriormente) e com os músculos ilíaco, quadrado lombar e psoas maior, com o rim direito e com 
os nervos da parede posterior (posteriormente). 
 
3. CÓLON TRANSVERSO 
o Início: FLEXURA CÓLICA DIREITA (hepática) – mais baixa 
o Fim: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica) – mais alta; fixada pelo LIGAMENTO FRENOCÓLICO ao 
diafragma e parte do baço. 
o 30 a 60 cm de comprimento; trajeto para frente e para baixo. 
o Porção mais móvel do intestino grosso. 
o INTRAPERITONEAL RELATIVO, ligado á parede posterior do abdome pelo MESOCÓLON TRANSVERSO 
o RAIZ DO MESOCÓLON TRANSVERSO: cruza da direita para a esquerda extremidade inferior do rim 
direito, ureter direito D2, cabeça e margem inferior do corpo do pâncreas e parte média do rim 
esquerdo. 
 
4. CÓLON DESCENDENTE 
o Início: FLEXURA CÓLICA ESQUERDA (esplênica) 
o Fim: borda medial do músculo psoas maior. 
o Varia de 20 a 30 cm de comprimento 
o Em geral é RETROPERITONEAL SECUNDÁRIO 
o Mais estreito que o cólon ascendente 
 
5. CÓLON SIGMOIDE 
o Início: nível da borda medial do psoas maior, com o aparecimento do mesocólon sigmoide 
o Fim: Nível de S3 (início do reto) 
o Apresenta um trajeto tortuoso de cerca de 40 cm 
o As tênias fundem-se em 2: anterior (livre + omental) e posterior. 
o Apêndices omentais bem longos que diminuem em número e tamanho. 
 
6. RETO e CANAL ANAL: serão estudados em pelve. 
 
VASCULARIZAÇÃO DO INTESTINO GROSSO 
1. DA MESENTÉRICA SUPERIOR: ramo direto da aorta, que emerge alguns cm abaixo do tronco celíaco. 
1.1. ARTÉRIA CÓLICA MÉDIA Æ COLO TRANSVERSO 
1.2. ARTÉRIA CÓLICA DIREITA Æ COLO TRANSVERSO E ASCENDENTE 
1.3. ARTÉRIA ILEOCÓLICA 
o A. CECAL ANTERIOR e POSTERIOR Æ CECO e COLO ASCENDENTE 
o A. APENDICULAR Æ APÊNDICE 
o RAMO CÓLICO Æ COLO ASCENDENTE 
o RAMO ILEAL Æ ÍLEO 
2. DA MESENTÉRICA INFERIOR: ramo direto da aorta, que emerge cerda de 4 cm acima da bifurcação da 
aorta em ilíacas (L3) 
ANATOMIA II - Abdome ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 66
 
2.1. ARTÉRIA CÓLICA ESQUERDA Æ COLO TRANSVERSO e COLO DESCENDENTE 
2.2. ARTÉRIAS SIGMOIDEAS Æ COLO SIGMOIDE e COLO DESCENDENTE 
 
 
 
 
 
A drenagem venosa acompanha as artérias, drenando para as VEIAS MESENTÉRICAS SUPERIOR e INFERIOR, 
que constituem o SISTEMA PORTA (junto com a veia esplênica). (ver sistema porta) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
o LINFONODOS PARACÓLICOS: ao longo da artéria marginal do cólon (de Drumond) 
o Drenam para linfonodos situados ao redor dos vasos principais, drenando para o plexo mesentérico 
superior e inferior. 
ANASTOMOSES INTERMESENTÉRICAS 
ARTÉRIA (ARCADA) MARGINAL DE DRUMMOND (artéria marginal do cólon): anastomose entre artérias 
ileocólica, cólica direita, cólica esquerda, cólica média, sigmoides e retal superior. 
ARCADA DE RIOLAN (INCONSTANTE): comunicação direta entre as mesentéricas. 
 
ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR 
ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR 
Artéria Cólica Esquerda 
Artéria Cólica Direita 
Artéria Cólica Média 
Artéria Ileocólica 
Artérias Sigmoides 
Artéria Retal Superior 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Abdome 
 
 67 Emanoel Baticini Montanari 
 
INERVAÇÃO 
o PARASSIMPÁTICA: 
o NERVO VAGO: ceco, colo 
ascendente e boa parte do 
transverso 
o NERVOS ESPLÂNCNICOS 
PÉLVICOS: restante dos colos e 
reto 
o SIMPÁTICA: 
o PLEXO CELÍACO: ceco, colo 
ascendente e boa parte do 
transverso 
o PLEXO MESENTÉRICO 
INFEIROR: restante dos colos e 
reto 
 
Arcada de Riolan 
Artéria 
Retas 
Artéria 
Marginal 
do Cólon 
[Digite texto] 
 
[Digite texto] 
 
BIBLIOGRAFIA 
x Anatomia Clínica e Cirúrgica do Abdome – “Livro do Vilson” 
x Gray’s - Anatomia para Estudantes 
x Netter 
x Anotações de aula