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RESUMO 
TÓRAX 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
Emanoel Baticini Montanari 
ATM 2019/2 
 
 
 
ÍNDICE 
 
Tórax ........................................................................................................................... 02 
Mediastino ................................................................................................................. 11 
Traqueia, pulmões e pleura ....................................................................................... 19 
Coração ..................................................................................................................... . 29 
Circulação fetal e Neonatal ........................................................................................ 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 2
 
TÓRAX 
DESCRIÇÃO GERAL 
O TÓRAX é um cilindro de forma irregular com uma abertura estreita superiormente e com uma abertura 
relativamente grande inferiormente. 
 ABERTURA SUPERIOR DO TÓRAX = é aberta permitindo a continuidade com o pescoço 
 ABERTURA INFERIOR DO TÓRAX = é fechada pelo diafragma 
A CAVIDADE TORÁCICA é dividida em 3 compartimentos: 
 MEDIASTINO: camada de tecido mole flexível, orientada na posição sagital mediana. Contém o 
coração, o esôfago, a traqueia, os grandes nervos e os grandes vasos sistêmicos. 
 CAVIDADES PLEURAIS ESQUERDA E DIREITA: cada uma circunda um pulmão e se estendem acima 
da primeira costela, de forma que o ápice do pulmão geralmente se estende para dentro da raiz do 
pescoço. As pleuras estão completamente separadas pelo mediastino, portanto, eventos anormais 
em uma das duas cavidades pleurais não afetam, necessariamente, a outra cavidade. 
Possui como PRINCIPAIS FUNÇÕES: respiração; proteção de órgãos vitais; conduto para estruturas que o 
atravessam completamente (EX: esôfago) 
 
 
LIMITES 
 POSTERIOR = 12 vértebras torácicas (T1 a T12) e seus discos intervertebrais 
 LATERAL = 12 pares de costelas e 3 camadas de músculos planos que cobrem os espaços intercostais 
entre costelas adjacentes 
 ANTERIOR = osso esterno 
 SUPERIOR = abertura (estreito) superior do tórax 
 INFERIOR = abertura (estreito) inferior do tórax – fechado pelo diafragma 
PAREDE TORÁCICA 
É composta por elementos esqueléticos e musculares, e se estende entre: 
 ABERTURA SUPERIOR DO TÓRAX: limitada pela vértebra TI, primeira costela e pelo manúbrio do 
esterno. 
 ABERTURA INFERIOR DO TÓRAX: limitada pela vértebra TXII, costela XII e extremidade distal da costela 
XI, extremidades cartilagíneas distais das costelas VII a X e o processo xifoide do esterno. 
 
1. VÉRTEBRAS TORÁCICAS 
 Existem 12 vértebras torácicas que se caracterizam por articularem com as costelas 
 CARACTERÍSTICAS DE UMA VÉRTEBRA TORÁCICA 
O tórax protege não apenas órgão da cavidade torácica, mas também da cavidade abdominal localizados 
imediatamente abaixo do diafragma, como o FÍGADO (à direita) e o BAÇO e o ESTÔMAGO (à esquerda) 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 3 Emanoel Baticini Montanari 
 
- corpo vertebral em forma de coração - forame vertebral geralmente circular 
- processos transversos em forma de bastão projetam-se posterolateralmente 
 ARTICULAÇÃO COM AS COSTELAS 
- FÓVEA COSTAL SUPERIOR: articula-se com a cabeça da costela 
- FÓVEA COSTAL INFERIOR: articula-se com a cabeça da costela abaixo 
- FÓVEA COSTAL DO PROCESSO TRANSVERSO: articula-se com o tubérculo da própria costela 
- Costela I não articula com a vértebra CVII, comente com a fóvea completa de TI 
- vértebras TX (e as vezes TXI) articula-se somente com a sua própria costela, não possuindo fóveas 
costais inferiores (somente uma fóvea completa) 
- vértebras TXI e TXII articulam-se somente com a cabeça de suas próprias costelas, não possuindo 
fóvea do processo transverso e nem fóvea costal inferior (somente fóvea completa) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. COSTELAS 
 Existem 12 pares de costelas, cada um dos qual termina anteriormente em uma CARTILAGEM COSTAL 
 COSTELAS VERDADEIRAS = cartilagem costal articula diretamente com o esterno = costela I a VII 
 COSTELAS FALSAS = cartilagem costal não articula diretamente com o esterno 
o Pares VIII a X = articulam com as cartilagens 
costais da costela suprajacente 
o Pares XI e XII = não têm conexão anterior = 
COSTELAS FLUTUANTES 
 A borda ínfero-medial das cartilagens costais das últimas 
vértebras formam o chamado REBORDO COSTAL 
 
 
 
 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. ESTERNO: no adulto, é formado por 3 porções 
 MANÚBRIO: possui uma INCISURA JUGULAR na linha mediana na parte superior; incusura clavicular, 
incisura costal I e parte da II 
 CORPO: incisuras costais de II a VII 
 PROCESSO XIFOIDE = forma variável. É cartilagíneo ao nascimento e vai ossificando na vida adulta. 
Face articular para a costela VII. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. MÚSCULOS DA PAREDE TORÁCICA 
4.1. INTERCOSTAIS: São 3 músculs planos encontrados em cada ESPAÇO INTERCOSTAL 
a) INTERCOSTAL EXTERNO 
ARTICULAÇÃO MANUBRIOESTERNAL 
 Entre o corpo e o manúbrio do esterno 
 Também denominada ÂNGULO DO ESTERNO = pode ser palpado 
 Marca o ponto de articulação entre a costela II e o esterno = usada como referência para a contagem das 
costelas já que a primeira não é palpável (abaixo da clavícula) 
 Localizado num plano horizontal que passa entre as vértebras TIV e TV = marca a margem superior do 
pericárdio e divide o mediastino superior do inferior 
 
ARTICULAÇÃO XIFOESTERNAL 
 Entre o corpo e o processo xifoide do esterno 
 Ponto de articulação da costela VII 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 5 Emanoel Baticini Montanari 
 
 o mais externo entre os 3 intercostais 
 Suas fibras são orientadas obliquamente no sentido antero-inferior (MÃOS NO BOLSO) 
 POSTERIOR E LATERALMENTE = fibras musculares 
 ANTERIORMENTE= continua como uma fina aponeurose = MEMBRANA INTERCOSTAL EXTERNA 
 Move as costelas superiormente; ativo na INSPIRAÇÃO 
b) INTERCOSTAL INTERNO 
 Entre o externo e o íntimo 
 Fibras orientadas obliquamente no sentido posteroinferior (ao contrário do externo) (MÃOS NO 
PEITO) 
 ANTERIOR E LATERALMENTE = fibras musculares 
 POSTERIORMENTE = continua como uma fina aponeurose = MEMBRANA INTERCOSTAL 
INTERNA 
 Move as costelas inferiormente; ativo na EXPIRAÇÃO 
c) INTERCOSTAL ÍNTIMO 
 O mais interno dos 3 intercostais 
 Fibras orientadas obliquamente no sentido posteroinferior (igual ao íntimo) (MÃOS NO PEITO) 
 LATERALMENTE = fibras musculares 
 POSTERIOR E ANTERIORMENTE = continua como uma fina aponeurose 
 Move as costelas inferiormente; atico na EXPIRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os músculos INTERCOSTAIS ÍNTIMOS E INTERNOS SÃO OS ÚNICOS MÚSCULOS EXPIRATÓRIOS. Uma vez 
que EXPIRAÇÃO É PASSIVA, esses músculos atuam somente na expiração forçada. 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 6
 
4.2. SUBCOSTAIS 
 Mesmo plano e mesma orientação que os músculos intercostais íntimos 
 Mais numerosos na região inferior e posterior do tórax 
 Se estendem da face interna de um costela até a face interna da segunda ou terceira abaixo 
 Podem deprimir as costelas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3. TRANSVERSOS DO TÓRAX 
 face profunda da parte anterior do tórax; mesmo plano que os intercostais íntimos 
 Se prendem nas cartilagens costais, no corpo e no processo xifoide do esterno 
 Deprimem as cartilagens costais; prendem os vasos torácicos internos na parede do tórax 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL 
 Dá-se pelas artérias intercostasi anteriores e posteriores, que correm nos espaços intercostais. Juntas, 
formam um padrão de irrigação em cesta em torno da parede torácica. 
 
1. ARTÉRIAS INTERCOSTAIS POSTERIORES Artéria subclávia >> tronco costocervical >> artéria intercostal suprema >> 2 primeiras artérias 
intercostais posteriores 
 9 ramos restantes, se originam da parede posterior da AORTA 
 
2. ARTÉRIAS INTERCOSTAIS ANTERIORES 
 1 – 6 espaços intercostais = derivam das ARTÉRIAS TORÁCICAS INTERNAS, que são ramos das 
ARTÉRIAS SUBCLÁVIAS 
 7 - 9 espaços intercostais = derivam das ARTÉRIAS MUSCULOFRÊNICAS que são ramos das 
TORÁCICAS INTERNAS 
 No sexto espaço intercostal , as artérias torácicas internas dão origem a dois ramos terminais: 
o ARTÉRIA EPIGÁSTRICA SUPERIOR: continua inferiormente na parede anterior do abdomen 
o ARTÉRIA MUSCULOFRÊNICA: passa ao longo da margem costal, atravessa o diafragma e 
termina perto do último espaço intercostal 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 7 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cliente
Nota
Veia braquiocefálica esquerda = Veia inominada.
Obs: a Veia braquiocefálica direita também se chama de inominada.
A união das duas forma o tronco braquiocefalico venoso, que depois formará a veia cava superior.
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 8
 
DRENAGEM VENOSA 
 Paralela a irrigação arterial 
 VEIAS INTERCOSTAIS ANTERIORES: drenam para as VEIAS TORÁCICA INTERNAS (par), que, por sua 
vez, drena para as VEIA BRAQUIOCEFÁLICAS 
 VEIAS INTEROSTAIS POSTERIORES: drenam para o SITEMA ÁZIGO 
DRENAGEM LINFÁTICA 
Drenam principalmente para: 
 LINFONODOS PARAESTERNAIS: associados aos vasos torácicos internos. Drenam para os TRONCOS 
BRONQUIOMEDIASTINAIS 
 LINFONODOS INTERCOSTAIS: associados à cabeça e ao colo faz costelas. Drenam para o DUCTO 
TORÁCICO 
 LINFONODOSFRÊNICOS: associados ao diafragma 
 Regiões superficiais drenam para os LINFONODOS AXILARES e PARAESTERNAIS 
INERVAÇÃO – NERVOS INTERCOSTAIS 
 Ramos enteriores dos nervos espinhais de T1 a T11 e situam-se nos espaços intercostais 
 NERVO SUBCOSTAL = nervo anterior do nervo espinhal T12; é inferior a costela XII 
 Nervos inercostais emitem ramos cutâneos 
 Inervação motora somática para os músculos da parede do tórax; sensibilidade somática da pele e 
pleura parietal; músculo,pele e peritôneo da parede do abdômen; fibras simpáticas pós-ganglioares 
para a periferia 
ESPAÇOS INTERCOSTAIS 
 Localizam-se entre as costelas adjacentes e são preenchidos pelos múculos intercostais. 
 FEIXE VASCULONERVOSO INTERCOSTAL = NERVOS INTERCOSTAIS +ARTÉRIAS E VEIAS INTERCOSTAIS 
localizam-se no SULCO DA COSTELA, na margem inferior da costela ou na porção superior do espaço 
intercostal e passam no plano entre o músculo intercostal interno e íntimo. 
 SINTOPIA (superior para inferior) = veia, artéria, nervo (VAN) 
 Pequenos RAMOS COLATERAIS dos nervos e casos intercostais estão comunmente presentes acima 
das costelas (abaixo do espaco intercostal) 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 TORACOCENTESE = agulha inserida no bordo superior da costela (porção inferior do espaça 
intercostal) a fim de evitar lesão do nervo ou perfuração dos vasos intercostais 
 BLOQUEIO DE NERVO INTERCOSTAL = agulha inserida no bordo inferior da costela (porção 
superior do espaço intercostal) = anestésico deve atingir o nervo intercostal. 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 9 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAMAS 
 Consistem em glândulas mamárias, pele e tecido conjuntivo associado. 
 GLÂNDULAS MAMÁRIAS = glândulas sudoríparas modificadas na fáscia seperficial anteriormente aos 
músculos peitorais e à parede anterior do tórax. Consistem em uma série de ductos e lóbulos secretores 
associados, que convergem para formar cerca de 15 a 20 DUCTOS LATÍFEROS. Estes se abrem 
independentemente na PAPILA MAMÁRIA (MAMILO), que é circundada pela AORÉOLA MAMÁREA. 
 Mamilo está ao nível do 4º ou 5º espaço intercostal 
 Estroma bem desenvolvido de tecido conjuntivo sustenta as glândulas 
 LIGAMENTOS SUSPENSORES DA MAMA = tecido conjuntivo do estroma condensado 
 PROCESSO AXILAR DA MAMA = projeção da porção súperolateral da mama que pode se estender até o 
ápice da axila 
 
1. IRRIGAÇÃO ARTERIAL 
 Vasos da ARTÉRIA AXILAR = torácica superior, toracoacromial, torácica lateral e subescapular 
 Ramos da ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA 
 ARTÉRIAS INTERCOSTAIS 
 
2. DRENAGEM VENOSA 
 Paralelas às artérias; 
 VEIAS AXILARES; TORÁCICA INTERNA E INTERCOSTAIS 
 
3. DRENAGEM LINFÁTICA 
 75% da linfa, especialmente dos quadrantes laterais drenam para os LINFONODOS AXILARES 
 A maior parte da linfa restante, especialmente dos quadrantes mediais, drena para os LINFONODOS 
PARAESTERNAIS e a linfa dos quadrantes inferiores para os LINFONODS FRÊNICOS INFERIORES 
(ABDOMINAIS) 
 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 10
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE!!! 
Para fins clínicos de diagnóstico, costuma-se dividir a mama em 4 quadrantes. 
 A maioria dos tumores de mama são encontrados no QUADRANTE SÚPEROLATERAL da mama. 
Acredita-se que se deva ao fato de, nesse quadrante, haver maior volume de glândulas mamárias do 
que tecido adiposo, o que é oposto nos demais quadrantes. 
 Apesar disso o PROGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA LOCALIZADO NOS QUADRANTES LATERAIS 
SÂO MELHORES DO QUE OS LOCALIZADOS NOS MEDIAIS, devido à drenagem linfática. 
 
 
 
 
 
 
MAMA DIREITA 
Súpero-
medial 
Ínfero-
medial 
Ínfero-
lateral 
Súpero
-lateral 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 11 Emanoel Baticini Montanari 
 
MEDIASTINO 
 É a região entre os dois sacos pleurais delimitada anteriormente pelo esterno e posteriormente pela 
coluna torácica (T1 – T12). 
 Para propósitos descritivos, é arbitrariamente dividido em MEDIASTINO SUPERIOR E INFERIOR, e este 
último é subdividido em ANTERIOR, MÉDIO e POSTERIOR. 
 PLANO ESTERNAL: parte do ÂNGULO DO ESTERNO (ÂNGULO DE LOUIS) e vai até o disco intercalar entre 
as vértebras T4 e T5; faz a divisão do mediastino em superior e inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. MEDIASTINO SUPERIOR 
a) LIMITES 
 SUPERIOR: estreito superior do tórax (abertura superior do tórax) (T1 + manúbrio + costela I) 
 INFERIOR: plano esternal 
 LATERAIS: pleuras mediastinais 
 ANTERIOR: manúbrio do esterno 
 POSTERIOR: vértebras de T1 a T4 
b) PLANOS: o mediastino superior abriga uma série de órgãos e estruturas que podem ser descritas de 
maneira ordenada em planos, citados abaixo (de anterior para posterior): 
1) PLANO GLANDULAR = TIMO 
2) PLANO VENOSO = GRANDES VASOS 
Cliente
Nota
Ângulo do esterno = Ângulo de Louis 
Fica no segundo espaço intercostal (entre 2ª e 3ª costela)
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 12
 
3) PLANO ARTERIAL = GRANDES VASOS 
4) PLANO RESPIRATÓRIO = TRAQUEIA 
5) PLANO DIGESTÓRIO = ESÔFAGO 
6) PLANO NERVOSO = MEDULA ESPINHAL (COLUNA VERTEBRAL) 
c) PRINCIPAIS ESTRUTURAS 
 Timo 
 Veias braquicefálicas direita e esquerda 
 Veia intercostal superior 
 Veia cava superior 
 Arco da aorta com seus 3 ramos 
 Traqueia e esôfago 
 Nervos frênicos, vagos, laríngeo recorrente 
 Ducto torácico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIMO 
 Situa-se imediatamente posterior ao manúbrio do esterno. É um órgão assimétrico e bilobado. 
 Envolvido no desenvolvimento inicial do sistema imune: é grande na criança, começa a se atrofiar após a 
puberdade. 
 IRRIGAÇÃO ARTERIAL: pequenos ramos das artérias torácicas internas 
 DRENAGEM VENOSA: para a veia braquiocefálica esquerda e veias torácicas internas. 
 DRENAGEM LINFÁTICA: linfonodos paraesternais, traqueobronquiasis e na raiz do pescoço. 
 
Cliente
Nota
Quilo toráxico
L2 à esquerda ...acúmulo de vasos linfáticos
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 13 Emanoel Baticini Montanari 
 
VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS 
 Imediatamente posteriores ao timo 
 Se formam pela junção das VEIAS JUGULARESINTERNAS com as SUBCLÁVIAS 
 A VEIA BRAQUICEFÁLICA ESQUERDA ATRAVESSA A LINHA MÉDIA E SE UNE À VEIA BRAQUIOCEFÁLICA 
DIREITA PARA CONSTITUIR A VEIA CAVA SUPERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARCO DA AORTA E SEUS RAMOS 
 Começa quando a aorta ascendente emerge do pericárdio 
 Segue um trajeto superior, para trás e para a esquerda 
 Termina no lado esquerdo ao nível de TIV/TV 
 RAMOS DO ARCO: 
1) TRONCO BRAQUICEFÁLICO: o mais calibroso dos três; ponto de origem atrás do manúbrio do 
esterno; levemente anterior aos outros; no nível da margem superior da articulação 
esternoclavicular direita, se dividem em: ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM DIREITA e ARTÉRIA 
SUBCLÁVIA DIREITA 
2) ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA: segundo ramo do arco da aorta, à esquerda do tronco 
braquicefálico. 
3) ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA: terceiro ramo do arco da aorta; se origina à esquerda e levemente 
posterior à carótida comum esquerda. 
LIGAMENTO ARTERIAL: Remanescente do DUCTO ARTERIAL presente na circulação embrionária. 
Conecta a artéria pulmonar esquerda com o arco da aorta e permite que o sangue desvie dos pulmões 
durante o desenvolvimento. 
Cliente
Nota
Veia braquiocefálica esquerda = Veia inominada.
Obs: a Veia braquiocefálica direita também se chama de inominada.
A união das duas forma o tronco braquiocefalico venoso, que depois formará a veia cava superior.
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 14
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO VAGO (X) 
 Atravessam as divisões superior e posterior do mediastino no seu caminho para a cavidade abdominal 
 Fornecem inervação parassimpática para as vísceras torácicas e conduzem suas fibras aferentes viscerais 
 Fornecem ramos no tórax para o PLEXO CARDÍACO, PULMONAR e para o ESÔFAGO 
 NERVO VAGO DIREITO: entra no mediastino superior e situa-se ENTRE A VEIA BRAQUIOCEFÁLICA 
DIREITA E O TRONCO BRAQUICEFÁLICO, passa POSTERIORMENTE À RAIZ DO PULMÃO DIREITO até 
alcançar o esôfago. Origina o NERVO LARÌNGEO RECORRENTE na região cervical, que dá a volta na 
artéria subclávia direita antes de ascender de volta à laringe. 
 NERVO VAGO ESQUERDO: entra no mediastino superior POSTERIOR À VEIA BRAQUIOCEFÁLICA 
ESQUERDA E ENTRE A ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA E A SUBCLÁVIA ESQUERDA, cruza o 
lado esquerdo da aorta, passa POSTERIORMENTE À RAIZ DO PULMÃO ESQUERDO até chegar no 
esôfago no mediastino posterior. Origina o NERVO LARÍNGEO RECORRENTE ESQUERDO, que se origina 
na margem inferior do arco da aorta, dando a volta no arco e retornando superiormente até a laringe. 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO VAGO 
ESQUERDO 
NERVO VAGO 
DIREITO 
NERVOS LARÍGEOS RECORRENTES 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 15 Emanoel Baticini Montanari 
 
NERVOS FRÊNICOS 
 Originam-se na região cervical, principalmente do 4º SEGMENTO CERVICAL (C4) da medula espinhal, mas 
também do terceiro e do quinto (C3 e C5) 
 Seguem ANTERIORMENTE AO MÚSCULO ESCALENO ANTERIOR 
 Acompanhados pelos ARTÉRIAS PERICÁRDIOFRÊNICOS (derivadas da artéria torácica interna) e pelas 
VEIAS PERICARDICOFRÊNICAS (derivada das veias braquicefálicas) ao longo do tórax. 
 FUNÇÃO: INERVAÇÃO MOTORA E SENSITIVA DO DIAFRAGMA e suas membranas associadas. Também 
fornece inervação através das fibras aferentes somáticas para a parte mediastinal da pleura parietal, o 
pericárdio fibroso e a lâmina parietal do pericárdio seroso. 
 TRAJETO: entra no mediastino superior LATERLAMENTE AOS NERVOS VAGOS e LATERAL AO COMEÇO 
DAS VEIAS BRAQUICEFÁLICAS. Continua ao lado direito da veia vaca superior, e desce ao longo do lado 
direito do pericárdio, dentro do pericárdio fibroso e ANTERIORES ÀS RAÍZES DOS PULMÕES até o 
diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. MEDIASTINO INFERIOR 
 LIMITES 
 SUPERIOR: plano esternal 
 INFERIOR: diafragma 
 LATERAIS: pleuras mediastinais 
 ANTERIOR: corpo e processo xifoide do esterno 
 POSTERIOR: vértebras de T5 a T12 
NERVO FRÊNICO 
ESQUERDO e vasos 
periccardicofrênicos 
NERVO FRÊNICO DIREITO e 
vasos periccardicofrênicos 
NERVO VAGO DIREITO 
NERVO VAGO ESQUERDO 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 16
 
2.1. MEDIASTINO ANTERIOR: se estende do corpo do esterno até o pericárdio anterior. Contém tecidos 
conjuntivos, linfonodos, ligamentos esternopericárdicos e uma parte do timo. 
 
2.2. MEDIASTINO MÉDIO = composto pelo saco pericárdico que contém o coração, origem dos grandes 
vasos e vários nervos. 
 
2.3. MEDIASTINO POSTERIOR = limita-se anteriormente pericárdio posterior e posteriormente pelas 
vértebras de T5 a T12. Principais estruturas: esôfago e seu plexo nervoso, parte torácica da aorta e 
seus ramos, sistema venoso ázigo, ducto torácico, tronco simpático e nervos esplâncnicos torácicos. 
PARTE TORÁCICA DA AORTA DESCENDENTE 
 Começa na margem inferior da vértebra TIV – contínua com o arco da aorta 
 Termina anteriormente à margem inferior da vértebra TXII, onde passa através do HIATO AÓRTICO, 
posterior ao diafragma. 
 Situa-se à esquerda da coluna vertebral superiormente e se aproxima da linha mediana inferiormente 
 RAMOS PERICÁRDICOS: vasos pequenos para a superfície posterior do pericárdio 
 RAMOS BRONQUIAIS: geralmente 2 ramos bronquiais esquerdos da aorta e 1 ramo bronquial direito 
da terceira artéria intercostal posterior ou do ramo bronquial esquerdo superior 
 RAMOS ESOFÁGICOS: 4 ou 5 ramos da parede anterior da aorta. Anastomose com ramos da artéria 
tireóidea inferior e da artéria frênica inferior esquerda e gástrica esquerda 
 RAMOS MEDIASTINAIS: vários ramos pequenos 
 ARTÉRIAS INTERCOSTAIS POSTERIORES: geralmente 9 pares da superfície posterior (9 espaços 
inferiores – os demais são ramos da intercostal suprema – ramo do tronco costocervical) 
 ARTÉRIAS FRÊNICAS SUPERIORES: parte anterior da superfície superior do diafragma. Anastomose 
com artérias musculofrênica e pericardiofrênica. 
 ARTÉRIA SUBCOSTAL: par de ramos mais baixos da aorta torácica – inferior à costela XII 
SISTEMA VENOSO ÁZIGO 
Responsável pela drenagem venosa da parede torácica e de algumas vísceras. Veias intercostais posteriores 
drenam para esse sistema. Constitui uma importante via anastomótica capaz de fazer retornar o sangue 
venoso da parte inferior do corpo ao coração em casos de obstrução da veia cava inferior. 
 VEIA ÁZIGOS (do grego azygos = “ímpar”): se encontra anteriormente e à direita do corpo das 8 
vértebras torácicas inferiores (T4 a T12). Tipicamente se inicia a partir da face posterior da veia cava 
inferior, no nível das veias renais, embora a origem não seja constante. Formada pela união comum das 
VEIAS SUBCOSTAL, LOMBAR ASCENDENTE e ÁZIGO LOMBAR DIREITAS, que se fundem. Entra no tórax 
através do HIATO AÓRTICO do diafragma ou através do PILAR DIRETO do diafragma. A veia ázigos 
ascende o mediastino posterior até o nível de T4 onde se arqueia para frente acima do hilo do pulmão 
direito. Termina na VEIA CAVA SUPERIOR antes desta penetrar o pericárdio. Suas tributárias são: 
o VEIA INTERCOSTAL SUPERIOR DIREITA (junção da 2ª, 3ª E 4ª INTERCOSTAL DIREITA – 1ª entre 
direto na subclávia) 
o 5ª a 10ª VEIAS INTERCOSTAIS POSTERIORES 
o HEMIÁZIGO E HEMIÁZIGO ACESSÓRIA 
o VEIAS ESOFÁGICAS, MEDIASTINAIS, PERICÁRDICAS E BRONQUIAIS DIREITAS 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 17 Emanoel Baticini Montanari 
 
 VEIA HEMIÁZIGO: formada do lado ESQUERDO a partir das 3 INTERCOSTAIS INFERIORES POSTERIORES, 
VEIAS LOMBAR ASCENDENTE E SUBCOSTAL ESQUERDAS e pelas tributárias esofágicas e mediastinais. 
Ascende anteriormente ao nível da coluna até T8, cruzando a coluna posteriormente à aorta, ao esôfago 
e ao ducto torácico, terminando na veia ÁZIGOS. Suas tributárias são: 
o 4 ou 5 VEIAS INTERCOSTAIS POSTERIORES ESQUERDAS MAIS BAIXAS 
o VEIAS ESOFÁGICAS E MEDIASTINAIS 
 
 VEIA HEMIÁZIGO ACESSÓRIA: desce à esquerda da coluna vertebral e recebe veias derivadas do 4º ou 
5ºespaços intercostais esquerdo. Cruza em T8 para se unir à veia ÁZIGO. Geralmente possui conexão 
com a VEIA INTERCOSTAL SUPERIOR ESQUERDA. Suas tributárias são: 
o Da 4ª à 8ª VEIAS INTERCOSTAIS POSTERIORES ESQUERDAS 
o VEIAS BRONQUIAIS ESQUERDAS (às vezes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUCTO TORÁCICO 
 É principal canal através do qual a linfa da maior parte do corpo retorna ao sistema venoso; 
 Drena linfa proveniente dos MEMBROS INFERIORES (D e E), DAS CAVIDADES PÉLVICA E ABDOMINAL, DO 
LADO ESQUERDO DO TÓRAX, DA CABEÇA E DO PESCOÇO E DO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO (todo o 
corpo exceto o quadrante superior direito – membro superior direito + hemitórax direito) 
 Início: confluência dos troncos linfáticos do abdome, formando uma dilatação sacular = CISTERNA DO 
QUILO, que drena as vísceras e as paredes do abdome, a pelve, o períneo e os MMII; 
 Se estende de L2 até a raiz do pescoço e possui em média 5 mm de diâmetro. 
 Sobe o mediastino posterior à direita da linha mediana posteriormente ao esôfago e anteriormente aos 
corpos vertebrais; sobe ENTRE A AORTA TORÁCICA (À ESQUERDA) E A VEIA ÁZIGO (À DIREITA) 
 Em TV dirige-se para a esquerda da linha média e entra no mediastino superior onde continua chegando 
ao pescoço 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 18
 
 Após se unir com o TRONCO JUGULAR ESQUERDO (drena o lado esquerdo da cabeça e do pescoço) e 
com o TRONCO SUBCLÁVIO ESQUERDO (drena o membro superior esquerdo), desemboca na JUNÇÃO 
DA VEIA SUBCLÁVIA ESQUERDA e JUGULAR INTERNA ESQUERDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRONCOS SIMPÁTICOS 
 Consiste em dois cordões paralelos, pontuados por 11 ou 12 gânglios. 
 Os gânglios estão conectados aos nervos espinhais torácicos pelos RAMOS COMUNICANTES BRANCOS E 
CINZENTOS 
 RAMOS DOS GÂNGLIOS: dois tipos de ramos 
o Primeiro tipo: ramos dos 5 gânglios superiores; consiste em principalmente fibras simpáticas 
pós-ganglionares que inervam várias vísceras torácicas. Também possuem fibras aferentes 
viscerais. 
o Segundo tipo: ramos dos sete gânglios inferiores; consiste principalmente em fibras simpáticas 
pré-ganglionares que inervam as vísceras abdominais e pélvicas. Também conduzem fibras 
aferentes viscerais. Formam 3 nervos: 
 NERVO ESPLÂNCNICO MAIOR: geralmente se origina do 5º ao 9º gânglios torácicos. 
Termina no gânglio celíaco. 
 NERVO ESPLÂNCNICO MENOR: geralmente se origina do 9º ou 10º ao 11º gânglios 
torácicos. Termina no gânglio aorticorrenal. 
 NERVO ESPLÂNCNICO IMO: geralmente se origina do 12º gânglio torácico. Termina no 
plexo renal. 
Bruno
Realce
Cliente
Nota
Quilo torácico = Cisterna do quilo
Fica à esquerda de em nível de L2
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 19 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAQUEIA, PULMÕES E PLEURA 
PLEURAS E CAVIDADES PLEURAIS 
PLEURA: é uma membrana dupla, semelhante a um saco, que envolve o pulmão. É uma fina capa 
membranosa formada por dois folhetos: 
1. PLEURA PARIETAL = associada às paredes da cavidade torácica. Possui denominações diferentes 
conforme a sua localização em relação aos seus limites: 
 PLEURA COSTAL = cobre a face interna da parede torácica / relacionada com as costelas e espaços 
intercostais 
 PLEURA DIAFRAGMÁTICA = parte da pleura que cobre a face superior do diafragma 
 PLEURA MEDIASTINAL = parte da pleura que cobre as faces mediais do mediastino 
 CÚPULA PLEURAL (PLEURA CERVICAL) = camada em forma de cúpula que reveste a extensão 
cervical da cavidade pleural 
 Na região de T5 a T7, a parte mdistinal da pleura reflete-se para fora do mediastino em um formato 
de manguito tubular. Essa cobertura, mais as estruturas que ela recobre (veias pulmonares, 
brônquios principais, nervos e linfáticos) constituem a RAIZ DO PULMÃO 
 INERVAÇÃO = fibras somáticas eferentes. 
o NERVOS INTERCOSTAIS = parte costal (dor pode ser sentida em relação à parede do tórax) 
o NERVOS FRÊNICOS = parte diafragmáticas e mediastinal (dor referida nos dermát. de C3, C4, C5) 
o RAMOS DO PLEXO BRAQUIAL = cúpula pleural 
2. PLEURA VISCERAL 
 É CONTÍNUA COM A PLEURA PARIETAL NO HILO de cada pulmão, no qual as estruturas do órgão 
saem dele. 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 20
 
 Está firmemente fixada à superfície pulmonar, incluindo ambas as superfícies opostas das fissuras 
pulmonares. 
 INERVAÇÃO = nervos viscerais aferentes que acompanham os vasos bronquiais. (geralmente 
insensível/ não provoca dor) 
CAVIDADE PLEURAL = é o espaço potencial delimitado entre as pleuras visceral e parietal (espaço virtual). 
Normalmente, elas têm apenas uma camada fina de líquido seroso, secretado pelo MESOTÉLIO, uma 
camada única de células pavimentosas que reveste a cavidade pleural; está associada à camada de tecido 
conjuntivo de sustentação. 
RECESSOS PLEURAIS: espaços nos quais as duas camadas da pleura parietal se tornam opostas, os quais não 
são ocupados pelos pulmões. A expansão dos pulmões nesses espaços se dá somente na inspiração forçada. 
Os recessos fornecem espaços potenciais, nos quais líquidos podem ser coletados. 
 RECESSO COSTOMEDIASTINAIS 
 RECESSO COSTODIAFRAGMÁTICO (de grande importância para o diagnóstico de pequenos 
derrames pleurais, nos quais os fluidos se depositam primeiramente nos recessos 
costodiafragmáticos, por se localizarem na porção mais inferior do tórax) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÚPULA DA PLEURA 
PLEURA COSTAL 
PLEURA 
MEDIASTINAL 
Pleura diafragmática 
Pleura costal 
Pleura mediastinal 
Cúpula da pleura 
Ligamento pulmonar 
Espaço para a raiz 
do pulmão 
RECESSO COSTOMEDIASTINAL 
RECESSO 
COSTODIAFRAGMÁTICO 
OU COSTOFRÊNICO 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 21 Emanoel Baticini Montanari 
 
PULMÕES 
 São órgãos da respiração situados a cada lado do mediastino, cercado pelas cavidades pleurais 
 O ar entra nos pulmões através dos BRÔNQUIOS PRINCIPAIS (ramos da traqueia) 
 ARTÉRIAS PULMONARES = levam o sangue desoxigenado do coração (ventrículo direito) aos pulmões 
 VEIAS PULMONARES = leva o sangue oxigenado dos pulmões ao coração (átrio esquerdo) 
 PULMÃO DIREITO É, NORMALMENTE, UM POUCO MAIOR QUE O ESQUERDO POR CAUSA DO DESVIO 
DO CORAÇÃO PARA O LADO ESQUERDO 
 PORÇÕES 
o BASE: repousa sobre o diafragma 
o ÁPICE: projeta-se acima da costela I para dentro da raiz do pescoço 
o FACE COSTAL e MEDIASTINAL (esta contém o hilo do pulmão) 
o MARGEM INFERIOR, ANTERIOR E POSTERIOR 
 RAIZ DO PULMÃO = coleção tubular de estruturas que fixam o pulmão nas estruturas do mediastino. 
Coberto por um manguito de pleura mediastinal. Cada raiz pulmonar é constituída por: 
o UMA ARTÉRIA PULMONAR 
o DUAS VEIAS PULMONARES 
o UM BRÔNQUIO PRINCIPAL 
o VASOS BRONQUIAIS 
o NERVOS E LINFÁTICOS 
 HILO DO PULMÃO = região envolta pela reflexão pleural. Seria uma “abertura na pleura” por onde as 
estruturas da raiz pulmonar transitam entre o mediastino e o pulmão. 
 LIGAMENTO PULMONAR = fina prega de pleura em forma de lâmina que porjet-se inferiormente à raiz 
do pulmão, estendendo-se do hilo até o mediastino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. PULMÃO DIREITO = possui 3 LOBOS e 2 FISSURAS. É maior que o esquerdo, sendo responsável 55% 
da capacidade pulmonar total. 
 LOBO SUPERIOR, INFERIOR E MÉDIO 
 FISSURA OBLÍQUA = separa o lobo inferior dos lobos superior e médio. Posição aproximada pode 
ser marcada por uma linha curva na parede do tórax do processo espinhoso de TIV, cruzando o 5º 
espaço intercostal lateralmente e seguindo o contorno da costela VI anteriormente. 
No mediastino, os NERVOS VAGOS PASSAM POSTERIORES 
enquanto os NEVOS FRÊNICOS PASSAM ANTERIORES À RAIZ 
DOS PULMÕES. 
ATENÇÃO – SINTOPIA NO HILO PULMONAR 
 VEIAS PULMONARES SÃO INFERIORES E MAIS ANTERIORES 
 ARTÉRIA PULMONAR É SUPERIOR 
 BRÔNQUIOS PRINCIPAIS MAIS POSTERIORES 
 SINTOPIA ÂNTERO-POSTERIOR = VAB (igual aos planos do mediastino superior)OBS = No lado direito, o brônquio principal se divide em brônquio lobarsuperior direito e em 
brônquio intermédio ainda na raiz do pulmão, ao contrário do esquerdo, em que se ramifica 
dentro do pulmão. 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 22
 
 FISSURA HORIZONTAL = separa o lobo superior do lobo médio. Segue o 4º espaço intercostal a 
partir do esterno, até que encontre a fissura oblíqua ao cruzar a costela V. 
 A delimitações das fissuras na anatomia de superfície marca as posições as quais o estetoscópico é 
posicionado para a ausculta pulmonar dos lobos. 
 FACE MEDIASTINAL: localiza-se adjacente a estruturas importantes no mediastino que provocam 
impressões no órgão. São elas: 
o CORAÇÃO = IMPRESSÃO CARDÍACA 
o VEIA CAVA INFERIOR = SULCO DA VEIA CAVA INFERIOR 
o VEIA CAVA SUPERIOR = SULCO DA VEIA CAVA SUPERIOR 
o VEIA ÁZIGO = SULCO DA VEIA ÁZIGO 
o ESÔFAGO = SULCO DO ESÔFAGO 
 FACE COSTAL: marcada pelas presença das costelas = IMPRESSÃO COSTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brônquio 
principal D. 
A. Pulmonar D. 
V. Pulmonar D. 
Superior 
Linfonodos hilares 
V. Pulmonar D. 
Inferior 
Hilo Pulmonar 
LOBO SUPERIOR 
LOBO MÉDIO LOBO INFERIOR 
Sulco da V Ázigos 
Área do esôfago 
Área da traqueia 
Sulco da V. 
Cava superior 
Sulco da A. Subclávia 
Impressão 
cardíaca 
Face diafragmática 
Área do timo e 
tecido adiposo 
(mediastino 
anterior) 
Sulco da V. 
Cava Inferior 
Ápice 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 23 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. PULMÃO ESQUERDO: possui 2 LOBOS e 1 FISSURA. É menor que o pulmão direito devido à posição e 
angulação do coração. É responsável por 45% da capacidade pulmonar total. 
 LOBO SUPERIOR e INFERIOR 
 FISSURA OBLÍQUA: mais acentuada do que a correspondente do pulmão direito. Posição 
aproximada pode ser marcada por uma linha curva na parede do tórax com início entre os 
processos espinhoso de TIII e TIV, cruza o 5º espaço intercostal lateralmente e segue o contorno 
da costela VI anteriormente. 
 INCISURA CARDÍACA: localizada na parte inferior da face mediastinal do pulmão esquerdo. 
Decorrente da projeção do coração à cavidade pleural esquerda. 
 LÍNGULA DO PULMÃO ESQUERDO: extensão em forma de língua na margem anterior da parte 
inferior do lobo superior do pulmão esquerdo que se projeta sobre o abaulamento do coração. 
Corresponde ao lobo médio do pulmão direito. 
 FACE MEDIASTINAL: adjacente ás seguintes estruturas que provocam impressões no pulmão E.: 
o CORAÇÃO = IMPRESSÃO CARDÍACA 
o ARCO DA AORTA = SULCO DO ARCO DA AORTA 
o PARTE TORÁCICA DA AORTA = IMPRESSÃO AÓRTICA 
o ESÔFAGO = ÁREA DA TRAQUEIA E DO ESÔFAGO 
o ARTÉRIA E VEIA SUBCLÁVIA ESQUERDA formam um arco sobre o lobo superior do 
pulmão esquerdo. 
 FACE COSTAL = IMPRESSÕES COSTAIS 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 24
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOBO SUPERIOR 
LOBO INFERIOR 
LÍNGULA 
Ligamento pulmonar 
Impressão cardíaca 
Hilo pulmonar 
Área do timo e tecido 
adiposo (mediastino 
anterior) 
Sulco da V. Braquiocefálica E. 
Sulco da A. Subclávia 
Ápice 
Área da traqueia e esôfago 
A. Pulmonar E. 
V. Pulmonar E. Superior 
V. Pulmonar E. Inferior 
Brônquio principal E. 
 Linfonodos 
 broncopulmonares (hilares) 
Impressão Aórtica 
Sulco do esôfago 
Face Diafragmática 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 25 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAQUEIA E ÁRVORE BRONQUIAL 
TRAQUEIA: é um tubo flexível que se estende do nível vertebral de CVI (limite inferior da laringe – 
cartilagem cricoidea) ao nível de TIV/TV no mediastino, no qual se bifurca em BRÔNQUIOS PRINCIPAIS 
DIREITO E ESQUERDO. 
 2/3 anteriores = 16 – 20 ANÉIS CARTILAGÍNEOS em forma de “C”, que mantém sua luz desobstruída 
 1/3 posterior = constituída por uma PAREDE MEMBRANÁCEA e por uma fina camada de MÚSCULO LISO 
 CARINA TRAQUEAL = ponto de bifurcação da traqueia. Estrutura extremamente sensível, funciona como 
centro indutor da tosse. 
 BRÔNQUI PRINCIPAL DIREITO: mais largo e assume um TRAJETO MAIS VERTICAL através da raiz e do hilo 
 BRÔNQUIO PRINCIPAL ESQUERDO: assume um TRAJETO MAIS HORIZONTALIZADO 
 
 
 
 
 
Lobo superior D. Lobo superior E. 
Lobo médio 
Lobo inferior D. 
Lobo inferior E. 
FISSURA OBLÍQUA E. 
FISSURA OBLÍQUA D. 
FISSURA HORIZONTAL 
Recesso Costofrênico ou 
Costodiafragmático 
ATENÇÃO !!! 
99% dos corpos estranhos que chagam até as vias aéreas inferiores vão estar localizados 
no pulmão direito. MOTIVO = “erro” anatômico da angulação dos brônquios principais. 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAQUEIA BRÔNQUIOS PRINCIPAIS 
BRÔNQUIOS LOBARES 
(secundários) - cada um 
ventila um lobo 
BRÔNQUIOS 
SEGMENTARES (terciários) 
- cada qual para um 
segmento 
broncopulmonar 
MÚLTIPLAS GERAÇÕES BRONQUÍOLOS ALVÉOLOS PULMONARES 
Lobo 
médio 
Lobo 
inferior 
Lobo 
inferior 
Lobo 
superior 
língula 
Lobo 
superior 
carina 
Brônquios 
principais 
Anéis 
traqueais 
Cartilagem cricoidea 
Cartilagem tireoidea 
Brônquios 
lobares 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 27 Emanoel Baticini Montanari 
 
SEGMENTOS BRONCOPULMONARES 
 É a área do pulmão suprida por um brônquio segmentar e seu ramo acompanhante da artéria pulmonar 
(as tributárias da veia pulmonar tendem a passar de manira intersegmentar entre as margens dos 
segmentos); 
 UM SEGMENTO BRONCOPULMONAR É A MENOR REGIÃO FUNCIONALMENTE INDEPENDENTE DE UM 
PULMÃO E É A MENOR ÁREA DO PULMÃO QUE PODE SER ISOLADA E REMOVIDA SEM AFETAR AS 
REGIÕES ADJACENTES = Este princípio é muito utilizado em cirurgias como alternativa para não remover 
todo um lobo 
 Troncos broncopulmonares: 
o 3 no lobo superior direito 
o 2 no lobo médio 
o 5 no lobo inferior direito 
o 4 no lobo superior esquerdo 
o 5 no lobo inferior esquerdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INERVAÇÃO 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 28
 
 A PLEURA VISCERAL e várias outras estruturas pilmonares são inervadas por fibras eferentes e aferentes 
distribuídas através do PLEXO PULMONAR ANTERIOR E PLEXO PULMONAR POSTERIOR 
 São interconectados e situam-se anterior e posteriormente à bifurcação da trauqeia e aos brônquios 
principais 
 Anterior é muito menor que o posterior 
 Ramos desses plexos se originam dos TRONCOS SIMPÁTICOS e dos NERVOS VAGOS 
DRENAGEM LINFÁTICA 
1. PULMÃO DIREITO: linfonodos broncopulmonares (HILARES)  traqueobronquiais inferiores (CARINAIS) 
 TRAQUEOBRONQUIAIS SUPERIORES DIREITOS  PARATRAQUEIAS DIREITOS  TRONCO 
BRONCOMEDIASTINAL DIREITO (pode desembocar no ducto linfático direito)  VEIA BRAQUICEFÁLICA 
DIREITA 
2. PULMÃO ESQUERDO 
a) LOBO INFERIOR (DRENAGEM PARA A DIREITA): linfonodos broncopulmonares (HILARES)  
traqueobronquiais inferiores (CARINAIS)  LINFONODOS TRAQUEOBRONQUIAIS SUPERIORES 
DIREITOS  linfa segue a mesma direção que o pulmão esquerdo 
 
b) LOBO SUPERIOR (DRENAGEM PARA REGIÃO DO ACO DA AORTA): linfonodos broncopulmonares 
(HILARES)  traquobronquiais inferiores (CARIANAIS)  TRAQUEOBRONQUIAIS SUPERIORES 
ESQUERDOS  PARATRAQUEAIS ESQUERDOS + DO LIGAMENTO ARTERIAL (ARCO DA AORTA)  
TRONCO BRONCOMEDIASTINAL ESQUERDO + DUCTO TORÁCICO  VEIA BRAQUIOCEFÁLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORAÇÃO E GRANDES VASOS 
TUMORES NO LOBO SUPERIOR DO PULMÃO ESQUERDO PODEM CAUSAR COMPROMETIMENTO DO 
NERVO LARINGEO RECORRENTE (laríngeo inferior) DESTE MESMO LADO EM VIRTUDE DE POSSÍVEIS 
METÁSTASES, UMA VEZ QUE A DRENAGEM LINFÁTICA SE DÁ PARA A REGIÃO DO ARCO DA AORTA 
(contornado pelo laríngeo recorrente esquerdoapós emergir do Vago) 
Ducto Torácico 
Linfonodo do LIGAMENTO 
ARTERIAL 
Linfonodos 
broncopulmonares 
 (HILARES) 
Linfonodos 
traqueobronquiais 
inferiores (CARINAIS) 
Linfonodos 
traqueobronquiais 
superiores 
Ducto broncomediastinal 
Ducto linfático direito 
Linfonodos paratraqueais 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 29 Emanoel Baticini Montanari 
 
CORAÇÃO 
PERICÁRDIO 
 O pericárdio é um saco fibroseroso que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos. Consiste em 
dois componentes: 
o PERICÁRDIO FIBROSO: camada externa de tecido conjuntivo que define os limites do mediastino 
médio 
o PERICÁRDIO SEROSO: é fino e consiste em dias partes: 
 LÂMINA PARIETAL do pericárdio seroso: reveste a superfície interna do pericárdio fibroso 
 LÂMINA VISCERAL so pericárdio seroso (EPICÁRDIO): adere ao coração e forma sua cobertura 
externa. 
 
 
1. PERICÁRDIO FIBROSO 
 É um saco em forma de cone com sua base voltada para o diafragma e seu ápice contínuo com a 
camada adventícia dos grandes vasos; 
 Limita o enchimento/ distensão cardíaca 
 FIXAÇÃO: ajudam a manter o coração na cavidade torácica (coração só é preso pelos grandes vasos) 
o No CENTRO TENDÍNEO DO DIAFRAGMA = LIGAMENTO PERICÁRDIOFRÊNICO 
o Anteriormente ao esterno = LIGAMENTOS ESTERNOPERICÁRDICOS 
o Posteriormente = LIGAMENTOS COSTOPERICÁRDICOS (ou vértebropericárdicos) 
 Os NERVOS FRÊNICOS e os VASOS PERICÁRDICOFRÊNICOS atravessam o pericárdio fibroso 
LATERALMENTE à medida que percorrem seu trajeto no tórax 
 
2. PERICÁRDIO SEROSO 
 LÂMINA PARIETAL DO PERICÁRDIO SEROSO reflete-se para coração e para os grandes vasos para 
tornar-se CONTÍNUA COM A LÂMINA VISCERAL. Essas reflexões ocorrem onde: 
o A AORTA E O TRONCO PULMONAR deixam o coração = forma uma passagem denominada SEIO 
TRANSVERSO DO PERICÁRDIO (posterior à estes grandes vasos e anterior à veia cava superior) 
o As VEIAS CAVA SUPERIOR E INFERIOR, E AS VEIAS PULMONARES = forma o SEIO OBLÍQUO DO 
PERICÁRDIO (posteriormente ao átrio esquerdo) 
 
 
 
 
 
 
CAVIDADE PERICÁRDICA 
 É o espaço potencial entre as camadas opostas das lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso 
IMPORTANTE !!! 
Com a abertura do saco pericárdico anteriormente: 
 Um dedo colocado no SEIO TRNASVERSO separa as artérias das veias; 
o IMPORTANTE EM CIRURGIAS CARDÍACAS PARA INTERROMPER OU DESVIAR A 
CIRCULAÇÃO DO SNAGUE ENQUANTO SE REALIZA ACIRURGIA; 
 Uma mão colocada sob o ápice do coração e movimentada superiormente desliza para dentro 
do SEIO OBLÍQUO. 
 
 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 30
 
 Normalmente contém uma película fina de líquido que permite ao coração mover-se num ambiente 
sem atrito 
 Essa líquido é secretado pelas células mesoteliais que revestem a cavidade pericárdica 
 
 
 
 
 
 
INERVAÇÃO E VASCULARIZAÇÃO DO PERICÁRDIO 
 SUPRIMENTO ARTERIAL: principalmente pela ARTÉRIA PERICÁRDICOFRÊNICA (ramo da torácica 
interna), mas também pela A. MUSCULOFRÊNICA (ramo terminal da torácica interna), A. BRONQUIAIS, 
ESOFÁGICAS E FRÊNICAS SUPERIORES (ramos da aorta torácica) e A. CORONÁRIAS (apenas o 
epicárdio) 
 DRENAGEM VENOSA: VEIAS PERICARDICOFRÊNICAS (tributárias da braquicefálica ou torácica interna) 
e tributárias variáveis do sistema ázigo 
 INERVAÇÃO: NERVOS FRÊNIOS (sensibilidade – “dor” na região supraclavicular ou área lateral do 
pecoço – dermátomos de C3, C4 e C5) e TRONCOS SIMPÁTICOS (vasomotores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEIO OBLÍQUO 
DO PERICÁRDIO 
SEIO TRANSVERSO 
DO PERICÁRDIO 
Veias pulmonares 
Veia Cava inferior 
Arco da Aorta 
NERVO FRÊNICO E CASOS 
PERICÁRDICOFRÊNICOS 
Veia cava Inferior 
Tronco 
Pulmonar 
PROEMINÊNCIA 
ESOFÁGICA 
IMPORTANTE !!! 
 O ESÔFAGO se relaciona intimamente com o ÁTRIO ESQUERDO, deixando uma 
PROEMINÊNICA ESOFÁGICA no saco pericárdico. 
 Informação anatômica na qual se baseia a ECOGRAFIA TRANSESOFÁGICA, que avalia 
características anatômica e funcionais do átrio esquerdo. 
IMPORTANTE – TAMPONAMENTO CARDÍACO 
 Tamponamento cardíaco é o rápido acúmulo de líquido na cavidade pericárdica  aumento 
da pressão conta o coração  impossibilita o coração de relaxar  diminui o retorno venoso 
 diminui o débito cardíaco  QUEDA DA PRESSÃO ARTERIAL (HIPOTENSÃO)  TURGÊNCIA 
JUGULAR 
 TRATAMENTO IMEDIATO = PERICARDIOCENTESE = drenagem no fluido diretamente da 
cavidade pericárdica com a inserção de uma agulha. 
 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 31 Emanoel Baticini Montanari 
 
CORAÇÃO 
 É ligeiramente maior que um punho cerrado 
 É uma bomba muscular dupla e autor-reguladora que trabalha para expelir sangue para todas as partes 
do corpo 
 Coração possui 4 CÂMARAS = 2 VENTRÍCULOS (esquerdo e direito) e 2 ÁTRIOS (esquerdo e direito) 
ORIENTAÇÃO CARDÍACA 
 A orientação do coração pode ser comparada com 
um PIRÂMIDE CAÍDA que está apoiada sobre um de 
seus lados. 
 O ÁPICE DA PIRÃMIDE SE PROJETA PARA FRENTE, 
PARA BAIXO E PARA A ESQUERDA 
 BASE FICA OPOSTA AO ÁPICE NUMA POSIÇÃO 
POSTERIOR 
 Os lados da pirâmide consiste em: 
o Face diafragmática (inferior) na qual a pirâmide 
repousa 
o Face esternocostal (anterior) oorientada 
anteriormente 
o Face pulmonar direita e esquerda 
 
a) BASE (FACE POSTERIOR) DO CORAÇÃO: 
Quadrilátero direcionado posteriormente. 
Formado por: 
 Átrio esquerdo 
 Pequena parte do átrio direito 
 Partes proximais das grandes veias (cavas e pulmonares) 
 ESÔFAGO SITUA-SE IMEDIATAMENTE POSTERIOR Á BASE DO CORAÇÃO 
 
b) ÁPICE DO CORAÇÃO 
 Constituído pela parte ínfero-lateral do VE 
 Posicionado profundamente à ESQUERDA DO 5º ESPAÇO INTERCOSTAL, 8-9 cm da linha 
mediana  pulsação máxima do coração/ local onde o “batimento cardíaco” pode ser 
observado  ICTUS (na região do mamilo esquerdo) 
 
 
c) FACES DO CORAÇÃO 
a. FACE ESTERNOCOSTAL: voltada anteriormente e consiste, principalmente no VD. 
b. FACE DIAFRAGMÁTICA: onde o coração repousa. Consiste no VE e uma porção do VD 
separados pelo sulco interventricular posterior 
c. FACAE PULMONAR ESQUERDA: volta-se para o pulmão esquerdo (impressão cardíaca); é 
ampla, convexa e consiste no VE e AE 
d. FACE PULMONAR DIREITA: volta-se para o pulmão direito. Consiste no VE e AD 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 32
 
d) MARGENS DO CORAÇÃO 
a. MARGENS DIREITA E ESQUERDA: são as mesmas que as faces pulmonares 
b. MARGEM INFERIOR: definida como uma margem aguda entre as faces esternocostal e 
diafragmática. Formada principalmente pelo VD e uma pequena porção do VE próximo ao 
ápice 
c. MARGM OBTUSA: separa as faces esternocostal e a pulmonar esquerda. Estende-se da 
aurícula esquerda até o ápice. Formada pelo VE e porção da aurícula esquerda. 
SULCOS EXTERNOS: As paredes internas dividem o coração em 4 câmaras produzindo sulcos externos na 
superfície: 
 SULCO CORONARIANO: circunda o coração separando os átrios dos ventrículos. Contém a A. coronária 
direita, V. cardíaca parva, seio coronariano e o ramo circunflexo da coronária esquerda. 
 SULCOS INTERVENTRICULARES ANTERIOR e POSTERIOR: separam os 2 ventrículos. 
o Anterior = contém o ramo IV anterior e a veia cardíaca magna 
o Posterior = contém o ramo IV posterior e a V. IV posterior. 
CÂMARAS CARDÍACAS 
 O coração consiste, funcionalmente, em duas bombas separadas por um septo 
 BOMBA DA DIREITA = CIRCULAÇÃO PULMONAR = sangue desoxigenado 
 BOMBA DA ESQUERDA = CIRCULAÇÃO SISTÊMICA = sangue oxigenado 
 Átrios = paredes finas = bombas de volume = recebem sangue 
 Ventrículos = paredes espessas = bobas de pressão = ejetam sangue (VE > VD) 
 
1. ÁTRIO DIREITO 
 Forma a margem direita do coração 
 Recebe sangue desoxigenado das VEIAS CAVA INFERIOR E SUPERIOR e do SEIO CORONÁRIO 
 AURÍCULA DIREITA = bolsa muscular cônica que se projeta do AD como um compartimento anexo, 
aumentando sua capacidade. 
 INTERIOR DO AD: 
o SEIO DAS VEIAS CAVAS:parte posterior FINA e LISA; local onde as veias cavas e o seio 
coronário se abrem. 
o Parede muscular anterior RUGOSA, composta de MÚSCULOS PECTINADOS 
o ÓSTIO ATRIOVENTRICULAR DIREITO: passagem do AD para o VD 
o ÓSTIO DO SEIO CORONÁRIO: abertura do seio coronário (união das veias coronárias). Está 
localizado entre o óstio da VCI e o óstio IVD. 
o ÓSTIO DA VEIA CAVA INFERIOR E SUPERIOR 
o VÁLVULA DO SEIO CORONÁRIO E VÁLVULA DA VCI: pregas de tecido associadas a essas 
estruturas 
 Partes lisa e rugosa da parede atrial direita são separadas externamente por um sulco vertical 
raso, o SULCO TERMINAL, e, internamente, por uma crista vertical, a CRISTA TERMINAL 
 SEPTO INTERATRIAL: separa os 2 átrios. Possui uma depressão oval, a FOSSA OVAL, que é um 
remanescente do FORAME OVAL e sua válvula no feto. No feto, o forame oval permite que o 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 33 Emanoel Baticini Montanari 
 
sangue oxigenado que entra no coração através da VCI passe diretamente ao AE, 
desviando, assim, dos pulmões que não são funcionais até o nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. VENTRÍCULO DIREITO 
 Forma a maior parte da face anterior do coração e uma pequena parte da face diafragmática e 
quase toda a margem inferior do coração 
 CONE ARTERIAL (infundíbulo da artéria pulmonar): porção superior do ventrículo que constitui o 
fluxo de saída do VD, que leva ao tronco pulmonar. Possui paredes lisas e deriva do bulbo cardíaco 
embrionário. 
 A porção de influxo das paredes do VD possui numerosas estruturas irregulares chamadas de 
TRABÉCULAS CÓRNEAS, que se fixam nas paredes formando cristas ou pontes. 
 MÚSCULOS PAPILARES: trabéculas córneas que se fixam somete de um lado nas paredes 
ventriculares, enquanto a outra extremidade dá sustentação ás CORDAS TENDÍNEAS que se fixam 
na VALVA ATRIOVENTICULAR DIREITA (TRICÚSPIDE) 
o MÚSCULO PAPILAR ANTERIOR: maior e mais constante; se origina na parede anterior d 
VD; cordas tendíneas fixam-se na válvula anterior da valva AVD 
o MÚSCULO PAPILAR POSTERIOR: pode consistir em uma, 2 ou 3 estruturas; origina-se da 
parede inferior do VD; cordas tendíneas fixam-se nas válvulas posterior e septal da valva 
AVD 
LIMBO DA FOSSA OVAL = margem (superior) proeminente da fossa oval onde se fixam pontos 
de suturas em cirurgias cardíacas. 
Crista terminal 
Músculos pectinados 
Óstio do seio coronário 
Válvulas da VCI e do seio coronário 
Óstio da VCI 
Fossa Oval 
Limbo da Fossa Oval 
Septo interatrial 
Artéria pulmonar direita 
VCS 
Aorta ascendente 
Tronco Pulmonar 
Aurícula direita 
Cliente
Nota
Músculo papilares
- Manter a estrutura (geometria) do ventrículo;
- Fazer a sustentação e ancoragem das valvas (abertura e fechamento)
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 34
 
o MÚSCULO PEPILA SEPTAL: é o mais inconstante, podendo ser ausente. Origina-se do 
septo IV; cordas tendíneas fixam-se nas vávulas anterior e septal da valva AVD 
 SEPTO INTERVENTRICULAR: separa os 2 ventículos. Composto por uma perte membranácea e 
uma muscular. Parte muscular salienta-se na cavidade do VD por causa da maior pressão no VE 
 TRABÉCULA SEPTOMARGINAL (BANDA MODERADORA): fascículo muscular curvo que corre da 
parte inferior do septo IV para a vase do músculo papilar anterior. Trajeto de parte do RAMO 
DIREITO DO FEIXE DE HIS 
 CRISTA SUPRAVENTRICULAR: separa a parede muscular rugosa (câmara de recepção) da parede 
lisa do cone arterial (câmara de ejeção). Importante no direcionamento dos fluxos internos, 
fazendo com que o sangue siga em U mudando de direção em 140º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. ÁTRIO ESQUERDO 
 Forma a maior parte da base (ou face posterior) do coração 
 Metade posterior: porção de entrada, recebe as 4 VEIAS PULMONARES (2 DIREITAS e 2 
ESQUERDAS) (ausentes de valvas). Possui PAREDES LISAS derivadas das partes proximais das 
veias pulmonares do embrião. 
 Metade anterior: contínua com a AURÍCULA ESQUERDA. Contém os MÚSCULOS PECTÍNEOS e 
deriva do átrio primitivo embrionário. 
 SEPTO INTERATRIAL: parte da parede ANTERIOR do AE 
 Uma fina área de depressão no septo é a válvula do forame oval; se encontra oposta ao assoalho 
da fossa oval AD. 
 ÓSTIO ATRIVENTRICULAR ESQUERDO: abertura entre o AE e o VE 
 
Tronco Pulmonar 
Valva pulmonar 
Cone arterial 
Crista supraventricular 
Músculo papilar septal 
Trabécula Septomarginal 
(Banda Moderadora) 
Músculo papilar posterior 
Músculo papilar anterior 
Trabéculas Cárneas 
Cordas Tendíneas 
Veia cava inferior 
Valva Tricúspide 
Átrio Direito 
Aurícula Direita 
Veia cava superior 
Arco da aorta 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 35 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. VENTRÍCULO ESQUERDO 
 Situa-se anteriormente ao AE; forma as faces esternocostal, diafragmática e pulmonar esquerda 
do coração, além de constituir o ápice. 
 Suas paredes são mais espessas que as do VD devido à maior pressão 
 Predes cobertas por uma rede de TRABÉCULAS CÁRNEAS MAIS FINAS E NUMEROSAS QUE AS DO 
VD 
 MÚSCULOS PAPILARES ANTERIOR E POSTERIOR: são maiores que os do VD 
 VESTÍBULO DA AORTA: trato de saída do VE; posterior ao cone arterial do VD; paredes lisas e é 
derivado do bulbo cardíaco embrionário 
 SEPTO IV: possui uma parte muscular (inferior – maior parte) e uma parte membranosa (superior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veia Cava Inferior 
Válvula do forame oval 
Parte membranácea 
do septo IV 
Valva Aórtica 
Aurícula Esquerda 
(COM MÚSCULOS PECTINADOS) 
Veias Pulmonares Direitas 
Artéria Pulmonar Direita 
Artéria Pulmonar Esquerda 
Ligamento Arterioso (ou arterial) 
Arco da Aorta 
Veias Pulmonares 
Esquerdas 
Artérias Pulmonares 
Direita e Esquerda 
Arco da Aorta 
Aurícula Esquerda 
Valva Mitral 
Músculo Papilar 
Anterior 
Músculo Papilar 
Posterior 
Trabéculas Cárneas 
Ápice do coração 
ATENÇÃO PARA A GRANDE 
ESPESURA DA PAREDE DO VE 
Seio Coronário 
Veia Cava Inferior 
Átrio Esquerdo 
Veias Pulmonares 
Direitas 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 36
 
VALVAS CARDÍACAS 
1. VALVA ATRIOVENTRICULAR DIREITA (TRICÚSPIDE) 
 Fecha o óstio atrioventricular direito durante a contração ventricular 
 Formada por 3 válvulas ou “cúspides”: ANTERIOR, SEPTAL E POSTERIOR 
 Base das válvulas está presa nos ANEL FIBROSO que circunda o óstio AV 
 Margens livres das válvulas fixam-se ás CORDAS TENDÍNEAS, que se origiam na extremidade dos 
músculos papilares do VD 
 Durante o enchimento do VD (diástole) = valva AVD aberta/ válvulas projetadas p/ o VD 
 Durante a ajeção (sístole) = valva AVD fechada. O aumento de pressão no VD faz com que a valva 
se feche. As válvulas não se projetam para o AD devido à tração das cordas tendíneas durante a 
contração dos músculos papilares, impedindo que a valva se abra para o sentido contrário e que o 
sangue retorne para o AD. 
 
2. VALVA DO TRONCO PULMONAR 
 Fecha a abertura para o tronco pulmonar no ápice do cone arterial 
 Cada uma das 3 VÁLVULAS SEMILUNARES (ANTERIOR, DIREITA E ESQUERDA) da valva pulmonar 
é côncavas em vista superior 
 Sístole = aumento de pressão sanguínea  empurra válvulas em direção à artéria  válvula abre 
 Diástole = retorno de sangue arterial enche os SEIOS PULMONARES (espécie de bolsas formadas 
pelas válvulas)  fechamento da valva 
 
3. VALVA ATRIOVENTRICULAR ESQUERDA (MITRAL ou BICÚSPIDE) 
 Fecha o óstio AVE durante a contração muscular do VE 
 Possui 2 VÁLVULAS (ou CÚSPIDES) = ANTERIOR E POSTERIOR 
 Base presa ao ANEL FIBROSO 
 Mecanismo de ação das cordas tendíneas e músculos papilares são iguais aos do VD 
 
4. VALVA DA AORTA 
 Fecha o óstio da aorta durante a diástole 
 Consiste em 3 VÁLVULAS SEMILUNARES, com margem livre cada uma se projetando 
superiormente para a luz da aorta ascendente. 
 Funcionamento é igual ao da valva pulmonar, porém com um adicional: SANGUERECUA APÓS A 
CONTRAÇÃO VENTRICULAR  ENCHE OS SEIOS DA AORTA  É FORÇADO A ENTRAR NAS 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS (SE ORIGINAM NOS SEIOS AÓRTICOS) 
 
 
 
 
 
VALVA AÓRTICA 2 válvulas na frente e 1 atrás 
VALVA PULMONAR 1 válvula na frente e 2 atrás 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 37 Emanoel Baticini Montanari 
 
ESQUELETO CARDÍACO 
 É um conjunto de fibras de tecido conjuntivo denso, na forma de 4 anéis, com áreas interconectadas em 
um plano entre os átrios e os ventrículos. 
 4 ANÉIS FIBROSOS = circulam os ósteos AV, o óstio da aorta e o óstio do tronco pulmonar 
 FUNÇÕES: mantém integridade das abertura das cavidades; ponto de fixação para as valvas; isolante 
elétrico entre os átrios e ventrículos (feixe AV ou de His é a única conexçao entre esses 2 grupos de 
miocárdio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válvula semilunar posterior 
Válvula semilunar direita 
Válvula semilunar esquerda Válvula semilunar anterior 
Válvula semilunar direita 
Válvula semilunar esquerda 
VALVA 
PULMONAR 
VALVA 
AÓRTICA 
CORAÇÃO EM DIÁSTOLE 
Válvula posterior 
Válvula septal 
Válvula anterior 
VALVA AV 
DIREITA 
(TRICÚSPIDE) Válvula posterior 
Válvula anterior VALVA AV 
ESQUERDA 
(MITRAL ou 
BICÚSPIDE) 
CORAÇÃO EM SÍSTOLE 
Seios da Aorta 
Óstio da coronária direita 
Óstio da coronária esquerda 
VALVA AÓRTICA 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 38
 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS 
 São responsáveis pelo suprimento sanguíneo do coração. 
 Originam-se dos SEIOS AÓRTICOS (“bolsas” formadas pelas válvulas aórticas). 
 São os primeiros ramos da Aorta 
 SÃO AS ÚNICAS ARTÉRIAS PERFUNDIDAS DURANTE A DIÁSTOLE = SANGUE RECUA APÓS A 
CONTRAÇÃO VENTRICULAR  ENCHE OS SEIOS DA AORTA  É FORÇADO A ENTRAR NAS ARTÉRIAS 
CORONÁRIAS (SE ORIGINAM NOS SEIOS AÓRTICOS) 
 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS 
ARTÉRIA/ RAMO ORIGEM TRAJETO ÁREA DE VASC. 
CORONÁRIA DIREITA 
Seio direito da 
aorta 
Anteriormente e à direita entre a 
aurícula direita e o tronco pulmonar 
 desce verticalmente no SULCO 
CORONARIANO (entre AD e VD) 
Átrio Direito, nós AS 
e AV e parte 
posterior do septo IV 
RAMO DO NÓ 
SINOATRIAL 
Coronária direita 
(direto em 60% 
dos casos) 
Sobe para o nó SA 
Tronco pulmonar e 
nó AS 
RAMO MARGINAL 
DIREITO 
Coronária Direita Margem inferior do coração e ápice 
VD e ápice do 
coração 
RAMO 
INTERVENTRICULAR 
POSTERIOR 
(DESCENDENTE 
POSTERIOR) 
Coronária direita 
SULCO IV POSTERIOR  para o ápice 
do coração 
VD, VE e Septo IV 
RAMO DO NÓ AV 
Coronária Direita 
(perto da origem 
do ramo IV post.) 
Para o nodo AV Nó AV 
 
CORONÁRIA ESQUERDA 
Seio Aórtico 
esquerdo 
Entre o tronco pulmonar e a aurícula 
esquerda  corre no SULCO AV 
Maior parte do AE e 
VE, septo IV e 
fascículo AV 
RAMO 
INTERVENTRICULAR 
ANTERIOR 
(DESCENDENTE 
ANTERIOR) 
BIFURCAÇÃO DA 
CORONÁRIA 
ESQUERDA 
SULCO IV ANTERIOR  para o ápice 
do coração 
VE, VD e septo IV 
RAMO CIRCUNFLEXO 
BIFIRCAÇÃO DA 
CORONÁRIA 
ESQUERDA 
SULCO AV ESQUERDO  corre na 
face posterior do coração 
AE e VE 
RAMO MARGINAL 
ESQUERDO 
Ramo circunflexo Segue margem esquerda do coração VE 
RAMO DO NÓ AS 
Ramo circunflexo 
(40% dos casos) 
Sobe face posterior do AE para o nó 
SA 
AE e nó SA 
 
 
Cliente
Nota
Ramos diagonais 
Cliente
Nota
Ramos marginais --> lateral e posterior
Cliente
Nota
Extrínseco:
- Vago --> manter a frequência
- Autonomo
Intrínseco:
- Nó Sinoatrial
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 39 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipicamente, a Artéria Coronária Direita supre: 
 AD 
 Maior parte do VD 
 Parte do VE (face diafragmática) 
 Parte do septo AV (normalmente 1/3 
POSTERIOR) 
 Nodo AS (em aproximadamente 60% das 
pessoas) 
 Nosso AV (em aproximadamente 80 % 
das pessoas) 
Tipicamente, a Artéria Coronária Esquerda supre: 
 AE 
 Maior parte do VE 
 Parte do VD 
 Maior parte do septo IV (normalmente 
2/3 ANTERIORES) 
 Nó AS (em aproximadamente 40% das 
pessoas) 
VEIAS CARDÍACAS: realizam a drenagem venosa do coração. A maioria das veias cardíacas desembocam 
no SEIO CORONÁRIO (principal veia do coração) que corre da esquerda para a direita na parte porterior do 
SULCO CORONÁRIO. Recebe 4 grandes tributárias: 
1. VEIA CARDÍACA MAGNA (veia IV anterior): ápice  SULCO IV junto com a artéria IV anterior  
SULCO CORONARIANO  continua até a base do diafragma junto com ramo circunflexo da coronária 
esquerda  SULCO CORONARIANO  aumenta seu calibre para formar o seio coronariano. 
2. VEIA CARDÍACA MÉDIA (interventricular posterior): ápice  SULCO IV POSTERIOR (junto com ramo 
IV posterior da artéria coronária direita)  seio coronariano 
3. VEIA CARDÍACA PARVA: anteroinferior do SULCO CORONARIANO entre AD e VD  seio coronário na 
extremidade atrial (acompanha a artéria coronária direita) 
4. VEIAS POSTERIORES DO VE: superfície posterior do VE à esquerda da veia cardíaca média  seio 
coronário ou se unem à veia cardíaca magna. 
 
AORTA 
CORONÁRIA 
DIREITA 
Ramo do NSA 
Ramo marginal 
direito 
RAMO IV 
POSTERIOR 
CORONÁRIA 
ESQUERDA 
RAMO 
CIRCUNFLEXO 
Ramo marginal 
Esquerdo 
RAMO IV 
ANTERIOR 
Cliente
Nota
A Veia (Seio) coronário desemboca no átrio direito.
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 40
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO 
 Realizada quando há uma obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, que vascularizam o miocárdio; 
 A famosa “PONTE DE SAFENA”, consiste na retirada de uma porção da veia safena maga a fim de realizar um “novo 
caminho” para o sangue. São feitas 2 anastomoses: 
o Uma diretamente na Aorta Ascendente (acima do óstio da coronária) 
o Outro na coronária, após a obstrução 
 Há também a opção de ser realizada uma “PONTE DE MAMÁRIA” ou “PONTE DE TORÁCICA INTERNA”, que 
consiste na realização do procedimento de revascularização utilizando-se a artéria torácica interna (também 
chamada de mamária). 
o Vantagem: se faz apenas um desvio da artéria torácica interna e se realiza uma anastomose só com coronária. 
o Desvantagem: prejudica processo de cicatrização do esterno e tórax. 
Ramo IV Anterior 
(descendente anterior) 
Ramo IV Posterior 
(descendente posterior) 
Ramo Circunflexo 
ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA 
Ramo Atrial 
Ramo do nó SA 
Ramo Marginal Direito 
Veias anteriores do VE 
Veia Cardíaca Parva 
Veia Cardíaca Magna 
Ramo do nó SA 
Veia Cardíaca Magna 
(IV anterior) 
Veia Cardíaca Parva 
Veia Cardíaca Média 
(interventricular posterior) 
Artéria Coronária Direita 
Ramo Marginal Direito 
Ramo Marginal Esquerdo 
Ramo Circunflexo 
Veia Posterior do VE 
Veia Oblíqua do Átrio Esquerdo 
(de Marshal) 
ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA 
Cliente
Nota
Ramo anterior
Cliente
Nota
Ramo posterior
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 41 Emanoel Baticini Montanari 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DO CORAÇÃO: Vasos linfáticos acompanham as artérias coronárias e 
drenam para so linfonodos braquicefálicos e pra os traqueobronquiais. 
COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO – TECIDO DE CONDUÇÃO 
 NÓ SINOATRIAL: marca-passo cardíaco. Extremidade superior da crista terminal, na junção da veia 
cava superior com o átrio direito 
 NÓ ATRIOVENTRICULAR: próximo ao óstio do seio coronário, próximo à fixação da válvula septal da 
valva tricúspide. 
 FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR (FEIXE DE HIS): septo IV 
o RAMO ESQUERDO: em direção ao ápice do VD  TRABÉCULA SEPTOMARGINAL (ou banda 
moderadora)  base do músculo papilar anterior 
o RAMO DIREITO: em direção ao ápice do VD 
 RAMOS SUBENDOCÁRDICOS E CÉLULAS DE CONDUÇÃO (FIBRAS DE PURKINJE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INERVAÇÃO CARDÍCA 
A divisão autônoma do SN periférico é responsável pela REGULAÇÃO da frequência cardíaca, pela força de 
contração e pelo débito cardíaco. Ramos dos sistemas simpáticos e parassimpáticos contribuem para a 
formaçãodo PLEXO CARDÍACO: 
 Parte superficial: inferior ao arco da aorta e entre ele e o tronco pulmonar 
 Parte profunda: entre o arco da aorta e a bifurcação da traqueia 
Ramos do plexo cardíaco inervam o tecido nodal e de condução, os vãos coronarianos e a musculatura 
cardíaca. 
1. INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA: 
 Fibras simpáticas pré-ganglionares chegam ao coração como ramos cardíacos dos NERVOS VAGOS 
DIREITO E ESQUERDO, fazendo sinapses nos gânglios do plexo cardíaco e da parede dos átrios 
 Diminuição da frequência cardíaca; redução da força de contração; constrição das coronárias 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 42
 
2. INERVAÇÃO SIMPÁTICA 
 Fibras pré-ganglionares dos 4 ou 5 segmentos medulares superiores da parte torácica da medula 
espinal entram no tronco simpático e movimentam-se através dele. Fazem sinapse nos GÂNGLIOS 
SIMPÁTICOS CERVICAIS (SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR) e nos GÂNGLIOS TORÁCICOS ALTOS, e 
as fibras pós-ganglionares prosseguem como ramos bilaterais do tronco simpático até o plexo 
cardíaco. 
 Aumenta a frequência cardíaca; aumenta a força de contração 
ESQUEMA GRANDES VASOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTÉRIA AORTA 
A. CARÓTIDA 
COMUM E. 
A. SUBCLÁVIA E. 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
TRONCO 
BRAQUICEFPALICO 
A. CARÓTIDA 
COMUM D. 
A. SUBCLÁVIA D. 
TRONCO PULMONAR 
ARTÉRIA PULMONAR 
ESQUERDA 
ARTÉRIA PULMONAR 
DIREITA 
VENTRÍCULO DIREITO 
ÁTRIO 
ESQUERDO 
VEIA PULMONAR 
SUPERIOR ESQUERDA 
VEIA PULMONAR 
SUPERIOR DIREITA 
VEIA PULMONAR 
INFERIOR DIREITA 
VEIA PULMONAR 
INFERIOR ESQUERDA 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 43 Emanoel Baticini Montanari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO FETAL E NEONATAL 
CIRCULAÇÃO FETAL 
O sangue oxigenado vem da placenta através da VEIA UMBILICAL. Próximo ao fígado há um desvio chamado 
de DUCTO VENOSO que desvia metade do sangue diretamente da veia umbilical para a VCI, sem que o 
sangue passe no fígado. A VCI, por sua vez, desemboca do AD e, ali, o sangue oxigenado segue 2 caminhos: 
a) A maior parte do sangue oxigenado parra através do FORAME OVAL, um orifício no septo interatrial, 
e passa diretamente para o átrio esquerdo  VE  aorta  carótidas e subclávias para a 
oxigenação da cabeça e dos membros superiores 
b) O restante do sangue que fica no AD mistura-se com o sangue pobre em oxigênio da VCS e do seio 
coronário  VD  tronco pulmonar: 
a. 10% segue para os pulmões (alta pressão  não necessita de sangue, pois não está realizando 
sua função de trocas gasosas) 
b. 90% passa através do DUCTO ARTERIAL, um desvio que permite o desvio do sangue do tronco 
pulmonar para aorta descendente  corpo fetal  ARTÉRIAS UMBILICAIS  placenta 
 
VEIA SUBCLÁVIA 
ESQUERDA 
VEIA SUBCLÁVIA 
DIREITA 
VEIA JUGULAR 
INTERNA E. 
VEIA JUGULAR 
INTERNA D. 
VEIA JUGULAR 
EXTERNA D. 
VEIA JUGULAR 
EXTERNA E. 
VEIA 
BRAQUICEFÁLICA E. 
VEIA 
BRAQUICEFÁLICA D. 
VEIA CAVA 
SUPERIOR 
ÁTRIO DIREITO 
VEIA CAVA 
INFERIOR 
ANATOMIA II - Tórax ATM 2019/2 
 
Emanoel Baticini Montanari 44
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSIÇÃO PARA A CIRCULAÇÃO NEONATAL 
O primeiro suspiro após o nascimento faz com que a pressão nos pulmões caia bruscamente, fazendo com 
que o órgão inicie seu papel de trocas gasosas e com que ocorra uma série de modificações na circulação 
fetal: 
 Contração do esfíncter do ducto venoso  todo o sangue que entra no fígado passa pelos 
sinusoides hepáticos (não há mais o desvio da veia umbilical) 
 Queda de pressão nos pulmões  queda da pressão no VD e AD  pressão no AE maior que a 
pressão no AD  válvula do forame oval colaba  FECHAMENTO DO FORAME OVAL  todo o 
sangue do AD flui para o VD que flui para o tronco pulmonar (circulação pulmonar) 
 Pressão aórtica > pressão pulmonar  fluxo sanguíneo no ducto arterial se inverte  contração do 
ducto arterial  fechamento do ducto arterial em 96 horas 
ATM 2019/2 ANATOMIA II - Tórax 
 
 45 Emanoel Baticini Montanari 
 
REMANESCENTES DA CIRCULAÇÃO FETAL 
 VEIA UMBILICAL  LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO (do umbigo à porta do fígado – ligado ao ramo 
esquerdo da veia porta) 
 
 DUCTO VENOSO  LIGAMENTO VENOSO (do ramo esquerdo da veia porta à VCI) 
 
 2 ARTÉRIAS UMBILICAIS  LIGAMENTOS UMBILICAIS MEDIAIS + ARTÉRIAS VESICAIS SUPERIORES 
(suprem a bexiga urinária) 
 
 FORAME OVAL  FOSSA OVAL (septo primum funde-se com o secundum ) 
 
 DUCTO ARTERIAL  LIGAMENTO ARTERIAL (da artéria pulmonar esquerda ao arco da aorta)

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