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Instrumentos 
endodôntIcos 
 
 Instrumentos endodônticos são ferramentas metálicas empregadas 
como agentes mecânicos na instrumentação de canais radiculares. 
São fabricados em ligas de aço inoxidável ou níquel-titânio (NiTi) 
 
 Existem diferentes tipos ou modelos de instrumentos endodônticos que 
podem ser classificados: quanto ao acionamento, em manuais e 
mecanizados; quanto ao desenho da parte de trabalho, em 
farpados, tipo K, tipo Hedstrom e especiais; quanto ao tipo de 
movimento executado, em limas e alargadores endodônticos; quanto 
à natureza da liga metálica, em instrumentos de aço inoxidável e de 
níquel-titânio; e quanto ao processo de fabricação, em torcidos e 
usinados. 
 
 Os instrumentos acionados manualmente possuem cabo que serve 
para a empunhadura digital e acionamento do instrumento por meio 
da mão do operador. Os denominados mecanizados possuem haste 
que serve para fixação e acionamento do instrumento por meio de 
uma máquina manuseada por um operador. Os instrumentos 
endodônticos acionados manualmente também podem ser acionados 
por máquinas 
 
 Lima endodôntica é um instrumento (ferramenta) de natureza metálica, 
multicortante, com arestas ou fios cortantes ao longo de seu corpo. 
As limas endodônticas são ferramentas projetadas para serem 
empregadas por meio de um movimento longitudinal alternado em 
relação ao eixo do instrumento denominado limagem, na raspagem 
de parte da superfície dentinária de um canal radicular. 
 
 Alargador endodôntico é um instrumento (ferramenta) de natureza 
metálica cuja haste de corte, geralmente, é cônica, apresenta certo 
número de arestas cortantes ao longo de sua parte de trabalho. São 
projetados para serem empregados por meio de movimento de 
alargamento com giro contínuo e reciprocante ou parcial à direita, 
no desbaste (corte) de parte da superfície dentinária de um canal 
radicular. 
 
 Os instrumentos endodônticos são ferramentas destinadas a 
ampliação, limpeza e modelagem de um canal radicular, sendo 
produzidos de acordo com os princípios usados na fabricação de 
ferramentas denominadas alargadores.2,44-46 São fabricados a partir de 
fios metálicos primitivos de forma cilíndrica 
 
Nomenclatura 
 
Cabo. É a extremidade pela qual se empunha um 
instrumento endodôntico 
 
 
 
 
Haste de acionamento. É a extremidade para fixação e 
acionamento mecânico de um instrumento endodôntico 
 
 
 
 
Corpo. Parte de um instrumento que se estende desde o cabo ou haste 
de acionamento até a extremidade da ponta 
 
 
 
Intermediário. Parte do corpo que se estende do cabo ou haste de 
acionamento até a parte de trabalho 
 
 
 
 
 
Parte de trabalho. Parte do instrumento que se estende desde a ponta 
até o término da haste de corte. Representa a soma dos comprimentos da 
ponta e da haste de corte 
 
 
 
Ponta. É o extremo do instrumento com perfil cônico. Pode apresentar 
seção reta transversal cilíndrica ou poligonal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Base da ponta. É a região de passagem da ponta para a haste de 
corte do instrumento. Essa passagem pode ocorrer por meio de um ângulo 
de transição (ângulo obtuso) ou de uma curva de transição (arco), para 
suavizar a passagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ângulo da ponta. Ângulo sólido formado pelo contorno da ponta. O 
vértice do ângulo é sempre voltado para a ponta do instrumento 
 
 
 
 
Haste de corte. Porção da parte de trabalho que se estende da base 
da ponta até o intermediário. Geralmente, a forma é cônica. Pode 
apresentar seção reta transversal com diferentes formas. É constituída pelas 
arestas de corte e pelos canais do instrumento 
 
 
 
 
Partes do instrumento 
 
Os instrumentos endodônticos são formados pelo cabo ou haste de 
acionamento e pelo corpo metálico. O corpo de um instrumento é formado 
pelo intermediário e pela parte de trabalho, sendo esta formada pela 
ponta e pela haste de corte.2 
 
 
 
Cabo 
 
 Cabo é a parte de um instrumento ou ferramenta que se empunha ou 
maneja 
 
 O cabo dos instrumentos endodônticos é fabricado em plástico ou 
silicone colorido, conforme a correlação com a numeração 
padronizada 
 
 Apresenta geometria variável de acordo com o tipo de instrumento e 
com o fabricante. 
 
 
 O cabo dos instrumentos endodônticos apresenta forma bicôncava e 
deve ter de 10 a 12 mm de comprimento e diâmetro de 3,0 mm na 
parte bicôncava e 4,0 mm nas extremidades 
 
 Alguns instrumentos endodônticos podem ter cabos fabricados em 
plástico ou em silicone com diâmetro de 5 mm na parte bicôncava e 
nas extremidades de 6 mm. 
 
 
 Para cabos com diâmetros maiores, a força necessária para girar 
(movimento de rotação) o instrumento endodôntico no interior de um 
canal radicular é menor. Consequentemente, maiores serão à 
percepção tátil e os cuidados do profissional em relação à 
anatomia interna do dente. 
 
 Entretanto, se o profissional aplicar ao instrumento de cabo de maior 
diâmetro a mesma força que ele está calibrado (acostumado) para 
o de cabo de menor diâmetro, maior será o torque, o qual pode 
ultrapassar o limite de resistência à fratura por torção do instrumento 
 
 O cabo dos instrumentos endodônticos pode apresentar o topo 
plano ou arredondado e possuir, nas paredes laterais, estrias 
paralelas ou perpendiculares ao eixo para assegurar melhor 
empunhadura do instrumento 
 
 Os instrumentos endodônticos portadores de cabo podem ser 
acionados manualmente ou por dispositivos mecânicos especiais 
 
Haste de acionamento 
 
 Haste de acionamento de instrumento mecanizado é a parte que 
serve para a sua fixação na cabeça de um contra-ângulo e seu 
acionamento por meio de dispositivos mecânicos (motores elétricos ou 
pneumáticos) 
 
 Pode ser de latão (liga cobre e zinco) ou de liga alumínio 
 
 A união entre a haste de acionamento e o corpo do instrumento 
geralmente é feita por engaste (embutimento) 
 
 Para alguns instrumentos endodônticos (instrumentos TF®, alargadores 
Gates-Glidden e Largo), a haste de acionamento e o corpo são 
obtidos de uma única haste metálica, eliminando o engaste. Isso 
elimina a possibilidade de movimento excêntrico (afastado do eixo) 
durante a rotação do instrumento. O movimento excêntrico, além 
do deslocamento do centro do preparo, induz a fratura do 
instrumento endodôntico 
 
 Para instrumentos portadores de engaste, pode ocorrer a soltura 
entre a haste de acionamento e o corpo de um instrumento 
endodôntico 
 
Intermediário 
 
 Intermediário é a porção do corpo metálico de um instrumento 
endodôntico que está localizada entre o cabo ou a haste de 
acionamento e a parte de trabalho. Seu tamanho varia em função 
do comprimento do corpo e do comprimento da parte de trabalho 
do instrumento 
 
 Pode apresentar marcas (ranhuras), que representam distâncias 
predeterminadas, a partir da extremidade (ponta) do instrumento 
endodôntico 
 
 Nos instrumentos endodônticos fabricados por usinagem, o 
intermediário geralmente tem a forma cilíndrica em toda a sua 
extensão 
 
 Todavia, nos torcidos, o intermediário junto da parte de trabalho 
apresenta paredes planas remanescentes da haste piramidal obtida 
por aplainamento do fio metálico primitivo de forma cilíndrica 
 
Parte de trabalho 
 
 Parte de trabalho é a porção do corpo metálico de um instrumento 
endodôntico projetada para executar o corte e/ou a raspagem das 
paredes dentinárias internas de um canal radicular. É formada pela 
ponta e pela haste de corte. 
 
Ponta 
 
 Ponta é a porção terminal e aguçada da extremidade da parte de 
trabalho de um instrumento ou ferramenta. A ponta é também 
denominada guia de penetração. 
 
 O perfil da ponta dos instrumentos endodônticos é cônico 
 
 Quando a ponta apresenta a figura geométrica de um cone com 
seção reta transversal poligonal (triangular ou quadrangular), é 
denominada ponta cônica piramidal ou facetada 
 
 A ponta dos instrumentos endodônticos é projetada para servir de 
guia e facilitar a penetração (avanço) do instrumentono interior de 
um canal radicular. Ela atua sobre as paredes dentinárias dos canais 
radiculares e esse fato não deve ser ignorado 
 
 A geometria da ponta é uma característica importante no desenho 
do instrumento e interfere no cateterismo de canais radiculares 
atresiados, assim como na limpeza e na modelagem final do preparo 
apical de um canal radicular 
 
 A simetria na geometria da ponta exerce papel importante sobre a 
capacidade de o instrumento endodôntico penetrar e permanecer 
centrado durante a sua movimentação no interior de um canal 
radicular 
 
 Pontas cônicas piramidais, devido à atividade de corte, mostram-se 
superiores às pontas cônicas circulares quando a velocidade de 
avanço do instrumento endodôntico no interior de um canal radicular 
é comparada. 
 
 Porém, em canais radiculares curvos e atresiados, maior incidência 
de desvios e perfurações pode ocorrer quando do emprego de 
instrumentos com pontas piramidais. 
 Pontas cônicas circulares não têm atividade de corte e avançam no 
interior de um canal radicular atresiado durante o movimento de 
alargamento (rotação) por compressão e esmagamento da dentina 
radicular 
 
 Vértices obtusos (arredondados) facilitam o deslizamento do 
instrumento junto às irregularidades das paredes dos canais 
radiculares reduzindo, o risco de iatrogenias (desvios e perfurações). 
 
 A forma do vértice da ponta dos instrumentos endodônticos fica a 
critério do fabricante. Todavia, é comum encontrar instrumentos com 
a mesma forma da ponta, porém, com vértices diferentes. 
 
 Vértices pontiagudos apresentam maior capacidade perfurante, 
mesmo sendo a forma da ponta do instrumento endodôntico cônica 
circular (sem capacidade de corte) 
 
 Vértices obtusos são mais seguros em relação a desvios e 
perfurações 
 
 Instrumentos endodônticos com vértice da ponta truncado, quando 
empregados no esvaziamento (cateterismo) de canais atresiados, 
favorecem o entupimento (perda da patência) ou o extravasamento 
de resíduos por via apical do canal radicular. 
 
 O ângulo da ponta dos instrumentos endodônticos pode variar de 
60 a 90 graus. 
 
 Quanto maior for o ângulo da ponta, maior será a resistência ao 
avanço do instrumento no interior de um canal radicular com 
diâmetro menor do que o instrumento, e, ao contrário, quanto menor o 
ângulo da ponta, menor a resistência ao avanço para uma mesma 
carga axial aplicada 
 
 
Haste de corte 
 
 Haste de corte é o segmento da parte de trabalho com forma 
sulcada na face externa do corpo metálico e que se estende da 
base da ponta até o intermediário do instrumento. 
 
 
Núcleo 
 
 O núcleo de um instrumento de corte é a parte central compreendida 
entre o fundo do canal que se estende desde a base da ponta até 
o término da haste de corte helicoidal cônica. A forma do núcleo 
está relacionada com a seção da haste de corte helicoidal cônica 
de um instrumento endodôntico 
 
Dimensões dos instrumentos 
 
Comprimento dos instrumentos 
 
 O comprimento útil de um instrumento, em milímetros, é dado pelo 
comprimento do corpo, desprezando-se o cabo ou haste de 
acionamento. 
 
 É representado pela soma dos comprimentos do intermediário e da 
parte de trabalho 
 
 Os instrumentos endodônticos padronizados são fabricados com 
comprimento de 21, 25, 28 e 31 mm, com tolerância de +0,5 mm 
 
 Os de 21 e 25 mm são os mais empregados. 
 
 Como a parte de trabalho mede 16 mm (valor mínimo), o que varia 
no instrumento endodôntico é a extensão do intermediário 
 
 Alguns instrumentos endodônticos especiais são fabricados com 
comprimentos diferentes da padronização (18, 19, 23 e 27 mm) 
 
 Para esses instrumentos, tanto o comprimento da parte de trabalho 
como o do intermediário não são constantes 
 
 Para os alargadores Gates-Glidden e Largo, o comprimento 
corresponde ao comprimento total dos instrumentos, ou seja, a soma 
da haste de acionamento mais o corpo do instrumento 
 
 
 
 
 
 
 Quanto maior o comprimento da parte de trabalho, maior a 
flexibilidade, e, ao contrário, menor a resistência à flambagem de um 
instrumento endodôntico 
 
 Quanto maior a flexibilidade de um instrumento, maior a possibilidade 
de se manter a forma original de um canal curvo após a sua 
instrumentação; quanto menor a sua resistência à flambagem 
(resistência a flexo-compressão), maior a dificuldade ao avanço do 
instrumento endodôntico no sentido apical durante o cateterismo de 
um canal radicular atresiado 
 
Diâmetro externo dos instrumentos 
 
 O diâmetro da ponta da parte de trabalho de um instrumento 
endodôntico é denominado D0 
 
 É um diâmetro virtual que consiste na projeção da conicidade da 
haste de corte helicoidal cônica até a ponta do instrumento 
 
 O diâmetro junto ao intermediário é denominado D seguido de um 
valor numérico correspondente ao comprimento da parte de trabalho 
em milímetros 
 
 Assim, quando a parte de trabalho apresentar 16 mm de 
comprimento, teremos as representações de D0 e D16 
 
 Os diâmetros nominais em D0, expressos em centésimos de milímetros, 
correspondem aos números dos instrumentos padronizados (ISO) e 
variam entre 06 e 140 
 
 São divididos em quatro séries: especial, de 06 a 10; primeira de 15 
a 40; segunda de 45 a 80; e terceira de 90 a 140. A soma das 
quatro séries perfaz o total de 21 instrumentos 
 
 
 O diâmetro nominal dos instrumentos aumenta de 0,05 mm até o 
número 60; a partir desse número até o 140, o aumento é de 0,1 mm. 
Para os números especiais 06, 08 e 10, o aumento é de 0,02 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extirpas-polpa 
 
 São pequenas hastes metálicas, suavemente cônicas, de aço 
inoxidável, providas de um cabo plástico colorido ou metálico com 
uma faixa colorida. O cabo é cilíndrico e tem 10 mm de comprimento 
e diâmetro de 3 mm. São caracterizados por apresentar sua parte 
de trabalho com farpas levantadas da própria haste metálica e 
dispostas circularmente, formando ângulo interno agudo com o eixo 
do instrumento 
 
 Os extirpa-polpas foram projetados para serem acionados 
manualmente com o movimento de remoção 
 
 Esse movimento é constituído de três etapas: penetração até o 
segmento apical do canal radicular, rotação de uma a duas voltas 
sobre seu eixo no sentido horário ou anti-horário e tração em 
direção cervical. 
 
 A principal indicação desse instrumento é na remoção da polpa 
dentária. Assim, devem ser denominados extirpa-polpas. Após sua 
introdução no interior do tecido pulpar, a rotação provoca o 
deslocamento da polpa das paredes dentinárias e a tração 
determina o seu rompimento a um nível de maior constrição do canal, 
que, geralmente, é o limite dentina-cemento (CDC), situado 
aproximadamente 1,0 mm aquém do ápice radicular. 
 
 São indicados para a remoção do tecido pulpar hígido, nos casos 
de cavidade pulpar ampla. Não devem ser usados na remoção de 
tecido pulpar nos casos de rizogênese incompleta, pois poderiam 
provocar a ruptura do tecido a um nível muito próximo dos tecidos 
perirradiculares, dificultando a reparação tecidual durante o 
tratamento endodôntico 
 
 Poderão também ser úteis na remoção de detritos livres no interior do 
canal, bolinhas de algodão e cones de papel utilizados com o 
medicamento intracanal 
 
 Os extirpa-polpas não devem ser usados em canais atresiados. 
Aconselhamos sempre, antes de sua utilização, que seja feita uma 
exploração prévia do canal com instrumento tipo K esbelto 
(delgado) 
 
 O extirpa-polpas nunca deve penetrar justo no canal, uma vez que, 
pela disposição de suas farpas, estas se fecham devido à 
deformação elástica da liga metálica ao tocar nas paredes 
dentinárias, facilitando a sua introdução 
 
 Todavia, ao se procurar remover o instrumento, as farpas ficam 
encravadas nas paredes dentinárias, levando à fratura das mesmasou do instrumento 
 
Instrumentos tipo K 
 
 Os instrumentos tipo K foram desenvolvidos pela Kerr (EUA), em 1915, 
razão da denominação instrumentos tipo K 
 
 São fabricados a partir de fios metálicos de aço inoxidável ou de 
NiTi. A forma final dos instrumentos tipo K é obtida empregando-se a 
torção ou a usinagem 
 
 
 
 
 Independentemente do fabricante, os instrumentos tipo K apresentam 
geometria (forma e dimensões) semelhantes. São empregados com os 
mesmos objetivos, ou seja, ampliação, modelagem e limpeza de um 
canal radicular durante a instrumentação 
 
 O cabo dos instrumentos tipo K é de plástico, podendo ser também 
de silicone colorido, conforme a correlação com a numeração ISO. A 
forma é bicôncava e tem de 10 a 12 mm de comprimento e diâmetro 
de 3 mm na parte bicôncava e 4 mm nas extremidades. Alguns 
instrumentos podem ter cabos com diâmetros na parte bicôncava de 
4 mm e nas extremidades, 5 mm 
 
 O intermediário dos instrumentos tipo K apresenta tamanho variável 
em função do comprimento do corpo e da parte de trabalho do 
instrumento endodôntico. Em algumas marcas comerciais, apresenta 
ranhuras que representam distâncias de 18, 19, 20 e 22 mm a partir 
da extremidade do instrumento endodôntico 
 
 Nos instrumentos tipo K fabricados por torção, o intermediário junto 
da haste de corte helicoidal cônica apresenta três ou quatro 
paredes planas oriundas da haste piramidal triangular ou 
quadrangular. Nos fabricados por usinagem, o intermediário é 
cilíndrico em toda sua extensão, ou seja, junto da haste de corte 
helicoidal cônica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A ponta dos instrumentos tipo K se apresenta como a figura 
geométrica de um cone. Pode ser classificada como cônica circular 
ou piramidal (facetada) 
 
 
 A extremidade da ponta pode ser pontiaguda, obtusa 
(arredondada) ou truncada (O ângulo da ponta é de 75 graus ± 
15 graus. 
 
 Quanto menor o ângulo, maior o comprimento da ponta 
 
 A passagem da base da ponta para a haste de corte helicoidal 
cônica pode apresentar ângulo de transição ou curva de transição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Instrumentos tipo K com pontas cônicas piramidais e vértices 
pontiagudos não devem ser empregados em canais radiculares 
curvos pelo fato de promoverem maior incidência de desvios e 
perfurações radiculares. Pontas cônicas circulares e vértices obtusos 
facilitam o deslizamento do instrumento nas irregularidades das 
paredes dos canais radiculares e reduzem o risco de iatrogenias 
 
 
 
 Vértices pontiagudos apresentam maior capacidade perfurante, 
mesmo sendo a forma da ponta do instrumento tipo K cônica circular 
 
 Pontas com vértices truncados podem favorecer o entupimento 
(perda da patência) e o extravasamento de resíduos via apical do 
canal radicular quando os instrumentos são empregados no 
esvaziamento de canais radiculare 
 
 Instrumentos tipo K com ponta cônica circular e vértice truncado 
devem ser empregados após o esvaziamento dos canais radiculares 
 
 O esvaziamento de um canal radicular deve preferencialmente ser 
realizado com instrumentos tipo K de ponta cônica circular com 
pequeno ângulo e vértice arredondado (obtuso). 
 
 A ponta dos instrumentos tipo K não deve apresentar ângulo de 
transição, mas sim, curva de transição 
 
 A presença do ângulo de transição pode provocar o transporte 
apical de um canal radicular ou favorecer a imobilização da ponta 
do instrumento, induzindo a fratura por torção, principalmente dos 
instrumentos tipo K de menores diâmetros. 
 
 A haste de corte dos instrumentos tipo K é helicoidal cônica, com a 
base voltada para o intermediário. É constituída pelas arestas ou fios 
de corte e pelos canais helicoidais dos instrumentos 
 
 Apresenta seção reta transversal triangular ou quadrangular 
 
 O perfil do canal dos instrumentos tipo K triangulares ou 
quadrangulares apresenta paredes retas 
 
 O perfil da aresta ou fio de corte apresenta a forma de filete oriundo 
da interseção das paredes de canais contíguos. Os de seção 
triangular apresentam três arestas de corte e três canais helicoidais 
 
 O ângulo interno da aresta de corte denominado ângulo de corte 
ou ângulo da cunha é de aproximadamente 60 graus 
 
 Os instrumentos de seção reta transversal quadrangular apresentam 
quatro arestas de corte. 
 
 O ângulo interno de corte é de 90 graus 
 
 Quanto menor o ângulo de corte e mais aguçado o seu vértice, 
maior a capacidade de corte de um instrumento tipo K 
 
 Os instrumentos tipo K de seção reta transversal triangular também 
são identificados com a denominação Flex (p. ex., instrumentos 
FlexoFile® – Maillefer e Flexicut CC+® – VDW) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os instrumentos tipo K são muito usados em Endodontia e foram 
projetados para serem utilizados como limas em movimento de 
limagem e como alargadores em movimento de alargamento parcial 
unidirecional à direita ou de alargamento parcial alternado 
(reciprocante) 
 
 O movimento reciprocante pode ser executado manualmente ou por 
meio de dispositivos mecânicos (contra-ângulos especiais acoplados 
em motores elétricos ou pneumáticos), enquanto o movimento de 
limagem geralmente é executado manualmente. 
 
 A parte de trabalho possui 16 mm de comprimento mínimo e 
conicidade de 0,02 mm/mm. Pode ser encontrado também com 
conicidades maiores. São fabricados com comprimentos úteis de 21, 
25, 28 e 31 mm. Os de 21 e 25 mm são os mais empregados. Pode 
ser encontrado, também, com comprimentos menores 
 
 Os números dos instrumentos tipo K variam entre 06 e 140, que 
correspondem aos diâmetros em D0, expressos em centésimos de 
milímetros. São divididos em quatro séries: especial, de 06 a 10; 
primeira de 15 a 40; segunda de 45 a 80; e terceira de 90 a 140] 
 
 
Limas tipo Hedstrom 
 
 As limas Hedstrom (H) são fabricadas por usinagem a partir de fios 
metálicos de aço inoxidável de seção reta transversal circular 
 
 São oferecidas comercialmente nos comprimentos úteis de 21, 25, 
28 e 31 mm 
 
 As de 21 e 25 mm são as mais empregadas 
 
 Os números das limas tipo H variam entre 08 e 140 
 
 A parte de trabalho possui 16 mm de comprimento mínimo 
 
 A parte de trabalho se caracteriza por apresentar apenas uma 
aresta lateral de corte disposta na forma helicoidal com sentido 
anti-horário (da direita para a esquerda), sob a forma de 
pequenos cones sobrepostos e com a base voltada para o cabo 
do instrumental 
 
 A ponta das limas tipo H apresenta o formato de um cone circular. 
A extremidade da ponta é aguda 
 
 O ângulo da ponta varia de 30 a 90 graus, conforme a marca 
comercial. 
 
 A haste de corte helicoidal apresenta conicidade de 0,02 mm/mm. 
Apresenta, em média, 18 a 22 hélices na haste de corte do 
instrumento 
 
 Para instrumentos de menores diâmetros (até o no 40) o ângulo 
agudo de inclinação da hélice em relação ao eixo do instrumento 
varia de 40 a 55 graus e, para os diâmetros maiores, é, em média, 
de 65 graus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As limas Hedstrom foram projetadas para serem acionadas 
manualmente por meio do movimento de limagem 
 
 Ao realizar o movimento de limagem é importante a rigidez do 
instrumento. Quanto maior a rigidez, maior a sua eficiência de 
raspagem 
 
 As limas Hedstrom têm como objetivo o preparo dos segmentos 
achatados e o desgaste anticurvatura de canais radiculares por 
meio do movimento de limagem 
 
 
 
 
Instrumentos endodônticos empregados no cateterismo de canais 
radiculares atresiados 
 Cateterismo, ou exploração, é o contato inicial do profissional com a 
anatomia interna de um canal radicular por meio do qual será 
possível verificar o número, a direção e o diâmetro dos canais, assim 
como a possibilidade de acesso à região apical. 
 
 Por muitos anos, mesmo após a introdução da liga NiTi na fabricação 
de instrumentos endodônticos, o cateterismo de canais radiculares 
atresiados tem sido realizado com instrumentos delgados (esbeltos) 
de açoinoxidável e acionados manualmente. 
 
 Recentemente, para esse procedimento têm sido propostos 
instrumentos endodônticos delgados de NiTi e acionados 
mecanicamente. 
 
 Instrumentos endodônticos usados no cateterismo de canais 
atresiados e curvos devem possuir pequenos diâmetros, pequenas 
conicidades, curva de transição, ponta cônica circular, vértice 
arredondado e propriedades mecânicas que permitam o seu avanço 
em sentido apical com segurança e eficiência 
 
 As propriedades mecânicas que podem influenciar o desempenho 
dos instrumentos usados no cateterismo de canais atresiados incluem 
resistência em flexão (flexibilidade), resistência à flambagem (flexo-
compressão), resistência ao dobramento e resistência à fratura por 
torção e por flexão rotativa (fadiga). 
 
 A seguir, descreveremos instrumentos de aço inoxidável e de NiTi 
empregados no cateterismo de canais radiculares atresiados. Os 
instrumentos de NiTi podem ser usados isoladamente ou após o uso 
de instrumentos de aço inoxidável 
 
Instrumentos endodônticos especiais de NiTi mecanizados 
 Em Endodontia, consideram-se instrumentos endodônticos 
mecanizados aqueles acionados exclusivamente por dispositivos 
mecânicos, com giro contínuo ou alternado, também denominado 
reciprocante. 
 
 Esses instrumentos são denominados alargadores helicoidais cônicos, 
uma vez que executam o movimento de alargamento de um furo 
(canal) e não de limas, pois não executam o movimento de limagem 
 
 
 
 Os instrumentos endodônticos especiais de NiTi mecanizados 
apresentam dimensões e desenhos da parte de trabalho variáveis 
com a marca comercial 
 
 Não existem normas de padronização para os instrumentos 
endodônticos especiais de NiTi mecanizados 
 
 A haste de acionamento dos instrumentos é metálica (liga de latão, 
cobre e zinco), unida por engaste a uma das extremidades do corpo 
(intermediário) do instrumento 
 
 Para outros, a haste de acionamento é obtida da haste metálica 
primitiva, ou seja, o corpo e a haste são obtidos por usinagem de um 
mesmo fio metálico 
 
 Serve para fixação do instrumento na cabeça do contra-ângulo e 
seu acionamento é obtido por meio de motores elétricos ou 
pneumáticos 
 
 Tem 15 mm de comprimento; todavia, alguns instrumentos apresentam 
comprimentos menores das hastes de acionamento (11 a 13 mm) 
 
 Esses instrumentos, quando usados em contra-ângulos de cabeça 
menor, possuem comprimentos totais menores, o que favorece o 
emprego em dentes posteriores e em pacientes de pequena abertura 
bucal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O diâmetro da haste de acionamento é universal (2,30 mm), o que 
permite a sua adaptação em contra-ângulos de qualquer marca 
comercial. Geralmente são douradas ou prateadas e possuem anéis 
coloridos ou estrias correlacionados à conicidade da haste de corte 
helicoidal cônica e ao diâmetro D0 da ponta do instrumento. 
 
 O intermediário apresenta tamanho variável em função do 
comprimento do corpo e da parte de trabalho do instrumento 
endodôntico. O intermediário geralmente apresenta ranhuras que 
determinam o comprimento a partir da ponta do instrumento 
endodôntico. 
 
 A ponta dos instrumentos endodônticos especiais de NiTi 
mecanizados, independentemente da marca comercial, é cônica 
circular, com a extremidade geralmente arredondada ou truncada. 
 
 É obtida por um processo de usinagem denominado torneamento 
cônico externo. 
 
 Apresenta curva de transição 
 
 A forma em arco (curva de transição) da passagem da base da 
ponta para a haste de corte helicoidal cônica dos instrumentos 
reduz a possibilidade de travamento (imobilização) do instrumento 
no interior de um canal radicular, durante a instrumentação por meio 
do movimento de alargamento contínuo 
 
 O travamento da ponta decorrente do ângulo de transição pode 
induzir uma deformação plástica na haste de corte helicoidal 
(reversão do sentido da hélice) e/ou a fratura do instrumento, desde 
que o torque aplicado ultrapasse o limite de resistência à fratura por 
torção do material 
 
 A curva de transição em arco permite o giro e o avanço do 
instrumento com um menor carregamento no sentido apical do canal 
radicular. Também minimiza o transporte apical de um canal radicular 
curvo.

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