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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS/ UFMG Curso De Graduação em Geografia (Licenciatura) TNA - 2º Semestre 2017 / 2º Período Disciplina: Geomorfologia Tectônica e Estrutural Orientadora: Roberto Célio Valadão Hans Müller Silva Campos. Questão 1: À etimologia da palavra Geomorfologia refere-se a: Geo = “Terra”; morfo = “forma”; logia = estudo. De acordo com o geógrafo Rodolfo Alves Pena, podemos definir que "a geomorfologia se trata do estudo sobre a forma da Terra, ou seja, as manifestações do relevo e toda a dinâmica estrutural a ele relacionada". Assim podemos definir a Geomorfologia como uma geociência que tem como alvo de estudo os elementos presentes e que ocasionam mudanças no relevo ocorrentes na superfície do planeta Terra, tem também como foco o estudo dos processos geológicos que atuam na formação das diferentes formas de relevo. Questão 2: Formas de relevo: São as formas que a superfície terrestre pode apresentar, são o principal objetivo de estudo da geomorfologia, onde a principal condicionante destas formas está ligada a geologia do local, ou seja, através do entendimento das formações rochosas e mineralógicas do local pode-se compreender as formas de relevo ali presentes. Processos geomorfológicos: São os pontos de partida para a investigação das variações nas formas do relevo e da superfície terrestre. Citando Thornes (1979) podemos dizer que as variações dessas formas do modelado representam respostas a variações espaciais e temporais nos processos, e às variações espaciais nos materiais e nas formas sobre as quais atuam tais processos. 2 Materiais: Provindos da erosão, degradação e/ou deterioração da rocha fonte, são os sedimentos, o material necessário para a formação do relevo e de certas rochas presentes na superfície. Assim sendo extremamente importante para formação do solo e compreensão da geologia do local. Podemos assim citar o termo “formação superficial”, muitas vezes utilizado como sinônimo de “estrutura superficial” conceituado por Dewolf (1965) como sendo ”formações continentais, friáveis ou secundariamente consolidadas, provenientes da desagregação mecânica e da alteração química das rochas, que tenham ou não sofridas remanejamento e transporte, qualquer que seja a sua gênese e sua evolução”. Escala geográfica do fenômeno: É a delimitação da área geográfica que será observada e estudada. Esta delimitação é necessária para entender melhor os tipos de processos geomorfológicos ali ocorridos, o tamanho da escala impacta diretamente no nível de complexidade das variáveis que podem estar envolvidas nesses processos. Esta escala pode ser micro e macro, ou qualquer escala contida entre essas duas (mesoescala) Escala temporal de (re)produção do fenômeno: A escala temporal está relacionada ao tempo necessário para a produção e reprodução dos processos e fenômenos geomorfológicos. Esse tempo pode ser geológico (bem longo), ou no tempo do homem (algo imediato), essa escala será definida a partir dos tipos de fenômenos que serão identificados e estudados. A escala temporal interage com a escala geográfica, pois ao delimitar a área a ser estudado, é possível identificar os fenômenos e a escala temporal em que aconteceram, assim interligando as demais tópicos já apresentados. 3 REFERENCIAS THORNES,J.B. Processes and interrelationships rates and changes. In: EMBLETON,C. ÞES,J.B. (eds.) Process in Geomorphology, London: Edward Arnold v.12, pp.378-387, 1979. DEWOLF, V. Interêt et principes d´une cartographie des formations superficielles. Association des Publications de la Fac. Lettres et Sci. Hum. Univ. Caen, 181, 1965.