Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

Radiologia da Sela Túrcica
· Algumas medidas e valores de corte são utilizados para saber se a sela túrcica se encontra em seu tamanho normal ou não. Geralmente num raio x de um adulto o diâmetro craniocaudal da sela deve ser de 12mm e o anteroposterior de 16mm. Porém, não se pedem mais raio x para essas situações. Em casos de alterações na sela pode se deduzir que algo está crescendo dentro da mesma. 
 
· O exame usado para a avaliação óssea é a TC, porém como o exame da sela túrcica é realizado apenas após algum sintoma relacionado a hipófise, o melhor exame para se avaliar a mesma é a ressonância. Pode acontecer de se estar em algum local que não tem acesso a ressonância, então se pede uma TC, mas posteriormente a RM é realizada independente do achado. Assim, o primeiro exame para se avaliar hipófise é a RM.
· A aeração dos seios esfenoidais (podemos ter 1, 2 3 até 3) é muito diversificada/variada.
· As cirurgias de hipófise são realizadas de forma trasnsesfenoidal, ou pelo nariz, ou pela boca. Atravessando o seio esfenoidal e acessando diretamente a sela túrcica.
· Nós possuímos 2 hipófises, com funções e tecidos diferentes (estruturas constituídas de formas diferentes), isso porque elas possuem origens embrionárias diferentes. Assim, na ressonância magnética pode se observar ligeira diferença no sinal delas (como a plotagem é geralmente baseada em água o sinal fica ligeiramente diferente), porém na TC a densidade de ambas é bem semelhante, sendo densidade de partes moles.
· Lateralmente a sela pode se observar a passagem da carótida comum e de alguns pares cranianos como o 3°, 4°, parte do 5° e o 6°. Sabemos que esses pares cranianos estão relacionados a mobilidade da face, mas principalmente a mobilidade ocular. 
· Dessa forma, quando temos o crescimento de algo dentro da sela (geralmente a hipófise) pode se notar uma resistência oferecida pela presença de osso embaixo e atras da mesma. Assim, esse crescimento se dá para locais de oferecem menos resistência, como na região superior da mesma. Nessa região se encontra a cisterna quiasmática/supraselar, que se encontra próxima ao quiasma óptico.
 
· Assim, o crescimento da hipófise normalmente tem como sintomatologia alteração visual, uma vez que interfere diretamente no quiasma óptico. Caso esse crescimento se dê para os lados ele pode interferir no 4°, 5° e 6° par craniano, alterando a mobilidade visual.
· Dessa forma, ao se suspeitar de crescimento de hipófise (crescimento de uma massa geralmente com mais de 3cm) deve se realizar exames relacionados a mobilidade ocular e a acuidade e campo visual.
· Na embriologia da hipófise sabe-se que a parte posterior provem “de cima”, do neuroectoderma e a parte anterior vem “de baixo”, do teto da cavidade bucal. Assim, essas duas regiões tem funções diferentes, histologia diferente e se juntam anatomicamente, não sendo tão bem diferenciadas na TC (tendo densidade de partes moles), podendo ser diferenciadas na RM (possuem sinal um pouco diferenciado), mas nem sempre também. 
 
· Quando ocorre o crescimento de uma massa dentro da sela túrcica, algumas alterações podem ser observadas. Entre elas o alargamento da cavidade da própria sela por afinamento do dorso e do assoalho da mesma.
· Vale destacar que o assoalho não será erodido de forma homogenia, sendo partes dele erodidas e outras não. Assim, ao se observar na imagem uma duplicidade do mesmo, significa uma erosão nesse.
 
· Vale lembrar que não é de costume pedir um raio x em perfil para se avaliar suspeitas de massa na região da sela túrcica. Sendo a RM o primeiro pedido na maioria das vezes e apenas quando não se pode utilizá-la que se realiza o pedido por uma TC.
· Selas em omega ou sela em ‘’J”, em geral, são variações anatomicas/variantes da normalidade da sela turcica. Porém podem ser ocasionadas por hidrocefalia, síndrome/doença de Hurter, acondroplasia e tumor quiasmatico ou hipofisario (raros e geralmente realizam uma destruicao homogenea, não fazendo sela omega).
 
· Antigamente, quando o uso da RM ainda era escasso e de difícil acesso, o uso da TC por contraste era frequentemente usada para a avaliação da hipófise. A glândula hipofisária cora homogeneamente a sela túrcica, quando isso não ocorre pode ser um sinal patológico. Vale destacar que sua haste perfura o diafragma selar e é centrada.A.Cerebral 
Carótida
Carótida
· No corte coronal podemos observar as carótidas esquerda e direita. Após a saída do vaso oftálmico elas viram artéria cerebral média e anterior.
· Na RM observasse a ausência de sinal na região do seio esfenoidal, que ocorre devido a presença de ar no mesmo. Além disso, se observa o istmo/infundíbulo/haste, quiasma óptico e as carótidas.
· O sinal na RM da parte posterior da glândula costuma ser um pouco maior (mais branco) que o sinal percebido na parte anterior. Vale destacar que a gordura dentro do clivos gera a impressão de mistura com a parte posterior da hipófise.
· O tamanho “padrão” da hipófise é muito relativo, já que depende do quanto ela está funcionando e isso varia de acordo com a idade e com a atividade hormonal (por isso em gestantes e adolescente ela costuma ser maior). Assim sua altura máxima (mas não muito confiável) para menores de 12 anos é de 6mm, na adolescência costuma ser de 10mm, em adultos de 8/9mm, em gestantes de 12mm e costuma entrar em redução gradual após os 50 anos.
· Vale lembrar que primeiro a massa hipofisária crescerá para cima, posteriormente ela crescerá para os lados e para trás. Por esse motivo o quiasma óptico sempre deve ser bem avaliado quando se suspeita de massas crescendo nessa região. Para realizar essa avaliação deve se realizar uma ressonância, pois esse não é bem avaliado na TC.
· Na RM podemos fazer uma aquisição apropriada para ver o trato óptico. Vale observar que na RM é possível ver bem o nervo óptico e a bainha com líquor que se encontra envolta dele. Esse liquido se encontra em maior sinal (mais branco).Quiasma Óptico
Seio Esfenoidal
· O crescimento de massas dentro da hipófise, em geral neoplasias (adenomas), podem produzir ou não hormônios (serem funcionantes ou não), já que comprimem o tecido hipofisário causando os 2 efeitos. Tumores menores que 10mm são chamados de microadenomas, já os tumores com 10mm ou mais são chamados de macroadenomas. Início das Tubas Auditivas
Cisterna Quiasmática
 
· Os macroadenomas comprimem primeiramente o quiasma óptico e posteriormente, caso se desloquem lateralmente, os pares cranianos. Essas lesões expansivas muito grandes podem influenciar na secreção hormonal, na compressão de tecido hipofisário normal (chegando a “matar” a célula), gerar compressão quiasmática, efeitos sobre os seios cavernosos e realizar determinada extensão ao seio esfenoidal. Como os pares cranianos que podem ser afetados envolvem movimentos oculares e se relacionam com o campo visual, o primeiro exame a ser realizado para conferir tal problemática envolve exames visuais. Macroadenoma em RM
· Quando encontramos uma massa dentro da cisterna quiasmática em geral essa provém da sela túrcica (geralmente são macroadenomas).
· Uma compressão de quiasma ocasiona uma hemianopsia bitemporal. Geralmente essas compressões vem de massas dentro da cisterna quiasmática, que por sua vez provém da sela túrcica.
· Gigantismo, em geral, é uma doença ocasionada por massas hipofisárias, que costumam ser microadenomas, mas podem ser macroadenomas.
· Como a hipófise anterior e a posterior provém de tecidos embrionários diferentes e apenas se encontram depois, pode ocorrer de elas não realizarem tal encontro. Caso isso aconteça, teremos uma ectopia pituitária posterior. Assim, a adenohipófise se encontrará dentro da sela, enquanto a neurohipófise se encontrará fora da mesma e ligada ao infundíbulo (próxima ao 3° ventrículo e dentro da cisterna quadrigeminal/quiasmática?). A hipófise posterior mantém seu sinal um pouco mais aumentado.
· Sela Vazia: Trata-se de uma sela alargada e sem massa, apenas com a presença de líquor. Esse líquor é produzido normalmentepelos ventrículos laterais e o 3° ventrículo e circula devido a pulsação dos vasos (no líquor existe uma pulsação). Normalmente, a dura-máter forma o diafragma selar e impede que esse liquido corra para o interior da sela (possui abertura apenas para a passagem do infundíbulo), protegendo o conteúdo selar da pulsação desse líquor.
· A pulsação desse liquido na região da hipófise faz com que a mesma seja espremida contra o assoalho e o dorso (isso acontece quando o diafragma possui uma abertura maior do que a desejada para a passagem do infundíbulo). Esse efeito é o que gerará a “sela vazia”, entretanto a mesma não se encontra vazia, e sim possui uma hipófise espremida contra o seu dorso e assoalho.
 
· Sela Vazia Primária: Defeito do diafragma selar que gera compressão da hipófise. Ocorre em 15% dos casos de RM.
· Sela Vazia Secundária: Conteúdo selar retirado cirurgicamente ou por meio de radiação (destruição do tecido da hipófise por radioterapia) ou lesão (síndrome de Sheehan hipotensão que ocorre durante o parto que degenera a hipófise).
· O termo sela vazia atualmente é amplamente utilizado. Seu diagnostico diferencial pode se dar por lesão cística intraselar (cisto empurra a hipófise). O exame para avaliar lesão paraselar, intraselar, supraselar e hipófise é a RM. 
Obs.: No SUS precisa se pedir primeiro uma TC antes da RM.

Mais conteúdos dessa disciplina