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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Reconhecida pela Portaria – MEC. n.º 1580, de 09/11/1993, publicada no D.O.U. de 10/11/1993 Mantenedora: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – APEC. Unidades: Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão Curso de Psicologia Trabalho de Bases Filosóficas e Históricas da Psicologia 1º bimestre de 2021 Prof. Márcio de Macedo Acadêmicas(os) Nome Bruna Piccinini da Silva RA 08008283 Nome Elizandra Viapiana RA 00214230 Nome Sabrina da Costa Silva RA 00214249 FILÓSOFOS DA NATUREZA ⤹ PRÉ-SOCRÁTICOS O período pré-socrático foi onde deu início a Filosofia - Século VI a.C, em Mileto, cidade da Jônia, colônia grega da Ásia Menor. Os filósofos pré-socráticos foram aqueles que antecederam Sócrates, os primeiros filósofos Gregos, sábios da filosofia, porém, como alguns deles viveram na mesma época de Sócrates, a principal definição para os mesmos é a de que foram filósofos que possuíam reflexão filosófica diferente da de Sócrates, isto é, a investigação dos pré-socráticos era voltada para natureza, enquanto a reflexão de Sócrates era voltada para o ser humano. Os pré-socráticos desenvolveram suas teorias entre o século VII e V a.C, foram os primeiros a romper com a explicação mitológica, que consistem em histórias fantasiosas, eles buscavam explicar a natureza de forma racional e lógica, ou seja, utilizando a razão. (Segundo Barnes, 1997, p.20-24 apud Hobuss, 2015,p.25) decorrer desse período existiram quatro conceitos fundamentais: - Kosmos (Universo): esse conceito pressupõe que o universo é um ser totalmente ordenado, composto de beleza e harmonia; - Physis (Natureza): a natureza possui dois aspectos fundamentais. Em primeiro lugar, é a natureza que subjaz a todas as coisas. Os pré-socráticos estudam qual é a natureza das coisas, isto é, aquilo que lhe é próprio, que lhe pertence a si mesma; - Arché (Princípio): é o princípio originário de todas as coisas, de onde todas provêm; - Logos (Razão): é o caráter distintivo da filosofia antiga, sua característica fundamental. Devemos dar razões, explicar o porquê das ocorrências do mundo. Resumidamente os pré-socráticos foram em busca de uma explicação racional e sistemática das características do universo, que era a COSMOLOGIA a fim de substituir a antiga explicação sobre a UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Reconhecida pela Portaria – MEC. n.º 1580, de 09/11/1993, publicada no D.O.U. de 10/11/1993 Mantenedora: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – APEC. Unidades: Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão origem do universo baseados nos mitos que era a COSMOGONÍA Os principais filósofos pré-socráticos serão mencionados a seguir: Tales de Mileto: é considerado por Aristóteles como sendo o primeiro filósofo, pois foi ele quem deu a origem a utilização da razão para explicar o universo, a sua origem e tudo que nele existe. Para Tales Arché era água, ou melhor a umidade, não se referia apenas a substância água, mas a tudo aquilo que era úmido, pois tudo aquilo que era vivo e traz vida é úmido, a inexistência da umidade, a completa seca, corresponderia a não existência - a morte, o pensamento de tales deu origem ao termo MONISMO, que é a doutrina que considera mundo como sendo por um princípio fundamental único. Anaximandro: era discípulo de Tales, para ele arché era algo que além dos limites observável, ou seja, que não se situa em uma realidade ao alcance dos sentidos, sua arché era o Apeiron, isto é, o indeterminado, o ilimitado, o infinito. Ápeiron não é material, não é fundamento da natureza e também não é uma qualidade, e sim algo abstrato, não podendo ser em termos de existências sensíveis, é concebido somente pelo pensamento. Anaxímenes: discípulo de Anaximandro, ele tentou fazer uma síntese do pensamento de Tales e de Anaximandro, isto é, um meio termo da água e do ápeiron, sua conclusão era de que o ar era a arché, o ar não era palpável como a água e nem era abstrato ou indeterminado como o ápeiron, o ar também é infinito e ilimitado podendo estar em todos os vazios do universo. Para Anaxímenes, o ar através da rarefação e da condensação formava todas as coisas existentes. Pitágoras: dizia que arché era os números, para ele a natureza é feita de um sistema de relações e proporções matemáticas, tudo o que existe pode ser quantificado, contabilizado e traduzido em número, ou seja, todas as coisas são números, isto é, as proporções harmoniosas entre as coisas é que regiam o universo. Heráclito: conhecido como autor da famosa frase "não nos banhamos duas vezes no mesmo rio” ele dizia que tudo flui nada permanece o mesmo, o universo muda e se transforma infinitamente a cada instante, sem transformação a physis (natureza) não existiria, essa constante transformação das coisas é chamada de DEVIR, para ele o fluxo constante da vida seria impulsionado justamente pela luta de forças contrária, por exemplo, ordem - desordem, bem - mal, belo - feio, construção - destruição, justiça - injustiça, racional - irracional, alegria - tristeza...etc. é pela luta das forças opostas que o mundo se modifica e evolui, para Heráclito a arché era o fogo, o qual governava constante movimento dos seres em chamas UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Reconhecida pela Portaria – MEC. n.º 1580, de 09/11/1993, publicada no D.O.U. de 10/11/1993 Mantenedora: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – APEC. Unidades: Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão vivas e eternas, o fogo é arché porque ele tudo transforma, por ex: se a água perde fogo- calor ela fica sólida, se ganha ela evapora, o pensamento dele deu origem ao termo MOBILISMO que é a doutrina segundo a qual realidade está em contínua mudança, que nada é fixo, nada é determinado, o real é por natureza dinâmico, e sua essência é o movimento. Parmênides: afirmava que “o ser é o não ser não é” ser é arché de Parmênides, ser é tudo aquilo que existe, é a essência da natureza, tudo que existe na natureza é um ser, o ser é a temporal uniforme indestrutível, e o não ser não existe, para Parmênides aquilo que muda é o não ser, ou seja, o que não existe, pois mudar é justamente não ser mais aquilo que era e tornar ser aquilo que ainda não é, não sendo portanto absolutamente nada, Parmênides se opunha ao mobilismo, que era defendido por Heráclito que dizia que tudo estava em constante transformação, para Parmênides a mudança que observamos nas coisas são apenas aparências, o que é real é imutável, ou seja, a essência das coisas é imutável e imóvel, dessa forma tudo possui essência que é imutável e uma aparência que é mutável, a essência das coisas se conhece através da verdade - Aletheia, e a aparência se conhece através da opinião - Doxa; resumidamente o ser das coisas é o princípio fundamental, tudo o que existe possui um ser, Parmênides caracterizava o movimento apenas como aspecto superficial das coisas. Empédocles: considerava que todas as coisas eram resultantes da fusão dos quatros princípios eternos indestrutíveis, que constituíam as raízes de todas as coisas, sendo eles o fogo a terra a água e o ar, esses elementos eram unidos pela amizade - amor, e separado em forma adversa e proporções diferentes pela discórdia - ódio, esses quatro elementos primordiais eram, portanto, a arché para Empédocles. Anaxágoras: dizia que a realidade era composta por infinidade de elementos, chamados de sementes ou homeomerias, possuíam propriedades irredutível de cujo combinação nascem todas as coisas, dessa forma a arché para Anaxágoras são essas sementes que se misturam e se separam, inicialmente estavam todas juntas confundidas e sem ordem num caos primitivo, mas foram ordenadas por uma inteligência, isto é, uma mente cósmica que ordena o mundo chamado de NOUS. Demócrito: desenvolveu a doutrina filosófica conhecida como atomismo a qual foi criada por Leucipo, ele dizia que todas as coisas que tornam a realidade sãoconstituídas por partículas indivisíveis e minúsculas, ao ponto de não serem vistas ao olho nu chamadas de ÁTOMOS, que significa não divisível, os átomos são separados uns dos outros pelo vazio, mantendo propriedades atrativas que os associavam, dando origem a todas as coisas existente do universo, e propriedades repulsivas que reconstituem UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Reconhecida pela Portaria – MEC. n.º 1580, de 09/11/1993, publicada no D.O.U. de 10/11/1993 Mantenedora: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – APEC. Unidades: Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão desagregando assim como sua forma, os átomos são eternos e possuem todos a mesma natureza, embora tenha formas diferentes, portanto a arché de Demócrito eram os átomos. Principais correntes de pensamentos no qual os pré-socráticos estudavam eram as escolas que serão citadas abaixo: Escola Jônica: considerada como início da filosofia na Grécia antiga, caracterizando-se para busca nos elementos da natureza, física, o princípio e a causa de todos os seres do universo, o princípio da Physis da natureza. Os principais representantes dessa escola são Tales de Mileto, Anaxímenes, Anaximandro e Heráclito. Escola Pitagórica: seu pensamento principal, era que a natureza era constituída pela própria matemática, a base de toda realidade estava nas relações matemáticas as quais governavam o mundo. Os principais representantes dessa escola são Pitágoras e Filolau. Escola Eleata: formulou o princípio não com base num elemento preciso, mas na imobilidade de todas as coisas que evidencia as essências de tudo. Os principais representantes dessa escola são Xenófanes, Parmênides e Zenão. Escola Pluralista: pertence à segunda fase do pensamento pré-socrático, cujo posicionamento baseia-se no fato de considerarem não haver apenas uma arché para o universo. Os principais representantes dessa escola são Leucipo, Demócrito, Empédocles y Anaxágoras. Há uma certa dificuldade em entender os pensamentos dos pré-socráticos, porque muitos de seus escritos foram perdidos, ou alguns filósofos nem chegaram a deixar nada escrito, muito do que sabemos sobre os pré-socráticos vem de fragmentos e citações feitas por outros filósofos posteriores. Os pré-socráticos iniciaram a construção de uma visão integrada e integral do ser humano, apta a superar a visão disjuntiva do período anterior, evidente, sobretudo, na narrativa homérica. UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR Reconhecida pela Portaria – MEC. n.º 1580, de 09/11/1993, publicada no D.O.U. de 10/11/1993 Mantenedora: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – APEC. Unidades: Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão Referências Bibliográficas HOBUSS, João. Introdução à História da Filosofia. Antiga http://nepfil.ufpel.edu.br/publicacoes/1-introducao-a-história-da-filo-antiga.pdf. Acesso em 28 de março de 2021 as 17:30 Toda Matéria, Pedro Menezes, introdução à Filósofos Pré-Socráticos. https://www.todamateria.com.br/filosofos-pre-socraticos/, Acesso em 28 de marco de 2021 as 15:00hs. Mundo Educação, Francisco Porfirio, introdução à Filósofos Pré-Socráticos. https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/presocraticos.htm, Acesso em 28 de marco de 2021 as 14:00hs https://www.todamateria.com.br/filosofos-pre-socraticos/ https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/presocraticos.htm Sem título