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RELATÓRIO SEMANA JURÍDICA DA FACULDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA Palestra: A importância do domínio da informática na atualidade. Palestrante: Claudemir da Silva Dia: 19.02.2021 É incontestável a afirmação de que a informática mudou consideravelmente a forma de nos relacionarmos. No século XXI a informação automática tornou-se uma ferramenta essencial. Ao operador do Direito é imprescindível acompanhar os avanços tecnológicos, sua aplicação social e as vertiginosas alterações no ordenamento jurídico. Os avanços da informática são notórios em todas as esferas, proporcionando imensuráveis transformações na sociedade. Esse avanço é extremamente benéfico e não deve retroagir, ficando a cargo dos juristas dominar a informática e sua prestabilidade, sendo estes, primordiais para uma boa atuação e para manter-se competitivo no mercado de trabalho e na sociedade. Como é sabido, a informática tomou proporções infinitas, desta forma, é pertinente que se amplie as discussões acerca do tema para que acadêmicos de direito tenham informática jurídica como uma disciplina indispensável. A Lei n. 11.419 de dezembro de 2006 tem o objetivo de disciplinar o Processo Eletrônico e modificar o tramite das ações em todas as instâncias do Judiciário permitindo o uso do meio eletrônico na prática de atos processuais. Tendo como principais vantagens a transparência dos dados, a economia de recursos e a celeridade processual. O instrumento do processo eletrônico possibilita que etapas burocráticas deixem de existir, minimizando o tempo de tramitação de um processo com a utilização de recursos da informática. O processo virtual modificou algumas atividades judiciárias, viabilizando a visualização das peças processuais e o peticionamento eletrônico, durante 24 horas e de qualquer lugar do mundo, porém, a dificuldade de conexão à internet provoca prejuízos ao peticionamendo on-line dos advogados, tornando deficiente a ferramenta. RELATÓRIO SEMANA JURÍDICA DA FACULDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA Palestra: Fake news em tempos de pandemia. Palestrante: Sammy Barbosa Dia: 19.02.2021 Nesta noite, o palestrante nos brindou com uma brilhante explanação concernente as fake News em tempos de pandemia. O mundo enfrenta uma pandemia em plena era digital de marketing político, era também chamada de pós-verdade. Pós-verdade foi eleita a palavra do ano em 2016 pelo Dicionário Oxford. Alguns acontecimentos contribuíram para que a palavra pós-verdade fosse escolhida. No ano de 2016, o referendo de saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, e as eleições dos Estados Unidos, na qual o Donald Trump concorria à presidência. Durante esses dois eventos políticos, a palavra pós-verdade ganhou força através da copiosa propagação de fake news na internet. A “Direita alternativa”, grupo extremista ligado ao Donald Trum também teve sua contribuição na escolha da palavra do ano. Seus membros são defensores do direito ao porte de armas, contrários a equidade de gênero e acreditam em teorias conspiratórias sobre um “genocídio das populações brancas”, perseguem ativistas associados à esquerda, provocam violência durante manifestações associadas a minorias, são contrários a velha política e negam a ciência. Outra contribuição e destaque para a palavra supraindicada foi a matéria de capa da revista britânica The Economist intitulada "Arte das Mentiras: Política pós-verdade na era das mídias sociais". Portanto, fica evidenciado que no contexto político, a fake news passou a ser usada como tática de marketing eleitoral. O excesso de notícias falsas desencadeia muitas consequências relevantes como a perda de confiança em instituições antes conhecidas por apresentar e representar a verdade dos fatos: a imprensa, a ciência e as elites intelectuais em geral. Os termos, fake news e pós-verdade caminham juntos. Em tempos de Covid-19, acontece a combinação mais perigosa das duas palavras, as informações e orientações que contrariam o conhecimento científico transmitem medo, insegurança e até a prática de charlatanices, maximizando os avanços da doença e consequentemente as mortes. No final de dezembro de 2019, em Wuhan, na China, foram identificados os primeiros casos de um novo patógeno responsável por provocar síndrome respiratória aguda, semelhante à pneumonia. A doença espalhou-se rapidamente para outros países, atingindo milhões de pessoas e levando a Organização Mundial da Saúde a decretar, em março de 2020, o surto de pandemia. O mundo sofreu mudanças radicais. A vida dos brasileiros foi marcada por uma enxurrada de informações, nem sempre confiáveis, divulgadas diariamente pelos meios de comunicação oficiais e pelas redes sociais. Consequentemente, a enorme circulação de boatos acerca do contágio desencadeou um segundo problema: a propagação de notícias falsas relacionadas à Covid-19. Quem acompanha noticiários e redes sociais constata que as fakes news estão tomando proporções estarrecedoras, viralizando notícias que aumentam o risco para a saúde da população. A pandemia está sendo politizada por líderes negacionistas que não se preocupam com as pessoas, como o ex-presidente Donald Trump, suas atitudes contribuíram para que os Estados Unidos tornassem o campeão em contaminações e mortes. No Brasil, infelizmente constatamos o mesmo, nosso Presidente nega a pandemia, chamou o Covid-19 de “gripezinha”, prega a cloroquina como solução para a cura da doença e dissemina notícias falsas concernentes ao novo patógeno. No Acre providências foram necessárias para que uma igreja obedecesse ao Decreto vigente, alguns religiosos induzem os indígenas a recusarem a vacina e lamentavelmente a existência de pessoas tentando “furar a fila” na frente dos idosos e profissionais da saúde. O negacionismo, as fake News e a incompetência dos governantes são as principais causas do momento caótico que estamos vivenciando. RELATÓRIO SEMANA JURÍDICA DA FACULDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA Palestra: Marketing jurídico. Palestrante: Soraya Salomão Dia: 18.02.2021 Como bem destacado pela palestrante, marketing é tudo, tudo é marketing. O marketing tem como objetivo descobrir quem é o seu cliente, conhecer melhor o seu público-alvo e criar estratégias a fim de chamar sua atenção e conquistá-lo. De acordo com o código de ética da OAB não é permitido que advogados façam propagandas para captar clientes, mas é fundamental a realização de um bom marketing jurídico para conquistar clientes. Marketing jurídico é uma estratégia de posicionamentos para os advogados no mercado de trabalho, é a execução dessa estratégia que vai permitir que o operador do direito mostre quais são as suas especialidades e quais problemas você resolve. É principalmente o que trará para o seu negócio não apenas clientes, mas os clientes certos. O novo Código de Ética em seu Capítulo VIII, artigo 39 afirma: “A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão”. Conforme supramencionado pelo Código de Ética da OAB, não é permitido todo tipo de marketing, mas é admitido ao bacharel em direito criar conteúdo informativos e educacionais. Vale ressaltar a importância de estar ciente do entendimento da sua Seccional. O primeiro passo para um bom marketing jurídico é definir e estudar o seu público-alvo objetivando saber como se comunicar e o que esperam de você. Colocando-se sempre como um professor ao expor seu conhecimento jurídico, forneça conteúdos informativos, utilizando-se de palestras, vídeos, publicação de artigos jurídicos e a utilização das redes sociais como ferramentas para proporcionar aos clientes conteúdos relevantes. Cuide da sua imagem, o advogado deve se vestir conforme a ocasião. Em qualquer compromisso profissional, apresente-se condizente com a profissão e tenha uma adequada postura profissional. Utilize suas redes sociais com responsabilidade, não expondo conteúdos e opiniões que possam comprometer a sua imagem pessoal e profissional.Por último, mas não menos importante, lembre-se: “Quem não é visto, não é lembrado.” RELATÓRIO SEMANA JURÍDICA DA FACULDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA Palestra: Audiências Virtuais. Palestrante: Gabriel Gonçalves Dia: 18.02.2021 Com o objetivo de preservar a manutenção das atividades judiciárias em face da situação pandêmica que vivenciamos, o CNJ publicou a Resolução nº 329, de 30 de julho de 2020, na qual regulamenta e estabelece critérios para a realização de audiências e outros atos processuais, em processos penais e de execução penal, durante a pandemia do coronavírus. As audiências virtuais devem observar os princípios constitucionais do devido processo legal e garantia do direito das partes, além de garantir a publicidade dos atos, com exceção dos processos em segredo de justiça. O uso de videoconferência não ocorrerá apenas nos casos em que a impossibilidade técnica ou instrumental de participação por algum dos envolvidos for alegada. Nessa hipótese, é vedado ao magistrado aplicar qualquer penalidade ou destituir a defesa. Em caso de falhas de conexão de internet ou dos equipamentos, durante as audiências, as partes não poderão ser prejudicadas. Surgindo dificuldades técnicas, a audiência poderá ser interrompida e designada outra data para sua realização. Os magistrados são orientados a ter atenção especial aos atos que envolvam violência doméstica e familiar contra a mulher, crianças, adolescentes ou idosos e crimes contra a liberdade sexual, com a adoção de medidas adequadas para evitar constrangimento e dor para as vítimas. A referida Resolução do CNJ traz ainda orientações para garantir a participação de réus presos na audiência virtual. Dispõe ainda sobre os casos em que o réu, ofendido ou testemunha não tenham os recursos adequados para acessar a videoconferência. As audiências por videoconferência apresentam diversos benefícios para os envolvidos, entre eles podemos destacar: a redução de custos com deslocamento, celeridade nos julgamentos, menos riscos à segurança, plena garantia dos direitos do réu, sigilo de dados e mecanismos de gravação. As desvantagens da realização das audiências por videoconferência são: a necessidade de conexão com a internet; utilização de telefone celular, ou computador, problemas de conexão com a internet e insegurança dos juízes e advogados quanto ao aspecto da realização da audiência de instrução e garantir que partes e testemunhas não ouvirão os depoimentos umas das outras.