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Sem desperdícios
Os itens que economizam
e agilizam a construção
Tipos de fundações
Garanta a correta 
sustentação da sua casa
Método construtivo
Conheça as vantagens 
de cada sistema
Dicas para comprar
Aço, cimento, concreto,
blocos, tijolos e madeira
Xô, umidade
Tudo sobre 
impermeabilizantes
Plantas e perspectivas
Entenda detalhadamente
as plantas baixas
Há 
19 anos
ajudando 
quem constrói 
e reforma
nº1
O ÚNICO
MANUAL DA
CONSTRUÇÃO
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e organizada, informações sobre 
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IMPORTANTE: A proposta de projeto deve ser entendida como uma colaboração da ArcelorMittal, não representando nenhuma responsabilidade técnica. São necessárias análise e verificação por parte de profissional especializado, que também deverá 
acompanhar a correta execução da obra. Os quantitativos dos materiais estão de acordo com a proposta de projeto apresentada. É importante que o executor da obra faça a verificação desses quantitativos em função do seu procedimento executivo.
Construir nunca 
foi tão fácil
3
editorial
Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos aqueles que pre-
tendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz conteúdo explicativo e deta-
lhado em um novo projeto gráfico que valoriza a leitura agradável.
Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia em que se encon-
tram passo a passo todas as etapas da construção até os acabamentos finais. Serão três edições
ao longo do ano. Em suas mãos, a primeira abrange as fases iniciais para planejar tudo ade-
quadamente e executar a obra com perfeição. 
A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel, por meio de
dicas e alertas importantes desde a compra do terreno, os tipos de financiamento, como con-
tratar os profissionais que serão os responsáveis pela construção, materiais básicos, estrutura,
fundação, impermeabilização e muito mais. 
Boa leitura e sucesso na obra!
03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 3
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Redação Janaína Silva
Publicidade Kilma Lima
Administrativo Natália Seemann
Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França
Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea-
triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira,
Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu-
tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor-
ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima, ,
Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton
Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri-
cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos)
Impressão Maistyper
Distribuição Dinap SA
FALE CONOSCO
ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br
ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br
PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br
REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br
REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br
Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
Renato Sawaia Sáfadi
Construcão do Começo ao Fim, ISSN 1547-042X, registrada no 1º RTD sob o nº 2109.300 é uma publi-
cação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-98. Ninguém está autorizado a representar o
nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é
permitida a reprodução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos publicados, exceto
com autorização da CasaDois Editora. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opi-
nião da revista. A editora não se responsabiliza por informações ou teor dos anúncios publicados. 
IMPRESSO NO BRASIL.
A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro tra-
balho administrativo-financeiro. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qual-
quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br
PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA
ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de
Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro,
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sanato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E
DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir
Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas
e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e
Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS:
Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração
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cias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis
Bolos, Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM
E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Or-
quídeas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar,
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de 50 a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize
Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma,
Guia de Projetos para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Projetos de 100 a 200 m².
SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre.
03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 4
03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 5
6
índice
Inspirações para o projeto 8
Dicas para escolher o melhor lote 12
Confira opções de crédito e o consórcio imobiliário 16
Funções de cada profissional 18
Equipamentos essenciais para garantir a segurança 20
Contrato 22
Como aprovar o projeto 24
Plantase perspectivas 26
Medidas recomendadas para os ambientes 34
Construções acessíveis 36
Dicas para uma boa compra 38
Madeira 40
Aço, cimento e concreto 44
Blocos e tijolos 48
Canteiro da obra 52
Sondagem 54
Terraplanagem 56
Gabarito e piquetagem 60
Deixe a casa longe da umidade 62
Fundação 68
Métodos construtivos 74
Levantando paredes 78
planejamento
terreno
financiamento
mão de obra
documentação
projeto
materiais
preparativos iniciais
impermeabilização
estrutura
Contatos 82
03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:30 Página 6
7
03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:51 Página 7
8
PLANEJAMENTO
PARA COMEÇAR QUALQUER PROJETO DE CONSTRUÇÃO, A PALAVRA-CHAVE É PLANEJAR. 
ESTUDE, ANALISE E ANOTE AS PRINCIPAIS IDEIAS
Quem já construiu ou sonha com o
refúgio ideal sabe: não há lugar nem
horário para imaginar como será a casa.
Pensamentos e ideias vêm à tona a qual-
quer hora do dia e, claro, devem ser
levados em conta (anote tudo sempre!).
Isso vale para todas as etapas, faz parte
do tão famoso planejamento. Ele deve
começar logo na compra do terreno,
pois é fundamental verificar insolação,
entorno, vizinhança, solo, infraestrutura
e segurança. O próximo passo é con-
tratar um arquiteto ou engenheiro de
confiança e com boas referências no
mercado. “Ele poderá orientá-lo em todas
as fases, que englobam análise da situa-
ção, perspectivas, objetivos, estratégia,
plano de ação, execução, programação
e controles físico e financeiro”, comenta
o designer de interiores Leonardo de
Magalhães Pinto, do Rio de Janeiro, RJ.
Segundo ele, é importante visitar obras
finalizadas para conhecer o trabalho do
profissional. Em muitos casos, é melhor
contratá-lo antes mesmo da compra do
terreno, pois ele também poderá auxi-
liar nessa etapa. 
A partir das primeiras reuniões e con-
versas sobre a futura casa, as priorida-
des começam a ser definidas. “O primeiro
passo é planejar a implantação da casa
no terreno. Imaginar a casa, os espaços
que serão ocupados e como tudo será
estruturado no terreno. Depois, a preo-
cupação é com a parte interna. Tudo
tem de funcionar da melhor maneira
possível”, comenta o arquiteto Paulo Gas-
par, de Valinhos, SP. 
Outra preocupação necessária é
conhecer as regras da prefeitura local.
Vale pesquisar os recuos mínimos, as late-
rais, os fundos, a altura máxima, o códi-
go de edificações, a lei de zoneamento
do município, bem como o código de
posturas e as possíveis áreas de prote-
ção ambiental.
Importante: não esqueça de uma pala-
vrinha mágica – confiança. “Relaciona-
mento é feito com confiança e dedica-
ção. Quando buscar um profissional, pro-
cure alguém que conheca o trabalho. O
sucesso do empreendimento está na
mão do arquiteto”, aconselha Gaspar.
ORÇAMENTO
“Quanto maior a experiência do pro-
fissional, menor a chance de algum tipo
de problema e gastos inesperados”, aler-
ta Gaspar. Na opinião dele, é preciso se
organizar e contratar um bom profissio-
nal, para não aumentar os gastos no
decorrer da obra. “Todos os gastos serão
verificados com o arquiteto antes da obra
se iniciar”, afirma. Além disso, é impor-
tante certificar-se de que todas as fases
da obra estão inclusas no orçamento,
como muros, rampas, calçada, ligações
de água e energia elétrica, caçambas,
remoções de entulho, frete, taxas para
aprovações, cópias de plantas, ISS e INSS
a ser recolhido e exigido na época do
Habite-se e do averbamento da casa na
escritura do terreno, entre outros. 
FACHADA
Ela é o destaque da casa, dá as boas-
vindas e traduz os conceitos do projeto.
A fachada comprova aquela velha his-
tória de que a primeira impressão é, defi-
nitivamente, a que fica. Vale contemplar
diferentes opções e escolher aquela que
combina com os seus sonhos.
Pontapé inicial
TIC-TAC
O cronograma é fundamental
para garantir que todas as etapas
da obra estejam dentro do espera-
do (e que os gastos caibam no seu
bolso também).
De acordo com Gaspar, para a
tarefa ser bem-sucedida, é preciso cui-
dado na hora de escolher um profis-
sional. “Além de capacitado, o rela-
cionamento do profissional com o
cliente precisa estar em sintonia para
que tudo saia como o planejado”,
recomenda. Logo em seguida, a dica
é estudar o cronograma proposto. “O
bom projeto é aquele que atinge as
expectativas do cliente, dentro do
orçamento. O resultado tem que agra-
dar a todos.”
Mas se as horas começarem a
passar depressa e a construção não
for entregue na data estipulada, não
precisa ficar desesperado, pois é
uma situação normal. No entanto,
é imprescindível questionar os moti-
vos dos atrasos para que esses dias
não se transformem em meses. “É
muito importante respeitar os pra-
zos, pois cada cliente possui a sua
realidade e o seu cronograma.”
Papel e caneta em mãos, hora 
de anotar as principais etapas:
1 Determine quais funções terá
cada profissional;
2 Faça uma lista dos materiais 
que deverão ser utilizados;
3 Ordene a compra;
4 Verifique os prazos e as datas
de entrega para não haver sur-
presas;
5 Encontre um local seguro para
armazenar os itens que já foram
comprados.
"
@# ]M
J
o
08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:30 Página 8
9
ARQUITETURA
De uma forma sintética poderíamos
exemplificar a história da arquitetura des-
de 3100 a.C, com as estruturas Neolíti-
cas ou, logo após, com as Pirâmides de
Gizé, no Egito, mas esse não é o objeti-
vo deste manual.
Vamos pincelar apenas um pequeno
período de tempo. Por exemplo, da Ida-
de Moderna (1300 d.C. a 1750 d.C.),
pegamos um pouco do Renascentismo
e do Barroco e, depois, já da Idade Con-
temporânea, o Neoclássico, o Moder-
nismo e o Pós-modernismo. Com esses
ingredientes temos o que mais se pratica
e/ou praticou no Brasil.
Colonial brasileiro
Este estilo, muitas vezes chamado de
“casa de fazenda”, é encontrado em todo
o território nacional, ora com influências
originais portuguesas e muito do Barroco,
ora com pitadas do Rococó francês. 
Modernismo
Um estilo que chegou ao Brasil nos
anos de 1920 e aqui foi muito bem rece-
bido e adaptado, por uma geração que,
posteriormente, transformou-se no hall
dos grandes mestres que fizeram a dife-
rença na história da nossa arquitetura. 
Pós-moderno
Há uma preocupação no traço moder-
nista porém com a necessidade de serem
mais calorosos, funcionais e humaniza-
dos em relação à complexidade para qual
a vida urbana evoluiu.
Outro “estilo” muito usado no Brasil é
o nomeado Rústico, porém podemos
encontrar obras modernas rústicas, pós-
modernas rústicas, tropicais rústicas, rús-
ticas alpinas e assim vai. Portanto, não
se trata de um estilo arquitetônico e sim
uma adaptação, pelo uso de acaba-
mentos que levam um pouco do toque
natural nos materiais empregados, sejam
eles requintados ou não.
Também vamos encontrar no Brasil
outros estilos: Gótico; Futurista; Toscano;
Art Déco; Vitoriano; Neo-clássico; Bruta-
lista etc, mas, como dissemos no início,
nosso papel não é disseminar sobre a his-
tória da arquitetura e muito menos qua-
lificá-la. Esta página é apenas uma intro-
dução para que se lembre de pesquisar
fachadas e, com isso, fazer sua escolha.
Um pouco colonial, um 
pouco rústica e moderna
Rústica, rústica e mais
um pouco rústica
08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:31 Página 9
10
Uma verdadeira obra
modernista brasileira
Casa de campo 
pós-modernista
08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:31 Página 10
 
 
 
 
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11
A SUA CARA
O estilo da sua casa, antes de mais
nada, deve ser o seu. Aquele que lhe
traz aconchego no dia a dia e, ao mes-
mo tempo, orgulho ao receber amigos
e familiares.
Em todas as edições da revista Construir, confira casas
incríveis na praia, campo e cidade para inspirar o seu
projeto dos sonhos. Além disso, a Construir traz re-
portagens sobre acabamentos, decoração, reforma,
novidades no segmento e muito mais...
A arquitetura clássica americana
que já possui muitos adeptos no Brasil
Rústica, moderna 
ou ambas?
08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:54 Página 11
12
TERRENO
A ESCOLHA DO TERRENO E O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO PRECISAM 
DE ATENÇÃO ESPECIAL PARA GARANTIR UMA MORADA IMPECÁVEL
Para tornar os sonhos realidade e ini-
ciar a obra com o pé direito, o primeiro
passo é adquirir o terreno adequado. É
importante ressaltar que a tarefa exige
muito cuidado e atenção para evitar pro-
blemas, pois por trás daquele lote com
preço acessível e vistas deslumbrantes
podem estar pessoas de péssima con-
duta que desejam repassar um terreno
sem documentação ou com irregulari-
dades, por exemplo.
Antes mesmo de pensar em comprar,
é importante contratar um arquiteto ou
engenheiro, independentemente de o
terreno ser em um bairro ou condomí-
nio, pois os profissionais analisarão suas
características e dirão se é ideal ou não
para o tipo de construção solicitada.
“O terreno é o maior fator que pode-
rá limitar a realização de um projeto.
Ele traz características particulares como
insolação, formato, ventos, restrições
de legislação, topografia e se conta ou
não com uma bela vista", ressalta a
arquiteta Patrícia Aguiar, de São Paulo,
SP. Segundo a profissional, o arquiteto
reconhece imediatamente o potencial
dos terrenos, identificando os lotes que
permitam a forma mais rápida e barata
de construir.
De acordo com o arquiteto Rogério
Makssur Ajub, de Pouso Alegre, MG, ao
comprar um terreno é essencial confir-
mar a legalidade em um Cartório de
Registro de Imóveis. Em seguida, deve-
se levar em conta a disposição do lote
na quadra, pois os de esquina, por exem-
plo, são mais valorizados, já que pos-
suem duas fachadas, melhor ventilação
e iluminação natural. "Outra dica é ana-
lisar sua localização na cidade, se está
próximo de supermercados, pontos de
ônibus e metrô e bancos. Vale se infor-
mar também, junto ao Código de Obras,
a questão da disponibilidade da área per-
mitida para a construção", diz Ajub.
Comece com 
o pé direito
DOCUMENTAÇÃO
Ao finalizar a compra, não esqueça de solicitar ao vendedor e proprietário
alguns documentos importantes como:
1 Certidão negativa de débito de Imposto Territorial Urbano (IPTU);
2 Certidão Vinterária que contém o histórico dos 20 anos e informações
de vendas anteriores, penhora ou hipoteca;
3 Certidão dos Distribuidores Forenses (Cíveis, Fiscais e Justiça Federal);
4 Certidão de Ônus Enfitêuticos;
5 Certidão de Ônus Reais do Registro de Imóveis;
6 Cópia da Escritura Pública e Registro de Imóveis;
7 Certidão do Registro Geral de Imóveis (RGI);
8 Averbação das obras existentes no terreno.
12-15 terreno.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:43 Página 12
13
SOLO
É um elemento que deve ser obser-
vado com atenção, pois cada terreno
tem suas características geológicas e é
formado por mais de um tipo de solo.
Por isso, é fundamental contratar uma
empresa para realizar a sondagem do
local. Dessa maneira, é possível que o
engenheiro especializado em cálculo
estrutural especifique as fundações mais
indicadas para o seu projeto.
INSOLAÇÃO
É um fator muito importante e deve
ser analisado cuidadosamente antes de
realizar a compra, independentemente
de o lote ser em local aberto ou em con-
domínio. Afinal, a boa luminosidade e o
conforto térmico garantem o aconche-
go e valorizam (e muito!) o imóvel. Assim,
a dica é identificar em qual lado está o
norte magnético.
TOPOGRAFIA
É um dos itens que mais influencia-
rão o formato e os custos do projeto.
Existem três opções: plano, em aclive ou
em declive. Se a pessoa não quer uma
casa com diversos níveis e patamares, o
mais indicado é adquirir um lote plano.
Os acidentados permitem uma constru-
ção com mais vista e arquitetura em
níveis. Para quem deseja um projeto com
área de lazer ampla, a melhor opção é
um terreno plano e extenso.
Construir sem seguir as características
topográficas do local gera maior custo
TERRENO EM DECLIVE
TERRENO EM ACLIVE
TERRENO PLANO
ao projeto. Mas, se o proprietário dispor
de uma área plana e decidir por uma
construção em níveis, irá gastar com a
movimentação de terra e estrutura.
ÁGUA, LUZ E ESGOTO
É preciso verificar se o local conta com
estrutura para a ligação de água, luz e
rede pública de esgoto. A infraestrutura
deve ser executada durante a obra de
acordo com o projeto executivo e a liga-
ção de água e luz deve ser solicitada à
concessionária de sua cidade.
TERRENOS EM CONDOMÍNIOS
Morar em locais com segurança pró-
pria é sinônimo de tranquilidade. No
entanto, algumas regras são diferentes.
Nos condomínios, as vias são particula-
res e de responsabilidade dos morado-
res. Nos loteamentos fechados, são públi-
cas e os reparos dependem de uma con-
cessão firmada entre a prefeitura e a
Associação dos Proprietários. Outro item
que merece atenção diz respeito ao aces-
so de visitantes. Nos condomínios é
necessário se identificar e ser autorizado
pelos proprietários, enquanto nos lotea-
mentos a entrada é liberada. Os condo-
mínios possuem legislação própria quan-
to ao padrão e ao tipo de edificações.
Em loteamentos, geralmente não há re-
gras específicas. Porém, quando existem,
o projeto deve ser aprovado na associa-
ção de proprietários (se houver) e depois
na prefeitura. 
DICAS PARA UM BOM NEGÓCIO
1. Verifique se o condomínio, o
loteamento e o terreno estão legali-
zados na prefeitura. Peça a matrícula
no Cartório de Registros de Imóveis
da Comarca. Eles também precisam
de licença ambiental.
2. Certifique-se de que o empreendi-
mento está finalizado, com as devi-
das instalações de água, luz e esgoto.
3. Taxas como as do Imposto Territo-
rial Urbano (IPTU) devem estar em
dia. Solicite também certidões negati-
vas das taxas de condomínio. No
caso de loteamentos fechados, é pre-
ciso averiguar se não há pendências
com a Associação dos Proprietários.
4. Outro documento de extrema
importância é o termo de vistoria e
entrega das obras, conhecido como
Habite-se.
12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 13
14
Mesmo que você tenha encontrado
o terreno perfeito, não feche negó-
cio antes de questionar alguns pon-
tos junto à prefeitura.
1. Que tipo de construção pode
ser feita?
2. Quantos pavimentos podem 
ser construídos?
3. Qual a porcentagem de ocupa-
ção do terreno?
4. A área é de reserva ambiental?
5. Está embargada pela defesa
civil?
6. Está em processo de desapro-
priação?
7. Se o terreno for de loteamento,
procure saber se foi aprovado na
prefeitura e se não há pendências
como de infraestrutura.
8. Verifique se está registrado 
no nome de quem está vendendo.
Caso não esteja, precisará solicitar
escrituras anteriores e, provavel-
mente, terá de pagar uma taxa
para regularizar a situação.
9. Se o solo estiver coberto de
mato, solicite ao vendedor o corte
para melhor avaliação das caracte-
rísticas da área.
10. Por último, averigue se o ter-
reno apresenta demarcações bem
definidas em campo, pois após a
compra receberá uma planta com
medidas e ângulos assinada pelo
responsável técnico que efetuou o
levantamento topográfico. 
Atenção: Depois de examinadas
todas as respostas e ter a documen-
tação em dia, o próximo passo é a
contratação de um advogado para
redigir o contrato de Compromisso
de Compra e Venda de Imóvel apre-
sentando tudo o que foi decidido
entre as partes envolvidas. Verifique
atentamente se o valor, a formade
pagamento, os reajustes e a descri-
ção do terreno que será adquirido
estão corretos.
Durante essa etapa não esqueça
de reservar recursos para as despe-
sas com o Imposto sobre Transmis-
são de Bens Imóveis (ITBI). Com
todos os documentos em mãos, pro-
cure o Cartório de Registro de Imó-
veis e registre a escritura. Para fina-
lizar, faça a transferência do lança-
mento de IPTU para seu nome.
CONTRATO
Grande parte dos empreendimentos
possui um contrato padrão, no qual
estão especificados itens como a legisla-
ção do local e a metragem mínima de
área construída. Alguns condomínios
definem também se as casas deverão ter
a mesma fachada, o que impossibilita
reformas. Para evitar problemas e dores
de cabeça, leia atentamente cada cláu-
sula. As dúvidas podem ser sanadas com
empreendedores ou advogados.
COMPRA DE TERRENO NO LITORAL
Se faz parte dos seus sonhos adquirir
um imóvel na praia, é preciso estar aten-
to a alguns itens. O primeiro passo é veri-
ficar se o lote está legalizado e quais são
as características e infraestrutura da área.
É importante visitar o local, somente lá
é possível verificar insolação, vizinhança
e as reais condições do terreno. Outro
ponto fundamental é contar com o
acompanhamento de um arquiteto ou
engenheiro durante a visita. Ele irá ava-
liar se o lote possui as dimensões míni-
mas para a construção da casa, o tipo
do solo e o nível do lençol freático. 
Não esqueça de consultar na prefei-
tura da cidade se o terreno pode ser
comercializado. Deve-se confirmar o que
está especificado na escritura e, se estiver
situado em loteamento ou condomínio,
não esqueça de perguntar a data exata
da entrega de toda a infraestrutura.
Antes de fechar negócio, consulte o
código de obras municipal, o plano
diretor do município e os órgãos locais
ligados ao meio ambiente. Se a resi-
dência estiver de frente para a praia,
verifique a distância da edificação do
ponto atingido pela maré alta. Veja tam-
bém se o Código Florestal, que é fede-
ral, impõe alguma restrição para a cons-
trução no terreno e se o imóvel é con-
siderado patrimônio da União, pois mui-
tas áreas da orla marítima se enqua-
dram nessa categoria.
Gostou da ideia? Então prepare o bol-
so. Além dos valores a serem gastos com
a compra, é preciso separar dinheiro
para taxas extras, como o Imposto Sobre
Transmissão de Bens Imóveis por Ato
Oneroso 'Inter Vivos' (ITBI), que equivale
a 2,5% do imóvel, taxa para a escritura
do imóvel e registro e Laudêmico da
Marinha, cobrado pelo governo federal
para imóveis situados na faixa litorânea a
até 80 m do mar. 
FIQUE ATENTO!
MURO
Assim como as demais etapas da obra,
a construção deve ser bem planejada e
estar de acordo com o código de obras
de cada município, que determina fato-
res como as alturas mínimas e máximas,
por exemplo. Devem ser analisados ain-
da pontos importantes para que os pro-
blemas decorrentes de uma má execu-
ção não acarretem em brigas com a vizi-
nhança. O primeiro passo é certificar-se,
pela escritura, quais são as dimensões
do terreno para que seja construído den-
tro dos limites do seu lote. Procure tam-
bém levantar o muro na mesma altura
do construído aos lados a fim de criar
uma elegância estética, evitar aquelas
faixas acima do seu ou causar discussão
com os vizinhos.
Lembre-se que cada lado do muro é
responsabilidade do respectivo proprie-
tário, sendo que cada um deve arcar com
a manutenção. Por isso, é indicado que
seja rebocado e impermeabilizado, pois
se a falta destes itens resultar em proble-
mas de infiltração no muro vizinho, o pro-
prietário poderá ser processado.
Em casos de problemas: recla-
mações sobre a altura, principalmente
quando atrapalha a visão da paisagem
ou a luz solar; a construção do muro fora
dos respectivos limites; a execução de
uma casa na divisa junto ao muro que
você construiu; e os casos de umidade
e infiltração de água devido à falta de
TERRENO
12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 14
15
reboco e impermeabilização são os prin-
cipais motivos de desentendimentos.
Nesses casos, a primeira providência é
conversar e tentar entrar em acordo, que
muitas vezes pode ser mais rápido e sem
transtornos. Caso contrário, terá que bus-
car a Justiça e tomar as medidas cabíveis
nos órgãos públicos como o Ministério
Públi-co. Porém, nesses casos a solução
geralmente demora.
CALÇADAS
Elas devem ser funcionais, ter bom
espaço para circulação e planejadas
durante a criação do projeto arquitetô-
nico. O proprietário da residência é o
responsável pela construção e manu-
tenção, independente da obra estar ou
não dentro de um condomínio. “A boa
execução melhora a qualidade de vida
e garante o respeito às pessoas com
mobilidade reduzida”, afirmam os arqui-
tetos Marcela Lamonato e Tiago de Oli-
veira Caligiuri, de Santos, SP.
Antes de construí-la, é necessário ana-
lisar o plano diretor da cidade e suas
legislações, além de verificar se existe
espaço físico adequado. “Em relação ao
projeto, deve-se conferir se o local possui
o mínimo possível de degraus, rampas
e declive superior a 2% em direção à
guia, para o escoamento das águas das
chuvas”, explicam. Entre as especifica-
ções exigidas estão: superfície regular,
firme, contínua sem qualquer emenda
e ser antiderrapante. Em relação à lar-
gura, é recomendável que tenha 1,50m.
“Em locais com maior espaço físico,
pode-se projetar uma faixa verde ou, se
necessário, rampas, postes de luz, sina-
lizações, lixeiras, entre outros itens”. 
Os arquitetos recomendam consultar
as legislações municipais e ficar alerta para
as inclinações e largura do projeto, evi-
tando-se obstáculos no percurso para evi-
tar quedas e acidentes. “A acessibilidade
de uma calçada não se limita apenas aos
cadeirantes, mas também às mães com
carrinhos, aos cegos e aos idosos.”
Para melhorar a permeabilidade de
águas pluviais, principalmente no verão
quando são frequentes os picos de chuva
com maior intensidade e em um menor
tempo, os profissionais indicam usar, ao
máximo, jardins e pisos permeáveis.
Escolha correta: além da estética,
a escolha do piso é fundamental para a
execução de uma calçada apropriada ao
tráfego de pessoas.
Atualmente, existem no mercado inú-
meros tipos de piso. É indicado escolher
sempre os de superfície contínua e que
sejam antiderrapantes, resistentes e durá-
veis. Caso ocorram acidentes, o pro-
prietário da casa pode, inclusive, res-
ponder judicialmente.
Em relação ao projeto, os revesti-
mentos escolhidos devem combinar com
o contexto do imóvel e que estejam de
acordo com os projetos arquitetônico e
paisagístico. Os pisos de cimento quei-
mado são os mais usados em vias públi-
cas, mas pecam na estética e possuem
quase nenhuma permeabilidade. Já os
tipo cimentício são visualmente agradá-
veis, adaptam-se a qualquer tipo de ter-
reno e são extremamente permeáveis.
PAISAGISMO
Deve ser analisado e planejado com
muita atenção para não prejudicar a cal-
çada. O primeiro passo é verificar a legis-
lação do município. “Cada cidade tem
leis próprias e guias de autorizações urba-
nas que abordam todos os tópicos neces-
sários para a implantação de espécies”,
conta o engenheiro agrônomo e paisa-
gista Alexandre Galhego. A seguir, são
analisados itens como a estrutura da cal-
çada, a presença de fiação e o tipo de
tráfego no local.
Evite árvores com frutos grandes (que
podem machucar pessoas e automóveis),
com raízes agressivas (que danificam a
calçada) e com curto tempo de vida. Em
áreas de muito movimento, é preciso
implantar espécies que não machuquem
e não atrapalhem a vista dos semáforos
e das placas de trânsito. 
ÁRVORES NO TERRENO
Para o corte ou poda de espécies ver-
des existentes no lote é preciso pedir
uma autorização à prefeitura e aos outros
órgãos competentes como o Departa-
mento Estadual de Proteção de Recur-
sos Naturais (Deprn). Fique atento, pois
os documentos exigidos variam confor-
me a legislação municipal.
Após vistorias feitas por técnicos, serão
avaliados itens como as condições bio-
lógicas da árvore, assim como as interfe-
rênciasna arquitetura ou nas edificações
do entorno. Geralmente, quando é auto-
rizada a retirada de uma árvore, o pro-
prietário da obra deverá fazer a com-
pensação, ou seja, replantar outros exem-
plares no local ou doar algumas mudas
para os órgãos municipais responsáveis
utilizarem as espécies adequadamente.
Acima, uma solução dada pelo arquiteto paisagista
Raul Pereira, de São Paulo, SP, onde as árvores 
não foram movimentadas e completam 
o projeto da varanda
Ao lado, um exemplo de escolha 
de espécie mal feita, onde além 
da ruptura da calçada poderá também 
comprometer a fundação do muro
12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 15
financiamento
16
Tudo começa com pesquisas sobre as
linhas de crédito imobiliário disponíveis.
A Caixa Econômica Federal oferece
empréstimos desde a aquisição do terre-
no até a compra de materiais para a cons-
trução e acabamentos. Os demais ban-
cos também oferecem opções de finan-
ciamento. Há, ainda, o consórcio imobi-
liário como alternativa para os estão pla-
nejando construir ou comprar um imó-
vel, mas não têm necessidade imediata. 
O interessante é estabelecer uma
modalidade, valor estimado e padrão de
imóvel a ser construído e comparar as
possibilidades de crédito disponíveis em
simuladores de instituições de crédito. O
economista Alessandro Francisco ressal-
ta que muitos são os itens a serem leva-
dos em consideração antes de embarcar
em uma dívida de alto valor e que pode
comprometer grande parte da renda. “O
adquirente tem que colocar tudo o que
vai pagar, não só o financiamento. Tudo
tem que ser bem planejado”, orienta. 
CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
Os especialistas da Associação Brasilei-
ra de Administradores de Consórcio (Abac)
e Rafael Boldo, Gerente da Porto Seguro
Consórcio esclarecem as principais dúvi-
das sobre a alternativa de crédito. 
1. O consórcio imobiliário é uma opção
de crédito bastante vantajosa, pois pos-
sui encargos baixos, ausência de juros,
parcelas acessíveis e prazos de paga-
mentos mais amplos, com possibilida-
des de adequação ao tempo e valor
das parcelas. 
2. Além do público habitual, formado
por pessoas mais velhas e que olham
a modalidade como uma forma de
ampliar o patrimônio, esta tem sido
uma saída encontrada por muitos bra-
sileiros que não podem realizar uma
compra à vista e que tampouco podem
arcar com os juros do financiamento
da casa própria.
3. Carta de Crédito é a denominação
utilizada para identificar o crédito do
consórcio. Trata-se de uma ordem de
faturamento emitida pela administrado-
ra, com a qual o consorciado irá adqui-
rir o imóvel de sua livre escolha. Para
tanto, deverão ser apresentadas as
garantias exigidas pela administradora,
de forma a preservar os interesses dos
próprios consorciados.
4. Os créditos do consórcio imobiliário
servem tanto para quem deseja adquirir
um imóvel novo, construir em terreno
próprio, reformar ou quitar um financia-
mento imobiliário. Ao quitar o financia-
mento o cliente passa a pagar as parcelas
do consórcio – que não possuem juros.
Se o consorciado já possuir um terreno
é possível realizar a construção da casa
com o crédito ao ser contemplado.
5. No caso de reformas, é preciso consi-
derar o tipo de mudança. Se houver alte-
Em parcelas FINANCIAR OU FAZER UM CONSÓRCIO SÃO OPÇÕES PARA CONCRETIZAR O SONHO DA CASA PRÓPRIA
16-17 financiamneto.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:04 Página 16
17
LINHA DE CRÉDITO MODALIDADE RENDA BRUTA TAXA (A.A + TR) PRAZO (MESES)MIN MAX MIN MAX
Aquisição imóvel 
MCMV (FAIXA 1,5) novo de empreendimentos até R$ 2.600,00 4,59% 5,11% 120 360
produzidos no âmbito
do Programa MCMV
Imóvel novo 
Aquisição de terreno 
MCMV (FAIXAS 2 e 3) e construção até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360
Construção em 
terreno próprio
Carta de Crédito até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360
FGTS
Imóvel Novo
Pró-Cotista Imóvel Usado Sem limite 7,85% 9,01% 60 360
Aquisição de terreno
Carta de Crédito e construção
SBPE (SFH) Construção em Sem limite 9% 10,25% 156 420
terreno próprio
Carta de Crédito
SBPE (SFI) Sem limite 10% 11,25% 120 420
Aquisição de materiais 
de construção, armários 
Construcard
embutidos, piscinas, 
elevadores, aquecedores Não se aplica 1,69% 3,95% 24 240
solares, aerogeradores e 
equipamentos de energia 
fotovoltaica.
ração na estrutura física do imóvel, como
ampliação de paredes e tetos, a modali-
dade é indicada. Contudo, se estiver liga-
da a pequenos reparos, como serviços de
hidráulica, marcenaria, pintura, paisagis-
mo etc, há a possibilidade de utilização de
crédito oriundo do consórcio de serviços.
6. O consorciado pode comprar um
imóvel de terceiro, financiado, e quitar
a dívida utilizando seu crédito, substi-
tuindo as parcelas altas e com juros por
menores e com prazos mais curtos. Ou,
se preferir, pode aguardar por uma boa
oportunidade de negócio sem perder
valor de compra.
7. Na prática, o tempo médio de espe-
ra pela contemplação do sorteio depen-
de da necessidade do cliente. Há situa-
ções em que é possível ofertar um lance
e ser contemplado no início do contra-
to. Mas, há quem prefira receber o cré-
dito a médio ou longo prazo e, por isso,
assume as parcelas mês a mês. O cliente
somente não participa do sorteio e do
lance se não pagar a parcela em dia. O
lance pode ser realizado em qualquer
mês ao longo do período de duração do
grupo, seja pessoalmente, via internet ou
pelo "fone-cota", no dia da assembleia.
O cliente somente pagará o valor caso
seja um dos lances vencedores.
8. 100% do saldo do FGTS pode ser uti-
lizado para ofertar lances, complemen-
tar a carta de crédito ou, ainda, amorti-
zar o saldo devedor, aumentando as
chances de contemplação
9. A parcela do consórcio de imóveis é
reajustada anualmente, de acordo com
o estabelecido em contrato, ou seja,
como o Índice Nacional de Custo da
Construção (INCC). A cada reajuste da
parcela, o crédito também será reajusta-
do, possibilitando a manutenção do
poder de compra do consorciado.
10. Ao optar pelo consórcio como moda-
lidade de investimento, é fundamental
que o cliente saiba avaliar as administra-
doras disponíveis. É preciso verificar o his-
tórico da empresa e, se possível, solicitar
referências de quem já contratou um con-
sórcio com ela. Levantar a taxa adminis-
trativa que é cobrada, o valor de fundo
de reserva e se oferece seguro de vida
ou não também são fatores importantes.
Além desses, o índice de contemplação
mensal é bastante relevante, pois indica
a solidez dos grupos formados pela admi-
nistradora, o que impacta diretamente
nas chances de contemplação dos parti-
cipantes do grupo. Para que seja possí-
vel fazer uma análise bem completa, ter
o suporte de um profissional especializa-
do, como o Corretor, pode ser decisivo
neste processo de escolha. 
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
* Dados pesquisados em abril de 2018
Programa MCMV – Minha casa minha vida • SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo • SFH - Sistema Financeiro da Habitação • SFI - Sistema de Financiamento Imobiliário
16-17 financiamneto.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:04 Página 17
mão de obra
Acerte na escolha
SAIBA QUAIS SÃO OS CARGOS E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS 
ENVOLVIDOS EM UMA OBRA E NÃO ERRE NA SELEÇÃO
Pense bem, você
saberia dizer qual é
a função dos profis-
sionais que trabalham
para construir uma
residência?
Cada um
desempenha um
papel muito
importante e funda-
mental para tornar
real o sonho de mui-
tas pessoas. 
Contratar a
equipe pode gerar
algumas dúvidas. Afinal, é uma etapa
que exige muito cuidado e atenção. “É
sempre bom pedir o auxílio de um pro-
fissional especializado, pois ele irá ava-
liar a quantidade de trabalho que será
executado, levando em conta alguns
critérios como estética, estrutura e ins-
talações”, conta o arquiteto Paulo Gas-
par, do escritório Pupo + Gaspar, de
Valinhos, SP. 
Também vale a pena conhecer
obras já executadas e ter referências
dos profissionais com familiares e ami-
gos. “Se a mão de obra não for de
qualidade, além de prejuízos como a
perda de materiais e o atraso no prazo
de entrega,muitos serviços terão de
ser refeitos”, comenta o arquiteto. 
Não esqueça de verificar se os pro-
fissionais estão registrados junto ao
órgão de sua classe: Conselho Regio-
nal de Engenharia e Agronomia (Crea)
para engenheiros, técnicos e tecnólo-
gos da área; e Conselho de Arquitetura
e Urbanismo (Cau) para arquitetos.
Além disso, elabore um contrato no
qual estejam especificadas as responsa-
bilidades e condições de pagamento. 
Confira o papel de cada membro do
time de construção!
Arquiteto >> Dentre os papéis do
profissional estão os de supervisão,
coordenação, orientação técnica, coleta
de dados, estudo, planejamento, proje-
to, estudo de viabilidade técnica e
ambiental, vistoria, perícia, avaliação,
monitoramento, laudo, parecer técnico,
elaboração de orçamento, entre outras.
É um dos cargos de extrema importân-
cia em qualquer obra e em todas eta-
pas e é ele quem realiza o projeto pen-
sando nas escolhas dos clientes. 
18
Engenheiro civil >> É o responsável
pelos projetos técnicos e pela execu-
ção da obra. O profissional tem de
acompanhar todas as fases da constru-
ção e elaborar planilhas de custo da
residência, além dos projetos de estru-
tura e de instalações hidráulica e elétri-
ca. O engenheiro deve marcar presen-
ça na obra desde o primeiro passo
(exemplo: implantação do canteiro) até
a entrega das chaves. Trabalha em par-
ceria com o arquiteto.
Engenheiro especializado em cál-
culo estrutural >> Realiza os projetos
estruturais – responsáveis por garantir
estabilidade e resistência. De acordo
com as normas técnicas da ABNT, com a
sondagem do terreno e o projeto arqui-
tetônico, ele define a fundação, a estru-
tura e a posição de pilares, lajes e vigas. 
Engenheiro especializado em elé-
trica >> Projeta as instalações elétricas,
de telefone, TV a cabo e sistema de
sons, entre outros. Analisa o projeto
arquitetônico, calcula a potência de
energia ideal para o consumo e deter-
mina a entrada necessária (de acordo
com a ABNT). Dimensiona e prevê a
localização para o quadro elétrico.
Engenheiro especializado em
hidráulica >> Desenvolve o projeto
de hidráulica, prevê as instalações e os
sistemas de água, esgoto, gás e águas
pluviais. Faz os cálculos de vazão e pres-
são, desenhos e memoriais descritivos
(indica o local para a instalação de cai-
xas d'água, aquecedores, bombas de
pressurização e caminhos de tubos de
água quente e fria).
18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:07 Página 18
19
Tecnólogo em construção civil –
modalidade edifícios >> Está
habilitado a planejar, administrar, exe-
cutar obras e fiscalizar serviços. Pode
elaborar orçamentos e memoriais des-
critivos, além de especificar materiais,
fazer controle de qualidade, gerenciar
equipes e realizar análises e estudos
sobre o empreendimento.
Técnico em edificações >> Fiscali-
za, executa, orienta e coordena os ser-
viços de construção, instalação e
manutenção da obra. Deve selecionar
também documentos específicos para
construção, liderar equipes de traba-
lho, fazer vistorias e controle de quali-
dade dos materiais e do sistema cons-
trutivo. A formação exigida é o nível
médio. Atenção: esse profissional não
pode ser responsável por construções
acima de 80 m². 
Topógrafo ou engenheiro 
agrimensor >> Faz o levantamento
topográfico do terreno e desenvolve
as plantas com curvas de nível (res-
ponsáveis por mostrar as característi-
cas de nivelamento do lote). O topó-
grafo tem nível médio e o agrimensor,
superior.
Mestre de obras >> Está presente
na obra todos os dias para garantir
que as ordens do engenheiro sejam
cumpridas (tudo deve estar de acordo
com as normas, com os prazos e espe-
cificações). Analisa a mistura do con-
creto, as medidas das formas, as
espessuras e quantidade de ferro, e o
alinhamento das paredes e das tubula-
ções. Não há formação acadêmica
destinada à função, mas o profissional
deve ter total conhecimento de
todas as etapas da obra.
Dependendo da construção,
o mestre de obra realiza as
atividades do empreiteiro (e
vice-versa).
Empreiteiro >> Orienta e
coordena a mão de obra da
construção. Controla tudo o
que acontece durante todas
as etapas. Quando for especi-
ficado no contrato, também
pode ser o responsável pela
compra de materiais de
construção e acabamento.
Encanador >> Executa o projeto de
instalação hidráulica que foi desenvolvi-
do pelo engenheiro. Instala o ponto de
água e, mais tarde, encaixa as tubula-
ções de passagem. 
Armador >> Executa os serviços que
antecedem a construção de estruturas,
como lajes, vigas e pilares. Participa
desde a fase de execução das funda-
ções até a conclusão da laje. Instala a
armadura dentro da estrutura: dobra,
corta e monta os ferros estruturais.
Eletricista >> Faz as ligações provisó-
rias e definitivas de luz elétrica e realiza
a instalação de telefones. É o profissio-
nal apto a interpretar as plantas de elé-
trica desenvolvidas pelo engenheiro.
Pedreiro >> É o responsável por exe-
cutar a alvenaria, a concretagem e o
assentamento de pisos, pastilhas e azu-
lejos. Cuida da argamassa e de outros
materiais usados na construção.
Servente >> Ajuda todos os traba-
lhadores da obra, transportando
materiais e preparando a arga-
massa.
Serralheiro >> Compõe esqua-
drias, grades de proteção, esca-
das e demais trabalhos.
Encarregado >> Quando o mestre
de obras está ausente, é ele quem
assume o comando. Acompanha de
perto todas as etapas.
Telhadista >> É um carpinteiro espe-
cializado na montagem de telhados.
Deve ter noções de desenhos técnicos,
o que facilita a leitura da
planta desenvolvida
pelo engenheiro.
Pintor >> Faz todo
o trabalho de pintura
da residência – áreas
interna e
externa. 
Deve solicitar
o material
necessário.
Gesseiro >> Desenvol-
ve componentes de ges-
so (forros e sancas).
Decorador >> Planeja a disposição
dos móveis e o aproveitamento dos
espaços. Especifica objetos de decora-
ção e materiais de revestimento. Pos-
sui formação acadêmica em arquitetu-
ra ou design de interiores.
Paisagista >> Deve ter formação em
arquitetura, engenharia agrônoma ou
um curso de especialização em paisa-
gismo. Suas principais funções são ela-
borar e executar os projetos do jardim,
especificação das espécies adequadas e
orientação dos serviços de jardinagem.
Pode projetar fontes, lagos, gazebos,
cascatas e pergolados.
Jardineiro >> “Coloca a mão na mas-
sa” e dá vida ao projeto desenvolvido
pelo paisagista.
18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 19
Trabalhadores sem luvas. Capacetes
então, nem pensar! Equipamentos em
condições precárias e jornadas que duram
muito mais do que deveriam. Como você
pode ver, está tudo errado! Essas situa-
ções descrevem as características que uma
obra não deve ter. Há diversas condições
que garantem a segurança dos profissio-
nais envolvidos. Para evitar acidentes, bas-
ta segui-las com cuidado e atenção. Esse
procedimento é indispensável, já que os
trabalhadores tomarão conhecimento de
todas as normas, dos equipamentos
necessários e como devem agir em deter-
minados casos.
Para os empregadores, a dica princi-
pal é pesquisar e estudar todas as leis,
regras e indicações do Ministério do Tra-
balho. Essa medida evita problemas futu-
ros e faz com que as empresas conhe-
çam e estejam dentro da lei. Depois de
conhecer quais são os direitos e os deve-
res das empresas e dos trabalhadores, é
fundamental garantir condições corretas
de trabalho. É preciso verificar andaimes,
escadas e oferecer todos os acessórios e
equipamentos que devem ser usados nas
etapas da obra.
Outra medida eficaz é a realização de
vistorias constantes, a inspeção periódica
é fundamental. O procedimento deve ser
feito por um técnico em segurança. Ano-
tou todas as etapas básicas? Agora é hora
de conhecê-las mais de perto!
CAMPEÕES DE INCIDÊNCIA
Lesões nas mãos e na coluna são os
acidentes que acontecem com maior fre-
quência. Os mais comuns são cortes e
contusões. O carregamento de excesso
de peso também resulta em sérios pro-
blemas à saúde. Para evitá-los, é funda-
mental usar luvas, carrinhode mão para
transporte de materiais e adotar um rodí-
zio de trabalhadores.
DENTRO DA LEI
O Ministério do Trabalho possui 35
normas que regulamentam a segurança
no trabalho. A NR 18, por exemplo,
engloba questões preventivas, doenças
ocupacionais e condições de conforto e
higiene dos trabalhadores na indústria
da construção civil. O descumprimento
de uma delas pode se transformar em
dores de cabeça para os empregadores.
Quando acontecer um acidente, é pre-
ciso verificar as causas e avaliar quais
serão as consequências. Em casos de aci-
dentes convencionais, a emissão da
Comunicação de Acidente de Trabalho
(CAT) é de responsabilidade da empresa. 
Atenção: o empregador está sujei-
to a penalidades se não assegurar as
condições de trabalho adequadas.
Importante: Toda empresa deve sub-
meter seus trabalhadores a um exame
médico antes de iniciar as atividades na
obra. O procedimento tem de ser específico
para cada função e determina se o empre-
gado está apto para realizar o trabalho.
mão de obra
Total segurança
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E CUIDADO SÃO FUNDAMENTAIS PARA EVITAR ACIDENTES EM OBRAS
COMO AGIR EM CASOS 
DE ACIDENTES
1º passo: atender o trabalhador ime-
diatamente;
2º passo: a Comunicação de Acidente
do Trabalho (CAT) deve ser emitida pela
empresa;
3º passo: é fundamental convocar uma
reunião extraordinária da Comissão Inter-
na de Prevenção de Acidentes para ana-
lisar o acidente ocorrido;
4º passo: o profissional deve procurar
um médico especialista e, se necessário,
ficar afastado da obra. Os primeiros 15
dias são pagos pela empresa. Caso esse
período não seja suficiente, é preciso
dar entrada no Ministério da Previdên-
cia Social (INSS).
*É dever da empresa o pagamento da aposentado-
ria por invalidez acidentária (ele deve ser efetuado
com o acréscimo de 25% se o trabalhador necessi-
tar de assistência permanente). O profissional tam-
bém tem garantia de contrato com empresa pelo
prazo mínimo de 12 meses depois do término do au-
xílio doença acidentário.
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FIQUE ATENTO
SEGUNDO A NORMA REGULAMENTADORA 4, 
DO MINISTÉRIO DO TRABALHO:
• Empresas de construção civil com mais de 50
empregados devem possuir técnico de segurança
do trabalho presente no canteiro de obras;
• Estabelecimentos com mais de cem funcioná-
rios devem contar com dois técnicos de segu-
rança do trabalho, um engenheiro de seguran-
ça do trabalho e um médico do trabalho;
• É fundamental existir um grupo de prevenção
de acidentes (Cipa) e um técnico de segurança
para orientação.
BOTAS OU SAPATOS 
ADEQUADOS 
indispensáveis em regiões
inundadas. O solado dos sa-
patos deve ser de poliuretano
e a biqueira, de aço (o que
evita lesões se alguma ferra-
menta cair sobre os pés)
CAPACETE DE SEGURANÇA 
Garante a proteção da cabeça em situações
de impactos e de queda de objetos. Também
deve ser usado por quem visita a obra
PROTETOR AURICULAR
Protege os ouvidos contra ruídos. De acordo
com as normas, o limite é de 85 db por oito
horas de exposição
ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Devem ser usados em demolições, carpinta-
ria, armações de aço, estrutura de concreto
e metálica, soldagem, alvenaria, trabalhos
químicos ou com maçarico, entre outros
LUVAS
Obrigatórias em qualquer obra, são responsá-
veis pela segurança das mãos e dos punhos
PROTETOR RESPIRATÓRIO
Protege as vias respiratórias da absorção de
poeira. Deve ser usado durante a pintura,
soldagem e trabalhos com estrutura metálica
PROTETOR FACIAL
É de uso obrigató-
rio e evita lesões
nos olhos
CINTOS DE SEGURANÇA
São obrigatórios e podem 
ser encontrados em duas 
versões – abdominal (usado 
em situações com necessidade 
de limitação dos movimentos) 
e para-quedista (em atividades 
realizadas a mais de 2 m de altura)
Cabo-guia ou de segurança: 
deve estar ancorado à estrutura,
pois nele são fixadas as ligações
dos cintos de segurança.
Dispositivo limitador de cur-
so: permite uma sobreposição
segura dos montantes da escada
extensível.
Gaiola de proteção: evita a que-
da de pessoas envolvidas na obra. 
Rodapé e guarda-corpo:
devem estar em passarelas e ram-
pas e são usados para impedir a
queda de materiais e pessoas.
Plataforma de proteção: é ins-
talada no perímetro da edificação
e apara materiais em queda livre.
Rede de proteção: fabricada
com material resistente e elástico,
é a responsável por amortecer a
queda do trabalhador.
Trava de segurança: sistema
de travamento de máquinas e
elevadores, que funciona durante
os acidentes.
EQUIPAMENTOS 
COLETIVOS
ALGUNS DOS
EQUIPAMENTOS
INDISPENSÁVEIS
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contrato
Acordo certeiro
A ESCOLHA DO PROFISSIONAL É PRIMORDIAL PARA IDENTIFICAR OS DESEJOS 
DOS PROPRIETÁRIOS E IMPRIMI-LOS NO PROJETO DE MANEIRA NATURAL
Ao contratar um arquiteto, o que é
mais importante? Você deve procurá-lo
de acordo com a proximidade do local
da obra? Buscar orientação com vizinhos
e amigos? É fundamental que ele tenha
parceiros para executar a obra ou que
trabalhe sozinho e seja responsável por
todas as etapas da construção? Esses
questionamentos passam pela cabeça
de quem está prestes a convocar o pro-
fissional. Afinal, é a chave do sucesso da
obra. Por isso, os arquitetos aconselham
que seja feita uma reunião para conhe-
cer melhor o estilo de cada um.
O primeiro encontro é essencial para
ouvir os desejos e as necessidades do
cliente e definir o que pode ser projeta-
do com o orçamento disponível. Com o
sinal verde do futuro proprietário, os pro-
fissionais entram em ação.
COMO SÃO COBRADOS 
OS SERVIÇOS
Durante a contratação podem ser ofe-
recidas a elaboração de anteprojeto, pro-
jeto, execução e acompanhamento de
obras, projeto para interiores e até mes-
mo desenho de mobiliário.
Os valores dependem de cada região,
profissional, obra, número de visitas com-
binadas e serviços oferecidos. A forma
de pagamento também varia. Alguns
combinam por preço global ou preço
fechado, outros por administração ou
ainda por preço unitário.
Confira os modelos de contratos mais
usados pelos profissionais:
Preço global ou fechado
O contratado deve receber o valor cer-
to e total, que foi combinado previa-
mente. Antes de executar um serviço,
todos os detalhes do projeto devem ser
acertados, o que garante agilidade e
autonomia para o profissional na hora
de tomar as decisões. Há estimativas de
custos e, caso a execução da obra tenha
gastos extras, os prejuízos ficam para o
arquiteto.
Preço unitário
Não há a prévia fixação do valor da
obra, mas apenas a definição do preço
para certa medida. O contratado recebe
conforme a execução dos serviços, um
método muito utilizado em situações em
que é difícil estabelecer de antemão o que
deve ser feito, como em reformas. O pro-
prietário precisa estar atento aos gastos
desnecessários durante a obra, pois corre
o risco de gastar mais do que o previsto.
Administração
O proprietário pode ou não ficar res-
ponsável pela compra de materiais. É
possível contratar um arquiteto, enge-
nheiro ou empresa gerenciadora de
obras para essa tarefa, assim como na
liberação de pagamentos, mediante
aprovação dos serviços, definição dos
acabamentos e administração de servi-
ços extras. Pela gestão, o contratado
recebe um percentual do valor do
empreendimento, em geral, entre 10 e
15% sobre todos os gastos da obra.
CONTRATO 
Com tudo planejado e valores defini-
dos, é hora de realizar o acordo. O docu-
mento é fundamental para garantir tran-
quilidade desde o início da obra até o
dia da entrega das chaves. É uma refe-
rência para toda e qualquer dúvida que
possa surgir durante a prestação de ser-
viços, pois ficam estabelecidos prazos,
que devem ser cumpridos pelo profis-
sional, frequência com que deve estar
presente na obra, serviços que precisa
entregar, datas definidas para efetuar
pagamentos etc.
Lembre-se sempre em reconhecer as
firmas do documento. Quando há des-
cumprimento de alguma cláusula, as
partes podem ser atestadas por notifi-
cações extrajudiciais, que resguardam
interessesdo inocente e induzem o ina-
dimplente a discutir um acordo. Con-
tudo, deve-se ter muito cuidado ao
redigir esses documentos. Qualquer
declaração mal escrita pode compro-
meter o notificante.
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ÉTICA
As faltas que contrariam a conduta
moral na execução das atividades profis-
sionais estão previstas nas legislações e
códigos de conduta de cada categoria.
Os Engenheiros seguem as regulamen-
tações presentes na legislação e no Códi-
go de Ética profissional da Engenharia,
da Agronomia, da Geologia, da Geogra-
fia e da Meteorologia, estabelecido na
Resolução nº 1002, de 26/11/2002, do
Conselho Federal de Engenharia e Agro-
nomia (Confea). Para os arquitetos, as fal-
tas éticas estão previstas na legislação e
no Código de Ética e Disciplina, estabe-
lecido pela Resolução CAU/BR Nº 51, de
2013. Uma infração coloca o profissional
sob julgamento.
CÓDIGO DE DEFESA E 
PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR
Resulta das relações de consumo,
envolvendo o fornecedor de produtos
e de serviços (pessoa física e jurídica) e
o consumidor. Assegura direitos consa-
grados pela Lei nº 8.078, que dispõe
sobre a Proteção ao Consumidor. A res-
ponsabilidade profissional está estabe-
lecida no Código de Defesa e Proteção
ao Consumidor, pois coloca em questão
a efetiva participação preventiva e cons-
ciente dos profissionais. Portanto, é fun-
damental estar atento à obrigatorieda-
de de observância às Normas Técnicas
e à execução de orçamento prévio de
projeto completo, com especificação cor-
reta de qualidade, garantia contratual
(contrato escrito) e legal - Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) na exe-
cução de serviços ou obras de Enge-
nharia e Registro de Responsabilidade
Técnica (RRT), no caso de Arquitetos e
Urbanistas. Uma infração coloca a pes-
soa física ou jurídica em julgamento,
com possibilidade de rito sumaríssimo,
inversão de ônus da prova e assistência
jurídica gratuita ao consumidor, provo-
cando a obrigação de sua obediência
sob penalidades.
CIVIL
Decorre da obrigação de reparar e/ou
indenizar por eventuais danos causados.
A responsabilidade civil decide-se em:
Contratual: pelo contrato firmado
entre as partes para a execução de um
determinado trabalho, sendo fixados os
direitos e obrigações de cada uma.
Pela solidez e segurança da cons-
trução: por meio do Código Civil Bra-
sileiro, o profissional responde pela soli-
dez e segurança da obra durante cinco
anos. A data do término da construção
deve ser documentada oficialmente. Se
a obra apresentar problemas de solidez
e segurança e for constatado erro pro-
fissional, ele será responsabilizado, inde-
pendentemente do prazo transcorrido,
conforme jurisprudência.
Pelos materiais: a escolha é da com-
petência exclusiva do profissional. Por
precaução, os materiais são especifica-
dos no “Memorial Descritivo”, determi-
nando tipo, marca e outras peculiarida-
des, dentro dos critérios exigíveis de
segurança da obra.
Por danos a terceiros: é comum na
construção civil a constatação de danos
a vizinhos que podem ocorrer em virtu-
de da vibração de estaqueamentos, fun-
dações, quedas de materiais e outros.
Esses devem ser reparados, pois cabe ao
profissional tomar todas as providências
para que sejam preservadas a segurança,
a saúde e a tranquilidade de terceiros.
Os prejuízos causados são de responsa-
bilidade do profissional e do proprietá-
rio, solidariamente, podendo o lesado
acionar ambos. Estende-se também ao
subempreiteiro quando for autor ou
coautor da lesão.
PENAL OU CRIMINAL
Decorre de fatos considerados crimes.
Neste campo, merecem destaque: desa-
bamento, queda de construção em vir-
tude de fator humano; desmoronamen-
to, resultante da natureza; incêndio pro-
vocado por sobrecarga elétrica; intoxica-
ção ou morte por produtos industrializa-
dos quando mal manipulados ou quan-
do não possuem indicação da periculosi-
dade; contaminação provocada por vaza-
mentos de elementos radioativos e outros.
Todas essas ocorrências são incrimináveis,
havendo ou não lesão corporal ou dano
material, desde que sejam identificados
perigo à vida ou à propriedade.
São ainda previstas penalidades aos
crimes de peculato, falsidade ideológi-
ca, corrupção ativa/passiva e violação
de direito autoral. 
ADMINISTRATIVA
Resulta das restrições impostas pelos
órgãos públicos, Código de Obras, Códi-
go de Água e Esgoto, Normas Técnicas,
Regulamento Profissional, Plano Diretor,
entre outros. Essas normas impõem con-
dições e criam responsabilidades ao pro-
fissional, cabendo a ele, portanto, o cum-
primento das leis, sob pena, inclusive, da
suspensão do exercício profissional.
TRABALHISTA
É regulamentada pelas Leis Trabalhistas
em vigor. Resulta das relações com
empregados e trabalhadores. 
Compreende: direito ao trabalho, remu-
neração, férias, descanso semanal e inde-
nizações, inclusive, as resultantes de aci-
dentes que prejudicam a integridade físi-
ca do trabalhador. O profissional só assu-
me essa responsabilidade quando con-
tratar empregados pessoalmente ou por
meio de seu representante. Nas obras de
serviços contratados por administração,
o profissional estará isento dessa respon-
sabilidade, desde que o proprietário assu-
ma o encargo da contratação.
RESPONSABILIDADES
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documentação
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O Alvará de Construção é o docu-
mento que permite o início da obra. A
encarregada de liberar essa aprovação
é a prefeitura, que analisará o projeto
para verificar se está de acordo com as
leis de zoneamento locais.
“É importante lembrar que aqueles
que forem construir em condomínio
fechado deverão atender também às soli-
citações e regras do conjunto residen-
cial”, conta a arquiteta Natália Diniz, da
capital paulista.
No caso de reformas que gerarão
entulho e acréscimo de área, a regra é
a mesma. “Algumas localidades chamam
esse documento de Autorização para
Reforma. O procedimento é idêntico:
deve-se procurar pelo setor de Aprova-
ção e Projetos no órgão municipal e soli-
citar a relação de documentos da obra”,
explica Marcos da Cruz Lopes, arquiteto
de São Paulo, SP.
DOCUMENTAÇÃO
Para obtê-la, é preciso apresentar à
prefeitura o projeto arquitetônico com
desenhos técnicos, cortes e fachadas,
além de uma série de documentos dos
profissionais responsáveis e dos proprie-
tários. “Cada prefeitura tem sua própria
lista de documentos, porém, alguns são
básicos, como Solicitação de Alvará de
Construção, Comprovante de Proprie-
dade do Imóvel, Imposto Predial e Terri-
torial Urbano (IPTU), juntamente com a
RRT ou a ART (Registro de Responsabili-
dade Técnica, no caso de arquitetos, e
Anotação de Responsabilidade Técnica,
no caso de engenheiros), documentos
que comprovam e garantem ao cliente
que a casa foi projetada por um profis-
sional habilitado para exercer a profis-
são", esclarece Natália.
COMUNIQUE-SE
Após dar entrada no processo de
aprovação, o setor técnico da prefeitura
faz uma análise da documentação entre-
gue, o que pode ocasionar correções no
projeto e a solicitação de documentos
complementares. “O comunique-se é o
meio de encaminhar essas solicitações
ao responsável técnico e ao interessado.
Após as correções, é enviado um novo
conjunto de plantas e mais documentos
que deverão ser definitivos para emissão
do Alvará”, diz a profissional.
EMBARGO
Após emiti-lo, a prefeitura realizará
vistorias periódicas na obra e, caso infrin-
ja alguma norma (material de constru-
ção despejado na calçada, desrespeito
aos horários de trabalho, não utilização
de equipamentos de segurança etc),
poderá ser paralisada, ou seja, embar-
gada. “Quando a fiscalização encontra
alguma irregularidade, o proprietário
recebe uma notificação com um prazo
para atendê-la. Se não for corrigida, ocor-
re o embargo”, afirma Lopes.
Segundo Natália, enquanto a obra
estiver paralisada, na maioria dos casos
sob riscos de multas diárias, a constru-
ção pode ser parcialmente ou comple-
tamente demolida.
ATENÇÃO!
Para obter o Alvará de Construção em
terrenoslocalizados em áreas de pre-
servação ambiental ou locais tombados
Registro em dia
A OBRA SÓ PODE COMEÇAR COM A AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA
24-25 documentos.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:18 Página 24
Levantamento planialtimétrico do terreno, com dimensões e níveis
Planta de locação da obra com os recuos do terreno
Plantas baixas dos pavimentos
Planta de cobertura com caimento dos telhados
Cortes longitudinal e transversal
Plantas das Fachadas
Tabelas com áreas de iluminação, ventilação e aproveitamento do terreno,
com plantas em escala 1:100
Carimbo com as informações de localização do terreno, dados do proprietário
e do autor do projeto e respectivos Crea e ART (engenheiros) ou CAU e RRT
(arquitetos)
Anexar RG e CPF dos proprietários, cópia da capa do Imposto Predial Territorial
Urbano (IPTU), memorial descritivo da obra, cópia da escritura ou do contrato 
de compra e venda do terreno e taxa da prefeitura para entrada no processo
EXIGÊNCIAS PARA LIBERAÇÃO DO ALVARÁpelo Patrimônio Histórico, é necessário
procurar outras instituições, como a
Secretaria do Meio Ambiente e o Insti-
tuto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan).
HABITE-SE
É outro documento emitido pela pre-
feitura no término da obra, atestando
que a residência foi construída segundo
a legislação da cidade. Sem ele, o imó-
vel pode ser considerado irregular. Além
disso, é exigido por instituições finan-
ceiras para realizar financiamentos e aver-
bação da casa no Registro Imobiliário.
Para a requisição do Habite-se é pre-
ciso pagar uma taxa e apresentar docu-
mentações dos proprietários e respon-
sáveis pela obra, o que evita gastos e
problemas no futuro. "O custo referente
à emissão do Alvará e do Habite-se equi-
vale de 1 a 2% do custo final da obra.”
24-25 documentos.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:18 Página 25
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projeto
Caldeirão de ideias
PLANTAS DE ARQUITETURA, ESTRUTURA E INSTALAÇÕES DÃO FORMA AO SONHO.
É HORA DE PASSAR SEUS DESEJOS AO PAPEL, USE E ABUSE DA CRIATIVIDADE
O arquiteto já está contratado. Então,
chegou a hora de colocar todas as
ideias no papel. Afinal, você quer saber
como será a disposição dos ambientes,
o tamanho das salas e dormitórios e as
metragens disponíveis para a piscina e
churrasqueira.
O projeto completo de arquitetura
com plantas baixas, de implantação,
cobertura, fachadas e cortes é o elemento
mínimo que representa as formas da futu-
ra construção. Com esses recursos, os
profissionais interagem com os clientes,
confirmam se o que está representado
atende as necessidades até chegarem na
versão definitiva para a construção. 
Além disso, ele é fundamental para
legalizar a obra na prefeitura que, antes
de aprová-lo, analisará se está de acordo
com a legislação local se atende os recuos
permitidos, as taxas de permeabilidade e
de ocupação do terreno.
"A partir das plantas de arquitetura são
desenvolvidos os projetos de estruturas
e instalações hidráulicas e elétricas, sendo
que todos eles devem ser compatíveis",
afirmam os arquitetos Paulo Gaspar e
Gisela Pupo, do escritório Pupo + Gaspar
Arquitetura e Interiores, de Valinhos, SP.
Os projetos de estrutura e instalações cer-
tificam a viabilidade técnica e segurança
do projeto arquitetônico.
Durante o processo deve haver um
grande entrosamento entre todos os pro-
fissionais envolvidos na obra. "O relacio-
namento entre arquiteto e cliente deve
ser baseado, primeiramente, na confian-
ça e na afinidade. Em segundo lugar, fica
o estilo e o método de trabalho. A rela-
ção só terá sucesso se um respeitar a opi-
nião do outro", diz a arquiteta Soraya Tes-
saro, de Atibaia, SP.
PERSPECTIVA 3D
FOTO DO PROJETO ENTREGUE
PLANTA DA FACHADA
26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 26
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PRINCIPAIS DÚVIDAS
As perspectivas auxiliam os proprietá-
rios a compreenderem o projeto. Nessa
fase, todos se preocupam com os custos,
prazos, solidez da estrutura e, principal-
mente, se o visual da casa corresponde-
rá aos anseios.
Cada projeto demonstra as caracterís-
ticas da residência, como escadas, por-
tas, janelas, paredes, vigas e pilares. A
apresentação gráfica varia quanto às téc-
nicas e aparências feitas à mão, maque-
tes 3D ou imagens feitas por softwares
específicos de design, que possibilitam
vários ângulos de visualização. 
As plantas e perspectivas são elabora-
das em escalas que são a relação entre a
representação de um objeto desenhado
e as dimensões reais. Na escala 1:100,
por exemplo, 1 cm representa 1 m, e na
escala 1:50, 2 cm equivalem a 1 m.
PERSPECTIVA (abaixo)
Não é exigida pela prefeitura. Porém, é um dos me-
lhores recursos para mostrar aos proprietários como
serão as fachadas e os ambientes da moradia. Por is-
so, elas possuem efeito tridimensional e em vários ân-
gulos e funcionam como se fossem fotos do local. Po-
dem ser elaboradas à mão, em AutoCad ou softwares
similares de design, maquetes em 3D ou com outros
recursos gráficos.FOTO DA FACHADA ENTREGUE
PERSPECTIVA 3D
26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 27
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projeto
PROJETO ARQUITETÔNICO
É formado por plantas baixas, de cober-
tura e de implantação, como os desenhos
técnicos de cortes e fachadas. O conjunto
serve para o proprietário ver como ficarão
os ambientes e dar sua aprovação, como
também para serem apresentadas na pre-
feitura, que analisará se a construção está
de acordo com a legislação.
No projeto de arquitetura já devem
ser especificados o tipo de estrutura e os
blocos que serão usados na alvenaria.
Dessa maneira, o engenheiro calculista,
juntamente com o relatório da sonda-
gem, pode calcular e dimensionar a estru-
tura da residência. 
PLANTA DE IMPLANTAÇÃO
Mostra no terreno a localização da
residência e também outros elementos
como a piscina e a edícula. Nela, devem
ser apresentadas as medidas dos recuos
laterais e frontais. Também é conhecida
como planta de situação.
FACHADAS
Apresentam como serão a frente, o
fundo e as laterais da residência.
CORTES
Podem ser longitudinal e transversal.
O primeiro apresenta o corte do fundo à
frente, no qual podem ser vistos a implan-
tação no terreno, os níveis, o telhado e a
projeção das paredes e das portas e jane-
las. O segundo mostra os mesmos deta-
lhes em um corte de lado a lado.
PLANTA DE COBERTURA
Demonstra todos os planos do telha-
do e suas respectivas caídas e inclina-
ções. A partir dela são feitos os detalha-
mentos do escoamento da água das
chuvas, realizados com calhas e rufos.
PLANTAS BAIXAS
São as primeiras a serem desenvolvi-
das e têm a função de mostrar a visão
da casa de cima para baixo. Nelas devem
aparecer a distribuição dos cômodos
com as metragens e a localização de por-
tas, janelas, escadas e outros elementos.
Cada andar da construção deve ter uma
planta baixa. Nelas, os arquitetos utili-
zam vários recursos para representar as
características e a aparência do projeto.
PLANTA BAIXA
CARACTERÍSTICAS
Janelas: aparecem fecha-
das quando são de correr
e abertas quando possuem
sistemas pivotantes. São re-
presentadas por linhas pa-
ralelas às paredes e, quan-
do há indicação de vidros,
estão em linhas paralelas
muito próximas.
Paredes: representadas
com linha dupla conforme
a espessura.
Portas: indicadas de 
acordo com a abertura,
que pode ser de 90º, 
correr, vaivém, pivotante,
entre outras.
Escadas: demonstradas
conforme o formato. Po-
dem ser helicoidal (em ca-
racol), reta, em “L”, entre
outros modelos. Muitas ve-
zes não aparecem por in-
teiro no pavimento térreo,
pois alguns modelos ficam
sobrepostos aos cômodos.
O sentido é representado
por uma seta.
Pilares: aparecem no an-
teprojeto, mas sua presen-
ça na planta do processo
construtivo é imprescindí-
vel. Os pilares podem ser
representados por traço
cheio, grosso ou com a
textura do concreto combi-
nada com a espessura do
revestimento. Seu posicio-
namento deve obedecer
às especificações do proje-
to de estrutura.
INTERPRETAÇÃO
Linha grossa: representa
o desenho das paredes e
da estrutura.
Linha fina: indica louças,
revestimentos, escada, li-nhas de cota, entre outros.
Tracejado: pode ser tudo
o que está projetado, mas
não é possível visualizar, co-
mo o beiral, por exemplo.
TÉCNICAS
Cotas de nível: indicam 
o quanto determinado lo-
cal está acima ou abaixo
do referencial de nível, 
que pode ser a guia da rua
ou qualquer item adotado
CORTE AA
TRANSVERSAL
CORTE BB
LONGITUDINAL
26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 28
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e identificado em projeto
como nível de referência.
Linhas de cota: são as li-
nhas indicativas das medi-
das colocadas em planta.
Deve ser colocado o maior
número possível de cotas
para que não ocorram dú-
vidas nas medidas de am-
bientes, esquadrias, loca-
ção de peças sanitárias, 
entre outros.
Linhas de corte:
mostram detalhes de um
local que o arquiteto esco-
lheu para fazer um corte
imaginário da casa.
Sentido: indica onde está
a face Norte.
APARÊNCIA
Concreto aparente:
representado por 
poucos tracejados sobre 
o desenho.
Pintura: é ridentificada
por pontos no projeto.
Tijolo aparente: é indica-
do nos pontos em que 
ele reveste a fachada.
Madeira: pode ser identi-
ficada pelos veios e nós
desenhados na planta.
Pedra: pode ser visualiza-
da por irregularidades.
Vidro: superfície lisa 
com riscos que indicam 
a transparência 
do material.
.
. .
. .
.
.
.
.
.
.
 
 
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=35%
i=20%
PLANTA DE COBERTURA
Nesta planta vê-se o número 
de quedas, ou águas, que 
o telhado terá e com isso 
projetam-se calhas e rufos
Projeção 3D 
da fachada posterior 
ou fachada de lazer
Compare com a perspectiva 3D, 
a fachada posterior terminada
PERSPECTIVA 3D
26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 29
30
projeto
PROJETO ESTRUTURAL
Dimensiona e determina itens estru-
turais, como fundação, vigas, pilares e
lajes. As plantas devem ser feitas pelo
engenheiro civil especializado em cálcu-
lo estrutural em sintonia com o profissio-
nal que assina a arquitetura. O projeto
estrutural é tão importante quanto o
arquitetônico. Com ele, o calculista indi-
ca as medidas exatas de pilares e vigas,
respeitando a plasticidade do projeto de
arquitetura. Além disso, é possível miti-
gar o desperdício de materiais, já que se
prevê as quantidades de ferragens e con-
creto armado necessárias na construção.
O engenheiro trabalha com as carac-
terísticas de resistência de todos os pro-
dutos que serão utilizados para compor o
cálculo da estrutura x carga aplicada, evi-
tando-se assim problemas que possam
surgir no futuro. 
A realização do projeto estrutural é a
garantia de que todos os componentes
suportarão o peso da obra sem o pro-
prietário ter de investir além do necessá-
rio com aço e concreto. Quando não é
realizado, serão gastos mais dinheiro e
materiais onde não há necessidade.
Outra consequência leva à falta de pro-
dutos em locais de extrema importância,
o que pode resultar em sérios danos para
a construção.
O superdimensionamento com o uso
excessivo de aço e concreto nunca é a
garantia de que a estrutura está sólida e
segura, pois muitos problemas, como o
aparecimento de trincas e fissuras, e até
mesmo, o desabamento, podem ocorrer. 
O projeto estrutural conta com as plan-
tas de infraestrutura, que englobam as
estruturas abaixo do solo, como as fun-
dações (estacas, sapatas e vigas baldra-
mes), e as de superestrutura, que incluem
elementos acima do solo, como pilares,
vigas e lajes. Também devem ser especi-
ficados todos os materiais necessários para
a perfeita execução, assim como as quan-
tidades e os tipos de aço e concreto.
O projeto das fundações deve ser fei-
to apenas com o relatório da análise do
solo em mãos, que apresenta a investi-
gação geotécnica e a profundidade do
lençol freático. Além disso, deve ser com-
patível com as plantas de arquitetura, ins-
talações hidráulicas e elétricas, já que em
alguns casos as tubulações são embuti-
das em lajes, pilares e vigas. 
As plantas estruturais também devem
ter detalhes de pilares, vigas, baldrames
e fundações e mostrar as medidas e os
engates entre os elementos estruturais e
a armação de aço, que facilitarão o tra-
balho dos funcionários da obra.
FORMAS DAS VIGAS SUPERIORES E COBERTURAPLANTA ESTRUTURAL
LEGENDAS
DETALHE DAS 
VIGAS DE COBERTURA 
O posicionamento das vigas
deve estar em perfeita harmonia 
com os pilares provenientes do 
andar debaixo. Os encaixe e 
arranques devem ser precisos
 
 
 
 
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B4554.
5
62
.7
62.6 87.4
PILARES QUE CONTINUARÃO
PILARES QUE MORREM 
PILARES QUE NASCEM
VIGA EM CORTE
PILARESP
LEGENDAS
DETALHE ARMAÇÃO DOS PILARES
O projeto estrutural define, entre outros pontos, 
as medidas dos pilares, o seu posicionamento 
e a bitola das respectivas armações de ferro
DETALHE DAS VIGAS BALDRAMES
É fundamental que os pilares estejam 
corretamente ligados à fundação. o projeto 
deve dimensionar as vigas baldrames, 
que sustentarão as paredes 
VIGAS BALDRAMESPLANTA ESTRUTURAL
A
B
C
D
E
F
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I
J
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B55 B56 B57
B58
B59 B60 B61
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Gabarito
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°
90°
90
°
90°
GABARITO E LOCAÇÃO DAS ESTACASPLANTA ESTRUTURAL
DETALHE DA POSIÇÃO DE UMA ESTACA
As medidas sinalizam o ponto exato em relacão aos 
eixos e divisas do gabarito. Esta estaca irá gerar uma viga 
baldrame de 0,50 x 050 m, como mostra a marcação B45
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27
4
32
projeto
HIDRÁULICA E ELÉTRICA
As instalações são realizadas por enge-
nheiros especializados. Para a perfeita
execução é fundamental definir os pon-
tos de passagem dos tubos e conexões
para água quente e fria, onde serão ins-
talados componentes hidráulicos como
tanques, pias e vasos sanitários, os ele-
trodomésticos e os pontos de iluminação,
que precisam de tomadas e interrupto-
res, além dos caminhos dos conduítes
dos fios. Ambas possuem muitos símbo-
los, que devem ser legendados e, em
caso de dúvidas, é preciso solicitar infor-
mações aos engenheiros. O projeto de
elétrica demonstra a distribuição de ener-
gia, desde a entrada no imóvel, passan-
do pela caixa de força interna até chegar
aos ambientes. Também devem ser espe-
cificadas as bitolas dos fios e cabos elé-
tricos e a capacidade elétrica de compo-
nentes como os DRs e os disjuntores.
FIQUE ATENTO!
Todos os projetos devem ser desen-
volvidos por profissionais especializa-
dos e registrados no Conselho Regio-
nal de Engenharia e Agronomia
(Crea), no caso de engenheiros, e no
Conselho de Arquitetura e Urbanismo
(Cau), para arquitetos. O profissional
preenche e paga as documentações
necessárias relativas a cada conselho,
que devem ser guardadas em caso
de reparos ou reforma. 
PLANTA DE ELÉTRICA
LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED
LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED
LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED
O projeto de instalações elétricas deve indicar os caminhos por onde passarão os
conduítes e a localização dos pontos de iluminação e de outros pontos elétricos
como tomadas e interruptores. Deve dimensionar ainda os fios e cabos elétricos
26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 32
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m
m
ø25 mm - Entrada vem da rua
ø25 mm
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5 
m
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ø32 mm
ø2
5 
m
m
ø25 mm
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m
m
ø25 mm
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ø25 mm
ø25 mm
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ø25 mm
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m
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ø25 mm
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ø25 mm
ø25 mm
ø2
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ø25 mm
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ø25 mm ø
25
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ø60 mm - Alimentação das bacias sanitárias
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m
m ø50 mm ø5
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ø50 mm
ø50 mm ø5
0 
m
m
ø50 mm
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ø50 mm
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ø2
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m
m
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ø22 mm
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ø22 mm
ø22 mm
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m
m
ø22 mm
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m
m
ø25 mm - Entrada vem da rua
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200x200x100 Ø1.1/2"
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ARC8500
1350
30
24
29
33
As plantas de hidráulica mostram a dimen-
são da tubulação de entrada de água para
o consumo, a passagem de água quente e
fria de todos os pontos como torneiras, vasos
sanitários, chuveiros, pias e tanques, saída
de esgoto, capacidade da caixa d´água, entre
outros. Também devem apresentar a rede
de captação de águas pluviais e instalação
do reaproveitamento da água das chuvas
quando for o caso.
Para a perfeita execução das instalações hidráulicas, o projeto deve detalhar a passagem de água quente e fria e as saídas de esgotoPLANTA DE HIDRÁULICA
isnp. isnp. isnp. isnp. isnp.
V
50
1.151.46
.26.33.31.30
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Ralo linear encostado na parede
Ralo linear encostado na parede
 
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DETALHE DO ESGOTO DO BANHEIRO DA SUÍTE
DETALHE DO ESGOTO DA 
COZINHA E CHURRASQUEIRA
26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 33
34
projeto
Proporção ideal
SAIBA QUAIS SÃO AS MEDIDAS ADEQUADAS PARA CADA CÔMODO DO PROJETO DE SUAMORADA
A distância do local para assar carnes
e do forno a lenha até o balcão de refei-
ções precisa ser de 1 m, a fim de facilitar
a circulação e a convivência. “Vale des-
tacar que cada situação deve ser deta-
lhadamente estudada. É preciso consi-
derar a quantidade de pessoas que fre-
quentarão o local e se terá um ambien-
te gourmet completo, com direito a
churrasqueira, forno, fogão a lenha e
chopeira”, avalia Ciaco.
SALA DE ESTAR
Assim como no jantar, considere com
cuidado o uso desse espaço. Feito o
levantamento, parte-se para a defini-
ção do mobiliário. “Para não compro-
meter o projeto, o ambiente deve ter
6 x 4 m”, afirma Ciaco. A dimensão
pode ser a mesma usada na sala de
jantar, porém, se o morador sonha em
ter uma TV grande no estar, é preciso
recalcular as medidas.
SALA DE JANTAR
De acordo com o profissional, antes
de estabelecer as medidas é preciso saber
qual é a importância desse ambiente
para os moradores e a quantidade de
amigos que eles costumam receber para
almoços e jantares. “Essa informação é
imprescindível para considerar a quanti-
dade de pessoas que frequentarão o
espaço e, dessa forma, o número de
assentos e tamanho da mesa”, explica.
LAREIRA
Por definição, os ambientes com larei-
ra devem ser confortáveis – afinal, é o
lugar onde as pessoas se reúnem para
momentos aconchegantes. Conside-
rando a característica, aconselha-se que
o pé-direito seja mais baixo, em torno
de 2,40 m. Sofás e poltronas devem ficar
3 m afastados. 
O dimensionamento correto dos
ambientes da residência a ser planejada
é garantia de circulação e conforto aos
moradores. “Dessa maneira, o espaço per-
mite usos diversos e oferece várias opções
de distribuição. Porém, a disposição ade-
quada não pode ser confundida com
áreas espaçosas, ou seja, os cômodos não
se tornam melhores porque apresentam
grandes medidas. A metragem deve ser
compatível com a função”, afirma o arqui-
teto Ricardo Ciaco, da capital paulista.
ÁREA DE LAZER
A área mais disputada da casa merece
atenção especial. A piscina deve apre-
sentar as seguintes medidas: 20 m², com
profundidade que pode variar de 1,20 a
1,50 m e raia de aproximadamente 12 m.
O espaço de churrasqueira precisa apre-
sentar, no mínimo, 9 m². 
Hal l
34-35 medidas.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:25 Página 34
35
 
COZINHA
A cozinha deve ter, no mínimo, 12 m².
Mas, assim como os demais ambientes
da casa, é preciso avaliar os hábitos dos
moradores e prever dimensões que
garantam bom uso. Para as bancadas
de apoio, a altura padrão é de 0,90 m
e profundidade de 0,45 m, mas podem
ser adaptadas dependendo da estatura
dos usuários. 
ÁREA DE SERVIÇO
Funcionalidade é a palavrinha mági-
ca para o ambiente. Para acomodar os
equipamentos – secadora, máquina de
lavar e tanquinho – com praticidade e
conforto, é indicado deixar um espa-
ço de, no mínimo, 2 m. “Além disso, o
pé-direito deve proporcionar conforto
térmico àqueles que utilizam o local.
Por isso, a medida padrão pode ser
2,60 m”, esclarece. 
HOME THEATER
A definição do equipamento é fun-
damental para prever as medidas. “Estu-
dos mostram que, para um perfeito fun-
cionamento visual e acústico, devem ser
analisadas as distâncias mínimas entre o
sofá e a televisão”, comenta o arquiteto,
que costuma utilizar diferentes metra-
gens como 6 x 4 m, 3 x 5 m ou 8 x 6 m.
Vale ressaltar que a proporção deve sem-
pre ser mantida. 
ESCADA
O projeto da escada precisa ser muito
bem planejado a fim de garantir a segu-
rança dos moradores. Os degraus devem
apresentar, no máximo, 18 cm de altura
e o local da pisada deve ter 26 cm. Além
disso, a largura mínima recomendada para
uma escada de uso residencial é de 1 m. 
HALL
O espaço destinado ao hall é uma pré-
via do que os convidados vão encontrar
ao entrar e, por isso, deve ser muito bem
DORMITÓRIO
Nos dormitórios, o que não pode faltar
é conforto. Por isso, o cômodo deve apre-
sentar pé-direito de, no mínimo, 2,40 m.
“Essa medida influencia diretamente no
conforto térmico, pois permite melhor cir-
culação de ar. Mas vale salientar que não
se deve estabelecer uma regra, pois cada
projeto demanda dimensões específicas”,
acrescenta Ciaco. Quanto à largura e
comprimento, as menores medidas indi-
cadas são 2,60 x 3,30 m.
GARAGEM
Para abrigar os veículos, é indicado
deixar uma área de 3 x 6 m para cada
carro. “Essas medidas visam a uma cir-
culação mais segura e facilitam a aber-
tura das portas. Entre as vagas, reco-
mendo, ao menos, um espaço de 
1,5 m”, afirma o arquiteto.
planejado. As medidas serão proporcio-
nais ao tamanho da residência. Se o pé-
direito for baixo, recomenda-se que apre-
sente 1,5 x 1,5 m e 1,20 m para a aber-
tura da porta.
LAVABO
Esse ambiente pode apresentar medi-
das reduzidas, mas sem perder a como-
didade. A largura indicada é de 1 m e o
comprimento de 1,20 m. O pé-direito
sugerido é de 2,40 m. O vaso sanitário
deve ser disposto ao centro do ambien-
te e a pia a uma altura de pelo menos
0,80 m do chão.
BANHEIRO
As medidas mínimas para um banhei-
ro confortável são 1,30 m de largura por
2,20 m de comprimento. 
“Se quiser instalar uma banheira ou
spa, a largura deverá ser de 1,60 m”,
completa. Para o box, os profissionais
recomendam 0,90 m. Quanto à banca-
da, o arquiteto sugere reservar um espa-
ço de 1,20 m para cada usuário. As tor-
neiras podem ser dispostas a 0,20 cm
acima da pia, a bancada sanitária preci-
sa de um espaço de 0,20 m nas laterais
e os registros devem ficar a, pelo menos,
2 m de altura.
2,60m
3,
30
m
34-35 medidas.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:25 Página 35
36
projeto
Morada acessível
Acessibilidade vai muito além de por-
tas mais largas, rampas e barras no banhei-
ro. Pensar em uma casa para todos faz
parte de um conceito chamado desenho
universal. Nesse caso, projetar não é ten-
tar adequar a construção às necessidades
atuais, mas olhar para o futuro. “Todos
estão sujeitos a limitações, independente-
mente da idade. Por isso, é imprescindível
desenvolver um lar funcional e com fácil
circulação”, comenta a arquiteta Sandra
Perito, presidente do Instituto Brasil Aces-
sível. Para ela, não se deve pensar no
assunto apenas se acontecer alguma fata-
lidade. “É preciso elaborar edificações fun-
cionais para facilitar não apenas a rotina
de pessoas que estão em cadeiras de
rodas, mas também com deficiência visual
ou auditiva, crianças, idosos, quem está
com uma perna quebrada ou usa mule-
tas temporariamente”, afirma.
Diversos itens fazem parte do concei-
to, com destaque para segurança, con-
forto e independência. “É importante estu-
dar alternativas para garanti-los. Eles
podem ser aplicados durante a constru-
ção ou serem previstos e implantados anos
SAIBA QUAIS SÃO AS DICAS DE SEGURANÇA E ADOTE OS CONCEITOS DO DESENHO UNIVERSAL EM CASA
SUÍTE
DORMITÓRIO
BANHO
BANHO
CIRCULAÇÃO
DORMITÓRIO
COZINHA
ÁREA DE 
SERVIÇO
DORMIT. DE
EMPREGADA
COPA
TERRAÇO
ESTAR JANTAR
VÃO DE 200 CM
VÃO DE 160 CM
VÃO DE 140 CM
V
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 C
M
36-37 acessibilidade.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:30 Página 36
37
• Portas: escolha maçanetas com 
alavanca, pois as com formato arre-
dondado são difíceis de manusear. É
fundamental desenvolver portas com
80 cm de largura, medida que facilita
o acesso. As de correr e aquelas com
abertura para os dois lados também
são indicadas.
• Box: o desnível deve ser mínimo.
• Barras de apoio: indicadas para
toda a casa, principalmente nas áreas
molhadas.
• Metais: torneiras e lavatórios
devem ser acionados por alavanca,
sensor eletrônico ou dispositivos
monocomando. 
• Banho: opte por duchas com barras
deslizantes para facilitar o manuseio.
• Tomadas: são instaladas a 45 cm
do piso, para permitir o acesso a
todas as idades e para pessoas que
estão em cadeiras de rodas.
• Interruptores: devem estar a 
1 m de altura do chão. Vale optar 
por modelos com LEDs (pois podem 
ser vistos no escuro), com diferentes 
texturas ou sensores.
• Atividades dodia a dia: esco-
lher um sifão recuado é fundamental
para facilitar a rotina de quem usa
cadeira de rodas. Dessa forma, é 
possível encaixá-la sob as bancadas
da cozinha e do banheiro.
• Móveis: opte por gabinetes com
rodízio para as pias da cozinha e do
banheiro. Dessa forma é possível 
afastá-los e encaixar uma cadeira 
de rodas sob a bancada.
• Sobrados: indica-se prever 
a instalação de um elevador, caso seja
necessário no futuro. Se for planejado
ainda na obra, os custos de instalação 
serão menores.
• Cozinha: as bancadas das pias 
precisam ter um vão livre inferior de, 
no mínimo, 0,73 m de altura a partir 
do piso acabado.
• Circulação: as rampas são 
sempre boas soluções. No entanto, 
as escadas não devem ser descarta-
das. Em alguns casos, elas são 
mais indicadas, pois diminuem 
o tamanho do trajeto. O ideal 
é ter as duas opções.
• Rampas: devem ter corrimãos
duplos nas alturas de 0,70 m e 
0,92 m do piso.
• Escadas: os corrimãos devem ser
únicos, com 0,92 m de altura do piso 
e firmemente fixados.
• Sistemas funcionais: para 
quem tem problemas auditivos, 
a dica é apostar em equipamentos
que ajudam a identificar determina-
das ações. Há uma tecnologia que
aciona as luzes ao toque da campai-
nha ou do telefone.
• Piso: não deve ser liso demais, 
pois provoca escorregões. 
Os antiderrapantes também não 
são indicados. “Eles dificultam 
a circulação dos idosos, que podem
prender o pé ou tropeçar”, afirma
Sandra. O ideal é optar por um aca-
bamento que esteja no meio-termo.
Anote alguns dos principais tópicos 
que fazem parte deste conceito
1 Utilização equitativa 
Os projetos devem possuir objetos e produtos
que possam ser utilizados por pessoas com 
diferentes capacidades, tornando os ambientes
acessíveis a qualquer indivíduo, com deficiência
física ou não.
2 Flexibilidade de utilização
O design de produtos deve atender pessoas 
com diferentes habilidades e diversas preferên-
cias, sendo adaptáveis a qualquer uso.
3 Informação perceptível 
Os dados necessários devem ser transmitidos 
ao receptador, seja ele uma pessoa estrangeira,
com dificuldade de visão ou audição.
4 Tolerância ao erro 
Os profissionais devem prever acidentes para 
minimizar os riscos e possíveis consequências 
de ações acidentais ou não intencionais.
5 Esforço físico mínimo 
Essa caracterís-tica garante que os espaços 
sejam usados eficientemente, com conforto 
e o mínimo de fadiga.
6 Dimensão e espaço de 
abordagem e de utilização
Esse princípio estabelece dimensões e espaços
apropriados para o acesso, alcance, manipulação
e uso, independentemente do tamanho do cor-
po, da postura ou mobilida-de do usuário (pes-
soas em cadeira de rodas, com carrinhos de be-
bê, bengalas etc).
7 Utilização simples e intuitiva 
Os projetos devem ter fácil compreensão para
que qualquer pessoa possa entender, indepen-
dente de sua experiência, conhecimento, habili-
dade de linguagem ou nível de concentração.
mais tarde”, explica. 
O planejamento, na opinião dela, sai
muito mais barato, pois é uma maneira
de evitar possíveis reformas e gastos des-
necessários. “O custo de implantação de
alguns elementos é bem maior depois que
a casa está pronta. Durante a elaboração
do projeto, o investimento é muito peque-
no”, ressalta. Em edifícios residenciais, a
situação é um pouco mais complicada.
“Falta previsão. Depois, fica mais difícil ins-
talar ou modificar, pois os apartamentos
têm contorno limitado”, comenta Sandra. 
Para a arquiteta, todos os elementos de
uma casa estruturada de acordo com o
desenho universal devem estar sempre ao
alcance das mãos. “Interruptores, pias, ban-
cadas e interfones são muito usados no
dia a dia e precisam ser instalados com as
alturas corretas e em locais de fácil aces-
so”, comenta. Diversas características
devem ser planejadas. Vale a pena conhe-
cer como funcionam e quais são seus prin-
cipais benefícios.
O DESENHO UNIVERSAL
Além dos assentos sanitários aces-
síveis, a Astra tem em seu portfó-
lio bancos e cadeiras que ofere-
cem conforto, autonomia e segu-
rança durante o banho
Da Astra, as barras de apoio
em PVC suportam até 150 kg
e disponíveis nas cores branca,
maracujá e bordô
36-37 acessibilidade.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:30 Página 37
38
materiais
Bom negócio
FIQUE ATENTO ÀS DICAS PARA ACERTAR NAS COMPRAS 
E GARANTIR ECONOMIA NA HORA DE SELECIONAR 
OS MATERIAIS PARA SEU PROJETO
Os gastos com a construção estão rela-
cionados, em grande parte, aos materiais.
Do básico ao revestimento, o custo pode
ser maior caso não exista planejamento
prévio, pesquisa e, principalmente, nego-
ciação com as lojas. Na hora da compra
o consumidor deve verificar os novos pro-
dutos do mercado, o setor da construção
está sempre evoluíndo e melhorando o
custo-beneficio dos materiais.
SIGA AS DICAS E FAÇA BOAS 
COMPRAS COM ECONOMIA
1- Procure comprar todos os materiais de
construção e acabamento em apenas
uma loja. Isso facilita a negociação, a
entrega, as formas de pagamento e pos-
síveis descontos.
2- Antes de escolher o local para as com-
pras, pesquise preços e solicite-os por escri-
to. Com isso, o poder de negociação com
a loja escolhida será maior. 
3- Cimento, cal, areia e pedra brita
devem ser adquiridos aos poucos, con-
forme as necessidades da obra. Lembre-
se de que o cimento é perecível e tem
data de validade. 
4- É necessário calcular corretamente a
quantidade de materiais pois, caso o lojis-
ta não aceite trocas ou devoluções, a aqui-
sição de grandes volumes pode resultar
em prejuízo. 
5- Os tipos de tijolos e blocos devem
ser definidos ainda no projeto, para que
seja calculada a quantidade necessária
para a obra. O ideal é comprá-los do
mesmo fabricante, mas a entrega deve
ser feita gradualmente.
6- Materiais hidráulicos e elétricos devem
ser comprados em datas próximas da uti-
lização. Caso os adquira em promoção,
guarde-os em local seguro e fora do can-
teiro de obras, evitando a deterioração
ou quebra.
7- O mesmo vale para produtos como
pisos, revestimentos e louças sanitárias.
8- Muitas lojas oferecem frete gratuito
para compras acima de determinado
valor. Converse com o gerente e sobre
essa possibilidade.
9- Garimpar promoções é uma ótima
alternativa para economizar. Porém, é
importante estar atento quanto à possi-
bilidade de troca de produtos com defei-
to, para não acabar gastando mais.
10- O mesmo cuidado deve ser toma-
do com relação à idoneidade do lojista,
pois existem casos nos quais os produ-
tos em promoção são de qualidade duvi-
dosa ou com defeito. Prefira lojas com
maior capacidade de negociação de pre-
ços com os fabricantes.
11- Exija sempre a nota fiscal. Com isso,
terá os direitos garantidos por lei.
12- Ao realizar as compras, confira o pra-
zo oferecido para trocas – seja ou não em
razão de defeitos. 
13- Verifique a data de entrega . Atrasos
podem resultar em gastos desnecessários,
já que os operários receberão pelo serviço
(conforme estipula o contrato) mesmo que
o material não esteja disponível para a obra.
14- É importante adquirir produtos de
marcas consolidadas. Materiais de segun-
da linha têm durabilidade menor e podem
trazer problemas para a construção.
38-39 materiais.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:31 Página 38
39
Barracão da obra: madeirite, varas de
eucalipto e pranchas de madeira para a
estrutura e cobertura; telhas metálicas
ou de fibrocimento; madeira para ban-
cadas de apoio do escritório e para evi-
tar contato do cimento com o chão; pia,
vaso sanitário e caixa d'água.
Gabarito e piquetagem: pranchas
de madeira, varas de eucalipto, linhas
especiais para construção civil e pregos
em geral.
Fundações: aço estrutural, concreto
(dosado em central), tijolo comum de
barro para os baldrames, cimento, imper-
meabilizantes e areia para a argamassa
de assentamento. Se as instalações
hidráulicas e elétricas forem feitas simul-
taneamente, adquira conduítes e canos
para a passagem de água fria e esgoto.
Construção das paredes: tijolos de
barro e blocos cerâmicos ou de concre-
to; cimento e areia para o assentamentodas peças.
Primeira etapa dos revestimentos
das paredes: cimento, areia e cal para
o chapisco, emboço e reboco. Para o
último, argamassas prontas otimizam o
tempo de mão de obra. Massa texturiza-
da não necessita de materiais para rebo-
co. Nas paredes externas, aplique imper-
meabilizante.
Pilares e vigas: aço estrutural, concre-
to (dosado em central ou feito na obra
com cimento, areia, pedra brita e água)
e formas, que podem ser de madeira,
EPS ou papelão.
Contrapiso: malha de aço (estrutural),
concreto e impermeabilizante (quando
previsto para a obra).
Lajes: empresas especializadas forne-
cem os materiais (vigotas com preenchi-
mento em lajotas cerâmicas, EPS ou
itens para a estrutura). Para laje maciça,
adquira varas de eucalipto para o esco-
ramento e formas de madeira. O concre-
to precisa ser dosado em central; a bom-
ba de concreto é alugada. Impermeabili-
zantes são indispensáveis. 
Telhado: madeira ou aço para a estru-
tura, produtos para a proteção da
madeira, subcobertura, pregos, telhas,
forros – que podem ser de madeira,
PVC, gesso ou drywall.
Instalações hidráulicas: tubos e
conexões para esgoto, água quente e
fria, caixa d'água, caixa de inspeção
(pode ser construída na própria obra),
caixa de gordura, ralos, grelhas para o
escoamento da água, registros, tubula-
ção para calhas e para gás. 
Instalações elétricas: padrão elétrico
(bifásico ou trifásico), conduítes, fios e
cabos elétricos, tomadas e interrupto-
res, disjuntores, dispositivo DR, DPS
(proteção contra surtos), caixas de pas-
sagem e lâmpadas.
Sistemas de aquecimento de água:
varia conforme o tipo escolhido. Poden-
do ser chuveiro elétrico, a gás de passa-
gem, central a gás, central elétrico ou
aquecimento solar.
Revestimento de pisos e paredes:
para cada acabamento escolhido, compre
cerca de 10% a mais, principalmente se
houver necessidade de reparos futuros e o
produto não estiver esgotado. Não esque-
cer a argamassa colante e os rejuntes.
Pintura: massa corrida, vernizes e pro-
dutos de acordo com o tipo de acaba-
mento desejado, como texturas ou tin-
tas acrílicas e látex.
Esquadrias: portas, janelas, dobradi-
ças, vidros, guarnições, batentes, fecha-
duras, puxadores e outras ferragens.
Louças e metais: cubas, vasos sanitários,
torneiras, bancadas e duchas frias (usadas
com sistemas de aquecimento da água).
A SUA LISTA DE PRIORIDADES
15- Compre impermeabilizantes, aço,
cimento, tubos, conexões, fios, cabos elé-
tricos e aquecedores fabricados de acordo
com normas técnicas da Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (ABNT). 
16- Alguns materiais, como disjuntores,
fios e cabos elétricos, também possuem
certificação do Inmetro.
17- O cimento deve ter o selo da Associa-
ção Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
18- Quando os materiais são entregues,
o responsável pela obra deve verificar se
a listagem condiz com o que está sendo
entregue e se os itens estão em bom esta-
do. Embalagens violadas devem ser devol-
vidas imediatamente.
38-39 materiais.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:31 Página 39
40
materiais
Material curinga
Respeito à natureza e isolamento tér-
moacústico são algumas vantagens que
o recurso natural confere aos projetos.
"A madeira apresenta alta eficiência, sen-
do renovável e sequestradora de car-
bono, com propriedades que melhoram
o bem-estar dos moradores", aponta Sil-
vio Lima, gerente comercial da Monta-
na Química. 
Para que o uso seja eficaz, seguro e
economicamente viável, é preciso esco-
lher espécies de origem legal e certifica-
das. "O consumidor deve conferir o selo
da entidade certificadora para ter a cer-
teza de que a extração respeitou as leis
ambientais e fiscais. Um exemplo é a cer-
tificação Forest Stewardship Council (FSC),
que preza pela procedência da matéria-
prima de áreas de manejo florestal", expli-
ca Ennio Lepage, consultor técnico da
Montana Química. Existe ainda a alter-
nativa de exigir dos fornecedores a apre-
sentação do Documento de Origem Flo-
restal (DOF) emitido pelo Ibama. Outro
cuidado refere-se ao tratamento para pro-
teger o material, é importante tratar e
revitalizar a madeira por meio de manu-
tenções periódicas, principalmente as que
estão expostas e em constante contato
com sol e chuva. Assim, a matéria-prima
estará sempre bonita e protegida.
ACERTE NA SELEÇÃO!
A seleção do tipo deve ser avaliada
de acordo com o uso e as propriedades
físicas e resistências mecânicas. De acor-
do com Lepage, até a localização da resi-
dência interfere na espécie a ser esco-
lhida. "Avalie solo, índice pluviométrico
da região, umidade relativa do ar e dis-
ponibilidade local", observa. 
Estruturalmente, o material marca pre-
sença em telhados, vigas de sustentação
e pilares. Segundo Maria José Miranda,
responsável pelo Laboratório de Madei-
ra e Produtos Derivados do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), as escolhi-
das devem apresentar resistência mecâ-
nica adequada, durabilidade e proteção
ao ataque de cupins. "Peroba-rosa, capiú-
ba, garapa e angelim-pedra são boas
opções", afirma. 
Para pisos, esquadrias e forros, a esté-
tica é importante, porém a estabilidade
dimensional deve prevalecer. Jatobá,
maçaranduba, sucupira e cumaru, mais
secas, são ideias para tacos e assoalhos.
Para esquadrias, garapeira, cedro rosa e
ipê. Nos forros, a cedro é a mais indicada.
Veja o quadro ao lado: 
A VERSATILIDADE DA MADEIRA GARANTE SEU USO NOS MAIS DIVERSOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS
40-42 madeiras.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:36 Página 40
41
I0mbuia
Uso: vigas, caibros, portas, batentes, venezianas,
painéis, forros e lambris 
Textura: média
Cor: cerne varia do pardo-amarelado 
ao pardo-acastanhado
Cheiro: perceptível e agradável
Peroba-rosa
Uso: dormentes, cruzetas, tesouras, vigas, 
caibros, tábuas e tacos 
Textura: fina
Cor: alburno indistinto, cerne róseo quando 
recém-cortado e, com o tempo, fica amarelo-rosa-
do e sem brilho
Cheiro: imperceptível
Cedro
Uso: portas, venezianas, caixilhos, ripas, caibros,
lambris, painéis, molduras e forros 
Textura: média a grossa
Cor: cerne e alburno distintos pela cor. 
Cerne castanho avermelhado e sem brilho 
Cheiro: imperceptível
Jequitibá
Uso: cruzetas, vigas, caibros, tesouras, portas, 
janelas e batentes
Textura: média 
Cor: cerne e alburno distintos pela cor. 
Cerne varia do castanho-amarelado ao castanho-
avermelhado e o alburno é branco-amarelado
Cheiro: imperceptível
Sucupira
Uso: cruzetas, estacas, pontes, tesouras, 
vigas, caibros e forros 
Textura: grossa
Cor: cerne e alburno distintos pela cor. 
Cerne pardo-escuro-acastanhado e sem brilho 
Cheiro: imperceptível 
Maçaranduba
Uso: pontes, cruzetas, estacas, tesouras, vigas, 
caibros e tacos 
Textura: fina
Cor: cerne e alburno distintos pela cor, cerne 
vermelho-claro, tornando-se vermelho-escuro 
com o tempo e sem brilho
Cheiro: imperceptível
Castanheira
Uso: portas, venezianas, caixilhos, forros, lambris,
painéis e ripas 
Textura: média
Cor: cerne castanho-avermelhado levemente 
rosado e sem brilho 
Cheiro: imperceptível
Pinus
Uso: rodapés, forros e lambris
Textura: fina
Cor: branco-amarelado e com brilho moderado
Cheiro: de resina
Pinho-do-paraná
Uso: ripas, partes secundárias de estruturas, 
cordões, rodapés, forros e lambris 
Textura: fina
Cor: cerne e alburno distintos pela cor.
Cerne amarelado com manchas largas rosáceas e
com brilho moderado
Cheiro: pouco acentuado, de resina
Ipê
Uso: cruzetas, vigas, caibros, assoalhos, 
tacos, portas, janelas e batentes 
Textura: fina
Cor: cerne e alburno distintos pela cor, cerne par-
do ou castanho com reflexos amarelados ou esver-
deados; alburno branco-amarelado e sem brilho
Cheiro: imperceptível 
Eucalipto
Uso: postes, cruzetas, dormentes, vigas, 
pilares e caibros
Textura: fina e média
Cor: cerne pardo, alburno branco-amarelado 
e sem brilho
Cheiro: imperceptível
Mogno
Uso: janelas, portas, cordões, guarnições, 
rodapés, forros e lambris 
Textura: média
Cor: cerne e alburno distintos pela cor. 
Cerne castanho-avermelhado, alburno branco-
amarelado e brilho acentuado
Cheiro:imperceptível
40-42 madeiras.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:36 Página 41
42
SEM CUPINS 
Considerada uma das piores pragas
urbanas atuais, os cupins podem causar
enormes estragos às moradas. As madei-
ras de modo geral estão sujeitas ao ata-
que, incluindo MDF e compensados. Pre-
venir é sempre o melhor remédio. Entre
as espécies mais vulneráveis estão pinus,
eucalipto, cedrinho e virola. Ao contrá-
rio destas, angelim-pedra, peroba-rosa,
itaúba, ipê, imbuia, muiracatiara, maça-
randuba e jatobá possuem maior densi-
dade e resistência. Assim, para manter
os insetos longe, além do tipo estar de
acordo com o uso pretendido, é neces-
sário atentar para as condições de expo-
sição e riscos de infestação, com controle
da umidade e dos pontos de acesso e
tratamento com produtos preservativos
adequados contra o ataque de organis-
mos xilófagos. 
São várias as formas e métodos de
controle. "A prevenção torna-se um item
de custo irrelevante frente aos inúmeros
benefícios da madeira na construção",
fala Mariluz Fernandez Natale, bióloga
da empresa Montana Química. 
MADEIRA LAMINADA COLADA – MLC
A madeira laminada colada (MLC)
substitui o aço, o concreto e a própria
madeira em vigas, pilares, coberturas,
pisos e até paredes. As peças são leves e
reduzem a carga nas fundações e podem
ser produzidas em praticamente qualquer
forma e dimensão. A principal vantagem
é vencer vãos maiores que a madeira tra-
dicional. O processo de fabricação da
MLC consiste na colagem de lâminas de
madeira umas nas outras, provenientes
de áreas de reflorestamento e já selecio-
nadas e classificadas. Assim, o material
chega pronto para ser montado no local
dando à obra agilidade, limpeza e orga-
nização, além de evitar o desperdício. 
SISTEMA AMARU
Elaborado em parceria entre a Plan-
tar e a Montana, o método utiliza Ama-
ru, madeira específica para a construção
civil, concebida a partir de estudos gené-
ticos. O sistema utiliza peças da matéria-
prima perfilada de pequeno diâmetro,
proveniente de florestas jovens, que pro-
porcionam rapidez, durabilidade e eco-
nomia à obra, com estabilidade dimen-
sional e resistência. O comprimento de
cada unidade é uniforme com opções
de diâmetros de 4, 7, 9, 11, 13 e 15 cm.
São oferecidos dois tipos de perfis – um
roliço e outro côncavo. A padronização
permite encaixes perfeitos e agilidade na
montagem. O tratamento preservativo
e o acabamento com Osmocolor Stain,
da Montana, asseguram durabilidade e
beleza ao conjunto.
O MAIS COBIÇADO
Entre as madeiras usadas para a
estrutura das residências, o eucalipto
da espécie citriodora lidera os pedidos.
Ele é proveniente de reflorestamento e
recebe tratamento em autoclave, medi-
da que aumenta a durabilidade para,
em média, cem anos. Contudo, para
garantir segurança e solidez durante a
construção, é fundamental realizar o
cálculo estrutural com a ajuda de um
profissional especializado.
Desde o início, o projeto arquitetô-
nico precisa ser desenvolvido para rece-
ber toda a estrutura de madeira.
“Todos os encaixes e conexões serão
feitos diretamente nas toras”, esclare-
ce o arquiteto André Eisenlohr, da capi-
tal paulista.
Para o perfeito dimensionamento, o
arquiteto Ronald Ventura, de Ubatuba,
litoral norte paulista, sugere avaliar o
tamanho dos vãos a serem vencidos,
determinado pela altura dos pilares.
“Fique atento à espessura, pois o euca-
lipto é grosso na parte de baixo e afina
na área superior. Por isso, é necessário
usar bitolas uniformes”, aconselha. 
100% APROVEITÁVEL
Sabe aquela madeira que foi usada para escorar lajes
e vigas durante a obra? Ela pode ser reaproveitada
de forma funcional em outras construções e ainda
contribuir para a preservação do verde. Lepage in-
dica o uso para compor objetos e móveis para a área
externa, como mesas, cachepôs, gazebos, bancos e
até cercas. Para incrementar e assegurar a beleza, é
recomendada a aplicação de produtos para a pro-
teção e acabamento. "Se não for possível a utiliza-
ção, faça o descarte das sobras de maneira adequa-
da e com o auxílio de cooperativas de reciclagem",
ensina o consultor. 
40-42 madeiras.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:36 Página 42
C
M
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CM
MY
CY
CMY
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montana_anuncio_construcao_começo_fim (205X275).pdf 1 12/04/2018 11:04
44
Presentes em várias etapas da cons-
trução, cimento, concreto e aço são
materiais fundamentais. Com caracte-
rísticas particulares, vale ressaltar que
antes da compra é preciso confirmar se
os produtos seguem as regras da Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) e se têm o selo da Associação Bra-
sileira de Cimento Portland (ABCP).
Descubra as composições e finalida-
des de cada um e garanta a segurança
do seu lar.
Elementos 
essenciais
CIMENTO
"É um ligante ou cola que une os
agregados (areia e pedra) para a elabo-
ração do concreto ou argamassa. Adqui-
re essa propriedade ao ser misturado
com a água e endurece mesmo sub-
merso", define Arnaldo Forti Battagin,
gerente do laboratório da ABCP.
Há uma grande variedade disponível
no mercado, porém a escolha deve ser
realizada de acordo com a finalidade
desejada. Vale ressaltar que em todos os
tipos a fabricação deve seguir as normas
da ABNT para garantir um bom desem-
penho na construção.
Validade: desde que armazenado
em ambiente fechado e sem umidade,
pode durar até 90 dias. O local não
pode estar molhado e deve-se evitar o
contato com a parede e o chão. 
Acerte na escolha: inicialmente,
verifique a disponibilidade regional e,
CIMENTO, CONCRETO E AÇO SÃO MATERIAIS 
INDISPENSÁVEIS A QUALQUER OBRA
materiais
44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 44
45
UTILIZAÇÃO DE CADA CIMENTO
CP I e CP II – F
Para artefatos de concreto e 
uso geral, como concreto simples 
e argamassa
CP II – E e CP II – Z
É o ideal para revestir e assentar 
alvenaria e revestimentos
CP III
Recomendado para aplicações em
que é preciso ter resistência a meios
agressivos e preparo de concreto
dosado em central
CP IV
Uso geral
CP V 
Uso geral, concreto usinado e con-
fecção de pré-moldados e artefatos
de concreto 
CP V-ARI
Concreto usinado, pré-moldados,
artefatos de concreto e concretos
especiais de alta resistência
CPB
Concreto arquitetônico e argamassas
especiais
BC
Concreto e argamassa
após essa etapa, a existência do tipo
desejado para a aplicação. Veja também
se há selo da ABCP. Fique atento ao tipo,
às indicações de uso e se o saco está em
boas condições. 
Para locais em que há contato inten-
so com umidade, como casas de praia,
fundações, piscinas e cisternas, reco-
menda-se os tipos de cimento com mais
adições de minerais.
Atenção: por sua versatilidade, bai-
xo custo e facilidade de uso, o cimen-
to Portland é o mais usado na constru-
ção. Quando misturado ao solo em pro-
porções estabelecidas, gera o solo-
cimento utilizado para a confecção de
tijolos para alvenaria.
Fique atento: indicados pelos núme-
ros 25, 32 e 40, cada numeração cor-
responde à resistência mínima à com-
pressão, garantida pelo fabricante após
28 dias de cura.
CONCRETO
O material é essencial para o bom
andamento da obra. Apresenta diver-
sas finalidades, com destaque para a
resistência a esforços mecânicos. Por
ser flexível, pode ser aplicado na fun-
dação e deve ser pouco permeável.
Quando selecionado para a estrutura
em pilares, resiste à compressão, tor-
ção e cisalhamento.
Receita de sucesso: sua composi-
ção é uma mistura homogênea de
cimento com agregados (areia e pedra)
que, após uma reação química, trans-
forma-se em uma espécie de rocha arti-
ficial para a construção. 
Compra: é indicada a aquisição de
concreto usinado que garante a limpe-
za na obra. Procure empresas idôneas
com mão de obra capacitada e reco-
nhecida no mercado. 
MAIS QUE FUNDAMENTAL
Antes de iniciar a obra, verifique a
Resistência do Concreto à Compressão
(fck). A medida usada é o Mpa (Mega
Pascal). Normalmente, o índice de fck
varia entre 150 e 180. É também pos-
sível especificar a pedra a ser usada
na composição do concreto. A capa-
cidade de ser moldado, mais conhe-
cidacomo plasticidade, pode ser obti-
da por um processo denominado
como abatimento.
O excesso de água diminui a resistên-
cia e a falta deixa buracos. O importan-
te para obter uma qualidade adequada
ao concreto e outros derivados de cimen-
to é molhar o material por, no mínimo,
sete dias após a concretagem ou inves-
tir em aditivos químicos. Esse processo é
chamado de cura, cuja função é asse-
gurar a maturidade do concreto. 
44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 45
46
PROVA DE RESISTÊNCIA
O teste é realizado para confirmar a
plasticidade do componente. Na própria
obra, ele é colocado em um recipiente.
Depois é encaminhado para um labora-
tório para avaliar detalhadamente se
apresenta a resistência desejada. 
AO SEU GOSTO
Conheça um pouco mais sobre os
tipos disponíveis no mercado. Antes de
fechar negócio, consulte o site da Asso-
ciação Brasileira de Serviços de Concre-
tagem (Abesc): www.abesc.org.br. 
DOSADO EM CENTRAL (USINADO)
Boa pedida para quem deseja ter rapi-
dez, economia e praticidade. É subme-
tido a um controle que inclui as opera-
ções de armazenamento dos materiais,
dosagem, mistura, transporte, recebi-
mento, controle da qualidade, inspeção,
aceitação e rejeição. Como já vem pron-
to em caminhões betoneira, não há resí-
duos e entulho. Também há redução dos
gastos com mão de obra.
FEITO NA OBRA
Preparado no próprio local da obra,
a mistura e homogenização são obtidas
por meio de enxadas, pás ou pequenas
betoneiras elétricas. Ele não chega a ser
tão uniforme quanto o usinado. 
CONCRETO PRÉ-MOLDADO
Vigas, pilares e lajes são moldados e
adquirem resistência antes do posicio-
namento definitivo na estrutura.
CONCRETO PROTENDIDO
Sem risco de fissuras na obra, possui
10 % de resistência à compressão. Resis-
tentes cabos de aço entram em cena e
são fixados e tracionados no concreto. 
ARMADO
É formado por estruturas de concre-
to com interior composto por armações
de barras de aço.
PROJETADO
Equipamentos de alta velocidade lan-
çam o material na superfície. É muito usa-
do para revestir paredes e túneis e em
encostas.
CONVENCIONAL
Indicado para o dia a dia na constru-
ção civil para compor estruturas. 
AÇO
É um dos itens fundamentais da cons-
trução. Está presente desde o início do
projeto até o acabamento. É utilizado na
confecção das estruturas, fundação, pila-
res e até no cercamento. A aquisição do
material pode ser feita sob medida por
empresas especializadas ou montado na
própria obra. Lembre-se de que o aço
deve ser fabricado conforme as regras da
Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). O dimensionamento precisa ser
calculado pelo engenheiro responsável
e baseado na NR 7480, da ABNT. As
armações prontas oferecem agilidade e
evitam desperdício.
Na hora da compra: verifique a
procedência e garantia do aço escolhi-
do. Fique atento se a produção respeita
as normas técnicas. É importante ressaltar
que tanto as estruturas de aço quanto as
de concreto devem ser especificadas e
aplicadas por profissionais. Estas etapas
garantirão a segurança da obra. 
Atenção redobrada: se o dimen-
sionamento for desenvolvido de forma
errada, muitos problemas surgirão, de
trincas e, até mesmo, o risco de queda
da moradia.
Curiosidade: o mesmo material é
usado para estrutura convencional, de
concreto armado e alvenaria estrutural,
porém o que muda é o diâmetro do aço. 
Processo simplificado: da Arce-
lorMittal Brasil, o Kit Casa® contém todos
os produtos para aplicação na etapa
estrutural de uma casa de 60 m². São
colunas prontas, sapatas, telas soldadas,
espaçadores treliçados, treliças, Trelifácil®,
reforços de alvenaria, cercas e telhas. "O
objetivo é otimizar a construção de for-
ma planejada, simples e sustentável. São
produtos industrializados, desenvolvidos
para diminuir o desperdício e a necessi-
44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 46
47
ARGAMASSA
Fundamental em qualquer obra, este
produto é composto pela mistura de
cimento, areia, aditivos e água. É essen-
cial para etapas como emboço e reboco,
além da indicação para assentar revesti-
mentos. Pode ser usada para diversas
finalidades. Há argamassas para assen-
tamento, revestimento, sobreposição,
rejuntamento, ancoragem, impermeabi-
lização e bricolagem.
Aquisição: sabendo que o preço
total da argamassa não equivale a 0,5%
de uma obra, invista em produtos de
qualidade e que atendam a finalidade
desejada para evitar problemas no futu-
ro. Adquira apenas a quantidade neces-
sária e evite desperdícios.
CUIDADO!
O primeiro passo para não ter erro e
obter sucesso na utilização é a leitura de
todos os procedimentos apontados na
embalagem pelo assentador. Outra opção
é buscar informações nos sites e catálo-
gos das empresas sobre como preparar
as superfícies e quais são os equipamen-
tos mais indicados. É importante lembrar
que cada revestimento – mármores, gra-
nitos, porcelanato, pastilhas de vidro,
entre outros – precisa de uma argamassa
específica. Confira a indicação para cada
material e garanta a uniformidade na
hora da aplicação.
CONHEÇA OS TIPOS 
DE ARGAMASSAS 
Colante tipo I
Uso interno
Colante tipo II
Uso interno e externo
Colante tipo III
Uso interno e externo
Colante tipo III Especial
Uso interno e externo
Piso sobre Piso
Uso interno e externo
para pastilhas
Uso interno e externo 
(assenta e rejunta simultaneamente)
REJUNTE
Responsável por unir as peças que
estampam pisos e paredes, o rejunte
deve ser escolhido de acordo com a área
onde será aplicado. Segundo a ABNT,
há rejuntamentos para ambientes exter-
nos e internos. Verifique o revestimento
e defina o modelo mais indicado para a
situação que pode ser à base de cimen-
to, epóxi ou outras resinas. 
Para garantir a perfeita instalação, o
processo pode começar a partir da cura
inicial da argamassa colante e seguir as
instruções presentes na embalagem. As
juntas devem estar limpas, sem gordu-
ras e excessos de sabão, e secas para
facilitar a aderência. A base não deve
apresentar umidade para evitar o apa-
recimento de manchas. O mercado dis-
ponibiliza produtos que levam cores para
os rejuntes e deixam as superfícies com
um toque especial.
dade de cortar e dobrar aço artesanal-
mente, ou mesmo fazer toda a amarra-
ção manual dos produtos na obra", expli-
ca Antonio Paulo Pereira Filho, gerente
de Desenvolvimento de Produtos e Mer-
cado da ArcelorMittal Aços Longos.
COMO ECONOMIZAR
O aço estrutural que chega pré-mol-
dado, cortado e dobrado é uma ótima
solução para quem busca economia e
agilidade. As vantagens são inúmeras. A
utilização de produtos padronizados,
como estribos e colunas, oferece garan-
tia de segurança e qualidade. Além dis-
so, são produzidos de acordo com as
necessidades do projeto, o que reduz per-
das e desperdício.
E mais: elimina-se o espaço físico e a
necessidade de área de corte, dobra-
mento, armação e montagem. Também
não é preciso manter um estoque de bar-
ras, além de não ter sobra de material. 
Se você ficou interessado, fique aten-
to a alguns itens na hora da compra. As
peças devem possuir certificação de
empresas como o ISO 9001 (qualidade),
ISO 14001 (meio ambiente), OHSAS
18001 (segurança e saúde) e SA 8000
(responsabilidade social). Não se esque-
ça de verificar sua procedência e se pos-
suem garantia reconhecida de acordo
com as normas técnicas e certificado
pelo Inmetro.
Peças pré-fabricadas 
de aço galvanizado 
da Arcelor Mittal: 
Trelifácil® para lajes 
e Mufor® para reforço
de alvenaria
Trelifácil®
Mufor®
44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 47
48
materiais
Pelas 
paredes
 BLOCOS DE CONCRETO 
Entre as vantagens estão a diversida-
de de espessuras e o ótimo isolamento
acústico apresentado. Pode ser utilizado
como alvenaria aparente ou revestida.
Ao planejar a construção com esse mate-
rial, é possível economizar, pois o con-
sumo de argamassa é menor do que o
usado em blocos cerâmicos e o tempo
de assentamento é reduzido. No entan-
to, é preciso considerar o desempenho
térmico inferior ao do bloco cerâmico.Ao utilizá-los para vedação são indicados
para fechar vãos entre colunas e dividir
os ambientes. 
Desde maio de 2014, está em vigor a
nova versão da NBR 6136 - Requisitos
para Blocos Vazados de Concreto Sim-
ples, publicada pela Associação Brasilei-
ra de Normas Técnicas (ABNT), que defi-
niu melhor o termo "bloco vazado",
excluindo os com fundo fechado, que
não são normatizados e, portanto, não
podem ser comercializados. Os blocos de
classe "D" também foram excluídos e a
resistência à compreensão mínima para
blocos de vedação passou a ser de 3MPa. 
CONHEÇA OS TIPOS DE BLOCOS E DE TIJOLOS E GARANTA SEGURANÇA,
RENTABILIDADE E CONFORTO TERMOACÚSTICO NA SUA CONSTRUÇÃO
RENDIMENTO BLOCOS DE 
CONCRETO ESTRUTURAL
Bloco Inteiro Rendimento 
L x A x C (cm) (peças por m²) 
9 x 19 x 39 . . . . .12,5
11,5 x 19 x 39 . . .12,5
14 x 19 x 39 . . . .12,5
19 x 19 x 39 . . . .12,5 
RENDIMENTO BLOCOS DE 
CONCRETO DE VEDAÇÃO
Bloco Inteiro Rendimento 
L x A x C (cm) (peças por m²) 
6,5 x 19 x 39 . . . .12,5
9 x 19 x 39 . . . . .12,5
11,5 x 19 x 39 . . .12,5
14 x 19 x 39 . . . .12,5
19 x 19 x 39 . . . .12,5
BLOCOS CERÂMICOS
São usados para alvenaria estrutural
e de vedação, oferecendo conforto tér-
mico e acústico.
O produto ainda facilita a prumada
das paredes, reduz as espessuras dos
revestimentos como o emboço e o rebo-
co e simplifica a execução das instala-
ções hidráulicas e elétricas.
O projeto proposto pelo arquiteto
determinará a quantidade de materiais
e medidas exatas. Nesse caso, o enge-
nheiro da obra é o profissional mais capa-
citado para especificar as necessidades
da construção.
Já o projetista detalhará a obra e
especificará a modulação mais adequa-
da, já que os blocos têm suas dimensões
adequadas a um tipo de convenção.
Podem ser da família de 30 ou 40 cm e
o tamanho ainda pode variar. No entan-
to, apresentam diferença entre a medida
modular e a real do bloco. Isso se deve
para compensar a aplicação de arga-
massa de assentamento com espessura
de 1 cm, daí a necessidade de medidas
de 39 ou 29 cm.
48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 48
49
Outra vantagem destacada por Osiris
Lima Jr, assessor técnico e da qualidade
da Associação Nacional da Indústria Cerâ-
mica (Anicer), é que as normas de blocos
cerâmicos de alvenaria estrutural e de
vedação são as mais modernas e atuali-
zadas, elaboradas a partir de métodos e
produtos nacionais, e o sistema também
possui peças especiais que ajudam a com-
por as soluções para construção.
DIMENSÕES DE BLOCOS 
CERÂMICOS DE VEDAÇÃO
Bloco Inteiro Rendimento 
L x A x C (cm) (peças por m²)
9 x 9 x 19 ................50 
9 x 9 x 24 ................40
9 x 14 x 19 ..............33,3 
9 x 14 x 24 ..............26,6 
9 x 14 x 29 ..............22,2
9 x 19 x 19 ..............25
9 x 19 x 24 ..............20 
9 x 19 x 29 ..............16,67 
9 x 19 x 39 ..............12,5
11,5 x 11,5 x 24 ......32
11,5 x 14 x 24 .........26,6
11,5x19 x 19 ...........25
11,5 x 19 x 24 .........20
11,5 x 19 x 29 .........16,67
11,5 x 19 x 39 .........12,5
14 x 19 x 19 ............25
14 x 19 x 24 ............20
14 x 19 x 29 ............16,67
14 x 19 x 39 ............12,5
19 x 19 x 19 ............25
19 x 19 x 24 ............20
19 x 19 x 29 ............16,67
19 x 19 x 39 ............12,5
24 x 24 x 24 ............16
24 x 24 x 29 ............13,3
24 x 24 x 39 ............10
*O rendimento poderá variar na obra dependendo 
da espessura da junta e da dimensão dos blocos.
BLOCO ESTRUTURAL
Tem dupla função, vedação e 
estruturação. Pode substituir 
pilares e vigas de concreto. 
É utilizado com os furos 
sempre na vertical. 
BLOCO DE VEDAÇÃO
Usado para execução de 
paredes que suportarão 
o peso próprio e pequenas 
cargas de ocupação. 
É colocado geralmente 
com os furos na 
posição horizontal.
CANALETA
Possui várias dimensões 
e serve como vergas 
(embaixo e em cima 
de esquadrias), reforço 
no meio de paredes e 
respaldo (viga em cima 
da última fiada).
BLOCO PARA LAJE
Bloco cerâmico vazado e pré-moldado aplicado 
na horizontal para execução de lajes.
48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 49
50
DICAS PARA COMPRAR
1 Segundo Cláudio Oliveira Silva,
gerente de inovação e sustentabi-
lidade da Associação Brasileira de
Cimento Portland (ABCP), verifique
se o fabricante e o produto pos-
suem o selo de qualidade da ABCP
e a marca de conformidade do
Inmetro. Eles são uma garantia de
que o material foi fabricado de
acordo com as normas técnicas da
Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT);
2 Confira se as peças estão homo-
gêneas na textura e na tonalidade;
3 A diferença de peso entre os blo-
cos do mesmo lote deve ser míni-
ma. Caso contrário, haverá varia-
ção de resistência. Além disso,
peças leves possuem maior porosi-
dade e absorção de água;
4 O material deve ser uniforme
e ter cantos vivos, assim como
medidas e ângulos retos exatos.
As diagonais, devem ter o mes-
mo tamanho;
5 Avalie o som produzido pelo
bloco ao bater levemente uma
peça na outra. O das peças bem
compactadas é mais estridente
(possui barulho metálico), enquan-
to os mais porosos possuem sons
mais suaves;
6 Segundo Silva, quando o can-
teiro de obras não possui espaço
para armazenar os blocos para
toda a construção, não há pro-
blemas em receber o material de
diferente lotes, desde que o fabri-
cante respeite as normas técnicas
de fabricação;
7 Caso o consumidor desconheça
os fabricantes de sua região, a Asso-
ciação Brasileira da Indústria de Blo-
cos de Concreto disponibiliza no
site www.blocobrasil.com.br uma
lista de seus associados que pos-
suem produtos com selo de quali-
dade. Contato de telefone e e-mail
são oferecidos nessa seleção.
TIJOLOS DE BARRO
Tradicional, o material consiste na mis-
tura de argila e solo arenoso. Os profis-
sionais recomendam sua utilização para
alvenaria de vedação. Os modelos pos-
suem bom isolamento térmico e acústi-
co e podem ficar aparentes.
Para evitar a falta de padronização
das peças e quebras durante a obra,
contribuindo com desperdício e gera-
ção de entulho, procure empresas que
participem do Programa Setorial de
Qualidade (PSQ), o qual integra o Pro-
grama Brasileiro de Qualidade e Pro-
dutividade no Habitat (PBQP-H), inicia-
tiva do Governo Federal voltada para a
qualidade das peças.
É possível adquirir também tijolos de
demolição para valorizar o charme rús-
tico dos projetos. Para tanto, é impor-
tante observar alguns detalhes:
1. Verifique se não estão esfarelando
2. Não adquira se tiverem resíduos
de cimento, pois haverá gastos extras e
atrasos na obra
3. Os modelos antigos apresentam
variações de tamanho, por isso prefira
tijolos de um mesmo fornecedor ou casa
demolida 
4. No acabamento, aplique uma fina
camada de impermeabilizante incolor e
proteja as peças 
COMUM
Pode ser encontrado em várias cores e é indicado 
para alvenaria de casa e muros revestidos ou não. 
O rendimento é de 70 unidades por m² para alvenaria
e 35 se for usado para revestimento.
MEIA-LUA
Deve ser aplicado em pilares ou em locais com 
formatos arredondados. Rende aproximadamente 
36 peças por metro linear. 
COLONIAL
Tem tamanho diferenciado e são usados 
até 42 unidades por m².
BICO-DE-PAPAGAIO
Usado para dar acabamento em cantos 
arredondados, rende aproximadamente 16 tijolos 
por metro linear.
CURVO
Fabricado em diversas tonalidades e dimensões, 
é sugerido para cantos ou para compor detalhes. 
CANTO 45O
É ideal para situações que necessitam de desvios 
e tem rendimento de 16 peças por metro linear.
PLAQUETA
Usada para revestir forno a lenha.
DEMOLIÇÃO
Pode estar presente na estrutura, piso, parede e 
até como decoração. O tijolo rústico deve ter 
a cara mais original possível
48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 50
48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 51
preparativos iniciais
52
Imagine a cena: uma construção total-
mente desorganizada, com ferramentas
espalhadas e materiais por todos os lados. 
O resultado dessa históriaé desperdí-
cio ou dores de cabeça no futuro. Porém,
basta colocar uma palavrinha em prática
para esse cenário mudar totalmente de
figura: organização. Agora sim, materiais
armazenados com cuidado e nada fora
do lugar! Se o canteiro estiver bem pla-
nejado, tudo é diferente. As atividades do
dia a dia ficam mais rápidas e eficientes.
“Podemos comparar esse espaço à área
de serviço ou quintal de uma casa. É um
ambiente necessário para o funciona-
mento da residência. Em uma obra acon-
tece da mesma maneira”, exemplifica o
arquiteto Paulo Gaspar, do escritório
Pupo+Gaspar Arquitetura e Interiores, de
Valinhos, SP. Com alguns cuidados bási-
cos a segurança dos trabalhadores tam-
bém ficará garantida. Medidas preventi-
vas são fundamentais para que pregos,
pedaços de madeira e ferragem não cau-
sem danos à integridade física dos fun-
cionários. A correta armazenagem dos
itens também evita possíveis furtos. 
PRIMEIRO PASSO
Antes de tudo, é necessário solicitar
as instalações de água e esgoto na
construção. Em lotes que não possuem
rede de abastecimento, é fundamental
providenciar uma fossa séptica. A liga-
ção da luz deve ser realizada antes mes-
mo do início do trabalho e costuma ser
provisória. Para isso, é feito um cavale-
te e instalado um medidor até o final
da construção.
Ordem no
CANTEIRO UMA OBRA LIMPA E ORGANIZADA AUMENTA A PRODUTIVIDADE E A SEGURANÇA DOS OPERÁRIOS
O BARRACÃO
Para garantir a organização na obra,
é fundamental planejar o barracão. Ele
deve estar na área de afastamento da
rua. A fundação, normalmente, é do
tipo radier. A estrutura e as paredes são
de madeira e as telhas de fibrocimento,
materiais fáceis de desmontar ao final
da construção.
O local para a armazenagem deve ser
subdividido e contar com alguns itens
indispensáveis. O escritório tem de estar
em espaço reservado dos vestiários, que
geralmente ficam o mais perto possível
da área de trabalho. Os sanitários estão
próximos das tubulações de esgoto e a
150 m, no mínimo, da obra. Ainda deve
haver, em alguns casos, dormitórios para
os funcionários e almoxarifado com cha-
ve exclusiva. A NR 18, do Ministério do
Trabalho, regulamenta as condições do
canteiro de obras e orienta a metragem
ideal do barracão de acordo com o
número de funcionários.
010103
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53
VEJA COMO ARMAZENAR OS ITENS MAIS USADOS NA CONSTRUÇÃO:
01. ESCRITÓRIO
É fundamental para manter a organi-
zação e a agilidade na obra. O ambien-
te deve ficar afastado do vestiário e ter
metragem que facilite o trabalho. A área
recomendada é de 8 m².
02. BANHEIRO
Geralmente, o ambiente possui metra-
gem reduzida - cerca de 6 m². Deve estar
sempre limpo e livre de vazamentos.
03. DEPÓSITO GERAL
É um dos principais espaços do barra-
cão. Armazena todos os itens indispen-
sáveis para a obra, como aço, tintas,
cimento, cal, materiais elétricos e imper-
meabilizantes, entre outros. A metragem
ideal sugerida é de 20 m².
04. CIMENTO E CAL
É fundamental mantê-los em local
seco e arejado, que deve ficar elevado
ao chão por um tablado de madeira. As
pilhas de cimento devem ter até dez
sacos e as de cal, 20.
05. TINTAS
Coloque as latas em prateleiras para
que não enferrujem. O local de armaze-
nagem deve ser protegido e ventilado.
Após o uso feche-as bem e guarde as
sobras que podem ser necessárias para
retoques ou mesmo como referências
para uma nova compra.
06. TUBOS E CONEXÕES
Devem ser estocados em espaços
cobertos e na posição horizontal. Para aju-
dar no dia a dia, uma dica é organizá-los
em camadas e separá-los de acordo com
o diâmetro e uso.
07. MATERIAIS ELÉTRICOS
Guarde-os em local bem resguardado.
Fios, cabos, disjuntores, tomadas e inter-
ruptores devem ser comprados um pou-
co antes da instalação, evitando assim,
erros no cálculo das quantidades.
08. IMPERMEABILIZANTES
Ficam em espaços secos, cobertos e
ventilados. Não dispense as embalagens
originais e verifique o prazo de validade.
Vale comprá-los na mesma época na qual
serão aplicados.
09. PISOS E REVESTIMENTOS
São frágeis, por isso é importante com-
prá-los apenas na fase de uso (quando a
alvenaria estiver 50% pronta). Verifique
com atenção as peças e os lotes para cer-
tificar-se de que não há diferenças de
tamanho e cores.
10. AREIA E BRITA
Devem ser estocadas dentro de uma
baia sem contato direto com o solo. O
espaço tem de ser coberto e próximo das
betoneiras e de locais com fácil acesso
para caminhões.
11. AÇO
Não pode ficar em contato com o solo.
Essa medida evita a oxidação. Vergalhões,
perfis e barras devem ser separados con-
forme o tipo e a bitola.
12. TIJOLOS E BLOCOS
A área para guardá-los precisa ter cer-
ca de 0,25 m² e 1,65 m de altura para
250 tijolos. O material fica empilhado.
Por isso, é fundamental ficar atento à
altura máxima.
13. MADEIRA
É ideal que seja armazenada em local
plano sem contato direto com o solo para
não empenar. Melhor empilhá-las na hori-
zontal sobre uma base de blocos.
14. TELHAS
As de cerâmica e concreto devem ser
empilhadas verticalmente. As metálicas
ficam levemente inclinadas, característica
que evita o acúmulo de água. Vale com-
prar 10% a mais do que o previsto.
FIQUE ATENTO!
A área do barracão varia de acordo
com a obra. Porém, as medidas
mínimas são: 8 m² (escritório), 12 m²
(dormitórios), 6 m² (banheiros e 
vestiários) e 20 m² para o depósito.
É fundamental oferecer água potá-
vel aos trabalhadores. O aconselha-
do é a instalação de um bebedouro.
Tapumes protegerão o terreno con-
tra possíveis furtos e invasões. Em
alguns casos é necessário contratar
vigias para garantir a segurança
durante a noite. Esses profissionais
devem ter, por lei, descanso sema-
nal remunerado, hora extra ou adi-
cional noturno e feriados.
Para obras de grande porte, indica-
se o uso de contêineres no lugar
do barracão.
É fundamental que as baias e os
depósitos sejam planejados de
acordo com as proporções da obra
e do terreno. Além disso, devem ter
fácil acesso e sequência de uso exi-
gida pela obra, sem que a retirada
de materiais prejudique o trânsito
de pessoas e trabalhadores ou
interfira na rotina da construção.
Próximo à conclusão da obra, deve
ser desenvolvido o padrão de luz e
solicitada a ligação definitiva com a
carga adequada para a edificação.
Não se esqueça de planejar o escri-
tório no barracão, local indicado
para guardar projetos e documen-
tos de controle da construção.
Lembre-se: um canteiro de obras
organizado é sinônimo de trabalha-
dores satisfeitos, construções mais
rápidas, limpas e sem desesperdício.
52-53 canteiro.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:43 Página 53
preparaTivos iniciais
54
IMPLANTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
De acordo com as características do terreno e tipo de obra
são determinadas a quantidade e a posição dos pontos a serem
perfurados. Em cada um monta-se um tripé com um conjun-
to de roldanas e cordas, iniciando pela amostra zero. Coleta-
se outra de metro, ao mesmo tempo, medindo a resistência
do solo que será interrompido quando já tiver atingido o critério
técnico adequado para a obra ou alcançar o impenetrável. 
EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS EM CAMPO
Na base do furo apoia-se o amostrador padrão acoplado a
hastes de perfuração. Marca-se na haste, com giz, um segmen-
to de 45 cm dividido em trechos iguais de 15 cm. Ergue-se o
peso batente de 65 kg até a altura de 75 cm e deixa-se cair em
queda livre sobre a haste. A soma do número de golpes neces-
sários para a penetração do amostrador nos últimos 30 cm é o
que dará o índice de resistência do solo na profundidade ensaia-
da. O ensaio será interrompido quando tiver atingido o critério
técnico adequado para aquela obra ou atingir o impenetrável.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
As amostras coletadas a cada metro são acondicionadas,
etiquetadas e enviadas ao laboratório para análise tátil-visual
do material por um geólogo especializado. 
Esse material recebe classificação quanto às granulometrias
dominantes, cor, presença de minerais especiais, restosvege-
tais e outras informações relevantes encontradas. A indicação
da consistência ou compacidade e da origem geológica da
formação complementa a caracterização do solo.
RELATÓRIO FINAL
Constará a planta do local da obra com a posição das son-
dagens e o perfil individual de cada sondagem e/ou seções
do subsolo, indicando a resistência do solo a cada metro per-
furado e o tipo e a espessura do material e as posições dos
níveis d’água encontrados durante a perfuração.
Base consistente
Cada terreno possui um tipo de solo
com características variadas. A sondagem
consiste na etapa de remoção de amos-
tras do solo em determinadas profundi-
dades para estudo. Se você contratar um
empresa especializada, ela deve ser legal-
mente habilitada com registro no Conse-
lho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia (Crea) do Estado. 
Além disso, é importante verificar o
tamanho da área a ser construída e o que
será realizado na obra antes de contratar
uma empresa para fazer a análise do solo.
Não há terreno ou região que tenha
todos os tipos, mas em uma propriedade
há variação de camadas (aterro, silte are-
noso mole, argilo rijo, etc). Há locais com
variação e em outros não.
A exploração gera um relatório feito
pelo engenheiro. Nele devem constar os
perfis individuais de cada sondagem com
ATERRO DE ARGILA
ARGILOSA SISTOSA MÉDIA
SILTE ARENOSO MEDIANAMENTE COMPACTO
SILTE ARGILO MOLE
SILTE ARGILO RIJO
PROCESSO DE SONDAGEM 
NO TERRENO AJUDA A EVITAR
PROBLEMAS E GARANTIR 
SEGURANÇA DA OBRA
ETAPAS DA ANÁLISE DO SOLO
a profundidade metro a metro e a de para-
da, os valores da sondagem de simples
reconhecimento com SPT – Standard Pene-
tration Test – a classificação geológico-geo-
técnica e o nível d'água encontrada.
Nas operações subsequentes de per-
furação, intercaladas às de amostragem,
deve-se utilizar o trado cavadeira ou o heli-
coidal até se atingir o nível d’água (lençol
freático), ou, quando não se encontra o
reservatório, perfura-se aproximadamen-
te de 10 a 12 metros para se iniciar a cir-
culação de água, lembrando que todo
equipamento de sondagem a percussão
sempre será com circulação de água.
A duração do trabalho, de acordo
com a metragem especificada, deve ser
de um a dois dias. A análise é feita em
apenas um dia, mesmo prazo para a
confecção do relatório.
Confira as etapas da avaliação do solo.
É importante que o processo seja bem
executado, caso contrário, implicará em
um erro de cálculo de fundação, o que
pode provocar trincas, rachaduras ou até
mesmo sedimento da edificação. 
Tipos 
de solo
54-55 sondagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:44 Página 54
55
MÉTODOS DE 
RECONHECIMENTO
Apesar de terem a mesma finalidade,
confira os procedimentos específicos
mais comuns.
PERCUSSÃO
Com três penetrações de 15 cm (total
de 45 cm) é possível retirar uma amos-
tra do solo para analisá-la. O processo
pode ser realizado em locais de difícil
acesso, por isso, é o ensaio mais execu-
tado na maioria dos países. 
ROTATIVA
É um método de investigação geoló-
gico completo e ideal para reconhecer
solos extremamente duros. Para realizá-
lo é necessário o uso de um equipa-
mento específico para fazer a perfuração
com broca diamantada.
DEEP SOUND
Com aparelho que avalia resistência
do solo com golpes, o método é ideal
para obras de grande porte.
EXPLORAÇÃO
Feita a abertura de poços, o consul-
tor de fundação entra e faz a vistoria do
que foi avaliado na etapa de reconheci-
mento do solo.
FUROS A FAZER
Área (m2) Número de Furos
200 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3
200 a 400 . . . . . . . . . . . . .3
400 a 600 . . . . . . . . . . . . .3
600 a 800 . . . . . . . . . . . . .4
800 a 1000 . . . . . . . . . . . .5
1000 a 1200 . . . . . . . . . . .6
1200 a 1600 . . . . . . . . . . .7
1600 a 2000 . . . . . . . . . . .8
2000 a 2400 . . . . . . . . . . .9
Mais de 2400 . . . . . . . .A critério 
do projetista
54-55 sondagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:44 Página 55
preparativos iniciais
56
Aplanar FIQUE ATENTO À TERRAPLENAGEM E AO REBAIXO DO LENÇOL FREÁTICO PARA NÃO COMPROMETER O TERRENO E NEM A FUTURA CONSTRUÇÃO
56-58 terraplanagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:47 Página 56
57
TERRAPLENAGEM
Consiste no desmonte e transporte de
terras. Também é usada para a limpeza
superficial do local da obra, na qual são
retiradas a vegetação (como o capim) e a
terra. “Deve ser feita antes de iniciar a cons-
trução, sendo que os cortes e aterros pre-
cisam ficar nos tamanhos e níveis previs-
tos na planta”, explica o arquiteto Paulo
Gaspar, do escritório Pupo + Gaspar Arqui-
tetura e Interiores, de Valinhos, SP.
De acordo com o arquiteto paulistano
Paulo Alberghini, deve-se fazer ainda o
levantamento planialtimétrico. Com isso,
é elaborado o projeto arquitetônico e fei-
to o nivelamento do solo das partes espe-
cificadas. Posteriormente, é realizada a
marcação da construção, serviço neces-
sário em quase todos os terrenos.
ETAPAS
O trabalho engloba escavação e reti-
rada da terra, carregamento, transporte
e espalhamento, na qual a terra é colo-
cada em área diferente da anterior. Para
cada fase, é preciso contar com equipa-
mento específico. O trator de esteira é
usado na escavação, enquanto a pá rea-
liza o carregamento. O caminhão bascu-
lante transporta o material e o monoto-
nivelador se encarrega de espalhá-lo.
Em caso de limpeza e nivelamento de
terrenos planos ou com pequena incli-
nação, são usadas as etapas de escava-
ção e transporte, sendo que a terra deve
ser descartada em local específico e auto-
rizado pela prefeitura. 
Vale dizer que o descarte ou bota-fora
feito de maneira ilegal resultará em asso-
reamento e outros sérios problemas. Outro
incômodo é que pode render várias mul-
tas expedidas pelos órgãos fiscalizadores,
não apenas à empresa, como também
para aos proprietários da construção.
EXECUÇÃO PERFEITA
Com o projeto arquitetônico em mãos é
possível ter as medidas dos platôs e seus
respectivos níveis. Para não cometer erros,
procure sempre o engenheiro responsável
pela obra. Além de conferir todas as medi-
das, ele indicará a melhor forma de exe-
cução sem prejudicar a logística. Depen-
dendo do projeto, será necessário requisi-
tar o serviço em duas ou três etapas.
A terraplenagem, se realizada de for-
ma incorreta, pode resultar em problemas
como erosão e deslizamentos. Por isso,
os taludes devem ser planejados com a
inclinação ideal e sem riscos de quedas
de barreiras. 
Nos casos de cortes em platôs, os espe-
cialistas recomendam que o projeto estru-
tural avalie a necessidade de muros de
arrimo que são utilizados para a conten-
ção de terra, para evitar deslizamentos.
QUEM FAZ?
A terraplenagem é um serviço regula-
mentado pelo Conselho Regional de Enge-
nharia, Arquitetura e Agronomia (Crea).
Por isso, é preciso contratar empresas espe-
cializadas e consolidadas no mercado. “Bus-
que referências de trabalhos realizados e
qual destinação do material retirado da
construção”, alerta Alberghini. Confira se
possui equipamentos com ótima aparên-
cia e se realiza revisões constantes. É impor-
tante verificar também se os operadores
do trator possuem cursos específicos, pois
algumas máquinas são computadorizadas,
exigindo mão de obra qualificada.
COMO O SERVIÇO É COBRADO?
O tipo de equipamento a ser usado, o
transporte, a infraestrutura da obra e a
movimentação de terra para descarte ou
compensação são fatores determinantes
para o custo da etapa.
O trator é cobrado por dia ou hora
de locação, sendo que esse prazo pode
ser ampliado conforme as necessidades.
Para a retirada de terra, os custos variam
conforme a metragem que se trabalha-
rá ou pelo número de caminhões que
sairão da obra. “O serviço pode ser
cobrado por preço fechado. É impor-
tante fazer duas ou mais cotações para
comparar os valores”, indica o arquite-
to do Pupo+Gaspar.
ÁREA CORTADA ÁREA ATERRADA
PLATAFORMA
56-58 terraplanagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:47 Página 57
58
REBAIXO DO LENÇOL FREÁTICO
É a solução quando o aquífero se loca-
liza próximo dasuperfície. Ao rebaixá-lo e
retirar temporariamente a água, é possí-
vel construir as fundações da residência
e da piscina.
“Ao contratar o serviço, é válido pre-
ver um sistema de sucção que permitirá
o rebaixo do nível da água do lençol freá-
tico. Além disso, o projeto estrutural deve
especificar um reforço na estrutura, pois
quando o nível subir e chegar ao nor-
mal, haverá o contato com a água que
resultará na pressão negativa nas funda-
ções ou na piscina. Com isso, evita-se o
aparecimento de trincas e até o afunda-
mento do piso”, explica o arquiteto Flá-
vio Castro, de São Paulo, SP, que usou o
serviço em dois projetos no Guarujá, lito-
ral sul paulista. “Ao escavar o solo, encon-
tramos água a cerca de 80 cm”, com-
pleta. É imprescindível ainda realizar a
impermeabilização em toda a estrutura
que ficará em contato com a água.
COMO É FEITO?
Depois de constatada a profundidade
do lençol freático, o arquiteto desenvol-
verá o projeto arquitetônico e as plantas
de implantação, enquanto o engenheiro
fará o de estruturas e instalações hidráu-
licas e elétricas. E antes de construir a pis-
cina ou a fundação da casa, deve-se rebai-
xar o nível da água com tubos injetores,
também conhecidos, por ponteiros fil-
trantes ou well point.
Com o relatório da sondagem e o pro-
jeto executivo em mãos, são definidas a
quantidade de ponteiros e a profundi-
dade de perfuração, sendo que os equi-
pamentos para sucção da água são alu-
gados e os ponteiros podem atingir até
60 m. A água é retirada do subsolo pelos
tubos injetores, conectados a um coletor
que, por sua vez, é ligado a uma bom-
ba. Geralmente, é destinada às redes de
águas pluviais. Em alguns casos, pode
ser reaproveitada.
Segundo Castro, o serviço em pisci-
nas, por exemplo, dura cerca de 35 dias
entre a perfuração para o equipamento
de sucção, escavação para a construção
da piscina, concretagem, tempo de cura
e impermeabilização.
CUSTO
Geralmente, o equipamento é aluga-
do e as empresas cobram a diária e a taxa
de instalação, que engloba o transporte
e a equipe que faz todas as ligações. Se
durante a obra for necessário realizar
manutenções, os responsáveis pela cons-
trução fazem o contato com a empresa
de locação.
Ao realizar a contratação, deve-se
saber o tipo de equipamento ideal, de
acordo com a medida da perfuração
necessária para a drenagem, pois os valo-
res são bastante diferentes e aumentam
conforme a complexidade do projeto e
a região da obra. Castro revela que nas
obras em que utilizou o serviço, os gas-
tos com ele representaram cerca de 0,5%
do custo total da construção.
CAÇAMBAS
O acúmulo de lixo e entulho na obra
ou até mesmo jogado na calçada ou nos
terrenos ao lado podem resultar em mul-
tas para o dono da construção. As caçam-
bas são boas opções para deixar a obra
limpa e organizada. Antes de contratar
um fornecedor, consulte como é cobra-
da a locação e se o descarte é feito em
local autorizado pela prefeitura. Caso con-
trário, o dono da empresa e o da cons-
trução podem ser punidos.
As caçambas são cobradas por perío-
dos, geralmente de uma semana. Uma
dica é contratar os serviços de empresas
próximas da obra para evitar que os gas-
tos fiquem mais elevados. Além disso, ela
deve ser disposta em local que não atra-
palhe o canteiro, muito menos as casas
vizinhas ou quem circula pela calçada.
Fique atento porque existem empresas
em situação irregular e, quando descar-
tam o material em local impróprio, tanto
elas como o proprietário da obra podem
ser punidos conforme as leis ambientais.
Por isso, antes de fechar negócio, confi-
ra se possuem licença e se foram avalia-
das por órgãos competentes. Uma obra
residencial com cerca de 200 m² pode
gerar cerca de 20 caçambas de entulho.
PERFURAÇÃO
Em cada furo é colocado um tubo,
que possui a parte drenante em
sua extremidade inferior
CASA PRONTA
depois de retirado o equipamento, a água
do lençol freático volta ao nível normal
1 RESERVATÓRIO
2 BOMBA
3 DISTRIBUIDOR
4 TUBO INJETOR (PARTE LISA)
5 PONTA RANHURADA (PARTE DRENANTE)
6 FUNDAÇÃO DA RESIDÊNCIA
7 ESTRUTURA DA PISCINA1
2 3
4 6 7
NÍVEL ORIGINAL DO LENÇOL FREÁTICO
NÍVEL TEMPORARIAMENTE REBAIXADO DO LENÇOL FREÁTICO5
FIQUE ATENTO
Deve ser feito um projeto de imper-
meabilização que determinará as
melhores soluções e produtos reco-
mendados, que devem ser resistentes
à pressão negativa. A escolha depen-
de da pressão de água e do tipo da
obra. Vale lembrar que o procedi-
mento não substitui deficiências cons-
trutivas e enganos no dimen-siona-
mento estrutural. Além disso, a etapa
protege a estrutura e evita a corrosão
das armaduras e a deterioração do
concreto, bem como a soltura do
revestimento interno.
preparativos iniciais
56-58 terraplanagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:47 Página 58
NÃO RESTARÁ A 
MENOR DÚVIDA
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1p-mp2017.qxp_Base PC 02/05/18 14:41 Página 1
preparativos iniciais
60
Assim como uma partida de futebol
começa com o apito do árbitro, a parte
bruta de uma obra é iniciada com a fase
de gabarito e piquetagem. Mas, para
que a construção seja uma vitória por
goleada, essa etapa deve ser feita com
cuidado e atenção, seguindo uma série
de regras. Caso contrário, a derrota tra-
rá diversos transtornos no futuro e o pre-
juízo será inevitável.
Com o projeto aprovado na prefeitu-
ra e os tipos de fundação especificados
no projeto estrutural, é possível apitar o
início dos serviços. Caso o levantamen-
to planialtimétrico não tenha sido feito,
contrate um topógrafo, pois ele locali-
zará com piquetes os pontos que defi-
nem as divisas do terreno, que são os
locais de partida. "A locação dos ele-
mentos estruturais e das paredes deve
ser feita de maneira precisa, pois quais-
quer erros comprometem a execução da
estrutura, das alvenarias e dos revesti-
mentos. Quando a marcação dos eixos
da obra é realizada corretamente, eco-
nomiza-se tempo e diminui-se o custo",
salienta a arquiteta Juliana Prado Hadid,
de Franca, SP.
O engenheiro civil Carlos Packer, do
escritório Crl Packer Engenharia, de São
Paulo, SP, explica que as medidas devem
ser tomadas com uma trena bem estica-
da e nivelada e é essencial medir o perí-
metro do terreno e as diagonais para
verificação do esquadro. Para não errar
tem que existir um marco fixo de refe-
rência nivelado e bem fixado.
O trabalho deve ser executado sob a
supervisão do mestre de obras, conferi-
da por uma segunda pessoa e, final-
mente, avaliada e aprovada pelo enge-
nheiro responsável técnico de toda a
construção em andamento.
Caso o processo não seja realizado de
maneira correta, a obra poderá ser total-
mente comprometida e ocorrerão pro-
blemas com a arquitetura, hidráulica,
vãos e passagens. Os recuos mínimos
solicitados e exigidos no projeto da pre-
feitura devem ser seguidos à risca.
COMO DEVE SER FEITO?
A partir das marcações dos limites do
lote serão calculados os recuos da cons-
trução para depois fazer o gabarito de
madeira, que deve ter marcação com
linhas nos eixos e nas faces externas das
paredes. Os encarregados pelo serviço
devem medir, marcar e conferir todas as
medidas e os ângulos da construção. O
gabarito deve estar no esquadro, for-
mando um ângulo de 90º, e ficar nive-
lado em toda a extensão de cada qua-
dro formado. 
Se no lote houver movimentação de
terra, a terraplenagem deve ser reali-
MEDIDA PRECISA
MARCAÇÃO CORRETA DE EIXOS E DIVISAS GERA ECONOMIA 
E DÁ BASE ADEQUADA ÀS PRÓXIMAS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO
60-61 gabarito.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:54 Página 60
61
zada antes do gabarito para que a
locação seja feita sobre vários níveis
planos. "Para a perfeita execução, o
engenheiro responsável e os profissio-
nais da obra deverão ter em mãos as
plantas de arquitetura e de estruturas",
afirma Juliana.
MATERIAIS
É fundamental ter trenas metálicas ou
de plástico com pelo menos 30 m, apa-
relhos topográficos ou mangueira de
nível com um fio de prumo, pontaletes
de madeirade 7,5 x 7,5 cm, tábuas de
madeira, fio de náilon e pregos. O nível
a laser também é uma boa opção para
essa etapa da obra.
SOBRADOS
Ao sair do solo, o gabarito perde a sua
função. Porém, há vários procedimentos
para a locação das paredes no andar
superior e o trabalho é simples. Para isso,
basta checar as medidas dos ambientes
e usar uma trena para medir as distâncias
entre os cômodos. Os pilares e as vigas
sempre são boas referências para a mar-
cação. "A transferência dos eixos de um
pavimento para o seguinte pode ser fei-
ta utilizando prumo de centro ou a laser.
Geralmente, é pregado um sarrafo de
madeira diretamente no concreto da laje,
traçado no eixo da madeira com lápis e
batido um prego para esticar arame ou
linha", explica Packer. Nos andares acima
do térreo, pode-se fazer as marcações
com tinta spray e a locação exata em tra-
ço fino. Lembrando que assim como no
térreo, qualquer erro de locação pode
resultar em sérios danos para a obra.
DÚVIDAS
É comum os leigos não conseguirem
visualizar o posicionamento da casa e o
tamanho dos cômodos e terem a sen-
sação de que são pequenos. Para isso,
basta medir o ambiente na obra e com-
pará-lo com algum já existente. Outra
dica é focar a visão apenas na marcação
das paredes, pois quando se olha para
o horizonte ao mesmo tempo, a cons-
trução parece menor.
gabarito
planta baixa
Todas as marcações do gabarito de madei-
ra, as localizações dos pregos e as linhas
devem ser medidas e conferidas pelo em-
preiteiro e engenheiro responsável
Esta ilustração representa a projeção do ponto exato
do pilar, demarcado na planta baixa, para o terreno,
através do gabarito. Neste local haverá um piquete.
GABARITO
Com a utilização de madeira, linhas, pregos 
e uma trena são marcadas todas as divisas 
do terreno e a localização dos eixos da construção,
das paredes e de elementos estruturais.
PIQUETES
São de madeira e 
demarcam os locais 
que serão perfurados 
como as estacas e as brocas.
60-61 gabarito.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:55 Página 61
impermeabilização
62
Investir em medidas preventivas é fun-
damental para a alta durabilidade do imó-
vel. Vários elementos construtivos como
lajes, vigas baldrames, paredes, locais
encostados na terra, piscinas, reservató-
rios, áreas molhadas, jardineiras, entre
outros, apresentam diversos problemas
quando em contato com a água ou com
a umidade. Por isso, a etapa não pode ser
deixada de lado, já que sua principal fun-
ção é proteger o imóvel contra a ação de
fluídos e vapor. Além disso, o processo é
essencial para garantir ambientes salubres
e sem problemas com mofo e infiltrações.
A impermeabilização é indispensável
para manter o alto padrão de qualidade
da obra e oferecer mais segurança aos
futuros moradores. O impermeabilizan-
te a ser aplicado varia de acordo com a
obra e o local que receberá o tratamen-
to preventivo.
Protegida 
DA UMIDADE
A IMPERMEABILIZAÇÃO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA EVITAR PROBLEMAS CAUSADOS PELA ÁGUA
62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 62
63
OUTRAS VANTAGENS
Além da proteção das superfícies, a
medida aumenta a vida útil das estruturas
e impede a corrosão do concreto. Para
obras de alto padrão, a etapa represen-
ta de 0,5 a 1% do custo total, enquanto
que, em construções menores, os gastos
ficam em torno de 2% a 3%.
Porém, se for deixada de lado, o custo
para o reparo pode ser superior a 15% do
valor da obra, dependendo da extensão
dos danos, já que muitas vezes há neces-
sidade de reparação estrutural, troca de
revestimentos e pisos, sem falar na possível
perda de móveis e equipamentos.
O processo é frequentemente negli-
genciado em construções residenciais
unifamiliares de padrão médio ou baixo
ou então feito de maneira errada. Esse
quadro gera uma estatística de que mais
de 50% das obras terão em menos de
cinco anos algum problema de falha na
impermeabilização. O cenário só é
melhor em obras de alto padrão. 
São inúmeros os problemas que isso
ocasiona, entre os mais comuns estão as
manchas nas pinturas das paredes, o
aparecimento de trincas e rachaduras.
Além disso, quando a água atinge a
estrutura de concreto armado, oxida o
aço estrutural e compromete toda a sus-
tentação do imóvel.
RÍGIDOS OU FLEXÍVEIS?
Os impermeabilizantes são divididos
em dois sistemas: os rígidos e os flexí-
veis. O primeiro é indicado para locais
com carga estrutural estabilizada e con-
dições de temperaturas constantes, ou
seja, não trabalham em conjunto com
a estrutura nem suportam grandes varia-
ções de calor. O sistema torna a área
impermeável com a inclusão de aditivos
químicos, aliado à correta granulome-
tria dos agregados e à redução da poro-
sidade da superfície.
Já o sistema flexível é indicado para
lugares como lajes maciças, piscinas sus-
pensas, coberturas planas, entre outros,
que possuem movimentação e estão
sujeitas ao aparecimento de fissuras. Os
produtos são compostos por elastôme-
ros e polímeros. Quando o sistema erra-
do é utilizado, corre-se o risco da área
sofrer trincas, fissuras ou destacamen-
to, possibilitando a infiltração.
GARANTIA DE SUCESSO
O primeiro passo é fazer um projeto
de impermeabilização, que deve ser rea-
lizado por profissional especializado que
analisará as condições naturais do terre-
no e a forma com que a água atua na
edificação.
A NBR 9575, da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) – Seleção e
Projeto de Impermeabilização – , dá as
diretrizes básicas para a escolha de um
sistema impermeabilizante de uma
maneira geral. Antes de selecionar o
produto, avalie também fatores como
a movimentação estrutural, exposição
aos fenômenos climáticos, existência ou
não de trânsito de veículos e pessoas e
exposição a agentes químicos, verifique
também se eles possuem a correta cer-
tificação e se são de marcas consolida-
das no mercado. 
O impermeabilizante deve trabalhar
em conjunto com a base, absorvendo
a movimentação e demais esforços,
podem ocorrer deterioração e perda de
desempenho caso o produto escolhido
não seja apropriado. Sempre que utili-
zado material impróprio, será preciso
correção, na qual a superfície terá que
ser quebrada e refeita para receber a
impermeabilização adequada.
Antes de adquirir os produtos, é preci-
so calcular a metragem quadrada da área
que será tratada e seguir as orientações
descritas pelos fabricantes. Toda imper-
meabilização é utilizada a partir de um
consumo mínimo por metro quadrado.
Multiplique esse consumo pela área a ser
impermeabilizada e acrescente 10% a
mais para evitar a falta do produto.
APLICAÇÃO
Alguns produtos, como as
emulsões asfálticas ou acrílicas,
argamassa polimérica, hidrorre-
pelentes e hidrofugantes, podem
ser aplicados pela própria mão
de obra da construção. Porém,
materiais como a manta asfálti-
ca, por exigir o uso do maçari-
co, precisam de profissionais
especializados para a colocação. 
62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 63
64
VIGAS BALDRAMES
É um dos primeiros componentes que
necessita de tratamento. Esse trabalho é
fundamental para evitar que a umidade
existente no solo afete o alicerce da edi-
ficação, comprometendo a estabilidade
da estrutura, a falta ou falha na imper-
meabilização dos baldrames provocará
focos de umidade ascendente nas pare-
des, o que pode ocasionar danos em
reboco, rodapés e pintura. Além disso,
também aparecem outros problemas bas-
tante graves como mofo, fungo e bolor.
Entre os impermeabilizantes que podem
ser aplicados em vigas baldrames estão
as emulsões asfálticas, os asfaltos elasto-
méricos, as soluções asfálticas, as arga-
massas impermeáveis e poliméricas e a
manta asfáltica. Para a perfeita aplicação
basta seguir as recomendações do fabri-
cante e ter mão de obra qualificada.
ÁREAS MOLHADAS
Ambientes como cozinhas, banheiros
e áreas de serviço precisam de atenção
redobrada. Por serem áreas laváveis, a
ausência de impermeabilização acarreta-
rá infiltrações e danos à estrutura e a faci-
lidade para o desenvolvimento de fungos
e bactérias. Além da especificaçãodo
impermeabilizante, os ambientes devem
ser projetados com caimento correto para
que a água escoe em direção ao ralo.
LAJES
É uma etapa essencial. A não realiza-
ção da impermeabilização em lajes pode
gerar não só danos à estrutura, como
também o surgimento de problemas nos
forros de gesso, pintura, mobiliário e a
instalação elétrica. Para não errar e saber
qual é o tipo de impermeabilizante mais
adequado para o local, é preciso avaliar,
por exemplo, se ela será de piso ou
cobertura, se estará exposta às condições
do tempo e se terá ou não trânsito de
pessoas. 
Lembre-se de que os produtos devem
ser suficientemente flexíveis para acom-
panhar a movimentação do telhado.
Entre os indicados, há desde as mantas
asfálticas até as membranas moldadas no
local. Por isso, nunca se esqueça de con-
trarar profissionais habilitados para esco-
lha e execução. 
TELHADO
Não basta ter uma cobertura bonita se
ela não for construída com perfeição. Além
de dimensionar corretamente a estrutura
de acordo com o tipo de telha, é funda-
mental estar atento para evitar goteiras e
vazamentos que incomodam toda a famí-
lia e ainda podem danificar outros mate-
riais presentes na obra, por exemplo, a
madeira usada na estrutura.
Devem ser levadas em consideração
a norma NBR 15575 (Desempenho das
Construções) e diversas outras relativas
ao projeto e condições do telhado e seus
componentes, como a NBR 8039: 1983
(Projeto e Execução de Telhados com
Telhas Cerâmicas Tipo Francesas); NBR
13858-1:1997 (Telhas de concreto – Par-
te 1 – projeto e execução de telhados),
NBR 10844 (Instalações Prediais de Águas
Pluviais), entre outras. Para isso deve-se
avaliar inclinação, telhas corretas, calhas,
rufos e cumeeiras. É preciso respeitar a
inclinação mínima que cada tipo de telha
necessita. Caso contrário, a água das chu-
vas ficará empoçada e provocará vaza-
mentos. Quanto às calhas e rufos, o seu
dimensionamento deve garantir que a
quantidade de tubos e seus respectivos
diâmetros sejam suficientes para o tama-
nho da cobertura em questão.
CUMEEIRAS
O assentamento deve ser feito com
cuidado e precisão. A argamassa con-
vencional não é o material adequado
para a etapa, pois, por ser rígido, trinca
com o passar do tempo e pode causar
infiltrações. Para isso, o uso de selantes
elásticos é o mais adequado, pois dão
estanqueidade, acompanham a movi-
mentação das telhas, que sempre estão
sujeitas à ação dos ventos, trepidações e
outros fatores.
APLICAÇÕES:
Aplicada com maçarico, a manta asfáltica é indicada para muros de arrimo, terraços, varandas, lajes de cobertura, piscinas e jardineiras. 
Flexível, a resina acrílica protege os baldrames
impermeabilização
62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 64
65
Abaixo: argamassa polimérica, emulsão acrílica e tela usada como estruturante para aumentar resistência
MANTA ASFÁLTICA
MANTA ASFÁLTICA
EMULSÃO ASFÁLTICA
62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 65
66
PINTURA ASFÁLTICA 
Caracterizada por uma película de
pequena espessura, é um complemen-
to do sistema ou, em alguns casos, uma
proteção simples. A aplicação é realiza-
da sobre superfície de concreto ou alve-
naria, muros de arrimo e alicerces. 
MANTA/MEMBRANA ACRÍLICA
Indicada para lajes sem recortes, o
material é pré-moldado em forma de
rolo, aderido a um tipo de primer e fun-
dido com fogo. Não pode ser classifica-
do como manta, pois o termo refere-se
somente a produtos industrializados.
Como a moldagem é feita na obra em
forma de pintura, a aplicação é seme-
lhante a das emulsões asfálticas com
demãos e estruturada por uma arma-
dura tecida de poliéster. A diferença está
no número de aplicações, sendo neces-
sário, nesse caso, maior quantidade para
formar a espessura mínima de 3 mm
MANTA ASFÁLTICA 
Exige a contratação de mão de obra
especializada para aplicá-la. É um pro-
duto pré-fabricado constituído por um
estruturante central recoberto em ambas
as faces por um composto de asfalto
modificado com polímeros e diversos aca-
bamentos superficiais. São classificadas
em A, B e C, que aponta o composto
asfáltico e a qualidade. Existem três tipos:
II, III e IV. A primeira é indicada para ter-
raços, varandas e pequenas coberturas.
A III é mais usada em lajes de cobertura,
piscinas e jardineiras. A última, em locais
com maior resistência à tração. Há ain-
da o produto autocolante, que dispen-
sa o maçarico e o asfalto. Por possuir
massa altamente adesiva em sua com-
posição, a simples remoção do filme faz
com que o produto esteja pronto para
ser instalado.
CALAFETADOR
Responsável por selar juntas de pisos,
lajes, fachadas, alvenaria, concreto e jun-
ção entre diferentes materiais, é um pro-
duto com boa flexibilidade, capacidade
de aderência e estabilidade dimensional.
A aplicação é realizada com cartuchos
com bicos adequados para preencher
perfeitamente as fendas ou trincas.
ACERTE NA ESCOLHA: 
CONHEÇA MAIS SOBRE CADA TIPO DE IMPERMEABILIZANTE
FIQUE ATENTO!
A impermeabilização elimina a
umidade e combate as infiltrações.
Para torná-la ainda mais eficiente
e prolongar sua vida útil confira
algumas dicas.
Nas paredes externas, impermea-
bilize o reboco. Nas internas, dê
atenção especial para laje, cozi-
nha, banheiro e área de serviço.
Para evitar que o impermeabilizan-
te seja “lavado” pelas chuvas, opte
por produtos de secagem rápida
ou sistema que não necessite de
secagem como manta asfáltica.
Quando for realizada alguma
interferência na região imper-
meabilizada – como troca de ante-
na ou tubulação –, ela deve ser
bem planejada para não interfe-
rir no sistema aplicado. Caso seja
perfurado, providencie o quanto
antes o reparo para garantir a
estanqueidade.
Adote produtos de qualidade e
indicados para a finalidade dese-
jada. Além disso, faça manuten-
ção periódica das superfícies para
que, ao detectar o primeiro sinal
de problema, seja solucionado evi-
tando mais danos.
A impermeabilização preventiva
oferece segurança estrutural e bai-
xo custo.
A receita do sucesso envolve ape-
nas três ingredientes: solução ade-
quada, produtos de qualidade e
mão de obra especializada.
impermeabilização
62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 66
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EMULSÃO ACRÍLICA
Por ser líquida, é flexível e pode ser
moldada facilmente no local. A aplica-
ção é recomendada para lajes de cober-
tura sem qualquer circulação de pessoas.
EMULSÃO ASFÁLTICA 
É um produto para a moldagem da
membrana no local. A principal caracte-
rística é a flexibilidade obtida com a apli-
cação de sucessivas demãos e com a
incorporação de um estruturante cen-
tral. O uso é indicado para a proteção
de banheiros, áreas externas – como ter-
raços e varandas – e em pequenas lajes. 
ARGAMASSA POLIMÉRICA 
É formada por pó e líquido, os quais
misturados criam um revestimento imper-
meável. O pó é formado por cimentos,
agregados minerais inertes e aditivos. O
líquido é composto por emulsões à base
de polímeros acrílicos. Ela é classificada
como industrializada e pode ser aplicada
em reservatórios, tanques, piscinas, pisos,
paredes e muros em contato com a terra
e o subsolo. Também possui resistência à
pressão hidrostática positiva e negativa.
HIDRORREPELENTES
Devem ser misturados ao cimento e
à areia e são indicados para as regiões
da construção com revestimentos de
alvenaria. O resultado é uma combina-
ção que impede a passagem da água.
Evita eflorescências, manchas e escure-
cimento de rejuntamento, não apre-
senta brilho, não modifica a aparência
das superfícies e também pode ser apli-
cado em argamassa, superfícies de con-
creto, tijolo aparente, telhas cerâmicas,
entre outros.
RESINAS TERMOPLÁSTICAS
São impermeabilizantes bicompo-
nentes formados por cimento modifica-
do e polímero. Por serem flexíveis, são
indicados para evitar umidade e infiltra-
ção em estruturas elevadas ou suspen-
sas, como piscinas, caixas d’água, saca-
das, cisternas e muros de arrimo.
HIDROFUGANTES
São misturados na massa de cimen-
to e areia e aplicados diretamente sobre
assuperfícies minerais como reboco, tor-
nando-se repelentes à água. Eles são
indicados para concreto e tijolo apa-
rente, telhas, fachadas de pedra e blo-
cos cerâmicos.
62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 67
estrutura
68
BASE 
SÓLIDA
MEDIANTE PLANEJAMENTO 
E ESCOLHA CORRETA, OS DIFERENTES 
TIPOS DE FUNDAÇÕES SUSTENTAM 
O PESO DAS CONSTRUÇÕES 
Por ficarem abaixo do solo, muitas
pessoas não dão a devida importância
às fundações. Mas sem dúvida, para
garantir a solidez e o sucesso da obra, é
fundamental ter atenção ao escolher
dentre os distintos tipos de fundações e
suas execuções, pois são elas que sus-
tentarão toda a construção e impedirão
que haja deslocamentos nas estruturas
que causariam danos nos demais ele-
mentos construtivos.
Caso sejam escolhidos tipos de fun-
dações não recomendados, a obra pode-
rá ficar comprometida, ocasionando a
necessidade de reforços estruturais, super-
dimensionamento com o consumo exces-
sivo e desnecessário de materiais, ou até
mesmo cair. 
DEFINIÇÃO DA FUNDAÇÃO
A sondagem ainda é a maneira mais
garantida para escolher. A partir do
momento em que são conhecidos os
solos existentes no terreno, o projetista
de estrutura determinará a mais indica-
da para o projeto, dimensionando a bito-
la do aço, a resistência do concreto e as
respectivas profundidades. As estacas dire-
tas, o radier (ou laje de sustentação) e as
estacas escavadas são as mais utilizadas
em obras residenciais.
CONCRETAGEM
Para garantir mais qualidade para a
etapa, recomenda-se adquirir o concre-
to usinado. Durante o trabalho, é preciso
vibrá-lo para que preencha todos os can-
tos de forma coesa. Esse fator evitará as
famosas 'bicheiras', que ocasionam pro-
blemas como infiltração de água ou fer-
rugem das armações de aço.
Outro ponto importante é verificar nos
projetos de instalações hidráulicas e elé-
tricas os pontos em que os tubos ficarão
embutidos na estrutura. Por isso, as pre-
senças do engenheiro responsável e do
empreiteiro no dia da execução das fun-
dações é obrigatória.
68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:19 Página 68
69
FUNDAÇÃO RASA OU DIRETA
São recomendadas para terrenos com
solo firme e de boa resistência. A execu-
ção é mais simples que as indiretas e o cus-
to é menor. Elas nunca devem ser cons-
truídas em lotes com aterros, solo não
compactado, argila mole ou areia fofa. São
classificadas como diretas as sapatas cor-
ridas, isoladas e o radier. A superestrutu-
ra é ligada à fundação por pilares e se
caracteriza pela transmissão de carga da
estrutura ao solo por meio das pressões
distribuídas pela base.
As sapatas são interligadas por vigas
baldrames, que servem de apoio para
a execução de toda a alvenaria. Com
isso, elas absorvem o peso da viga bal-
drame, concentram no bloco da sapa-
ta e distribuem para o solo. O radier,
indicado para terrenos que suportam
pouco peso, tem carga distribuída em
uma área maior.
Sapata corrida armada
É a mais utilizada, pois é recomendada
para projetos com vãos pequenos e pou-
cos pavimentos. As cargas são distribuídas
ao longo das paredes. A construção é fei-
ta com uma camada de concreto magro –
com espessura de cerca de 10 cm, para
nivelá-la no terreno. A face superior deve-
rá estar reta, para que possa receber o ali-
cerce e a parede. Para a execução, é pre-
ciso cravar piquetes de nivelamento uni-
formes e lançar o concreto até que as
cabeças estejam cobertas.
Sapata corrida simples
É indicada para construções térreas ou
com cargas relativamente baixas. É um
alicerce feito de alvenaria de tijolos maci-
ços, nos quais são criadas valas com até
1 m de profundidade. Para sua constru-
ção ser um sucesso, é importante que
seja aplicada uma camada de concreto
magro com até 5 cm de espessura. A
solução indicada impede o contato dire-
to da alvenaria com o solo.
Sapata isolada
Também é opção para transmitir as
cargas concentradas dos pilares. O
dimensionamento e profundidade são
feitos de acordo com a carga transmiti-
da ao solo. A construção da base é seme-
lhante a das sapatas corridas e também é
interligada por vigas baldrames.
Radier 
É frequentemente escolhido para
obras no litoral, pois equilibra todo o peso
sobre a areia. Também é conhecido como
laje de sustentação e costuma ser mais
caro se comparado aos demais tipos de
fundações diretas, portanto, deve ser uti-
lizado apenas quando as outras opções
não são viáveis. 
RADIER SAPATAS
FUNDAÇÃO RASA OU DIRETA
FUNDAÇÃO 
PROFUNDA OU INDIRETA
68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:22 Página 69
70
estrutura
FUNDAÇÕES INDIRETAS 
OU PROFUNDAS
São especificadas quando o terreno
possui solo pouco resistente ou com água
próxima da superfície. As estacas de con-
creto como as brocas, a escavada e a
strauss são as mais usadas em obras resi-
denciais. Porém, é preciso estar atento à
movimentação e resistência à água.
 Estacas de madeira
São usadas em casos específicos, como
construções em locais com mangue. O
custo é acessível, porém a vida útil não
ultrapassa dez anos em razão do conta-
to com a água. O eucalipto é a madeira
mais usada e as cargas suportadas variam
de acordo com o diâmetro da peça.
Estacas de aço
São recomendadas para residências
apenas quando encontrado solo muito
mole e também são ideais para apoiar os
pilares de divisas. Fabricadas com aço
laminado em forma de 'H', podem atingir
qualquer profundidade e têm fácil manu-
seio. Mas nunca devem ser usadas em
locais sujeitos ao contato com a água.
Estacas de concreto
Podem ser pré-moldadas ou feitas in
loco. Confira os tipos existentes:
Centrifugada: resiste a cargas entre
25 e 30 toneladas. Leva esse nome pois
é fabricada pelo método de centrifuga-
ção em alta velocidade. Conta com
armado longitudinal de aço especial de
alta resistência.
Vibrada: é feita com armadura lon-
gitudinal de aço, na qual é utilizada vibra-
ção com aparelho manual e, por isso,
não forma ‘bicheiras’. Suporta de 20 a
40 toneladas.
SAPATAS
FUNDAÇÃO 
INDIRETA OU PROFUNDA
68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:22 Página 70
71
MURO 
DE ARRIMO
CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA
Protendida: apresenta aço especial
de alta resistência, possui cantos vivos e
tem formato quadrado. Pode aguentar
cargas entre 16 e 30 toneladas.
Feitas na própra obra (in loco)
Brocas: são estacas perfuradas ma-
nualmente com uma ferramenta conhe-
cida como trado. Além disso, é mais bara-
ta que as demais estacas e atinge pro-
fundidade máxima de 4 m. Suporta até
oito toneladas.
Escavada: conhecida também como
perfurada ou rotativa. Para a execução é
utilizada uma máquina perfuratriz com
uma ponta tipo saca-rolha. Por se tratar
de escavação mecânica, atinge profun-
didade de até 12 m e possui alta capaci-
dade de carga, podendo chegar a 60
toneladas. Não é executada com arma-
duras e apresenta pontas de ferro nas
extremidades, para ancoragem nos blo-
cos de fundação. 
Strauss: é indicada para terrenos
encharcados e é a estaca de concreto
que tem o custo mais elevado. Pode atin-
gir qualquer profundidade e é usada
quando não é possível utilizar a pré-mol-
dada. Ao ser perfurada, é colocada uma
espécie de “camisa”, que ficará no local
até a cura completa de todo o concreto.
Franki: esta estaca se difere por pos-
suir em sua ponta um bulbo de concre-
to. Uma das grandes vantagens é que
ela pode ser construída em diferentes
tipos de solo, com presença ou não de
água, o que faz dela um dos tipos mais
flexíveis. Entretanto, seu uso em locais
próximos a edificações existentes deve
ser avaliado criteriosamente, visto que a
execução da estaca gera muita vibração
do solo, o que pode comprometer as
estruturas vizinhas.
Tubulão a céu aberto: pouco utili-
zada em residências, salvo algumas exce-
ções. São executados manualmente e
com riscos consideráveis aos funcionários.
Quando a profundidade é atingida, a
base do tubulão é alargada para aumen-
tar a área. Por isso, deve ser concretado.
A armadura é similar à das estacas perfu-
radas, para ancorá-lo no bloco de fun-
dação ou na vigabaldrame.
Raiz: é uma estaca de pequeno diâ-
metro cuja perfuração é realizada por
rotação ou roto percussão, em direção
vertical ou inclinada. Essa perfuração se
processa com um tubo de revestimento e
o material escavado é eliminado conti-
nuamente, por uma corrente fluida
(água, lama ou ar) que introduzida atra-
vés do tubo refluí pelo espaço entre o
tubo e o terreno.
EXECUÇÃO ESTACAS ESCAVADAS
Para a construção, é preciso usar uma máquina perfuratriz para 
a escavação ser mais rápida. Ela possui ponta tipo saca-rolha 
que faz a perfuração e é responsável pela retirada da terra. 
As principais etapas são:
• Piquetes marcam os locais a serem escavados; 
• Furos são feitos com a máquina perfuratriz; 
• Checagem do buraco, antes da concretagem, para a constata-
ção da profundidade especificada no projeto estrutural; 
• Concretagem, sendo necessária a colocação de aço para a an-
coragem nos blocos de fundação. Prefira o concreto usinado,
pois proporciona maior qualidade.
68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:22 Página 71
MURO 
DE ARRIMO
CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA
72
estrutura
EM ENCOSTAS OU 
PRÓXIMO AOS RIOS
Quando o terreno está localizado em
regiões montanhosas e próximo de rios,
é preciso redobrar a atenção. Segundo
especialistas e autoridades, não são ape-
nas as chuvas fortes e os rios que causam
alagamentos, inundações e enchentes –
os grandes vilões das tragédias. As cons-
truções em áreas irregulares, também
conhecidas como locais de riscos, caso
de encostas ou taludes de morros e pro-
ximidades das margens de rios, são as que
vitimizam grande número de pessoas. 
Por isso, antes de construir qualquer
edificação residencial ou comercial é fun-
damental aprovar o projeto na prefeitu-
ra e, quando estiver em área de preser-
vação ambiental, ter a autorização de
órgãos ambientais como o Ibama, que
possui legislação específica para deter-
minar a porcentagem do terreno que
pode ser construída, autoriza ou não a
poda e corte de árvores nativas e infor-
ma se poderá ou não ter movimentação
de terra no terreno.
Além disso, existem legislações esta-
duais e federais que estabelecem a dis-
tância entre as construções e os rios, ria-
chos, córregos e nascentes, variáveis de
acordo com as características de cada um.
Nas regiões próximas de rios também
é preciso estudar todas as características
como relevo, formação geomorfológica,
tipo de solo e declive, pois até mesmo as
casas construídas a uma distância segura
do leito maior dos rios podem apresen-
tar problemas de rachaduras e desmo-
ronamentos em razão do solo úmido e
muitas vezes pouco resistente.
Ao planejar a futura moradia, o arqui-
teto deve buscar soluções para as con-
dições do local, ou seja, executar a edi-
ficação de forma que em caso de fortes
chuvas os problemas sejam amenizados.
Moradia com segurança
Construir a residência a uma distância
segura do leito maior dos rios e evitar a
implantação perto da borda ou no pé da
montanha são primordiais. Na parte supe-
rior, deve-se construir a pelo menos 5 m
de distância da borda, enquanto na base
a distância deve ser de no mínimo 10 m.
Em regiões no pé dos morros, a maior
preocupação é com os detalhes técnicos
de muros de arrimo e dos diferentes tipos
de fundações. A casa também precisa ser
implantada de forma que não haja movi-
mentações de terra nem corte da vegeta-
ção existente, a fim de evitar qualquer
impacto possível no meio ambiente.
Em áreas próximas de rios,
como há maior umida-
de do solo deve
haver cuidado
com a impermeabilização das fundações.
Em ambos os casos, a indicação são cons-
truções suspensas com pilotis. Quando há
a necessidade de muros de arrimo, é fun-
damental prever o escoamento da água
para que ele não ceda. 
Nas áreas próximas de rios, onde os
problemas com enchentes são maiores,
deve-se prever a colocação de pisos dre-
nantes nas calçadas e em garagens situa-
das no térreo, pois quanto mais pisos
impermeabilizados houver, maior o risco
de enchentes e alagamentos. Em regiões
de encostas, deve-se evitar o plantio de
bananeiras que favorecem o acúmulo de
água no solo e podem causar desliza-
mentos de terra.
DÁ PARA EVITAR?
A educação ambiental é o passo ini-
cial para evitar grandes tragédias. O Ser-
viço Geológico do Brasil, por exemplo,
busca por meio de cartilhas e palestras
com a comunidade conscientizar as pes-
soas para evitar construções em áreas de
risco e o descarte de lixo nos córregos,
rios e nas ruas.
Também deve ser implantado o Siste-
ma Nacional de Alerta, que juntamente
com os serviços meteorológicos, as pre-
feituras e a Defesa Civil das cidades, tem
a missão de estar alerta para eventuais
casos de emergência. Assim, antes de
grandes chuvas, as pessoas que moram
em áreas com risco de tragédias são avi-
sadas, em tempo hábil, para deixar o local.
Esse sistema é importante para evitar gran-
de número de acidentes. Porém, não eli-
mina danos materiais provocados pelo
evento, como chuvas fortes, alagamentos
e deslizamentos de terra.
68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:23 Página 72
73
MURO DE ARRIMO
É ideal para lotes em encostas, com
aterros ou grande inclinação quando é
preciso fazer a contenção de terra para
escorar os taludes. Porém, vários fatores
devem ser analisados antes da constru-
ção do muro de arrimo.
“A etapa é uma das mais complicadas
da obra, pois requer cálculo estrutural
bem planejado e soluções para a corre-
ta drenagem da água”, explica o enge-
nheiro civil Rogério Coradini, da Araucá-
ria Comércio e Serviços.
O engenheiro civil Alberto Chierighi-
ni Filho, de Itu, SP, explica que são usa-
dos nas divisas dos lotes quando a inten-
ção é aproveitar ao máximo suas exten-
sões. Nestes casos, são construídos no
limite do terreno a fim de deixá-lo plano.
“O muro de arrimo deve conter a carga
CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA
Nesses locais deve haver cuidado com a implantação. 
A casa precisa ficar a pelo menos 5 m da borda e a 10 m de distância da base 
Tem a função de 
desviar a água 
das chuvas
SOLO
CORRENTES CALHA
PILAR
SAPATA
ESTACA
CONECTOR METÁLICO
CONDUTORES
de terra encostada nele sem tombar, ou
seja, suportar toda a pressão e o peso
proveniente da terra”, completa Chie-
righini Filho.
Modelos
Podem ser de gravidade, alvenaria de
pedra, concreto ciclópico, gabião, sacos
de solo-cimento e flexão, entre outros.
Em obras residenciais os mais usados são
os de concreto armado.
Neste caso, são feitas as fundações e
vigas baldrames e a alvenaria é erguida
em conjunto com as vigas e os pilares de
concreto armado. Todos devem ser cons-
truídos por profissionais especializados,
já que o componente envolve a drena-
gem e a impermeabilização.
Drenagem e impermeabilização
São tão importantes quanto o projeto
estrutural. É preciso instalar tubulação
hidráulica junto à base do muro para que
a água não fique parada atrás dele, sen-
do que deve ser colocada manta bidin
ao redor dos tubos.
É preciso, ainda, fazer o escoamento
superficial de água e colocar drenos inter-
nos, já que um muro mal projetado e
sem sistema de drenagem é perigoso e
pode causar prejuízos enormes.
Quanto à impermeabilização, as solu-
ções devem ser analisadas individual-
mente. Se a etapa não for realizada,
pode comprometer toda a estrutura que
entrará em colapso, visto que a água
removerá partículas dos materiais que
formam o muro e logo a estrutura per-
de a resistência e os prejuízos,
dependendo do porte da
obra, são incalculáveis.
O projeto de imper-
meabilização definirá os
produtos mais indicados
para cada caso específico.
Vale lembrar que a apli-
cação deve ser feita sem-
pre seguindo as orientações
técnicas das embalagens.
PERFIL DO TERRENO
DUTO DE GOTEJAMENTO
CAMADA FILTRANTE (BRITA)
PILAR DE CONCRETO ARMADO
BASE DO MURO
TUBO DE DRENAGEM
68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:23 Página 73
74
estrutura
74
Qual 
estrutura 
escolher?
A escolha certa do sistema construtivo garante a racionali-
zação da obra e a durabilidade do futuro imóvel. A estrutura
de concreto armado, a alvenariaestrutural, o steel frame, o
sistema monolítico autoportante e a estrutura metálica são os
mais utilizados.
O método construtivo deve ser definido durante a criação
do projeto arquitetônico da casa para elaborar o projeto estru-
tural de acordo com as características e vantagens do siste-
ma escolhido. Além disso, evitam-se imprevistos, improvisos
no decorrer da obra e novas adaptações do projeto, que
podem resultar em um aumento significativo do custo da
construção. Cada método construtivo também necessita de
mão de obra especializada.
CONCRETO ARMADO 
É formada por pilares, vigas e lajes de concreto, sendo que
os vãos são preenchidos com tijolos de barro, blocos cerâmi-
cos ou de concreto para vedação. Neste caso, o peso da cons-
trução é distribuído nos pilares, vigas, lajes e fundações e, por
isso, as paredes são conhecidas como “não-portantes”, ou
seja, não possuem funções estruturais.
Segundo o arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris, com escritórios
em Americana e Campinas, ambas no interior paulista, esse é
CONFIRA O MELHOR MÉTODO 
CONSTRUTIVO PARA SUA CONSTRUÇÃO
o sistema construtivo mais resistente às características de nos-
so País, como diferenças de solo, clima e troca de tempera-
tura. “Porém, se a estrutura ficar aparente, sem reboco ou
revestimento, deve ser impermeabilizada, pois o concreto
absorve a água”, aconselha Kílaris. Não existe restrição para o
número de pavimentos, limites para futuras reformas e esqua-
drias sob medida podem ser especificadas.
A construção costuma ser mais cara quando comparada à
alvenaria estrutural por exigir “rasgos” nas paredes para a ins-
talação de tubulações de elétrica (conduítes) que são coloca-
das no momento da concretagem da laje. 
74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 74
75
ALVENARIA ESTRUTURAL 
Obra racionalizada, organizada, bem
definida, sem desperdício de material e
mão de obra são algumas das vantagens.
As paredes portantes funcionam como
vedação e estrutura e resistem às cargas
verticais e horizontais. Para a confecção,
são utilizados blocos cerâmicos ou de
concreto estrutural.
Entre os fatores que garantem eco-
nomia estão a simplificação de técnicas
construtivas, que gera rapidez na execu-
ção e a redução de custos com formas,
escoramentos e aço, além do tempo
necessário para desforma. “Com a uni-
formidade dimensional dos blocos, dis-
pensa reboques de regularização e enri-
jecimento das paredes”, ressalta o arqui-
teto paulistano Beni Skitnevsky.
Outro ponto forte é que o sistema
resulta em melhor conforto termoacústi-
co. “Além disso, as cargas estruturais são
todas distribuídas nas sapatas corridas,
evitando assim a construção de estacas
profundas que encarecem a etapa de
fundação”, diz Skitnevsky.
Blocos cerâmicos ou 
de concreto estruturais?
A escolha e as dimensões devem ser
feitas durante a criação do projeto arqui-
tetônico. Para os blocos cerâmicos, o pro-
jeto e a construção precisam seguir a nor-
ma da ABNT 15.812 – Cálculo de Alve-
naria Estrutural Com Blocos Cerâmicos. 
Blocos de concreto estruturais
Têm menor consumo de argamassa,
permitem aplicar gesso e azulejos direta-
mente sobre o bloco, têm menor índice
de propagação de incêndio e garantem
uniformidade de textura. Também pos-
suem dimensões precisas e melhor efi-
ciência bloco x parede, que possibilita a
construção de prédios mais altos.
Blocos cerâmicos estruturais
Possuem baixo índice de absorção ini-
cial, menor quantidade de juntas de movi-
mentação e maior conforto termoacústico.
Garantem também diminuição de carga
na fundação e maior rendimento da mão
de obra em razão do peso.
Número de pavimentos
Já se constroem edifícios com blocos
cerâmicos estruturais de até 16 pavi-
mentos, já que alguns modelos possuem
resistência à compressão de até 25 MPa.
Prédios mais altos também poderiam ser
construídos com a tecnologia, mas são
economicamente inviáveis.
No caso dos de concreto estrutural,
os blocos de 14 cm podem ser ergui-
dos até 22 andares, enquanto com os
de 19 cm são permitidas construções
de até 30 pavimentos.
Em caso de reformas
Como as paredes são estruturais,
futuras reformas devem ser previstas no
projeto, caso contrário, será necessário
um estudo para cada situação específi-
ca e, em algumas ocasiões, não serão
permitidas alterações.
TABELA COMPARATIVA
Características Alvenaria Estrutural Concreto Armado
Tipo de parede Portantes Não-portantes
Elementos de sustentação Nenhum Pilares, vigas e lajes
Tempo para execução Menor Maior
Tijolos comuns de barro, 
Materiais necessários
Blocos de concreto estruturais blocos cerâmicos ou de
ou cerâmicos estruturais concreto para vedação, 
formas de madeira e concreto
Instalações hidráulicas Tubulações feitas
Com rasgos na parede
e elétricas internamente
Reformas futuras Há restrições Sem restrições
Terreno Sem exigências Sem exigências 
Fundações Similares Similares
Esquadrias Medida padrão Não há exigências
74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 75
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SISTEMA MONOLÍTICO 
AUTOPORTANTE
É composto por painéis de EPS (Polies-
tireno Expandido), também conhecido
como isopor, que são fechados por telas
metálicas e argamassa, tornando as pare-
des estruturais. Assim, dispensa o uso de
vigas e pilares. Testes de compressão do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo (IPT) certificaram
que 1 m pode resistir até 40 toneladas.
De acordo com a engenheira e sócia
da LCP Engenharia & Construções, Lour-
des Cristina Printes, é possível montar
uma casa de 100 m2 em 180 dias. “A
rapidez da obra é devido às paredes
autoportantes”, diz.
A obra começa com a construção da
base de concreto sobre o terreno nive-
lado. Em geral, são utilizadas lajes de sus-
pensão chamadas de radier, o que reduz
até 30% dos custos, em comparação aos
sistemas de fundação. Em seguida, são
instaladas as partes elétricas e hidráuli-
cas e feita a montagem das paredes fixa-
das com esferas de ferro. Ao final, os pai-
néis são grampeados e cobertos com
argamassa CP3, que polui menos o
ambiente. “Essa tecnologia é chamada
de argamassa armada. Por formar um
bloco monolítico de painéis estruturais
não sujeitos à movimentação do solo,
evita o aparecimento de trincas e fissu-
ras e, se aplicadas molas entre os blocos
de EPS, torna-se resistente a terremotos”,
explica Lourdes. 
Além disso, o isopor é considerado
uma alternativa sustentável – é 100%
reciclável -, rápida, limpa e econômica,
sem contar que garante o conforto tér-
mico da residência.
estrutura
STEEL FRAME 
Economiza com a fundação e reduz
o tempo de obra. É ainda ecologica-
mente correto, pois é produzido com
materiais certificados que podem ser reci-
clados. Por ser um sistema resistente à
corrosão, não propaga fogo e pode
suportar cargas de velocidade de vento
de até 180 km/h, terremotos e descar-
gas atmosféricas.
“O peso de uma residência em steel
frame pode ser até 70% menor que o
de uma tradicional, pois esse tipo de
estrutura metálica é leve, o que favore-
ce as fundações e até viabiliza constru-
ções em terrenos de baixíssima capaci-
dade de cargas”, ressalta Carolina Fon-
seca, gerente executiva do Centro Brasi-
leiro da Construção em Aço (CBCA).
De acordo com Heloisa Pomaro, arqui-
teta e proprietária da Construtora Micu-
ra Steel Frame, depois de prontos, os
projetos executivos de arquitetura e de
engenharia são executadas as funda-
ções. Um sobrado de 250 m2 pode ser
construído em 120 dias.
74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 76
77
Mais vantagens
Oferece excelente desempenho ter-
moacústico, ausência de fissuras e manu-
tenção econômica. “Ainda apresenta
total versatilidade arquitetônica e per-
mite construções de até cinco andares”,
afirma Heloisa.
De acordo com Carolina, o sistema
construtivo utilizando o steel frame
garante a racionalização de materiais,
diminui o contingente de mão de obra,
que é treinada e capacitada para a exe-
cução do trabalho, e oferece maior dura-
bilidade e garantia. 
Assim como nos demaismétodos
construtivos, eles são determinados por
meio do estudo do solo. “Por ser uma
estrutura leve, o radier é uma das mais
usadas e possibilita uma economia de
até 30% na etapa”, afirma a profissonal
da Construtora Micura.
Depois de feito o contrapiso, os perfis
de aço galvanizado chegam prontos no
canteiro de obras. As instalações passam
pela parte interna dos perfis. “Para a
hidráulica, indico a utilização do Sistema
Pex, por ser flexível e ter fácil colocação
e manutenção”, diz Heloisa.
As paredes internas possuem fecha-
mento em drywall, enquanto as exter-
nas em placas cimentícias ou em chapas
de OSB. “Para garantir maior durabili-
dade da obra, é recomendado instalar
um sistema de proteção (tipo membra-
na homewrap) que vai atuar como bar-
reira contra intempéries, reduzindo a infil-
tração de ar externo, aumentando a efi-
ciência do isolamento térmico e assegu-
rando a estanqueidade das paredes, per-
fis e isolamentos internos contra a infil-
tração de água”, explica a gerente exe-
cutiva do CBCA.
ESTRUTURA METÁLICA
Oferece rapidez de construção e eco-
nomia de material e mão de obra. Tam-
bém é possível utilizar a estrutura para
vencer grandes vãos. Por ser um processo
totalmente industrializado, minimiza o
desperdício e garante precisão geomé-
trica e agilidade na montagem. Conse-
quentemente, reduz custos e permite
retorno mais rápido do investimento.
Na busca permanente de práticas
mais sustentáveis nos processos produ-
tivos, é fundamental destacar sobre uma
característica importante do aço: é 100%
reciclável. Essa capacidade de retorno
permanente à cadeia produtiva como
matéria-prima, sem perder a qualidade,
faz dele um dos materiais mais recicla-
dos do mundo.
Outro benefício das construções que
o utilizam é o menor impacto sobre o
meio ambiente, com redução do uso de
energia, do consumo de matérias-primas
e da geração de detritos. Os impactos
no canteiro de obras em termos de resí-
duos, emissão de poeira, tráfego e ruí-
dos sonoros também são menores. Com
isso, há uma melhor organização do can-
teiro e a redução de desperdício de mate-
riais. “Uma casa de 200 m2 com estrutu-
ra em aço gera apenas um 1 m3 de resí-
duos recicláveis durante a construção”,
exemplifica Carolina. 
A estrutura em aço mostra-se espe-
cialmente indicada nos casos onde há
necessidade de adaptações, ampliações,
reformas e mudança de ocupação de
edifícios, melhor aproveitamento do
espaço interno e aumento da área útil.
“A cultura da industrialização na cons-
trução é uma tendência em todos os seg-
mentos. O mercado busca soluções que
gerem maior produtividade”, finaliza a
gerente executiva do CBCA.
74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 77
estrutura
Paredes caprichadas
PARA GARANTIR A SEGURANÇA DA CASA E O CONFORTO DA FAMÍLIA, 
É FUNDAMENTAL EXECUTÁ-LAS COM PERFEIÇÃO
Uma “casa sem paredes, nem nada”
existe apenas nas cantigas de infância.
Na vida real, elas têm funções indispen-
sáveis: dividem ambientes, garantem a
vedação e asseguram o conforto termo-
acústico. Porém, para executá-las é pre-
ciso muita atenção! O primeiro passo é
contratar mão de obra especializada.
Além disso, todos os envolvidos nessa
tarefa devem ter experiência para desen-
volver o trabalho com perfeição. 
A segunda etapa também é funda-
mental para o sucesso da obra. Antes
mesmo de começar a dar vida à cons-
trução, é o momento de tomar uma deci-
são pra lá de importante: decidir se as
paredes serão estruturais ou de vedação.
A escolha deve ser feita ainda na fase de
projeto para evitar gastos desnecessários
e problemas no futuro. Não decidiu ain-
da? Então, saiba que os dois tipos apre-
BLOCO CERÂMICO
78-80 paredes.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:11 Página 78
79
 sentam características distintas e funçõesespecíficas. As de vedação são feitas comblocos de concreto ou cerâmicos, placas
cimentícias e drywall (esse último é indi-
cado apenas para paredes internas). Os
tijolos de barro também podem ser usa-
dos na alvenaria de vedação.
Quando o assunto é alvenaria estru-
tural, o mais indicado é o uso de blocos
de concreto ou cerâmicos estruturais,
além do tijolo solo cimento. Esse méto-
do é indicado para paredes que supor-
tarão as cargas da residência (telhados,
lajes e peso). Elas irão compor a estrutu-
ra da edificação.
É simples identificar com qual dos dois
métodos as paredes foram erguidas. A
estrutural faz as vezes de estrutura e veda-
ção da edificação. Com esse método, as
paredes recebem e distribuem de forma
homogênea toda a carga da obra, além
do isolamento termoacústico. A de veda-
ção recebe apenas o seu próprio peso.
No entanto, o assentamento é parecido
nos dois casos, porém há uma diferen-
ça: na estrutural há o preenchimento de
colunas e vigas com graute e ferragens,
bem como os elementos das instalações
elétricas e hidráulicas, que ficam embu-
tidas nas paredes. 
Para evitar problemas futuros nas pare-
des, e isso vale para os dois métodos, a
dica é garantir prumos, alinhamento e
nivelamento das paredes, preenchimen-
to de juntas, ficar de olho nas condições
de armazenamento e tempo de uso das
argamassas e demais procedimentos de
boas práticas construtivas. Consulte a
Associação Brasileiras de Normas Técni-
cas (ABNT) para garantir que a constru-
ção aconteça de acordo com as regras. 
Ficou com dúvida? Não se desespere,
pois fomos atrás de tudo o que você deve
saber sobre as futuras paredes da sua
casa. Vale a pena conferir!
IMPORTANTE!
A boa execução depende da análise
do projeto construtivo, que antecipa os
tipos de laje, os blocos de alvenaria, os
traços das argamassas e todos os deta-
lhes construtivos. Por isso, vale tomar a
decisão com antecedência. Para evitar
gastos desnecessários e problemas futu-
ros, verifique se o engenheiro respon-
sável pela obra tem acesso aos projetos
de fundação, infraestrutura de blocos
e baldrames, elétrica, hidráulica e de
vedação. No caso da alvenaria estrutu-
ral é importante verificar com atenção
e rigor o alinhamento, o prumo e o
nível das paredes. 
Com as plantas em mãos, é possível
optar pelo ferramental adequado, além
das peças básicas, uma boa obra deve
ter régua de prumo e nível, escantilhões
(tripé metálico que faz o alinhamento da
parede), esquadros com precisão e
dimensões acima de 60 cm, gabaritos
para portas e janelas e masseiras metá-
licas ou plásticas.
Não esqueça de...
Usar blocos cerâmicos com qualifica-
ção de acordo com as normas da ABNT.
ALVENARIA ESTRUTURAL
78-80 paredes.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:11 Página 79
80
Conforto termoacústico
O barulho que vem de fora é impe-
dido de entrar! Já dentro de casa, os
ambientes são fresquinhos, perfeitos em
qualquer estação. Que tal um lar assim?
Se você gostou da ideia, é preciso adotar
algumas soluções que garantem o con-
forto termoacústico. Algumas delas
podem ser usadas ainda no processo de
construção das paredes. 
Lã de vidro
Assegura o isolamento termoacústico
e pode ser usada em todos os sistemas
de vedação. O material apresenta diver-
sas qualidades: é versátil, leve, tem cus-
to acessível e pode ser usado em todos
os ambientes.
Lã de rocha
É durável, apresenta custo acessível
e é resiste à água. Pode ser aplicada
entre as paredes e assegura alta absor-
ção acústica.
EPS
É o famoso isopor! Pode ser usado em
paredes e forros e garante ambientes
fresquinhos e sem qualquer barulho.
Vermiculita
O material é aplicado junto ao reboco
e possui baixa condutividade e densida-
de termoacústica.
Argila expandida
Tem boa resistência mecânica e deve
ser misturada à argamassa de cimento
usada no momento de erguer a parede.
Vergas e contraverga
Vergas e contravergas ficam nas aber-
turas que receberão portas e janelas. Se
você optar por alvenaria estrutural, as
vergas irão suportar as cargas das lajes,
das vigas e de todo o peso da alvenaria.
Isso evita que o peso da obra se apoie
em portas e janelas. Se isso acontecer,
elas quebrarão ou ficarão deformadas.
No caso da alvenaria de vedação, as ver-
gas suportam o peso dos blocosque
ficam nas fiadas. As contravergas são as
responsáveis por evitar fissuras e possí-
veis aberturas na alvenaria.
BOAS ALTERNATIVAS
As placas cimentícias e as feitas com
drywall garantem agilidade e rapidez
durante a construção das paredes. O
melhor é que não necessitam de água
para instalação. Por esse motivo, as obras
desenvolvidas com esses materiais são
conhecidas como secas.
Placas cimentícias
O método é mais leve em compara-
ção ao tradicional e pode gerar econo-
mia desde as fundações. O material ofe-
rece facilidade de montagem, de manu-
seio e transporte devido à leveza dos ele-
mentos. A vantagem é a redução do uso
de recursos naturais e do desperdício.
Porém, é preciso contratar mão de obra
especializada. Pode ser usada em pare-
des internas e externas, sendo indis-
pensáveis em áreas sujeitas a intempé-
ries como fachadas, platibandas e forros
de beirais. As placas são produzidas em
camada única de concreto leve e refor-
çado nas faces por telas especiais, que
permitem o manuseio e parafusamento
seguro. Aceitam diversos tipos de reves-
timentos compatíveis com alvenaria, pin-
turas e porcelanatos. 
Drywal
É usado apenas em paredes internas.
Entre as vantagens está a leveza e o
aproveitamento do espaço. Há a redu-
ção de peso descarregado na estrutura
do edifício, ganho de área útil em fun-
ção de uma menor espessura das pare-
des, facilidade de mudança de layout,
mínimo desperdício de materiais, manu-
tenção simples e melhor desempenho
acústico. As paredes devem ser execu-
tadas de acordo com as normas da
ABNT. Também é fundamental usar mate-
riais em conformidade com o PQS (Pro-
grama Setorial de Qualidade de Drywall)
e optar por mão de obra especializada. 
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CONtatOs
EMPRESAS
ArcelorMittal
0800-0151221
www.lojaarcelormittal.com.br 
Associação Brasileira de 
Cimento Portland (ABCP)
São Paulo/SP
(11) 3760-5300
www.abcp.org.br 
Associação Brasileira de Serviços
de Concretagem (Abesc)
São Paulo/SP
(11) 3709-3466
www.abesc.org.br
Associação Brasileira da 
Indústria de Blocos de Concreto
(Bloco Brasil)
São Paulo/SP
(11) 3768-6917
www.blocobrasil.com.br
Associação Nacional da 
Indústria da Cerâmica (Anicer)
Rio de Janeiro/RJ
(21) 2524-0128
Www.anicer.com.br
Astra
0800-165051
www.astra-sa.com.br 
Caixa Econômica Federal
www.caixa.gov.br
Centro Brasileiro de 
Construção em Aço
Rio de Janeiro/RJ
(21) 3445-6332
www.cbca-acobrasil.org.br
Conselho de Arquitetura 
e Urbanismo do Brasil 
0800-8830113 
www.caubr.gov.br
Conselho Federal de 
Engenharia e Agronomia 
(Confea)
www.confea.org.br
Construtora Micura Steel Frame
Mogi das Cruzes/SP
(11) 4727-6857
www.casamicura.com 
Instituto Brasil Acessível
São Paulo/SP
(11) 5044-1054 
www.brasilacessivel.org.br
Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas
São Paulo/SP
(11) 3767-4456
www.ipt.br
Montana Química
São Paulo/SP
(11) 3201-0200 
www.montana.com.br
Porto Seguro
0800-7272743
www.portoseguro.com.br
WDB Westaflex do Brasil
Contenda/PR
(41) 3031-3433
www.wdbnet.com.br
ESCRITÓRIOS 
E PROFISSIONAIS
Alberto Chierighini Filho
Engenheiro civil
Itu/SP
(11) 4023-6177
Alexandre Galhego Paisagismo
Campinas/SP
(19) 3294-9836
www.alexandregalhego.com.br
André Eisenlohr
Arquiteto
São Paulo/SP
(11) 3876-7651
www.andreeisenlohr.blogspot.com
Aquíles Nícolas Kílaris
Arquiteto
Americana/SP
(19) 3462-3674
Campinas/SP
(19) 3406-7173
Beni Skitnevsky
Arquiteto
São Paulo/SP
(11) 3637-8830
www.beni.arq.br
Crl Packer Engenharia
São Paulo/SP
(11) 2532-4442 
Flávio Castro
Arquiteto 
São Paulo/SP
(11) 3257-4514
www.flaviocastro.com.br
Lami Buccolo
Buccolo Projetos e Soluções
São Paulo/SP
(11) 99118-5999
www.buccolo.com.br
Leonardo de Magalhães Pinto
Designer de interiores
Rio de Janeiro/RJ
(21) 2432-0610
www.leonardomagalhaes.com
Marcela Lamonato 
e Tiago Caligiuri
Santos/SP
(13) 3289-1665
www.calamoarquitetura.com
Mauricio Moser 
Arquitetura & Construção
São Paulo/SP
(11) 3926-5140
www.mauriciomoser.com.br
Patrícia Aguiar 
Arquitetura e Interiores
São Paulo/SP
(11) 2337-0871
www.patriciaaguiar.com.br
Paulo Alberghini
Arquiteto 
São Paulo/SP
(11) 99822-6857
pauloalberghini@bol.com.br
Pupo + Gaspar
Valinhos/SP
(19) 3869-4145 
www.pupogaspar.arq.br
Ricardo Ciaco
Arquiteto
São João da Boa Vista/SP
(19) 3623-6077 
www.rciaco.com.br
Rogério Makssur Ajub
Arquiteto
Pouso Alegre/MG
(35) 99989-3391
Soraya Tessaro 
Arquitetura e Design
Atibaia/SP
(11) 4411 – 5150
www.sorayatessaro.com.br
Vivian Cristina Guersoni
Engenheira civil
São Paulo/SP
(11) 99866-0318 
viguersoni@uol.com.br
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