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Sem desperdícios Os itens que economizam e agilizam a construção Tipos de fundações Garanta a correta sustentação da sua casa Método construtivo Conheça as vantagens de cada sistema Dicas para comprar Aço, cimento, concreto, blocos, tijolos e madeira Xô, umidade Tudo sobre impermeabilizantes Plantas e perspectivas Entenda detalhadamente as plantas baixas Há 19 anos ajudando quem constrói e reforma nº1 O ÚNICO MANUAL DA CONSTRUÇÃO em apenas 3 fascículos E mais: como ter uma obra limpa e organizada, informações sobre financiamento, consórcio imobiliário… Atualizado e revisado 1 capa CCF 2018_01.qxp_Capa 02/05/18 14:56 Página 1 • proposta de projeto para casa com sala, cozinha, banheiro e 2 quartos • estrutura completa em aço na quantidade certa: sapatas, colunas, telas e telhas • economize custos e tempo na sua obra • uma solução inovadora e única no mercado Liderança mundial em aço. COMPROU, CONSTRUIU, MOROU. COMPRE TAMBÉM PELO SITE WWW.LOJAARCELORMITTAL.COM.BR IMPORTANTE: A proposta de projeto deve ser entendida como uma colaboração da ArcelorMittal, não representando nenhuma responsabilidade técnica. São necessárias análise e verificação por parte de profissional especializado, que também deverá acompanhar a correta execução da obra. Os quantitativos dos materiais estão de acordo com a proposta de projeto apresentada. É importante que o executor da obra faça a verificação desses quantitativos em função do seu procedimento executivo. Construir nunca foi tão fácil 3 editorial Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos aqueles que pre- tendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz conteúdo explicativo e deta- lhado em um novo projeto gráfico que valoriza a leitura agradável. Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia em que se encon- tram passo a passo todas as etapas da construção até os acabamentos finais. Serão três edições ao longo do ano. Em suas mãos, a primeira abrange as fases iniciais para planejar tudo ade- quadamente e executar a obra com perfeição. A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel, por meio de dicas e alertas importantes desde a compra do terreno, os tipos de financiamento, como con- tratar os profissionais que serão os responsáveis pela construção, materiais básicos, estrutura, fundação, impermeabilização e muito mais. Boa leitura e sucesso na obra! 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 3 LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR ALGUNS DE NOSSO REVENDEDORES REVENDA NOSSOS PRODUTOS E AUMENTE O SEU FATURAMENTO Não perca tempo, entre em contato hoje mesmo com o nosso departamento de revenda. GOIÁS FEITICEIRA MADEIRAS (62) 3481-1561 - Posse MATO GROSSO DO SUL ORQUIDÁRIO ENCANTOS (67) 3471-1017- Iguatemi MARANHÃO POTIGUAR (98) 3190-3000 - São Luiz PARANÁ BALAROTI (41) 3035-8080 - São José dos Pinhais BOUTIN AGRICULTURA E JARDINAGEM (41) 3028-7000 - Curitiba CHÁCARA FLORA DA SUISSA (41) 3286-4948 - Curitiba PERNANBUCO NOVA CAMPO (81) 3031-0500 - Recife SANTA CATARINA JUNKS GARDEN CENTER (48) 3258-0645 - São José SÃO PAULO FORMOSA GARDEN (11) 2115-9595 - São Paulo GARDEN CENTER CIDADE DAS FLORES (19) 3802-9636 - Holambra LEROY MERLIN 4020-5376 (capitais) 0800 020 5376 (demais regiões) REDE CAETANO (15) 3322-5000 - Tatuí Redação Janaína Silva Publicidade Kilma Lima Administrativo Natália Seemann Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea- triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira, Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu- tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor- ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima, , Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri- cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos) Impressão Maistyper Distribuição Dinap SA FALE CONOSCO ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br Diretores Luiz Fernando Cyrillo Renato Sawaia Sáfadi Construcão do Começo ao Fim, ISSN 1547-042X, registrada no 1º RTD sob o nº 2109.300 é uma publi- cação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-98. Ninguém está autorizado a representar o nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, das fotos ou dos textos publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opi- nião da revista. A editora não se responsabiliza por informações ou teor dos anúncios publicados. IMPRESSO NO BRASIL. A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro tra- balho administrativo-financeiro. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qual- quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro, Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato, Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Arte- sanato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS: Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delí- cias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Or- quídeas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, Jardins em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas de 50 a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, Guia de Projetos para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Projetos de 100 a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre. 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 4 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:50 Página 5 6 índice Inspirações para o projeto 8 Dicas para escolher o melhor lote 12 Confira opções de crédito e o consórcio imobiliário 16 Funções de cada profissional 18 Equipamentos essenciais para garantir a segurança 20 Contrato 22 Como aprovar o projeto 24 Plantase perspectivas 26 Medidas recomendadas para os ambientes 34 Construções acessíveis 36 Dicas para uma boa compra 38 Madeira 40 Aço, cimento e concreto 44 Blocos e tijolos 48 Canteiro da obra 52 Sondagem 54 Terraplanagem 56 Gabarito e piquetagem 60 Deixe a casa longe da umidade 62 Fundação 68 Métodos construtivos 74 Levantando paredes 78 planejamento terreno financiamento mão de obra documentação projeto materiais preparativos iniciais impermeabilização estrutura Contatos 82 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:30 Página 6 7 03-07 iniciais.qxp___Construir 2009 30/04/18 15:51 Página 7 8 PLANEJAMENTO PARA COMEÇAR QUALQUER PROJETO DE CONSTRUÇÃO, A PALAVRA-CHAVE É PLANEJAR. ESTUDE, ANALISE E ANOTE AS PRINCIPAIS IDEIAS Quem já construiu ou sonha com o refúgio ideal sabe: não há lugar nem horário para imaginar como será a casa. Pensamentos e ideias vêm à tona a qual- quer hora do dia e, claro, devem ser levados em conta (anote tudo sempre!). Isso vale para todas as etapas, faz parte do tão famoso planejamento. Ele deve começar logo na compra do terreno, pois é fundamental verificar insolação, entorno, vizinhança, solo, infraestrutura e segurança. O próximo passo é con- tratar um arquiteto ou engenheiro de confiança e com boas referências no mercado. “Ele poderá orientá-lo em todas as fases, que englobam análise da situa- ção, perspectivas, objetivos, estratégia, plano de ação, execução, programação e controles físico e financeiro”, comenta o designer de interiores Leonardo de Magalhães Pinto, do Rio de Janeiro, RJ. Segundo ele, é importante visitar obras finalizadas para conhecer o trabalho do profissional. Em muitos casos, é melhor contratá-lo antes mesmo da compra do terreno, pois ele também poderá auxi- liar nessa etapa. A partir das primeiras reuniões e con- versas sobre a futura casa, as priorida- des começam a ser definidas. “O primeiro passo é planejar a implantação da casa no terreno. Imaginar a casa, os espaços que serão ocupados e como tudo será estruturado no terreno. Depois, a preo- cupação é com a parte interna. Tudo tem de funcionar da melhor maneira possível”, comenta o arquiteto Paulo Gas- par, de Valinhos, SP. Outra preocupação necessária é conhecer as regras da prefeitura local. Vale pesquisar os recuos mínimos, as late- rais, os fundos, a altura máxima, o códi- go de edificações, a lei de zoneamento do município, bem como o código de posturas e as possíveis áreas de prote- ção ambiental. Importante: não esqueça de uma pala- vrinha mágica – confiança. “Relaciona- mento é feito com confiança e dedica- ção. Quando buscar um profissional, pro- cure alguém que conheca o trabalho. O sucesso do empreendimento está na mão do arquiteto”, aconselha Gaspar. ORÇAMENTO “Quanto maior a experiência do pro- fissional, menor a chance de algum tipo de problema e gastos inesperados”, aler- ta Gaspar. Na opinião dele, é preciso se organizar e contratar um bom profissio- nal, para não aumentar os gastos no decorrer da obra. “Todos os gastos serão verificados com o arquiteto antes da obra se iniciar”, afirma. Além disso, é impor- tante certificar-se de que todas as fases da obra estão inclusas no orçamento, como muros, rampas, calçada, ligações de água e energia elétrica, caçambas, remoções de entulho, frete, taxas para aprovações, cópias de plantas, ISS e INSS a ser recolhido e exigido na época do Habite-se e do averbamento da casa na escritura do terreno, entre outros. FACHADA Ela é o destaque da casa, dá as boas- vindas e traduz os conceitos do projeto. A fachada comprova aquela velha his- tória de que a primeira impressão é, defi- nitivamente, a que fica. Vale contemplar diferentes opções e escolher aquela que combina com os seus sonhos. Pontapé inicial TIC-TAC O cronograma é fundamental para garantir que todas as etapas da obra estejam dentro do espera- do (e que os gastos caibam no seu bolso também). De acordo com Gaspar, para a tarefa ser bem-sucedida, é preciso cui- dado na hora de escolher um profis- sional. “Além de capacitado, o rela- cionamento do profissional com o cliente precisa estar em sintonia para que tudo saia como o planejado”, recomenda. Logo em seguida, a dica é estudar o cronograma proposto. “O bom projeto é aquele que atinge as expectativas do cliente, dentro do orçamento. O resultado tem que agra- dar a todos.” Mas se as horas começarem a passar depressa e a construção não for entregue na data estipulada, não precisa ficar desesperado, pois é uma situação normal. No entanto, é imprescindível questionar os moti- vos dos atrasos para que esses dias não se transformem em meses. “É muito importante respeitar os pra- zos, pois cada cliente possui a sua realidade e o seu cronograma.” Papel e caneta em mãos, hora de anotar as principais etapas: 1 Determine quais funções terá cada profissional; 2 Faça uma lista dos materiais que deverão ser utilizados; 3 Ordene a compra; 4 Verifique os prazos e as datas de entrega para não haver sur- presas; 5 Encontre um local seguro para armazenar os itens que já foram comprados. " @# ]M J o 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:30 Página 8 9 ARQUITETURA De uma forma sintética poderíamos exemplificar a história da arquitetura des- de 3100 a.C, com as estruturas Neolíti- cas ou, logo após, com as Pirâmides de Gizé, no Egito, mas esse não é o objeti- vo deste manual. Vamos pincelar apenas um pequeno período de tempo. Por exemplo, da Ida- de Moderna (1300 d.C. a 1750 d.C.), pegamos um pouco do Renascentismo e do Barroco e, depois, já da Idade Con- temporânea, o Neoclássico, o Moder- nismo e o Pós-modernismo. Com esses ingredientes temos o que mais se pratica e/ou praticou no Brasil. Colonial brasileiro Este estilo, muitas vezes chamado de “casa de fazenda”, é encontrado em todo o território nacional, ora com influências originais portuguesas e muito do Barroco, ora com pitadas do Rococó francês. Modernismo Um estilo que chegou ao Brasil nos anos de 1920 e aqui foi muito bem rece- bido e adaptado, por uma geração que, posteriormente, transformou-se no hall dos grandes mestres que fizeram a dife- rença na história da nossa arquitetura. Pós-moderno Há uma preocupação no traço moder- nista porém com a necessidade de serem mais calorosos, funcionais e humaniza- dos em relação à complexidade para qual a vida urbana evoluiu. Outro “estilo” muito usado no Brasil é o nomeado Rústico, porém podemos encontrar obras modernas rústicas, pós- modernas rústicas, tropicais rústicas, rús- ticas alpinas e assim vai. Portanto, não se trata de um estilo arquitetônico e sim uma adaptação, pelo uso de acaba- mentos que levam um pouco do toque natural nos materiais empregados, sejam eles requintados ou não. Também vamos encontrar no Brasil outros estilos: Gótico; Futurista; Toscano; Art Déco; Vitoriano; Neo-clássico; Bruta- lista etc, mas, como dissemos no início, nosso papel não é disseminar sobre a his- tória da arquitetura e muito menos qua- lificá-la. Esta página é apenas uma intro- dução para que se lembre de pesquisar fachadas e, com isso, fazer sua escolha. Um pouco colonial, um pouco rústica e moderna Rústica, rústica e mais um pouco rústica 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:31 Página 9 10 Uma verdadeira obra modernista brasileira Casa de campo pós-modernista 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:31 Página 10 CONSTRUIR www.casadois.com.br ISSN 1518-8272 Nº 205R$ 15,99€ 7,00 Construção mista Em terreno íngreme, casa de estrutura metálica e madeira integra-se à paisagem em patamares Reformas descoladas Soluções reaproveitam materiais, instalações elétricas, estruturas e muito mais Interruptores e tomadas Modelos apostam em design, sofisticação e funcionalidade Sob medida Projetos apresentam marcenaria personalizada para ganhar espaços Uma demão e pronto! Tintas para paredes internas e externas dispensam segunda aplicação e secam em até 4 horas Gramado impecável Irrigação automatizadae poda são peças-chave Fonte de diversãoEscolha sua cascata e decore o lazer 6 projetos de 57 a 1.255 m² CHARMOSOS E COM MUITO ESTILO 10 lavabos de 1,52 a 4,85 m² para se inspirar . 11 A SUA CARA O estilo da sua casa, antes de mais nada, deve ser o seu. Aquele que lhe traz aconchego no dia a dia e, ao mes- mo tempo, orgulho ao receber amigos e familiares. Em todas as edições da revista Construir, confira casas incríveis na praia, campo e cidade para inspirar o seu projeto dos sonhos. Além disso, a Construir traz re- portagens sobre acabamentos, decoração, reforma, novidades no segmento e muito mais... A arquitetura clássica americana que já possui muitos adeptos no Brasil Rústica, moderna ou ambas? 08-11 planejamento.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:54 Página 11 12 TERRENO A ESCOLHA DO TERRENO E O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO PRECISAM DE ATENÇÃO ESPECIAL PARA GARANTIR UMA MORADA IMPECÁVEL Para tornar os sonhos realidade e ini- ciar a obra com o pé direito, o primeiro passo é adquirir o terreno adequado. É importante ressaltar que a tarefa exige muito cuidado e atenção para evitar pro- blemas, pois por trás daquele lote com preço acessível e vistas deslumbrantes podem estar pessoas de péssima con- duta que desejam repassar um terreno sem documentação ou com irregulari- dades, por exemplo. Antes mesmo de pensar em comprar, é importante contratar um arquiteto ou engenheiro, independentemente de o terreno ser em um bairro ou condomí- nio, pois os profissionais analisarão suas características e dirão se é ideal ou não para o tipo de construção solicitada. “O terreno é o maior fator que pode- rá limitar a realização de um projeto. Ele traz características particulares como insolação, formato, ventos, restrições de legislação, topografia e se conta ou não com uma bela vista", ressalta a arquiteta Patrícia Aguiar, de São Paulo, SP. Segundo a profissional, o arquiteto reconhece imediatamente o potencial dos terrenos, identificando os lotes que permitam a forma mais rápida e barata de construir. De acordo com o arquiteto Rogério Makssur Ajub, de Pouso Alegre, MG, ao comprar um terreno é essencial confir- mar a legalidade em um Cartório de Registro de Imóveis. Em seguida, deve- se levar em conta a disposição do lote na quadra, pois os de esquina, por exem- plo, são mais valorizados, já que pos- suem duas fachadas, melhor ventilação e iluminação natural. "Outra dica é ana- lisar sua localização na cidade, se está próximo de supermercados, pontos de ônibus e metrô e bancos. Vale se infor- mar também, junto ao Código de Obras, a questão da disponibilidade da área per- mitida para a construção", diz Ajub. Comece com o pé direito DOCUMENTAÇÃO Ao finalizar a compra, não esqueça de solicitar ao vendedor e proprietário alguns documentos importantes como: 1 Certidão negativa de débito de Imposto Territorial Urbano (IPTU); 2 Certidão Vinterária que contém o histórico dos 20 anos e informações de vendas anteriores, penhora ou hipoteca; 3 Certidão dos Distribuidores Forenses (Cíveis, Fiscais e Justiça Federal); 4 Certidão de Ônus Enfitêuticos; 5 Certidão de Ônus Reais do Registro de Imóveis; 6 Cópia da Escritura Pública e Registro de Imóveis; 7 Certidão do Registro Geral de Imóveis (RGI); 8 Averbação das obras existentes no terreno. 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:43 Página 12 13 SOLO É um elemento que deve ser obser- vado com atenção, pois cada terreno tem suas características geológicas e é formado por mais de um tipo de solo. Por isso, é fundamental contratar uma empresa para realizar a sondagem do local. Dessa maneira, é possível que o engenheiro especializado em cálculo estrutural especifique as fundações mais indicadas para o seu projeto. INSOLAÇÃO É um fator muito importante e deve ser analisado cuidadosamente antes de realizar a compra, independentemente de o lote ser em local aberto ou em con- domínio. Afinal, a boa luminosidade e o conforto térmico garantem o aconche- go e valorizam (e muito!) o imóvel. Assim, a dica é identificar em qual lado está o norte magnético. TOPOGRAFIA É um dos itens que mais influencia- rão o formato e os custos do projeto. Existem três opções: plano, em aclive ou em declive. Se a pessoa não quer uma casa com diversos níveis e patamares, o mais indicado é adquirir um lote plano. Os acidentados permitem uma constru- ção com mais vista e arquitetura em níveis. Para quem deseja um projeto com área de lazer ampla, a melhor opção é um terreno plano e extenso. Construir sem seguir as características topográficas do local gera maior custo TERRENO EM DECLIVE TERRENO EM ACLIVE TERRENO PLANO ao projeto. Mas, se o proprietário dispor de uma área plana e decidir por uma construção em níveis, irá gastar com a movimentação de terra e estrutura. ÁGUA, LUZ E ESGOTO É preciso verificar se o local conta com estrutura para a ligação de água, luz e rede pública de esgoto. A infraestrutura deve ser executada durante a obra de acordo com o projeto executivo e a liga- ção de água e luz deve ser solicitada à concessionária de sua cidade. TERRENOS EM CONDOMÍNIOS Morar em locais com segurança pró- pria é sinônimo de tranquilidade. No entanto, algumas regras são diferentes. Nos condomínios, as vias são particula- res e de responsabilidade dos morado- res. Nos loteamentos fechados, são públi- cas e os reparos dependem de uma con- cessão firmada entre a prefeitura e a Associação dos Proprietários. Outro item que merece atenção diz respeito ao aces- so de visitantes. Nos condomínios é necessário se identificar e ser autorizado pelos proprietários, enquanto nos lotea- mentos a entrada é liberada. Os condo- mínios possuem legislação própria quan- to ao padrão e ao tipo de edificações. Em loteamentos, geralmente não há re- gras específicas. Porém, quando existem, o projeto deve ser aprovado na associa- ção de proprietários (se houver) e depois na prefeitura. DICAS PARA UM BOM NEGÓCIO 1. Verifique se o condomínio, o loteamento e o terreno estão legali- zados na prefeitura. Peça a matrícula no Cartório de Registros de Imóveis da Comarca. Eles também precisam de licença ambiental. 2. Certifique-se de que o empreendi- mento está finalizado, com as devi- das instalações de água, luz e esgoto. 3. Taxas como as do Imposto Territo- rial Urbano (IPTU) devem estar em dia. Solicite também certidões negati- vas das taxas de condomínio. No caso de loteamentos fechados, é pre- ciso averiguar se não há pendências com a Associação dos Proprietários. 4. Outro documento de extrema importância é o termo de vistoria e entrega das obras, conhecido como Habite-se. 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 13 14 Mesmo que você tenha encontrado o terreno perfeito, não feche negó- cio antes de questionar alguns pon- tos junto à prefeitura. 1. Que tipo de construção pode ser feita? 2. Quantos pavimentos podem ser construídos? 3. Qual a porcentagem de ocupa- ção do terreno? 4. A área é de reserva ambiental? 5. Está embargada pela defesa civil? 6. Está em processo de desapro- priação? 7. Se o terreno for de loteamento, procure saber se foi aprovado na prefeitura e se não há pendências como de infraestrutura. 8. Verifique se está registrado no nome de quem está vendendo. Caso não esteja, precisará solicitar escrituras anteriores e, provavel- mente, terá de pagar uma taxa para regularizar a situação. 9. Se o solo estiver coberto de mato, solicite ao vendedor o corte para melhor avaliação das caracte- rísticas da área. 10. Por último, averigue se o ter- reno apresenta demarcações bem definidas em campo, pois após a compra receberá uma planta com medidas e ângulos assinada pelo responsável técnico que efetuou o levantamento topográfico. Atenção: Depois de examinadas todas as respostas e ter a documen- tação em dia, o próximo passo é a contratação de um advogado para redigir o contrato de Compromisso de Compra e Venda de Imóvel apre- sentando tudo o que foi decidido entre as partes envolvidas. Verifique atentamente se o valor, a formade pagamento, os reajustes e a descri- ção do terreno que será adquirido estão corretos. Durante essa etapa não esqueça de reservar recursos para as despe- sas com o Imposto sobre Transmis- são de Bens Imóveis (ITBI). Com todos os documentos em mãos, pro- cure o Cartório de Registro de Imó- veis e registre a escritura. Para fina- lizar, faça a transferência do lança- mento de IPTU para seu nome. CONTRATO Grande parte dos empreendimentos possui um contrato padrão, no qual estão especificados itens como a legisla- ção do local e a metragem mínima de área construída. Alguns condomínios definem também se as casas deverão ter a mesma fachada, o que impossibilita reformas. Para evitar problemas e dores de cabeça, leia atentamente cada cláu- sula. As dúvidas podem ser sanadas com empreendedores ou advogados. COMPRA DE TERRENO NO LITORAL Se faz parte dos seus sonhos adquirir um imóvel na praia, é preciso estar aten- to a alguns itens. O primeiro passo é veri- ficar se o lote está legalizado e quais são as características e infraestrutura da área. É importante visitar o local, somente lá é possível verificar insolação, vizinhança e as reais condições do terreno. Outro ponto fundamental é contar com o acompanhamento de um arquiteto ou engenheiro durante a visita. Ele irá ava- liar se o lote possui as dimensões míni- mas para a construção da casa, o tipo do solo e o nível do lençol freático. Não esqueça de consultar na prefei- tura da cidade se o terreno pode ser comercializado. Deve-se confirmar o que está especificado na escritura e, se estiver situado em loteamento ou condomínio, não esqueça de perguntar a data exata da entrega de toda a infraestrutura. Antes de fechar negócio, consulte o código de obras municipal, o plano diretor do município e os órgãos locais ligados ao meio ambiente. Se a resi- dência estiver de frente para a praia, verifique a distância da edificação do ponto atingido pela maré alta. Veja tam- bém se o Código Florestal, que é fede- ral, impõe alguma restrição para a cons- trução no terreno e se o imóvel é con- siderado patrimônio da União, pois mui- tas áreas da orla marítima se enqua- dram nessa categoria. Gostou da ideia? Então prepare o bol- so. Além dos valores a serem gastos com a compra, é preciso separar dinheiro para taxas extras, como o Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso 'Inter Vivos' (ITBI), que equivale a 2,5% do imóvel, taxa para a escritura do imóvel e registro e Laudêmico da Marinha, cobrado pelo governo federal para imóveis situados na faixa litorânea a até 80 m do mar. FIQUE ATENTO! MURO Assim como as demais etapas da obra, a construção deve ser bem planejada e estar de acordo com o código de obras de cada município, que determina fato- res como as alturas mínimas e máximas, por exemplo. Devem ser analisados ain- da pontos importantes para que os pro- blemas decorrentes de uma má execu- ção não acarretem em brigas com a vizi- nhança. O primeiro passo é certificar-se, pela escritura, quais são as dimensões do terreno para que seja construído den- tro dos limites do seu lote. Procure tam- bém levantar o muro na mesma altura do construído aos lados a fim de criar uma elegância estética, evitar aquelas faixas acima do seu ou causar discussão com os vizinhos. Lembre-se que cada lado do muro é responsabilidade do respectivo proprie- tário, sendo que cada um deve arcar com a manutenção. Por isso, é indicado que seja rebocado e impermeabilizado, pois se a falta destes itens resultar em proble- mas de infiltração no muro vizinho, o pro- prietário poderá ser processado. Em casos de problemas: recla- mações sobre a altura, principalmente quando atrapalha a visão da paisagem ou a luz solar; a construção do muro fora dos respectivos limites; a execução de uma casa na divisa junto ao muro que você construiu; e os casos de umidade e infiltração de água devido à falta de TERRENO 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 14 15 reboco e impermeabilização são os prin- cipais motivos de desentendimentos. Nesses casos, a primeira providência é conversar e tentar entrar em acordo, que muitas vezes pode ser mais rápido e sem transtornos. Caso contrário, terá que bus- car a Justiça e tomar as medidas cabíveis nos órgãos públicos como o Ministério Públi-co. Porém, nesses casos a solução geralmente demora. CALÇADAS Elas devem ser funcionais, ter bom espaço para circulação e planejadas durante a criação do projeto arquitetô- nico. O proprietário da residência é o responsável pela construção e manu- tenção, independente da obra estar ou não dentro de um condomínio. “A boa execução melhora a qualidade de vida e garante o respeito às pessoas com mobilidade reduzida”, afirmam os arqui- tetos Marcela Lamonato e Tiago de Oli- veira Caligiuri, de Santos, SP. Antes de construí-la, é necessário ana- lisar o plano diretor da cidade e suas legislações, além de verificar se existe espaço físico adequado. “Em relação ao projeto, deve-se conferir se o local possui o mínimo possível de degraus, rampas e declive superior a 2% em direção à guia, para o escoamento das águas das chuvas”, explicam. Entre as especifica- ções exigidas estão: superfície regular, firme, contínua sem qualquer emenda e ser antiderrapante. Em relação à lar- gura, é recomendável que tenha 1,50m. “Em locais com maior espaço físico, pode-se projetar uma faixa verde ou, se necessário, rampas, postes de luz, sina- lizações, lixeiras, entre outros itens”. Os arquitetos recomendam consultar as legislações municipais e ficar alerta para as inclinações e largura do projeto, evi- tando-se obstáculos no percurso para evi- tar quedas e acidentes. “A acessibilidade de uma calçada não se limita apenas aos cadeirantes, mas também às mães com carrinhos, aos cegos e aos idosos.” Para melhorar a permeabilidade de águas pluviais, principalmente no verão quando são frequentes os picos de chuva com maior intensidade e em um menor tempo, os profissionais indicam usar, ao máximo, jardins e pisos permeáveis. Escolha correta: além da estética, a escolha do piso é fundamental para a execução de uma calçada apropriada ao tráfego de pessoas. Atualmente, existem no mercado inú- meros tipos de piso. É indicado escolher sempre os de superfície contínua e que sejam antiderrapantes, resistentes e durá- veis. Caso ocorram acidentes, o pro- prietário da casa pode, inclusive, res- ponder judicialmente. Em relação ao projeto, os revesti- mentos escolhidos devem combinar com o contexto do imóvel e que estejam de acordo com os projetos arquitetônico e paisagístico. Os pisos de cimento quei- mado são os mais usados em vias públi- cas, mas pecam na estética e possuem quase nenhuma permeabilidade. Já os tipo cimentício são visualmente agradá- veis, adaptam-se a qualquer tipo de ter- reno e são extremamente permeáveis. PAISAGISMO Deve ser analisado e planejado com muita atenção para não prejudicar a cal- çada. O primeiro passo é verificar a legis- lação do município. “Cada cidade tem leis próprias e guias de autorizações urba- nas que abordam todos os tópicos neces- sários para a implantação de espécies”, conta o engenheiro agrônomo e paisa- gista Alexandre Galhego. A seguir, são analisados itens como a estrutura da cal- çada, a presença de fiação e o tipo de tráfego no local. Evite árvores com frutos grandes (que podem machucar pessoas e automóveis), com raízes agressivas (que danificam a calçada) e com curto tempo de vida. Em áreas de muito movimento, é preciso implantar espécies que não machuquem e não atrapalhem a vista dos semáforos e das placas de trânsito. ÁRVORES NO TERRENO Para o corte ou poda de espécies ver- des existentes no lote é preciso pedir uma autorização à prefeitura e aos outros órgãos competentes como o Departa- mento Estadual de Proteção de Recur- sos Naturais (Deprn). Fique atento, pois os documentos exigidos variam confor- me a legislação municipal. Após vistorias feitas por técnicos, serão avaliados itens como as condições bio- lógicas da árvore, assim como as interfe- rênciasna arquitetura ou nas edificações do entorno. Geralmente, quando é auto- rizada a retirada de uma árvore, o pro- prietário da obra deverá fazer a com- pensação, ou seja, replantar outros exem- plares no local ou doar algumas mudas para os órgãos municipais responsáveis utilizarem as espécies adequadamente. Acima, uma solução dada pelo arquiteto paisagista Raul Pereira, de São Paulo, SP, onde as árvores não foram movimentadas e completam o projeto da varanda Ao lado, um exemplo de escolha de espécie mal feita, onde além da ruptura da calçada poderá também comprometer a fundação do muro 12-15 terreno.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:02 Página 15 financiamento 16 Tudo começa com pesquisas sobre as linhas de crédito imobiliário disponíveis. A Caixa Econômica Federal oferece empréstimos desde a aquisição do terre- no até a compra de materiais para a cons- trução e acabamentos. Os demais ban- cos também oferecem opções de finan- ciamento. Há, ainda, o consórcio imobi- liário como alternativa para os estão pla- nejando construir ou comprar um imó- vel, mas não têm necessidade imediata. O interessante é estabelecer uma modalidade, valor estimado e padrão de imóvel a ser construído e comparar as possibilidades de crédito disponíveis em simuladores de instituições de crédito. O economista Alessandro Francisco ressal- ta que muitos são os itens a serem leva- dos em consideração antes de embarcar em uma dívida de alto valor e que pode comprometer grande parte da renda. “O adquirente tem que colocar tudo o que vai pagar, não só o financiamento. Tudo tem que ser bem planejado”, orienta. CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO Os especialistas da Associação Brasilei- ra de Administradores de Consórcio (Abac) e Rafael Boldo, Gerente da Porto Seguro Consórcio esclarecem as principais dúvi- das sobre a alternativa de crédito. 1. O consórcio imobiliário é uma opção de crédito bastante vantajosa, pois pos- sui encargos baixos, ausência de juros, parcelas acessíveis e prazos de paga- mentos mais amplos, com possibilida- des de adequação ao tempo e valor das parcelas. 2. Além do público habitual, formado por pessoas mais velhas e que olham a modalidade como uma forma de ampliar o patrimônio, esta tem sido uma saída encontrada por muitos bra- sileiros que não podem realizar uma compra à vista e que tampouco podem arcar com os juros do financiamento da casa própria. 3. Carta de Crédito é a denominação utilizada para identificar o crédito do consórcio. Trata-se de uma ordem de faturamento emitida pela administrado- ra, com a qual o consorciado irá adqui- rir o imóvel de sua livre escolha. Para tanto, deverão ser apresentadas as garantias exigidas pela administradora, de forma a preservar os interesses dos próprios consorciados. 4. Os créditos do consórcio imobiliário servem tanto para quem deseja adquirir um imóvel novo, construir em terreno próprio, reformar ou quitar um financia- mento imobiliário. Ao quitar o financia- mento o cliente passa a pagar as parcelas do consórcio – que não possuem juros. Se o consorciado já possuir um terreno é possível realizar a construção da casa com o crédito ao ser contemplado. 5. No caso de reformas, é preciso consi- derar o tipo de mudança. Se houver alte- Em parcelas FINANCIAR OU FAZER UM CONSÓRCIO SÃO OPÇÕES PARA CONCRETIZAR O SONHO DA CASA PRÓPRIA 16-17 financiamneto.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:04 Página 16 17 LINHA DE CRÉDITO MODALIDADE RENDA BRUTA TAXA (A.A + TR) PRAZO (MESES)MIN MAX MIN MAX Aquisição imóvel MCMV (FAIXA 1,5) novo de empreendimentos até R$ 2.600,00 4,59% 5,11% 120 360 produzidos no âmbito do Programa MCMV Imóvel novo Aquisição de terreno MCMV (FAIXAS 2 e 3) e construção até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360 Construção em terreno próprio Carta de Crédito até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360 FGTS Imóvel Novo Pró-Cotista Imóvel Usado Sem limite 7,85% 9,01% 60 360 Aquisição de terreno Carta de Crédito e construção SBPE (SFH) Construção em Sem limite 9% 10,25% 156 420 terreno próprio Carta de Crédito SBPE (SFI) Sem limite 10% 11,25% 120 420 Aquisição de materiais de construção, armários Construcard embutidos, piscinas, elevadores, aquecedores Não se aplica 1,69% 3,95% 24 240 solares, aerogeradores e equipamentos de energia fotovoltaica. ração na estrutura física do imóvel, como ampliação de paredes e tetos, a modali- dade é indicada. Contudo, se estiver liga- da a pequenos reparos, como serviços de hidráulica, marcenaria, pintura, paisagis- mo etc, há a possibilidade de utilização de crédito oriundo do consórcio de serviços. 6. O consorciado pode comprar um imóvel de terceiro, financiado, e quitar a dívida utilizando seu crédito, substi- tuindo as parcelas altas e com juros por menores e com prazos mais curtos. Ou, se preferir, pode aguardar por uma boa oportunidade de negócio sem perder valor de compra. 7. Na prática, o tempo médio de espe- ra pela contemplação do sorteio depen- de da necessidade do cliente. Há situa- ções em que é possível ofertar um lance e ser contemplado no início do contra- to. Mas, há quem prefira receber o cré- dito a médio ou longo prazo e, por isso, assume as parcelas mês a mês. O cliente somente não participa do sorteio e do lance se não pagar a parcela em dia. O lance pode ser realizado em qualquer mês ao longo do período de duração do grupo, seja pessoalmente, via internet ou pelo "fone-cota", no dia da assembleia. O cliente somente pagará o valor caso seja um dos lances vencedores. 8. 100% do saldo do FGTS pode ser uti- lizado para ofertar lances, complemen- tar a carta de crédito ou, ainda, amorti- zar o saldo devedor, aumentando as chances de contemplação 9. A parcela do consórcio de imóveis é reajustada anualmente, de acordo com o estabelecido em contrato, ou seja, como o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). A cada reajuste da parcela, o crédito também será reajusta- do, possibilitando a manutenção do poder de compra do consorciado. 10. Ao optar pelo consórcio como moda- lidade de investimento, é fundamental que o cliente saiba avaliar as administra- doras disponíveis. É preciso verificar o his- tórico da empresa e, se possível, solicitar referências de quem já contratou um con- sórcio com ela. Levantar a taxa adminis- trativa que é cobrada, o valor de fundo de reserva e se oferece seguro de vida ou não também são fatores importantes. Além desses, o índice de contemplação mensal é bastante relevante, pois indica a solidez dos grupos formados pela admi- nistradora, o que impacta diretamente nas chances de contemplação dos parti- cipantes do grupo. Para que seja possí- vel fazer uma análise bem completa, ter o suporte de um profissional especializa- do, como o Corretor, pode ser decisivo neste processo de escolha. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL * Dados pesquisados em abril de 2018 Programa MCMV – Minha casa minha vida • SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo • SFH - Sistema Financeiro da Habitação • SFI - Sistema de Financiamento Imobiliário 16-17 financiamneto.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:04 Página 17 mão de obra Acerte na escolha SAIBA QUAIS SÃO OS CARGOS E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS EM UMA OBRA E NÃO ERRE NA SELEÇÃO Pense bem, você saberia dizer qual é a função dos profis- sionais que trabalham para construir uma residência? Cada um desempenha um papel muito importante e funda- mental para tornar real o sonho de mui- tas pessoas. Contratar a equipe pode gerar algumas dúvidas. Afinal, é uma etapa que exige muito cuidado e atenção. “É sempre bom pedir o auxílio de um pro- fissional especializado, pois ele irá ava- liar a quantidade de trabalho que será executado, levando em conta alguns critérios como estética, estrutura e ins- talações”, conta o arquiteto Paulo Gas- par, do escritório Pupo + Gaspar, de Valinhos, SP. Também vale a pena conhecer obras já executadas e ter referências dos profissionais com familiares e ami- gos. “Se a mão de obra não for de qualidade, além de prejuízos como a perda de materiais e o atraso no prazo de entrega,muitos serviços terão de ser refeitos”, comenta o arquiteto. Não esqueça de verificar se os pro- fissionais estão registrados junto ao órgão de sua classe: Conselho Regio- nal de Engenharia e Agronomia (Crea) para engenheiros, técnicos e tecnólo- gos da área; e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau) para arquitetos. Além disso, elabore um contrato no qual estejam especificadas as responsa- bilidades e condições de pagamento. Confira o papel de cada membro do time de construção! Arquiteto >> Dentre os papéis do profissional estão os de supervisão, coordenação, orientação técnica, coleta de dados, estudo, planejamento, proje- to, estudo de viabilidade técnica e ambiental, vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, elaboração de orçamento, entre outras. É um dos cargos de extrema importân- cia em qualquer obra e em todas eta- pas e é ele quem realiza o projeto pen- sando nas escolhas dos clientes. 18 Engenheiro civil >> É o responsável pelos projetos técnicos e pela execu- ção da obra. O profissional tem de acompanhar todas as fases da constru- ção e elaborar planilhas de custo da residência, além dos projetos de estru- tura e de instalações hidráulica e elétri- ca. O engenheiro deve marcar presen- ça na obra desde o primeiro passo (exemplo: implantação do canteiro) até a entrega das chaves. Trabalha em par- ceria com o arquiteto. Engenheiro especializado em cál- culo estrutural >> Realiza os projetos estruturais – responsáveis por garantir estabilidade e resistência. De acordo com as normas técnicas da ABNT, com a sondagem do terreno e o projeto arqui- tetônico, ele define a fundação, a estru- tura e a posição de pilares, lajes e vigas. Engenheiro especializado em elé- trica >> Projeta as instalações elétricas, de telefone, TV a cabo e sistema de sons, entre outros. Analisa o projeto arquitetônico, calcula a potência de energia ideal para o consumo e deter- mina a entrada necessária (de acordo com a ABNT). Dimensiona e prevê a localização para o quadro elétrico. Engenheiro especializado em hidráulica >> Desenvolve o projeto de hidráulica, prevê as instalações e os sistemas de água, esgoto, gás e águas pluviais. Faz os cálculos de vazão e pres- são, desenhos e memoriais descritivos (indica o local para a instalação de cai- xas d'água, aquecedores, bombas de pressurização e caminhos de tubos de água quente e fria). 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:07 Página 18 19 Tecnólogo em construção civil – modalidade edifícios >> Está habilitado a planejar, administrar, exe- cutar obras e fiscalizar serviços. Pode elaborar orçamentos e memoriais des- critivos, além de especificar materiais, fazer controle de qualidade, gerenciar equipes e realizar análises e estudos sobre o empreendimento. Técnico em edificações >> Fiscali- za, executa, orienta e coordena os ser- viços de construção, instalação e manutenção da obra. Deve selecionar também documentos específicos para construção, liderar equipes de traba- lho, fazer vistorias e controle de quali- dade dos materiais e do sistema cons- trutivo. A formação exigida é o nível médio. Atenção: esse profissional não pode ser responsável por construções acima de 80 m². Topógrafo ou engenheiro agrimensor >> Faz o levantamento topográfico do terreno e desenvolve as plantas com curvas de nível (res- ponsáveis por mostrar as característi- cas de nivelamento do lote). O topó- grafo tem nível médio e o agrimensor, superior. Mestre de obras >> Está presente na obra todos os dias para garantir que as ordens do engenheiro sejam cumpridas (tudo deve estar de acordo com as normas, com os prazos e espe- cificações). Analisa a mistura do con- creto, as medidas das formas, as espessuras e quantidade de ferro, e o alinhamento das paredes e das tubula- ções. Não há formação acadêmica destinada à função, mas o profissional deve ter total conhecimento de todas as etapas da obra. Dependendo da construção, o mestre de obra realiza as atividades do empreiteiro (e vice-versa). Empreiteiro >> Orienta e coordena a mão de obra da construção. Controla tudo o que acontece durante todas as etapas. Quando for especi- ficado no contrato, também pode ser o responsável pela compra de materiais de construção e acabamento. Encanador >> Executa o projeto de instalação hidráulica que foi desenvolvi- do pelo engenheiro. Instala o ponto de água e, mais tarde, encaixa as tubula- ções de passagem. Armador >> Executa os serviços que antecedem a construção de estruturas, como lajes, vigas e pilares. Participa desde a fase de execução das funda- ções até a conclusão da laje. Instala a armadura dentro da estrutura: dobra, corta e monta os ferros estruturais. Eletricista >> Faz as ligações provisó- rias e definitivas de luz elétrica e realiza a instalação de telefones. É o profissio- nal apto a interpretar as plantas de elé- trica desenvolvidas pelo engenheiro. Pedreiro >> É o responsável por exe- cutar a alvenaria, a concretagem e o assentamento de pisos, pastilhas e azu- lejos. Cuida da argamassa e de outros materiais usados na construção. Servente >> Ajuda todos os traba- lhadores da obra, transportando materiais e preparando a arga- massa. Serralheiro >> Compõe esqua- drias, grades de proteção, esca- das e demais trabalhos. Encarregado >> Quando o mestre de obras está ausente, é ele quem assume o comando. Acompanha de perto todas as etapas. Telhadista >> É um carpinteiro espe- cializado na montagem de telhados. Deve ter noções de desenhos técnicos, o que facilita a leitura da planta desenvolvida pelo engenheiro. Pintor >> Faz todo o trabalho de pintura da residência – áreas interna e externa. Deve solicitar o material necessário. Gesseiro >> Desenvol- ve componentes de ges- so (forros e sancas). Decorador >> Planeja a disposição dos móveis e o aproveitamento dos espaços. Especifica objetos de decora- ção e materiais de revestimento. Pos- sui formação acadêmica em arquitetu- ra ou design de interiores. Paisagista >> Deve ter formação em arquitetura, engenharia agrônoma ou um curso de especialização em paisa- gismo. Suas principais funções são ela- borar e executar os projetos do jardim, especificação das espécies adequadas e orientação dos serviços de jardinagem. Pode projetar fontes, lagos, gazebos, cascatas e pergolados. Jardineiro >> “Coloca a mão na mas- sa” e dá vida ao projeto desenvolvido pelo paisagista. 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 19 Trabalhadores sem luvas. Capacetes então, nem pensar! Equipamentos em condições precárias e jornadas que duram muito mais do que deveriam. Como você pode ver, está tudo errado! Essas situa- ções descrevem as características que uma obra não deve ter. Há diversas condições que garantem a segurança dos profissio- nais envolvidos. Para evitar acidentes, bas- ta segui-las com cuidado e atenção. Esse procedimento é indispensável, já que os trabalhadores tomarão conhecimento de todas as normas, dos equipamentos necessários e como devem agir em deter- minados casos. Para os empregadores, a dica princi- pal é pesquisar e estudar todas as leis, regras e indicações do Ministério do Tra- balho. Essa medida evita problemas futu- ros e faz com que as empresas conhe- çam e estejam dentro da lei. Depois de conhecer quais são os direitos e os deve- res das empresas e dos trabalhadores, é fundamental garantir condições corretas de trabalho. É preciso verificar andaimes, escadas e oferecer todos os acessórios e equipamentos que devem ser usados nas etapas da obra. Outra medida eficaz é a realização de vistorias constantes, a inspeção periódica é fundamental. O procedimento deve ser feito por um técnico em segurança. Ano- tou todas as etapas básicas? Agora é hora de conhecê-las mais de perto! CAMPEÕES DE INCIDÊNCIA Lesões nas mãos e na coluna são os acidentes que acontecem com maior fre- quência. Os mais comuns são cortes e contusões. O carregamento de excesso de peso também resulta em sérios pro- blemas à saúde. Para evitá-los, é funda- mental usar luvas, carrinhode mão para transporte de materiais e adotar um rodí- zio de trabalhadores. DENTRO DA LEI O Ministério do Trabalho possui 35 normas que regulamentam a segurança no trabalho. A NR 18, por exemplo, engloba questões preventivas, doenças ocupacionais e condições de conforto e higiene dos trabalhadores na indústria da construção civil. O descumprimento de uma delas pode se transformar em dores de cabeça para os empregadores. Quando acontecer um acidente, é pre- ciso verificar as causas e avaliar quais serão as consequências. Em casos de aci- dentes convencionais, a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é de responsabilidade da empresa. Atenção: o empregador está sujei- to a penalidades se não assegurar as condições de trabalho adequadas. Importante: Toda empresa deve sub- meter seus trabalhadores a um exame médico antes de iniciar as atividades na obra. O procedimento tem de ser específico para cada função e determina se o empre- gado está apto para realizar o trabalho. mão de obra Total segurança EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E CUIDADO SÃO FUNDAMENTAIS PARA EVITAR ACIDENTES EM OBRAS COMO AGIR EM CASOS DE ACIDENTES 1º passo: atender o trabalhador ime- diatamente; 2º passo: a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) deve ser emitida pela empresa; 3º passo: é fundamental convocar uma reunião extraordinária da Comissão Inter- na de Prevenção de Acidentes para ana- lisar o acidente ocorrido; 4º passo: o profissional deve procurar um médico especialista e, se necessário, ficar afastado da obra. Os primeiros 15 dias são pagos pela empresa. Caso esse período não seja suficiente, é preciso dar entrada no Ministério da Previdên- cia Social (INSS). *É dever da empresa o pagamento da aposentado- ria por invalidez acidentária (ele deve ser efetuado com o acréscimo de 25% se o trabalhador necessi- tar de assistência permanente). O profissional tam- bém tem garantia de contrato com empresa pelo prazo mínimo de 12 meses depois do término do au- xílio doença acidentário. 20 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 03/05/18 13:45 Página 20 21 FIQUE ATENTO SEGUNDO A NORMA REGULAMENTADORA 4, DO MINISTÉRIO DO TRABALHO: • Empresas de construção civil com mais de 50 empregados devem possuir técnico de segurança do trabalho presente no canteiro de obras; • Estabelecimentos com mais de cem funcioná- rios devem contar com dois técnicos de segu- rança do trabalho, um engenheiro de seguran- ça do trabalho e um médico do trabalho; • É fundamental existir um grupo de prevenção de acidentes (Cipa) e um técnico de segurança para orientação. BOTAS OU SAPATOS ADEQUADOS indispensáveis em regiões inundadas. O solado dos sa- patos deve ser de poliuretano e a biqueira, de aço (o que evita lesões se alguma ferra- menta cair sobre os pés) CAPACETE DE SEGURANÇA Garante a proteção da cabeça em situações de impactos e de queda de objetos. Também deve ser usado por quem visita a obra PROTETOR AURICULAR Protege os ouvidos contra ruídos. De acordo com as normas, o limite é de 85 db por oito horas de exposição ÓCULOS DE PROTEÇÃO Devem ser usados em demolições, carpinta- ria, armações de aço, estrutura de concreto e metálica, soldagem, alvenaria, trabalhos químicos ou com maçarico, entre outros LUVAS Obrigatórias em qualquer obra, são responsá- veis pela segurança das mãos e dos punhos PROTETOR RESPIRATÓRIO Protege as vias respiratórias da absorção de poeira. Deve ser usado durante a pintura, soldagem e trabalhos com estrutura metálica PROTETOR FACIAL É de uso obrigató- rio e evita lesões nos olhos CINTOS DE SEGURANÇA São obrigatórios e podem ser encontrados em duas versões – abdominal (usado em situações com necessidade de limitação dos movimentos) e para-quedista (em atividades realizadas a mais de 2 m de altura) Cabo-guia ou de segurança: deve estar ancorado à estrutura, pois nele são fixadas as ligações dos cintos de segurança. Dispositivo limitador de cur- so: permite uma sobreposição segura dos montantes da escada extensível. Gaiola de proteção: evita a que- da de pessoas envolvidas na obra. Rodapé e guarda-corpo: devem estar em passarelas e ram- pas e são usados para impedir a queda de materiais e pessoas. Plataforma de proteção: é ins- talada no perímetro da edificação e apara materiais em queda livre. Rede de proteção: fabricada com material resistente e elástico, é a responsável por amortecer a queda do trabalhador. Trava de segurança: sistema de travamento de máquinas e elevadores, que funciona durante os acidentes. EQUIPAMENTOS COLETIVOS ALGUNS DOS EQUIPAMENTOS INDISPENSÁVEIS 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 21 22 contrato Acordo certeiro A ESCOLHA DO PROFISSIONAL É PRIMORDIAL PARA IDENTIFICAR OS DESEJOS DOS PROPRIETÁRIOS E IMPRIMI-LOS NO PROJETO DE MANEIRA NATURAL Ao contratar um arquiteto, o que é mais importante? Você deve procurá-lo de acordo com a proximidade do local da obra? Buscar orientação com vizinhos e amigos? É fundamental que ele tenha parceiros para executar a obra ou que trabalhe sozinho e seja responsável por todas as etapas da construção? Esses questionamentos passam pela cabeça de quem está prestes a convocar o pro- fissional. Afinal, é a chave do sucesso da obra. Por isso, os arquitetos aconselham que seja feita uma reunião para conhe- cer melhor o estilo de cada um. O primeiro encontro é essencial para ouvir os desejos e as necessidades do cliente e definir o que pode ser projeta- do com o orçamento disponível. Com o sinal verde do futuro proprietário, os pro- fissionais entram em ação. COMO SÃO COBRADOS OS SERVIÇOS Durante a contratação podem ser ofe- recidas a elaboração de anteprojeto, pro- jeto, execução e acompanhamento de obras, projeto para interiores e até mes- mo desenho de mobiliário. Os valores dependem de cada região, profissional, obra, número de visitas com- binadas e serviços oferecidos. A forma de pagamento também varia. Alguns combinam por preço global ou preço fechado, outros por administração ou ainda por preço unitário. Confira os modelos de contratos mais usados pelos profissionais: Preço global ou fechado O contratado deve receber o valor cer- to e total, que foi combinado previa- mente. Antes de executar um serviço, todos os detalhes do projeto devem ser acertados, o que garante agilidade e autonomia para o profissional na hora de tomar as decisões. Há estimativas de custos e, caso a execução da obra tenha gastos extras, os prejuízos ficam para o arquiteto. Preço unitário Não há a prévia fixação do valor da obra, mas apenas a definição do preço para certa medida. O contratado recebe conforme a execução dos serviços, um método muito utilizado em situações em que é difícil estabelecer de antemão o que deve ser feito, como em reformas. O pro- prietário precisa estar atento aos gastos desnecessários durante a obra, pois corre o risco de gastar mais do que o previsto. Administração O proprietário pode ou não ficar res- ponsável pela compra de materiais. É possível contratar um arquiteto, enge- nheiro ou empresa gerenciadora de obras para essa tarefa, assim como na liberação de pagamentos, mediante aprovação dos serviços, definição dos acabamentos e administração de servi- ços extras. Pela gestão, o contratado recebe um percentual do valor do empreendimento, em geral, entre 10 e 15% sobre todos os gastos da obra. CONTRATO Com tudo planejado e valores defini- dos, é hora de realizar o acordo. O docu- mento é fundamental para garantir tran- quilidade desde o início da obra até o dia da entrega das chaves. É uma refe- rência para toda e qualquer dúvida que possa surgir durante a prestação de ser- viços, pois ficam estabelecidos prazos, que devem ser cumpridos pelo profis- sional, frequência com que deve estar presente na obra, serviços que precisa entregar, datas definidas para efetuar pagamentos etc. Lembre-se sempre em reconhecer as firmas do documento. Quando há des- cumprimento de alguma cláusula, as partes podem ser atestadas por notifi- cações extrajudiciais, que resguardam interessesdo inocente e induzem o ina- dimplente a discutir um acordo. Con- tudo, deve-se ter muito cuidado ao redigir esses documentos. Qualquer declaração mal escrita pode compro- meter o notificante. 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 22 23 ÉTICA As faltas que contrariam a conduta moral na execução das atividades profis- sionais estão previstas nas legislações e códigos de conduta de cada categoria. Os Engenheiros seguem as regulamen- tações presentes na legislação e no Códi- go de Ética profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geogra- fia e da Meteorologia, estabelecido na Resolução nº 1002, de 26/11/2002, do Conselho Federal de Engenharia e Agro- nomia (Confea). Para os arquitetos, as fal- tas éticas estão previstas na legislação e no Código de Ética e Disciplina, estabe- lecido pela Resolução CAU/BR Nº 51, de 2013. Uma infração coloca o profissional sob julgamento. CÓDIGO DE DEFESA E PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR Resulta das relações de consumo, envolvendo o fornecedor de produtos e de serviços (pessoa física e jurídica) e o consumidor. Assegura direitos consa- grados pela Lei nº 8.078, que dispõe sobre a Proteção ao Consumidor. A res- ponsabilidade profissional está estabe- lecida no Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, pois coloca em questão a efetiva participação preventiva e cons- ciente dos profissionais. Portanto, é fun- damental estar atento à obrigatorieda- de de observância às Normas Técnicas e à execução de orçamento prévio de projeto completo, com especificação cor- reta de qualidade, garantia contratual (contrato escrito) e legal - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) na exe- cução de serviços ou obras de Enge- nharia e Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), no caso de Arquitetos e Urbanistas. Uma infração coloca a pes- soa física ou jurídica em julgamento, com possibilidade de rito sumaríssimo, inversão de ônus da prova e assistência jurídica gratuita ao consumidor, provo- cando a obrigação de sua obediência sob penalidades. CIVIL Decorre da obrigação de reparar e/ou indenizar por eventuais danos causados. A responsabilidade civil decide-se em: Contratual: pelo contrato firmado entre as partes para a execução de um determinado trabalho, sendo fixados os direitos e obrigações de cada uma. Pela solidez e segurança da cons- trução: por meio do Código Civil Bra- sileiro, o profissional responde pela soli- dez e segurança da obra durante cinco anos. A data do término da construção deve ser documentada oficialmente. Se a obra apresentar problemas de solidez e segurança e for constatado erro pro- fissional, ele será responsabilizado, inde- pendentemente do prazo transcorrido, conforme jurisprudência. Pelos materiais: a escolha é da com- petência exclusiva do profissional. Por precaução, os materiais são especifica- dos no “Memorial Descritivo”, determi- nando tipo, marca e outras peculiarida- des, dentro dos critérios exigíveis de segurança da obra. Por danos a terceiros: é comum na construção civil a constatação de danos a vizinhos que podem ocorrer em virtu- de da vibração de estaqueamentos, fun- dações, quedas de materiais e outros. Esses devem ser reparados, pois cabe ao profissional tomar todas as providências para que sejam preservadas a segurança, a saúde e a tranquilidade de terceiros. Os prejuízos causados são de responsa- bilidade do profissional e do proprietá- rio, solidariamente, podendo o lesado acionar ambos. Estende-se também ao subempreiteiro quando for autor ou coautor da lesão. PENAL OU CRIMINAL Decorre de fatos considerados crimes. Neste campo, merecem destaque: desa- bamento, queda de construção em vir- tude de fator humano; desmoronamen- to, resultante da natureza; incêndio pro- vocado por sobrecarga elétrica; intoxica- ção ou morte por produtos industrializa- dos quando mal manipulados ou quan- do não possuem indicação da periculosi- dade; contaminação provocada por vaza- mentos de elementos radioativos e outros. Todas essas ocorrências são incrimináveis, havendo ou não lesão corporal ou dano material, desde que sejam identificados perigo à vida ou à propriedade. São ainda previstas penalidades aos crimes de peculato, falsidade ideológi- ca, corrupção ativa/passiva e violação de direito autoral. ADMINISTRATIVA Resulta das restrições impostas pelos órgãos públicos, Código de Obras, Códi- go de Água e Esgoto, Normas Técnicas, Regulamento Profissional, Plano Diretor, entre outros. Essas normas impõem con- dições e criam responsabilidades ao pro- fissional, cabendo a ele, portanto, o cum- primento das leis, sob pena, inclusive, da suspensão do exercício profissional. TRABALHISTA É regulamentada pelas Leis Trabalhistas em vigor. Resulta das relações com empregados e trabalhadores. Compreende: direito ao trabalho, remu- neração, férias, descanso semanal e inde- nizações, inclusive, as resultantes de aci- dentes que prejudicam a integridade físi- ca do trabalhador. O profissional só assu- me essa responsabilidade quando con- tratar empregados pessoalmente ou por meio de seu representante. Nas obras de serviços contratados por administração, o profissional estará isento dessa respon- sabilidade, desde que o proprietário assu- ma o encargo da contratação. RESPONSABILIDADES 18-23 mão de obra.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:08 Página 23 24 documentação 24 O Alvará de Construção é o docu- mento que permite o início da obra. A encarregada de liberar essa aprovação é a prefeitura, que analisará o projeto para verificar se está de acordo com as leis de zoneamento locais. “É importante lembrar que aqueles que forem construir em condomínio fechado deverão atender também às soli- citações e regras do conjunto residen- cial”, conta a arquiteta Natália Diniz, da capital paulista. No caso de reformas que gerarão entulho e acréscimo de área, a regra é a mesma. “Algumas localidades chamam esse documento de Autorização para Reforma. O procedimento é idêntico: deve-se procurar pelo setor de Aprova- ção e Projetos no órgão municipal e soli- citar a relação de documentos da obra”, explica Marcos da Cruz Lopes, arquiteto de São Paulo, SP. DOCUMENTAÇÃO Para obtê-la, é preciso apresentar à prefeitura o projeto arquitetônico com desenhos técnicos, cortes e fachadas, além de uma série de documentos dos profissionais responsáveis e dos proprie- tários. “Cada prefeitura tem sua própria lista de documentos, porém, alguns são básicos, como Solicitação de Alvará de Construção, Comprovante de Proprie- dade do Imóvel, Imposto Predial e Terri- torial Urbano (IPTU), juntamente com a RRT ou a ART (Registro de Responsabili- dade Técnica, no caso de arquitetos, e Anotação de Responsabilidade Técnica, no caso de engenheiros), documentos que comprovam e garantem ao cliente que a casa foi projetada por um profis- sional habilitado para exercer a profis- são", esclarece Natália. COMUNIQUE-SE Após dar entrada no processo de aprovação, o setor técnico da prefeitura faz uma análise da documentação entre- gue, o que pode ocasionar correções no projeto e a solicitação de documentos complementares. “O comunique-se é o meio de encaminhar essas solicitações ao responsável técnico e ao interessado. Após as correções, é enviado um novo conjunto de plantas e mais documentos que deverão ser definitivos para emissão do Alvará”, diz a profissional. EMBARGO Após emiti-lo, a prefeitura realizará vistorias periódicas na obra e, caso infrin- ja alguma norma (material de constru- ção despejado na calçada, desrespeito aos horários de trabalho, não utilização de equipamentos de segurança etc), poderá ser paralisada, ou seja, embar- gada. “Quando a fiscalização encontra alguma irregularidade, o proprietário recebe uma notificação com um prazo para atendê-la. Se não for corrigida, ocor- re o embargo”, afirma Lopes. Segundo Natália, enquanto a obra estiver paralisada, na maioria dos casos sob riscos de multas diárias, a constru- ção pode ser parcialmente ou comple- tamente demolida. ATENÇÃO! Para obter o Alvará de Construção em terrenoslocalizados em áreas de pre- servação ambiental ou locais tombados Registro em dia A OBRA SÓ PODE COMEÇAR COM A AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA 24-25 documentos.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:18 Página 24 Levantamento planialtimétrico do terreno, com dimensões e níveis Planta de locação da obra com os recuos do terreno Plantas baixas dos pavimentos Planta de cobertura com caimento dos telhados Cortes longitudinal e transversal Plantas das Fachadas Tabelas com áreas de iluminação, ventilação e aproveitamento do terreno, com plantas em escala 1:100 Carimbo com as informações de localização do terreno, dados do proprietário e do autor do projeto e respectivos Crea e ART (engenheiros) ou CAU e RRT (arquitetos) Anexar RG e CPF dos proprietários, cópia da capa do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), memorial descritivo da obra, cópia da escritura ou do contrato de compra e venda do terreno e taxa da prefeitura para entrada no processo EXIGÊNCIAS PARA LIBERAÇÃO DO ALVARÁpelo Patrimônio Histórico, é necessário procurar outras instituições, como a Secretaria do Meio Ambiente e o Insti- tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). HABITE-SE É outro documento emitido pela pre- feitura no término da obra, atestando que a residência foi construída segundo a legislação da cidade. Sem ele, o imó- vel pode ser considerado irregular. Além disso, é exigido por instituições finan- ceiras para realizar financiamentos e aver- bação da casa no Registro Imobiliário. Para a requisição do Habite-se é pre- ciso pagar uma taxa e apresentar docu- mentações dos proprietários e respon- sáveis pela obra, o que evita gastos e problemas no futuro. "O custo referente à emissão do Alvará e do Habite-se equi- vale de 1 a 2% do custo final da obra.” 24-25 documentos.qxp___Construir 2009 30/04/18 16:18 Página 25 26 projeto Caldeirão de ideias PLANTAS DE ARQUITETURA, ESTRUTURA E INSTALAÇÕES DÃO FORMA AO SONHO. É HORA DE PASSAR SEUS DESEJOS AO PAPEL, USE E ABUSE DA CRIATIVIDADE O arquiteto já está contratado. Então, chegou a hora de colocar todas as ideias no papel. Afinal, você quer saber como será a disposição dos ambientes, o tamanho das salas e dormitórios e as metragens disponíveis para a piscina e churrasqueira. O projeto completo de arquitetura com plantas baixas, de implantação, cobertura, fachadas e cortes é o elemento mínimo que representa as formas da futu- ra construção. Com esses recursos, os profissionais interagem com os clientes, confirmam se o que está representado atende as necessidades até chegarem na versão definitiva para a construção. Além disso, ele é fundamental para legalizar a obra na prefeitura que, antes de aprová-lo, analisará se está de acordo com a legislação local se atende os recuos permitidos, as taxas de permeabilidade e de ocupação do terreno. "A partir das plantas de arquitetura são desenvolvidos os projetos de estruturas e instalações hidráulicas e elétricas, sendo que todos eles devem ser compatíveis", afirmam os arquitetos Paulo Gaspar e Gisela Pupo, do escritório Pupo + Gaspar Arquitetura e Interiores, de Valinhos, SP. Os projetos de estrutura e instalações cer- tificam a viabilidade técnica e segurança do projeto arquitetônico. Durante o processo deve haver um grande entrosamento entre todos os pro- fissionais envolvidos na obra. "O relacio- namento entre arquiteto e cliente deve ser baseado, primeiramente, na confian- ça e na afinidade. Em segundo lugar, fica o estilo e o método de trabalho. A rela- ção só terá sucesso se um respeitar a opi- nião do outro", diz a arquiteta Soraya Tes- saro, de Atibaia, SP. PERSPECTIVA 3D FOTO DO PROJETO ENTREGUE PLANTA DA FACHADA 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 26 27 PRINCIPAIS DÚVIDAS As perspectivas auxiliam os proprietá- rios a compreenderem o projeto. Nessa fase, todos se preocupam com os custos, prazos, solidez da estrutura e, principal- mente, se o visual da casa corresponde- rá aos anseios. Cada projeto demonstra as caracterís- ticas da residência, como escadas, por- tas, janelas, paredes, vigas e pilares. A apresentação gráfica varia quanto às téc- nicas e aparências feitas à mão, maque- tes 3D ou imagens feitas por softwares específicos de design, que possibilitam vários ângulos de visualização. As plantas e perspectivas são elabora- das em escalas que são a relação entre a representação de um objeto desenhado e as dimensões reais. Na escala 1:100, por exemplo, 1 cm representa 1 m, e na escala 1:50, 2 cm equivalem a 1 m. PERSPECTIVA (abaixo) Não é exigida pela prefeitura. Porém, é um dos me- lhores recursos para mostrar aos proprietários como serão as fachadas e os ambientes da moradia. Por is- so, elas possuem efeito tridimensional e em vários ân- gulos e funcionam como se fossem fotos do local. Po- dem ser elaboradas à mão, em AutoCad ou softwares similares de design, maquetes em 3D ou com outros recursos gráficos.FOTO DA FACHADA ENTREGUE PERSPECTIVA 3D 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 27 28 projeto PROJETO ARQUITETÔNICO É formado por plantas baixas, de cober- tura e de implantação, como os desenhos técnicos de cortes e fachadas. O conjunto serve para o proprietário ver como ficarão os ambientes e dar sua aprovação, como também para serem apresentadas na pre- feitura, que analisará se a construção está de acordo com a legislação. No projeto de arquitetura já devem ser especificados o tipo de estrutura e os blocos que serão usados na alvenaria. Dessa maneira, o engenheiro calculista, juntamente com o relatório da sonda- gem, pode calcular e dimensionar a estru- tura da residência. PLANTA DE IMPLANTAÇÃO Mostra no terreno a localização da residência e também outros elementos como a piscina e a edícula. Nela, devem ser apresentadas as medidas dos recuos laterais e frontais. Também é conhecida como planta de situação. FACHADAS Apresentam como serão a frente, o fundo e as laterais da residência. CORTES Podem ser longitudinal e transversal. O primeiro apresenta o corte do fundo à frente, no qual podem ser vistos a implan- tação no terreno, os níveis, o telhado e a projeção das paredes e das portas e jane- las. O segundo mostra os mesmos deta- lhes em um corte de lado a lado. PLANTA DE COBERTURA Demonstra todos os planos do telha- do e suas respectivas caídas e inclina- ções. A partir dela são feitos os detalha- mentos do escoamento da água das chuvas, realizados com calhas e rufos. PLANTAS BAIXAS São as primeiras a serem desenvolvi- das e têm a função de mostrar a visão da casa de cima para baixo. Nelas devem aparecer a distribuição dos cômodos com as metragens e a localização de por- tas, janelas, escadas e outros elementos. Cada andar da construção deve ter uma planta baixa. Nelas, os arquitetos utili- zam vários recursos para representar as características e a aparência do projeto. PLANTA BAIXA CARACTERÍSTICAS Janelas: aparecem fecha- das quando são de correr e abertas quando possuem sistemas pivotantes. São re- presentadas por linhas pa- ralelas às paredes e, quan- do há indicação de vidros, estão em linhas paralelas muito próximas. Paredes: representadas com linha dupla conforme a espessura. Portas: indicadas de acordo com a abertura, que pode ser de 90º, correr, vaivém, pivotante, entre outras. Escadas: demonstradas conforme o formato. Po- dem ser helicoidal (em ca- racol), reta, em “L”, entre outros modelos. Muitas ve- zes não aparecem por in- teiro no pavimento térreo, pois alguns modelos ficam sobrepostos aos cômodos. O sentido é representado por uma seta. Pilares: aparecem no an- teprojeto, mas sua presen- ça na planta do processo construtivo é imprescindí- vel. Os pilares podem ser representados por traço cheio, grosso ou com a textura do concreto combi- nada com a espessura do revestimento. Seu posicio- namento deve obedecer às especificações do proje- to de estrutura. INTERPRETAÇÃO Linha grossa: representa o desenho das paredes e da estrutura. Linha fina: indica louças, revestimentos, escada, li-nhas de cota, entre outros. Tracejado: pode ser tudo o que está projetado, mas não é possível visualizar, co- mo o beiral, por exemplo. TÉCNICAS Cotas de nível: indicam o quanto determinado lo- cal está acima ou abaixo do referencial de nível, que pode ser a guia da rua ou qualquer item adotado CORTE AA TRANSVERSAL CORTE BB LONGITUDINAL 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 28 29 e identificado em projeto como nível de referência. Linhas de cota: são as li- nhas indicativas das medi- das colocadas em planta. Deve ser colocado o maior número possível de cotas para que não ocorram dú- vidas nas medidas de am- bientes, esquadrias, loca- ção de peças sanitárias, entre outros. Linhas de corte: mostram detalhes de um local que o arquiteto esco- lheu para fazer um corte imaginário da casa. Sentido: indica onde está a face Norte. APARÊNCIA Concreto aparente: representado por poucos tracejados sobre o desenho. Pintura: é ridentificada por pontos no projeto. Tijolo aparente: é indica- do nos pontos em que ele reveste a fachada. Madeira: pode ser identi- ficada pelos veios e nós desenhados na planta. Pedra: pode ser visualiza- da por irregularidades. Vidro: superfície lisa com riscos que indicam a transparência do material. . . . . . . . . . . . i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=35% i=20% PLANTA DE COBERTURA Nesta planta vê-se o número de quedas, ou águas, que o telhado terá e com isso projetam-se calhas e rufos Projeção 3D da fachada posterior ou fachada de lazer Compare com a perspectiva 3D, a fachada posterior terminada PERSPECTIVA 3D 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 29 30 projeto PROJETO ESTRUTURAL Dimensiona e determina itens estru- turais, como fundação, vigas, pilares e lajes. As plantas devem ser feitas pelo engenheiro civil especializado em cálcu- lo estrutural em sintonia com o profissio- nal que assina a arquitetura. O projeto estrutural é tão importante quanto o arquitetônico. Com ele, o calculista indi- ca as medidas exatas de pilares e vigas, respeitando a plasticidade do projeto de arquitetura. Além disso, é possível miti- gar o desperdício de materiais, já que se prevê as quantidades de ferragens e con- creto armado necessárias na construção. O engenheiro trabalha com as carac- terísticas de resistência de todos os pro- dutos que serão utilizados para compor o cálculo da estrutura x carga aplicada, evi- tando-se assim problemas que possam surgir no futuro. A realização do projeto estrutural é a garantia de que todos os componentes suportarão o peso da obra sem o pro- prietário ter de investir além do necessá- rio com aço e concreto. Quando não é realizado, serão gastos mais dinheiro e materiais onde não há necessidade. Outra consequência leva à falta de pro- dutos em locais de extrema importância, o que pode resultar em sérios danos para a construção. O superdimensionamento com o uso excessivo de aço e concreto nunca é a garantia de que a estrutura está sólida e segura, pois muitos problemas, como o aparecimento de trincas e fissuras, e até mesmo, o desabamento, podem ocorrer. O projeto estrutural conta com as plan- tas de infraestrutura, que englobam as estruturas abaixo do solo, como as fun- dações (estacas, sapatas e vigas baldra- mes), e as de superestrutura, que incluem elementos acima do solo, como pilares, vigas e lajes. Também devem ser especi- ficados todos os materiais necessários para a perfeita execução, assim como as quan- tidades e os tipos de aço e concreto. O projeto das fundações deve ser fei- to apenas com o relatório da análise do solo em mãos, que apresenta a investi- gação geotécnica e a profundidade do lençol freático. Além disso, deve ser com- patível com as plantas de arquitetura, ins- talações hidráulicas e elétricas, já que em alguns casos as tubulações são embuti- das em lajes, pilares e vigas. As plantas estruturais também devem ter detalhes de pilares, vigas, baldrames e fundações e mostrar as medidas e os engates entre os elementos estruturais e a armação de aço, que facilitarão o tra- balho dos funcionários da obra. FORMAS DAS VIGAS SUPERIORES E COBERTURAPLANTA ESTRUTURAL LEGENDAS DETALHE DAS VIGAS DE COBERTURA O posicionamento das vigas deve estar em perfeita harmonia com os pilares provenientes do andar debaixo. Os encaixe e arranques devem ser precisos 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 30 VB-2 VB-3 VB-1 VB-4 VB-5 VB-12 VB-29 VB-10 VB-11 VB-9 VB -2 8 VB -2 4 VB -2 5 VB -2 6 VB -2 7 VB-7 VB -3 0 VB -3 2 VB -3 3 VB-6 VB-8 VB -3 5 VB -3 4 VB -3 1 VB-17 VB-21 VB-22 VB-23 VB -3 6 VB -3 8 VB -4 0 VB-20 VB -4 3 VB -4 7 VB-19 VB -4 4 VB -4 1 VB -4 2 VB-13 VB-15 VB-18 VB -3 7 VB -4 6 VB-14 VB -4 5 VB-16 V1 37 V121 VB -3 9 P1 P32 P35 P26 P42 P58 P61 P49 P37 P36 P29 P30 P11P10 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P12 P22 P13 P14 P23 P25P24 P16P15 P20 P21 P19 P34P33 P28 P17 P18 P43 P44 P39 P40 P47 P50 P57 P59 P60 P51 P52 P53 P54 P48 P27 P45 P55 P56 P41 P38 P9P8 P46 P31 19/19 19/19 19/19 98,80 98,80 98,80 98,80 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 98 ,8 0 490 250 295 150 150 295 365 365 550 315255365135347.5417.5230.1275295295 29 5 13 5 28 5 25 0 58 5 50 7. 5 44 7. 5 36 0 21 5 375 115 250 295 150 150 295 365 365 550 29 5 15 8 47 65 15 0 25 5. 2 59 .8 21 7. 5 21 7. 5 85 25065130125365135365400 13 5 18 3 24 7 46 5 21 7. 5 21 7. 5 65 215180155365365134.9400 75 12 5 60 31 5 12 5 75 16 0 21 5 56 5 46 5 12 5 60 31 5 12 5 23 5 21 5 5.2 5. 2 8 5. 2 8 8 5. 2 5.2 2.5 2. 5 8 8 2.5 2. 5 8 8 8 5. 2 5.2 8 5.2 5. 2 5.25 .2 2.5 2. 5 2.5 2.5 2. 5 2. 5 8 3.85. 5 8 8 15 15 8 5.2 5. 2 400 499.9 365 155 165 15 235 2.5 2. 5 8 2.5 2. 5 8 5.2 85. 2 8 8 3.8 5. 5 5.5 5. 5 8 88 31 50/50 B4554. 5 62 .7 62.6 87.4 PILARES QUE CONTINUARÃO PILARES QUE MORREM PILARES QUE NASCEM VIGA EM CORTE PILARESP LEGENDAS DETALHE ARMAÇÃO DOS PILARES O projeto estrutural define, entre outros pontos, as medidas dos pilares, o seu posicionamento e a bitola das respectivas armações de ferro DETALHE DAS VIGAS BALDRAMES É fundamental que os pilares estejam corretamente ligados à fundação. o projeto deve dimensionar as vigas baldrames, que sustentarão as paredes VIGAS BALDRAMESPLANTA ESTRUTURAL A B C D E F G H I J K L 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 50/50 B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 B8 B9 B10 B11 B12 B13 B14 B15 B16 B17 B18 B19 B20 B21 B22 B23 B24 B25 B26 B27 B28 B29 B30 B31 B32 B33 B34 B35 B36 B37 B38 B39 B40 B41 B42 B43 B44 B45 B46 B47 B48 B49 B50 B51 B52 B53 B54 B55 B56 B57 B58 B59 B60 B61 BA1 Gabarito Gabarito G ab ar ito G ab ar ito 292.5122138.2365129.8238126.9160.1150150175.2127.814210010788295 292.5122138.2365129.8238126.9160.1150150175.2127.814210010788295 23 7. 7 11 6. 1 19 6. 7 13 5 11 7. 2 14 7. 3 25 2. 7 10 9. 8 13 5 10 0 14 4. 8 87 .7 20 5. 6 23 7. 7 11 6. 1 19 6. 7 13 5 11 7. 2 14 7. 3 25 2. 7 10 9. 8 13 5 10 0 14 4. 8 87 .7 21 1. 5 22 .7 5.2 62 .2 25 .5 17 .5 17 .5 17 .5 17 .5 17 .5 7.7 13.2 16 8 8 5.2 10 15 .2 15 .2 10 10.4 54 .6 55 .2 83 52 56 .8 53 62.6 87.4 83 52 51 .8 58 63 .6 46 .2 75 60 8 11.8 63 .6 46 .2 1.4 32 .5 67 .5 5.2 32 .5 67 .5 5.2 54 .6 55 .2 10.4 16.8 105.2 10 .4 2. 7 77.5 215100225.2 5.2 5.2 16 5. 7 31 17 3. 7 23 11 2 23 17 3. 7 23 11 2 23 173. 7 23 10 6. 8 28 .2 17.3 22.5 17.3 5. 2 5.2 5. 2 9 1. 42. 8 13.7 17.5 2. 7 62.6 87.4 54 .5 62 .7 62.6 87.4 5.2 5.2 5. 2 15 0 150 15 0 150 90 ° 90° 90 ° 90° GABARITO E LOCAÇÃO DAS ESTACASPLANTA ESTRUTURAL DETALHE DA POSIÇÃO DE UMA ESTACA As medidas sinalizam o ponto exato em relacão aos eixos e divisas do gabarito. Esta estaca irá gerar uma viga baldrame de 0,50 x 050 m, como mostra a marcação B45 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 31 TV WC Q CX2 200x200x100 Ø1.1/2" e 1 f 1h 1 i 1 j1 1 10 11 12 13 14 15 16 15 16 17 18 23 4 5 8 g 1 10 11 5 m 2 p 2q 2 o 2 12 o 2 12 2 6 12 13 14 15 16 17 182 3 4 58 13 14 16 17 18 2 3 4 8 r 3 s 3t 3 u3 v 3 w 3x 3 y 3z 4 aa 4 ab 4 ac 4 ad 4 ae 4 af 4 14 18 4 4 4 4 14 18 34 14 16 17 18 3 4 14 3 14 3 14 17 18 3 4 4 ab ab 4 ad ad 4 4ae ae 4 ac ac 4 af af 4 x x 3 x 14 x 3 v 14 14 v 3 tt 3 u 14 14 u 3 s s 3 s 14 s 3 r r 14 r 3y y 14 y 3 14 y 3 z aa aa z aa 14 aa 414 aa z 4 ag 4 ag ag 4 j ij 1 i 1 q 13 q 2 8 p 13 p 2 12 m 2 n 12 n 2 m m 2 m l 12 l 2 k o g f g h 1 h h 1 10 h f e e 1 7 9 ai 5 aj 5 ak 5al 5 al 5 5 al apaq 5 5 ak 5 aj aj 5 ak ai ai 5 as 7 as 7 as 7 as 7 ar 7 at 8 at 8 at 8 at 8 at 8 ap 5 ap5 ap 5 ap5 ap 5 ap 5 apaq 5 apaq 5 as 7 as 5 2PT 9 2PT 9 9 9 9 2P T 1 0 2P T 1 0 2P T 1 0 1010 10 2P T 10 10 10 2PT 10 10 2PT 1010 2PT 10 10 2PT10 10 2P T 12 12 2PT 12 12 12 2P T 1212 2P T 1 2 2PT 12 2P T 12 12 2P T 12 2PT 12 al n 12 al 5 MOS 11 900 11 2P T 12 12 2P T 12 12 2P T 13 13 2PT 13 2PT 13 2PT 13 13 MIC 15 500 13 13 15 2P T 13 2P T 13 13 13 2P T 13 13 2PT 13 2PT 13 2PT 13 13 13 2P T 13 2P T 13 2P T 1 3 2P T1 313 13 13 13 13 2PT 14 14 2PT 14 2PT 14 2PT 14 14 14 14 MIC 16 500 16 14 17 18 34 14 17 18 3 4 2PT 14 2PT 14 2PT 14 14 14 MIC 17 500 17 2PT 14 14 2P T 14 14 14 2P T 14 14 14 r 3 2P T 14 14 2P T 14 14 w w 3 2P T 1 4 14 2P T 14 14 14 aaz 4 2P T 14 2P T 14 2P T 1 4 2P T 1 4 2P T 1 4 M IC 18 50 0 1414 14 14 18 aa z 4 18 14 14 M 1F 2357 0 BH M 23 QD3 10 10 ar 7 as 7 as 7 at 8 au 8 au 8 av 8 o 2 o 2 o 2 av 8 av 8 av 8 au at au at au at 8 au at 8 au at 8 au at 8 au at 8 au at 8 au at 8 au at 8 au at 8 au av at 8 auav av av ao ap am an ar e e 1 as 5 n 2 n 2 n 212 n 212 2 n 2 al 5 n 212 n 2 l 2 l 2 12 l 2 m 2 ax ax ax 212 12 2P T 12 2P T 12 12 12 n 2 aw a ac 4 ac ab 4 4 ab ba 4 ba 4 ba 4 ba 4 ba ba 4 ba ag 4 ag 4 y 3 14 y 3 r 3 r 3 14 18 34 14 3 14 r 3 2PT 14 14 bb 2 bb 2 bb bb 2 bb 2 bc i 1 i 1 ar 7 g 1 g 1 g 1 g 1 2PT 10 2PT 10 10 10 17 18 2 3 4 5 8 g h 1 10 11 12 13 14 g 1 g 1 g 1 10 bd 1 bd h 1 10 bd 12 13 14 15 16 17 182 3 4 58 12 12 13 14 15 16 17 182 3 4 58 be 5be 5 be 5 ak 5 5 be ak be 510 10 10 5 bf 125 125 12 bf bf bf 5 12 2 bf 5 5 bf bg bf 5 10 2PT 2P T 10 bh 5 bh bh 5 bh 5 bh 5 bh 5 2P T 12 bi bi 2 bi 2 bi 2 2 bi bf 5 bf 5 bf 5 ARC10000 1400 25 AR C8 50 0 13 50 26 ARC8500 1350 27 AR C8 50 0 13 50 28 ARC8500 1350 29 25 26 28 29 27 4 32 projeto HIDRÁULICA E ELÉTRICA As instalações são realizadas por enge- nheiros especializados. Para a perfeita execução é fundamental definir os pon- tos de passagem dos tubos e conexões para água quente e fria, onde serão ins- talados componentes hidráulicos como tanques, pias e vasos sanitários, os ele- trodomésticos e os pontos de iluminação, que precisam de tomadas e interrupto- res, além dos caminhos dos conduítes dos fios. Ambas possuem muitos símbo- los, que devem ser legendados e, em caso de dúvidas, é preciso solicitar infor- mações aos engenheiros. O projeto de elétrica demonstra a distribuição de ener- gia, desde a entrada no imóvel, passan- do pela caixa de força interna até chegar aos ambientes. Também devem ser espe- cificadas as bitolas dos fios e cabos elé- tricos e a capacidade elétrica de compo- nentes como os DRs e os disjuntores. FIQUE ATENTO! Todos os projetos devem ser desen- volvidos por profissionais especializa- dos e registrados no Conselho Regio- nal de Engenharia e Agronomia (Crea), no caso de engenheiros, e no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau), para arquitetos. O profissional preenche e paga as documentações necessárias relativas a cada conselho, que devem ser guardadas em caso de reparos ou reforma. PLANTA DE ELÉTRICA LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED O projeto de instalações elétricas deve indicar os caminhos por onde passarão os conduítes e a localização dos pontos de iluminação e de outros pontos elétricos como tomadas e interruptores. Deve dimensionar ainda os fios e cabos elétricos 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 32 AL-2 ø25 AL-1 ø3/4 AF-1 ø25 AF-7 ø25 AF-2 ø25 AF-4 ø25 AF-9 ø25 AF-12 ø25 AF-15 ø25 AF-16 ø25 AF-13 ø25 AF-8 ø50 AF-5 ø50 AF-6 ø50 AF-14 ø50 AF-11 ø50 AF-10 ø50 AQ-1 ø22 AQ-4 ø22 AQ-3 ø22 AQ-2 ø22 AQ-5 ø22 ø25 mm ø2 5 m m ø2 5 m m ø25 mm - Entrada vem da cisterna ø2 5 m m ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø2 5 m m ø2 5 m m ø25 mm - Entrada vem da rua ø25 mm ø2 5 m m ø32 mm ø2 5 m m ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø25 mm ø2 5 m m ø2 5 m m ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø2 5 m m ø25 mm ø 25 m m ø60 mm - Alimentação das bacias sanitárias ø5 0 m m ø50 mm ø5 0 m m ø50 mm ø50 mm ø5 0 m m ø50 mm ø50 mm ø5 0 m m ø50 mm ø50 mm ø5 0 m m ø50 mmø5 0 m m ø5 0 m m ø50 mm ø 50 m m ø22 mm ø2 2 m m ø2 2 m m ø22 mm ø22 mm ø2 2 m m CU ø22 mm ø22 mm ø2 2 m m ø22 mm ø22 mm ø2 2 m m ø22 mm ø2 2 m m ø25 mm - Entrada vem da rua QD2 CX1 200x200x100 Ø1.1/2" QD2 QD3 Ø1 .1 /2 " QD2 d 1 b 1 c 1 a 1e 1 f 1 i 1 j1 1 7 9 1 9 1 9 3 14 15 16 1 7 9 1 12 2 6 k 2 o 2 12 o 2 12 ko 2 12 2 6 1 9 j ij 1 i 1 m l 12 l 2 k o f g h 1h d d 1 9 a a 1 9 b b 1 c 9 c 1 9 e e 1 7 9 6 6 ao 6 ao 6 ar 7 2PT 9 9 2P T 9 9 2PT 9 2PT 9 9 2P T 9 9 2PT 9 9 2PT 9 9 2P T 12 12 2PT 12 12 12 2P T 12 12 24 ao 6 6 6 6 a ap ar 7 ao ao ao ap 6 ap 6 ap ao 6 ap apan ao 6 apan o 2 o 2 o 2 au at ao ap am an ar e e 1 l 6 l 2 m 2 12 o 2 aw 6 aw 6 aw ao 6 apamanaw ao 6 apanaw a bc bc 2 bc 2 i 1 i 1 3 4 5 8 CH G 54 00 ARC8500 1350 30 24 29 33 As plantas de hidráulica mostram a dimen- são da tubulação de entrada de água para o consumo, a passagem de água quente e fria de todos os pontos como torneiras, vasos sanitários, chuveiros, pias e tanques, saída de esgoto, capacidade da caixa d´água, entre outros. Também devem apresentar a rede de captação de águas pluviais e instalação do reaproveitamento da água das chuvas quando for o caso. Para a perfeita execução das instalações hidráulicas, o projeto deve detalhar a passagem de água quente e fria e as saídas de esgotoPLANTA DE HIDRÁULICA isnp. isnp. isnp. isnp. isnp. V 50 1.151.46 .26.33.31.30 .2 8 .1 5 .7 7 1. 33 .4 4 .95 .5 3 .7 4 .49 Ø4 0 Ø4 0 Ø1 00 Ø75 Ø5 0 Ø5 0 Ø5 0 Ø40 Ø7 5 Ø7 5 Ø100 Ø5 0 Ø5 0 Ø1 00 Ø50 Ø50 Ø5 0 Ø5 0 Ø5 0 Ø1 00 i <= 2% Ø 100i <= 2% Ø 100 Ø7 5 V 50 insp. 1 .74 2.02 .35 .12 1.51 .2 8 .2 1 .1 6 1. 25 .1 0 .0 5 Ralo linear encostado na parede Ralo linear encostado na parede Ø5 0 Ø40 Ø40 Ø4 0 Ø100 i <= 2% Ø 100 Ø4 0 Ø40 Ø4 0 Ø4 0 DETALHE DO ESGOTO DO BANHEIRO DA SUÍTE DETALHE DO ESGOTO DA COZINHA E CHURRASQUEIRA 26-33 projeto.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:21 Página 33 34 projeto Proporção ideal SAIBA QUAIS SÃO AS MEDIDAS ADEQUADAS PARA CADA CÔMODO DO PROJETO DE SUAMORADA A distância do local para assar carnes e do forno a lenha até o balcão de refei- ções precisa ser de 1 m, a fim de facilitar a circulação e a convivência. “Vale des- tacar que cada situação deve ser deta- lhadamente estudada. É preciso consi- derar a quantidade de pessoas que fre- quentarão o local e se terá um ambien- te gourmet completo, com direito a churrasqueira, forno, fogão a lenha e chopeira”, avalia Ciaco. SALA DE ESTAR Assim como no jantar, considere com cuidado o uso desse espaço. Feito o levantamento, parte-se para a defini- ção do mobiliário. “Para não compro- meter o projeto, o ambiente deve ter 6 x 4 m”, afirma Ciaco. A dimensão pode ser a mesma usada na sala de jantar, porém, se o morador sonha em ter uma TV grande no estar, é preciso recalcular as medidas. SALA DE JANTAR De acordo com o profissional, antes de estabelecer as medidas é preciso saber qual é a importância desse ambiente para os moradores e a quantidade de amigos que eles costumam receber para almoços e jantares. “Essa informação é imprescindível para considerar a quanti- dade de pessoas que frequentarão o espaço e, dessa forma, o número de assentos e tamanho da mesa”, explica. LAREIRA Por definição, os ambientes com larei- ra devem ser confortáveis – afinal, é o lugar onde as pessoas se reúnem para momentos aconchegantes. Conside- rando a característica, aconselha-se que o pé-direito seja mais baixo, em torno de 2,40 m. Sofás e poltronas devem ficar 3 m afastados. O dimensionamento correto dos ambientes da residência a ser planejada é garantia de circulação e conforto aos moradores. “Dessa maneira, o espaço per- mite usos diversos e oferece várias opções de distribuição. Porém, a disposição ade- quada não pode ser confundida com áreas espaçosas, ou seja, os cômodos não se tornam melhores porque apresentam grandes medidas. A metragem deve ser compatível com a função”, afirma o arqui- teto Ricardo Ciaco, da capital paulista. ÁREA DE LAZER A área mais disputada da casa merece atenção especial. A piscina deve apre- sentar as seguintes medidas: 20 m², com profundidade que pode variar de 1,20 a 1,50 m e raia de aproximadamente 12 m. O espaço de churrasqueira precisa apre- sentar, no mínimo, 9 m². Hal l 34-35 medidas.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:25 Página 34 35 COZINHA A cozinha deve ter, no mínimo, 12 m². Mas, assim como os demais ambientes da casa, é preciso avaliar os hábitos dos moradores e prever dimensões que garantam bom uso. Para as bancadas de apoio, a altura padrão é de 0,90 m e profundidade de 0,45 m, mas podem ser adaptadas dependendo da estatura dos usuários. ÁREA DE SERVIÇO Funcionalidade é a palavrinha mági- ca para o ambiente. Para acomodar os equipamentos – secadora, máquina de lavar e tanquinho – com praticidade e conforto, é indicado deixar um espa- ço de, no mínimo, 2 m. “Além disso, o pé-direito deve proporcionar conforto térmico àqueles que utilizam o local. Por isso, a medida padrão pode ser 2,60 m”, esclarece. HOME THEATER A definição do equipamento é fun- damental para prever as medidas. “Estu- dos mostram que, para um perfeito fun- cionamento visual e acústico, devem ser analisadas as distâncias mínimas entre o sofá e a televisão”, comenta o arquiteto, que costuma utilizar diferentes metra- gens como 6 x 4 m, 3 x 5 m ou 8 x 6 m. Vale ressaltar que a proporção deve sem- pre ser mantida. ESCADA O projeto da escada precisa ser muito bem planejado a fim de garantir a segu- rança dos moradores. Os degraus devem apresentar, no máximo, 18 cm de altura e o local da pisada deve ter 26 cm. Além disso, a largura mínima recomendada para uma escada de uso residencial é de 1 m. HALL O espaço destinado ao hall é uma pré- via do que os convidados vão encontrar ao entrar e, por isso, deve ser muito bem DORMITÓRIO Nos dormitórios, o que não pode faltar é conforto. Por isso, o cômodo deve apre- sentar pé-direito de, no mínimo, 2,40 m. “Essa medida influencia diretamente no conforto térmico, pois permite melhor cir- culação de ar. Mas vale salientar que não se deve estabelecer uma regra, pois cada projeto demanda dimensões específicas”, acrescenta Ciaco. Quanto à largura e comprimento, as menores medidas indi- cadas são 2,60 x 3,30 m. GARAGEM Para abrigar os veículos, é indicado deixar uma área de 3 x 6 m para cada carro. “Essas medidas visam a uma cir- culação mais segura e facilitam a aber- tura das portas. Entre as vagas, reco- mendo, ao menos, um espaço de 1,5 m”, afirma o arquiteto. planejado. As medidas serão proporcio- nais ao tamanho da residência. Se o pé- direito for baixo, recomenda-se que apre- sente 1,5 x 1,5 m e 1,20 m para a aber- tura da porta. LAVABO Esse ambiente pode apresentar medi- das reduzidas, mas sem perder a como- didade. A largura indicada é de 1 m e o comprimento de 1,20 m. O pé-direito sugerido é de 2,40 m. O vaso sanitário deve ser disposto ao centro do ambien- te e a pia a uma altura de pelo menos 0,80 m do chão. BANHEIRO As medidas mínimas para um banhei- ro confortável são 1,30 m de largura por 2,20 m de comprimento. “Se quiser instalar uma banheira ou spa, a largura deverá ser de 1,60 m”, completa. Para o box, os profissionais recomendam 0,90 m. Quanto à banca- da, o arquiteto sugere reservar um espa- ço de 1,20 m para cada usuário. As tor- neiras podem ser dispostas a 0,20 cm acima da pia, a bancada sanitária preci- sa de um espaço de 0,20 m nas laterais e os registros devem ficar a, pelo menos, 2 m de altura. 2,60m 3, 30 m 34-35 medidas.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:25 Página 35 36 projeto Morada acessível Acessibilidade vai muito além de por- tas mais largas, rampas e barras no banhei- ro. Pensar em uma casa para todos faz parte de um conceito chamado desenho universal. Nesse caso, projetar não é ten- tar adequar a construção às necessidades atuais, mas olhar para o futuro. “Todos estão sujeitos a limitações, independente- mente da idade. Por isso, é imprescindível desenvolver um lar funcional e com fácil circulação”, comenta a arquiteta Sandra Perito, presidente do Instituto Brasil Aces- sível. Para ela, não se deve pensar no assunto apenas se acontecer alguma fata- lidade. “É preciso elaborar edificações fun- cionais para facilitar não apenas a rotina de pessoas que estão em cadeiras de rodas, mas também com deficiência visual ou auditiva, crianças, idosos, quem está com uma perna quebrada ou usa mule- tas temporariamente”, afirma. Diversos itens fazem parte do concei- to, com destaque para segurança, con- forto e independência. “É importante estu- dar alternativas para garanti-los. Eles podem ser aplicados durante a constru- ção ou serem previstos e implantados anos SAIBA QUAIS SÃO AS DICAS DE SEGURANÇA E ADOTE OS CONCEITOS DO DESENHO UNIVERSAL EM CASA SUÍTE DORMITÓRIO BANHO BANHO CIRCULAÇÃO DORMITÓRIO COZINHA ÁREA DE SERVIÇO DORMIT. DE EMPREGADA COPA TERRAÇO ESTAR JANTAR VÃO DE 200 CM VÃO DE 160 CM VÃO DE 140 CM V Ã O D E 9 5 C M V Ã O D E 9 0 C M V Ã O D E 8 0 C M V Ã O D E 8 0 C M 36-37 acessibilidade.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:30 Página 36 37 • Portas: escolha maçanetas com alavanca, pois as com formato arre- dondado são difíceis de manusear. É fundamental desenvolver portas com 80 cm de largura, medida que facilita o acesso. As de correr e aquelas com abertura para os dois lados também são indicadas. • Box: o desnível deve ser mínimo. • Barras de apoio: indicadas para toda a casa, principalmente nas áreas molhadas. • Metais: torneiras e lavatórios devem ser acionados por alavanca, sensor eletrônico ou dispositivos monocomando. • Banho: opte por duchas com barras deslizantes para facilitar o manuseio. • Tomadas: são instaladas a 45 cm do piso, para permitir o acesso a todas as idades e para pessoas que estão em cadeiras de rodas. • Interruptores: devem estar a 1 m de altura do chão. Vale optar por modelos com LEDs (pois podem ser vistos no escuro), com diferentes texturas ou sensores. • Atividades dodia a dia: esco- lher um sifão recuado é fundamental para facilitar a rotina de quem usa cadeira de rodas. Dessa forma, é possível encaixá-la sob as bancadas da cozinha e do banheiro. • Móveis: opte por gabinetes com rodízio para as pias da cozinha e do banheiro. Dessa forma é possível afastá-los e encaixar uma cadeira de rodas sob a bancada. • Sobrados: indica-se prever a instalação de um elevador, caso seja necessário no futuro. Se for planejado ainda na obra, os custos de instalação serão menores. • Cozinha: as bancadas das pias precisam ter um vão livre inferior de, no mínimo, 0,73 m de altura a partir do piso acabado. • Circulação: as rampas são sempre boas soluções. No entanto, as escadas não devem ser descarta- das. Em alguns casos, elas são mais indicadas, pois diminuem o tamanho do trajeto. O ideal é ter as duas opções. • Rampas: devem ter corrimãos duplos nas alturas de 0,70 m e 0,92 m do piso. • Escadas: os corrimãos devem ser únicos, com 0,92 m de altura do piso e firmemente fixados. • Sistemas funcionais: para quem tem problemas auditivos, a dica é apostar em equipamentos que ajudam a identificar determina- das ações. Há uma tecnologia que aciona as luzes ao toque da campai- nha ou do telefone. • Piso: não deve ser liso demais, pois provoca escorregões. Os antiderrapantes também não são indicados. “Eles dificultam a circulação dos idosos, que podem prender o pé ou tropeçar”, afirma Sandra. O ideal é optar por um aca- bamento que esteja no meio-termo. Anote alguns dos principais tópicos que fazem parte deste conceito 1 Utilização equitativa Os projetos devem possuir objetos e produtos que possam ser utilizados por pessoas com diferentes capacidades, tornando os ambientes acessíveis a qualquer indivíduo, com deficiência física ou não. 2 Flexibilidade de utilização O design de produtos deve atender pessoas com diferentes habilidades e diversas preferên- cias, sendo adaptáveis a qualquer uso. 3 Informação perceptível Os dados necessários devem ser transmitidos ao receptador, seja ele uma pessoa estrangeira, com dificuldade de visão ou audição. 4 Tolerância ao erro Os profissionais devem prever acidentes para minimizar os riscos e possíveis consequências de ações acidentais ou não intencionais. 5 Esforço físico mínimo Essa caracterís-tica garante que os espaços sejam usados eficientemente, com conforto e o mínimo de fadiga. 6 Dimensão e espaço de abordagem e de utilização Esse princípio estabelece dimensões e espaços apropriados para o acesso, alcance, manipulação e uso, independentemente do tamanho do cor- po, da postura ou mobilida-de do usuário (pes- soas em cadeira de rodas, com carrinhos de be- bê, bengalas etc). 7 Utilização simples e intuitiva Os projetos devem ter fácil compreensão para que qualquer pessoa possa entender, indepen- dente de sua experiência, conhecimento, habili- dade de linguagem ou nível de concentração. mais tarde”, explica. O planejamento, na opinião dela, sai muito mais barato, pois é uma maneira de evitar possíveis reformas e gastos des- necessários. “O custo de implantação de alguns elementos é bem maior depois que a casa está pronta. Durante a elaboração do projeto, o investimento é muito peque- no”, ressalta. Em edifícios residenciais, a situação é um pouco mais complicada. “Falta previsão. Depois, fica mais difícil ins- talar ou modificar, pois os apartamentos têm contorno limitado”, comenta Sandra. Para a arquiteta, todos os elementos de uma casa estruturada de acordo com o desenho universal devem estar sempre ao alcance das mãos. “Interruptores, pias, ban- cadas e interfones são muito usados no dia a dia e precisam ser instalados com as alturas corretas e em locais de fácil aces- so”, comenta. Diversas características devem ser planejadas. Vale a pena conhe- cer como funcionam e quais são seus prin- cipais benefícios. O DESENHO UNIVERSAL Além dos assentos sanitários aces- síveis, a Astra tem em seu portfó- lio bancos e cadeiras que ofere- cem conforto, autonomia e segu- rança durante o banho Da Astra, as barras de apoio em PVC suportam até 150 kg e disponíveis nas cores branca, maracujá e bordô 36-37 acessibilidade.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:30 Página 37 38 materiais Bom negócio FIQUE ATENTO ÀS DICAS PARA ACERTAR NAS COMPRAS E GARANTIR ECONOMIA NA HORA DE SELECIONAR OS MATERIAIS PARA SEU PROJETO Os gastos com a construção estão rela- cionados, em grande parte, aos materiais. Do básico ao revestimento, o custo pode ser maior caso não exista planejamento prévio, pesquisa e, principalmente, nego- ciação com as lojas. Na hora da compra o consumidor deve verificar os novos pro- dutos do mercado, o setor da construção está sempre evoluíndo e melhorando o custo-beneficio dos materiais. SIGA AS DICAS E FAÇA BOAS COMPRAS COM ECONOMIA 1- Procure comprar todos os materiais de construção e acabamento em apenas uma loja. Isso facilita a negociação, a entrega, as formas de pagamento e pos- síveis descontos. 2- Antes de escolher o local para as com- pras, pesquise preços e solicite-os por escri- to. Com isso, o poder de negociação com a loja escolhida será maior. 3- Cimento, cal, areia e pedra brita devem ser adquiridos aos poucos, con- forme as necessidades da obra. Lembre- se de que o cimento é perecível e tem data de validade. 4- É necessário calcular corretamente a quantidade de materiais pois, caso o lojis- ta não aceite trocas ou devoluções, a aqui- sição de grandes volumes pode resultar em prejuízo. 5- Os tipos de tijolos e blocos devem ser definidos ainda no projeto, para que seja calculada a quantidade necessária para a obra. O ideal é comprá-los do mesmo fabricante, mas a entrega deve ser feita gradualmente. 6- Materiais hidráulicos e elétricos devem ser comprados em datas próximas da uti- lização. Caso os adquira em promoção, guarde-os em local seguro e fora do can- teiro de obras, evitando a deterioração ou quebra. 7- O mesmo vale para produtos como pisos, revestimentos e louças sanitárias. 8- Muitas lojas oferecem frete gratuito para compras acima de determinado valor. Converse com o gerente e sobre essa possibilidade. 9- Garimpar promoções é uma ótima alternativa para economizar. Porém, é importante estar atento quanto à possi- bilidade de troca de produtos com defei- to, para não acabar gastando mais. 10- O mesmo cuidado deve ser toma- do com relação à idoneidade do lojista, pois existem casos nos quais os produ- tos em promoção são de qualidade duvi- dosa ou com defeito. Prefira lojas com maior capacidade de negociação de pre- ços com os fabricantes. 11- Exija sempre a nota fiscal. Com isso, terá os direitos garantidos por lei. 12- Ao realizar as compras, confira o pra- zo oferecido para trocas – seja ou não em razão de defeitos. 13- Verifique a data de entrega . Atrasos podem resultar em gastos desnecessários, já que os operários receberão pelo serviço (conforme estipula o contrato) mesmo que o material não esteja disponível para a obra. 14- É importante adquirir produtos de marcas consolidadas. Materiais de segun- da linha têm durabilidade menor e podem trazer problemas para a construção. 38-39 materiais.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:31 Página 38 39 Barracão da obra: madeirite, varas de eucalipto e pranchas de madeira para a estrutura e cobertura; telhas metálicas ou de fibrocimento; madeira para ban- cadas de apoio do escritório e para evi- tar contato do cimento com o chão; pia, vaso sanitário e caixa d'água. Gabarito e piquetagem: pranchas de madeira, varas de eucalipto, linhas especiais para construção civil e pregos em geral. Fundações: aço estrutural, concreto (dosado em central), tijolo comum de barro para os baldrames, cimento, imper- meabilizantes e areia para a argamassa de assentamento. Se as instalações hidráulicas e elétricas forem feitas simul- taneamente, adquira conduítes e canos para a passagem de água fria e esgoto. Construção das paredes: tijolos de barro e blocos cerâmicos ou de concre- to; cimento e areia para o assentamentodas peças. Primeira etapa dos revestimentos das paredes: cimento, areia e cal para o chapisco, emboço e reboco. Para o último, argamassas prontas otimizam o tempo de mão de obra. Massa texturiza- da não necessita de materiais para rebo- co. Nas paredes externas, aplique imper- meabilizante. Pilares e vigas: aço estrutural, concre- to (dosado em central ou feito na obra com cimento, areia, pedra brita e água) e formas, que podem ser de madeira, EPS ou papelão. Contrapiso: malha de aço (estrutural), concreto e impermeabilizante (quando previsto para a obra). Lajes: empresas especializadas forne- cem os materiais (vigotas com preenchi- mento em lajotas cerâmicas, EPS ou itens para a estrutura). Para laje maciça, adquira varas de eucalipto para o esco- ramento e formas de madeira. O concre- to precisa ser dosado em central; a bom- ba de concreto é alugada. Impermeabili- zantes são indispensáveis. Telhado: madeira ou aço para a estru- tura, produtos para a proteção da madeira, subcobertura, pregos, telhas, forros – que podem ser de madeira, PVC, gesso ou drywall. Instalações hidráulicas: tubos e conexões para esgoto, água quente e fria, caixa d'água, caixa de inspeção (pode ser construída na própria obra), caixa de gordura, ralos, grelhas para o escoamento da água, registros, tubula- ção para calhas e para gás. Instalações elétricas: padrão elétrico (bifásico ou trifásico), conduítes, fios e cabos elétricos, tomadas e interrupto- res, disjuntores, dispositivo DR, DPS (proteção contra surtos), caixas de pas- sagem e lâmpadas. Sistemas de aquecimento de água: varia conforme o tipo escolhido. Poden- do ser chuveiro elétrico, a gás de passa- gem, central a gás, central elétrico ou aquecimento solar. Revestimento de pisos e paredes: para cada acabamento escolhido, compre cerca de 10% a mais, principalmente se houver necessidade de reparos futuros e o produto não estiver esgotado. Não esque- cer a argamassa colante e os rejuntes. Pintura: massa corrida, vernizes e pro- dutos de acordo com o tipo de acaba- mento desejado, como texturas ou tin- tas acrílicas e látex. Esquadrias: portas, janelas, dobradi- ças, vidros, guarnições, batentes, fecha- duras, puxadores e outras ferragens. Louças e metais: cubas, vasos sanitários, torneiras, bancadas e duchas frias (usadas com sistemas de aquecimento da água). A SUA LISTA DE PRIORIDADES 15- Compre impermeabilizantes, aço, cimento, tubos, conexões, fios, cabos elé- tricos e aquecedores fabricados de acordo com normas técnicas da Associação Bra- sileira de Normas Técnicas (ABNT). 16- Alguns materiais, como disjuntores, fios e cabos elétricos, também possuem certificação do Inmetro. 17- O cimento deve ter o selo da Associa- ção Brasileira de Cimento Portland (ABCP). 18- Quando os materiais são entregues, o responsável pela obra deve verificar se a listagem condiz com o que está sendo entregue e se os itens estão em bom esta- do. Embalagens violadas devem ser devol- vidas imediatamente. 38-39 materiais.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:31 Página 39 40 materiais Material curinga Respeito à natureza e isolamento tér- moacústico são algumas vantagens que o recurso natural confere aos projetos. "A madeira apresenta alta eficiência, sen- do renovável e sequestradora de car- bono, com propriedades que melhoram o bem-estar dos moradores", aponta Sil- vio Lima, gerente comercial da Monta- na Química. Para que o uso seja eficaz, seguro e economicamente viável, é preciso esco- lher espécies de origem legal e certifica- das. "O consumidor deve conferir o selo da entidade certificadora para ter a cer- teza de que a extração respeitou as leis ambientais e fiscais. Um exemplo é a cer- tificação Forest Stewardship Council (FSC), que preza pela procedência da matéria- prima de áreas de manejo florestal", expli- ca Ennio Lepage, consultor técnico da Montana Química. Existe ainda a alter- nativa de exigir dos fornecedores a apre- sentação do Documento de Origem Flo- restal (DOF) emitido pelo Ibama. Outro cuidado refere-se ao tratamento para pro- teger o material, é importante tratar e revitalizar a madeira por meio de manu- tenções periódicas, principalmente as que estão expostas e em constante contato com sol e chuva. Assim, a matéria-prima estará sempre bonita e protegida. ACERTE NA SELEÇÃO! A seleção do tipo deve ser avaliada de acordo com o uso e as propriedades físicas e resistências mecânicas. De acor- do com Lepage, até a localização da resi- dência interfere na espécie a ser esco- lhida. "Avalie solo, índice pluviométrico da região, umidade relativa do ar e dis- ponibilidade local", observa. Estruturalmente, o material marca pre- sença em telhados, vigas de sustentação e pilares. Segundo Maria José Miranda, responsável pelo Laboratório de Madei- ra e Produtos Derivados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), as escolhi- das devem apresentar resistência mecâ- nica adequada, durabilidade e proteção ao ataque de cupins. "Peroba-rosa, capiú- ba, garapa e angelim-pedra são boas opções", afirma. Para pisos, esquadrias e forros, a esté- tica é importante, porém a estabilidade dimensional deve prevalecer. Jatobá, maçaranduba, sucupira e cumaru, mais secas, são ideias para tacos e assoalhos. Para esquadrias, garapeira, cedro rosa e ipê. Nos forros, a cedro é a mais indicada. Veja o quadro ao lado: A VERSATILIDADE DA MADEIRA GARANTE SEU USO NOS MAIS DIVERSOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS 40-42 madeiras.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:36 Página 40 41 I0mbuia Uso: vigas, caibros, portas, batentes, venezianas, painéis, forros e lambris Textura: média Cor: cerne varia do pardo-amarelado ao pardo-acastanhado Cheiro: perceptível e agradável Peroba-rosa Uso: dormentes, cruzetas, tesouras, vigas, caibros, tábuas e tacos Textura: fina Cor: alburno indistinto, cerne róseo quando recém-cortado e, com o tempo, fica amarelo-rosa- do e sem brilho Cheiro: imperceptível Cedro Uso: portas, venezianas, caixilhos, ripas, caibros, lambris, painéis, molduras e forros Textura: média a grossa Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Cerne castanho avermelhado e sem brilho Cheiro: imperceptível Jequitibá Uso: cruzetas, vigas, caibros, tesouras, portas, janelas e batentes Textura: média Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Cerne varia do castanho-amarelado ao castanho- avermelhado e o alburno é branco-amarelado Cheiro: imperceptível Sucupira Uso: cruzetas, estacas, pontes, tesouras, vigas, caibros e forros Textura: grossa Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Cerne pardo-escuro-acastanhado e sem brilho Cheiro: imperceptível Maçaranduba Uso: pontes, cruzetas, estacas, tesouras, vigas, caibros e tacos Textura: fina Cor: cerne e alburno distintos pela cor, cerne vermelho-claro, tornando-se vermelho-escuro com o tempo e sem brilho Cheiro: imperceptível Castanheira Uso: portas, venezianas, caixilhos, forros, lambris, painéis e ripas Textura: média Cor: cerne castanho-avermelhado levemente rosado e sem brilho Cheiro: imperceptível Pinus Uso: rodapés, forros e lambris Textura: fina Cor: branco-amarelado e com brilho moderado Cheiro: de resina Pinho-do-paraná Uso: ripas, partes secundárias de estruturas, cordões, rodapés, forros e lambris Textura: fina Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Cerne amarelado com manchas largas rosáceas e com brilho moderado Cheiro: pouco acentuado, de resina Ipê Uso: cruzetas, vigas, caibros, assoalhos, tacos, portas, janelas e batentes Textura: fina Cor: cerne e alburno distintos pela cor, cerne par- do ou castanho com reflexos amarelados ou esver- deados; alburno branco-amarelado e sem brilho Cheiro: imperceptível Eucalipto Uso: postes, cruzetas, dormentes, vigas, pilares e caibros Textura: fina e média Cor: cerne pardo, alburno branco-amarelado e sem brilho Cheiro: imperceptível Mogno Uso: janelas, portas, cordões, guarnições, rodapés, forros e lambris Textura: média Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Cerne castanho-avermelhado, alburno branco- amarelado e brilho acentuado Cheiro:imperceptível 40-42 madeiras.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:36 Página 41 42 SEM CUPINS Considerada uma das piores pragas urbanas atuais, os cupins podem causar enormes estragos às moradas. As madei- ras de modo geral estão sujeitas ao ata- que, incluindo MDF e compensados. Pre- venir é sempre o melhor remédio. Entre as espécies mais vulneráveis estão pinus, eucalipto, cedrinho e virola. Ao contrá- rio destas, angelim-pedra, peroba-rosa, itaúba, ipê, imbuia, muiracatiara, maça- randuba e jatobá possuem maior densi- dade e resistência. Assim, para manter os insetos longe, além do tipo estar de acordo com o uso pretendido, é neces- sário atentar para as condições de expo- sição e riscos de infestação, com controle da umidade e dos pontos de acesso e tratamento com produtos preservativos adequados contra o ataque de organis- mos xilófagos. São várias as formas e métodos de controle. "A prevenção torna-se um item de custo irrelevante frente aos inúmeros benefícios da madeira na construção", fala Mariluz Fernandez Natale, bióloga da empresa Montana Química. MADEIRA LAMINADA COLADA – MLC A madeira laminada colada (MLC) substitui o aço, o concreto e a própria madeira em vigas, pilares, coberturas, pisos e até paredes. As peças são leves e reduzem a carga nas fundações e podem ser produzidas em praticamente qualquer forma e dimensão. A principal vantagem é vencer vãos maiores que a madeira tra- dicional. O processo de fabricação da MLC consiste na colagem de lâminas de madeira umas nas outras, provenientes de áreas de reflorestamento e já selecio- nadas e classificadas. Assim, o material chega pronto para ser montado no local dando à obra agilidade, limpeza e orga- nização, além de evitar o desperdício. SISTEMA AMARU Elaborado em parceria entre a Plan- tar e a Montana, o método utiliza Ama- ru, madeira específica para a construção civil, concebida a partir de estudos gené- ticos. O sistema utiliza peças da matéria- prima perfilada de pequeno diâmetro, proveniente de florestas jovens, que pro- porcionam rapidez, durabilidade e eco- nomia à obra, com estabilidade dimen- sional e resistência. O comprimento de cada unidade é uniforme com opções de diâmetros de 4, 7, 9, 11, 13 e 15 cm. São oferecidos dois tipos de perfis – um roliço e outro côncavo. A padronização permite encaixes perfeitos e agilidade na montagem. O tratamento preservativo e o acabamento com Osmocolor Stain, da Montana, asseguram durabilidade e beleza ao conjunto. O MAIS COBIÇADO Entre as madeiras usadas para a estrutura das residências, o eucalipto da espécie citriodora lidera os pedidos. Ele é proveniente de reflorestamento e recebe tratamento em autoclave, medi- da que aumenta a durabilidade para, em média, cem anos. Contudo, para garantir segurança e solidez durante a construção, é fundamental realizar o cálculo estrutural com a ajuda de um profissional especializado. Desde o início, o projeto arquitetô- nico precisa ser desenvolvido para rece- ber toda a estrutura de madeira. “Todos os encaixes e conexões serão feitos diretamente nas toras”, esclare- ce o arquiteto André Eisenlohr, da capi- tal paulista. Para o perfeito dimensionamento, o arquiteto Ronald Ventura, de Ubatuba, litoral norte paulista, sugere avaliar o tamanho dos vãos a serem vencidos, determinado pela altura dos pilares. “Fique atento à espessura, pois o euca- lipto é grosso na parte de baixo e afina na área superior. Por isso, é necessário usar bitolas uniformes”, aconselha. 100% APROVEITÁVEL Sabe aquela madeira que foi usada para escorar lajes e vigas durante a obra? Ela pode ser reaproveitada de forma funcional em outras construções e ainda contribuir para a preservação do verde. Lepage in- dica o uso para compor objetos e móveis para a área externa, como mesas, cachepôs, gazebos, bancos e até cercas. Para incrementar e assegurar a beleza, é recomendada a aplicação de produtos para a pro- teção e acabamento. "Se não for possível a utiliza- ção, faça o descarte das sobras de maneira adequa- da e com o auxílio de cooperativas de reciclagem", ensina o consultor. 40-42 madeiras.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:36 Página 42 C M Y CM MY CY CMY K montana_anuncio_construcao_começo_fim (205X275).pdf 1 12/04/2018 11:04 44 Presentes em várias etapas da cons- trução, cimento, concreto e aço são materiais fundamentais. Com caracte- rísticas particulares, vale ressaltar que antes da compra é preciso confirmar se os produtos seguem as regras da Asso- ciação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e se têm o selo da Associação Bra- sileira de Cimento Portland (ABCP). Descubra as composições e finalida- des de cada um e garanta a segurança do seu lar. Elementos essenciais CIMENTO "É um ligante ou cola que une os agregados (areia e pedra) para a elabo- ração do concreto ou argamassa. Adqui- re essa propriedade ao ser misturado com a água e endurece mesmo sub- merso", define Arnaldo Forti Battagin, gerente do laboratório da ABCP. Há uma grande variedade disponível no mercado, porém a escolha deve ser realizada de acordo com a finalidade desejada. Vale ressaltar que em todos os tipos a fabricação deve seguir as normas da ABNT para garantir um bom desem- penho na construção. Validade: desde que armazenado em ambiente fechado e sem umidade, pode durar até 90 dias. O local não pode estar molhado e deve-se evitar o contato com a parede e o chão. Acerte na escolha: inicialmente, verifique a disponibilidade regional e, CIMENTO, CONCRETO E AÇO SÃO MATERIAIS INDISPENSÁVEIS A QUALQUER OBRA materiais 44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 44 45 UTILIZAÇÃO DE CADA CIMENTO CP I e CP II – F Para artefatos de concreto e uso geral, como concreto simples e argamassa CP II – E e CP II – Z É o ideal para revestir e assentar alvenaria e revestimentos CP III Recomendado para aplicações em que é preciso ter resistência a meios agressivos e preparo de concreto dosado em central CP IV Uso geral CP V Uso geral, concreto usinado e con- fecção de pré-moldados e artefatos de concreto CP V-ARI Concreto usinado, pré-moldados, artefatos de concreto e concretos especiais de alta resistência CPB Concreto arquitetônico e argamassas especiais BC Concreto e argamassa após essa etapa, a existência do tipo desejado para a aplicação. Veja também se há selo da ABCP. Fique atento ao tipo, às indicações de uso e se o saco está em boas condições. Para locais em que há contato inten- so com umidade, como casas de praia, fundações, piscinas e cisternas, reco- menda-se os tipos de cimento com mais adições de minerais. Atenção: por sua versatilidade, bai- xo custo e facilidade de uso, o cimen- to Portland é o mais usado na constru- ção. Quando misturado ao solo em pro- porções estabelecidas, gera o solo- cimento utilizado para a confecção de tijolos para alvenaria. Fique atento: indicados pelos núme- ros 25, 32 e 40, cada numeração cor- responde à resistência mínima à com- pressão, garantida pelo fabricante após 28 dias de cura. CONCRETO O material é essencial para o bom andamento da obra. Apresenta diver- sas finalidades, com destaque para a resistência a esforços mecânicos. Por ser flexível, pode ser aplicado na fun- dação e deve ser pouco permeável. Quando selecionado para a estrutura em pilares, resiste à compressão, tor- ção e cisalhamento. Receita de sucesso: sua composi- ção é uma mistura homogênea de cimento com agregados (areia e pedra) que, após uma reação química, trans- forma-se em uma espécie de rocha arti- ficial para a construção. Compra: é indicada a aquisição de concreto usinado que garante a limpe- za na obra. Procure empresas idôneas com mão de obra capacitada e reco- nhecida no mercado. MAIS QUE FUNDAMENTAL Antes de iniciar a obra, verifique a Resistência do Concreto à Compressão (fck). A medida usada é o Mpa (Mega Pascal). Normalmente, o índice de fck varia entre 150 e 180. É também pos- sível especificar a pedra a ser usada na composição do concreto. A capa- cidade de ser moldado, mais conhe- cidacomo plasticidade, pode ser obti- da por um processo denominado como abatimento. O excesso de água diminui a resistên- cia e a falta deixa buracos. O importan- te para obter uma qualidade adequada ao concreto e outros derivados de cimen- to é molhar o material por, no mínimo, sete dias após a concretagem ou inves- tir em aditivos químicos. Esse processo é chamado de cura, cuja função é asse- gurar a maturidade do concreto. 44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 45 46 PROVA DE RESISTÊNCIA O teste é realizado para confirmar a plasticidade do componente. Na própria obra, ele é colocado em um recipiente. Depois é encaminhado para um labora- tório para avaliar detalhadamente se apresenta a resistência desejada. AO SEU GOSTO Conheça um pouco mais sobre os tipos disponíveis no mercado. Antes de fechar negócio, consulte o site da Asso- ciação Brasileira de Serviços de Concre- tagem (Abesc): www.abesc.org.br. DOSADO EM CENTRAL (USINADO) Boa pedida para quem deseja ter rapi- dez, economia e praticidade. É subme- tido a um controle que inclui as opera- ções de armazenamento dos materiais, dosagem, mistura, transporte, recebi- mento, controle da qualidade, inspeção, aceitação e rejeição. Como já vem pron- to em caminhões betoneira, não há resí- duos e entulho. Também há redução dos gastos com mão de obra. FEITO NA OBRA Preparado no próprio local da obra, a mistura e homogenização são obtidas por meio de enxadas, pás ou pequenas betoneiras elétricas. Ele não chega a ser tão uniforme quanto o usinado. CONCRETO PRÉ-MOLDADO Vigas, pilares e lajes são moldados e adquirem resistência antes do posicio- namento definitivo na estrutura. CONCRETO PROTENDIDO Sem risco de fissuras na obra, possui 10 % de resistência à compressão. Resis- tentes cabos de aço entram em cena e são fixados e tracionados no concreto. ARMADO É formado por estruturas de concre- to com interior composto por armações de barras de aço. PROJETADO Equipamentos de alta velocidade lan- çam o material na superfície. É muito usa- do para revestir paredes e túneis e em encostas. CONVENCIONAL Indicado para o dia a dia na constru- ção civil para compor estruturas. AÇO É um dos itens fundamentais da cons- trução. Está presente desde o início do projeto até o acabamento. É utilizado na confecção das estruturas, fundação, pila- res e até no cercamento. A aquisição do material pode ser feita sob medida por empresas especializadas ou montado na própria obra. Lembre-se de que o aço deve ser fabricado conforme as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O dimensionamento precisa ser calculado pelo engenheiro responsável e baseado na NR 7480, da ABNT. As armações prontas oferecem agilidade e evitam desperdício. Na hora da compra: verifique a procedência e garantia do aço escolhi- do. Fique atento se a produção respeita as normas técnicas. É importante ressaltar que tanto as estruturas de aço quanto as de concreto devem ser especificadas e aplicadas por profissionais. Estas etapas garantirão a segurança da obra. Atenção redobrada: se o dimen- sionamento for desenvolvido de forma errada, muitos problemas surgirão, de trincas e, até mesmo, o risco de queda da moradia. Curiosidade: o mesmo material é usado para estrutura convencional, de concreto armado e alvenaria estrutural, porém o que muda é o diâmetro do aço. Processo simplificado: da Arce- lorMittal Brasil, o Kit Casa® contém todos os produtos para aplicação na etapa estrutural de uma casa de 60 m². São colunas prontas, sapatas, telas soldadas, espaçadores treliçados, treliças, Trelifácil®, reforços de alvenaria, cercas e telhas. "O objetivo é otimizar a construção de for- ma planejada, simples e sustentável. São produtos industrializados, desenvolvidos para diminuir o desperdício e a necessi- 44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 46 47 ARGAMASSA Fundamental em qualquer obra, este produto é composto pela mistura de cimento, areia, aditivos e água. É essen- cial para etapas como emboço e reboco, além da indicação para assentar revesti- mentos. Pode ser usada para diversas finalidades. Há argamassas para assen- tamento, revestimento, sobreposição, rejuntamento, ancoragem, impermeabi- lização e bricolagem. Aquisição: sabendo que o preço total da argamassa não equivale a 0,5% de uma obra, invista em produtos de qualidade e que atendam a finalidade desejada para evitar problemas no futu- ro. Adquira apenas a quantidade neces- sária e evite desperdícios. CUIDADO! O primeiro passo para não ter erro e obter sucesso na utilização é a leitura de todos os procedimentos apontados na embalagem pelo assentador. Outra opção é buscar informações nos sites e catálo- gos das empresas sobre como preparar as superfícies e quais são os equipamen- tos mais indicados. É importante lembrar que cada revestimento – mármores, gra- nitos, porcelanato, pastilhas de vidro, entre outros – precisa de uma argamassa específica. Confira a indicação para cada material e garanta a uniformidade na hora da aplicação. CONHEÇA OS TIPOS DE ARGAMASSAS Colante tipo I Uso interno Colante tipo II Uso interno e externo Colante tipo III Uso interno e externo Colante tipo III Especial Uso interno e externo Piso sobre Piso Uso interno e externo para pastilhas Uso interno e externo (assenta e rejunta simultaneamente) REJUNTE Responsável por unir as peças que estampam pisos e paredes, o rejunte deve ser escolhido de acordo com a área onde será aplicado. Segundo a ABNT, há rejuntamentos para ambientes exter- nos e internos. Verifique o revestimento e defina o modelo mais indicado para a situação que pode ser à base de cimen- to, epóxi ou outras resinas. Para garantir a perfeita instalação, o processo pode começar a partir da cura inicial da argamassa colante e seguir as instruções presentes na embalagem. As juntas devem estar limpas, sem gordu- ras e excessos de sabão, e secas para facilitar a aderência. A base não deve apresentar umidade para evitar o apa- recimento de manchas. O mercado dis- ponibiliza produtos que levam cores para os rejuntes e deixam as superfícies com um toque especial. dade de cortar e dobrar aço artesanal- mente, ou mesmo fazer toda a amarra- ção manual dos produtos na obra", expli- ca Antonio Paulo Pereira Filho, gerente de Desenvolvimento de Produtos e Mer- cado da ArcelorMittal Aços Longos. COMO ECONOMIZAR O aço estrutural que chega pré-mol- dado, cortado e dobrado é uma ótima solução para quem busca economia e agilidade. As vantagens são inúmeras. A utilização de produtos padronizados, como estribos e colunas, oferece garan- tia de segurança e qualidade. Além dis- so, são produzidos de acordo com as necessidades do projeto, o que reduz per- das e desperdício. E mais: elimina-se o espaço físico e a necessidade de área de corte, dobra- mento, armação e montagem. Também não é preciso manter um estoque de bar- ras, além de não ter sobra de material. Se você ficou interessado, fique aten- to a alguns itens na hora da compra. As peças devem possuir certificação de empresas como o ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (meio ambiente), OHSAS 18001 (segurança e saúde) e SA 8000 (responsabilidade social). Não se esque- ça de verificar sua procedência e se pos- suem garantia reconhecida de acordo com as normas técnicas e certificado pelo Inmetro. Peças pré-fabricadas de aço galvanizado da Arcelor Mittal: Trelifácil® para lajes e Mufor® para reforço de alvenaria Trelifácil® Mufor® 44-47 cimento etc.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:38 Página 47 48 materiais Pelas paredes BLOCOS DE CONCRETO Entre as vantagens estão a diversida- de de espessuras e o ótimo isolamento acústico apresentado. Pode ser utilizado como alvenaria aparente ou revestida. Ao planejar a construção com esse mate- rial, é possível economizar, pois o con- sumo de argamassa é menor do que o usado em blocos cerâmicos e o tempo de assentamento é reduzido. No entan- to, é preciso considerar o desempenho térmico inferior ao do bloco cerâmico.Ao utilizá-los para vedação são indicados para fechar vãos entre colunas e dividir os ambientes. Desde maio de 2014, está em vigor a nova versão da NBR 6136 - Requisitos para Blocos Vazados de Concreto Sim- ples, publicada pela Associação Brasilei- ra de Normas Técnicas (ABNT), que defi- niu melhor o termo "bloco vazado", excluindo os com fundo fechado, que não são normatizados e, portanto, não podem ser comercializados. Os blocos de classe "D" também foram excluídos e a resistência à compreensão mínima para blocos de vedação passou a ser de 3MPa. CONHEÇA OS TIPOS DE BLOCOS E DE TIJOLOS E GARANTA SEGURANÇA, RENTABILIDADE E CONFORTO TERMOACÚSTICO NA SUA CONSTRUÇÃO RENDIMENTO BLOCOS DE CONCRETO ESTRUTURAL Bloco Inteiro Rendimento L x A x C (cm) (peças por m²) 9 x 19 x 39 . . . . .12,5 11,5 x 19 x 39 . . .12,5 14 x 19 x 39 . . . .12,5 19 x 19 x 39 . . . .12,5 RENDIMENTO BLOCOS DE CONCRETO DE VEDAÇÃO Bloco Inteiro Rendimento L x A x C (cm) (peças por m²) 6,5 x 19 x 39 . . . .12,5 9 x 19 x 39 . . . . .12,5 11,5 x 19 x 39 . . .12,5 14 x 19 x 39 . . . .12,5 19 x 19 x 39 . . . .12,5 BLOCOS CERÂMICOS São usados para alvenaria estrutural e de vedação, oferecendo conforto tér- mico e acústico. O produto ainda facilita a prumada das paredes, reduz as espessuras dos revestimentos como o emboço e o rebo- co e simplifica a execução das instala- ções hidráulicas e elétricas. O projeto proposto pelo arquiteto determinará a quantidade de materiais e medidas exatas. Nesse caso, o enge- nheiro da obra é o profissional mais capa- citado para especificar as necessidades da construção. Já o projetista detalhará a obra e especificará a modulação mais adequa- da, já que os blocos têm suas dimensões adequadas a um tipo de convenção. Podem ser da família de 30 ou 40 cm e o tamanho ainda pode variar. No entan- to, apresentam diferença entre a medida modular e a real do bloco. Isso se deve para compensar a aplicação de arga- massa de assentamento com espessura de 1 cm, daí a necessidade de medidas de 39 ou 29 cm. 48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 48 49 Outra vantagem destacada por Osiris Lima Jr, assessor técnico e da qualidade da Associação Nacional da Indústria Cerâ- mica (Anicer), é que as normas de blocos cerâmicos de alvenaria estrutural e de vedação são as mais modernas e atuali- zadas, elaboradas a partir de métodos e produtos nacionais, e o sistema também possui peças especiais que ajudam a com- por as soluções para construção. DIMENSÕES DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO Bloco Inteiro Rendimento L x A x C (cm) (peças por m²) 9 x 9 x 19 ................50 9 x 9 x 24 ................40 9 x 14 x 19 ..............33,3 9 x 14 x 24 ..............26,6 9 x 14 x 29 ..............22,2 9 x 19 x 19 ..............25 9 x 19 x 24 ..............20 9 x 19 x 29 ..............16,67 9 x 19 x 39 ..............12,5 11,5 x 11,5 x 24 ......32 11,5 x 14 x 24 .........26,6 11,5x19 x 19 ...........25 11,5 x 19 x 24 .........20 11,5 x 19 x 29 .........16,67 11,5 x 19 x 39 .........12,5 14 x 19 x 19 ............25 14 x 19 x 24 ............20 14 x 19 x 29 ............16,67 14 x 19 x 39 ............12,5 19 x 19 x 19 ............25 19 x 19 x 24 ............20 19 x 19 x 29 ............16,67 19 x 19 x 39 ............12,5 24 x 24 x 24 ............16 24 x 24 x 29 ............13,3 24 x 24 x 39 ............10 *O rendimento poderá variar na obra dependendo da espessura da junta e da dimensão dos blocos. BLOCO ESTRUTURAL Tem dupla função, vedação e estruturação. Pode substituir pilares e vigas de concreto. É utilizado com os furos sempre na vertical. BLOCO DE VEDAÇÃO Usado para execução de paredes que suportarão o peso próprio e pequenas cargas de ocupação. É colocado geralmente com os furos na posição horizontal. CANALETA Possui várias dimensões e serve como vergas (embaixo e em cima de esquadrias), reforço no meio de paredes e respaldo (viga em cima da última fiada). BLOCO PARA LAJE Bloco cerâmico vazado e pré-moldado aplicado na horizontal para execução de lajes. 48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 49 50 DICAS PARA COMPRAR 1 Segundo Cláudio Oliveira Silva, gerente de inovação e sustentabi- lidade da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), verifique se o fabricante e o produto pos- suem o selo de qualidade da ABCP e a marca de conformidade do Inmetro. Eles são uma garantia de que o material foi fabricado de acordo com as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); 2 Confira se as peças estão homo- gêneas na textura e na tonalidade; 3 A diferença de peso entre os blo- cos do mesmo lote deve ser míni- ma. Caso contrário, haverá varia- ção de resistência. Além disso, peças leves possuem maior porosi- dade e absorção de água; 4 O material deve ser uniforme e ter cantos vivos, assim como medidas e ângulos retos exatos. As diagonais, devem ter o mes- mo tamanho; 5 Avalie o som produzido pelo bloco ao bater levemente uma peça na outra. O das peças bem compactadas é mais estridente (possui barulho metálico), enquan- to os mais porosos possuem sons mais suaves; 6 Segundo Silva, quando o can- teiro de obras não possui espaço para armazenar os blocos para toda a construção, não há pro- blemas em receber o material de diferente lotes, desde que o fabri- cante respeite as normas técnicas de fabricação; 7 Caso o consumidor desconheça os fabricantes de sua região, a Asso- ciação Brasileira da Indústria de Blo- cos de Concreto disponibiliza no site www.blocobrasil.com.br uma lista de seus associados que pos- suem produtos com selo de quali- dade. Contato de telefone e e-mail são oferecidos nessa seleção. TIJOLOS DE BARRO Tradicional, o material consiste na mis- tura de argila e solo arenoso. Os profis- sionais recomendam sua utilização para alvenaria de vedação. Os modelos pos- suem bom isolamento térmico e acústi- co e podem ficar aparentes. Para evitar a falta de padronização das peças e quebras durante a obra, contribuindo com desperdício e gera- ção de entulho, procure empresas que participem do Programa Setorial de Qualidade (PSQ), o qual integra o Pro- grama Brasileiro de Qualidade e Pro- dutividade no Habitat (PBQP-H), inicia- tiva do Governo Federal voltada para a qualidade das peças. É possível adquirir também tijolos de demolição para valorizar o charme rús- tico dos projetos. Para tanto, é impor- tante observar alguns detalhes: 1. Verifique se não estão esfarelando 2. Não adquira se tiverem resíduos de cimento, pois haverá gastos extras e atrasos na obra 3. Os modelos antigos apresentam variações de tamanho, por isso prefira tijolos de um mesmo fornecedor ou casa demolida 4. No acabamento, aplique uma fina camada de impermeabilizante incolor e proteja as peças COMUM Pode ser encontrado em várias cores e é indicado para alvenaria de casa e muros revestidos ou não. O rendimento é de 70 unidades por m² para alvenaria e 35 se for usado para revestimento. MEIA-LUA Deve ser aplicado em pilares ou em locais com formatos arredondados. Rende aproximadamente 36 peças por metro linear. COLONIAL Tem tamanho diferenciado e são usados até 42 unidades por m². BICO-DE-PAPAGAIO Usado para dar acabamento em cantos arredondados, rende aproximadamente 16 tijolos por metro linear. CURVO Fabricado em diversas tonalidades e dimensões, é sugerido para cantos ou para compor detalhes. CANTO 45O É ideal para situações que necessitam de desvios e tem rendimento de 16 peças por metro linear. PLAQUETA Usada para revestir forno a lenha. DEMOLIÇÃO Pode estar presente na estrutura, piso, parede e até como decoração. O tijolo rústico deve ter a cara mais original possível 48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 50 48-51 blocos e tijolos.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:41 Página 51 preparativos iniciais 52 Imagine a cena: uma construção total- mente desorganizada, com ferramentas espalhadas e materiais por todos os lados. O resultado dessa históriaé desperdí- cio ou dores de cabeça no futuro. Porém, basta colocar uma palavrinha em prática para esse cenário mudar totalmente de figura: organização. Agora sim, materiais armazenados com cuidado e nada fora do lugar! Se o canteiro estiver bem pla- nejado, tudo é diferente. As atividades do dia a dia ficam mais rápidas e eficientes. “Podemos comparar esse espaço à área de serviço ou quintal de uma casa. É um ambiente necessário para o funciona- mento da residência. Em uma obra acon- tece da mesma maneira”, exemplifica o arquiteto Paulo Gaspar, do escritório Pupo+Gaspar Arquitetura e Interiores, de Valinhos, SP. Com alguns cuidados bási- cos a segurança dos trabalhadores tam- bém ficará garantida. Medidas preventi- vas são fundamentais para que pregos, pedaços de madeira e ferragem não cau- sem danos à integridade física dos fun- cionários. A correta armazenagem dos itens também evita possíveis furtos. PRIMEIRO PASSO Antes de tudo, é necessário solicitar as instalações de água e esgoto na construção. Em lotes que não possuem rede de abastecimento, é fundamental providenciar uma fossa séptica. A liga- ção da luz deve ser realizada antes mes- mo do início do trabalho e costuma ser provisória. Para isso, é feito um cavale- te e instalado um medidor até o final da construção. Ordem no CANTEIRO UMA OBRA LIMPA E ORGANIZADA AUMENTA A PRODUTIVIDADE E A SEGURANÇA DOS OPERÁRIOS O BARRACÃO Para garantir a organização na obra, é fundamental planejar o barracão. Ele deve estar na área de afastamento da rua. A fundação, normalmente, é do tipo radier. A estrutura e as paredes são de madeira e as telhas de fibrocimento, materiais fáceis de desmontar ao final da construção. O local para a armazenagem deve ser subdividido e contar com alguns itens indispensáveis. O escritório tem de estar em espaço reservado dos vestiários, que geralmente ficam o mais perto possível da área de trabalho. Os sanitários estão próximos das tubulações de esgoto e a 150 m, no mínimo, da obra. Ainda deve haver, em alguns casos, dormitórios para os funcionários e almoxarifado com cha- ve exclusiva. A NR 18, do Ministério do Trabalho, regulamenta as condições do canteiro de obras e orienta a metragem ideal do barracão de acordo com o número de funcionários. 010103 06 07 08 09 04 05 02 10 10 11 12 13 14 52-53 canteiro.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:43 Página 52 53 VEJA COMO ARMAZENAR OS ITENS MAIS USADOS NA CONSTRUÇÃO: 01. ESCRITÓRIO É fundamental para manter a organi- zação e a agilidade na obra. O ambien- te deve ficar afastado do vestiário e ter metragem que facilite o trabalho. A área recomendada é de 8 m². 02. BANHEIRO Geralmente, o ambiente possui metra- gem reduzida - cerca de 6 m². Deve estar sempre limpo e livre de vazamentos. 03. DEPÓSITO GERAL É um dos principais espaços do barra- cão. Armazena todos os itens indispen- sáveis para a obra, como aço, tintas, cimento, cal, materiais elétricos e imper- meabilizantes, entre outros. A metragem ideal sugerida é de 20 m². 04. CIMENTO E CAL É fundamental mantê-los em local seco e arejado, que deve ficar elevado ao chão por um tablado de madeira. As pilhas de cimento devem ter até dez sacos e as de cal, 20. 05. TINTAS Coloque as latas em prateleiras para que não enferrujem. O local de armaze- nagem deve ser protegido e ventilado. Após o uso feche-as bem e guarde as sobras que podem ser necessárias para retoques ou mesmo como referências para uma nova compra. 06. TUBOS E CONEXÕES Devem ser estocados em espaços cobertos e na posição horizontal. Para aju- dar no dia a dia, uma dica é organizá-los em camadas e separá-los de acordo com o diâmetro e uso. 07. MATERIAIS ELÉTRICOS Guarde-os em local bem resguardado. Fios, cabos, disjuntores, tomadas e inter- ruptores devem ser comprados um pou- co antes da instalação, evitando assim, erros no cálculo das quantidades. 08. IMPERMEABILIZANTES Ficam em espaços secos, cobertos e ventilados. Não dispense as embalagens originais e verifique o prazo de validade. Vale comprá-los na mesma época na qual serão aplicados. 09. PISOS E REVESTIMENTOS São frágeis, por isso é importante com- prá-los apenas na fase de uso (quando a alvenaria estiver 50% pronta). Verifique com atenção as peças e os lotes para cer- tificar-se de que não há diferenças de tamanho e cores. 10. AREIA E BRITA Devem ser estocadas dentro de uma baia sem contato direto com o solo. O espaço tem de ser coberto e próximo das betoneiras e de locais com fácil acesso para caminhões. 11. AÇO Não pode ficar em contato com o solo. Essa medida evita a oxidação. Vergalhões, perfis e barras devem ser separados con- forme o tipo e a bitola. 12. TIJOLOS E BLOCOS A área para guardá-los precisa ter cer- ca de 0,25 m² e 1,65 m de altura para 250 tijolos. O material fica empilhado. Por isso, é fundamental ficar atento à altura máxima. 13. MADEIRA É ideal que seja armazenada em local plano sem contato direto com o solo para não empenar. Melhor empilhá-las na hori- zontal sobre uma base de blocos. 14. TELHAS As de cerâmica e concreto devem ser empilhadas verticalmente. As metálicas ficam levemente inclinadas, característica que evita o acúmulo de água. Vale com- prar 10% a mais do que o previsto. FIQUE ATENTO! A área do barracão varia de acordo com a obra. Porém, as medidas mínimas são: 8 m² (escritório), 12 m² (dormitórios), 6 m² (banheiros e vestiários) e 20 m² para o depósito. É fundamental oferecer água potá- vel aos trabalhadores. O aconselha- do é a instalação de um bebedouro. Tapumes protegerão o terreno con- tra possíveis furtos e invasões. Em alguns casos é necessário contratar vigias para garantir a segurança durante a noite. Esses profissionais devem ter, por lei, descanso sema- nal remunerado, hora extra ou adi- cional noturno e feriados. Para obras de grande porte, indica- se o uso de contêineres no lugar do barracão. É fundamental que as baias e os depósitos sejam planejados de acordo com as proporções da obra e do terreno. Além disso, devem ter fácil acesso e sequência de uso exi- gida pela obra, sem que a retirada de materiais prejudique o trânsito de pessoas e trabalhadores ou interfira na rotina da construção. Próximo à conclusão da obra, deve ser desenvolvido o padrão de luz e solicitada a ligação definitiva com a carga adequada para a edificação. Não se esqueça de planejar o escri- tório no barracão, local indicado para guardar projetos e documen- tos de controle da construção. Lembre-se: um canteiro de obras organizado é sinônimo de trabalha- dores satisfeitos, construções mais rápidas, limpas e sem desesperdício. 52-53 canteiro.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:43 Página 53 preparaTivos iniciais 54 IMPLANTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS De acordo com as características do terreno e tipo de obra são determinadas a quantidade e a posição dos pontos a serem perfurados. Em cada um monta-se um tripé com um conjun- to de roldanas e cordas, iniciando pela amostra zero. Coleta- se outra de metro, ao mesmo tempo, medindo a resistência do solo que será interrompido quando já tiver atingido o critério técnico adequado para a obra ou alcançar o impenetrável. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS EM CAMPO Na base do furo apoia-se o amostrador padrão acoplado a hastes de perfuração. Marca-se na haste, com giz, um segmen- to de 45 cm dividido em trechos iguais de 15 cm. Ergue-se o peso batente de 65 kg até a altura de 75 cm e deixa-se cair em queda livre sobre a haste. A soma do número de golpes neces- sários para a penetração do amostrador nos últimos 30 cm é o que dará o índice de resistência do solo na profundidade ensaia- da. O ensaio será interrompido quando tiver atingido o critério técnico adequado para aquela obra ou atingir o impenetrável. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO As amostras coletadas a cada metro são acondicionadas, etiquetadas e enviadas ao laboratório para análise tátil-visual do material por um geólogo especializado. Esse material recebe classificação quanto às granulometrias dominantes, cor, presença de minerais especiais, restosvege- tais e outras informações relevantes encontradas. A indicação da consistência ou compacidade e da origem geológica da formação complementa a caracterização do solo. RELATÓRIO FINAL Constará a planta do local da obra com a posição das son- dagens e o perfil individual de cada sondagem e/ou seções do subsolo, indicando a resistência do solo a cada metro per- furado e o tipo e a espessura do material e as posições dos níveis d’água encontrados durante a perfuração. Base consistente Cada terreno possui um tipo de solo com características variadas. A sondagem consiste na etapa de remoção de amos- tras do solo em determinadas profundi- dades para estudo. Se você contratar um empresa especializada, ela deve ser legal- mente habilitada com registro no Conse- lho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) do Estado. Além disso, é importante verificar o tamanho da área a ser construída e o que será realizado na obra antes de contratar uma empresa para fazer a análise do solo. Não há terreno ou região que tenha todos os tipos, mas em uma propriedade há variação de camadas (aterro, silte are- noso mole, argilo rijo, etc). Há locais com variação e em outros não. A exploração gera um relatório feito pelo engenheiro. Nele devem constar os perfis individuais de cada sondagem com ATERRO DE ARGILA ARGILOSA SISTOSA MÉDIA SILTE ARENOSO MEDIANAMENTE COMPACTO SILTE ARGILO MOLE SILTE ARGILO RIJO PROCESSO DE SONDAGEM NO TERRENO AJUDA A EVITAR PROBLEMAS E GARANTIR SEGURANÇA DA OBRA ETAPAS DA ANÁLISE DO SOLO a profundidade metro a metro e a de para- da, os valores da sondagem de simples reconhecimento com SPT – Standard Pene- tration Test – a classificação geológico-geo- técnica e o nível d'água encontrada. Nas operações subsequentes de per- furação, intercaladas às de amostragem, deve-se utilizar o trado cavadeira ou o heli- coidal até se atingir o nível d’água (lençol freático), ou, quando não se encontra o reservatório, perfura-se aproximadamen- te de 10 a 12 metros para se iniciar a cir- culação de água, lembrando que todo equipamento de sondagem a percussão sempre será com circulação de água. A duração do trabalho, de acordo com a metragem especificada, deve ser de um a dois dias. A análise é feita em apenas um dia, mesmo prazo para a confecção do relatório. Confira as etapas da avaliação do solo. É importante que o processo seja bem executado, caso contrário, implicará em um erro de cálculo de fundação, o que pode provocar trincas, rachaduras ou até mesmo sedimento da edificação. Tipos de solo 54-55 sondagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:44 Página 54 55 MÉTODOS DE RECONHECIMENTO Apesar de terem a mesma finalidade, confira os procedimentos específicos mais comuns. PERCUSSÃO Com três penetrações de 15 cm (total de 45 cm) é possível retirar uma amos- tra do solo para analisá-la. O processo pode ser realizado em locais de difícil acesso, por isso, é o ensaio mais execu- tado na maioria dos países. ROTATIVA É um método de investigação geoló- gico completo e ideal para reconhecer solos extremamente duros. Para realizá- lo é necessário o uso de um equipa- mento específico para fazer a perfuração com broca diamantada. DEEP SOUND Com aparelho que avalia resistência do solo com golpes, o método é ideal para obras de grande porte. EXPLORAÇÃO Feita a abertura de poços, o consul- tor de fundação entra e faz a vistoria do que foi avaliado na etapa de reconheci- mento do solo. FUROS A FAZER Área (m2) Número de Furos 200 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 200 a 400 . . . . . . . . . . . . .3 400 a 600 . . . . . . . . . . . . .3 600 a 800 . . . . . . . . . . . . .4 800 a 1000 . . . . . . . . . . . .5 1000 a 1200 . . . . . . . . . . .6 1200 a 1600 . . . . . . . . . . .7 1600 a 2000 . . . . . . . . . . .8 2000 a 2400 . . . . . . . . . . .9 Mais de 2400 . . . . . . . .A critério do projetista 54-55 sondagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:44 Página 55 preparativos iniciais 56 Aplanar FIQUE ATENTO À TERRAPLENAGEM E AO REBAIXO DO LENÇOL FREÁTICO PARA NÃO COMPROMETER O TERRENO E NEM A FUTURA CONSTRUÇÃO 56-58 terraplanagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:47 Página 56 57 TERRAPLENAGEM Consiste no desmonte e transporte de terras. Também é usada para a limpeza superficial do local da obra, na qual são retiradas a vegetação (como o capim) e a terra. “Deve ser feita antes de iniciar a cons- trução, sendo que os cortes e aterros pre- cisam ficar nos tamanhos e níveis previs- tos na planta”, explica o arquiteto Paulo Gaspar, do escritório Pupo + Gaspar Arqui- tetura e Interiores, de Valinhos, SP. De acordo com o arquiteto paulistano Paulo Alberghini, deve-se fazer ainda o levantamento planialtimétrico. Com isso, é elaborado o projeto arquitetônico e fei- to o nivelamento do solo das partes espe- cificadas. Posteriormente, é realizada a marcação da construção, serviço neces- sário em quase todos os terrenos. ETAPAS O trabalho engloba escavação e reti- rada da terra, carregamento, transporte e espalhamento, na qual a terra é colo- cada em área diferente da anterior. Para cada fase, é preciso contar com equipa- mento específico. O trator de esteira é usado na escavação, enquanto a pá rea- liza o carregamento. O caminhão bascu- lante transporta o material e o monoto- nivelador se encarrega de espalhá-lo. Em caso de limpeza e nivelamento de terrenos planos ou com pequena incli- nação, são usadas as etapas de escava- ção e transporte, sendo que a terra deve ser descartada em local específico e auto- rizado pela prefeitura. Vale dizer que o descarte ou bota-fora feito de maneira ilegal resultará em asso- reamento e outros sérios problemas. Outro incômodo é que pode render várias mul- tas expedidas pelos órgãos fiscalizadores, não apenas à empresa, como também para aos proprietários da construção. EXECUÇÃO PERFEITA Com o projeto arquitetônico em mãos é possível ter as medidas dos platôs e seus respectivos níveis. Para não cometer erros, procure sempre o engenheiro responsável pela obra. Além de conferir todas as medi- das, ele indicará a melhor forma de exe- cução sem prejudicar a logística. Depen- dendo do projeto, será necessário requisi- tar o serviço em duas ou três etapas. A terraplenagem, se realizada de for- ma incorreta, pode resultar em problemas como erosão e deslizamentos. Por isso, os taludes devem ser planejados com a inclinação ideal e sem riscos de quedas de barreiras. Nos casos de cortes em platôs, os espe- cialistas recomendam que o projeto estru- tural avalie a necessidade de muros de arrimo que são utilizados para a conten- ção de terra, para evitar deslizamentos. QUEM FAZ? A terraplenagem é um serviço regula- mentado pelo Conselho Regional de Enge- nharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). Por isso, é preciso contratar empresas espe- cializadas e consolidadas no mercado. “Bus- que referências de trabalhos realizados e qual destinação do material retirado da construção”, alerta Alberghini. Confira se possui equipamentos com ótima aparên- cia e se realiza revisões constantes. É impor- tante verificar também se os operadores do trator possuem cursos específicos, pois algumas máquinas são computadorizadas, exigindo mão de obra qualificada. COMO O SERVIÇO É COBRADO? O tipo de equipamento a ser usado, o transporte, a infraestrutura da obra e a movimentação de terra para descarte ou compensação são fatores determinantes para o custo da etapa. O trator é cobrado por dia ou hora de locação, sendo que esse prazo pode ser ampliado conforme as necessidades. Para a retirada de terra, os custos variam conforme a metragem que se trabalha- rá ou pelo número de caminhões que sairão da obra. “O serviço pode ser cobrado por preço fechado. É impor- tante fazer duas ou mais cotações para comparar os valores”, indica o arquite- to do Pupo+Gaspar. ÁREA CORTADA ÁREA ATERRADA PLATAFORMA 56-58 terraplanagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:47 Página 57 58 REBAIXO DO LENÇOL FREÁTICO É a solução quando o aquífero se loca- liza próximo dasuperfície. Ao rebaixá-lo e retirar temporariamente a água, é possí- vel construir as fundações da residência e da piscina. “Ao contratar o serviço, é válido pre- ver um sistema de sucção que permitirá o rebaixo do nível da água do lençol freá- tico. Além disso, o projeto estrutural deve especificar um reforço na estrutura, pois quando o nível subir e chegar ao nor- mal, haverá o contato com a água que resultará na pressão negativa nas funda- ções ou na piscina. Com isso, evita-se o aparecimento de trincas e até o afunda- mento do piso”, explica o arquiteto Flá- vio Castro, de São Paulo, SP, que usou o serviço em dois projetos no Guarujá, lito- ral sul paulista. “Ao escavar o solo, encon- tramos água a cerca de 80 cm”, com- pleta. É imprescindível ainda realizar a impermeabilização em toda a estrutura que ficará em contato com a água. COMO É FEITO? Depois de constatada a profundidade do lençol freático, o arquiteto desenvol- verá o projeto arquitetônico e as plantas de implantação, enquanto o engenheiro fará o de estruturas e instalações hidráu- licas e elétricas. E antes de construir a pis- cina ou a fundação da casa, deve-se rebai- xar o nível da água com tubos injetores, também conhecidos, por ponteiros fil- trantes ou well point. Com o relatório da sondagem e o pro- jeto executivo em mãos, são definidas a quantidade de ponteiros e a profundi- dade de perfuração, sendo que os equi- pamentos para sucção da água são alu- gados e os ponteiros podem atingir até 60 m. A água é retirada do subsolo pelos tubos injetores, conectados a um coletor que, por sua vez, é ligado a uma bom- ba. Geralmente, é destinada às redes de águas pluviais. Em alguns casos, pode ser reaproveitada. Segundo Castro, o serviço em pisci- nas, por exemplo, dura cerca de 35 dias entre a perfuração para o equipamento de sucção, escavação para a construção da piscina, concretagem, tempo de cura e impermeabilização. CUSTO Geralmente, o equipamento é aluga- do e as empresas cobram a diária e a taxa de instalação, que engloba o transporte e a equipe que faz todas as ligações. Se durante a obra for necessário realizar manutenções, os responsáveis pela cons- trução fazem o contato com a empresa de locação. Ao realizar a contratação, deve-se saber o tipo de equipamento ideal, de acordo com a medida da perfuração necessária para a drenagem, pois os valo- res são bastante diferentes e aumentam conforme a complexidade do projeto e a região da obra. Castro revela que nas obras em que utilizou o serviço, os gas- tos com ele representaram cerca de 0,5% do custo total da construção. CAÇAMBAS O acúmulo de lixo e entulho na obra ou até mesmo jogado na calçada ou nos terrenos ao lado podem resultar em mul- tas para o dono da construção. As caçam- bas são boas opções para deixar a obra limpa e organizada. Antes de contratar um fornecedor, consulte como é cobra- da a locação e se o descarte é feito em local autorizado pela prefeitura. Caso con- trário, o dono da empresa e o da cons- trução podem ser punidos. As caçambas são cobradas por perío- dos, geralmente de uma semana. Uma dica é contratar os serviços de empresas próximas da obra para evitar que os gas- tos fiquem mais elevados. Além disso, ela deve ser disposta em local que não atra- palhe o canteiro, muito menos as casas vizinhas ou quem circula pela calçada. Fique atento porque existem empresas em situação irregular e, quando descar- tam o material em local impróprio, tanto elas como o proprietário da obra podem ser punidos conforme as leis ambientais. Por isso, antes de fechar negócio, confi- ra se possuem licença e se foram avalia- das por órgãos competentes. Uma obra residencial com cerca de 200 m² pode gerar cerca de 20 caçambas de entulho. PERFURAÇÃO Em cada furo é colocado um tubo, que possui a parte drenante em sua extremidade inferior CASA PRONTA depois de retirado o equipamento, a água do lençol freático volta ao nível normal 1 RESERVATÓRIO 2 BOMBA 3 DISTRIBUIDOR 4 TUBO INJETOR (PARTE LISA) 5 PONTA RANHURADA (PARTE DRENANTE) 6 FUNDAÇÃO DA RESIDÊNCIA 7 ESTRUTURA DA PISCINA1 2 3 4 6 7 NÍVEL ORIGINAL DO LENÇOL FREÁTICO NÍVEL TEMPORARIAMENTE REBAIXADO DO LENÇOL FREÁTICO5 FIQUE ATENTO Deve ser feito um projeto de imper- meabilização que determinará as melhores soluções e produtos reco- mendados, que devem ser resistentes à pressão negativa. A escolha depen- de da pressão de água e do tipo da obra. Vale lembrar que o procedi- mento não substitui deficiências cons- trutivas e enganos no dimen-siona- mento estrutural. Além disso, a etapa protege a estrutura e evita a corrosão das armaduras e a deterioração do concreto, bem como a soltura do revestimento interno. preparativos iniciais 56-58 terraplanagem.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:47 Página 58 NÃO RESTARÁ A MENOR DÚVIDA www.casadois.com.br PARA CONHECER OUTROS TÍTULOS, LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE NAS MELHORES BANCAS E REVISTARIAS DO BRASIL 1p-mp2017.qxp_Base PC 02/05/18 14:41 Página 1 preparativos iniciais 60 Assim como uma partida de futebol começa com o apito do árbitro, a parte bruta de uma obra é iniciada com a fase de gabarito e piquetagem. Mas, para que a construção seja uma vitória por goleada, essa etapa deve ser feita com cuidado e atenção, seguindo uma série de regras. Caso contrário, a derrota tra- rá diversos transtornos no futuro e o pre- juízo será inevitável. Com o projeto aprovado na prefeitu- ra e os tipos de fundação especificados no projeto estrutural, é possível apitar o início dos serviços. Caso o levantamen- to planialtimétrico não tenha sido feito, contrate um topógrafo, pois ele locali- zará com piquetes os pontos que defi- nem as divisas do terreno, que são os locais de partida. "A locação dos ele- mentos estruturais e das paredes deve ser feita de maneira precisa, pois quais- quer erros comprometem a execução da estrutura, das alvenarias e dos revesti- mentos. Quando a marcação dos eixos da obra é realizada corretamente, eco- nomiza-se tempo e diminui-se o custo", salienta a arquiteta Juliana Prado Hadid, de Franca, SP. O engenheiro civil Carlos Packer, do escritório Crl Packer Engenharia, de São Paulo, SP, explica que as medidas devem ser tomadas com uma trena bem estica- da e nivelada e é essencial medir o perí- metro do terreno e as diagonais para verificação do esquadro. Para não errar tem que existir um marco fixo de refe- rência nivelado e bem fixado. O trabalho deve ser executado sob a supervisão do mestre de obras, conferi- da por uma segunda pessoa e, final- mente, avaliada e aprovada pelo enge- nheiro responsável técnico de toda a construção em andamento. Caso o processo não seja realizado de maneira correta, a obra poderá ser total- mente comprometida e ocorrerão pro- blemas com a arquitetura, hidráulica, vãos e passagens. Os recuos mínimos solicitados e exigidos no projeto da pre- feitura devem ser seguidos à risca. COMO DEVE SER FEITO? A partir das marcações dos limites do lote serão calculados os recuos da cons- trução para depois fazer o gabarito de madeira, que deve ter marcação com linhas nos eixos e nas faces externas das paredes. Os encarregados pelo serviço devem medir, marcar e conferir todas as medidas e os ângulos da construção. O gabarito deve estar no esquadro, for- mando um ângulo de 90º, e ficar nive- lado em toda a extensão de cada qua- dro formado. Se no lote houver movimentação de terra, a terraplenagem deve ser reali- MEDIDA PRECISA MARCAÇÃO CORRETA DE EIXOS E DIVISAS GERA ECONOMIA E DÁ BASE ADEQUADA ÀS PRÓXIMAS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO 60-61 gabarito.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:54 Página 60 61 zada antes do gabarito para que a locação seja feita sobre vários níveis planos. "Para a perfeita execução, o engenheiro responsável e os profissio- nais da obra deverão ter em mãos as plantas de arquitetura e de estruturas", afirma Juliana. MATERIAIS É fundamental ter trenas metálicas ou de plástico com pelo menos 30 m, apa- relhos topográficos ou mangueira de nível com um fio de prumo, pontaletes de madeirade 7,5 x 7,5 cm, tábuas de madeira, fio de náilon e pregos. O nível a laser também é uma boa opção para essa etapa da obra. SOBRADOS Ao sair do solo, o gabarito perde a sua função. Porém, há vários procedimentos para a locação das paredes no andar superior e o trabalho é simples. Para isso, basta checar as medidas dos ambientes e usar uma trena para medir as distâncias entre os cômodos. Os pilares e as vigas sempre são boas referências para a mar- cação. "A transferência dos eixos de um pavimento para o seguinte pode ser fei- ta utilizando prumo de centro ou a laser. Geralmente, é pregado um sarrafo de madeira diretamente no concreto da laje, traçado no eixo da madeira com lápis e batido um prego para esticar arame ou linha", explica Packer. Nos andares acima do térreo, pode-se fazer as marcações com tinta spray e a locação exata em tra- ço fino. Lembrando que assim como no térreo, qualquer erro de locação pode resultar em sérios danos para a obra. DÚVIDAS É comum os leigos não conseguirem visualizar o posicionamento da casa e o tamanho dos cômodos e terem a sen- sação de que são pequenos. Para isso, basta medir o ambiente na obra e com- pará-lo com algum já existente. Outra dica é focar a visão apenas na marcação das paredes, pois quando se olha para o horizonte ao mesmo tempo, a cons- trução parece menor. gabarito planta baixa Todas as marcações do gabarito de madei- ra, as localizações dos pregos e as linhas devem ser medidas e conferidas pelo em- preiteiro e engenheiro responsável Esta ilustração representa a projeção do ponto exato do pilar, demarcado na planta baixa, para o terreno, através do gabarito. Neste local haverá um piquete. GABARITO Com a utilização de madeira, linhas, pregos e uma trena são marcadas todas as divisas do terreno e a localização dos eixos da construção, das paredes e de elementos estruturais. PIQUETES São de madeira e demarcam os locais que serão perfurados como as estacas e as brocas. 60-61 gabarito.qxp___Construir 2009 30/04/18 17:55 Página 61 impermeabilização 62 Investir em medidas preventivas é fun- damental para a alta durabilidade do imó- vel. Vários elementos construtivos como lajes, vigas baldrames, paredes, locais encostados na terra, piscinas, reservató- rios, áreas molhadas, jardineiras, entre outros, apresentam diversos problemas quando em contato com a água ou com a umidade. Por isso, a etapa não pode ser deixada de lado, já que sua principal fun- ção é proteger o imóvel contra a ação de fluídos e vapor. Além disso, o processo é essencial para garantir ambientes salubres e sem problemas com mofo e infiltrações. A impermeabilização é indispensável para manter o alto padrão de qualidade da obra e oferecer mais segurança aos futuros moradores. O impermeabilizan- te a ser aplicado varia de acordo com a obra e o local que receberá o tratamen- to preventivo. Protegida DA UMIDADE A IMPERMEABILIZAÇÃO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA EVITAR PROBLEMAS CAUSADOS PELA ÁGUA 62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 62 63 OUTRAS VANTAGENS Além da proteção das superfícies, a medida aumenta a vida útil das estruturas e impede a corrosão do concreto. Para obras de alto padrão, a etapa represen- ta de 0,5 a 1% do custo total, enquanto que, em construções menores, os gastos ficam em torno de 2% a 3%. Porém, se for deixada de lado, o custo para o reparo pode ser superior a 15% do valor da obra, dependendo da extensão dos danos, já que muitas vezes há neces- sidade de reparação estrutural, troca de revestimentos e pisos, sem falar na possível perda de móveis e equipamentos. O processo é frequentemente negli- genciado em construções residenciais unifamiliares de padrão médio ou baixo ou então feito de maneira errada. Esse quadro gera uma estatística de que mais de 50% das obras terão em menos de cinco anos algum problema de falha na impermeabilização. O cenário só é melhor em obras de alto padrão. São inúmeros os problemas que isso ocasiona, entre os mais comuns estão as manchas nas pinturas das paredes, o aparecimento de trincas e rachaduras. Além disso, quando a água atinge a estrutura de concreto armado, oxida o aço estrutural e compromete toda a sus- tentação do imóvel. RÍGIDOS OU FLEXÍVEIS? Os impermeabilizantes são divididos em dois sistemas: os rígidos e os flexí- veis. O primeiro é indicado para locais com carga estrutural estabilizada e con- dições de temperaturas constantes, ou seja, não trabalham em conjunto com a estrutura nem suportam grandes varia- ções de calor. O sistema torna a área impermeável com a inclusão de aditivos químicos, aliado à correta granulome- tria dos agregados e à redução da poro- sidade da superfície. Já o sistema flexível é indicado para lugares como lajes maciças, piscinas sus- pensas, coberturas planas, entre outros, que possuem movimentação e estão sujeitas ao aparecimento de fissuras. Os produtos são compostos por elastôme- ros e polímeros. Quando o sistema erra- do é utilizado, corre-se o risco da área sofrer trincas, fissuras ou destacamen- to, possibilitando a infiltração. GARANTIA DE SUCESSO O primeiro passo é fazer um projeto de impermeabilização, que deve ser rea- lizado por profissional especializado que analisará as condições naturais do terre- no e a forma com que a água atua na edificação. A NBR 9575, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – Seleção e Projeto de Impermeabilização – , dá as diretrizes básicas para a escolha de um sistema impermeabilizante de uma maneira geral. Antes de selecionar o produto, avalie também fatores como a movimentação estrutural, exposição aos fenômenos climáticos, existência ou não de trânsito de veículos e pessoas e exposição a agentes químicos, verifique também se eles possuem a correta cer- tificação e se são de marcas consolida- das no mercado. O impermeabilizante deve trabalhar em conjunto com a base, absorvendo a movimentação e demais esforços, podem ocorrer deterioração e perda de desempenho caso o produto escolhido não seja apropriado. Sempre que utili- zado material impróprio, será preciso correção, na qual a superfície terá que ser quebrada e refeita para receber a impermeabilização adequada. Antes de adquirir os produtos, é preci- so calcular a metragem quadrada da área que será tratada e seguir as orientações descritas pelos fabricantes. Toda imper- meabilização é utilizada a partir de um consumo mínimo por metro quadrado. Multiplique esse consumo pela área a ser impermeabilizada e acrescente 10% a mais para evitar a falta do produto. APLICAÇÃO Alguns produtos, como as emulsões asfálticas ou acrílicas, argamassa polimérica, hidrorre- pelentes e hidrofugantes, podem ser aplicados pela própria mão de obra da construção. Porém, materiais como a manta asfálti- ca, por exigir o uso do maçari- co, precisam de profissionais especializados para a colocação. 62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 63 64 VIGAS BALDRAMES É um dos primeiros componentes que necessita de tratamento. Esse trabalho é fundamental para evitar que a umidade existente no solo afete o alicerce da edi- ficação, comprometendo a estabilidade da estrutura, a falta ou falha na imper- meabilização dos baldrames provocará focos de umidade ascendente nas pare- des, o que pode ocasionar danos em reboco, rodapés e pintura. Além disso, também aparecem outros problemas bas- tante graves como mofo, fungo e bolor. Entre os impermeabilizantes que podem ser aplicados em vigas baldrames estão as emulsões asfálticas, os asfaltos elasto- méricos, as soluções asfálticas, as arga- massas impermeáveis e poliméricas e a manta asfáltica. Para a perfeita aplicação basta seguir as recomendações do fabri- cante e ter mão de obra qualificada. ÁREAS MOLHADAS Ambientes como cozinhas, banheiros e áreas de serviço precisam de atenção redobrada. Por serem áreas laváveis, a ausência de impermeabilização acarreta- rá infiltrações e danos à estrutura e a faci- lidade para o desenvolvimento de fungos e bactérias. Além da especificaçãodo impermeabilizante, os ambientes devem ser projetados com caimento correto para que a água escoe em direção ao ralo. LAJES É uma etapa essencial. A não realiza- ção da impermeabilização em lajes pode gerar não só danos à estrutura, como também o surgimento de problemas nos forros de gesso, pintura, mobiliário e a instalação elétrica. Para não errar e saber qual é o tipo de impermeabilizante mais adequado para o local, é preciso avaliar, por exemplo, se ela será de piso ou cobertura, se estará exposta às condições do tempo e se terá ou não trânsito de pessoas. Lembre-se de que os produtos devem ser suficientemente flexíveis para acom- panhar a movimentação do telhado. Entre os indicados, há desde as mantas asfálticas até as membranas moldadas no local. Por isso, nunca se esqueça de con- trarar profissionais habilitados para esco- lha e execução. TELHADO Não basta ter uma cobertura bonita se ela não for construída com perfeição. Além de dimensionar corretamente a estrutura de acordo com o tipo de telha, é funda- mental estar atento para evitar goteiras e vazamentos que incomodam toda a famí- lia e ainda podem danificar outros mate- riais presentes na obra, por exemplo, a madeira usada na estrutura. Devem ser levadas em consideração a norma NBR 15575 (Desempenho das Construções) e diversas outras relativas ao projeto e condições do telhado e seus componentes, como a NBR 8039: 1983 (Projeto e Execução de Telhados com Telhas Cerâmicas Tipo Francesas); NBR 13858-1:1997 (Telhas de concreto – Par- te 1 – projeto e execução de telhados), NBR 10844 (Instalações Prediais de Águas Pluviais), entre outras. Para isso deve-se avaliar inclinação, telhas corretas, calhas, rufos e cumeeiras. É preciso respeitar a inclinação mínima que cada tipo de telha necessita. Caso contrário, a água das chu- vas ficará empoçada e provocará vaza- mentos. Quanto às calhas e rufos, o seu dimensionamento deve garantir que a quantidade de tubos e seus respectivos diâmetros sejam suficientes para o tama- nho da cobertura em questão. CUMEEIRAS O assentamento deve ser feito com cuidado e precisão. A argamassa con- vencional não é o material adequado para a etapa, pois, por ser rígido, trinca com o passar do tempo e pode causar infiltrações. Para isso, o uso de selantes elásticos é o mais adequado, pois dão estanqueidade, acompanham a movi- mentação das telhas, que sempre estão sujeitas à ação dos ventos, trepidações e outros fatores. APLICAÇÕES: Aplicada com maçarico, a manta asfáltica é indicada para muros de arrimo, terraços, varandas, lajes de cobertura, piscinas e jardineiras. Flexível, a resina acrílica protege os baldrames impermeabilização 62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 64 65 Abaixo: argamassa polimérica, emulsão acrílica e tela usada como estruturante para aumentar resistência MANTA ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA EMULSÃO ASFÁLTICA 62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 65 66 PINTURA ASFÁLTICA Caracterizada por uma película de pequena espessura, é um complemen- to do sistema ou, em alguns casos, uma proteção simples. A aplicação é realiza- da sobre superfície de concreto ou alve- naria, muros de arrimo e alicerces. MANTA/MEMBRANA ACRÍLICA Indicada para lajes sem recortes, o material é pré-moldado em forma de rolo, aderido a um tipo de primer e fun- dido com fogo. Não pode ser classifica- do como manta, pois o termo refere-se somente a produtos industrializados. Como a moldagem é feita na obra em forma de pintura, a aplicação é seme- lhante a das emulsões asfálticas com demãos e estruturada por uma arma- dura tecida de poliéster. A diferença está no número de aplicações, sendo neces- sário, nesse caso, maior quantidade para formar a espessura mínima de 3 mm MANTA ASFÁLTICA Exige a contratação de mão de obra especializada para aplicá-la. É um pro- duto pré-fabricado constituído por um estruturante central recoberto em ambas as faces por um composto de asfalto modificado com polímeros e diversos aca- bamentos superficiais. São classificadas em A, B e C, que aponta o composto asfáltico e a qualidade. Existem três tipos: II, III e IV. A primeira é indicada para ter- raços, varandas e pequenas coberturas. A III é mais usada em lajes de cobertura, piscinas e jardineiras. A última, em locais com maior resistência à tração. Há ain- da o produto autocolante, que dispen- sa o maçarico e o asfalto. Por possuir massa altamente adesiva em sua com- posição, a simples remoção do filme faz com que o produto esteja pronto para ser instalado. CALAFETADOR Responsável por selar juntas de pisos, lajes, fachadas, alvenaria, concreto e jun- ção entre diferentes materiais, é um pro- duto com boa flexibilidade, capacidade de aderência e estabilidade dimensional. A aplicação é realizada com cartuchos com bicos adequados para preencher perfeitamente as fendas ou trincas. ACERTE NA ESCOLHA: CONHEÇA MAIS SOBRE CADA TIPO DE IMPERMEABILIZANTE FIQUE ATENTO! A impermeabilização elimina a umidade e combate as infiltrações. Para torná-la ainda mais eficiente e prolongar sua vida útil confira algumas dicas. Nas paredes externas, impermea- bilize o reboco. Nas internas, dê atenção especial para laje, cozi- nha, banheiro e área de serviço. Para evitar que o impermeabilizan- te seja “lavado” pelas chuvas, opte por produtos de secagem rápida ou sistema que não necessite de secagem como manta asfáltica. Quando for realizada alguma interferência na região imper- meabilizada – como troca de ante- na ou tubulação –, ela deve ser bem planejada para não interfe- rir no sistema aplicado. Caso seja perfurado, providencie o quanto antes o reparo para garantir a estanqueidade. Adote produtos de qualidade e indicados para a finalidade dese- jada. Além disso, faça manuten- ção periódica das superfícies para que, ao detectar o primeiro sinal de problema, seja solucionado evi- tando mais danos. A impermeabilização preventiva oferece segurança estrutural e bai- xo custo. A receita do sucesso envolve ape- nas três ingredientes: solução ade- quada, produtos de qualidade e mão de obra especializada. impermeabilização 62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 66 67 EMULSÃO ACRÍLICA Por ser líquida, é flexível e pode ser moldada facilmente no local. A aplica- ção é recomendada para lajes de cober- tura sem qualquer circulação de pessoas. EMULSÃO ASFÁLTICA É um produto para a moldagem da membrana no local. A principal caracte- rística é a flexibilidade obtida com a apli- cação de sucessivas demãos e com a incorporação de um estruturante cen- tral. O uso é indicado para a proteção de banheiros, áreas externas – como ter- raços e varandas – e em pequenas lajes. ARGAMASSA POLIMÉRICA É formada por pó e líquido, os quais misturados criam um revestimento imper- meável. O pó é formado por cimentos, agregados minerais inertes e aditivos. O líquido é composto por emulsões à base de polímeros acrílicos. Ela é classificada como industrializada e pode ser aplicada em reservatórios, tanques, piscinas, pisos, paredes e muros em contato com a terra e o subsolo. Também possui resistência à pressão hidrostática positiva e negativa. HIDRORREPELENTES Devem ser misturados ao cimento e à areia e são indicados para as regiões da construção com revestimentos de alvenaria. O resultado é uma combina- ção que impede a passagem da água. Evita eflorescências, manchas e escure- cimento de rejuntamento, não apre- senta brilho, não modifica a aparência das superfícies e também pode ser apli- cado em argamassa, superfícies de con- creto, tijolo aparente, telhas cerâmicas, entre outros. RESINAS TERMOPLÁSTICAS São impermeabilizantes bicompo- nentes formados por cimento modifica- do e polímero. Por serem flexíveis, são indicados para evitar umidade e infiltra- ção em estruturas elevadas ou suspen- sas, como piscinas, caixas d’água, saca- das, cisternas e muros de arrimo. HIDROFUGANTES São misturados na massa de cimen- to e areia e aplicados diretamente sobre assuperfícies minerais como reboco, tor- nando-se repelentes à água. Eles são indicados para concreto e tijolo apa- rente, telhas, fachadas de pedra e blo- cos cerâmicos. 62-67 impermeabilização.qxp___Construir 2009 30/04/18 18:03 Página 67 estrutura 68 BASE SÓLIDA MEDIANTE PLANEJAMENTO E ESCOLHA CORRETA, OS DIFERENTES TIPOS DE FUNDAÇÕES SUSTENTAM O PESO DAS CONSTRUÇÕES Por ficarem abaixo do solo, muitas pessoas não dão a devida importância às fundações. Mas sem dúvida, para garantir a solidez e o sucesso da obra, é fundamental ter atenção ao escolher dentre os distintos tipos de fundações e suas execuções, pois são elas que sus- tentarão toda a construção e impedirão que haja deslocamentos nas estruturas que causariam danos nos demais ele- mentos construtivos. Caso sejam escolhidos tipos de fun- dações não recomendados, a obra pode- rá ficar comprometida, ocasionando a necessidade de reforços estruturais, super- dimensionamento com o consumo exces- sivo e desnecessário de materiais, ou até mesmo cair. DEFINIÇÃO DA FUNDAÇÃO A sondagem ainda é a maneira mais garantida para escolher. A partir do momento em que são conhecidos os solos existentes no terreno, o projetista de estrutura determinará a mais indica- da para o projeto, dimensionando a bito- la do aço, a resistência do concreto e as respectivas profundidades. As estacas dire- tas, o radier (ou laje de sustentação) e as estacas escavadas são as mais utilizadas em obras residenciais. CONCRETAGEM Para garantir mais qualidade para a etapa, recomenda-se adquirir o concre- to usinado. Durante o trabalho, é preciso vibrá-lo para que preencha todos os can- tos de forma coesa. Esse fator evitará as famosas 'bicheiras', que ocasionam pro- blemas como infiltração de água ou fer- rugem das armações de aço. Outro ponto importante é verificar nos projetos de instalações hidráulicas e elé- tricas os pontos em que os tubos ficarão embutidos na estrutura. Por isso, as pre- senças do engenheiro responsável e do empreiteiro no dia da execução das fun- dações é obrigatória. 68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:19 Página 68 69 FUNDAÇÃO RASA OU DIRETA São recomendadas para terrenos com solo firme e de boa resistência. A execu- ção é mais simples que as indiretas e o cus- to é menor. Elas nunca devem ser cons- truídas em lotes com aterros, solo não compactado, argila mole ou areia fofa. São classificadas como diretas as sapatas cor- ridas, isoladas e o radier. A superestrutu- ra é ligada à fundação por pilares e se caracteriza pela transmissão de carga da estrutura ao solo por meio das pressões distribuídas pela base. As sapatas são interligadas por vigas baldrames, que servem de apoio para a execução de toda a alvenaria. Com isso, elas absorvem o peso da viga bal- drame, concentram no bloco da sapa- ta e distribuem para o solo. O radier, indicado para terrenos que suportam pouco peso, tem carga distribuída em uma área maior. Sapata corrida armada É a mais utilizada, pois é recomendada para projetos com vãos pequenos e pou- cos pavimentos. As cargas são distribuídas ao longo das paredes. A construção é fei- ta com uma camada de concreto magro – com espessura de cerca de 10 cm, para nivelá-la no terreno. A face superior deve- rá estar reta, para que possa receber o ali- cerce e a parede. Para a execução, é pre- ciso cravar piquetes de nivelamento uni- formes e lançar o concreto até que as cabeças estejam cobertas. Sapata corrida simples É indicada para construções térreas ou com cargas relativamente baixas. É um alicerce feito de alvenaria de tijolos maci- ços, nos quais são criadas valas com até 1 m de profundidade. Para sua constru- ção ser um sucesso, é importante que seja aplicada uma camada de concreto magro com até 5 cm de espessura. A solução indicada impede o contato dire- to da alvenaria com o solo. Sapata isolada Também é opção para transmitir as cargas concentradas dos pilares. O dimensionamento e profundidade são feitos de acordo com a carga transmiti- da ao solo. A construção da base é seme- lhante a das sapatas corridas e também é interligada por vigas baldrames. Radier É frequentemente escolhido para obras no litoral, pois equilibra todo o peso sobre a areia. Também é conhecido como laje de sustentação e costuma ser mais caro se comparado aos demais tipos de fundações diretas, portanto, deve ser uti- lizado apenas quando as outras opções não são viáveis. RADIER SAPATAS FUNDAÇÃO RASA OU DIRETA FUNDAÇÃO PROFUNDA OU INDIRETA 68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:22 Página 69 70 estrutura FUNDAÇÕES INDIRETAS OU PROFUNDAS São especificadas quando o terreno possui solo pouco resistente ou com água próxima da superfície. As estacas de con- creto como as brocas, a escavada e a strauss são as mais usadas em obras resi- denciais. Porém, é preciso estar atento à movimentação e resistência à água. Estacas de madeira São usadas em casos específicos, como construções em locais com mangue. O custo é acessível, porém a vida útil não ultrapassa dez anos em razão do conta- to com a água. O eucalipto é a madeira mais usada e as cargas suportadas variam de acordo com o diâmetro da peça. Estacas de aço São recomendadas para residências apenas quando encontrado solo muito mole e também são ideais para apoiar os pilares de divisas. Fabricadas com aço laminado em forma de 'H', podem atingir qualquer profundidade e têm fácil manu- seio. Mas nunca devem ser usadas em locais sujeitos ao contato com a água. Estacas de concreto Podem ser pré-moldadas ou feitas in loco. Confira os tipos existentes: Centrifugada: resiste a cargas entre 25 e 30 toneladas. Leva esse nome pois é fabricada pelo método de centrifuga- ção em alta velocidade. Conta com armado longitudinal de aço especial de alta resistência. Vibrada: é feita com armadura lon- gitudinal de aço, na qual é utilizada vibra- ção com aparelho manual e, por isso, não forma ‘bicheiras’. Suporta de 20 a 40 toneladas. SAPATAS FUNDAÇÃO INDIRETA OU PROFUNDA 68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:22 Página 70 71 MURO DE ARRIMO CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA Protendida: apresenta aço especial de alta resistência, possui cantos vivos e tem formato quadrado. Pode aguentar cargas entre 16 e 30 toneladas. Feitas na própra obra (in loco) Brocas: são estacas perfuradas ma- nualmente com uma ferramenta conhe- cida como trado. Além disso, é mais bara- ta que as demais estacas e atinge pro- fundidade máxima de 4 m. Suporta até oito toneladas. Escavada: conhecida também como perfurada ou rotativa. Para a execução é utilizada uma máquina perfuratriz com uma ponta tipo saca-rolha. Por se tratar de escavação mecânica, atinge profun- didade de até 12 m e possui alta capaci- dade de carga, podendo chegar a 60 toneladas. Não é executada com arma- duras e apresenta pontas de ferro nas extremidades, para ancoragem nos blo- cos de fundação. Strauss: é indicada para terrenos encharcados e é a estaca de concreto que tem o custo mais elevado. Pode atin- gir qualquer profundidade e é usada quando não é possível utilizar a pré-mol- dada. Ao ser perfurada, é colocada uma espécie de “camisa”, que ficará no local até a cura completa de todo o concreto. Franki: esta estaca se difere por pos- suir em sua ponta um bulbo de concre- to. Uma das grandes vantagens é que ela pode ser construída em diferentes tipos de solo, com presença ou não de água, o que faz dela um dos tipos mais flexíveis. Entretanto, seu uso em locais próximos a edificações existentes deve ser avaliado criteriosamente, visto que a execução da estaca gera muita vibração do solo, o que pode comprometer as estruturas vizinhas. Tubulão a céu aberto: pouco utili- zada em residências, salvo algumas exce- ções. São executados manualmente e com riscos consideráveis aos funcionários. Quando a profundidade é atingida, a base do tubulão é alargada para aumen- tar a área. Por isso, deve ser concretado. A armadura é similar à das estacas perfu- radas, para ancorá-lo no bloco de fun- dação ou na vigabaldrame. Raiz: é uma estaca de pequeno diâ- metro cuja perfuração é realizada por rotação ou roto percussão, em direção vertical ou inclinada. Essa perfuração se processa com um tubo de revestimento e o material escavado é eliminado conti- nuamente, por uma corrente fluida (água, lama ou ar) que introduzida atra- vés do tubo refluí pelo espaço entre o tubo e o terreno. EXECUÇÃO ESTACAS ESCAVADAS Para a construção, é preciso usar uma máquina perfuratriz para a escavação ser mais rápida. Ela possui ponta tipo saca-rolha que faz a perfuração e é responsável pela retirada da terra. As principais etapas são: • Piquetes marcam os locais a serem escavados; • Furos são feitos com a máquina perfuratriz; • Checagem do buraco, antes da concretagem, para a constata- ção da profundidade especificada no projeto estrutural; • Concretagem, sendo necessária a colocação de aço para a an- coragem nos blocos de fundação. Prefira o concreto usinado, pois proporciona maior qualidade. 68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:22 Página 71 MURO DE ARRIMO CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA 72 estrutura EM ENCOSTAS OU PRÓXIMO AOS RIOS Quando o terreno está localizado em regiões montanhosas e próximo de rios, é preciso redobrar a atenção. Segundo especialistas e autoridades, não são ape- nas as chuvas fortes e os rios que causam alagamentos, inundações e enchentes – os grandes vilões das tragédias. As cons- truções em áreas irregulares, também conhecidas como locais de riscos, caso de encostas ou taludes de morros e pro- ximidades das margens de rios, são as que vitimizam grande número de pessoas. Por isso, antes de construir qualquer edificação residencial ou comercial é fun- damental aprovar o projeto na prefeitu- ra e, quando estiver em área de preser- vação ambiental, ter a autorização de órgãos ambientais como o Ibama, que possui legislação específica para deter- minar a porcentagem do terreno que pode ser construída, autoriza ou não a poda e corte de árvores nativas e infor- ma se poderá ou não ter movimentação de terra no terreno. Além disso, existem legislações esta- duais e federais que estabelecem a dis- tância entre as construções e os rios, ria- chos, córregos e nascentes, variáveis de acordo com as características de cada um. Nas regiões próximas de rios também é preciso estudar todas as características como relevo, formação geomorfológica, tipo de solo e declive, pois até mesmo as casas construídas a uma distância segura do leito maior dos rios podem apresen- tar problemas de rachaduras e desmo- ronamentos em razão do solo úmido e muitas vezes pouco resistente. Ao planejar a futura moradia, o arqui- teto deve buscar soluções para as con- dições do local, ou seja, executar a edi- ficação de forma que em caso de fortes chuvas os problemas sejam amenizados. Moradia com segurança Construir a residência a uma distância segura do leito maior dos rios e evitar a implantação perto da borda ou no pé da montanha são primordiais. Na parte supe- rior, deve-se construir a pelo menos 5 m de distância da borda, enquanto na base a distância deve ser de no mínimo 10 m. Em regiões no pé dos morros, a maior preocupação é com os detalhes técnicos de muros de arrimo e dos diferentes tipos de fundações. A casa também precisa ser implantada de forma que não haja movi- mentações de terra nem corte da vegeta- ção existente, a fim de evitar qualquer impacto possível no meio ambiente. Em áreas próximas de rios, como há maior umida- de do solo deve haver cuidado com a impermeabilização das fundações. Em ambos os casos, a indicação são cons- truções suspensas com pilotis. Quando há a necessidade de muros de arrimo, é fun- damental prever o escoamento da água para que ele não ceda. Nas áreas próximas de rios, onde os problemas com enchentes são maiores, deve-se prever a colocação de pisos dre- nantes nas calçadas e em garagens situa- das no térreo, pois quanto mais pisos impermeabilizados houver, maior o risco de enchentes e alagamentos. Em regiões de encostas, deve-se evitar o plantio de bananeiras que favorecem o acúmulo de água no solo e podem causar desliza- mentos de terra. DÁ PARA EVITAR? A educação ambiental é o passo ini- cial para evitar grandes tragédias. O Ser- viço Geológico do Brasil, por exemplo, busca por meio de cartilhas e palestras com a comunidade conscientizar as pes- soas para evitar construções em áreas de risco e o descarte de lixo nos córregos, rios e nas ruas. Também deve ser implantado o Siste- ma Nacional de Alerta, que juntamente com os serviços meteorológicos, as pre- feituras e a Defesa Civil das cidades, tem a missão de estar alerta para eventuais casos de emergência. Assim, antes de grandes chuvas, as pessoas que moram em áreas com risco de tragédias são avi- sadas, em tempo hábil, para deixar o local. Esse sistema é importante para evitar gran- de número de acidentes. Porém, não eli- mina danos materiais provocados pelo evento, como chuvas fortes, alagamentos e deslizamentos de terra. 68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:23 Página 72 73 MURO DE ARRIMO É ideal para lotes em encostas, com aterros ou grande inclinação quando é preciso fazer a contenção de terra para escorar os taludes. Porém, vários fatores devem ser analisados antes da constru- ção do muro de arrimo. “A etapa é uma das mais complicadas da obra, pois requer cálculo estrutural bem planejado e soluções para a corre- ta drenagem da água”, explica o enge- nheiro civil Rogério Coradini, da Araucá- ria Comércio e Serviços. O engenheiro civil Alberto Chierighi- ni Filho, de Itu, SP, explica que são usa- dos nas divisas dos lotes quando a inten- ção é aproveitar ao máximo suas exten- sões. Nestes casos, são construídos no limite do terreno a fim de deixá-lo plano. “O muro de arrimo deve conter a carga CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA Nesses locais deve haver cuidado com a implantação. A casa precisa ficar a pelo menos 5 m da borda e a 10 m de distância da base Tem a função de desviar a água das chuvas SOLO CORRENTES CALHA PILAR SAPATA ESTACA CONECTOR METÁLICO CONDUTORES de terra encostada nele sem tombar, ou seja, suportar toda a pressão e o peso proveniente da terra”, completa Chie- righini Filho. Modelos Podem ser de gravidade, alvenaria de pedra, concreto ciclópico, gabião, sacos de solo-cimento e flexão, entre outros. Em obras residenciais os mais usados são os de concreto armado. Neste caso, são feitas as fundações e vigas baldrames e a alvenaria é erguida em conjunto com as vigas e os pilares de concreto armado. Todos devem ser cons- truídos por profissionais especializados, já que o componente envolve a drena- gem e a impermeabilização. Drenagem e impermeabilização São tão importantes quanto o projeto estrutural. É preciso instalar tubulação hidráulica junto à base do muro para que a água não fique parada atrás dele, sen- do que deve ser colocada manta bidin ao redor dos tubos. É preciso, ainda, fazer o escoamento superficial de água e colocar drenos inter- nos, já que um muro mal projetado e sem sistema de drenagem é perigoso e pode causar prejuízos enormes. Quanto à impermeabilização, as solu- ções devem ser analisadas individual- mente. Se a etapa não for realizada, pode comprometer toda a estrutura que entrará em colapso, visto que a água removerá partículas dos materiais que formam o muro e logo a estrutura per- de a resistência e os prejuízos, dependendo do porte da obra, são incalculáveis. O projeto de imper- meabilização definirá os produtos mais indicados para cada caso específico. Vale lembrar que a apli- cação deve ser feita sem- pre seguindo as orientações técnicas das embalagens. PERFIL DO TERRENO DUTO DE GOTEJAMENTO CAMADA FILTRANTE (BRITA) PILAR DE CONCRETO ARMADO BASE DO MURO TUBO DE DRENAGEM 68-73 fundação.qxp___Construir 2009 02/05/18 14:23 Página 73 74 estrutura 74 Qual estrutura escolher? A escolha certa do sistema construtivo garante a racionali- zação da obra e a durabilidade do futuro imóvel. A estrutura de concreto armado, a alvenariaestrutural, o steel frame, o sistema monolítico autoportante e a estrutura metálica são os mais utilizados. O método construtivo deve ser definido durante a criação do projeto arquitetônico da casa para elaborar o projeto estru- tural de acordo com as características e vantagens do siste- ma escolhido. Além disso, evitam-se imprevistos, improvisos no decorrer da obra e novas adaptações do projeto, que podem resultar em um aumento significativo do custo da construção. Cada método construtivo também necessita de mão de obra especializada. CONCRETO ARMADO É formada por pilares, vigas e lajes de concreto, sendo que os vãos são preenchidos com tijolos de barro, blocos cerâmi- cos ou de concreto para vedação. Neste caso, o peso da cons- trução é distribuído nos pilares, vigas, lajes e fundações e, por isso, as paredes são conhecidas como “não-portantes”, ou seja, não possuem funções estruturais. Segundo o arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris, com escritórios em Americana e Campinas, ambas no interior paulista, esse é CONFIRA O MELHOR MÉTODO CONSTRUTIVO PARA SUA CONSTRUÇÃO o sistema construtivo mais resistente às características de nos- so País, como diferenças de solo, clima e troca de tempera- tura. “Porém, se a estrutura ficar aparente, sem reboco ou revestimento, deve ser impermeabilizada, pois o concreto absorve a água”, aconselha Kílaris. Não existe restrição para o número de pavimentos, limites para futuras reformas e esqua- drias sob medida podem ser especificadas. A construção costuma ser mais cara quando comparada à alvenaria estrutural por exigir “rasgos” nas paredes para a ins- talação de tubulações de elétrica (conduítes) que são coloca- das no momento da concretagem da laje. 74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 74 75 ALVENARIA ESTRUTURAL Obra racionalizada, organizada, bem definida, sem desperdício de material e mão de obra são algumas das vantagens. As paredes portantes funcionam como vedação e estrutura e resistem às cargas verticais e horizontais. Para a confecção, são utilizados blocos cerâmicos ou de concreto estrutural. Entre os fatores que garantem eco- nomia estão a simplificação de técnicas construtivas, que gera rapidez na execu- ção e a redução de custos com formas, escoramentos e aço, além do tempo necessário para desforma. “Com a uni- formidade dimensional dos blocos, dis- pensa reboques de regularização e enri- jecimento das paredes”, ressalta o arqui- teto paulistano Beni Skitnevsky. Outro ponto forte é que o sistema resulta em melhor conforto termoacústi- co. “Além disso, as cargas estruturais são todas distribuídas nas sapatas corridas, evitando assim a construção de estacas profundas que encarecem a etapa de fundação”, diz Skitnevsky. Blocos cerâmicos ou de concreto estruturais? A escolha e as dimensões devem ser feitas durante a criação do projeto arqui- tetônico. Para os blocos cerâmicos, o pro- jeto e a construção precisam seguir a nor- ma da ABNT 15.812 – Cálculo de Alve- naria Estrutural Com Blocos Cerâmicos. Blocos de concreto estruturais Têm menor consumo de argamassa, permitem aplicar gesso e azulejos direta- mente sobre o bloco, têm menor índice de propagação de incêndio e garantem uniformidade de textura. Também pos- suem dimensões precisas e melhor efi- ciência bloco x parede, que possibilita a construção de prédios mais altos. Blocos cerâmicos estruturais Possuem baixo índice de absorção ini- cial, menor quantidade de juntas de movi- mentação e maior conforto termoacústico. Garantem também diminuição de carga na fundação e maior rendimento da mão de obra em razão do peso. Número de pavimentos Já se constroem edifícios com blocos cerâmicos estruturais de até 16 pavi- mentos, já que alguns modelos possuem resistência à compressão de até 25 MPa. Prédios mais altos também poderiam ser construídos com a tecnologia, mas são economicamente inviáveis. No caso dos de concreto estrutural, os blocos de 14 cm podem ser ergui- dos até 22 andares, enquanto com os de 19 cm são permitidas construções de até 30 pavimentos. Em caso de reformas Como as paredes são estruturais, futuras reformas devem ser previstas no projeto, caso contrário, será necessário um estudo para cada situação específi- ca e, em algumas ocasiões, não serão permitidas alterações. TABELA COMPARATIVA Características Alvenaria Estrutural Concreto Armado Tipo de parede Portantes Não-portantes Elementos de sustentação Nenhum Pilares, vigas e lajes Tempo para execução Menor Maior Tijolos comuns de barro, Materiais necessários Blocos de concreto estruturais blocos cerâmicos ou de ou cerâmicos estruturais concreto para vedação, formas de madeira e concreto Instalações hidráulicas Tubulações feitas Com rasgos na parede e elétricas internamente Reformas futuras Há restrições Sem restrições Terreno Sem exigências Sem exigências Fundações Similares Similares Esquadrias Medida padrão Não há exigências 74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 75 76 SISTEMA MONOLÍTICO AUTOPORTANTE É composto por painéis de EPS (Polies- tireno Expandido), também conhecido como isopor, que são fechados por telas metálicas e argamassa, tornando as pare- des estruturais. Assim, dispensa o uso de vigas e pilares. Testes de compressão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) certificaram que 1 m pode resistir até 40 toneladas. De acordo com a engenheira e sócia da LCP Engenharia & Construções, Lour- des Cristina Printes, é possível montar uma casa de 100 m2 em 180 dias. “A rapidez da obra é devido às paredes autoportantes”, diz. A obra começa com a construção da base de concreto sobre o terreno nive- lado. Em geral, são utilizadas lajes de sus- pensão chamadas de radier, o que reduz até 30% dos custos, em comparação aos sistemas de fundação. Em seguida, são instaladas as partes elétricas e hidráuli- cas e feita a montagem das paredes fixa- das com esferas de ferro. Ao final, os pai- néis são grampeados e cobertos com argamassa CP3, que polui menos o ambiente. “Essa tecnologia é chamada de argamassa armada. Por formar um bloco monolítico de painéis estruturais não sujeitos à movimentação do solo, evita o aparecimento de trincas e fissu- ras e, se aplicadas molas entre os blocos de EPS, torna-se resistente a terremotos”, explica Lourdes. Além disso, o isopor é considerado uma alternativa sustentável – é 100% reciclável -, rápida, limpa e econômica, sem contar que garante o conforto tér- mico da residência. estrutura STEEL FRAME Economiza com a fundação e reduz o tempo de obra. É ainda ecologica- mente correto, pois é produzido com materiais certificados que podem ser reci- clados. Por ser um sistema resistente à corrosão, não propaga fogo e pode suportar cargas de velocidade de vento de até 180 km/h, terremotos e descar- gas atmosféricas. “O peso de uma residência em steel frame pode ser até 70% menor que o de uma tradicional, pois esse tipo de estrutura metálica é leve, o que favore- ce as fundações e até viabiliza constru- ções em terrenos de baixíssima capaci- dade de cargas”, ressalta Carolina Fon- seca, gerente executiva do Centro Brasi- leiro da Construção em Aço (CBCA). De acordo com Heloisa Pomaro, arqui- teta e proprietária da Construtora Micu- ra Steel Frame, depois de prontos, os projetos executivos de arquitetura e de engenharia são executadas as funda- ções. Um sobrado de 250 m2 pode ser construído em 120 dias. 74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 76 77 Mais vantagens Oferece excelente desempenho ter- moacústico, ausência de fissuras e manu- tenção econômica. “Ainda apresenta total versatilidade arquitetônica e per- mite construções de até cinco andares”, afirma Heloisa. De acordo com Carolina, o sistema construtivo utilizando o steel frame garante a racionalização de materiais, diminui o contingente de mão de obra, que é treinada e capacitada para a exe- cução do trabalho, e oferece maior dura- bilidade e garantia. Assim como nos demaismétodos construtivos, eles são determinados por meio do estudo do solo. “Por ser uma estrutura leve, o radier é uma das mais usadas e possibilita uma economia de até 30% na etapa”, afirma a profissonal da Construtora Micura. Depois de feito o contrapiso, os perfis de aço galvanizado chegam prontos no canteiro de obras. As instalações passam pela parte interna dos perfis. “Para a hidráulica, indico a utilização do Sistema Pex, por ser flexível e ter fácil colocação e manutenção”, diz Heloisa. As paredes internas possuem fecha- mento em drywall, enquanto as exter- nas em placas cimentícias ou em chapas de OSB. “Para garantir maior durabili- dade da obra, é recomendado instalar um sistema de proteção (tipo membra- na homewrap) que vai atuar como bar- reira contra intempéries, reduzindo a infil- tração de ar externo, aumentando a efi- ciência do isolamento térmico e assegu- rando a estanqueidade das paredes, per- fis e isolamentos internos contra a infil- tração de água”, explica a gerente exe- cutiva do CBCA. ESTRUTURA METÁLICA Oferece rapidez de construção e eco- nomia de material e mão de obra. Tam- bém é possível utilizar a estrutura para vencer grandes vãos. Por ser um processo totalmente industrializado, minimiza o desperdício e garante precisão geomé- trica e agilidade na montagem. Conse- quentemente, reduz custos e permite retorno mais rápido do investimento. Na busca permanente de práticas mais sustentáveis nos processos produ- tivos, é fundamental destacar sobre uma característica importante do aço: é 100% reciclável. Essa capacidade de retorno permanente à cadeia produtiva como matéria-prima, sem perder a qualidade, faz dele um dos materiais mais recicla- dos do mundo. Outro benefício das construções que o utilizam é o menor impacto sobre o meio ambiente, com redução do uso de energia, do consumo de matérias-primas e da geração de detritos. Os impactos no canteiro de obras em termos de resí- duos, emissão de poeira, tráfego e ruí- dos sonoros também são menores. Com isso, há uma melhor organização do can- teiro e a redução de desperdício de mate- riais. “Uma casa de 200 m2 com estrutu- ra em aço gera apenas um 1 m3 de resí- duos recicláveis durante a construção”, exemplifica Carolina. A estrutura em aço mostra-se espe- cialmente indicada nos casos onde há necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação de edifícios, melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil. “A cultura da industrialização na cons- trução é uma tendência em todos os seg- mentos. O mercado busca soluções que gerem maior produtividade”, finaliza a gerente executiva do CBCA. 74-77 métodos construtivos.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:27 Página 77 estrutura Paredes caprichadas PARA GARANTIR A SEGURANÇA DA CASA E O CONFORTO DA FAMÍLIA, É FUNDAMENTAL EXECUTÁ-LAS COM PERFEIÇÃO Uma “casa sem paredes, nem nada” existe apenas nas cantigas de infância. Na vida real, elas têm funções indispen- sáveis: dividem ambientes, garantem a vedação e asseguram o conforto termo- acústico. Porém, para executá-las é pre- ciso muita atenção! O primeiro passo é contratar mão de obra especializada. Além disso, todos os envolvidos nessa tarefa devem ter experiência para desen- volver o trabalho com perfeição. A segunda etapa também é funda- mental para o sucesso da obra. Antes mesmo de começar a dar vida à cons- trução, é o momento de tomar uma deci- são pra lá de importante: decidir se as paredes serão estruturais ou de vedação. A escolha deve ser feita ainda na fase de projeto para evitar gastos desnecessários e problemas no futuro. Não decidiu ain- da? Então, saiba que os dois tipos apre- BLOCO CERÂMICO 78-80 paredes.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:11 Página 78 79 sentam características distintas e funçõesespecíficas. As de vedação são feitas comblocos de concreto ou cerâmicos, placas cimentícias e drywall (esse último é indi- cado apenas para paredes internas). Os tijolos de barro também podem ser usa- dos na alvenaria de vedação. Quando o assunto é alvenaria estru- tural, o mais indicado é o uso de blocos de concreto ou cerâmicos estruturais, além do tijolo solo cimento. Esse méto- do é indicado para paredes que supor- tarão as cargas da residência (telhados, lajes e peso). Elas irão compor a estrutu- ra da edificação. É simples identificar com qual dos dois métodos as paredes foram erguidas. A estrutural faz as vezes de estrutura e veda- ção da edificação. Com esse método, as paredes recebem e distribuem de forma homogênea toda a carga da obra, além do isolamento termoacústico. A de veda- ção recebe apenas o seu próprio peso. No entanto, o assentamento é parecido nos dois casos, porém há uma diferen- ça: na estrutural há o preenchimento de colunas e vigas com graute e ferragens, bem como os elementos das instalações elétricas e hidráulicas, que ficam embu- tidas nas paredes. Para evitar problemas futuros nas pare- des, e isso vale para os dois métodos, a dica é garantir prumos, alinhamento e nivelamento das paredes, preenchimen- to de juntas, ficar de olho nas condições de armazenamento e tempo de uso das argamassas e demais procedimentos de boas práticas construtivas. Consulte a Associação Brasileiras de Normas Técni- cas (ABNT) para garantir que a constru- ção aconteça de acordo com as regras. Ficou com dúvida? Não se desespere, pois fomos atrás de tudo o que você deve saber sobre as futuras paredes da sua casa. Vale a pena conferir! IMPORTANTE! A boa execução depende da análise do projeto construtivo, que antecipa os tipos de laje, os blocos de alvenaria, os traços das argamassas e todos os deta- lhes construtivos. Por isso, vale tomar a decisão com antecedência. Para evitar gastos desnecessários e problemas futu- ros, verifique se o engenheiro respon- sável pela obra tem acesso aos projetos de fundação, infraestrutura de blocos e baldrames, elétrica, hidráulica e de vedação. No caso da alvenaria estrutu- ral é importante verificar com atenção e rigor o alinhamento, o prumo e o nível das paredes. Com as plantas em mãos, é possível optar pelo ferramental adequado, além das peças básicas, uma boa obra deve ter régua de prumo e nível, escantilhões (tripé metálico que faz o alinhamento da parede), esquadros com precisão e dimensões acima de 60 cm, gabaritos para portas e janelas e masseiras metá- licas ou plásticas. Não esqueça de... Usar blocos cerâmicos com qualifica- ção de acordo com as normas da ABNT. ALVENARIA ESTRUTURAL 78-80 paredes.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:11 Página 79 80 Conforto termoacústico O barulho que vem de fora é impe- dido de entrar! Já dentro de casa, os ambientes são fresquinhos, perfeitos em qualquer estação. Que tal um lar assim? Se você gostou da ideia, é preciso adotar algumas soluções que garantem o con- forto termoacústico. Algumas delas podem ser usadas ainda no processo de construção das paredes. Lã de vidro Assegura o isolamento termoacústico e pode ser usada em todos os sistemas de vedação. O material apresenta diver- sas qualidades: é versátil, leve, tem cus- to acessível e pode ser usado em todos os ambientes. Lã de rocha É durável, apresenta custo acessível e é resiste à água. Pode ser aplicada entre as paredes e assegura alta absor- ção acústica. EPS É o famoso isopor! Pode ser usado em paredes e forros e garante ambientes fresquinhos e sem qualquer barulho. Vermiculita O material é aplicado junto ao reboco e possui baixa condutividade e densida- de termoacústica. Argila expandida Tem boa resistência mecânica e deve ser misturada à argamassa de cimento usada no momento de erguer a parede. Vergas e contraverga Vergas e contravergas ficam nas aber- turas que receberão portas e janelas. Se você optar por alvenaria estrutural, as vergas irão suportar as cargas das lajes, das vigas e de todo o peso da alvenaria. Isso evita que o peso da obra se apoie em portas e janelas. Se isso acontecer, elas quebrarão ou ficarão deformadas. No caso da alvenaria de vedação, as ver- gas suportam o peso dos blocosque ficam nas fiadas. As contravergas são as responsáveis por evitar fissuras e possí- veis aberturas na alvenaria. BOAS ALTERNATIVAS As placas cimentícias e as feitas com drywall garantem agilidade e rapidez durante a construção das paredes. O melhor é que não necessitam de água para instalação. Por esse motivo, as obras desenvolvidas com esses materiais são conhecidas como secas. Placas cimentícias O método é mais leve em compara- ção ao tradicional e pode gerar econo- mia desde as fundações. O material ofe- rece facilidade de montagem, de manu- seio e transporte devido à leveza dos ele- mentos. A vantagem é a redução do uso de recursos naturais e do desperdício. Porém, é preciso contratar mão de obra especializada. Pode ser usada em pare- des internas e externas, sendo indis- pensáveis em áreas sujeitas a intempé- ries como fachadas, platibandas e forros de beirais. As placas são produzidas em camada única de concreto leve e refor- çado nas faces por telas especiais, que permitem o manuseio e parafusamento seguro. Aceitam diversos tipos de reves- timentos compatíveis com alvenaria, pin- turas e porcelanatos. Drywal É usado apenas em paredes internas. Entre as vantagens está a leveza e o aproveitamento do espaço. Há a redu- ção de peso descarregado na estrutura do edifício, ganho de área útil em fun- ção de uma menor espessura das pare- des, facilidade de mudança de layout, mínimo desperdício de materiais, manu- tenção simples e melhor desempenho acústico. As paredes devem ser execu- tadas de acordo com as normas da ABNT. Também é fundamental usar mate- riais em conformidade com o PQS (Pro- grama Setorial de Qualidade de Drywall) e optar por mão de obra especializada. TIJOLOS DE BARRO BLOCOS DE CONCRETO 78-80 paredes.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:11 Página 80 PROCURANDO INSPIRAÇÃO? CONSTRUIR www.casadois.com.br ISSN 1518-8272 Nº 205 R$ 15,99 € 7,00 Construção mista Em terreno íngreme, casa de estrutura metálica e madeira integra-se à paisagem em patamares Reformas descoladas Soluções reaproveitam materiais, instalações elétricas, estruturas e muito mais Interruptores e tomadas Modelos apostam em design, sofisticação e funcionalidade Sob medida Projetos apresentam marcenaria personalizada para ganhar espaços Uma demão e pronto! Tintas para paredes internas e externas dispensam segunda aplicação e secam em até 4 horas Gramado impecável Irrigação automatizada e poda são peças-chave Fonte de diversão Escolha sua cascata e decore o lazer 6 projetos de 57 a 1.255 m² CHARMOSOS E COM MUITO ESTILO 10 lavabos de 1,52 a 4,85 m² para se inspirar www.casadois.com.br PARA ADQUIRIR EDIÇÕES ANTERIORES E CONHECER OUTROS TÍTULOS, LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE 200 201 202 203 204 205 1 78-80 paredes.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:11 Página 81 82 CONtatOs EMPRESAS ArcelorMittal 0800-0151221 www.lojaarcelormittal.com.br Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) São Paulo/SP (11) 3760-5300 www.abcp.org.br Associação Brasileira de Serviços de Concretagem (Abesc) São Paulo/SP (11) 3709-3466 www.abesc.org.br Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto (Bloco Brasil) São Paulo/SP (11) 3768-6917 www.blocobrasil.com.br Associação Nacional da Indústria da Cerâmica (Anicer) Rio de Janeiro/RJ (21) 2524-0128 Www.anicer.com.br Astra 0800-165051 www.astra-sa.com.br Caixa Econômica Federal www.caixa.gov.br Centro Brasileiro de Construção em Aço Rio de Janeiro/RJ (21) 3445-6332 www.cbca-acobrasil.org.br Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil 0800-8830113 www.caubr.gov.br Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) www.confea.org.br Construtora Micura Steel Frame Mogi das Cruzes/SP (11) 4727-6857 www.casamicura.com Instituto Brasil Acessível São Paulo/SP (11) 5044-1054 www.brasilacessivel.org.br Instituto de Pesquisas Tecnológicas São Paulo/SP (11) 3767-4456 www.ipt.br Montana Química São Paulo/SP (11) 3201-0200 www.montana.com.br Porto Seguro 0800-7272743 www.portoseguro.com.br WDB Westaflex do Brasil Contenda/PR (41) 3031-3433 www.wdbnet.com.br ESCRITÓRIOS E PROFISSIONAIS Alberto Chierighini Filho Engenheiro civil Itu/SP (11) 4023-6177 Alexandre Galhego Paisagismo Campinas/SP (19) 3294-9836 www.alexandregalhego.com.br André Eisenlohr Arquiteto São Paulo/SP (11) 3876-7651 www.andreeisenlohr.blogspot.com Aquíles Nícolas Kílaris Arquiteto Americana/SP (19) 3462-3674 Campinas/SP (19) 3406-7173 Beni Skitnevsky Arquiteto São Paulo/SP (11) 3637-8830 www.beni.arq.br Crl Packer Engenharia São Paulo/SP (11) 2532-4442 Flávio Castro Arquiteto São Paulo/SP (11) 3257-4514 www.flaviocastro.com.br Lami Buccolo Buccolo Projetos e Soluções São Paulo/SP (11) 99118-5999 www.buccolo.com.br Leonardo de Magalhães Pinto Designer de interiores Rio de Janeiro/RJ (21) 2432-0610 www.leonardomagalhaes.com Marcela Lamonato e Tiago Caligiuri Santos/SP (13) 3289-1665 www.calamoarquitetura.com Mauricio Moser Arquitetura & Construção São Paulo/SP (11) 3926-5140 www.mauriciomoser.com.br Patrícia Aguiar Arquitetura e Interiores São Paulo/SP (11) 2337-0871 www.patriciaaguiar.com.br Paulo Alberghini Arquiteto São Paulo/SP (11) 99822-6857 pauloalberghini@bol.com.br Pupo + Gaspar Valinhos/SP (19) 3869-4145 www.pupogaspar.arq.br Ricardo Ciaco Arquiteto São João da Boa Vista/SP (19) 3623-6077 www.rciaco.com.br Rogério Makssur Ajub Arquiteto Pouso Alegre/MG (35) 99989-3391 Soraya Tessaro Arquitetura e Design Atibaia/SP (11) 4411 – 5150 www.sorayatessaro.com.br Vivian Cristina Guersoni Engenheira civil São Paulo/SP (11) 99866-0318 viguersoni@uol.com.br 78-80 paredes.qxp___Construir 2009 02/05/18 11:11 Página 82 NAS BANCAS DE TODO O BRASIL PARA ADQUIRIR EDIÇÕES ANTERIORES E CONHECER OUTROS TÍTULOS, LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR EDIÇÕES ESPECIAIS DA REVISTA CONSTRUIR ENCARE SUAS OBRAS SEM DÚVIDAS AnGuiasConstruir205x275.qxp_Layout 1 31/10/16 17:08 Página 1 PLANEjAmENTo TERRENo fINANcIAmENTo mão DE obRA DocUmENTAÇão PRojETo mATERIAIs PREPARATIvos INIcIAIs ImPERmEAbILIZAÇão EsTRUTURA Há 19 anos ajudando quem constrói e reforma nº1 nº2 nº3 Atualizado e revisado EsTRUTURA PAIsAGIsmo cobERTURA hIDRáULIcA EsQUADRIAs REvEsTImENTo ELéTRIcA EsTRUTURAs INTERNAs LoUÇAs E mETAIs IsoLAmENTo TERmoAcúsTIco PINTURA LAZER Evite os enganos e contratempos que só farão a sua obra ficar mais cara. NÃO PERCA ESTA COLEÇÃO! O ÚNICO MANUAL DA CONSTRUÇÃO em apenas 3 fascículos 4_capa.qxp___Construir 2009 05/07/18 13:53 Página 1