Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA DE DOENÇAS PARASITÁRIAS HELMINTOSES DE SUÍNOS Professora: Diane A. Lima Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima AGENTE ETIOLÓGICO: Macracanthorynchus hirudinaceus Filo: Acanthocephala Família: Oligacanthorhynchidae LOCALIZAÇÃO: duodeno dos hospedeiros definitivos. Responsável por processo inflamatório no ponto de fixação na parede do intestino delgado dos suínos. MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima MACRACANTORRINCOSE HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: larvas e adultos de besouros (coleópteros) coprófagos suínos, carnívoros, acidentalmente o homem. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Cosmopolita Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Tromba ou probóscida retrátil => revestida por espinhos ou acúleos MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Adultos => semelhantes ao Ascaris porém mais finos Fêmeas => 40 a 60 cm comprimento Machos => 10 cm MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Vermes de coloração branca, Largos e achatados, com pregas transversais na cutícula MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima CICLO BIOLÓGICO: Postura dos ovos Ovos são ingeridos por larvas de coleópteros coprófagos Larvas (acanthor) liberadas no ID do coleóptero Muda para L2 (acanthela) Muda para L3? (cistacantho) HD ingerem coleópteros contendo cistacantho Fêmeas fixadas na parede do ID MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima CICLO BIOLÓGICO: MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima MACRACANTORRINCOSE PATOGENIA: Produz inflamação no local de fixação da tromba na pared do ID Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima MACRACANTORRINCOSE PATOGENIA: Formação de granuloma no local de fixação da tromba (probóscida) Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima MACRACANTORRINCOSE PATOGENIA: Raramente => pentração da parede do ID => em perfuração e peritonite fatal Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima EPIDEMIOLOGIA: Infecção sazonal Depende da disponibilidade de HI => besouros coprófagos Ovos => viáveis por vários anos no ambiente Maior prevalência de infecção => suínos com 1 a 2 anos de idade. MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima SINAIS CLÍNICOS: Perda de apetite Perda de peso DIAGNÓSTICO: Identificação dos ovos do parasita pelo EPF Técnica de sedimentação Identificação do parasita adulto no ID do HD por ocasião da necropsia. MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRATAMENTO E CONTROLE: Tratamento com anti-helmínticos => ivermectina ou levamisol; Restringir o acesso dos suínos aos hospedeiros intermediários; Instalações adequadas => piso que facilite a remoção dos dejetos; Remoção regular das fezes; Controle difícil em criações extensivas. MACRACANTORRINCOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima AGENTE ETIOLÓGICO: Ascaris suum Filo: Nematoda Classe: Secernentea Superfamília: Ascaridoidea LOCALIZAÇÃO: : Intestino delgado DESCRIÇÃO: Maior nematódeo dos suínos Coloração creme clara Comprimento: • Fêmeas => até 40 cm • Macho => até 25 cm • Grande importância em med vet tanto estágios larvários quanto parasita adulto. ASCARIDIOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Ovos marrom-amarelados; Casca grossa e camada externa irregular; Contém larva => L2 infectante; Casca espessa => resistência à dessecação e ao congelamento Ovos viáveis por muitos anos no ambiente ASCARIDIOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Boca => pequena abertura com três lábios. ASCARIDIOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ASCARIDIOSE HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: suínos, javalis e catetos. Raramente bovinos, ovinos e humanos. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: cosmopolita Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima CICLO BIOLÓGICO: ASCARIDIOSE A. Ovos eliminados nas fezes. B. Ovos são muito resistentes às condições adversas do ambiente. C. Maturação dos ovos => L2 infectante. D. Suínos infectam-se através da ingestão de minhocas (HP) contendo o parasita. E. Ou através da ingestão dos ovos larvados. F. No ID ocorre eclosão dos ovos. Larvas migram até o ceco, atravessam a parede do intestino e alcançam o fígado. G. No fígado mudam para L3 => corrente sanguínea => coração => pulmões. H. Nos pulmões => cruzam alvéolos => são expectoradas e deglutidas. I. Através da deglutição vão parar no ID => mudas finais => adultos => nova postura. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima PATOGENIA: Relação direta com comportamento migratório e quantidade de larvas no ID. Larvas L2 => migração pelo fígado => hemorragias e fibrose características resultantes do processo inflamatório. Parênquima hepático => manchas esbranquiçados de até 1 cm => “mancha leitosa”. ASCARIDIOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima PATOGENIA: Migração de L3 pelo pulmão => hemorragias múltiplas => contaminação bacterina secundária => pneumonia Grande quantidade de parasitas adultos no ID => obstrução intestinal e perfuração mucosa intestinal. ASCARIDIOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima EPIDEMIOLOGIA: Ovos embrionados => alta viabilidade no ambiente (anos) Maior prevalência em suínos entre 3 e 6 meses de idade; Maior ocorrência em regiões de clima temperado => verão. Porcas e varrões => reservatórios de infecções discretas. Ocasionalmente podem infectar bovinos jovens e cordeiros => penumonia intersticial aguda e atípica => pastagens adubas com fezes de suínos. ASCARIDIOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ASCARIDIOSE SINAIS CLÍNICOS: Leitões até 4 meses => pneumonia verminótica; Tosse seca ou produtiva (contaminação bacteriana); Hipertermia; Queda no desempenho produtivo; Perda de peso; Prostração; Isolamento do grupo de leitões sadios. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ASCARIDIOSE DIAGNÓSTICO: Presuntivo: sinais clínicos, histórico de doença no lote; EPF => técnicas de flutuação Visualização de ovos característicos => redondos com casca grossa e “mamilados”, de coloração castanho- amarelada. Necropsia => vermes adultos facilmente identificados no ID. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ASCARIDIOSE TRATAMENTO: Vermes adultos no intestino => maior suscetibilidade aos anti-helmínticos em uso atualmente (benzimidazois). Administrados de anti-helmínticos na ração durante 10 dias. Em casos de pneumonia por Ascaris: => ivermecitnas ou levamisol injetáveis. Durante 3-4 dias pós-tratamento => remoção e destruição das fezes: => contêm grande número de ovos e parasitas expelidos. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ASCARIDIOSE PREVENÇÃO E CONTROLE: Suínos confinados => medidas higiênicas, limpeza e alimentação com qualidade => menor risco de infecção. Suínos semi-confinados => acesso a piquetes => problema grave => sobrevivência dos ovos no ambiente por anos. Tratamento anti-helmíntico das porcas e higienização antes de entrar na maternidade Leitões => tratar entre3 e 4 semanas de idade e após 8 semanas. Varrões => tratar a cada 3 -6 meses. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima AGENTE ETIOLÓGICO: Strongyloides ransomi Filo: Nematoda Classe: Secernentea Superfamília: Rhabditoidea LOCALIZAÇÃO: intestino delgado de animais jovens HOSPEDEIRO DEFINITIVO: suínos DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: cosmopolita ESTRONGILOIDOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Parasitas capilariformes 3,4 a 4,5 mm de comprimento Somente fêmeas são parasitas Ovos são ovoides e pequenos Possuem casca fina e contém larva L1 ESTRONGILOIDOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ESTRONGILOIDOSE CICLO BIOLÓGICO: Fase parasitária: apenas fêmeas. Produzem ovos larvados por partenogênese. Após sucessivas gerações de vida livre => L3 pode tornar-se infectante. Capacidade de atravessar a pele intacta do hospedeiro => capilares sanguíneos => circulação=> coração => pulmões. Larvas ingeridas => invadem mucosa oral e esofagiana => fogem do suco gástrico => alcançam corrente circulatória => coração e pulmões. Pode ocorrer infecção pré-natal e via colostro. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ESTRONGILOIDOSE PATOGENIA: Maior gravidade para leitões nas primeiras semanas de vida. Penetração ativa na pele => irritação eritematosa no local. Passagem pelo pulmões => pequenas hemorragias múltiplas => infecção bacterina secundária => pneumonia e hipertermia. Parasitas adultos em grande quantidade => inflamação => edema e erosão do epitélio do duodeno e jejuno => enterite catarral com diminuição na digestão dos alimentos e absorção de nutrientes. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ESTRONGILOIDOSE EPIDEMIOLOGIA: Larvas infectantes de Strongyloides não possuem bainhas e são suscetíveis a condições climáticas extremas. Calor e umidade favorecem desenvolvimento das larvas. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ESTRONGILOIDOSE EPIDEMIOLOGIA: Reprodutores adultos podem conter larvas latentes na gordura subcutânea. Mães => reservatórios de grande quantidade de larvas. Gestação e parição parecem reativar larvas => infecção de leitões via colostro => principal forma de infecção de leitões => em 7 dias já podem excretar ovos na fezes. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima ESTRONGILOIDOSE SINAIS CLÍNICOS: Diarreia; Anorexia; Apatia; Perda de peso; Piora da conversão alimentar. DIAGNÓSTICO: Histórico do lote EPF Animais jovens, primeiras semanas de vida. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRATAMENTO E CONTROLE: Uso de benzimidazois, ivermectinas e milbemicinas Tratar porcas 4 a 16 dias antes do parto => ivermectina em dose única => suprime excreção de larvas no leite das porcas. Prevenção: => Rigorosas medidas de higiene => Limpeza das baias antes do parto ESTRONGILOIDOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima AGENTE ETIOLÓGICO: TRICUROSE Trichuris suis Filo: Nematoda Classe: Secernentea Superfamília: Trichuroidea LOCALIZAÇÃO: intestino grosso => ceco HOSPEDEIRO DEFINITIVO: suínos DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: cosmopolita Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRICUROSE DESCRIÇÃO: “vermes chicote”=> cauda em formato de chicote. Adultos são esbranquiçados, 3 a 5 cm comprimento. Extremidade posterior ampla e espessa que se afina rapidamente. Extremidade anterior => longa e filamentosa => incrustada na mucosa intestinal. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRICUROSE DESCRIÇÃO: Parasitas hematófagos. Ovos bioperculados => formato de barril. Casca lisa e espessa. Conteúdo granular de coloração marrom. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRICUROSE CICLO BIOLÓGICO: Ovos eliminados nas fezes do hospedeiro geram larva infetante (L1) => muito resistente as condições do meio ambiente. Animais ingerem os ovos embrionados e se infectam. Após a digestão dos opérculos, a larva L1 é liberada e realiza todas as mudas na mucosa cecal até tornar-se adulta. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRICUROSE PATOGENIA: Infecções normalmente assintomáticas Infecções maciças => inflamação e hemorragias na mucosa cecal Colite hemorrágica => localização subepitelial do parasita e movimentação contínua da extremidade anterior a procura por sangue e líquidos. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRICUROSE EPIDEMIOLOGIA: Sobrevivência dos ovos por longos períodos => dificuldade de controle da infecção. SINAIS CLÍNICOS: Diarreia aquosa amarelada Presença de estrias de sangue Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRICUROSE DIAGNÓSTICO: EPF => Técnicas de flutuação; Identificação de ovos bi-operculados => característicos do agente. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima TRICUROSE TRATAMENTO E CONTROLE: Uso de benzimidazois ou de levamisol por via injetável. Maior eficácia contra vermes adultos. Doramectina administrada na alimentação. Limpeza e desinfecção das áreas contaminadas: agentes cáusticos (cal) calor seco (vassoura de fogo) Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima AGENTE ETIOLÓGICO: OESOFAGOSTOMOSE Oesophagostomum dentatum Oesophagostomum quadrispinulatum Filo: Nematoda Classe: Secernentea Superfamília: Strongyloidea LOCALIZAÇÃO: intestino grosso => ceco e cólon HOSPEDEIRO DEFINITIVO: suínos DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: cosmopolita Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Parasitas brancos Pequenos e espessos 1-2 cm comprimento Cápsulas bucais curtas e pequenas OESOFAGOSTOMOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima DESCRIÇÃO: Ovos são ovoides Lisos Polos arredondados Casca fina e incolor OESOFAGOSTOMOSE Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima CICLO BIOLÓGICO: OESOFAGOSTOMOSE Ovos eliminados pelas fezes Desenvolvimento de L2 Larvas migram para pastagem Ingestão pasto contaminado Estômago => L2 => L3 L3 penetra mucosa intestinal => L4 L4 emerge na mucosa intestinal e migra até ceco ou cólon Migra até ceco ou cólon => fase adulta Sob condições adversas => L4 pode interromper seu desenvolvimento => hipobiose => permanece nos nódulos por até 1 ano. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima PATOGENIA: Formação de nódulos no IG => associados a enterites mais graves. Ação das larvas L3 e L4 durante perído pré-patente => irritação da mucosa intestinal e reação inflamatória. => formação de nódulos (até 2 cm diâmetro) contendo pus e a larva L4. OESOFAGOSTOMOSE Nódulos => ulceração da mucosa => infecção bacteriana secundária. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima OESOFAGOSTOMOSE EPIDEMIOLOGIA: Climas temperados => sobrevivência de L2 na pastagem Moscas => atuam como vetores. SINAIS CLÍNICOS: Frequentemente ocorre infecção subclínica Inapetência; Perda de peso; Anemia; Diarreia mucoide. Porcas => diminuição leiteira => queda desempenho leitões. Helmintoses gastrintestinais de suínos Diane Lima OESOFAGOSTOMOSE DIAGNÓSTICO: Presuntivo: histórico do lote. Achados de necropsia (nódulos na mucosa intestinal). EPF => cultura das fezes identificação das larvas infectantes. Identificação de parasitas adultos no IG. Helmintoses gastrintestinaisde suínos Diane Lima OESOFAGOSTOMOSE TRATAMENTO Larvas hipobióticas => Levamisol e ivermectinas seus derivados => injetáveis. Parasitas adultos => sensíveis a maioria dos anti-helmínticos disponíveis no mercado. PREVENÇÃO E CONTROLE: Animais em confinamento => Limpeza e desinfecção dos lotes Animais semi-confinados => problema grave = sobrevivência das larvas L2. Tratamento anti-helmíntico e higienização das porcas => antes da entrada na maternidade. Leitões => tratamento anti-helmíntico entre 3 e 4 semanas de idade => repetir após 8 semanas. Helmintose renal dos suínos Diane Lima LOCALIZAÇÃO: rins e gordura perirrenal. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: suínos, javalis e raramente bovinos. HOSPEDEIRO PARATÊNICO: minhocas. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: regiões de clima quente a tropical, em todos os continentes. Stephanurus dentatus Filo: Nematoda Classe: Secernentea Superfamília: Strongyloidea ESTEFANUROSE AGENTE ETIOLÓGICO: Diane Lima DESCRIÇÃO: “Verme do rim de suínos” Verme robusto, grande Até 4,5 cm comprimento e 2 mm largura Cápsula bucal proeminente Cutícula transparente => visualização dos órgãos internos Coloração rosa-pálida Tamanho e localização são caraterísticas diagnósticas ESTEFANUROSE Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE CICLO BIOLÓGICO: Helmintose renal dos suínos Formas de infecção Ingestão de L3 livres Via percutânea Ingestão de minhocas carreadoras de L3 Diane Lima ESTEFANUROSE CICLO BIOLÓGICO: Após penetração no corpo (d)=> muda para L4 => corrente sanguínea=> fígado (e) => muda final => adultos jovens se movimentam pelo parênquima hepático por 3 meses => perfuram a cápsula hepática e migram pela cavidade peritoneal até a região perirrenal (f) => formação de cisto => completam o crescimento (g). O cisto tem comunicação com ureteres possibilitando a excreção dos ovos pela urina (j). Período pré-patente: 6 a 19 meses. Longevidade do parasita: 2 a 3 anos. Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE PATOGENIA: Local preferido => gordura perirrenal Cistos com 0,5 a 4 cm diâmetro com um par de vermes. Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE PATOGENIA: Alguns parasitas => cálice ou pelve renal Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE PATOGENIA: Comum ocorrência de migração errática => pulmões, baço, medula espinhal, musculatura esquelética => encapsulação dos parasitas. Estágio L4 => cápsulas bucais => laceração do tecido => fígado e órgãos que estejam no trajeto. Cirrose grave, trombose de vasos hepáticos e ascite Insuficiência hepática e morte. Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE PATOGENIA: Maioria das infecções => identificadas durante abate. Presença de cirrose irregular => condenação do fígado ao abate => prejuízo econômico. Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE PATOGENIA: Casos raros=> espessamento e estenose de ureteres => hidronefrose. Há relatos de infecção pré-natal. Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE EPIDEMIOLOGIA: Vermes muito fecundos => um milhão de ovos/ dia. L3 => suscetível a dessecação. Infecção pré-natal e longevidade do parasita => continuidade da infecção por muitas gerações. Suínos de todas as idade são suscetíveis à infecção. Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE EPIDEMIOLOGIA: Doença associada com solos úmidos => hábito de deitarem próximo aos locais de alimentação ou banhos de lama => maior risco Helmintose renal dos suínos Criações extensivas Diane Lima ESTEFANUROSE SINAIS CLÍNICOS: Mais comum => Retardo no crescimento Perda de peso Infecções maciças => ascite Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE DIAGNÓSTICO: EPU => identificação dos ovos Achados durante abate => cirrose hepática TRATAMENTO: Levamisol Benzimidazois => mebendazol, albendazol, tiabendazol Ivermectinas Helmintose renal dos suínos Diane Lima ESTEFANUROSE PREVENÇÃO E CONTROLE: Superfícies impermeáveis em áreas de alimentação Manter piso seco e limpo Tratamento de porcas e leitoas => 1 a 2 semanas antes da cobertura e novamente após 1 a 2 semanas. Sistemas semi-confinamento: Hospedeiros paratênicos=> controle de minhocas => difícil. Helmintose renal dos suínos Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima AGENTE ETIOLÓGICO: METASTRONGILOSE Metastrongylus apri Metastrongylus pudendotectus Metastrongylus salmi Filo Nematoda Classe Secernentea Superfamília: Metastrongyloidea LOCALIZAÇÃO: pulmão HOSPEDEIRO DEFINITIVO: suínos e javalis HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: minhocas DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: cosmopolita Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE DESCRIÇÃO: “Verme dos pulmões dos suínos” Delgados, alongados e brancos Até 6 cm de comprimento Seta mostrando lábios proeminentes na extremidade anterior de Metastrongylus apri. Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE DESCRIÇÃO: “Ovos elipsoidais com casca grossa e rugosa Contém L1 completamente desenvolvida quando eliminados Hospedeiro, localização e morfologia do verme => suficientes para identificação do gênero. Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE CICLO BIOLÓGICO: Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE PATOGENIA: Vermes adultos => pequenos brônquios e bronquíolos => bronquite e broquiolite eosinofílica e crônica Presença de inflamação catarral com infiltração de eosinófilos e atelectasia lobular. Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE PATOGENIA: Tecido pulmonar com presença de ovo embrionado de Metastrongylus elongatus Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE PATOGENIA: Vermes adultos => pequenos brônquios e bronquíolos Infecção bacteriana secundária => Staphylococcus spp. Transmissão ocasional de influenza?? Vermes adultos no tecido pulmonar. Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE EPIDEMIOLOGIA: Distribuição etária característica => 4 a 7 meses de idad. Javalis => prevalência pode ser alta. Animais semi-confinados ou criações extensivas => maior desafio. Animais confinados: => surtos pouco frequentes da doença, => animais não têm acesso às minhocas. Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE SINAIS CLÍNICOS: Maioria das infecções => discretas e assintomáticas Animais jovens => infecções mais graves Tosse Dispneia Secreção nasal Hipertermia Inapetência Perda de peso Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE DIAGNÓSTICO: Histórico: => animais mantidos em pastagens; => sinais clínicos respiratórios; EPF => técnica de flutuação => Ovos larvados, casca rugosa Helmintoses pulmonares de suínos Diane Lima METASTRONGILOSE TRATAMENTO E CONTROLE: Benzimidazois e levamisol => altamente efetivos Criação extensiva => controle muito difícil => HP Locais com surtos da doença=> confinamento e tratamento dos animais. Cultivo da pastagem fornecida aos animais. Pulmões TGI Rins Intestino delgado Macracanthorynchus hirudinaceus Ascaris suum Strongyloides ransomi Intestino grosso Trichuris suis Oesophagostomum dentatum Oesophagostomum quadrispinulatum Stephanurus dentatus Metastrongylus apri Metastrongylus pudendotectus Metastrongylussalmi Revisando Diane Lima Dúvidas?DÚVIDAS? OBRIGADA PELA ATENÇÃO! diane.lima@fsg.edu.br