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2 UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE ENGENHARIA – FAENG CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Ágattha Gomes de Oliveira A IMPORTÂNCIA DE UM TERMINAL RODOVIÁRIO EM GOVERNADOR VALADARES Governador Valadares 2018 ÁGATTHA GOMES DE OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DE UM TERMINAL RODOVIÁRIO EM GOVERNADOR VALADARES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo Vale do Rio Doce, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Geraldo M. Purri A. Souza. Governador Valadares 2018 ÁGATTHA GOMES DE OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DE UM TERMINAL RODOVIÁRIO EM GOVERNADOR VALADARES Monografia para obtenção de grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, apresentada a Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, de de . Banca Examinadora: Prof. Geraldo M. Purri A. Souza. Orientador Prof. Universidade Vale do Rio Doce Prof. Universidade Vale do Rio Doce Dedico este trabalho aos meus pais e minha irmã que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida. AGRADECIMENTO Agradeço imensamente a Deus, por ele ter me concedido forças e disposição para realizar meu sonho, sem ele nada disso seria possível. Aos meus pais que sempre foram minha maior fonte de inspiração e por terem me incentivado e não mediram esforços para que essa conquista fosse alcançada. Ao meu orientador, Professor Geraldo, pela dedicação nas orientações e principalmente confiança na elaboração deste trabalho. A Universidade, aos professores do curso pela oportunidade de aprendizado e por serem maiores responsáveis pela minha formação profissional. Aos meus amigos, por durante toda essa trajetória, ajudaram com boas doses de ânimo. EPÍGRAFE “Determinação coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.” Dalai Lama RESUMO Este trabalho consiste em um novo Terminal Rodoviário de Passageiros para a cidade de Governador Valadares - Minas Gerais, com objetivo de proporcionar a cidade uma nova localização de um Terminal Rodoviário, que ofereça alternativas de solução as questões de mobilidade existente na cidade, com infraestrutura capaz de garantir conforto, segurança, comodidade e atender as demandas necessárias. Para o desenvolvimento desse estudo foram adotadas como metodologia de pesquisa, revisões bibliográficas, estudos de referências projetuais e coleta de dados. Palavras-chave: Terminal Rodoviário. Passageiros. Mobilidade Urbana. ABSTRACT This work consists of a new Passenger Bus Terminal for the city of Governador Valadares - Minas Gerais, with the objective of providing the city with a new location for a Bus Terminal, which offers alternative solutions to the existing mobility issues in the city, with infrastructure capable guarantee comfort, security, convenience and meet the demands required. For the development of this study were adopted as research methodology, bibliographic reviews, studies of project references and data collection. Keywords: Bus Terminal. Passengers. Urban mobility. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 12 1. JUSTIFICATIVA 13 2. OBJETIVOS 14 2.1 Objetivo geral 14 2.2 Objetivos específicos 14 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14 3.1 Mobilidade Urbana 14 3.2 Terminais Rodoviários de Passageiros 15 4. ESTUDO DE CASO 21 4.2 Terminal Rodoviário Internacional de Rio Branco 25 4.3 Terminal Rodoviário José Garcia Villa. 33 5. METODOLOGIA 39 6. COLETA DE DADOS 40 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS 45 CRONOGRAMA 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Fachada Principal do Terminal Rodoviário. 22 Figura 2 - Cobertura Metálica do Terminal Rodoviário. 22 Figura 3 - Fachada lateral do Terminal. 23 Figura 4 - Setorização do Terminal. 24 Figura 5 - Setorização do Terminal. 24 Figura 6 - Cortes A.A e B.B. 25 Figura 7 - Área externa do Terminal Rodoviário. 25 Figura 8 - Localização da Rodoviária de Rio Branco. 26 Figura 9 - Fachada Principal do Terminal Rodoviário. 26 Figura 10 – Entrada do Terminal Rodoviário. 27 Figura 11 - Acesso principal da Rodoviária. 28 Figura 12 – Rampa de acesso. 28 Figura 13 - Acesso aos elevadores. 29 Figura 14 - Implantação do Terminal Rodoviário. 30 Figura 15 - Planta pavimento térreo do Terminal Rodoviário. 31 Figura 16 - Planta pavimento superior do Terminal Rodoviário. 31 Figura 17 - Praça de alimentação. 32 Figura 18 - Plataformas – Embarque e desembarque de ônibus. 32 Figura 19 - Localização do Terminal. 33 Figura 20 - Entrada de estacionamento e ponto de táxi do Terminal. 33 Figura 21 - Vista superior. 34 Figura 22 - Planta de Implantação do Terminal Rodoviário. 35 Figura 23 - Planta pavimento térreo. 36 Figura 24 - Planta pavimento semi-enterreado. 36 Figura 25 - Cortes A.A e B.B 37 Figura 26 - – Jardim Interno. 37 Figura 27 - Vista superior do jardim. 38 Figura 28 - Clichês do Terminal Rodoviário. 38 Figura 29 - Acesso principal do Terminal Rodoviário. 39 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Classificação de Terminais. Fonte: MITERP (DNER, 1986) 21 Tabela 2 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Nanuque 40 Tabela 3 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Teófilo Otoni 41 Tabela 4 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Caratinga 41 Tabela 5 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Muriaé 42 Tabela 6 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Rio de Janeiro / Vitória da Conquista 42 Tabela 7 - Viação Águia Branca – Destino Gov. Valadares – Vitória / Aimorés / Conselheiro Pena 42 Tabela 8 - Viação Kaissara – Destino Gov. Valadares – São Paulo 43 Tabela 9 – Gontijo – Destino Gov. Valadares – Belo Horizonte / Ipatinga 43 Tabela 10 – Viação Saritur – Destino Gov. Valadares – Guanhães 44 Tabela 11 - Viação Cecato – Destino Gov. Valadares – São Geraldo da Piedade / Penha do Cassiano / Itabirinha/ Alto Santa Helena 44 INTRODUÇÃO A Mobilidade Urbana vem ganhando espaço e sendo discutida nas cidades principalmente a partir da Lei de Mobilidade Urbana (LEI 12.587), que entrou em vigor em Abril de 2012 que determina os municípios com mais de 20 mil habitantes devem elaborar seus Planos de Mobilidade Urbana. Segundo Gimenes (2005) estações intermodais são espaços de mobilidade sendo que, esse espaço, por sua vez é um ambiente onde muitas pessoas conseguem chegar e também onde muitas podem fazer coisas diferentes. A interligação entre transporte e mobilidade se dá à medida que, embora eles não signifiquem a mesma coisa, o segundo é consequência da eficiência do primeiro, sendo que a mobilidade é um direito inerente à condição do cidadão e seu reconhecimento é uma conquista social. Os terminais de passageiros são elementos fundamentais para a organização do sistema de transporte, o planejamento dos terminais exige a identificação e estudo de fatores, parâmetros que possam interferir nas concepções na localização dos projetos. Em relação aos transportes rodoviários, é um sistema de transporte interurbano de passageiros mais utilizados no Brasil, devido à grande abrangência da malha rodoviária. Esse trabalho busca apresentar uma discussão a respeito da Importância do Terminal Rodoviário de Governador Valadares, tendo em vista que este conteúdo apresenta férteis possibilidades de debate, partindo do pressuposto de que a atual Rodoviária da cidade que atende linhas interestaduais e intermunicipais apresenta condições bem precárias, falta de acessibilidade, estruturas danificadas, localização inadequada e inexistência de estacionamento para atender melhor a população. Dessa forma, a pergunta problematizadora que norteará a nossa investigação será até que ponto a infraestrutura arquitetônica da Rodoviáriade Governador Valadares atende a demanda diária de passageiros? A pesquisa tem como referencial temporal, o período da segunda década de 2010 e está embasada em fatos e ações verificadas em Governador Valadares/MG. As motivações que nos levaram a escolher este objeto para estudo se fundamentam no interesse de investigar e compreender o contexto histórico e arquitetônico das inaugurações da rodoviária e de sua utilização até os dias atuais. 1. JUSTIFICATIVA Atualmente o terminal rodoviário de Governador Valadares localiza-se na região central da cidade, em espaço bem limitado que é dividido entre ônibus de várias empresas. As grandes circulações de carros pelo local dificultam seu papel inicial de gerador de desenvolvimento da região onde se localiza. Os usuários, funcionários e empresas de ônibus sofrem com o transito caótico, fruto do aumento de veículos em decorrência do crescimento da cidade que torna o local de difícil acesso. Existe ainda o problema de empresas que necessitam acessar o terminal para pequenas paradas e desviam de sua rota na rodovia para o centro da cidade tumultuando ainda mais o transito no local. Sua estrutura não condiz com a demanda atual da cidade, suas instalações não proporcionam um conforto adequado para os passageiros, sua localização central gera transtornos no próprio funcionamento do sistema de transporte interurbano E não há espaço para uma possível ampliação. Várias são as razões apontadas ou levantadas de descaso e desconforto, existem poucos bancos na espera, paredes velhas, corrimões enferrujados, lojas desocupadas, estrutura deteriorada, falta de estacionamento e acessibilidade. O terminal rodoviário de Governador Valadares não suportaria o número de ônibus e passageiros pela falta de infraestrutura, na qual atualmente existem apenas 12 plataformas de embarque e desembarque e 7 empresas que utilizam o terminal. É importante lembrar, que o terminal de Valadares poderia ser um cartão postal para muitos turistas que chegam à cidade, e nesse sentido primar pelo acolhimento oferecido todos os tipos de informações sobre acomodações, locais de refeições, entretenimentos e indicações dos pontos turísticos da cidade. Atualmente é muito comum observar congestionamento de ônibus em horários de pico, e veículos que aguardam no pátio de manobra a liberação de uma plataforma para estacionar. O terminal também enfrenta a concorrência do transporte clandestino de vans, o que fez que algumas empresas de ônibus parassem fora do terminal ou criassem seu próprio d apoio. Por essas razões, justifica-se a necessidade de um estudo para um novo Terminal Rodoviário para Governador Valadares, um projeto compatível com o porte da cidade, com a localização adequada e que ofereça atividades e serviços que proporcionam maior interação conforto e segurança para a população e as empresas. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral · Estudar o Terminal Rodoviário de Passageiros atual de Governador Valadares a fim de projetar outra rodoviária para a cidade. 2.2 Objetivos específicos · Pesquisar sobre parâmetros ligados a mobilidade urbana; · Pesquisar a cidade e o impacto que a rodoviária causa na cidade na mobilidade; · Apontar as deficiências do terminal existente; · Verificar a demanda existente de passageiros, números de viações que atuam na região, com o objetivo de dimensionar um terminal ideal de acordo com as demandas das normas do DNER – DNIT; · Indicar parâmetros que indiquem melhor localização da nova rodoviária a ser projetada; · Investigar obras análogas; · Elaborar projeto arquitetônico de Terminal Rodoviário, de acordo com as conclusões apresentadas nesta pesquisa para ser desenvolvido no TCC 2. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Mobilidade Urbana Para Aguiar (2010) a mobilidade urbana basicamente se diz respeito à facilidade de deslocamento de pessoas e bens dentro das cidades e tem sido o alvo de estudos na área do planejamento urbano e de transportes, entre outros enfoques, para retificar é amplo e envolve articulações intermodais onde os diversos meios de transportes devem ser planejados de forma integrada e complementar. Conforme Neves (2014) a busca da mobilidade nas cidades resulta em alternativas como a integração entre diversos modais de transporte de passageiros, visando um melhor desempenho no processo de transporte e a redução dos congestionamentos gerados pelos automóveis particulares. A integração de modais facilita a acessibilidade e amplia mobilidade dos usuários, melhorando a qualidade de vida da população. Este é um aspecto importante que os terminais urbanos devem contemplar. Para Vasconcelos (2005) Mobilidade Urbana é um atributo das cidades inerente e facilidade de deslocamentos de pessoas e bens no espaço urbano, deslocamentos estes realizados mediante vias e toda infraestrutura disponível promovendo a interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade. Segundo um estudo feito pelo IBAM – Instituto de Administração Municipal (2005) conceitua a mobilidade urbana como um conjunto estruturado de modos, redes e infraestrutura que garante os deslocamentos de pessoas na cidade que mantém fortes interações com as demais políticas urbanas. Por isso a importância de um Terminal Rodoviário, contribui com a mobilidade urbana tirando ônibus de transportes intermunicipais de dentro do ambiente da cidade, mas deve ser levada em conta a migração do terminal com o ônibus urbano para que se promova uma melhoria na mobilidade. 3.2 Terminais Rodoviários de Passageiros Terminal Rodoviário é qualificado como um ambiente amplo, onde se desenvolve uma série de atividades e serviços, com função de estação de chegada e saída de pessoas que utilizam o ônibus para viajar. Terminais são infraestruturas físicas, criadas para auxiliar transportes dos usuários que chegam entre linhas distintas, utilizando como um local de início ou final de percurso. Desta forma, voltados para o atendimento de grande volume de usuários, os terminais podem ser considerados como locais nos quais os ônibus chegam, são remanejados e partem. Para Soares (2006), Os terminais de passageiros, comumente chamados rodoviários, além de representarem um importante componente da infraestrutura do transporte rodoviário de passageiros do país, constituem-se forte fator de integração nacional. Os TRPs são os pontos de transição entre as viagens por ônibus rodoviários nas ligações de média e longa distância (intermunicipais para recursos além da região metropolitana, interestaduais e internacionais) e as viagens interurbanas nas cidades. De acordo com Soares (2006), o terminal rodoviário consiste numa estrutura física e operacional, especificamente edificada para esse fim, na qual são desenvolvidas diversas atividades que possibilitam deslocamentos internos e a transferência eficiente, eficaz e segura do usuário modal de transporte utilizado ate o ponto destinado ao embarque no ônibus na rodoviária e vice-versa. Vuchic (1986 apud SOARES, 2006) define que um terminal, sob o ponto de vista escrito, é o ponto final de uma ou mais linhas de ônibus, mas de qualquer forma, o termo é muitas vezes usado para amplas estações com modalidades para passageiros, com salas de espera, Box para vendas de bilhetes e outros. Para Gouvêa (1980, p. 16): Um terminal de passageiros se caracteriza como um elemento de apoio ao sistema de transporte através do qual se processo a interação entre indivíduo e serviço de transporte. Este elemento pode representar o ponto final de uma vigem ou um ponto intermediário para transferência a outro modo de transporte, durante uma viagem. Assume aspectos mais variados, desde um simples ponto de parada de ônibus, até um terminal multimodal e cada um possui características próprias que condicionam a sua operação e localização. Arruda (2013) Caracteriza Terminal Rodoviário de Passageiros um ambiente onde pessoas e veículos devem transitar com o máximo de conforto e eficiência, estimulando continuamente sua utilização para locomoção coletiva, e fortalecendo o desenvolvimentoeconômico e social da população. A função maior de um Terminal Rodoviário de Passageiros é promover maior eficiência nos sistemas de transportes através de uma integração de seus subsistemas e melhor organização do sistema de operação das linhas de transportes, proporcionando, consequentemente, um melhor atendimento das necessidades de transportes do passageiro. (GOUVÊA, 1980, p. 7). Segundo Soares (2006) o Terminal Rodoviário se constitui como uma peça chave da viagem de um passageiro, sendo o primeiro contato com o sistema de transporte rodoviário, assim, se mal localizado e instalado, pode prejudicar os procedimentos de embarque e desembarque, comprometendo a qualidade dos serviços prestados. Dunham (2008) afirma que o terminal rodoviário tem a função de receber os passageiros nas baldeações bem como o agrupamento dos passageiros para a posterior disposição em seus respectivos setores de embarque. Morlok (2008) assegura que a primeira função que um terminal deve satisfazer está na entrada e saída de passageiros. Wrigth e Ashford (1989) destacam como funções básicas de um terminal de transporte: · Concentração de tráfego: para uma operação mais eficiente e um melhor atendimento aos usuários, é incontestável que haja pontos de concentração de trafego; · Processamento: esta função está relacionada à emissão de bilhetes, check-in, movimentação de bagagem de passageiros, entre outros; · Classificação e andamento: o terminal também deve cumprir um papel ideal de classificação e ordenamento de acordo com o destino de cada usuário; · Embarque e desembarque: os passageiros devem ser movidos de áreas de espera para plataformas de embarque até chegar ao veiculo de transporte, o processo de desembarque também deve ser uma das funções a ser consideradas pelos terminais; · Armazenamento: o terminal desempenha a função de armazenamento com o auxílio de áreas reservadas para a espera dos passageiros; · Trasbordo: quando o destino final do passageiro não se refere ao terminal de desembarque e se tem a necessidade de transferência para outro modo de transporte ou outro serviço para a complementação da viagem, o terminal cumpre a função de trasbordo; · Disponibilidade de serviço: em um terminal devem existir serviços inerentes ao sistema de transporte, sendo uma interface entre usuário, as empresas operadoras e o órgão gestor do sistema; · Manutenção e assistência técnica: o terminal também executa uma função de apoio ao veículo, com instalação para o abastecimento de combustível, limpeza, inspeção e reparo do mesmo. Para Gouvêa (1980) para uma análise mais geral das várias funções de um terminal, considerando-se o a malha urbana e sistema de transporte, permite duas classificações básicas quanto à operação e a localização dos terminais, conforme se descreve abaixo: I - Operação: · Facilidade de embarque e desembarque de passageiros; · Possibilitar a transferência de um modo ou serviço de transporte para outro; · Prover estacionamento ou pátios para garageamento de veículos; · Oferecer os serviços necessários ao atendimento do usuário; · Administrar e operar o sistema de transporte no terminal; · Proporcionar conforto e segurança ao usuário; · Possibilitar uma circulação adequada de passageiros e veículos; II - Localização: · Servir como ponto de referência ao usuário; · Dar maior eficiência ao sistema de transporte; · Possibilitar uma maior acessibilidade ao transporte; · Aumentar a mobilidade dos indivíduos; · Atrair um maior número de usuários para o transporte; · Desenvolver ou restringir o uso de transporte dentre de determinadas áreas segundo uma visão política e econômica; Para Dunham (2008) um terminal rodoviário de passageiros é impreterível, à vista disso, sua funcionalidade está associada a conceitos de capacidade, desempenho, nível de serviço, qualidade, localização, acessibilidade, escoamento e mobilidade na determinação dos padrões mínimos operacionais que devem ser adotados para itens como: banheiro, serviços de bagagens, serviços comerciais, área de embarque e desembarque, atendimento medico, segurança, instalação administrativa, área de venda de passagens e estacionamento. Segundo Gouvêa (1980), a localização do terminal não deve prejudicar os usuários do sistema de transporte e o seu entorno (vizinhança urbana), aumentar os tempos de viagens, provocar maiores distâncias de caminhadas, impor tráfego adicional às vias sem condições ou aumentar o percurso dos veículos. O autor afirma que no processo de decisão, deve-se buscar uma maior proximidade com os corredores de transporte existente, verificar as condições de rede de transporte quanto à capacidade. Conforme Soares (2006), a escolha da localização de um Terminal Rodoviário de Passageiros, devem ser considerados todos os aspectos relacionados com o potencial de uma ou mais localização no espaço. Área de influência é o espaço geográfico (espaço físico, biótico e socioeconômico) no qual serão sentidos os impactos diretos e indiretos de um empreendimento público ou privado, decorrentes de suas fases de implantação, manutenção e operação e ao longo de sua vida útil. Quanto à localização de um Terminal segundo Vuchic (1986) destaca que o terminal em áreas centrais existe somente em cidades com condições especiais, com finais de linhas provenientes de outros locais, complementando que as estações de ônibus e terminais precisam estar situadas em locais com boa acessibilidade para rodovias e vias arteriais. Para Carraro (2004) o ideal seria para construir terminais rodoviários nas rodovias, principalmente operado nas salas de embarque em pontos de paradas homologadas. Carraro ainda complementa: Acho muito mais prático do que o miolo da cidade. Onde ônibus levariam o passageiro aos locais de seu interesse. Em algumas cidades, dependendo de onde vem o passageiro, ele é obrigado a andar mais, mas em geral não. Entretanto, também não precisa entrar na cidade porque a rodoviária está na rodovia. Até para estacionamento é mais fácil. Molork (1978) observa que os terminais são pontos onde passageiros e carga que entram e prosseguem no sistema, constituindo-se componentes essências de qualquer sistema de transporte. Eles não somente representam o componente de maior importância do sistema, como também, muitas vezes, são os de maiores custos eventuais pontos de engarrafamento. Para Gouvêa (1980), a localização deve principalmente estar aliada à estrutura do sistema de transporte e de acordo com as características de desenvolvimento da malha urbana. Deve ser feita de modo que o terminal não venha a se tornar obsoleto, mas, ao contrário, possa atrair um maior numero de usuários e proporcionar maior eficiência, ao sistema de transporte. As dificuldades de localização, na maioria das vezes, são atribuídas à complexidade da própria malha urbana e da demanda de transporte. O MITERP (1986) Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiros de passageiros, cita que a escolha da localização de terminal deve atender a determinados parâmetros específicos, conforme descritos a seguir: Considera-se como solução mais conveniente para a localização de um terminal aquela que, harmoniza com o planejamento urbano da cidade e com o sistema viário local, de forma a atender satisfatoriamente aos interesses do passageiro e das transportadoras que irão operar no terminal. São fatores relevantes na escolha de localização: a acessibilidade ao terminal, à identificação dos pontos geradores de demanda, as características do entorno, a proximidade com os corredores de transporte da área, e imposições políticas (GOUVÊA, 1980). O DNER (Departamento Nacional de Estações de Estradas e Rodagem), hoje o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), em seu Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiros – MITERP (1986) estabelece critérios e procedimentos para a implantação dos Terminais Rodoviários no Brasil, objetivando a padronização dos mesmos. O MITERP adota uma sistemática de trabalho não apenas para o dimensionamentodos terminais, mas também para a seleção das cidades, localização, arranjo das plataformas e definição de programas de necessidades com dimensionamentos mínimos estabelecidos para cada ambiente. Segundo o MITERP (1986) a classificação dos Terminais tem como objetivo “fixar padrões uniformes de dimensionamento para atender situações características de demanda”, e se dá função do movimento de partidas diárias e quantidade de plataformas e desembarque, como apresentada na Tabela 01 – Classificação de Terminais. São estabelecidas oito classes (A a H) ordenadas a partir da projeção de demanda no período de um ano, e do número de plataformas. ITEM 1 2 3 4 FATORES CLASSE NÚMERO MÉDIO DE PARTIDAS DIÁRIAS NÚMERO MÁXIMO DE PARTIDAS SIMULT. (PICO) NÚMERO DE PLATAFORMAS DE EMBARQUE NÚMERO DE PLATAFORMAS DE DESEMBARQUE A 1250 901 64 45 64 45 21 15 B 900 601 45 30 45 30 15 10 C 600 401 30 20 30 20 10 7 D 400 251 20 13 20 13 7 5 E 250 151 13 8 13 8 5 3 F 150 81 8 5 8 5 3 2 G 80 25 5 2 5 2 2 1 H 24 15 1 1 1 RESPONSÁVEL TÉCNICO – DER/MG: MUNICÍPIO: DATA: Tabela 1 - Classificação de Terminais. Fonte: MITERP (DNER, 1986) 4. ESTUDO DE CASO Para a e elaboração dessa pesquisa apresentada, foram realizados estudos e análises de projetos ou edificações para contribuir no desenvolvimento do projeto, e nas soluções a serem adotadas. As referências têm como objetivo na escolha de um projeto que se assemelhe ao que será desenvolvido quanto ao uso, incluindo o programa arquitetônico, os acessos, setorização, implantação e demais soluções adequadas. As referências incluem utilização de materiais de acabamentos, formas, inovações tecnológicas e estéticas. 4.1 Terminal Rodoviário de Brasília – Distrito Federal O Terminal Rodoviário Consórcio Novo está localizado em Brasília/DF, tem como referencial a funcionalidade e a tecnologia. Foi inaugurado em 25 de Julho de 2010, com cerca de 20 mil metros quadrados de área construída, o empreendimento integra a inovação do conceito de arquitetura sustentável. O projeto foi assinado pelo escritório Reis Arquitetura, tendo a SOCICAM como administradora do edifício. O novo terminal de Brasília tem personalidade pela grande cobertura metálica de forma paraboloide hiperbólica, que protege quase 20.000 m² de área ilustrada nas figuras 1 e 2. Figura 1 - Fachada Principal do Terminal Rodoviário. Fonte: Wikipédia Figura 2 - Cobertura Metálica do Terminal Rodoviário. Fonte: Metrópoles A edificação preserva a vegetação nativa e favorece a iluminação natural, que alcança toda a área interna do projeto, e reduz o consumo de energia. O uso de ar-condicionado deu lugar a climatizadores que possibilitam o menor gasto de energia. Além disso, a água utilizada nos banheiros, na limpeza de todo terminal e na irrigação é provavelmente de água da chuva captada pelo telhado inclinado de 20 mil metros quadrados conforme a figura 3. Figura 3 - Fachada lateral do Terminal. Fonte: Edicatto O terminal respeita os padrões de acessibilidade: possuem rampas de inclinação adequada, telefones e sanitários adequados, piso tátil, balcões na altura apropriada para atendimento e central de informações com atendimento especial. (SOCICAM, 2015) O programa arquitetônico é composto por 32 plataformas de ônibus, centro comercial com 10 lojas e 4 quiosques, que garantem opções de compras e serviços variados. O estacionamento apresenta 148 vagas no estacionamento rotativo, 44 vagas no gratuito e 15 no setor por encomendas. Além disso, conta com um sistema inteligente de câmeras, bilheterias personalizadas e serviços como painéis eletrônicos contendo informações sobre partidas e chegadas de ônibus. (SOCICAM, 2015) Como referencial de funcionalidade, o projeto apresenta bem a tipologia arquitetônica rodoviária, através do programa arquitetônico, setorização e fluxos bem resolvidos, como é possível observas nas figuras 4 e 5. Figura 4 - Setorização do Terminal. Fonte: Edicatto Figura 5 - Setorização do Terminal. Fonte: Edicatto Figura 6 - Cortes A.A e B.B. Fonte: Portal Metálica Figura 7 - Área externa do Terminal Rodoviário. Fonte: Edicatto 4.2 Terminal Rodoviário Internacional de Rio Branco O terminal Rodoviário está localizado na BR – 364 Via Verde KM 125 na cidade de Rio Branco/Acre, no maior corredor verde da capital e que se constitui em um marco na integração socioeconômica e cultural entre Brasil, Peru e Bolívia. Figura 8 - Localização da Rodoviária de Rio Branco. Fonte: Google Maps (2018) Possui área construída de 7.642,80 m², distribuída em dois pavimentos, atualmente recebe em média de 40.000 passageiros/mês entre chegadas e saídas, com entorno de 60 viagens, a edificação valoriza a vegetação existente no terreno. A ideia principal da construção da rodoviária foi trazer o conforto aos usuários na hora do embarque e desembarque, além de melhorar o atendimento dos passageiros das viagens interestaduais. Figura 9 - Fachada Principal do Terminal Rodoviário. Fonte: Galeria da Arquitetura Figura 10- Entrada do Terminal Rodoviário. Fonte: Galeria da Arquitetura Figura 10 - Entrada do Terminal Rodoviário. Fonte: Galeria da Arquitetura A rodoviária de Rio Branco é um marco histórico para o estado do Acre, por ser um elo com países vizinhos. Conta com uma arquitetura moderna e instalações voltados para o conceito de mobildade e acessibilidade. A acessibilidade da Rodoviária tem um grande destaque, nos caminhos e rotas dos usuários, a utilização de sanitários, lanchonetes, restaurantes, glichês e bilheterias das empreas de ônibus, a plataforma para embarque e desembarque a possibilidade de cadeiras de rodas transpor portas e vãos, degraus e rampas. Os usuários com deficiência visual não serão prejudicados por equipamentos que dificultam o acesso, a todo momento podem se guiar atravez de piso tátile guia, o piso tem superfície extremamente regular sem buracos e ondulações, foram evitados os disníveis e contruíram rampas. A acessiblidade foi a maior preocupação desse projeto, a comunicação visual em brailer e três idiomas portugês, inglês e espanhol e há dois elevadores para os portadores de necessidades. Figura 11 - Acesso principal da Rodoviária. Fonte: SkyscraperCity (2012) Figura 12 - Rampa de acesso. Fonte SkyscraperCity (2012) Figura 13 - Acesso aos elevadores. Fonte: SkyscraperCity (2012) Quanto a sua infraestrutura, permite parada silmultânea de até 14 ônibus, conta com: · 14 plataformas para ônibus rodoviário; · 03 conjuntos de banheiros; · 01 fraldário; · Sala de Administração e Áreas Técnicas da RBTRANS; · Box da Polícia Militar, · Box de Fiscalização DETRAN/DERACRE/AGEAC; · Guichê para vendas de créditos de bilhetagem eletrônica (SINDCOL/RBTRANS) · Sala para atendimento do juizado de infância e juventude; · Sala para atendimento e vacinação – SEMSA; · 01 guarda-volumes; · Balcão de infromações da rodoviária e turísticas (Apoio SETUL); · 04 telefones públicos; · 20 guichês de vendas de passagens (empresas de ônibus rodoviário); · Guichê para atendimento de táxis da rodoviária; · Sala vip’s de espera das linhas; · 02 áreas de estacionamento (165 vagas); · Estacionamento e abrigo para taxistas e moto-taxistas; · 02 guaritas para controle de entrada e saídas dos ônibus da rodoviária; · 12 lojas para serviços variados (Conveniência, salão de cabeleleiro, perfumaria, farmácia, revistaria, multicoisas, etc.); · Praça de alimentação com 02 lanchonetes e 01 restaurante. Figura 14 - Implantação do Terminal Rodoviário. Fonte: Vitruvirus Figura 15 - Planta pavimento térreo do Terminal Rodoviário. Fonte: Vitruvirus Figura 16 - Planta pavimento superior do Terminal Rodoviário. Fonte: Vitruvirus Figura 17 - Praça de alimentação. Fonte: SkyscraperCity (2012) Figura 18 - Plataformas – Embarque e desembarque de ônibus. Fonte: SkyscraperCity (2012) 4.3 Terminal RodoviárioJosé Garcia Villa. Localizado na região central Londrina – Paraná, o Terminal Rodoviário José Garcia Villa, foi inaugurado em 25 de Junho de 1988, possui 16.813,90 m² de área construída, entre as ruas Jorge Casoni, Potiguares, Avenida Leste Oeste e Avenida Dez de Dezembro, sendo um local estratégico e de fácil acesso. Figura 19 - Localização do Terminal. Fonte: Google Maps (2018) Figura 20 - Entrada de estacionamento e ponto de táxi do Terminal. Teve seu projeto executado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, sua construção é toda em zinco características marcantes dos desenhos e projetos do autor. Atualmente é um marco na arquitetura com capacidade logística de atendimento para 220 frequências de chegadas e partidas. Figura 21 - Vista superior. Fonte: http://trl.londrina.pr.gov.br/ O projeto baseia-se no problema de circulação, sem dúvidas é fundamental para um Terminal Rodoviário. A primeira preocupação foi adotar como princípio a circulação dos ônibus interestaduais, táxis, carros e ônibus urbanos seriam independentes. Fisgada essa ideia começou a estudar o projeto e no caso dessa rodoviária a forma circular seria ideal para o local, que integra melhor no terreno, com as plataformas adaptadas aos seus desníveis envolvendo a rodoviária em dois setores um destinado ao embarque e outro a desembarque de passageiros, a circulação de carros de passeios estão ligados à circulação para o perímetro sem que haja cruzamento com os ônibus. Figura 22 - Planta de Implantação do Terminal Rodoviário. Fonte: http://www.oscarniemeyer.com.br/?q=gm5/ajax/detalhe-obra/6751 As características principais do Terminal Rodoviário de Londrina são formadas por: · 55 plataformas para embarque e desembarque; · 38 módulos de agências – bilheteria · 39 unidades comerciais lojas e espaços; · 02 conjuntos de sanitários públicos; · 01 guarda – volumes; · 01 subsolo no embarque com oficina, refeitório, sanitários, vestiários para o uso dos funcionários, departamento de limpeza, deposito de achados e perdidos e hall de espera para embarque e desembarque de passageiros; · 01 área de Administração e operacional do terminal; · 01 Guarita de controle operacional de ônibus; · 02 guaritas de controle operacional do estacionamento. Figura 23 - Planta pavimento térreo. Fonte: http://www.oscarniemeyer.com.br/?q=gm5/ajax/detalhe-obra/6751 Figura 24 - Planta pavimento semi-enterreado. Fonte: http://www.oscarniemeyer.com.br/?q=gm5/ajax/detalhe-obra/6751 Figura 25 - Cortes A.A e B.B Fonte: http://www.oscarniemeyer.com.br/?q=gm5/ajax/detalhe-obra/6751 No centro do edifício existe uma abertura que está sobre um jardim interno, ao redor estão situados clichês, lojas, farmácias, lanchonetes, bancos e outras utilidades. Ao entorno são 55 plataformas que estão na parte externa do círculo. Figura 26 - Jardim Interno. Fonte: http://trl.londrina.pr.gov.br/ Figura 27 - Vista superior do jardim. Fonte: http://trl.londrina.pr.gov.br/ Figura 28 - Clichês do Terminal Rodoviário. Fonte: http://trl.londrina.pr.gov.br/ Figura 29 - Acesso principal do Terminal Rodoviário. Fonte: http://trl.londrina.pr.gov.br/ 5. METODOLOGIA A pesquisa proposta se utilizará do método observacional com procedimento empírico da natureza sensorial, mas que não se trata de uma observação rotineira. É científico e lógico. Também será bibliográfico por ser uma abordagem utilizada para conhecer as contribuições cientificas sobre determinado assunto, tendo como objetivo recolher, selecionar, analisar e interpretar contribuições teóricas já existentes sobre determinado assunto. Quanto à natureza pode classificar uma pesquisa aplicada tem como objetivo gerar reconhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Quanto à forma de abordagem do problema será uma pesquisa qualitativa parte do entendimento de que existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador é o instrumento – chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados dedutivamente. Do ponto de vista de seus objetivos a pesquisa exploratória visa proporcionar maior facilidade com o problema com o intuído de torná-lo explícito ou de construir hipóteses. Será uma pesquisa descritiva porque visa descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvendo o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento. Do ponto de vista do procedimento técnicos faremos um estudo de caso quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetivos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Quanto à coleta de dados, a definição de coleta de dados dependerá dos objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. Os instrumentos será a observação quando se utilizam os sentidos na obtenção de dados de determinados aspectos da realidade. 6. COLETA DE DADOS Atualmente o Terminal Rodoviário de Passageiros de Governador Valadares possui em média 97 partidas diárias de ônibus, contando com 6 viações Rio Doce, Águia Branca, Gontijo, Kaissara, Saritur e Cecato. Para o desenvolvimento desse trabalho foi feito coleta de dados das linhas e horários de ônibus atuantes na cidade conforme as tabelas mostradas, com objetivo de classificar o Terminal Rodoviário a partir das diretrizes básicas fixadas pelo MITERP e seu dimensionamento será baseando-se no mesmo manual. VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Rio Doce Gov. Valadares - Nanuque 01h40min 06h40min Rio Doce Gov. Valadares - Nanuque 05h20min 10h50min Rio Doce Gov. Valadares - Nanuque 08h30min 14h10min Rio Doce Gov. Valadares - Nanuque 13h00min 18h40min Rio Doce Gov. Valadares - Nanuque 16h30min 22h25min Rio Doce Gov. Valadares - Nanuque 23h59min 04h40min Tabela 2 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Nanuque Fonte: Autor VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 01h50min 03h50min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 05h20min 08h00min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 07h30min 10h30min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 08h30min 11h30min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 09h30min 11h55min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 10h30min 13h35min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 11h45min 14h00min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 13h00min 15h45min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 14h00min 16h20min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 16h30min 19h30min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 18h00min 20h05min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 21h00min 23h25min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 21h30min 23h30min Rio Doce Gov. Valadares - Teófilo Otoni 23h59min 02h20min Tabela 3 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Teófilo Otoni Fonte: Autor VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 06h00min 08h25min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 07h00min 09h00min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 07h00min 07h40min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 08h30min 10h30min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 09h30min 11h35min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 11h00min 13h35min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 12h00min 14h20min Rio Doce Gov.Valadares - Caratinga 13h00min 15h35min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 14h00min 16h40min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 14h45min 16h45min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 17h05min 19h30min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 19h00min 21h00min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 21h50min 23h59min Rio Doce Gov. Valadares - Caratinga 23h50min 01h50min Tabela 4 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Caratinga Fonte: Autor VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Rio Doce Gov. Valadares - Muriaé 07h00min 12h00min Rio Doce Gov. Valadares - Muriaé 08h30min 14h10min Rio Doce Gov. Valadares - Muriaé 12h00min 17h10min Rio Doce Gov. Valadares - Muriaé 19h00min 23h50min Rio Doce Gov. Valadares - Muriaé 19h30min 00h10min Rio Doce Gov. Valadares - Muriaé 21h50min 03h00min Rio Doce Gov. Valadares - Muriaé 23h50min 04h50min Tabela 5 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Muriaé Fonte: Autor VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Rio Doce Gov. Valadares - Rio de Janeiro 07h00min 17h40min Rio Doce Gov. Valadares - Rio de Janeiro 17h15min 04h00min Rio Doce Gov. Valadares - Rio de Janeiro 19h00min 04h40min Rio Doce Gov. Valadares - Rio de Janeiro 19h30min 04h50min Rio Doce Gov. Valadares - Rio de Janeiro 23h50min 09h40min Rio Doce Gov. Valadares - Vitória da Conquista 01h50min 09h40min Tabela 6 - Viação Rio doce – Destino Gov. Valadares – Rio de Janeiro / Vitória da Conquista Fonte: Autor Tabela 7 - Viação Águia Branca – Destino Gov. Valadares – Vitória / Aimorés / Conselheiro Pena Fonte: Autor VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Águia Branca Gov. Valadares – Vitória 08h00min 15h40min Águia Branca Gov. Valadares - Vitória 12h00min 19h40min Águia Branca Gov. Valadares - Vitória 15h00min 22h55min Águia Branca Gov. Valadares - Vitória 22h00min 05h09min Águia Branca Gov. Valadares - Vitória 23h00min 05h30min Águia Branca Gov. Valadares - Aimorés 07h00min - Águia Branca Gov. Valadares - Aimorés 17h10min - Águia Branca Gov. Valadares - C. Pena 09h30min - Águia Branca Gov. Valadares - C. Pena 12h30min - Águia Branca Gov. Valadares - C. Pena 18h10min - VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Kaissara Gov. Valadares - São Paulo 13h40min 02h55min Kaissara Gov. Valadares - São Paulo 15h00min 03h55min Kaissara Gov. Valadares - São Paulo 17h50min 08h40min Kaissara Gov. Valadares - São Paulo 18h00min 07h55min Tabela 8 - Viação Kaissara – Destino Gov. Valadares – São Paulo Fonte: Autor VIAÇÃO DESTINO SAÍDA CHEGADA Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 00h00min 06h50min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 00h20min 06h25min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 00h30min 06h30min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 00h50min 07h20min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 06h00min 12h50min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 08h00min 14h20min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 09h15min 16h30min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 10h00min 16h40min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 11h45min 17h50min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 13h40min 19h55min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 13h50min 20h35min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 15h05min 22h20min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 17h30min 23h50min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 23h00min 05h05min Gontijo Gov. Valadares - Belo Horizonte 23h59min 06h04min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 05h30min 07h15min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 06h30min 08h15min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 08h40min 10h25min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 10h30min 12h15min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 12h40min 14h25min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 13h30min 15h30min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 15h00min 16h45min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 16h10min 17h55min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 18h00min 19h45min Gontijo Gov. Valadares - Ipatinga 20h00min 21h45min Tabela 9 - Viação Gontijo – Destino Gov. Valadares – Belo Horizonte / Ipatinga Fonte: Autor VIAÇAO DESTINO SAÍDA CHEGADA Saritur Gov. Valadares - Guanhães 06h00min 09h20min Saritur Gov. Valadares - Guanhães 08h00min 11h05min Saritur Gov. Valadares - Guanhães 13h30min 16h35min Saritur Gov. Valadares - Guanhães 18h00min 21h20min Tabela 10 - Viação Saritur – Destino Gov. Valadares – Guanhães Fonte: Autor VIAÇAO DESTINO SÁBADO - IDA SÁBADO - VOLTA DOMINGO - IDA DOMINGO - VOLTA Cecato Gov. Valadares - São G. da Piedade 10h00min 06h30min 07h00min 16h00min Cecato Gov. Valadares - São G. da Piedade 16h00min 16h00min - - Cecato Gov. Valadares - Penha do Cassiano 14h30min 06h45min - - Cecato Gov. Valadares - Itabirinha 14h00min 06h30min - - Cecato Gov. Valadares - Alto Santa Helena 13h30min 19h00min 07h00min 15h30min Cecato Gov. Valadares - São G. da Piedade 12h00min 06h00min - - Cecato Gov. Valadares - São G. da Piedade 16h00min 16h00min - - Tabela 11 - Viação Cecato – Destino Gov. Valadares – São Geraldo da Piedade / Penha do Cassiano / Itabirinha/ Alto Santa Helena Fonte: Autor Com base nesses dados, coloca a cidade na classificação “F” para o dimensionamento do Terminal Rodoviário. A partir dessa classificação, pode dimensionar basicamente os principais setores seguindo a tabela do MITERP. Assim, foi elaborado um programa de pré-dimensionamento básico das áreas construídas, como segue: I. Setor de uso público: · Salão de espera; · Sanitários Masc.; · Sanitários Fem.; · Estacionamento particular; · Estacionamento de táxis. II. Setor de serviços públicos: · Informações; · Guarda volumes; · Posto ANTT; · Posto DER. III. Setor administrativo: · Administração do terminal; · Escritório geral; · Almoxarifado geral; · Deposito; · Lavanderia; · Vestiário Masc.; · Vestiário Fem.; · Deposito de lixo. III. Setor operacional: · Plataformas de embarque e desembarque; · Guaritas para controle de entrada e saída de ônibus. IV. Setor de comércio: · Módulos de lojas; · Bilheterias; · Lanchonetes. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS A relação de transporte rodoviário de passageiros e usuários vêm sofrendo uma grande transformação no que diz respeito à definição do papel dos terminais na sociedade, uma vez que são elementos chave no transporte de passageiros, que tem sua enorme maioria como usuário desse sistema de transporte rodoviário. Um terminal de transporte exige que sejam orientadas suas atividades de circulação dos veículos e usuários, do processo de transferência entre linhas e da prestação de serviços básicos com segurança, acessibilidade e conforto. Este trabalho propõe para a cidade de governador Valadares à construção de um novo terminal rodoviário de passageiros, concebida de novas tecnologias, viabilizar o conforto, acessibilidade e segurança às pessoas e veículos. A escolha do tema baseou-se que o terminal existente na cidade não suporta as demandas necessárias, não traz conforto aos passageiros e não conduz com sua estrutura atual, mesmo com vários motivos que justificam a necessidade de uma nova implantação desse espaço. Dessa forma, criou-se a possibilidade de propor um novo espaço diferenciado, com arquitetura qualificada. Conclui-se, portanto uma nova implantação do Terminal rodoviário de passageiros em governador Valadares irá beneficiar aos usuários do sistema de transporte, priorizando os funcionamentos adequados dos fluxos, dimensionamento capaz de atender as demandas da cidade. Esse projeto pode solucionar os problemas atuais da rodoviária e favorecer a mobilidade dos cidadãos. CRONOGRAMA TAREFAS/MESES TCC 1 TCC 2 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Levantamento bibliográfico X Pesquisa bibliográfica- leitura do fichamento X Encontro com orientador para análise e reflexão das leituras X Estrutura preliminar do texto monográfico X Elaboração do texto definido X X Revisão de português X Redação final X Entrega da monografia para a coordenação do curso X Preparação da apresentação final X Apresentação final X Definição e levantamento do terreno X X Análises iniciais de insolação, ventos, vizinhança, legislação. X X Pré-dimensionamento, estudo de fluxos e setorização. X X Desenvolvimento do estudo preliminar X X Anteprojeto X Projeto Formal/Executivo X Entrega do Projeto para coordenador de curso X Preparação da apresentação final X Apresentação final X REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRUDA, Paolla Clayr . Um novo Terminal Rodoviário para o Município de Marataízes - ES . 2013. 77 f. TCC (Graduação) (Curso de Arquitetura e Urbanismo)- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Goytacazes, 2013. BUSCA ÔNIBUS. Disponível em: <https://www.buscaonibus.com.br/>. Acesso em: 21 mar. 2018. CARRARO, Ulysses (2004) Diretor Geral da ARTESP - Agência Reguladora do Estado de São Paulo em entrevista para o <www.estradas.com.br>. CHAPÉU METÁLICO SOBRE A RODOVIÁRIA. Disponível em: <http://wwwo.metalica.com.br/chapeu-metalico-sobre-a-rodoviaria>. Acesso em: 21 mai. 2018. DAYANA, Kettine . Interesse Coletivo: Obra Análoga - Terminal Rodoviário de Londrina. 2011. Disponível em: <http://interessecoletivokettine.blogspot.com/2011/10/londrina-oscar-niemeyer-terminal.html>. Acesso em: 25 abr. 2018 DUNHAM, J A. SIMTERP – Simulador para Terminais Rodoviários de Passageiros Intermunicipais: Contribuição para Avaliação de Desempenho de Terminais Rodoviários no Estado do Rio de Janeiro. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2008. EDICATTO. 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