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Princípios básicos em RM Profª Esp. Sabrina Medeiros Introdução a Ressonância Magnética A Ressonância Magnética (RM) é hoje um método de diagnóstico por imagem estabelecido na prática clínica e em constante crescimento, com alta capacidade de diferenciar tecidos e adquirir informações bioquímicas por meio de um “campo magnético. A física nesse processo de formação de imagens é complexa e abrangente. Introdução a Ressonância Magnética O exame de RM tem por objetivo auxiliar a conclusão diagnóstica de outros métodos, como radiografia convencional e com contraste, tomografia computadorizada, ultrassonografia, densitometria e entre outros. O técnico em radiologia, na sua função e cumprimento do código de ética, deve ter conhecimento anatômico, tomar ciência e conhecimento da hipótese diagnóstica e a história clínica do usuário. Componentes básicos de um sistema de imagem por RM Magneto; Bobinas de Gradiente de Campo Magnético (x, y, z); Bobinas Receptoras e Transmissoras de Radiofrequência (RF); Cabine Atenuadora de Radiofrequência ou Gaiola de Faraday; Sistemas Controladores do Envio e Recebimento de RF; Sistema Controlador do Gradiente de Campo Magnético; Computadores: reconstrutor de imagens e computador de controle ou operação Componentes básicos de um sistema de imagem por RM Magnetos Permanentes São constituídos de imãs permanentes e oferecem como vantagem a não utilização de energia elétrica e a configuração aberta. Alguns fabricantes adotam a construção na forma de um “C” o que permite ao paciente acesso facilitado, sensação de maior espaço e conforto. Entretanto, os magnetos permanentes não conseguem atingir valores altos de campo magnético, ficando reduzidos a menos de 0,5T ou 5.000G, e estes não podem ser desligados; Magnetos resistivos Consistem em muitas voltas de fios enrolados ao redor de um cilindro por onde passa uma corrente elétrica, o que gera um campo magnético. Se a eletricidade for desligada, o campo magnético é automaticamente desligado. Esses magnetos são mais baratos de construir, mas requerem grandes quantidades de eletricidade (até 50 quilowatts) para operar devido à resistência natural no fio. O mesmo esta extinto do mercado de trabalho. Supercondutores São eletromagnetos compostos de enrolamentos quilométricos de fio de uma liga de nióbio-titânio que, mergulhados em hélio líquido (criogênico) a uma temperatura próxima do zero absoluto (-273 ºC), não irão oferecer resistência elétrica, atingindo a chamada supercondutividade e, assim, podem produzir um campo magnético alto, sem a geração de calor e sem custo relacionado a consumo elétrico. Supercondutores Apesar do custo de produção e comercialização mais alto e a maior necessidade de controle durante sua operação, os magnetos supercondutores são os mais utilizados no mercado por sua possibilidade de atingir o valores de campo magnético superiores a 1,5T, que, sob aspectos clínicos, permite o uso pleno da tecnologia e dos recursos de RM. Princípios Físicos de RM A ressonância magnética é a propriedade física exibida por núcleos de determinados elementos que, quando submetidos a um campo magnético forte e excitados por ondas de rádio em determinada freqüência (Freqüência de Larmor), emitem rádio sinal, o qual pode ser captado por uma antena e transformado em imagem. O fenómeno da ressonância é possível através da excitação de átomos presentes no corpo humano, que produzem sinal imagiológico quando submetidos a uma emissão de radiofrequência. Princípios Físicos de RM Em RM, o átomo utilizado é o hidrogênio por ser muito abundante no corpo humano. Para além disso, é neste núcleo que se verifica uma maior sensibilidade magnética e se denotam maiores diferenças entre o tecido patológico e o normal. Ao ser colocado sob a influência de um forte campo magnético (B0), os átomos de hidrogênio do corpo do paciente vão-se alinhar paralelamente a esse campo e com uma determinada frequência de precessão. Antenas/Bobinas de RM determinados elementos do corpo humano apresentam núcleos com a capacidade de, quando submetidos a um campo magnético e excitados por ondas de rádio numa gama de frequências especifica, emitir um sinal – propriedade física que se denomina por Ressonância Magnética. Este sinal que é produzido será o responsável por formar a imagem de diagnóstico, após ter sido captado por uma antena (ou bobina) de radiofrequência. Antenas/Bobinas de RM Sequências de RM As sequências são conjuntos pré-definidos de pulsos de radiofrequência e de gradientes que se repetem várias vezes ao longo de um exame de Ressonância magnética. O intervalo de tempo, a amplitude e a forma da onda dos gradientes irão controlar a receção do sinal e influenciar as características das imagens obtidas. Tempo de Repetição (TR) Tempo que decorre entre a repetição de sucessivas sequências de pulsos aplicadas ao mesmo corte. Tempo de Eco (TE) Tempo que decorre entre a aplicação do primeiro pulso de 90º e o pico de sinal. Ponderações em RM T1 – Nesta ponderação o contraste entre tecidos é otimizado quando se utilizam TE e TR curtos. A gordura é hiperintensa e a água e os líquidos tornam-se hipointensos. T2 – Aqui, ao contrário do que acontece em T1, existe um maior contraste entre tecidos para TR e TE longos. A água e os líquidos adquirem hipersinal e a gordura hipossinal. Ponderações em RM Ponderações em RM DP – Densidade Protóica Spin ECO Spin ECO dual Gradiente ECO Fast Spin ECO T2* Turbo Spin ECO Flair Stir Fiesta Ponderações em RM Ponderações em RM Artefatos em RM Artefactos de movimento Os artefactos provocados pelo movimento são os artefactos que ocorrem com maior frequência na prática clínica e manifestam-se por imagens fantasma ou borrões (‘bluring’) na imagem obtida. No que respeita às imagens fantasma, este erro traduz-se no aparecimento de repetições de determinadas estruturas anatómicas devido ao movimento desta mesma estrutura. Este erro propaga-se segundo o eixo do gradiente codificador de fase. Artefatos em RM Artefactos de duplicidade (Aliasing) Este artefacto ocorre quando uma determinada porção da anatomia em estudo fica fora da área de estudo (FOV) na direção da fase, aparecendo do lado oposto da imagem. Pode contornar-se este erro através do aumento da área de estudo no eixo da fase (desde que não acarrete um aumento da matriz, levando ao acréscimo do tempo de aquisição), invertendo a direcção da codificação de fase (à semelhança do descrito no artefacto anterior) Artefatos em RM Artefacto tipo ‘Zipper’ Este tipo de artefacto ocorre quando existe entrada de radiofrequência na sala de exames durante a aquisição de imagens. Esta entrada pode ocorrer simplesmente devido a uma porta mal fechada ou por problemas na gaiola de Faraday (blindagem da sala). O artefacto tipo ‘Zipper’ demonstra-se na imagem através de linhas de elevada intensidade que se propagam segundo o eixo da fase. Segurança em RM Apesar da Ressonância Magnética ser considerado um exame seguro, por se tratar de um método de imagem médica que utiliza campos magnéticos de elevada potência em combinação com a emissão de radiofrequência, torna-se indispensável que sejam tomadas algumas medidas que salvaguardem a segurança absoluta do paciente e dos profissionais que trabalham no serviço. Segurança em RM ÁREA DA RM A sala do magneto deve encontrar-se numa área restrita e resguardada do acesso direto do público em geral. Isto porque a presença de objetos de metal dentro da sala pode tornar-se extremamente perigosa. Pequenos objetos, como por exemplo, canetas, clips de papel, pregos e chavespodem ser atraídos a elevada velocidade pelo campo magnético, transformando-se em verdadeiros projetéis. Segurança em RM Quench O quenching é um procedimento de segurança em RM que provoca a libertação do hélio refrigerante do magneto e, consequentemente, a paragem do funcionamento do campo magnético. Pode ocorrer devido a alguma anomalia no equipamento ou de forma voluntária numa situação de emergência. O quench manual deve apenas ser ativado em situações críticas pois pode causar danos irreparáveis às bobines super condutoras do magneto e acarreta custos elevados à instituição no que diz respeito ao reabastecimento do hélio. Segurança em RM PRÓTESES E IMPLANTES A maioria dos implantes cirúrgicos e próteses articulares são já compatíveis com a RM, no entanto, as próteses dentárias amovíveis e aparelhos auditivos devem ser retirados antes da entrada na sala de exame. Alguns aparelhos dentários podem também não ser compatíveis, sendo recomendado um aconselhamento com o seu médico dentista. Alguns dispositivos intra-uterinos (DIU) também podem não ser compatíveis, pelo que é importante que a paciente saiba a marca de fabrico do dispositivo para que seja possível verificar a sua compatibilidade. Segurança em RM TATUAGENS BALAS, LIMALHAS E ESTILHAÇOS PACEMAKERS E ESTIMULADORES GRAVIDEZ PRODUTO DE CONTRASTE RUÍDO ACÚSTICO CLAUSTROFOBIA Contraste Na RMN, os meios de contraste podem ser utilizados para destacar as estruturas vasculares e para ajudar a caracterizar inflamações e tumores. Os agentes mais comumente utilizados são os derivados do gadolíneo, que tem propriedades magnéticas que afetam o tempo de relaxamento dos prótons. A RMN de uma articulação pode exigir a aplicação intra-articular de um derivado de gadolíneo diluído. Contraste Consegue ler as imagens a seguir? Consegue ler as imagens a seguir? Consegue ler as imagens a seguir? Consegue ler as imagens a seguir? FIM! BONS ESTUDOS