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Goiânia dia 13 de maio de 2020
Tema : Conto de mistério 
Aluna : Catarina Nicolle Antunes 
Título: A casa dezessete
A casa de número dezessete era mencionada apenas em voz baixa pelos vizinhos. Conheciam bem os frequentes sons de gritaria, portas batendo e objetos quebrando. Mas numa abafada noite de verão, outra coisa aconteceu, algo bem mais interessante. A moça que mora na casa se encontrava no jardim mal cuidado, os arbustos que acompanhavam a cerca da casa ou estavam mortos ou crescendo como o capim mal podado. 
Mesmo no negrume da noite, era possível notar o olhar profundo da moradora que se encontrava no telefone meio coberto pelos cabelos escuros, andava de um lado para o outro, quase inquieta na varanda, até sentar-se na cadeira, que tinha vista para uma das casas, que ficava até altas horas da noite observando a família da casa dezessete.
 Sentada, com as pernas cruzadas, uma verdadeira dama, que de certa forma as vizinhas invejavam, sempre usando roupas finas, mas não entendiam o motivo de morar numa casa quase caindo aos pedaços, tão antiga, e esposa de um homem frio e pão duro. Minutos depois, ela desliga o telefone, e o marido se aproximava e sentava ao seu lado, com cheiro forte de cigarro, que ninguém conseguia ficar perto, a esposa se afasta ao máximo e tampando o nariz com uma das mãos, o próprio continuava no mesmo lugar, segurado uma garrafa de vodca e olhava para a esposa, que fixava o olhar para a rua.
- Com quem você estava falando no telefone, Carla? Ele dizia enquanto acendia um cigarro.
- Estava pedindo comida, não vou cozinhar hoje Claudio. Respondeu friamente, ainda olhando para a rua.
Levantou-se e foi para dentro da casa, em questão de segundos a bateção de portas começou, os armários da cozinha já estavam quase soltos, ele só parava de bater quando os pratos dos armários caíssem, a esposa continuava sentada, ate o entregador chegar com uma pequena caixa, e dirigiu-se para dentro de casa com a caixa debaixo dos braços.
Em minutos, o casal gritavam um com o outro, toda a vizinhança acordou, alguns dos vizinhos estavam do lado de fora apenas de pijama tentando descobrir o que estava acontecendo, por alguns minutos os barulhos pararam, até que no ultimo andar da casa uma janela sé quebrou, por um jarro de rosas que havia sido arremessado, os vizinhos se aproximaram apenas um pouco para entender o que estava acontecendo, mas não muito por medo da casa, a causada da rua da frente estava cheia, e os vizinhos estavam perplexos, sem entender absolutamente nada.
Quando o jovem casal que vivia no número dezessete enfim surgiu para ver a cena, com os olhos turvos e confusos, o primeiro impulso deles foi de raiva e recriminação. “Você está de BRINCADEIRA?”, gritavam um para o outro, e também para alguns vizinhos. Mas essa reação logo deu lugar a um espanto silencioso quando se deram contam do absurdo da situação, o jarro estava em pedaços e as rosas esparramadas pelo chão, e um pequeno cartão estava junto, o qual o marido havia apanhado, enquanto a esposa ainda segurava o pequeno pacote ente os braços. 
Em um pequeno sussurro, o marido se dirigiu a esposa mostrando o cartão, enquanto ela fazia sinal de não saber do que se tratava, no mesmo instante ambos voltaram para dentro de casa, os vizinhos continuaram do lado de fora, e depois de uma hora eles voltaram para suas casas. Depois de minutos gritos surgiram de dentro da casa mas logo foram sessados, tanto que os vizinhos nem saíram de casa, a esposa estava do lado de fora, mas dessa vez segurava uma caixa um pouco maior, o entregador que havia trago a caixa anterior esperava-a na porta, mas dessa vez dentro de um carro, ambos entraram e saíram.
Na manha seguinte os vizinhos acordaram com carros policiais e jornalistas na casa dezessete, um dos policiais estava sendo entrevistado, e informou que havia sido acionado pelo amante da esposa, esta que havia matado o marido, e deixou encima da bancada da cozinha uma caixa pequena com uma faca e um cartão com o número do amante. A mulher durante a fuga levou o cofre do marido, mas acabou sendo abandonada na estrada pelo amante que a entregou para policia e fugiu com o dinheiro, informava o policial enquanto segurava a esposa do falecido homem.

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