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1 CONTROLE E RECEBIMENTO DE CONCRETO NBR 12655/06 NBR 7212/12 NBR 12655/06: Concreto: preparo, controle e recebimento Responsabilidades • Projetista estrutural – Registro do fck em todos os elementos do projeto; – Especificação de fck para etapas construtivas; – Especificação dos requisitos de durabilidade da estrutura durante a vida útil, inclusive a classe de agressividade; – Especificação de propriedades especiais. • Executante da obra – Escolha da modalidade de preparo; – Produção do concreto (obra); – Escolha do tipo de concreto (consistência, dimensão do agregado, etc); – Atendimento aos requisitos de projeto; – ACEITAÇÃO DO CONCRETO; – Cuidados pelo processo construtivo e retirada de escoramentos. NBR 12655/06 (3.2) Definição das responsabilidades • Aceitação do concreto: exame sistemático, segundo a NBR 12655, para verificar o atendimento às especificações. • Aceitação do concreto fresco: verificação da conformidade das propriedades do concreto fresco, efetuada durante a descarga da betoneira. • Aceitação definitiva do concreto: verificação do atendimento a todos os requisitos especificados. • Recebimento do concreto: verificação do cumprimento da NBR 12655, através da análise e aprovação da documentação correspondente, no que diz respeito às etapas de preparo do concreto e sua aceitação. NBR 12655/06 • 4.4 - “Os responsáveis pelo recebimento do concreto são o proprietário da obra e o responsável técnico pela obra, designado pelo proprietário....” NBR 12655/06: Ensaios de controle de aceitação (6.1) • Ensaio de consistência – Abatimento de tronco de cone (NBR NM 67) – Espalhamento na mesa de Graff (NBR NM 68) • Ensaio de resistência à compressão – Moldagem: NBR 5738/03 – Ruptura: NBR 5739/07 NBR 12655/06 :ensaios de consistência • Concreto preparado pelo executante da obra – 1ª amassada do dia; – Reinício de trabalhos após interrupção maior que 2 horas; – Troca de operadores; – Moldagem de corpos-de-prova; – Sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados. • Concreto fornecido por concreteira – Cada betonada 2 Ensaios de resistência à compressão NORMAS • NBR NM 33/98 – Concreto: amostragem de concreto fresco – Volume 1,5 a quantidade necessária (mínimo 30 L) – Entre 15% e 85% do volume da betonada • NBR 5738/03 emenda 1:2008 – Concreto: procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova • NBR 5739/07 – Concreto: ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos Definições: • LOTE • AMOSTRAGEM • EXEMPLAR • CORPO-DE-PROVA LOTE • É um volume definido de concreto elaborado e aplicado sob condições uniformes: • Mesma classe de resistência • Executado com os mesmos materiais, equipamentos e procedimentos, etc; – Homogêneo; – Analisado de uma só vez. Formação de lotes • A amostragem do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita em lotes que atendam a TODOS os limites. LOTES: NBR 12655/06 11 Número de andares 3 dias (no prazo máximo de 7 dias) Tempo de concretagem 100 m350 m3 Volume de concreto Flexão simples Compressão ou compressão e flexão Solicitação principal dos elementos da estruturaLimites superiores 3 AMOSTRA • Volume de concreto retirado do lote com objetivo de fornecer informações mediante a realização de ensaios, sobre a conformidade deste lote, para fins de aceitação; • Coletada aleatoriamente; • A amostra é formada por um determinado número “n” de exemplares; • Tamanho da amostra (número de exemplares) depende do tipo de controle e resistência do concreto. EXEMPLAR • Elemento da amostra constituído por 2 corpos- de-prova (cp) da mesma betonada, moldados no mesmo ato, para cada idade de rompimento; • É uma parte individual do lote e corresponde a UMA unidade uniforme de concreto; • Representado pelo: MAIOR VALOR (Resistência potencial) CONTROLE DA RESISTÊNCIA TIPOS • CONTROLE ESTATÍSTICO POR AMOSTRAGEM PARCIAL • CONTROLE POR AMOSTRAGEM TOTAL • CASOS EXCEPCIONAIS TIPOS DE CONTROLE tamanho da amostra (n) • POR AMOSTRAGEM PARCIAL n ≥ 6 exemplares: concreto Grupo I (Classe ≤ C50) n ≥ 12 exemplares: concreto Grupo II (Classe > C50) • POR AMOSTRAGEM TOTAL n = n° de amassadas (01 exemplar de cada amassada) PLANO DE AMOSTRAGEM ou PLANO DE CONTROLE: • Definição de: – No de lotes; – Tipo de amostragem; – Tamanho da amostra • No de exemplares; • Idades de ensaio; – Periodicidade. • Responsabilidade: Obra Exemplos • Lajes e vigas • 4o andar • Volume de concreto = 60 m3 • Fornecido por central • Caminhões de 7 m3 • f ck = 35 MPa aos 28 dias • Lajes e vigas • 4o andar • Volume de concreto = 20 m3 • Produzido em obra • 1 betoneira 580 ℓ • fck = 25 MPa aos 28 dias 4 Exemplos • Pilares • 4o andar • Volume de concreto = 17 m3 • Fornecido por central • Caminhões de 7 m3 • fck = 35 MPa aos 28 dias Cálculo da resistência característica estimada Amostragem Parcial AMOSTRAGEM PARCIAL: 6 ≤ n < 20 m 1m21 ckest f 1m f...ff 2f − − +++ = − • Onde: m = n/2, desprezando o mais alto se “n” for impar; f1 ≤ f2 ... ≤ fm = valores das resistências dos exemplares em ordem crescente Não se deve adotar fckest menor que ψ6.f1 1,0210,980,960,930,910,890,870,840,800,75B ou C 1,0210,990,970,950,940,920,910,890,860,82A ≥ 161412108765432 Número de exemplares C o n d iç ã o d e p re p a ro Coeficiente ψ6 AMOSTRAGEM PARCIAL Quando n ≥ 20 • fckest = fcm – 1,65.s • Onde: fcm = resistência média dos exemplares; S = desvio-padrão da amostra Exemplo: • Estrutura: lajes e vigas 5° pavimento • Volume de concreto: 75 m3 • Concreto fornecido por central • Caminhões 7 m3 • fck = 25 MPa aos 28 dias 28,5 – 27,18 33,2 – 31,27 28,3 – 28,06 29,2 – 27,35 29,3 – 28,44 31,1 – 30,03 26,5 – 27,32 28,7 – 29,11 fc (MPa)Exemplar 5 Cálculo da resistência característica estimada Amostragem Total AMOSTRAGEM TOTAL • Quando n ≤ 20 fckest = f1 • Quando n > 20 • fckest = fi • Onde: i = 0,05n Exemplo: • Estrutura: lajes e vigas 5° pavimento • Volume: 68 m3 • Concreto fornecido por central, caminhões 8 m3 • f ck = 25 MPa aos 28 dias 27,5 – 26,99 28,9 – 28,08 26,7 - 27,47 28,3 - 28,06 29,2 - 27,35 29,3 - 28,44 30,1 - 31,03 26,5 - 27,32 28,7 - 29,11 fc (MPa)Exemplar Cálculo da resistência característica estimada Casos Excepcionais: • Pode-se dividir a estrutura em lotes correspondentes a no máximo 10 m3 e adotar amostragem com “n” entre 2 e 5 Casos Excepcionais • Lotes ≤ 10 m3 • Amostra: 2 < n ≤ 5 fckest = ψ6.f1 1,0210,980,960,930,910,890,870,840,800,75B ou C 1,0210,990,970,950,940,920,910,890,860,82A ≥ 161412108765432 Número de exemplares C o n d iç ão d e p rep aro Coeficiente ψ6 6 Exemplo: • Estrutura: pilares 2° pavimento • Volume: 8 m3 • Concreto produzido em obra (betoneira 300 ℓ) • f ck = 20 MPa aos 28 dias 23,1 - 24,13 26,5 - 27,32 26,7 - 26,11 fc (MPa)Exemplar Liberação da estruturaLiberação da estrutura • Avaliação da resistência do concreto (fck,est ≥≥≥≥ fck) • Verificação da existência de defeitos de concretagem e geometria dos elementos – Necessidade de reparos e reforços Estruturas não conformes NBR 6118/07 (25.3) • Medidas corretivas (NBR 6118/07 (25.3.1) a) Revisão do projeto para determinar se a estrutura, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, considerando os valores obtidos nos ensaios; b) Caso negativo, devem ser extraídos e ensaiados testemunhos (NBR 7680/07). Os resultados devem ser avaliados pela NBR 12655 e realizada nova verificação da estrutura; Estruturas não conformes c) Não sendo eliminada a não-conformidade, em alguns casos pode ser realizada a prova de carga, desde que não haja risco de ruptura frágil ou – Determinar restrições de uso; – Providenciar o projeto de reforço; – Decidir pela demolição parcial ou total.