CONTAGEM DE OVOS POR GRAMA EM ANÁLISE DE FEZES- Relatório de aula prática

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR campus Toledo
Relatório de aula prática 
CONTAGEM DE OVOS POR GRAMA EM ANÁLISE DE FEZES
Disciplina: Parasitologia Veterinária.
Nome: Jaqueline Mombach
Período: 3º
Toledo
Março de 2020.
INTRODUÇÃO
A busca por novas formas de controle parasitário é constantemente um fator de pesquisa na Medicina Veterinária, tendo em vista que além dos problemas de saúde que acometem o animal, os parasitas também podem ser transmitidos aos seres humanos, sendo de grande importância o controle destes. 
O exame laboratorial de fezes contribui muito no diagnóstico desses parasitas, onde é possível encontrar ovos, larvas e cistos. Para a coleta, é necessário que seja diretamente do ânus do animal, diminuindo assim uma possível contaminação ambiental. A amostra pode durar até quatro horas após coleta, depois desse período é necessário a utilização de conservantes.
Para saber o grau de contaminação por parasitas nos animais, recomenda-se que seja feita a contagem de ovos por grama de fezes (OPG), que é um processo quantitativo. Além disso, pode-se utilizar o exame de OPG para saber se o antiparasitário utilizado é eficiente ou não, ou se o animal já criou uma resistência ao medicamento. Para isso, deve ser aplicado o vermífugo conforme orientação de um médico veterinário capacitado, e então em 10 a 14 dias realizar novamente o exame para saber se houve uma redução no número de ovos. 
No exame de fezes por contagem de ovos por grama, é possível encontras ovos de estrongilídeos, dos gêneos Trichostrongylus, Cooperia, Oesophagostomum, Haemonchus, Nematodirus e Ostertagia, porém, os ovos são muito parecidos entre si, é apenas possível de diferenciar os Nematodirus, pois estes possuem ovos maiores. Também se encontra ovos de estrongilóides, por exemplo Strongyiloides pappilosus, e oocistos de protozoários, como Eimeria spp e Giardia spp.
A técnica utilizada foi a de Gordon & Whitlock (McMaster), onde existem alguns passos a serem seguidos, são eles: pesagem de 2 gramas de fezes (ovinos), diluição em 28ml de solução saturada, filtrar a amostra e coloca-la na câmara de McMaster para ser levada ao microscópio para leitura. No microscópio, devemos contar os ovos dentro de cada câmara, soma-las, dividir por 2 e então multiplica-las por 100, e então teremos o valor de OPG.
	Existem diversos fatores que devemos considerar antes de administrar o antiparasitário, como a fisiologia do animal, o gênero do parasita, sua patogenicidade entre outros, então, não é possível determinar um valor exato de OPG. Porém, podemos classificar as infecções em três graus: leve, onde encontra-se até 200 ovos/g de fezes; moderada, possuindo até 800 ovos/g de fezes; e por último, severa, onde possui mais que 800 ovos/g de fezes.
 
CONTAGEM DE OVOS POR GRAMA: AULA PRÁTICA
Para a realização da aula prática, foram coletadas amostras de fezes dos ovinos pertencentes a Clivet da PUC Câmpus Toledo, onde a análise realizada deste presente relatório foi coletada da ovelha com brinco de marcação numérica 100.
	Com a utilização de luvas de procedimento, estimulou-se o assoalho pélvico da ovelha, diretamente da ampola retal, para que a mesma eliminasse as fezes. A amostra coletada foi levada ao laboratório de parasitologia, onde a mesma passou por procedimentos para ser analisada.
O primeiro passo foi a pesagem das fezes, onde o necessário era 2 gramas. E então, foi acrescentado aos poucos em um compartimento junto as fezes, 28ml de solução saturada, e dissolveu-se todo o conteúdo com o auxílio de um bastão. O líquido homogêneo proveniente da mistura de fezes com a solução saturada, passou-se por uma peneira com gaze para assim retirar os resquícios de fibra vegetal e diminuir o risco e contaminação. 
Para então poder ser levado para análise no microscópio, foi retirado com uma pipeta pasteur uma porção do líquido filtrado, e colocado em uma câmara de McMaster. Após isso, esperou-se de 2 a 5 minutos e levou-se a lâmina para leitura.
	A amostra levada ao microscópio apresentava muita fibra vegetal, dificultando assim a visualização de ovos. Porém, isto não significa que ovelha em questão estava livre de contaminação por parasitas. Então, o ideal para se fazer seria o reprocessamento dessa amostra.
	
CONCLUSÃO
Dado os fatos apresentados, nota-se a importância de realizar exame de fezes e controle parasitário em todos os animais, independente de qual espécie este for. Com estas medidas, diminui-se os riscos de resistência que acometem estes animais, já que é possível determinar qual é o agente patológico e consequentemente administrar o medicamento correto, o que diminui o custo para os produtores. 
	Além disso, é de conhecimento de que os parasitas também acometem seres humanos, então, controla-los é de extrema importância para a sociedade em si.
	O exame de fezes por meio da contagem de ovos por grama, é um dos principais meios para diagnóstico de animais que precisam de vermifugação. Na aula prática realizada, o diagnóstico da ovelha de numeração 100 foi inconclusivo devido a exacerbada quantidade de fibras vegetais. 
	Alguns dias após a aula, durante o estágio de parasitologia, foram realizadas novamente o exame em todas os ovinos da Clivet, onde a amostra da ovelha de numeração 100 constatou a presença de 750 ovos/g de fezes. Então, foram feitas a administração de vermífugo em todos os ovinos, que após 15 dias serão examinados novamente.
REFERÊNCIAS 
EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Exames de OPG e Coprocultura para detecção de verminoses em ruminantes. Bagé, 2010. Acesso em: 17 de março de 2020. Disponível em: https://www.embrapa.br/pecuaria-sul/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/1013/exames-de-opg-e-coprocultura-para-deteccao-de-verminoses-em-ruminantes
GRUPO APOIAR. O que é e porque fazer o exame de ovos por grama de fezes (OPG) em bovinos. Acesso em: 17 de março de 2020. Disponível em: http://www.grupoapoiar.com/o-que-e-e-porque-fazer-o-exame-de-ovos-por-grama-de-fezes-opg-em-bovinos/
 IV- Instituto de Medicina Veterinária. Técnica de Gordon & Whitlock (McMaster). Acesso em: 17 de março de 2020. Disponível em: http://r1.ufrrj.br/wp/iv/756/tecnica-de-gordon-whitlock-mcmaster/
MARQUES, M. Controle parasitológico. Rio de Janeiro, 2002. Acesso em: 17 de março de 2020. Disponível em: http://books.scielo.org/id/sfwtj/pdf/andrade-9788575413869-37.pdf
RBAC- Revista Brasileira de Análises Clínicas. Volume 1. 1999. Acesso em: 17 de março de 2020. Disponível em: http://www.rbac.org.br/wp-content/uploads/2016/08/RBAC_Vol31_n1-Completa.pdf
REVISTA VETERINÁRIA- Parasitas intestinais de pequenos animais. 2016. Acesso em: 17 de março de 2020. Disponível em: https://www.revistaveterinaria.com.br/parasitas-intestinais-de-pequenos-animais/