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Distribuição da população
 
A população da Terra não está distribuída igualmente em todas as partes do Globo. Ao contrário, há excesso de gente em algumas regiões e outras completamente desabitadas. Esta irregular distribuição é resultante de vários fatores como:
 
· os fatores físicos ou naturais, como o clima, o relevo, a vegetação, a hidrografia, o solo e o subsolo;
· os fatores histórico-culturais;
· os fatores econômicos.
 
As regiões mais favoráveis à ocupação humana são denominadas ecúmenas, e as regiões desfavoráveis à ocupação humana são denominadas anecúmenas.
  
Fatores responsáveis pela concentração ou dispersão populacional
 
a. Proximidade dos oceanos e mares
 
De modo geral, as maiores concentrações populacionais encontram-se próximas dos oceanos e mares. Por representar uma das primeiras e mais importantes vias de transporte e comunicação de que o homem dispõe, os oceanos e mares atraíram a população de diversos países que se fixou próximo ao litoral.
 
No Brasil, por exemplo, centros urbanos como Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Salvador e Recife surgiram e desenvolveram-se ao longo da faixa litorânea. Como consequência, temos uma grande aglomeração humana nessa região e um verdadeiro vazio demográfico no interior do país.
 
Veja na tela seguinte o mapa dos mares e oceanos.
b. Proximidade das águas continentais
Além do litoral, os homens procuram se fixar próximo de quaisquer pontos de água, pelo fato de que a água é um elemento essencial à vida, possibilitando o desenvolvimento da agricultura, do transporte e do consumo.
É por isso que verificamos que, até mesmo em países ou regiões não banhados pelo mar, existem aglomerações humanas ao longo dos vales dos rios, das nascentes e dos lagos. Observe a ilustração e compare-a com a da distribuição da população, verificando a influência dos mares e oceanos sobre a distribuição da população.
 
c. Relevo
 
Existe uma forte relação entre as diferentes formas de relevo e a distribuição da população. Você pode notar que as maiores concentrações humanas estão localizadas em planícies. Isso se deve ao fato de serem as planícies mais propícias à agricultura, pois seus solos, de modo geral, são férteis, bem como ao fato de a planura do terreno facilitar a fixação dos homens, os transportes e as comunicações.
 
d. Clima
O clima é um outro fator que influi muito na distribuição da população, tanto assim que, em lugares de altas latitudes, onde domina o clima frio, a concentração populacional é pequena sendo que, em algumas áreas, ela nem aparece (é inexistente), como é o caso das regiões próximas aos pólos. Áreas de clima desértico e de clima equatorial também não atraem muita população. Ao contrário, há grandes concentrações de população em áreas onde predominam climas temperados e tropicais.
 
Analise o conjunto da população e do clima, no mapa-múndi, estabelecendo as relações entre eles.
e. Vegetação
Algumas formações vegetais podem dificultar a fixação dos homens, porém, não chegam a impedir o povoamento. Por exemplo, nas áreas de ocorrência da floresta equatorial (como na Amazônia e na bacia do Congo) a população é escassa. Nessas áreas, a floresta equatorial densa é de difícil penetração, dificultando o povoamento, pois sua presença cria problemas para a preparação dos campos agrícolas e para transporte e comunicação. Compare a influência da vegetação sobre a distribuição da população, observando as ilustrações específicas.
f. Qualidade do solo
Você já sabe que os solos férteis, geralmente, atraem os homens porque favorecem a agricultura. O contrário ocorre nas áreas onde o solo é pouco fértil, pois nelas as atividades agrícolas se processam com dificuldades e tornam-se dispendiosas. De um modo geral, as planícies férteis do mundo são muito povoadas, sendo que algumas delas são superpovoadas.
 
g. Industrialização
Todas as áreas ocupadas por aglomerados de indústrias diversificadas são superpovoadas, como acontece no nordeste dos Estados Unidos, na região de Londres, na parte norte ocidental da Europa, na região de Buenos Aires, no eixo Rio de Janeiro–São Paulo e em grande parte do Japão. A distribuição da população é influenciada por outras atividades econômicas dos homens e também por fatores políticos e culturais.
 
 
Grandes áreas de concentração populacional
a. Sudeste da Ásia ao extremo Oriente
Quase metade da população mundial habita essa região, compreendendo os territórios que se estendem desde a Índia até o Japão, passando pela Indonésia e pela porção oriental (leste) da China.
A população do Sudeste Asiático e do Extremo Oriente habita, sobretudo, as planícies fluviais e os deltas de solos ricos, que favorecem a agricultura, principalmente o cultivo do arroz.
Em certas regiões, como o vale do rio Ganges, na Índia, e de certos rios chineses como o Hoang-Ho e o Iang-Tsé-Kiang, encontramos densidades demográficas superiores a 250 hab/km², elevando-se para mais de 500 hab/km² nas pequenas planícies costeiras do Japão. 
b. Europa Centro–Ocidental
Bastante povoada é esta região e sua população se concentra, preferencialmente, nas costas do Mediterrâneo, do Mar Báltico, do Mar do Norte e nos vales de rios como: o Reno e o Elba, na Alemanha; o Sena e o Ródano, na França; o Tâmisa, na Inglaterra e o Pó, na Itália.
 
c. Nordeste dos Estados Unidos
Região de grande concentração populacional, situada entre os Grandes Lagos e o oceano Atlântico, onde a população vive, na sua maioria, em grandes cidades.
 
Tanto as populações da Europa Centro-Ocidental como as do nordeste dos Estados Unidos estão ligadas às atividades industriais e urbanas.
 
A distribuição da população brasileira
 
Vamos ver, agora, quais as áreas brasileiras de maior densidade demográfica. Você vai perceber que todas elas estão localizadas na porção oriental (leste) do Brasil. As densidades dessas áreas que vamos estudar são sempre superiores a 50 hab/km².
a. Zona da Mata Nordestina. Compreende o litoral do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e de Alagoas. Sua alta concentração populacional, já histórica, mantém-se com base na agroindústria açucareira.
 
 
b. Recôncavo Baiano. Marcada por grande densidade populacional decorrente da cultura fumageira (fumo), ampliada pela cultura de cana-de-açúcar e, em nossos dias, pela diversificação agrícola, a exploração do petróleo, a industrialização e o crescimento de Salvador. 
 
Brasil: densidade demográfica
 
 
c. Sudeste. Representa o coração econômico e também demográfico do país, constituído pelo sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, especialmente em torno do triângulo São Paulo – Rio de Janeiro – Belo Horizonte. A intensificação e diversificação das atividades agropastoris, a mineração, no planalto mineiro e, principalmente, a industrialização são responsáveis pela alta densidade demográfica desta região.
 
O Brasil não apresenta o problema de espaço vital como ocorre em áreas densamente povoadas do sudeste asiático. Isso acontece porque o Brasil possui uma grande superfície territorial e, nessa superfície, não existem áreas anecúmenas. Não possuímos vulcões, neves eternas e nem desertos. Existe, assim, uma grande superfície em km² para ser ocupada pela nossa população. Essa relação do território brasileiro com o total da população dá ao Brasil uma densidade demográfica média de pouco mais de 19 hab/km², densidade considerada reduzida.
A população brasileira, embora não tenha problemas de espaço vital, encontra-se muito irregularmente distribuída. Possuímos áreas com altas densidades demográficas e outras que são quase desertos humanos. A grande maioria da população brasileira localiza-se na fachada atlântica do país. A origem desse fato encontra-se no processo histórico de povoamento, quando, ao lado dos interesses mercantis, que impunham a maior proximidade possível dos centros de consumo (Europa) para os produtos exportados (açúcar, fumo, algodão), se juntaram fatores naturais, dificultando a penetração no interior. É o caso das encostas do planalto brasileiro, que eramcobertas por densas florestas (a mata Atlântica, hoje quase desaparecida).
O estado de Roraima é o menos populoso e o menos povoado.
Pelo que foi visto, se, por um lado, não há problemas de superpovoamento no Brasil, em termos absolutos, por outro lado a irregular repartição da população cria uma série de dificuldades. Nessas áreas muito povoadas há um desequilíbrio entre a população e os meios para sua sobrevivência como: falta de moradia, escolas, transportes, etc.
 
É preciso corrigir os problemas relacionados a essa desigualdade da distribuição da população no território brasileiro. Mais importante do que uma distribuição mais igualitária da população sobre o território é a garantia do acesso dessa população aos serviços básicos e à infraestrutura adequada, o que garantirá maior qualidade de vida.
 
 
Grandes vazios populacionais
Vejamos, agora, as regiões com pouca concentração populacional e densidade, muitas vezes, inferior a 1 hab/km². 
a. Regiões polares
Formadas pela Antártida, no hemisfério sul, despovoada e por áreas com pouca população como o Alasca, o norte do Canadá, a norte da Rússia e a ilha de Groenlândia, no hemisfério norte.
 
b. Desertos
Tanto os desertos localizados no interior dos continentes, a grandes distâncias do mar (desertos do Tibete e da Mongólia) quanto os desertos localizados próximo à costa litorânea (desertos do Chile e do Peru) geralmente não atraem populações.
Há desertos também nas regiões tropicais como: o Saara e o Kalahari, na África; e o deserto da Arábia, na Ásia, com baixas densidades demográficas.
Em alguns desertos, como o Saara, por exemplo, apesar de as condições climáticas serem ruins, existem algumas concentrações de populações nos oásis (áreas úmidas dentro dos desertos) que se dedicam à agricultura. Modernamente, a exploração do petróleo e do ferro vem criando núcleos de população em pleno deserto.
Assim, você pode concluir que, às vezes, o fator econômico é mais importante do que o fator natural na distribuição da população.
 
O fenômeno da urbanização
 
Com o advento da Revolução Industrial, diversos países tiveram um grande aglomerado populacional junto aos centros urbanos, dando início ao fenômeno da urbanização
Nos países de industrialização tardia, como o Brasil e o México, por exemplo, a urbanização (população urbana maior que a população rural) apenas ocorreu após a Segunda Guerra Mundial.
Contudo devemos levar em conta que, por diversos motivos, existem grandes diferenças entre a urbanização que ocorreu nos países desenvolvidos e a que ocorreu nos países em desenvolvimento.
Nos países desenvolvidos, ela ocorreu de forma integrada: a indústria empregou grande parte da mão de obra do campo e forneceu, simultaneamente, máquinas para suprir a liberação da mão de obra rural.
Nos países em desenvolvimento, o crescimento econômico não acompanhou a expansão urbana, causando o inchaço urbano. Dessa forma, há um desequilíbrio entre a população e sua absorção pelo mercado de trabalho, refletido no aumento da marginalização, do desemprego e na piora das condições de vida principalmente, para os mais pobres.
A industrialização é, sem dúvida, um dos fenômenos que mais influenciaram na urbanização brasileira a partir da década de 1950. Contudo, a industrialização não foi a única causa do processo de urbanização que ocorreu no Brasil.
Destacam-se outras.
• As alterações das relações de trabalho no campo, principalmente a partir do Estatuto do Trabalhador Rural, em 1964, que estendeu ao trabalhador rural os mesmos direitos garantidos aos trabalhadores urbanos. Em resposta aos benefícios implantados pelo Estatuto, muitos proprietários rurais promoveram demissões em massa de seus empregados, que foram para as periferias das cidades, transformados em boias-frias.
• A modernização do campo que promoveu a mecanização da agricultura, principalmente no complexo regional do Centro-Sul, que economiza mão de obra.
• A concentração fundiária decorrente da absorção das pequenas e médias propriedades pelos grandes proprietários.
• A estrutura fundiária atual, com minifúndios que não conseguem produzir o suficiente para garantir a subsistência da família, estimulando a migração para os centros urbanos.
 
Problemas urbanos
 
A intensa urbanização do país foi acompanhada pelo processo de metropolização, decorrente da grande concentração populacional em um número reduzido de cidades. A expansão das áreas urbanas e a ligação entre as áreas urbanas de cidades vizinhas caracteriza o processo de conturbação.
 
As cidades conurbadas enfrentam problemas com transportes, enchentes e excesso de lixo. Regiões metropolitanas foram criadas com o objetivo de enfrentar as dificuldades decorrentes das conurbações. Além desses problemas, as cidades brasileiras não conseguem absorver o grande volume de mão de obra do campo, gerando uma grande massa de subempregados e desempregados.

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