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Em várias civilizações antigas, a prática esportiva é acometida sobre os mais variados conceitos. Os Incas, por exemplo, viam o esporte como um ato de adoração divina. Já os Grego, por vez, como uma celebração das estações do ano. No Brasil, o esporte é tido como ferramenta de inclusão social, todavia o atual cenário do país, torna-se totalmente distópico daquele retratado nas civilizações antigas, uma vez que o fator financeiro somado a negligência do estado, corroboram para acentuar a ilusória cidadania-desporte. Nesse sentido vale analisar os fatores que contribuem para essa problemática Em primeira análise é possível perceber a condição financeiro como um agente de exclusão social. Isso se nota, tanto em espaços como clubes esportivos, quanto em atividades das quais somente o dinheiro permiti o acesso, como a esgrima, a canoagem e o polo. Além disso, a oportunidade de fazer do esporte um meio de vida no Brasil , entra em contradição em relação a arquitetura "monoesportista" que prioriza o futebol em detrimento de outros esportes, assim como o fator financeiro que alguns atletas de baixa renda enfrentam para se sustentar e competir nacional e internacionalmente. Em segunda análise, vale destacar que segundo dados de 2004 da Unesco(Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), é possível afirma que onde existem programas de apoio ao esporte para crianças e adolescentes, há uma queda anual de 30% nos índices de criminalidade. Nesse aspecto, o Estado, torna-se o principal impulsionador do problema. Isso porque, na maioria das comunidades periféricas, o governo não é atuante, de modo que são poucos os projetos sociais que lidam com o retrocesso do crime por meio de vias esportivas, como é o caso da ONG, Projeto Esporte para Todos, que só no Rio de Janeiro atende 2 mil pessoas todos os anos, levando aulas de ginastica artística e boxer. Com base nisso, fica evidente a necessidade de um Estado mais ativo nas causas que competem a constituição do país. Depreende-se, portanto, que no Brasil, a falta de inclusão administrativa e social no esporte é um problema a ser combatido. Para tanto, o Ministério da Cultura, juntamente de ONGs ligadas ao esporte, como o Projeto Esporte para Todos, devem atuar por meio de políticas sociais que levem a educação esportiva para escolas públicas e comunidades carentes. Além disso, incentivar outras atividades lúdicas, como natação, vôlei e jiu-jitsu, por intermédio da contratação de professores que atuem tanto em estabelecimentos de ensino público, quanto em comunidades carentes, diminuiria drasticamente os índices de criminalidade, assim como nos dados da Unesco. Dessa forma, a cidadania esportiva, torna-se-ia um campo mais participativo e democrático.