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29/10/2019 Estatuto do Servidor (Funcionário) Público de Gravataí - RS
https://leismunicipais.com.br/estatuto-do-servidor-funcionario-publico-gravatai-rs 1/53
 
www.LeisMunicipais.com.br
LEI Nº 681, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1991.
INSTITUI O REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS MUNICIPAIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
JOSÉ MARIANO GARCIA MOTA, Prefeito Municipal de Gravataí. FAÇO SABER em cumprimento ao disposto
no ar�go 58, inciso IV da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e
promulgo a seguinte LEI:
TÍTULO I
Capítulo Único
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei ins�tui o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do município de Gravataí, das
autarquias e fundações públicas municipais, que ser regerá segundo os preceitos cons�tucionais
per�nentes e pelas disposições adiante elencadas, e, subsidiariamente, pelos demais preceitos e
princípios de Direitos Públicos aplicáveis, no que couber.
Parágrafo Único - Os Servidores do Poder Legisla�vo reger-se-ão pelas normas estabelecidas nesta Lei,
ressalvadas o Plano de Carreira da Câmara, mantendo-se a atual equivalência nos seus níveis, padrões e
funções.
Art. 2º O Regime Jurídico Único dos Servidores públicos municipais da Administração Direta, das
autarquias e fundações públicas municipais, passa a ser o regime estatutário, em caráter geral e cogente.
Art. 3º Para efeitos desta Lei, servidor público municipal é a pessoa natural legalmente inves�da em
cargo público municipal.
Parágrafo Único - Cargo Público, como unidade básica da estrutura orgânica funcional, é o conjunto de
atribuições, deveres e responsabilidades come�das a um servidor, criado por lei, em número
determinado e com denominação própria, com retribuição pecuniária paga pelo Erário.
https://leismunicipais.com.br/lei-organica-gravatai-rs
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https://leismunicipais.com.br/estatuto-do-servidor-funcionario-publico-gravatai-rs 2/53
Art. 4º Os cargos públicos municipais são acessíveis a todos os brasileiros, para provimento em caráter
efe�vo ou em comissão.
Art. 5º Os cargos de provimento efe�vo são organizados em carreiras funcionais ou de forma isolada.
Art. 6º As carreiras funcionais são organizadas em categorias de cargos efe�vos, dispostas de acordo com
a natureza profissional e a complexidade de suas atribuições e responsabilidades.
Art. 7º Os cargos de provimento efe�vo organizados em carreiras asseguram aos servidores
desenvolvimento funcional com evolução ver�cal, dentro da respec�va categoria.
Art. 8º As carreiras poderão compreender categorias de cargos do mesmo grupo profissional, reunidos
em segmentos dis�ntos, de acordo com a habilitação, qualificação ou �tulação exigidos para ingresso e
acesso nos níveis correspondentes.
Art. 9º Categoria é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos de mesma denominação e idên�ca
natureza, segundo os níveis de atribuições e faixas de vencimentos básicos.
Art. 10 - Os cargos de provimento isolado são os que organizados em categorias, não possibilitam
desenvolvimento funcional com evolução ver�cal dentro da respec�va categoria.
Art. 11 - Os cargos de provimento em comissão são os que, pela natureza da fidúcia inerente à função,
têm caráter provisório quanto ao exercício e precário quanto ao desempenho, não gerando para o
servidor, direito à efe�vidade e estabilidade no cargo.
§ 1º - Os cargos de provimento em comissão são de livre nomeação e exoneração.
§ 2º - os cargos de provimento em comissão são exercidos, primordialmente, para atender encargos de
direção.
§ 3º - Para os fins deste ar�go, são equiparadas a cargos de provimento em comissão, as funções
gra�ficadas.
Art. 12 - O provimento dos cargos em comissão, poderá ser procedido com pessoas estranhas ao quadro
funcional.
Art. 13 - Quadro é o conjunto de cargos, integrantes da estrutura orgânica funcional, distribuído em
categorias profissionais, que veda desenvolvimento funcional de uma para outra.
§ 1º - Os cargos de provimento efe�vo integram o quadro permanente de cargos.
§ 2º - Os cargos de provimento em comissão integram o quadro temporário de cargos e funções.
TÍTULO II
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Subs�tuição
Capítulo I
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Do Provimento
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 14 - São requisitos essenciais para inves�dura em cargo público municipal:
I - Aprovação em concursos público de provas ou provas e �tulos;
II - nacionalidade brasileira ou equiparada;
III - gozo dos direitos polí�cos;
IV - quitação com as obrigações eleitorais e militares;
V - idade mínima de dezoito anos;
VI - ap�dão �sica e mental;
VII - idade máxima de até 70 anos;
VIII - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo.
§ 1º - As atribuições do cargo podem jus�ficar a exigência de outros requisitos, fixados em Lei ou no
regulamento do concurso.
Art. 15 - As pessoas portadoras de deficiências �sica é assegurado o direito de inscrição em concurso
público municipal para provimento de cargos cujas atribuições sejam compa�veis com a deficiência do
que são portadoras, para as quais serão reservadas até dez por cento das vagas oferecidas no concurso, as
quais terão classificação dis�nta dos demais candidatos.
Art. 16 - O provimento dos cargos públicos far-se-á por ato da autoridade competente.
Art. 17 - A inves�dura em cargo público, cumpridas as cautelas legais, ocorrerá com a posse.
Art. 18 - São formas de provimento em cargo público:
I - Nomeação;
II - Ascensão;
III - Transferência;
IV - Readaptação;
V - Reversão;
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VI - Aproveitamento;
VII - Reintegração e
VIII - recondução.
SEÇÃO II
Art. 19 - A nomeação far-se-á:
I - em caráter efe�vo, quando se tratar de cargo de provimento efe�vo, de carreira ou isolado;
II - em caráter temporário, quando se tratar de cargo em comissão, função gra�ficada, de livre nomeação
e exoneração.
Art. 20 - A nomeação para cargo de provimento efe�vo far-se-á no plano inicial de carreira, condicionado
à prévia habilitação em concurso público, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo Único - Os demais requisitos para ingresso e desenvolvimento do servidor na carreira, mediante
promoção transposição ou ascensão, serão estabelecidas pela legislação que fixar as diretrizes do sistema
de carreiras na Administração Municipal.
SEÇÃO III
Do Concurso Público
Art. 21 - O concurso público será de provas ou de provas e �tulos, realizado em uma ou mais etapas,
conforme dispuser o regulamento geral e o edital, observados os princípios cons�tucionais.
Art. 22 - O concurso público terá validade de até dois anos podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período.
§ 1º - O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização, serão fixados em edital, que
reger-se-ão por normas gerais fixadas em regulamento, e por normas especiais exaradas pela autoridade
competente, que serão publicadas por extratos em jornal de grande circulação local, e demais meios que
assegurem ampla publicidade.
§ 2º - Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado.
SEÇÃO IV
Da Posse e do Exercício
Art. 23 - Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo
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público, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do respec�vo termo pela
autoridade competente e pelo empossado.
§ 1º - A posse ocorrerá no prazo de dez dias contados da formalização doato de provimento, prorrogável
por igual prazo, a requerimento prévio do interessado.
§ 2º - A posse será obrigatoriamente pessoal;
§ 3º - Em se tratando de servidor em licença, ou qualquer outro afastamento legal, o prazo será contado
do término do impedimento, assegurada a vaga correspondente.
§ 4º - Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação ou ascensão.
§ 5º - No ato da posse o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração sobre exercício de outro
cargo, emprego ou função pública, e, se nomeado para cargo em comissão, declaração de bens e valores
que cons�tuem seu patrimônio.
§ 6º - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial credenciada.
§ 7º - Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto, �sica e mentalmente, para o exercício do
cargo.
Art. 24 - Exercício é o efe�vo desempenho das atribuições do cargo.
§ 1º - É de trinta dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 2º - Será tornado sem efeito o ato de provimento, se não ocorrerem a posse e/ou o exercício, nos prazos
previstos nesta Lei.
§ 3º - A autoridade competente do órgão ou en�dade para onde for designado o servidor, compete dar-
lhe exercício.
§ 4º - O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento individual do
servidor.
§ 5º - Ao entrar em exercício o servidor apresentará, ao órgão competente, os elementos necessários ao
assentamento individual.
Art. 25 - O servidor que, por prescrição legal, deva prestar caução como garan�a, não poderão entrar em
exercício sem prévia sa�sfação desta exigência.
§ 1º - A caução poderá ser feita por uma das modalidades seguintes:
I - depósito em moeda corrente;
II - garan�a hipotecária;
III - �tulo de dívida pública;
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IV - seguro fidelidade funcional, emi�do por ins�tuição legalmente autorizada.
§ 2º - Na hipótese de seguro, as contribuições referente ao respec�vo prêmio serão descontados do
servidor segurado, em folha de pagamento.
§ 3º - É vedado o levantamento da caução antes da tomada de contas do servidor.
§ 4º - O responsável por desvio patrimonial não ficará isento da ação administra�va ou penal, ainda que o
valor da caução seja superior ao do prejuízo causado, ou que ocorra o correspondente ressarcimento.
§ 5º - Em qualquer caso, o servidor efe�vo que em razão de cargo ou função, recebe ou pague valores
pecuniários, ou mantenha �tulos ou valores sob guarda, perceberá, enquanto no exercício, um adicional
de dez por cento do respec�vo vencimento básico, a �tulo de "quebra-caixa", o qual não se incorpora a
remuneração para qualquer fim ou efeito.
Art. 26 - A transposição ou a ascensão não interrompem o tempo de exercício, que é contado do novo
posicionamento na carreira, a par�r da formalização do ato que transpor ou ascender o servidor.
Art. 27 - O servidor transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, que deva ter exercício em
outro órgão ou en�dade, ou em outra localidade, quando em virtude de férias, casamento e luto, terá dez
dias, a par�r do término do impedimento ou afastamento, para entrar em exercício, acrescido de igual
período quando necessário o deslocamento para nova localidade.
§ 1º - O servidor não poderá ausentar-se do Município para estudo ou missão oficial, sem prévia
autorização do Prefeito Municipal.
§ 2º - A ausência não poderá exceder a dois anos e, findo o estudo ou missão, somente decorrido igual
período será admi�da nova ausência.
§ 3º - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste ar�go não será concedida exoneração ou licença para
tratar de interesse par�cular, antes de decorrido período igual da ausência, ressalvada a hipótese de
ressarcimento das despesas havidas com seu afastamento.
SEÇÃO V
Do Estágio Probatório
Art. 28 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efe�vo submeter-se-á a
estágio probatório por período de dois anos de efe�vo e ininterrupto exercício no cargo, durante o qual
sua ap�dão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguintes requisitos:
I - idoneidade moral;
II - assiduidade;
III - disciplina;
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IV - produ�vidade;
V - capacidade de inicia�va.
Art. 29 - Enquanto não adquirir a estabilidade, poderá o servidor ser exonerado no interesse do serviço
público nas seguintes hipóteses:
I - inassiduidade;
II - indisciplina;
III - insubordinação
IV - improbidade;
V - ineficiência;
VI - falta de dedicação ao serviço ou desídia no desempenho das respec�vas funções;
VII - incon�nência de conduta ou mau procedimento;
VIII - advocacia administra�va;
IX - condenação criminal passada em julgado, com privação total de liberdade;
X - embriaguez habitual ou em serviço;
XI - prá�ca de jogos de azar;
XII - ato lesivo da honra ou da boa fama pra�cado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas �sicas,
nas mesmas condições, salvo em caso de legí�ma defesa, própria ou de outrem;
XIII - ato lesivo da honra, boa fama ou ofensas �sicas, pra�cados contra superiores hierárquicos ou os
demais servidores, salvo em caso de legí�ma defesa, própria ou de outrem; e
XIV - atos atentatórios à segurança nacional.
§ 1º - Ocorrendo quaisquer dos casos previstos neste ar�go, o superior imediato representará à
autoridade competente, a qual deverá dar vistas ao servidor, a fim de que o mesmo possa apresentar sua
defesa, no prazo de cinco dias.
§ 2º - Decorrido o prazo de defesa, apresentada esta ou não, e entendidas as diligências eventualmente
requeridas e determinadas, a autoridade competente decidirá, no prazo de quinze dias, em ato mo�vado
e fundamentado, pela exoneração do servidor, ou por sua manutenção no cargo, con�nuando, nesse
caso, sob avaliação probatória.
Art. 30 - Findo o período de estágio probatório, a autoridade competente fica obrigada a pronunciar-se
sobre o atendimento, pelo estagiário, dos requisitos fixados para o estágio pelo ar�go 28, dentro do prazo
mínimo de trinta dias antecedentes ao término do estágio, sob pena de operar-se a estabilidade do
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servidor.
Parágrafo Único - O servidor não aprovado no estágio será exonerado em ato fundamentado, ou, se
estável, será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no ar�go 40, parágrafo
2º.
SEÇÃO VI
Da Estabilidade
Art. 31 - O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efe�vo
adquire estabilidade no serviço público ao completar dois anos de efe�vo e ininterrupto exercício do
cargo, desde que aprovado em estágio probatório.
Art. 32 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
de processo administra�vo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
SEÇÃO VII
Da Transferência
Art. 33 - A transferência é a passagem do servidor estável de cargo efe�vo de carreira, para outro de igual
denominação, categoria e vencimento básico, pertencente a quadro funcional diverso.
§ 1º - A transferência ocorrerá de o�cio ou a pedido do servidor, atendido o interesse ao serviço,
mediante preenchimento de vaga.
§ 2º - Será admi�da a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em ex�nção, para igual
situação em quadro de outro órgão ou serviço, segundo dispuser a lei.
SEÇÃO VIII
Da Readaptação
Art. 34 - Readaptação é a inves�dura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compa�veis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade �sica ou mental, verificada em
inspeção medica oficial credenciada.
§ 1º - Se julgado incapaz para o serviço públicoo readaptando será aposentado.
§ 2º - A readaptação será efe�vada em cargo de carreira ou isolado de atribuições afins, respeitada a
habilitação exigida para acesso.
§ 3º - Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar aumento ou redução do vencimento
básico do servidor.
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§ 4º - Enquanto inexis�r vaga, serão come�dos ao readaptando as atribuições do cargo indicado, até
regular provimento.
SEÇÃO IX
Da Reversão
Art. 35 - Reversão é o retorno à a�vidade de servidor aposentado por invalidez quando, por decisão
administra�vo ou judicial, forem declarados insubsistentes os mo�vos determinantes da aposentadoria.
§ 1º - A reversão de servidor aposentado por tempo de serviço poderá se dar a pedido, atendido o
interesse do serviço, condicionada sempre a existência de vaga.
§ 2º Em nenhum caso far-se-á a reversão sem que, mediante inspeção médica oficial credenciada, fique
comprovada a capacidade �sica e mental do servidor para o exercício do cargo.
Art. 36 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
Art. 37 - Não poderá reverter o aposentado que contar setenta anos de idade.
Art. 38 - A reversão dará direito à contagem do tempo em que o servidor esteve aposentado,
exclusivamente para nova aposentadoria.
SEÇÃO X
Da reintegração
Art. 39 - Reintegração é a reinves�dura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, quando
invalidada a sua demissão, por decisão administra�va ou judicial, com ressarcimento de todas as
vantagens.
Parágrafo Único - Encontrando-se provido o cargo o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de
origem, sem direito a indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade
remunerada.
SEÇÃO XI
Da Recondução
Art. 40 - Recondução é o retorno do servidor efe�vo estável ao cargo anteriormente ocupado.
§ 1º - A recondução decorrerá de:
a) inabilitação em estágio probatório rela�vo a outro cargo;
b) reintegração no anteriormente ocupado;
29/10/2019 Estatuto do Servidor (Funcionário) Público de Gravataí - RS
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§ 2º - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o
disposto ao ar�go 42.
SEÇÃO XII
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 41 - Ex�nto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade,
com remuneração integral.
Art. 42 - O retorno à a�vidade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos básicos compa�veis com a anteriormente ocupado.
Parágrafo Único - Para aproveitamento, observar-se-á a ordem de preferência, primeiro àquele servidor
que es�ver há mais tempo em disponibilidade, e após àquele que contar com mais tempo de efe�vo
serviço público municipal.
Art. 43 - O aproveitamento do servidor que se encontre em disponibilidade há mais de 12 meses,
dependerá de prévia comprovação de sua capacidade �sica e mental, verificada em inspeção médica
oficial credenciada.
§ 1º - Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo legal, consoante o ar�go 24.
§ 2º - Verificada a incapacidade defini�va o servidor em disponibilidade será aposentado.
Art. 44 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar
em exercício no prazo legal do ar�go 24, salvo doença comprovada por inspeção médica oficial
credenciada.
Capítulo II
Da Vacância
Art. 45 - A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão
III - ascensão;
IV - transferência;
V - readaptação;
VI - aposentadoria;
29/10/2019 Estatuto do Servidor (Funcionário) Público de Gravataí - RS
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VII - posse em outro cargo público inacumulável e,
VIII - falecimento.
Art. 46 - A exoneração de cargo efe�vo dar-se-á a pedido do servidor ou de o�cio.
Parágrafo Único - A exoneração de o�cio será aplicada:
a) quando não sa�sfeitas as condições do estágio probatório;
b) quando, por decurso de prazo, ficar ex�nta a punibilidade para demissão por abandono de cargo; e
c) quando não entrar no exercício no prazo estabelecido.
Art. 47 - A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:
a) a juízo da autoridade competente;
b) a pedido do próprio servidor.
Parágrafo Único - O afastamento de servidor efe�vo de cargo em comissão, dar-se-á:
I - a pedido;
II - mediante livre exoneração ou nos casos de:
a) promoção;
b) cumprimento do prazo de rota�vidade na função;
ou
c) por falta de exação no exercício de suas atribuições ou falta de fidúcia, segundo resultado de avaliação
procedida pela autoridade competente, fundamentadamente.
Capítulo III
Da Remoção e da Redistribuição
SEÇÃO I
Da Remoção
Art. 48 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de o�cio, com preenchimento de cargo de
lotação, no âmbito do mesmo quadro funcional.
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Parágrafo Único - A remoção mediante permuta será precedida de pedido escrito de ambos os servidores
interessados.
SEÇÃO II
Da Redistribuição
Art. 49 - A redistribuição é a movimentação do servidor, com o respec�vo cargo, para quadro de pessoal
de outro órgão ou en�dade, cujos planos de cargos e vencimentos básicos sejam idên�cos, observado
sempre o interessa da Administração.
§ 1º - A redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades
dos serviço, inclusive nos casos de reorganização, ex�nção de órgão ou en�dade.
§ 2º - Nos casos de ex�nção de órgãos ou en�dades os servidores que não puderem ser redistribuídos, na
forma deste ar�go, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento, na forma do ar�go 41.
Capítulo IV
Da Subs�tuição
Art. 50 - Os ocupantes de cargos em comissão, na condição de Secretários do Município, terão
subs�tutos indicados na forma do regulamento, designados dentre servidores de livre escolha ou de
unidade administra�va diversa.
§ 1º - O subs�tuto assumirá automa�camente o exercício do cargo nos afastamentos ou impedimentos do
�tular.
§ 2º - O subs�tuto fará jus à gra�ficação pelo exercício de cargo em comissão de que trata o ar�go 86 a
ser paga na proporção dos dias de efe�va subs�tuição, desde que por inters�cio mínimo de dez dias.
Art. 51 - O disposto no ar�go antecedente somente poderá ser aplicado aos demais �tulares de unidades
administra�vas organizadas sob a forma de direção geral, chefia ou assessoramento superior, consoante
regulamento.
Capítulo V
Da Função Gra�ficada
Art. 52 - Função Gra�ficada é aquela que, ins�tuída por lei para atender encargos de maior
responsabilidade ou de natureza peculiar, será provida mediante nomeação de servidor efe�vo para ela
designado, consoante o ar�go 19, II, em caráter provisório quanto ao exercício e precário quanto ao
desempenho, não gerando para o servidor, direito de efe�vidade ou estabilidade.
§ 1º - É livre a designação dentre servidores efe�vos para o exercício de funções gra�ficadas, e sua
exoneração atenderá ao preconizado pelo ar�go 47 e seu parágrafo único.
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§ 2º - O servidor fará jus à gra�ficação de que trata o ar�go 85, quando no exercício de função gra�ficada,
paga até o seu afastamento.
Art. 53 - O exercício de função gra�ficada é inacumulável com o de cargo em comissão.
Parágrafo Único - A designação para função gra�ficada poderá recair em servidor de outro órgão ou
en�dade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cedidoao Município
sem prejuízo de seus es�pêndios.
TÍTULO III
Capítulo Único
Do Serviço Público
SEÇÃO I
Da Jornada Laboral
Art. 54 - O servidor público municipal está sujeito a uma jornada legal de trabalho de até quarenta horas
semanais, na forma que dispuser o regulamento, não podendo ser superior a oito horas diárias.
Parágrafo Único - Por necessidade do serviço ou mediante acordo escrito, poderá ser ins�tuído sistema de
compensação de horário, hipótese em que a jornada diária poderá ser superior a oito horas diárias, com a
correspondente diminuição das horas excedentes em outro dia, sempre observada a jornada semanal
máxima.
Art. 55 - A freqüência e assiduidade do servidor será controlada:
I - pelo ponto;
II - por forma determinada em regulamento, quanto a servidores não sujeitos ao ponto.
§ 1º - Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o comparecimento do servidor ao serviço e pelo
qual é verificada sua entrada e saída diárias.
§ 2º - É vedado abonar faltas ao serviço e dispensar o servidor do registro do ponto, salvo nas hipóteses
legais.
Art. 56 - Para assegurar o funcionamento de serviços públicos ininterruptos ou essenciais, ou em razão
de superior interesse público, o servidor poderá restar a disposição da Administração em regime de
sobre-aviso ou sob a forma de plantões.
§ 1º - A jornada laboral realizada em regime de sobre-aviso ou sob a forma de plantões, não está limitada
às oito horas diárias, não �pificando jornada extraordinária aquelas horas excedentes a esse limite, e
poderá ser prestada tanto em dependências públicas da municipalidade quanto na residência do servidor,
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conforme dispuser a autoridade competente.
§ 2º - O regime de sobre-aviso não excederá de uma jornada ininterrupta de dezoito horas, e, quando sob
a forma de plantões, não excederá de uma jornada de vinte e quatro horas em cada quarenta e oito
horas.
Art. 57 - Pelo serviço realizado em regime de sobre-aviso ou sob a forma de plantões, o servidor
perceberá o respec�vo adicional.
Parágrafo Único - Ao servidor em regime de sobre-aviso ou sob a forma de plantões, realizados em
dependências públicas municipais, serão fornecidas instalações apropriadas para descanso higiene e
alimentação.
SEÇÃO II
Da Jornada Laboral Extraordinária
Art. 58 - Por necessidade do serviço, a jornada laboral fixada para o servidor poderá ser ampliada,
consoante o que determinar a autoridade competente.
§ 1º - A jornada extraordinária será remunerada com o respec�vo adicional, por cada hora de trabalho
que exceder a jornada legal, salvo as exceções legais.
§ 2º - Salvo casos excepcionais, a jornada extraordinária não poderá exceder de duas horas diárias.
§ 3º - O servidor que realizar jornada laboral pelo sistema de compensação de horário, não fará jus ao
adicional considerado o limite semanal máximo.
Art. 59 - VETADO
Parágrafo único - VETADO
Art. 60 - O servidor que, conforme enunciado no regulamento, exercer cargo em comissão ou função
gra�ficada não sujeito ao controle de ponto, não perceberá qualquer adicional por eventual jornada
excedente à legal.
Parágrafo único - O exercício de cargo em comissão ou função gra�ficada exigirá de seu ocupante integral
dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver dedicação ao serviço, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Administração, não estando subme�do aos limites retro
enunciados.
SEÇÃO III
Do repouso Remunerado e Intervalos
Art. 61 - O servidor tem direito a repouso semanal, em um dia de cada semana, preferencialmente aos
domingos, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
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Art. 62 - Entre duas jornadas diárias de trabalho deverá haver, sempre, um intervalo mínimo de doze
horas para repouso e alimentação dos servidor, salvo as exceções legais.
Art. 63 - No curso de cada jornada diária de trabalho superior a seis horas, deverá haver um intervalo
mínimo de uma hora e máximo de três horas, consoante o regulamento o estabelecer, igualmente para
descanso e alimentação do servidor.
§ 1º - Na hipótese acima, em cada turno de quatro horas deverá haver um intervalo de quinze minutos
para lanche do servidor, segundo dispor o regulamento.
§ 2º - Os intervalos com exceção dos des�nados ao lanche, não serão considerados como tempo de
serviço a disposição da Administração ainda que durante os mesmos o servidor permaneça no local de
trabalho.
TÍTULO IV
Dos Direitos e Vantagens
Capítulo I
Do Vencimento e da Remuneração
Art. 64 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em Lei.
Art. 65 - Remuneração é o vencimento do cargo efe�vo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes ou temporárias, estabelecidas em Lei.
§ 1º - A remuneração do servidor efe�vo inves�do em cargo em comissão ou função gra�ficada, será paga
na forma dos ar�gos 85 e 86.
§ 2º - O servidor inves�do em cargo em comissão ou função gra�ficada de outro órgão ou en�dade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, perceberá sua remuneração de
acordo com o estabelecido pelo ar�go 135 e seus parágrafos.
Art. 66 - O vencimento do cargo efe�vo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredu�vel e
observará o princípio da isonomia, quando couber, e demais preceitos cons�tucionais.
Parágrafo único - Aplicam-se as normas deste ar�go aos servidores estáveis em 05 de outubro de 1988.
Art. 67 - Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, à �tulo de remuneração, importância superior
à soma dos valores fixados como remuneração, para secretários do Município, exceto vantagens pessoais,
ressalvados os direitos adquiridos até a promulgação deste regime jurídico.
§ 1º - Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas pelo ar�go 84, inciso III à VII.
§ 2º - Em qualquer hipótese, a soma total de quaisquer valores percebidos como remuneração, em
espécie, a qualquer �tulo, pelo servidor, não poderá ser superior aos valores percebidos como
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remuneração, em espécie, pelo Prefeito Municipal, aí considerados inclusive, as vantagens enunciadas
pelo ar�go 84 e seus incisos.
Art. 68 - O menor vencimento de cargo público municipal não será inferior a um doze avos do valor
fixado como maior vencimento de cargo público municipal, �pificando aquele, o piso remuneratório no
âmbito do Município.
Art. 69 - O servidor perderá:
I - a remuneração dos dias que faltar injus�ficadamente ao serviço, sem prejuízo das demais penalidades
disciplinares cabíveis;
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências no curso da jornada e saídas
antecipadas, iguais ou superiores a dez minutos, sem prejuízo das demais penalidades disciplinares
cabíveis.
Art. 70 - Salvo por imposição legal, ou mandato judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração
do servidor.
Parágrafo único - Mediante autorização expressa e escrita do servidor poderá haver descontos em folha
de pagamento a favor de terceiros, a critério da Administração e com reposição dos custos.
Art. 71 - As reposições e indenizações devidas à Fazenda Municipal serão descontadas em folha de
pagamento, em parcelas mensais, monetariamente corrigidas e acrescidas de juros legais de um por
cento ao mês, não excedentes à décima parte da remuneração mensal do servidor.
Art. 72 - O servidor em débito com o Erário, que for demi�do, exonerado ou �ver a sua disponibilidade
cassada, terá o prazo de dez dias para quitá-lo.
Parágrafo único - O não pagamento do débito no prazo determinado implicará em sua inscrição em Dívida
A�va e subseqüentecobrança judicial.
Art. 73 - A remuneração do servidor não será objeto de arresto, seqüestro, penhora ou qualquer outro
ato de constrição, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de homologação judicial.
Capítulo II
Das Vantagens
Art. 74 - Juntamente com o vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - Indenizações;
II - auxílios pecuniários; e
III - gra�ficações e adicionais.
§ 1º - As indenizações e os auxílios não se incorporam ao vencimento para qualquer efeito.
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§ 2º - Após cinco anos ininterruptos ou dez intercalados de efe�vo na função, as gra�ficações e adicionais
incorporam-se ao vencimento.
Art. 75 - As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de
quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo �tulo ou igual fundamento.
SEÇÃO I
Das Indenizações
Art. 76 - Cons�tuem indenizações ao servidor:
I - Diárias; e
II - transporte.
Art. 77 - Os valores das indenizações assim como as condições para sua concessão serão estabelecidos
em regulamento, observados os limites máximos fixados em lei.
SUBSEÇÃO I
Das Diárias
Art. 78 - O servidor que, por determinação da autoridade competente, se deslocar em caráter eventual
ou transitório para fora do Município no desempenho de suas atribuições, serão concedidas diárias, além
do transporte, para cobrir as despesas com estada, alimentação e locomoção urbana.
Parágrafo único - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida por metade quando o
deslocamento não exigir pernoite fora do Município.
Art. 79 - O servidor que receber diárias e não se afastar do Município por qualquer mo�vo, fica obrigado
a res�tuí-las integralmente, no prazo de três dias.
Parágrafo único - Na hipótese do servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para o
seu afastamento, res�tuirá as diárias recebidas em excesso em igual prazo.
Art. 80 - O valor da diária não poderá exceder ao valor equivalente a metade do maior vencimento de
cargo efe�vo, em território estrangeiro, observando a regulamentação fixada em lei.
SEÇÃO II
Dos Auxílios Pecuniários
Art. 81 - Serão concedidos ao servidor ou a sua família, os seguintes auxílios pecuniários:
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I - Auxílio-transporte; e
II - auxílio-família.
SUBSEÇÃO I
Do Auxílio-Transporte
Art. 82 - Será devido ao servidor a�vo auxílio-transporte pela u�lização efe�va em despesas com
deslocamentos da residência para o trabalho e do trabalho para a residência, através do sistema de
transporte cole�vo público, urbano, ou intermunicipal, excluídos os serviços sele�vos e os especiais.
§ 1º - O valor mensal do auxílio-transporte será equivalente à parcela que exceder a seis por cento do
vencimento percebido pelo servidor, que o mesmo venha a efe�vamente dispender com o seu
deslocamento.
§ 2º - O auxílio-transporte fica subme�do ao regime do vale-transporte ins�tuído pela Lei Federal nº
7.418, de 16 de dezembro de 1985, naquilo que couber, ficando sua concessão condicionada ao
implemento das condições e limites definidos pela citada Lei.
SEÇÃO II
Do Auxílio-Família
Art. 83 - O auxílio-família será devido ao servidor a�vo por filho de qualquer condição, enteado, menor,
sob sua guarda ou tutela, menor de catorze anos ou excepcional de qualquer idade, que mantenham
relação de dependência com o servidor conforme dispuser o regulamento.
Parágrafo Único - O valor unitário do auxílio-família, que será mensalmente pago por cada dependente,
corresponderá a um por cento do menor vencimento de cargo efe�vo.
SEÇÃO III
Das Gra�ficações e Adicionais
Art. 84 - Além do vencimento e vantagens estabelecidas nesta lei, serão deferidas aos servidores as
seguintes gra�ficações e adicionais:
I - gra�ficação pelo exercício de função gra�ficada;
II - gra�ficação pelo exercício de cargo em comissão;
III - gra�ficação natalina;
IV - adicional pelo exercício de a�vidades em condições penosas, insalubres ou perigosas;
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V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional por dia de repouso trabalhado;
VIII - gra�ficação por a�vidade em escola especial para excepcionais.
SUBSEÇÃO I
Da Gra�ficação pelo exercício de Função Gra�ficada
Art. 85 - Ao servidor efe�vo inves�do em função gra�ficada, é devida uma gra�ficação pelo seu exercício,
em percentuais, coeficientes ou valores fixados em lei própria.
Parágrafo Único - VETADO
SUBSEÇÃO II
Da Gra�ficação pelo Exercício de Cargo em Comissão
Art. 86 - Ao servidor efe�vo inves�do em Cargo em Comissão, é devida uma gra�ficação pelo seu
exercício, em percentuais, coeficientes ou valores fixados em Lei própria.
§ 1º - O servidor poderá optar pela remuneração do cargo em comissão, hipótese em que não lhe será
devida esta gra�ficação, deixando o servidor de perceber o vencimento do cargo efe�vo enquanto
perdurar a opção.
§ 2º - Esta gra�ficação e tampouco a remuneração do Cargo em Comissão, se por ela optar, não se
incorporam ao vencimento do servidor, em nenhuma hipótese e para quaisquer fins, podendo ser
suprimidas quando cessar o exercício do cargo, a qualquer tempo.
SUBSEÇÃO III
Da Gra�ficação Natalina
Art. 87 - A gra�ficação natalina correspondente a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus
no mês de dezembro de cada ano, proporcional aos meses de efe�vo exercício no ano, e obje�va atender
ao mandamento cons�tucional per�nente.
Parágrafo Único - A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral para os
efeitos de gra�ficação.
Art. 88 - A gra�ficação prevista neste ar�go será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.
Art. 89 - VETADO
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Parágrafo Único - VETADO
Art. 90 - O servidor demi�do ou exonerado perceberá sua gra�ficação natalina, proporcionalmente aos
meses de efe�vo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da missão ou exoneração.
Art. 91 - A gra�ficação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
SUBSEÇÃO IV
Dos Adicionais de Penosidade, Insalubridade e Periculosidade
Art. 92 - Os servidores que executarem a�vidades penosas ou que trabalhem com habitualidade em
locais insalubres, ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioa�vas ou com risco de vida,
fazem jus a um adicional calculado na forma enunciada abaixo.
Art. 93 - O servidor que fizer jus aos adicionais de penosidade, insalubridade ou periculosidade, deverá
optar por um deles, quando for o caso, não sendo acumuláveis estas vantagens.
Parágrafo Único - O direito ao adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade, cessa a
eliminação das condições ou dos riscos que deram à sua concessão, não se incorporando à remuneração
do servidor, salvo quando o servidor adquirir doença profissional devida a efeitos destes agentes sobre
seu organismo.
Art. 94 - O adicional de penosidade somente será concedido quando reconhecida a penosidade da
a�vidade desenvolvida pelo servidor, em laudo pericial exarado por junta médica oficial credenciada, para
o que:
I - tem-se por a�vidade penosa, aquela que causar à quem a desenvolver, fadiga �sica e mental
considerada incomum e anormal, em face à maioria das demais a�vidades habitualmente desenvolvidas
pelos trabalhadores em geral.
§ 1º - O adicional será devido à razão de dez por cento do vencimento básico do cargo efe�vo, a par�r do
laudo que reconhecera penosidade da a�vidade desenvolvida pelo servidor.
§ 2º - Enquanto devido, o adicional de penosidade será considerado para cálculo das férias e da
gra�ficação natalina do servidor.
§ 3º - É vedado à servidora gestante ou lactante desenvolver a�vidades com substâncias radioa�vas.
Art. 95 - O adicional de insalubridade somente será concedido quando reconhecida a insalubridade da
a�vidade desenvolvida pelo servidor, em laudo pericial exarado por junta médica e/ou de engenharia
oficial credenciada, com acompanhamento de assistente técnico indicado por en�dade classista
representa�va dos municipários, observados os critérios enunciados pelos Anexos da Norma
Regulamentadora 15, da Portaria nº 3.214, de 08.06.78, da Secretaria de Segurança e Medicina do
Trabalho, e suas subseqüentes alterações, nos seus estritos termos, para o que:
I - tem-se por a�vidade insalubre aquela que causar a quem a desenvolve co�diana e habitualmente,
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reconhecido prejuízo à Saúde.
§ 1º - O adicional é divido:
a) à razão de um vigésimo do menor vencimento básico de cargo efe�vo, a par�r do laudo que
reconhecer a insalubridade em grau mínimo da a�vidade desenvolvida;
b) à razão de um quinto do menor vencimento básico do cargo efe�vo, a par�r do laudo que reconhecer a
insalubridade em grau máximo da a�vidade desenvolvida.
§ 2º - Enquanto devido, o adicional de insalubridade será considerado para cálculo das férias e da
gra�ficação natalina do servidor.
Art. 96 - O adicional de periculosidade somente será concedido quando reconhecida a periculosidade da
a�vidade desenvolvida pelo servidor, em laudo pericial exarado por junta médica e/ou de engenharia
oficial credenciada, observados os critérios enunciados pelos Anexos da Norma Regulamentadora 16, da
Portaria nº 3.214, de 08.06.78, da Secretaria de Segurança Medicina do Trabalho, e pelas disposições da
Lei Federal nº 7.369, de 20.09.85, regulamentada pelo Decreto nº 92.212, de 26.12.85, e suas
subseqüentes alterações, nos seus estritos termos, para o que:
I - tem-se por a�vidade perigosa aquela que atenta contra a integridade �sica por contato permanente
com substâncias tóxicas, ou com risco de vida, de quem a desenvolve co�diana e habitualmente.
§ 1º - O adicional será devido à razão de trinta por cento do vencimento básico do cargo efe�vo, a par�r
do laudo que reconhecer a periculosidade da a�vidade desenvolvida pelo servidor.
§ 2º - Enquanto devido, o adicional de periculosidade será considerado para cálculo das férias e da
gra�ficação natalina do servidor.
SUBSEÇÃO V
Do Adicional Por Tempo de Serviço Extraordinário
Art. 97 - O adicional pela prestação de serviço extraordinário será devido à razão de cinqüenta por cento
sobre o valor da hora normal de trabalho, por cada hora extraordinária realizada que exceder a jornada
legal, considerando para cálculo, o vencimento efe�vo do servidor.
Parágrafo Único - Quando em regime de sobre-aviso, ou sob a forma de plantão, o adicional devido
corresponderá a um terço do vencimento efe�vo do servidor, não incidindo nessas hipóteses, o disposto
no "caput" deste ar�go.
SUBSEÇÃO VI
Do Adicional Noturno
Art. 98 - Ao servidor que realizar jornada laborosa noturna para tanto considerada aquela realizada entre
as vinte e duas horas de um dia e as seis do dia seguintes, será devida um adicional noturno à razão de
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vinte por cento do valor da respec�va hora normal diurna.
§ 1º - O trabalho noturno, cuja hora é computada com cinqüenta e dois minutos e trinta segundos,
poderá ser suprimido pela Administração a qualquer tempo, não sendo incorporado ao vencimento do
servidor para quaisquer efeitos, cessando com a eliminação das condições que lhe deram causa.
§ 2º - Enquanto devido, o adicional noturno será considerado para cálculo das férias e da gra�ficação
natalina.
SUBSEÇÃO VII
Do Adicional Por Dia de Repouso Trabalhado
Art. 99 - O servidor que exerce a�vidade laboral em dias des�nados ao repouso semanal e nos dias
feriados, caso não compensado com iguais dias de descanso subseqüente, fará jus ao adicional de 100%
por hora trabalhada.
Capítulo III
Das Férias
SEÇÃO I
Do Direito a Férias e sua Duração
Art. 100 - O servidor fará jus, anualmente, ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da
remuneração.
Art. 101 - Após cada período de doze meses de efe�vo serviço, o servidor terá direito a férias, observados
os seguintes critérios:
I - férias de trinta dias, para o servidor que não contar com mais de cinco faltas injus�ficadas no serviço
durante o respec�vo período aquisi�vo;
II - férias de vinte e cinco dias, para o servidor que não contar com mais de dez faltas injus�ficadas no
serviço, durante o respec�vo período aquisi�vo;
III - férias de vinte dias, para o servidor que não contar com mais de quinze faltas injus�ficadas no serviço,
durante o respec�vo período aquisi�vo;
IV - férias de quinze dias, para o servidor que não contar com mais de vinte faltas injus�ficadas no serviço,
durante o respec�vo período aquisi�vo.
§ 1º - Não fará jus a férias o servidor que faltar injus�ficadamente ao serviço por mais de vinte dias, no
respec�vo período aquisi�vo.
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§ 2º - Igualmente não fará jus a férias o servidor que, no respec�vo período aquisi�vo, es�ver em
disponibilidade por mais de trinta dias, sendo-lhe assegurado, entretanto, a percepção de um terço da
sua remuneração.
§ 3º - É vedado descontar, no período de férias, as faltas do servidor ao serviço.
Art. 102 - Não serão consideradas faltas ao serviço as ausências decorrentes de concessões, licenças e
afastamentos previstos em lei, ocorridos no curso do respec�vo período aquisi�vo, naquelas hipóteses
em que o servidor con�nue percebendo a remuneração do cargo ou função normalmente, como se em
exercício efe�vo.
Art. 103 - Será descontado do período aquisi�vo o tempo em que o servidor es�ver ausente do serviço,
em razão de concessões, licenças e afastamentos em que o servidor deixar de perceber a remuneração do
cargo ou função exercida.
Art. 104 - Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisi�vo, �ver gozado de licenças
para tratamento de saúde, por acidente em serviço ou enfermidade profissional, ou por mo�vo de
doença em pessoa da família, por mais de seis meses con�nuos ou descon�nuos, e de licença para tratar
de interesses par�culares por qualquer prazo.
Parágrafo Único - Iniciar-se-á a contagem de novo período aquisi�vo quando o servidor, cessado o
impedimento, retornar ao serviço efe�vo.
SEÇÃO II
Da Concessão e do Gozo de Férias
Art. 105 - As férias serão obrigatoriamente concedidas nos doze meses subseqüentes ao decurso do
período aquisi�vo e o respec�vo período de gozo será único e ininterrupto.
§ 1º - Por mo�vo de calamidade pública, comoção interna ou superior interesse público, a Administração
poderá interromper o gozo das férias.
§ 2º - A pedido escrito do servidor, e havendo interesse do serviço, a concessão das férias poderá
subdividir-se em dois períodos de no mínimo dez dias cada.
Art. 106 - A concessão das férias, com indicação do respec�vo período de gozo, será par�cipado ao
servidor, por escrito e com antecedência mínima de quinze dias, mediante protocolado de recebimento.
§ 1º - Cabe à autoridade competente fixar, a seu exclusivo critério e no interesse do serviço, o período de
gozo das férias a que fizer jus o servidor, observando rota�vidade anual de escala.
§ 2º - Aos servidores casados entre si ou que entre si vivem maritalmente há mais de cinco anos, será
permi�do gozar férias, preferencialmente, conjuntas, desdeque atendidos aos demais requisitos
aquisi�vos desse direito por cada qual, e de que haja compa�bilidade respec�va para tanto, ressalvado o
interesse do serviço.
Art. 107 - É vedado à Administração deixar de conceder as férias a que fizer jus o servidor, sob pena de,
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decorrido o respec�vo período de gozo sem sua concessão, arcar com o correspondente pagamento em
dobro, desde que o requerimento para gozo das férias tenha sido protocolado pelo servidor até 60 dias
antes do término do período concessivo.
SEÇÃO III
Da Remuneração das Férias
Art. 108 - O servidor perceberá durante as férias a remuneração integral a que fizer jus, acrescida em um
terço.
§ 1º - Os adicionais e gra�ficações percebidos no período aquisi�vo, serão proporcionalmente
computados à razão de um doze avos para cada mês de efe�vo pagamento, pelos respec�vos valores
vigentes no mês antecedente ao das férias.
§ 2º - A remuneração a que fizer jus o servidor lhe será paga dentro dos cinco dias anteriores ao início do
respec�vo gozo, se dentro do mesmo exercício, vedada qualquer outra antecipação.
Art. 109 - A critério da Administração poderá haver a conversão de até um terço do período total de férias
a que fizer jus o servidor, em pagamento em pecúnia ressalvadas aquelas hipóteses em que o mesmo não
tenha adquirido direito ao seu gozo.
Art. 110 - Ocorrendo revisão de remuneração no curso das férias, a que faça jus o servidor no gozo das
mesmas, o valor da diferença lhe será pago dentro do mês subseqüente ao seu retorno ao serviço.
SEÇÃO IV
Dos Efeitos da Exoneração e da Demissão
Art. 111 - No caso de exoneração ou demissão será devida ao servidor a remuneração correspondente ao
período de férias cujo direito tenha adquirido, na proporção de um doze avos por mês de serviço efe�vo,
observados os critérios enunciados pelo ar�go 101.
Capítulo IV
Das Licenças
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 112 - Conceder-se-á licença ao servidor:
I - em razão de gestação;
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II - por adoção;
III - em razão de paternidade;
IV - para serviço militar;
V - para a�vidade polí�ca;
VI - para desempenho de mandato classista;
VII - para tratar de interesse par�cular;
VIII - para tratamento de saúde;
IX - prêmio assiduidade; e
X - por mo�vo de doença em pessoa da família.
§ 1º - O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e
quatro meses, exceção das hipóteses dos incisos IV, V, VI e VIII.
§ 2º - A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie, será
considerada como prorrogação da antecedente, para todos os efeitos.
§ 3º - VETADO.
§ 4º - VETADO.
SEÇÃO II
Da Licença à Gestante
Art. 113 - À servidora gestante, sem prejuízo de sua remuneração, será concedida licença de cento e vinte
dias consecu�vos, mediante a apresentação de atestado médico probatório da sua gravidez e do tempo
de gestação, a contar do nono mês de gravidez.
§ 1º - Ocorrendo nascimento prematuro, a licença terá início por ocasião do parto.
§ 2º - Por prescrição médica circunstanciada, a licença poderá ser antecipada.
§ 3º - Em caso de aborto não criminoso ou de falecimento do filho por ocasião ou imediatamente após o
parto, será concedida licença de sessenta dias.
Art. 114 - Fica assegurado à servidora, após o nascimento do filho e até que este complete seis meses de
idade, o direito de afastar-se do trabalho por uma hora pela manhã e por uma hora à tarde, para
amamentação, sem prejuízo da sua remuneração, mediante prévia convenção junto ao superior
hierárquico.
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SEÇÃO III
Da Licença Adotante
Art. 115 - À servidora que adotar, ou judicialmente receber a guarda de criança menor de dois anos, será
concedida licença de noventa dias consecu�vos, sem prejuízo de sua remuneração, mediante
apresentação de documento hábil.
Parágrafo Único - A doação ou guarda de criança maior de dois anos e menor de sete anos, ensejará uma
licença de sessenta dias consecu�vos.
SEÇÃO IV
Da Licença Paternidade
Art. 116 - Ao servidor que se tornar pai, será concedida licença de cinco dias consecu�vos, sem prejuízo
de sua remuneração, mediante prévia ou subseqüente apresentação de cer�dão de nascimento do filho.
Parágrafo Único - Igual licença será concedida nos casos de adoção ou guarda judicial de menor de sete
anos, mediante apresentação de documento hábil.
SEÇÃO V
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 117 - Ao servidor efe�vo convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacional,
será concedida licença, sem remuneração.
§ 1º - A licença será concedida mediante apresentação de documento oficial comprobatório da
convocação.
§ 2º - O servidor desincorporado deverá reassumir o exercício efe�vo do cargo dentro do prazo de quinze
dias se a desincorporação ocorrer no Estado, e dentro do prazo de trinta dias se a desincorporação
ocorrer em outro Estado da Federação.
SEÇÃO VI
Da Licença para A�vidade Polí�ca
Art. 118 - O servidor efe�vo terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre
sua escolha, em convenção par�dária, como candidato a cargo ele�vo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Jus�ça Eleitoral.
§ 1º - O servidor efe�vo candidato a cargo ele�vo que exerça cargo em comissão ou função gra�ficada,
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cargo de arrecadação ou fiscalização, dele será afastado a par�r do dia imediato ao registro de sua
candidatura perante a Jus�ça Eleitoral até o dia seguinte ao do pleito.
§ 2º - A par�r do registro da candidatura e até o quinto dia subseqüente ao da eleição, o servidor efe�vo
fará jus à licença remunerada, como se em efe�vo exercício es�vesse.
§ 3º - VETADO.
SEÇÃO VII
Da Licença Para Desempenho de Mandato Classista
Art. 119 - É assegurado ao servidor efe�vo o direito de licenciar-se, com remuneração, para desempenhar
a direção de associados e/ou sindicato classista representa�va de municipários.
Parágrafo Único - Somente poderão licenciar-se três servidores eleitos para cargos de direção, indicados
pelo Sindicato e/ou Associação Classista, e a licença terá a duração igual ao mandato, podendo ser
prorrogada em caso de reeleição.
SEÇÃO VIII
Da Licença para Tratar de Interesses Par�culares
Art. 120 - A pedido do interessado, poderá ser concedida ao servidor efe�vo estável licença para tratar de
interesses par�culares, pelo prazo de até dois anos consecu�vos, sem remuneração.
Parágrafo Único - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo a pedido do servidor ou no
interesse do serviço.
Art. 121 - Não será concedida nova licença antes de decorridos dois anos do término da anterior.
SEÇÃO IX
Da Licença-Prêmio por Assiduidade
Art. 122 - Após cada decênio de ininterrupto e efe�vo exercício no cargo, o servidor efe�vo fará jus a três
meses de licença, a �tulo de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efe�vo.
Art. 123 - Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisi�vo:
I - afastar-se do cargo em virtude de:
a) licença para tratar de interesse par�cular;
b) licença para a�vidade polí�ca;
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c) licença para desempenho de mandato classista;
d) condenação a pena priva�va de liberdade, por sentença defini�va.
Parágrafo Único - As faltas injus�ficadas ao serviço retardarão a concessãoda licença na proporção de um
mês para cada falta, e as suspensões retardarão a concessão da licença na proporção de três meses por
cada dia de suspensão.
Art. 124 - O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a um
terço da lotação da respec�va unidade administra�va do órgão ou en�dade.
Art. 125 - A licença-prêmio deverá ser gozada dentro do período aquisi�vo subseqüente, por solicitação
do servidor e com a anuência da Administração, podendo ser fruída juntamente com as férias a que
eventualmente fizer jus o servidor, desde que tal venha a ser postulado por escrito com antecedência de
sessenta dias.
Art. 126 - A licença-prêmio que deixar de ser gozada no período de gozo, restará prejudicada, sendo
vedado ao servidor fruí-la depois de decorrido esse prazo, não lhe sendo gerado qualquer direito ou
indenização.
Parágrafo único - A licença-prêmio poderá ser conver�da em pecúnia, a pedido do servidor e a critério da
Administração, desde que requerida por escrito no curso do período aquisi�vo.
Art. 127 - Para efeito da aposentadoria, é devido contar o tempo de licença-prêmio que o servidor deixar
de gozar, como tempo de serviço ficto ou em dobro.
SEÇÃO X
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 128 - Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido e com base em
inspeção médica oficial credenciada, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 129 - A Licença terá a duração igual ao prazo assinado na inspeção médica referida.
Art. 130 - A remuneração do servidor durante os primeiros quinze dias de licença será suportada às
expensas exclusivas do Município, e, após esse prazo, a remuneração do servidor submeter-se-á aos
ditames de seguridade social man�dos pelo Ins�tuto Nacional de Seguridade Social - INSS, ins�tuído e
man�do pela União.
Art. 131 - No caso de nova licença dentro de sessenta dias da anterior, a remuneração será devida
exclusivamente mediante custeio do referido órgão público federal.
Art. 132 - Aplicam-se as disposições acima nos casos de molés�a profissional ou acidente do trabalho.
Art. 133 - Para assegurar ao servidor licenciado para tratamento de saúde a integralidade da
remuneração que fizer jus, o Município complementará os bene�cios concedidos pelas en�dades
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integrantes do Ins�tuto Nacional de Seguridade Social - INSS, na conformidade do estatuído pelo ar�go
233 adiante.
SEÇÃO XI
Da Licença por Mo�vo de Doença em Pessoa da Família
Art. 134 - Será concedida ao servidor efe�vo licença por mo�vo de doença do cônjuge ou companheiro,
ascendente ou descendente, irmão ou outras pessoas que vivam as suas expensas e dependência, desde
que comprovado ser indispensável sua assistência pessoal e permanente ao enfermo.
§ 1º - Provar-se-á a doença através de inspeção médica oficial credenciada, e após, em procedimento
apropriado, proceder-se-á ao julgamento da dispensabilidade neste ar�go.
§ 2º - A licença será concedida com remuneração pelo prazo de até três meses, podendo ser prorrogada
por iguais períodos sucessivos até o máximo de um ano, a critério da autoridade competente e com base
em inspeções médicas com periodicidade no mínimo mensal.
§ 3º - Excepcionalmente o prazo máximo referido no parágrafo antecedente poderá ser excedido a critério
da autoridade competente, com base em inspeção médica e procedimento probatório das condições
exigidas para a concessão da licença.
§ 4º - Em qualquer hipótese a licença não poderá exceder de dois anos.
Capítulo V
Do afastamento para servir a outro órgão
Art. 135 - O servidor efe�vo poderá ser cedido com ou sem remuneração, por ato isolado ou mediante
permuta, para ter exercício em outro órgão ou en�dade dos Poderes da União, dos Estados e do Distrito
Federa, bem como as en�dades assistenciais, comunitárias ou filantrópicas, que prestem serviços
médicos e assistenciais comprovados, extensivos a toda comunidade do Município e nas seguintes
hipóteses:
a) para exercício de cargo de idên�ca natureza ou com atribuições similares;
b) para implemento de obrigações assumidas em convênios, consórcios ou contratos;
c) no interesse público ou comunitário; e
d) em casos previstos em leis específicas.
§ 1º - A responsabilidade pelo ônus da cedência será estabelecida em conformidade ao que dispuser o
regulamento, e o tempo de afastamento será considerado para todos os fins e efeitos em prol do servidor
cedido.
§ 2º - As cedências, quanto ao mais, serão regidas suple�vamente pela lei Municipal nº 486, de 22.12.89.
https://leismunicipais.com.br/a/rs/g/gravatai/lei-ordinaria/1989/48/486/lei-ordinaria-n-486-1989-regulamenta-e-autoriza-cedencias-de-servidores-municipais-e-da-outras-providencias
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Capítulo VI
Das Concessões
Art. 136 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
I - por quatro dias a cada ano, para doação de sangue;
II - até dois dias, para alistamento eleitoral;
III - até oito dias consecu�vos, por mo�vo de:
a) casamento; e
b) falecimento de cônjuge ou companheiro, ascendente ou filhos de qualquer condição, ou menor sob
guarda judicial ou tutela, ou irmãos.
IV - por tantos dias quantos forem os de realização de concurso público ou provas sele�vas para ingresso
em curso de segundo grau ou curso superior.
Art. 137 - Deverá ser concedido horário de trabalho especial ao servidor efe�vo estudante, quando
comprovada a incompa�bilidade entre o horário escolar e o da sua jornada normal de trabalho sem
prejuízo do exercício do cargo, desde que não ocorra comprome�mento do serviço.
§ 1º - Se houver possibilidade de freqüência escolar em horário compa�vel com a jornada de trabalho,
não se aplicará o bene�cio deste ar�go.
§ 2º - Mediante a devida comprovação, com antecedência de três dias, o servidor efe�vo estudante
poderá ausentar-se durante os dias de realização de provas finais, sem prejuízo da remuneração, tudo
condicionado à jornada compensatória.
Capítulo VII
Do Tempo de Serviço
Art. 138 - O tempo de serviço do servidor será contado segundo as normas a seguir enunciadas.
Art. 139 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias que serão conver�dos em anos,
considerando o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Art. 140 - Além das ausências ao serviço previstas nos ar�gos 136 e 137, são considerados como de
efe�vo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou função gra�ficada no Município ou em órgão ou en�dade dos
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Poderes da União, dos Estados e do Distrito Federal;
III - par�cipação de programa de treinamento ou aperfeiçoamento regularmente ins�tuído pela
Administração;
IV - convocação para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacional;
V - juri e outros serviços obrigatórios por Lei;
VI - missão oficial; e
VII - licenças:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento de saúde, inclusive por molés�a profissional ou acidente de trabalho;
c) prêmio por assiduidade, quando efe�vamente gozada.
VIII - exercício de mandato ele�vo, exceto para desenvolvimento funcional, man�do o tempo de serviço.
IX - licença para desempenho de mandato classista.
Art. 141 - Computar-se-á tão somente para efeito de aposentadoria e disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado a órgãos e en�dades dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
II - a licença para a�vidade polí�ca, na hipótese enunciada pelo ar�go 118, § 2º;
III - o tempo de disponibilidade remunerada;
IV - o tempo de serviço em a�vidade privada, vinculadaà Previdência Social, consoante a legislação
federal per�nente dispuser, desde que nos úl�mos cinco anos o servidor tenha man�do as contribuições
obrigatórias estabelecidas em Lei ante referido órgão federal.
§ 1º - Para os efeitos deste ar�go o tempo de serviço não poderá ser contado com quaisquer acréscimos,
ou tempo ficto em dobro.
§ 2º - O tempo em que o servidor esteve aposentado ou em disponibilidade será apenas contado para
nova aposentadoria ou disponibilidade.
§ 3º - É vedada a contagem acumula�va de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de
um cargo ou função em órgão ou en�dade do Município, ou dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, e dos Municípios, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa
pública.
Capítulo VIII
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Do Direito de Pe�ção
Art. 142 - É assegurado ao servidor o direito de requerer ante a Administração, em defesa de direito ou
de legí�mo interesse, observado o que segue:
I - o requerimento será escrito e dirigido à autoridade competente para decidir;
II - a decisão deverá ser exarada dentro do prazo de trinta dias contados da data do protocolo do
requerimento perante a autoridade superior a que es�ver subordinado o requerente;
a) em sendo requeridas ou determinadas diligências, esse prazo será prorrogado em igual tempo.
Art. 143 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato, prolatado despacho
ou proferido a primeira decisão, que não poderá ser renovado.
Parágrafo Único - O pedido de reconsideração observará quanto ao respec�vo processamento, as
disposições enunciadas no ar�go antecedente.
Art. 144 - Caberá recurso ao Prefeito Municipal ou dirigente superior de en�dade, como úl�ma instância,
sendo indelegável e defini�va sua decisão:
I - do indeferimento do requerimento;
II - do indeferimento do pedido de reconsideração.
§ 1º - O recurso será apresentado perante autoridade que houver proferido a decisão recorrida;
§ 2º - Terá efeito de recurso o pedido de reconsideração quando o ato, despacho ou decisão houver sido
exarada pelo Prefeito Municipal ou dirigente superior de en�dade.
§ 3º - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou recurso é de quinze dias, contados da
publicação ou ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.
Art. 145 - O pedido de reconsideração e o recurso não terão efeito suspensivo, e, se providos, os efeitos
da decisão retroagirão à data do ato, despacho ou decisão impugnada.
Art. 146 - O direito de requerer prescreve:
I - em um ano, quanto aos atos de demissão e cassação de disponibilidade ou que afetem direito
patrimonial ou créditos resultantes das relações estatutárias, e
II - em cento e oitenta dias, nos demais casos.
§ 1º - O prazo de prescrição será contado da data da publicação ou ciência do ato impugnado, pelo
interessado.
§ 2º - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis e tempes�vos, interrompem a prescrição.
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§ 3º - Interrompida a prescrição, o prazo começa a correr pelo restante, da data em que cessar a
interrupção.
Art. 147 - Para o exercício do direito de pe�ção, é assegurado vista do processo ou documento, ao
servidor ou ao procurador por ele cons�tuído.
Art. 148 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo.
Art. 149 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.
Art. 150 - A Administração deverá rever seus atos quando eivados de nulidade.
TÍTULO V
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
Art. 151 - São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo ou função;
II - lealdade às ins�tuições a que servir;
III - observância das normas legais e regulamentares;
IV - cumprimento das ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de cer�dões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Municipal.
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que �ver ciência em razão do
cargo ou função;
VII - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos do órgão ou en�dade;
IX - manter conduta compa�vel com a moralidade administra�va;
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X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder;
XIII - apresentar-se ao serviço convenientemente trajado ou com uniforme regulamentar, e com asseio e
higiene adequados;
XIV - observar as normas de segurança em medicina do trabalho, assim como o uso obrigatório dos
equipamentos de proteção individual (EPI) fornecidos ou postos à disposição;
XV - apresentar relatórios de suas a�vidades nos casos e prazos regulamentares, ou quando determinado
pela autoridade competente;
XVI - freqüentar os cursos e treinamentos ins�tuídos pela Administração para treinamentos e
aperfeiçoamento;
XVII - sugerir providências tendentes ao aprimoramento e melhoria do serviço, e
XVIII - observar os requisitos enunciados no ar�go 28, naquilo que couber.
Parágrafo Único - As denúncias e representações de que tratam os incisivos VI e XII serão apresentadas
perante o superior hierárquico, o qual, em caso de omissão ou comissão para com a devida apuração
assumirá a condição de co-autor da irregularidade, ilegalidade, abuso de poder ou falta come�da.
Capítulo II
Das Proibições
Art. 152 - Ao servidor é proibido:
I - Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização escrita do superior hierárquico
imediato;
II - re�rar sem prévia autorização escrita da autoridade competente, qualquer documento ou objeto do
local de trabalho;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injus�ficada ou retardar indevidamente ao processamento de documentos e
andamento de processos, execução de serviços, cumprimento de prazos legais e regulamentares,
atendimento de ordens superiores ou observância de normas regulamentares;
V - promover manifestações de desapreço no local de trabalho;
VI - referir-se de modo deprecia�vo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder
Público, mediante manifestações escrita ou oral;
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VII - cometer à pessoa estranha ao serviço, fora dos casos previstos em lei ou regulamento, o
desempenho de encargo que seja de sua competência ou de seu subordinado;
VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sen�do de filiação a en�dade classista ou a par�do polí�co;
IX - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil, salvo se
decorrente de nomeação através de concurso público;
X - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos e en�dades públicas, salvo quando se tratar
de bene�cios previdenciários ou assistenciais de parentes até segundo grau civil;
XII - receber propina, comissão, honorário, presente ou vantagem de qualquer espécie ou natureza, em
razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem licença prévia da autoridade
competente, nos termos da Lei;
XIV - pra�car usura sob qualquerde suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa no desempenho das funções;
XVI - cometer a outro servidor, subordinado ou não, atribuições estranhas à do cargo ou função que
ocupa, exceto em situações de emergência e eminentemente transitórias;
XVII - u�lizar pessoal ou recursos materiais de órgãos ou en�dades públicas em serviços ou a�vidades
par�culares;
XVIII - desempenhar qualquer a�vidade incompa�vel com o exercício do cargo ou função, especialmente
direção ou gerência de empresas comerciais, industriais, prestadoras de serviços, sociedades civis, ou
estabelecimentos individuais ou autônomos;
XIX - celebrar com o Município e suas en�dades, por si ou interposta pessoa, contratos de natureza
comercial, industrial, de prestação de serviços ou civil;
XX - incorrer em quaisquer uma das hipóteses �pificadas pelo ar�go 29.
Art. 153 - É lícito ao servidor cri�car os atos do Poder Público do ponto de vista doutrinário ou da
organização do serviço, em trabalho assinado.
Capítulo III
Da acumulação
Art. 154 - Ressalvados os casos previstos na Cons�tuição Federal, é vedada a acumulação de cargos
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públicos.
§ 1º - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista dos Poderes da União, dos Estados do
Distrito Federal e dos Municípios.
§ 2º - A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compa�bilidade de
horários.
Art. 155 - O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão nem ser remunerado pela
par�cipação em órgão de deliberação cole�va.
Art. 156 - O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumular licitamente dois cargos, quando
inves�do em cargo de provimento em comissão ficará afastado de ambos os cargos efe�vos, recebendo
sua remuneração nos termos da legislação referida pelo ar�go 86.
Parágrafo Único - O afastamento previsto neste ar�go ocorrerá apenas em relação a um dos cargos, se
houver compa�bilidade de horários.
Art. 157 - O servidor aposentado por tempo de serviço poderá, sem prejuízo dos respec�vos proventos,
exercer cargo de provimento em comissão, tal não �pificando acumulação remunerada.
Capítulo IV
Das Responsabilidades
Art. 158 - O servidor responde civil, penal e administra�vamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
Art. 159 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao Erário, ou patrimônio público ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao Município poderá ser liquidada na forma prevista nos ar�gos
71 e 72.
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o servidor perante a Fazenda Municipal,
regressivamente.
§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores a qualquer �tulo e contra eles será
executada, até o limite do valor da meação, legí�ma ou herança recebida.
Art. 160 - A responsabilidade penal abrange os crimes contravenções imputados ao servidor, nesta
qualidade.
Art. 161 - A responsabilidade administra�va resulta de ato omisso ou comissivo, doloso ou culposo,
pra�cado no desempenho ou em razão do cargo ou função.
Art. 162 - As sanções civis, penais e administra�vas poderão acumular-se, sendo independentes entre si.
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Art. 163 - A responsabilidade administra�va ou civil do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal.
Capítulo V
Das Penalidades
Art. 164 - São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - exoneração;
V - cassação de disponibilidade ou aposentadoria;
VI - Des�tuição de cargo em comissão ou função gra�ficada.
Art. 165 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
come�da, os danos que dela provieram para o serviço, o patrimônio público ou para o Erário Municipal,
as circunstâncias agravantes ou atenuantes, e os antecedentes funcionais, não podendo ser aplicada mais
de uma pena disciplinar pela mesma infração.
Parágrafo Único - Nos casos de infrações simultâneas, a maior absorve a menor, refle�ndo essa como
circunstância agravante na gradação da penalidade.
Art. 166 - A aplicação de pena disciplinar poderá ser acumulada com a perda parcial ou total de
vantagens, na forma da Lei.
Art. 167 - A advertência ou a suspensão serão aplicadas, a critério da autoridade competente, com
observância das disposições antecedentes, por escrito, quando da inobservância de dever funcional
previsto em Lei, regulamento ou norma interna e nos casos de proibição que não �pifique infração sujeita
a penalidade de demissão.
Art. 168 - A suspensão não poderá exceder de trinta dias, no curso da qual o servidor deixará de perceber
qualquer remuneração proporcional, por dia de suspensão.
Art. 169 - Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos casos de:
I - crime contra a Administração Pública;
II - abandono de cargo ou função, por prazo ininterrupto igual ou superior a trinta dias;
III - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas;
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IV - inassiduidade ou impontualidade habituais;
V - improbidade administra�va;
VI - incon�nência pública e conduta escandalosa;
VII - ofensa �sica, em serviço, a servidor ou terceiro, salvo em legí�ma defesa própria ou de outrem;
VIII - uso ou aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo apropriado em razão de cargo ou função;
X - lesão aos cofres públicos e delapidação do patrimônio municipal;
XI - corrupção a�va ou passiva;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão ao ar�go 152, incisos X à XX, observadas as disposições antecedentes.
Art. 170 - A acumulação de que trata o inciso XII, do ar�go anterior acarreta a demissão dos cargos,
empregos ou funções, concedendo-se ao servidor o prazo de cinco dias para optar e permanecer no
exercício de tão somente um deles.
§ 1º - Se comprovado que a acumulação se deu por má fé o servidor será demi�do em todos os cargos,
empregos ou funções, sendo obrigado a res�tuir o que houver recebido indevidamente dos cofres
públicos.
§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido em órgão
ou en�dade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios, a demissão será
comunicada ao órgão ou en�dade onde ocorrer a acumulação.
Art. 171 - A demissão nos casos dos incisos V, VIII e X, do ar�go 169, implica em disponibilidade de bens e
ressarcimento ao Erário municipal sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 172 - Configura abandono de cargo ou função a ausência injus�ficada ou intencional do servidor ao
serviço, por mais de trinta dias consecu�vos, ou noventa dias intercalados.
Art. 173 - A demissão por inassiduidade ou impontualidade somente será aplicada quando caracterizada
a habitualidade de modo a representar falta de serviço, sem causa jus�ficada, por sessenta dias,
interpoladamente, durante um período de vinte e quatro meses, ou ainda, quando caracterizar séria
violação dos deveres e obrigações do servidor, após anteriores punições por advertências ou suspensão.
Art. 174 - O ato de imposição de pena disciplinar mencionará sempre o embasamento legal e sua
fundamentação.
Art. 175 - A demissão por infringência do ar�go 152, incisos X à XII, e a des�tuição de cargo ou função
prevista no ar�go 164, inciso VI, imcompa�biliza o ex-servidor para nova inves�dura em cargo ou função
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pública municipal, pelo prazo mínimo de cinco anos.
Parágrafo único - Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for demi�do por
infringência do ar�go 169, incisos I, V, VIII, X e XI.
Art. 176 - A pena de des�tuição de cargo em comissão ou função gra�ficada, implica na impossibilidade
de ser o servidor inves�do em cargos funções dessa natureza durante o período de dois anos, contados
do ato da punição.
Art. 177 - Será cassada aposentadoria e a disponibilidade se restar comprovado que o ina�vo:
I - que houver pra�cado na a�vidade, falta punível com a pena de demissão;
II - que houver aceitado ilegalmente cargo ou função pública;
III - que houver pra�cado usura, em qualquer de suas formas, ou corrupção a�va ou passiva, quando em
a�vidade.
Art. 178 - A pena de des�tuição de cargo em comissão ou função gra�ficada, será aplicada ao servidor:
I - quando verificada falta de exação no exercício de suas atribuições;
II - quando apurado que, por omissão, o servidor contribuiu para que não fosse apurado, no devido
tempo, irregularidade no serviço.
Parágrafo único - A aplicação da penalidade deste ar�go não implica na perda automá�ca do cargo
efe�vo.
Art. 179 - As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Prefeito Municipal ou dirigente superior de en�dade, as penas de demissão, exoneração ou
des�tuição, e cassação de aposentadoria e disponibilidade;
II - pelos Secretários do Município e demais autoridades com igual competência ou delegação, as de
advertência e suspensão, quando para tanto forem inves�das pelo Prefeito Municipal.
Art. 180 - As penas disciplinares imputadas ao servidor serão registradas em seu assentamento funcional.
Art. 181 - A ação disciplinar prescreverá:
I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, exoneração ou des�tuição, e cassação de
aposentadoria e disponibilidade.
II - em três anos, quanto às infrações puníveis com suspensão;
III - em dois anos, quanto às infrações puníveis com advertência.
§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que a autoridade competente �ver ciência
inequívoca da existência da falta.
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§ 2º - A abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição.
§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, todo o prazo começa a correr novamente, do dia da interrupção.
TÍTULO VI
Do Processo Disciplinar
Capítulo I
Das Disposições Preliminares
Art. 182 - A autoridade ou superior hierárquico que �ver ciência de irregularidade no serviço público é
obrigado a promover a sua apuração imediata mediante sindicância ou processo administra�vo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
Art. 183 - Quando a falta cien�ficada, de modo evidente, não configurar infração disciplinar ou ilícito
penal, o procedimento será arquivado, por falta de objeto.
Art. 184 - As irregularidades serão apuradas por meio de:
I - sindicância, quando não houver elementos suficientes para sua determinação imediata ou para
iden�ficação do servidor faltoso;
II - processo administra�vo, quando a sua gravidade, decorrente de denúncia ou representação formulada
por escrito, com iden�ficação do subscritor, ou decorrente de prévia sindicância, ensejar a demissão ou
cassação da aposentadoria ou da disponibilidade, do servidor faltoso.
Capítulo II
Do Afastamento Preven�vo
Art. 185 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
irregularidade imputada, ou torne-se necessário ou recomendável seu afastamento, a autoridade
competente poderá determinar a suspensão preven�va do servidor, fundamentadamente, por até
sessenta dias, prorrogáveis por mais trinta dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único - Findo o prazo para afastamento, ou sua prorrogação, cessarão os efeitos da suspensão
preven�va, retornando o servidor ao serviço, ainda que não concluído o procedimento disciplinar.
Capítulo III
Do Procedimento Disciplinar
Art. 186 - O procedimento disciplinar é o instrumento des�nado a apurar responsabilidade de servidor
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por irregularidade no serviço público, com a subseqüente imposição da pena disciplinar cabível.
Art. 187 - O procedimento disciplinar será conduzido por três servidores designados pela autoridade
competente, sendo um deles indicado pela en�dade classista dos municipários interessada.
§ 1º - A sindicância será come�da a comissão sindicante de 3 servidores, considerando o fato a ser
apurado, à critério da autoridade competente, os quais poderão ser dispensados de suas atribuições
normais até a apresentação do relatório conclusivo.
§ 2º - O processo administra�vo disciplinar será conduzido por comissão processante, composta de 3
servidores efe�vos e estáveis, de hierarquia superior ou igual à do acusado, um dentre eles designado
para presidi-la, os quais poderão ser dispensados de suas atribuições normais até a apresentação do
relatório conclusivo.
§ 3º - O que preside a comissão sindicante e processante, deverá ser formada preferencialmente em
Direito.
Art. 188 - A Comissão Sindicante e a Comissão Processante exercerão suas atribuições e
responsabilidades com independência e imparcialidade, assegurando o sigilo necessário à elucidação do
fato ou exigido pelo interesse da Administração.
§ 1º - Não poderá conduzir procedimento disciplinar parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o terceiro grau civil.
§ 2º - Poderá ser designado servidor para secretariar as comissões, podendo a designação recair dentre
um de seus membros.
Art. 189 - O procedimento disciplinar se inicia com a publicação do ato que designar a comissão
sindicante ou a comissão processante, e compreenderá:
I - Sindicância e/ou processo administra�vo disciplinar;
II - instrução e relatório conclusivo, e
III - decisão.
SEÇÃO I
Da Sindicância
Art. 190 - A sindicância deverá ser instaurada por Portaria do Prefeito Municipal, com observância das
cautelas do ar�go 187 e seu § 1º.
§ 1º - A sindicância será processada de forma sumaríssima, com os depoimentos e diligências necessárias
ao esclarecimento do ocorrido, e à iden�ficação do responsável pela falta quando for o caso.
§ 2º - No curso da sindicância serão ouvidos o denunciante e o acusado, se já iden�ficado.
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§ 3º - Dentro do prazo de trinta dias, prorrogáveis por mais trinta dias à critério da autoridade
competente, far-se-á o relatório conclusivo da sindicância.
Art. 191 - Concluída a sindicância, seu relatório será apresentado ao Prefeito Municipal, que decidirá com
base nos elementos apurados, por:
I - aplicação das penalidades de advertência ou suspensão do acusado;
II - instauração de processo administra�vo disciplinar;
III - arquivamento da sindicância.
§ 1º - O Prefeito Municipal, entendendo que os fatos não se encontram devidamente elucidados,
devolverá a sindicância para novas providências, dentro do prazo máximo de dez dias.
§ 2º - Concluídas as diligências complementares, o Prefeito Municipal decidirá na forma do "caput" deste
ar�go.
Art. 192 - Nas hipóteses de aplicação de pena de advertência ou suspensão, o acusado terá assegurada
ampla defesa sendo-lhe facultado exercer esse direito na conformidade do ar�go 207.
SEÇÃO II
Do Processo Administra�vo Disciplinar
Art. 193 - O processo administra�vo disciplinar deverá ser instaurado por Portaria do Prefeito Municipal,
com observância das cautelas do ar�go 187 e seu parágrafo 2º.
§ 1º - O processo administra�vo disciplinar será sempre contraditório, assegurada ao acusado ampla
defesa, que poderá ser exercidapelos meios e recursos admi�dos na Lei.
§ 2º - A denúncia formulada por escrito, ou o relatório da sindicância, conforme o caso, integrará o
processo administra�vo disciplinar, como peça informa�va da instrução.
§ 3º - Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prá�ca de crime, a autoridade competente
oficiará à autoridade policial, para instalação de inquérito penal, sem prejuízo ao processamento do
processo administra�vo disciplinar.
Art. 194 - O Prazo para conclusão do processo administra�vo disciplinar não excederá de sessenta dias,
podendo a critério da autoridade processante, ser prorrogado por mais trinta dias, quando as
circunstâncias assim o exigirem.
Art. 195 - As reuniões e audiências da comissão serão registradas em atas, que deverão transcrever os
depoimentos colhidos e as decisões exaradas.
Parágrafo único - Ao instaurar os trabalhos, o Presidente determinará a autuação da portaria e demais
peças existentes, e designará dia, hora e local para a primeira audiência, assim como a citação inicial do
acusado.
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Art. 196 - O acusado deverá ser citado pessoalmente para comparecer à audiência inicial e nela depor,
por termo de citação do qual constem sua qualificação completa, a falta que lhe é imputada, e as
penalidades cabíveis, acompanhado de cópia de portaria de instauração do processo administra�vo
disciplinar.
§ 1º - Obrigatoriamente constará do termo de citação o prazo para o acusado exercer sua defesa, sob
pena de revelia, e depor sob pena de confissão.
§ 2º - Caso o acusado recuse o recebimento da citação, deverá a recusa ser cer�ficada, a vista de, pelo
menos duas testemunhas, que acompanharão a leitura do termo de citação perante o mesmo, e
subscreverão a cer�dão do ocorrido juntamente com servidor designado para cumprimento do ato.
§ 3º - Encontrando-se o acusado ausente do Município, se conhecido seu paradeiro será citado por via
postal, através de carta registrada com aviso de recebimento, juntando-se ao processo o comprovante do
registro e da recepção.
§ 4º - Sendo desconhecido seu paradeiro, o acusado será citado por edital, com prazo de antecedência de
dez dias, publicado em jornal local que habitualmente veicula os atos oficiais do Município, juntando-se
ao processo, exemplar do Edital publicado.
Art. 197 - O acusado poderá cons�tuir advogado para representá-lo e exercer sua defesa, requerendo
provas e o que mais for admi�do em Lei.
§ 1º - O presidente da comissão processante poderá denegar pedidos considerados imper�nentes,
procras�natórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de
conhecimento especial de perito.
Art. 198 - Na audiência inicial terá tomado o depoimento pessoal do acusado, concedendo-se-lhe o prazo
de três dias para apresentar sua defesa escrita, requerer provas e arrolar testemunhas, até o prazo
máximo de cinco dias.
§ 1º - Não comparecendo o acusado regularmente citado, o Presidente da comissão processante aplicar-
lhe-á a pena de confissão, designando defensor da�vo para exercer sua defesa.
§ 2º - No prazo para defesa, será assegurada vista do processo em repar�ção.
§ 3º - A pluralidade de acusados importa em um prazo de defesa de seis dias, comum a todos, contado da
audiência para depoimento do úl�mo acusado.
Art. 199 - A não apresentação de defesa no prazo legal configura revelia, a qual será decretada quando do
decurso do prazo pelo presidente da comissão processante.
§ 1º - Na hipótese de revelia os fatos imputados ao acusado reputar-se-ão verdadeiros.
§ 2º - Contra o acusado revel os prazos correrão independentemente de in�mação.
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§ 3º - Havendo pluralidade de acusados, a revelia não induzirá ao efeito do § 1º acima, se pelo menos um
deles apresentar a defesa e a mesma for comum a todos.
Art. 200 - Apresentada defesa pelo acusado a comissão processante determinará as providências e
diligências requeridas ou determinadas de o�cio, aprazando audiência para oi�va das testemunhas
arroladas.
§ 1º - Da designação de perito habilitado para a realização de perícia deferida ou determinada de o�cio, o
acusado será in�mado para apresentar quesitos e indicar assistente técnico, no prazo de três dias,
devendo o laudo ser ul�mado em quinze dias.
§ 2º - O presidente da comissão designará audiência para oi�va das testemunhas regularmente arroladas,
dela in�mando o acusado, observados:
I - as testemunhas serão no�ficadas mediante mandado ou por via postal;
II - se a testemunha for servidor, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao seu
superior hierárquico;
III - as testemunhas que deixarem de ser no�ficadas por insuficiência de elementos quanto à respec�va
qualificação e endereço, somente serão ouvidas caso conduzidas pelo acusado para a audiência aprazada;
IV - a testemunha que, devidamente no�ficada deixar de comparecer ao ato, se servidor do município
será passível de punição nos termos do ar�go 164, incisos I e II, sendo que a hipótese do inciso II é para os
casos de reincidência.
V - a punição não desobriga o comparecimento da testemunha que nestes casos, será in�mada nos
termos da Lei Adje�va Penal.
Art. 201 - As testemunhas serão ouvidas separadamente e os respec�vos depoimentos serão reduzidos a
termo individual, onde conste a iden�ficação completa do depoente, seu endereço, grau de parentesco,
amizade ou inimizade e relacionamento profissional com o acusado que ao final será subscrito pela
comissão processante, pela testemunha, e pelo acusado e/ou seu procurador, acaso presentes.
§ 1º - Ao acusado ou seu procurador, se presentes é assegurado formular perguntas per�nentes aos fatos
à testemunha, através do presidente da comissão processante.
§ 2º - Exceção aos casos de acareação entre testemunhas ou destas com o acusado, as mesmas serão
ouvidas separadamente.
§ 3º - Encerrada a oi�va das testemunhas, a comissão processante poderá determinar a reinquirição do
acusado, sob pena de confissão, bem assim das testemunhas.
Art. 202 - Vindo ao processo o laudo pericial, dele o acusado será in�mado para manifestar-se em três
dias, sendo facultado à comissão processante designar audiência para ouvir o perito sobre pontos
obscuros ou de di�cil compreensão, para a qual todos serão previamente in�mados.
Art. 203 - Ul�mada a instrução do processo e revisada suas peças e documentos, ordenadamente
visados, será encerrada sua fase probatória, sendo o acusado in�mado por mandado via postal, edital ou
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nos próprios autos, para em dez dias apresentar alegações finais de defesa, por escrito.
§ 1º - No prazo para alegações finais, será assegurada vista do processo, em repar�ção.
§ 2º - Havendo pluralidade de acusados, o prazo para alegações finais será de vinte dias, comum a todos.
Art. 204 - Decorrido o prazo para alegações finais com sua apresentação ou não, a comissão processante
apreciará os elementos do processo, exarando relatório final e respec�vo parecer, com voto em separado
de todos os seus membros, enunciando as infrações imputadas ao acusado, as provas que instruíram o
processo, a defesa e alegações finais, e a �pificação das irregularidades apuradas, emi�ndo ao depois, a
conclusão mo�vada para absolvição ou punição do acusado, indicando as penas disciplinares cominadas
às faltas e respec�va fundamentação legal.
Parágrafo único - O relatório final e respec�vo parecer serão emi�dos ao Prefeito Municipal para decisão,
dentro de dez dias contados do decurso do prazo para alegações finais.
Art. 205 - Recebidoo processo contendo o relatório final e respec�vo parecer, o Prefeito Municipal:
I - dentro de cinco dias pedirá esclarecimentos ou providências que entender necessárias, à comissão
processante, que as ul�mará no prazo de cinco dias;
II - dentro de dez dias decidirá, acolhendo ou não o parecer da comissão processante, fundamentando
sua decisão, se diversa desse parecer.
Parágrafo único - No caso do inciso I deste ar�go o prazo para decisão final será contado do retorno do
processo ao Prefeito Municipal.
Art. 206 - O acusado será in�mado da decisão final por mandado, via postal ou edital, com observância
das formalidades enunciadas pelo ar�go 196 e seus parágrafos.
SEÇÃO III
Do Recurso e da Revisão
Art. 207 - Da decisão que cominar ao acusado penalidade disciplinar, poderá ser interposto recurso
dentro do prazo de dez dias, contado da ciência que �ver o acusado da mesma pleiteando a respec�va
reforma.
§ 1º - O recurso de que trata este ar�go não terá efeito suspensivo, e deverá constar de peça escrita e
fundamentada, somente sendo admissível nos seguintes casos:
a) a decisão recorrida ser contrária à expressa disposição de Lei;
b) a decisão recorrida ser frontalmente contrária à evidenciados autos;
c) a pena ser desconforme com a infração �pificada.
§ 2º - Recebido o recurso, o Prefeito Municipal terá o prazo de dez dias para exarar decisão defini�va,
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mantendo ou reformando a anterior, em caráter irrevogável.
Art. 208 - A revisão do processo administra�vo disciplinar poderá ser requerida ou determinada de o�cio
a qualquer tempo, dentro do prazo de cinco anos, uma única vez, quando:
I - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos ou viciados;
II - depois da decisão, o acusado ob�ver documento novo cuja existência ignorava ou não pôde fazer uso,
capaz de por si só, lhe assegurar pronunciamento favorável;
III - vier a ser proferida sentença criminal absolutória do acusado, na hipótese do ar�go 193, parágrafo 3º.
Parágrafo Único - A simples alegação de injus�ça da penalidade não cons�tui fundamento para revisão do
processo.
Art. 209 - O processo revisional será realizado por comissão processante designada na forma do ar�go
187, e seu parágrafo 2º, e ocorrerá em apenso aos autos do processo originário, não podendo par�cipar
da comissão revisional membro que tenha par�cipado de comissões anteriores do mesmo processo.
§ 1º - No processo revisional, o ônus da prova cabe exclusivamente ao acusado.
§ 2º - As conclusões da comissão processante serão encaminhadas ao Prefeito Municipal, dentro de trinta
dias do recebimento do pedido de revisão, que proferirá decisão fundamentada no prazo de dez dias.
Art. 210 - A decisão que julgar procedente o pedido de revisão tornará insubsistente ou atenuada a
penalidade cominada, restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa revisão, se for o caso.
SEÇÃO IV
Normas Procedimentais Complementares
Art. 211 - Das citações e in�mações, juntar-se-ão exemplares depois de cumpridas.
§ 1º - As in�mações do acusado poderão ser realizadas na pessoa de seu procurador, acaso cons�tuído,
para todos os efeitos.
§ 2º - Na formação material dos procedimentos observar-se-ão:
I - todos os termos e mandados terão forma padronizada, só valendo se subscritos pelo Presidente da
Comissão ou pelo Secretário;
II - de todas as reuniões e audiências realizadas, deverão ser lavradas atas circunstanciadas, subscritas por
todos os presentes;
III - os documentos juntados o serão no original ou via de igual teor e forma por cer�dão ou translado, ou
por cópia auten�cada;
IV - a juntada de documentos, termos e atas, e demais peças dos autos, far-se-á sempre em ordem
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cronológica de ocorrência, mediante despacho deferitório do Presidente da Comissão;
V - Todas as folhas ou peças que compõe o procedimento serão numeradas ordenadamente e rubricadas
pelo secretário da comissão.
TÍTULO VII
Da Seguridade Social
Capítulo Único
Disposições Gerais
Art. 212 - A seguridade social do servidor municipal será subme�da exclusivamente ao regime universal
do Ins�tuto Nacional de Seguridade Social - INSS, ins�tuído e man�do pela União, ou en�dades que
venham a subs�tuí-lo, nos termos e nas condições preceituadas pela legislação federal própria, e em
consonância com a Cons�tuição Federal.
Parágrafo Único - Por força no estabelecido neste ar�go, o Município não possuirá regime próprio de
previdência e assistência social, nenhum bene�cio básico sendo pelo mesmo assegurado. Poderá,
entretanto, celebrar convênios com en�dades afins, desde que deliberado pela maioria dos servidores
municipais.
SEÇÃO ÚNICA
Do Custeio
Art. 213 - Todos os servidores sujeitar-se-ão, obrigatoriamente, às contribuições de custeio previstas na
legislação do Ins�tuto Nacional de Seguridade Social - INSS, durante todo o prazo de exercício da
a�vidade, inclusive nos casos de licenças, afastamentos, concessões e disponibilidade, arcando com o
correspondente custeio.
Parágrafo Único - Para efeitos deste ar�go, os servidores são equiparados a contribuintes obrigatórios do
Ins�tuto Nacional de Seguridade Social - INSS.
Art. 214 - O pagamento das contribuições previdenciárias será procedido em conformidade com o
sistema de custeio estabelecido pela legislação federal de previdência social em vigor.
Parágrafo Único - Para esses efeitos, as contribuições previdenciárias de responsabilidade e suportadas
pelos servidores serão descontadas automá�ca e diretamente em folha de pagamento, sendo-lhes
creditado tão somente o saldo líquido correspondente à remuneração a que fizeram jus.
TÍTULO VIII
Das Disposições Gerais
Capítulo Único
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Normas Gerais
Art. 215 - As disposições desta Lei aplicam-se aos servidores dos Poderes Execu�vo e Legisla�vo do
Município, e suas autarquias e fundações públicas.
Art. 216 - Os prazos enunciados nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo
e incluindo-se o dia do vencimento, os quais serão automa�camente considerados prorrogados, para o
primeiro dia ú�l seguinte, quando o início ou término cair em dia em que não haja expediente nos
serviços públicos municipais.
Art. 217 - São assegurados aos servidores os direitos de associação profissional ou sindical e o de greve.
Parágrafo Único - O direito de greve poderá ser exercício nos termos e nos limites definidos na Lei, sob
pena de �pificar falta disciplinar passível das sanções administra�vas, civis e penais que, nos termos da
Lei, forem cabíveis e aplicáveis.
Art. 218 - Ao servidor efe�vo inves�do em mandato ele�vo aplicam-se as seguintes normas:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo, sem remuneração;
II - inves�do no mandato de Prefeito Municipal do Município, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração do cargo efe�vo;
III - inves�do no mandato de Vereador:
a) havendo compa�bilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo efe�vo, sem prejuízo da
remuneração do cargo ele�vo;
b) não havendo compa�bilidade de horários, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela
remuneração do cargo efe�vo.
Parágrafo Único - No caso de afastamento do cargo, o servidor efe�vo contribuirá para a seguridade social
como se em exercício es�vesse, na conformidade do estabelecido no Titulo VII, da presente Lei.
Art. 219 - A competência atribuída por esta Lei ao Prefeito Municipal será exercida, no âmbito das
autarquias e das fundações públicas, pelo seu dirigente superior, e, no âmbito da Câmara de Vereadores,por seu Presidente.
Art. 220 - O Dia do Servidor Público Municipal será comemorado a 28 de outubro de cada ano.
TÍTULO IX
Das Disposições Transitórias
Capítulo Único
Art. 221 - Os servidores efe�vos regularmente inves�dos no serviço público municipal sob a égide da Lei
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Municipal nº 193, de 14 de setembro de 1954, com suas subseqüentes alterações, passam a ser regidos
exclusivamente pelo Regime Jurídico Único ins�tuído pela presente Lei, ficando subme�dos aos seus
preceitos e disposições, em toda a sua extensão e para todos os efeitos.
Parágrafo Único - Fica assegurado aos referidos servidores a con�nuidade da contagem do tempo de
efe�vo serviço público municipal, para os fins de concessão, a par�r da vigência da presente Lei, sem
efeito retroa�vo, dos direitos e vantagens por ela elencados, bem assim para os fins de desenvolvimento
funcional.
Art. 222 - São ex�ntos na data da publicação desta Lei, todos e quaisquer direitos e demais vantagens
anteriores que não tenham sido pela mesma expressamente assegurados, ressalvados a irredu�bilidade
salarial e os direitos adquiridos e respeitadas as situações jurídicas regularmente perfec�bilizadas a essa
data.
Parágrafo Único - Para os fins e efeitos das disposições acima enunciadas, observa-se-á o seguinte:
I - reclassificação com correspondência entre os atuais cargos e a nova situação funcional em que se
enquadrarem citados servidores;
II - conversão dos triênios, adicionais, avanços e demais gra�ficações e vantagens pecuniárias em
promoções e progressões, a par�r da vigência desta Lei e sem qualquer paga retroa�va, considerando o
tempo de efe�vo serviço público municipal anterior como desenvolvimento funcional presumido;
III - contagem do tempo de serviço público municipal anterior para fins de licença-prêmio assiduidade,
bem assim para fins de aposentadoria, observadas as normas cons�tucionais e desta Lei que forem
per�nentes a tais direitos e vantagens.
Art. 223 - Os empregados cele�stas admi�dos no Município sob a égide da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, mediante prévio concurso público de provas ou de provas e �tulos, ficam subme�dos ao
Regime Jurídico Único da presente Lei, em toda sua extensão e para todos os fins e efeitos, por ela
inves�dos na qualidade de servidores públicos estatutários, de o�cio.
§ 1º - Fica assegurado aos referidos empregados a con�nuidade de contagem do tempo de efe�vo serviço
público municipal, para fins de concessão, a par�r desta Lei sem efeito retroa�vo, dos direitos e
vantagens por ela enunciadas, bem assim para os fins de desenvolvimento funcional, consoante os planos
de carreiras em que se enquadrarem.
§ 2º - A inves�dura desses empregados cele�stas na qualidade de servidores estatutários importará na
inaplicabilidade de quaisquer das normas, princípios e disposi�vos da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, a par�r do correspondente termo de posse, submetendo-se esses servidores exclusivamente ao
Regime Jurídico e aos ditames desta Lei.
§ 3º - Quando da posse no cargo público, além do respec�vo termo o empregado formalizará instrumento
de rescisão contratual do seu contrato de trabalho, ex�nguindo em toda a extensão e para todos os
efeitos, todos os direitos e obrigações emergentes do vínculo cele�sta anterior, ficando a posse e
inves�dura condicionadas a essas cautelas e formalidades.
Art. 224 - Para fins e efeitos dos preceitos acima elencados, observar-se-á o seguinte:
https://leismunicipais.com.br/a/rs/g/gravatai/lei-ordinaria/1954/19/193/lei-ordinaria-n-193-1954-estatuto-do-funcionario-publico-civil-do-municipio-de-gravatai
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I - reenquadramento com correspondência entre os atuais empregos e a nova situação funcional em que
se enquadrarem referidos empregados;
II - conversão dos triênios, adicionais, avanços e demais gra�ficações e vantagens pecuniárias em
promoções e progressões, a par�r da vigência desta Lei e sem qualquer paga retroa�va, considerando o
tempo de efe�vo serviço público municipal anterior como desenvolvimento funcional presumido;
III - contagem do tempo de efe�vo serviço público municipal anterior para fins de licença-prêmio
assiduidade, bem assim para fins de aposentadoria, observadas as normas cons�tucionais e desta Lei que
forem per�nentes a tais direitos e vantagens.
Parágrafo Único - O empregado cele�sta regulamentarmente inves�do em cargo público efe�vo pela
forma retro elencada, terá considerado o tempo de serviço anterior na contagem de respec�vo estágio
probatório, e, na hipótese de já ter decorrido o lapso temporal a�nente na data da posse, terá operada a
correspondente estabilidade funcional, como servidor público municipal estável e efe�vo.
Art. 225 - Ficam assegurados a esses empregados cele�stas admi�dos mediante prévio concurso público,
o direito de, dentro do prazo de noventa dias contados da publicação desta Lei manifestar expressamente
e por escrito sua opção em permanecer subme�do exclusivamente ao regime cele�sta anterior, hipótese
em que os optantes con�nuarão regidos tão somente pelas normas e disposições da Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, não se lhes aplicando quaisquer preceitos, direitos e vantagens elencadas pela
presente Lei.
Art. 226 - Os empregados cele�stas admi�dos no Município sob a égide da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, e que preencherem os pressupostos e requisitos estabelecidos pelo ar�go 19 e seus
parágrafos das Disposições Cons�tucionais Transitórias da Cons�tuição Federal, são pela presente Lei
declarados estáveis nos respec�vos empregos.
§ 1º - Esses empregados, acaso não enquadrados nas situações enunciadas pelos ar�gos antecedentes,
permanecerão e serão regidos exclusivamente pelas normas e disposições da referida legislação cele�sta,
resguardado o direito de reajustes de seus vencimentos nas mesmas épocas e índices atribuídos aos
demais servidores efe�vos.
§ 2º - A declaração de estabilidade cons�tucional será procedida caso a caso, pela autoridade
competente, e não ensejará efe�vidade do empregado cele�sta em qualquer cargo ou função pública,
para qualquer fim ou efeito, e tampouco lhe dará direito a desenvolvimento funcional, segundo os planos
de carreiras no serviço público municipal, cuja legislação per�nente não lhe será aplicável em hipótese
alguma.
Art. 227 - Esses empregados cele�stas com estabilidade cons�tucional têm assegurado o direito de
inscrição nos concursos públicos realizados pelo Município, para provimento em cargos correspondentes
no serviço público municipal.
§ 1º - O tempo de serviço anterior efe�vamente prestado ao Município por esse empregado será contado
como �tulo na pontuação geral do Concurso Público Municipal de que par�cipar, atribuindo-se-lhe 8%
(oito por cento) na contagem de �tulos por cada ano de serviço, até o máximo de 80% (oitenta por
cento).
§ 2º - Uma vez aprovados em concurso público municipal, esses empregados passarão a submeter-se
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exclusivamente ao regime jurídico único da presente Lei, em toda a sua extensão e para todos os fins e
efeitos, inves�dos por esta forma da qualidade de servidores estatutários, e, desde que aprovados para
cargos similares aos respec�vos empregos anteriormente exercícios, terão operada a correspondente
estabilidade funcional, salvo se concursados para cargos dis�ntos do emprego anterior, hipótese em que
sujeitar-se-ão a regular estágio probatório.
§ 3º - A inves�dura e posse desses empregados no serviço público municipal ficam condicionadas a
observação, além do retro enunciado, às cautelas e formalidades elencadas pelo ar�go 223, parágrafos2º
e 3º acima.
§ 4º - Aqueles empregados cele�stas com estabilidade cons�tucional que não lograrem aprovação nos
concursos públicos municipais de que par�ciparem, permanecerão regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, man�dos inalterados os respec�vos vínculos de emprego, em face a essa estabilidade
cons�tucional cele�sta.
Art. 228 - A inves�dura desses empregados no serviço público municipal efe�vo, uma vez regularmente
aprovados em prévio concurso público, dar-se-á com observância das disposições e condições con�das
nos ar�gos 223 e seus parágrafos e 224 e seus incisos.
Art. 229 - As disposições e normas enunciadas no Título VI desta Lei, a�nentes ao regime disciplinar,
configuram regulamento geral no serviço público municipal, sendo a esse �tulo aplicáveis a todos os
empregados cele�stas que permanecerem regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, de
observância obrigatória, sem prejuízo dos demais preceitos emergentes dessa legislação cele�sta no
per�nente.
TÍTULO X
Das Disposições Finais
Capítulo Único
Normas Finais
Art. 230 - Fica vedado a par�r da publicação desta Lei, admi�r ou cometer a empregados cele�stas, o
exercício de cargos ou quaisquer outras funções gra�ficadas, priva�vos de servidores públicos
estatutários, bem assim, de conferir-lhes quaisquer direitos e vantagens ins�tuídas pela presente Lei, em
observância às normas cons�tucionais aplicáveis.
Parágrafo Único - Poderão, entretanto, ser atribuídas a esses empregados até um quarto das funções
gra�ficadas ins�tuídas em Lei.
Art. 231 - A remuneração dos atuais servidores estatutários e empregados cele�stas que vierem a ser
subme�dos ao regime jurídico único ins�tuído por esta Lei, regularmente incorporada da data desse
ingresso, será man�da inalterada, sendo eventual excesso considerado vantagem pessoal, �pificando
antecipação remuneratória, a ser compensada e absorvida quando de revisões gerais de vencimentos dos
servidores públicos municipais efe�vos, em atendimento aos preceitos e princípios cons�tucionais
per�nentes à isonomia e equiparação.
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Parágrafo Único - Na aplicação das disposições acima, observar-se-ão os preceitos emergentes do ar�go
17 das Disposições Cons�tucionais Transitórias da Cons�tuição Federal.
Art. 232 - É vedada qualquer antecipação remuneratória, a todo agente municipal, a qualquer �tulo,
forma ou natureza.
Art. 233 - O Município assegurará, consoante o estabelecer Lei específica para cons�tuição de um fundo
municipal a complementação de todos os bene�cios concedidos pelas en�dades integrantes do Ins�tuto
Nacional de Seguridade Social - INSS, a que fizerem jus os servidores públicos do município, ou seus
eventuais beneficiários, pelo regime de seguridade social preconizado pelo ar�go 212, retro, para atender
a integralidade de proventos aos mesmos conferida cons�tucionalmente.
§ 1º - Para este fim, será ins�tuído um sistema de custeio paritário a ser suportado mediante
contribuições obrigatórias e desconto automá�co em folha de pagamento, por todos os servidores
municipais.
§ 2º - Para fazer jus à complementação acima referida, todo e qualquer servidor regido por esta Lei
deverá atender os prazos de carências e demais preceitos legais que regem o Ins�tuto Nacional de
Seguridade Social INSS, especialmente quanto à obtenção e gozo dos bene�cios passíveis de serem
concedidos nos termos e segundo legislação federal.
§ 3º - O Poder Execu�vo deverá no prazo máximo de 60 (sessenta) dias da promulgação da presente Lei,
enviar à Câmara Municipal, Projeto de Lei visando a cons�tuição do fundo municipal preconizado no
"caput" deste ar�go.
§ 4º - Os servidores municipais, inclusive os enquadrados nas disposições da Lei Municipal nº 144/83,
ficam contemplados pelos bene�cios deste ar�go.
Art. 234 - O tempo de serviço público efe�vamente prestado ao Município por empregado cele�sta sem
estabilidade cons�tucional, que venha a se submeter ao regime jurídico único ins�tuído por esta Lei, será
considerado para fins dos ar�gos 223 e seus parágrafos 224 e seus incisos, desde que previamente
aprovado em concurso público de provas ou de provas e �tulos.
§ 1º - Esse tempo de serviço que contará como �tulo em concurso público de que par�cipar esse
empregado cele�sta sem estabilidade cons�tucional será definido nos editais, assegurando pontuação a
todos os servidores públicos de órgãos ou en�dades dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Município, sendo sempre a maior para os servidores deste Município.
Art. 235 - As disposições e preceitos ins�tuídos pela presente Lei consubstanciam o Estatuto do Servidor
Público do Município de Gravataí.
Art. 236 - Dentro do prazo de cento e oitenta dias a Administração regulamentará a presente Lei através
de Decreto do que couber.
Art. 237 - as despesas decorrentes desta Lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.
Art. 238 - São expressamente revogadas enunciadamente, a Lei nº 193, de 14 de setembro de 1954, e
todas as suas subseqüentes, e demais legislação municipal que disponha de matéria de que trata a
presente Lei.
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https://leismunicipais.com.br/a/rs/g/gravatai/lei-ordinaria/1954/19/193/lei-ordinaria-n-193-1954-estatuto-do-funcionario-publico-civil-do-municipio-de-gravatai
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Gabinete do Prefeito Municipal de Gravataí, 26 de dezembro de 1991.
JOSÉ MARIANO GARCIA MOTA,
Prefeito Municipal. 
Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 11/08/2003
Nota: Este texto disponibilizado não subs�tui o original publicado em Diário Oficial.

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