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RESENHO LIVRO EU, ROBÔ – ( ISAAC ASIMOV)
Eu, Robô é uma reunião de contos sobre robótica, onde trazem histórias diferentes, porém todas se passam entre o final dos anos de 1990 e perto dos anos 2050, porque se acreditava que os robôs já fariam parte do dia-a-dia dos humanos, numa fábrica chamada U.S. Robotis and Mechanical Men, Inc.
Tendo como base a humanização dos robôs, consigo perceber que o autor tentou demonstrar, logo no primeiro conto Robbie, quando apresenta robôs capazes de mostrar sentimentos afetivos e criar vínculos. Neste conto, um dos primeiros modelos de robô, que não tinha capacidade de falar, é comprado por uma família para ser a babá da filha deles, porém essa amizade cresce bruscamente na visão dos pais da criança, fazendo a mãe afasta-los, para o bem da própria filha.
Já neste primeiro conto sabemos que os mesmos haviam sido banidos da Terra, ainda sim, sua existência vale para realizar funções para servir a nossa espécie, mas sem desobedecer as leis da robótica feitas pelo autor.
No conto Razão, onde o robô QT-1 passa por uma crise existencial, pois não acreditava que seres tão frágeis e sem capacidade poderiam ser seus criadores. QT-1 tem certeza de sua superioridade quanto aos humanos e com isso, toma decisões a respeito de seu trabalho e coordena outros robôs formando uma “rebelião” contra seus líderes humanos. Outra demonstração de autonomia robótica é no conto Mentiroso!. Nesse conto tem um robô que é capaz de ler mentes e consegue causar uma grande confusão dentro da fábrica, pois além de ler mentes ele toma decisões sobre o que acha útil ou não contar para as pessoas fazendo juízo do que ele acha melhor ou pior para elas. 
Mais uma característica que todos os contos dividem é a importância das Três Leis da Robótica. Conforme vou entrando no mundo da robótica feito pelo autor, consigo perceber o motivo das leis terem sido criadas. Cada robô fabricado é implantado um sistema de 3 leis em seu cérebro positrônico*( termo usado nos livros do autor), sendo impossível corta-las. A Primeira Lei é que “um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal“. A Segunda Lei: “um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei”. E a Terceira Lei é que “um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.” 
Mesmo que os contos tenham sua própria história, tem personagens que aparecem em mais de um conto. São personagens bem construídos e talvez apareçam mais pelo alto grau de instrução ou de conhecimento. São eles: a psicóloga da fábrica Dra. Susan Calvin, Gregory Powell e Mike Donavan especialistas de campo e o diretor de pesquisa Alfred Lanning
Na introdução, é feito uma pequena abertura dos contos pela psicóloga, que está quase se aposentando e nesse momento está dando uma entrevista para um jornalista curioso. Ele a faz lembrar histórias e experiências vividas nos 50 anos de serviços prestados na fábrica. É por este ponto de vista que é contada a história e em alguns momentos ela passa de protagonista para narradora e vice e versa.
Nos momentos que tem algum problema com um robô, a doutora procura soluções nas leis porque elas ajudam a entender o cérebro positrônico. Algumas vezes as leis são problemas, pois os robôs tem mais disposição ás falhas.
Cada conto do livro traz a ideia de empatia com os robôs. Mesmo sabendo que são robôs e que foram criados por humanos conseguimos compreender suas necessidades e ter pena deles. Isso demonstra que o ser humano quando cria algo consegue transferir um pouco de sua humanidade dando impressão de que quando manuseamos o objeto ele se volta a nós e neeste livro é demonstrado de maneira suave porém intensa.
QUESTÕES:
1. A leveza e casualidade dos contos. Ao mesmo tempo em que gera tensão com a constante ideia de uma revolução robótica, também deixa o leitor completamente confortável com uma atmosfera muito real dos acontecimentos. A quantidade de teorias e detalhes científicos, reais ou não, é impressionante.
2. Da mesma maneira que os robôs são tão próximos e zelosos fica a impressão de que a qualquer momento podem ser voltar contra a espécie humana.
3. Os robôs como uma ajuda extra, não tão funcional como apresentam-se nos contos porém algo mais real.
4. Cérebro Positronico: é uma invenção científica só para denominar um nome da inteligência artificial constituído uma massa esponjosa de platina-irídio, dentro de uma esfera de vidro. Na realidade, a inteligência artificial é desenvolvida por meio de softwares capazes de movimentar máquinas de forma inteligente.

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