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ACADÊMICOS: Debora Silva David Kairo Fernandes Kesia Leonardo Pereira Mauricio Vieira Do ponto de vista etimológico, “grafo” vem do grego graphein e significa escrita; “motricidade”, vem do Latim motor, do verbo movere, “mover, deslocar”. A grafomotricidade é responsável por constituir um grupo de funções neurológicas e musculares que dão a possibilidade aos movimentos motores na escrita, assim como em outros registros gráficos que praticamos em nossa vida. Além disso, a grafomotricidade está ligada à praxia fina, responsável pelo uso dos pequenos músculos das mãos (muito importante para a escrita, o manuseio de tesouras, etc.). Coordenação motora: o complemento essencial para a Grafomotricidade. A coordenação motora, sobretudo a fina, é elementar para o aprimoramento da grafomotricidade da criança. No entanto, é preciso salientar que o treinamento é essencial para que os resultados positivos sejam obtidos. Note-se que a prevenção de eventuais problemas ao nível da grafia passa pela realização de atividades de treino da coordenação motora fina. Esta coordenação é a capacidade da criança executar movimentos finos com controlo e destreza. É evidente que possuir só uma coordenação fina não é suficiente. Por esse motivo, é necessário que haja uma boa coordenação oculomanual. Na verdade, a criança, quando está a desenvolver o seu processo da escrita, irá depender de diversos fatores, tais como: É evidente que o desenvolvimento da criança e da sua expressão gráfica não se deve somente a uma evolução temporal. Deve-se também a fatores culturais e do meio que as envolve. FATORES Aprendendo a grafomotricidade na escola. É sempre bom lembrar que a grafomotricidade deve ser introduzida na vida da criança a partir do nível sensorial, nível integrativo, nível expressivo e nível perceptivo. Vale ressaltar que a grafomotricidade perpassa por esse processo de construção e desenvolvimento gradual até que a criança chegue à escrita de fato. Assim como falado anteriormente, o treinamento bem elaborado é a melhor maneira de treinar essa habilidade nos alunos. O que muitos devem ter em mente é que a grafomotricidade depende de um detalhe muito importante, já que até os 3 anos de idade a criança não deve ser obrigada a absolutamente nada. Isso significa que o pequeno precisa ser livre para desenvolver atividades que a deixem mais solta, tais como: desenhos circulares, atividades exploratórias, manipulação de objetos, garatujas em espiral, círculos. Devemos ressaltar que a grafia não é ensinada aos 3 anos. Lá pelos 4 ou 5 anos de idade a criança já passa a ter uma capacidade maior de preensão. Por serem muito novas, é preciso salientar que os exercícios voltados para o treino da grafomotricidade não devem exigir que as crianças escrevam de maneira pontual. A meta nesse momento é estimular a coordenação motora. É evidente que o desenvolvimento de uma boa escrita é resultado do processo de treino da coordenação motora fina. Desta modo, uma das maneiras mais eficazes de se treinar a criança ocorre por meio de exercícios que envolvam os movimentos das mão. Porém, por volta dos 6 e 7 anos de idade, a criança vive o momento de plena maturação grafomotora. Por outras palavras, a criança vive a fase da aquisição da escrita. Se, nesta fase, ainda forem evidentes as dificuldades ao nível da motricidade fina e da grafomotricidade ou disgrafia, é importante que seja feita uma avaliação especializada, de modo a delinear um plano de intervenção. Esta intervenção irá ajudar a criança a melhorar significativamente o seu desempenho.