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RESINAS COMPOSTAS 
DEFINIÇÃO 
Material composto de dois ou mais materiais diferentes com propriedades superiores ou 
intermediárias aquelas dos constituintes individuais. 
As resinas compostas representam materiais obtidos por meio da associação de uma matriz 
orgânica (BIS-GMA – bisfenol glicidil metacrilato) a partículas inorgânicas (quartzo sílica 
coloidal) envolvidas por um agente de união (vinil silano). Para diminuir a viscosidade da 
matriz orgânica, facilitando sua manipulação e inserção na cavidade, são adicionados 
monômeros de baixa viscosidade. 
 
COMPOSIÇÃO 
 
Matriz orgânica, partículas de carga inorgânica, agente de união, sistema ativador da 
polimerização, inibidor de polimerização prematura, estabilizador, pigmentos e 
radiopacificadores. 
1) Matriz Resinosa 
É comumente constituída pelo Bis-GMA (bisfenol-A glicidil metecrilato) ou pelo UDMA 
(uretano dimetacrilato). Esses componentes orgânicos constituem a parte quimicamente 
ativa das resinas compostas, pois são esses monômeros que funcionam como as unidades 
da cadeia da resina e irão estabelecer ligações cruzadas no momento da polimerização, 
conferindo resistência ao material. Os polímeros são monômeros agrupados, devido a 
polimerização e é a causa do endurecimento da resina. 
Devido ao alto peso molecular, o Bis-GMA e o UDMA são extremamente viscosos à 
temperatura ambiente, o que dificulta a incorporação de carga à matriz resinosa. Para 
superar esse problema, é adicionado diluentes à base de dimetacrilato com o objetivo de 
tornar o material fluido para ser utilizado clinicamente. Os principais empregados são o 
TEGDMA e o EDMA, estes reduzem de maneira significativa a viscosidade do Bis-GMA e 
UDMA. 
Entretanto, a incorporação desses diluentes aumenta a contração de polimerização das 
resinas compostas. Por isso, além dos diluentes, o fabricante incorpora à matriz orgânica 
um inibidor de polimerização para garantir uma vida útil maior ao material, o inibidor mais 
comumente empregado é a ​hidroquinona​. 
Recentemente, foram introduzidas no mercado resinas compostas que apresentam como 
matriz resinosa o Bis-EMA (bisfenol A polietileno glicol dimetacrilato), o qual segundo o 
fabricante, possibilita uma redução de contração de polimerização, já que fatores como 
ação da luz, temperatura e tempo podem causar a polimerização espontânea da matriz 
orgânica, diminuindo suas propriedades. 
2) Partículas de carga 
Promove estabilidade dimensional à matriz resinosa, assim como uma menor sorção de 
água e aumenta a resistência a tração, compressão e abrasão. O quartzo foi o primeiro a 
ser incorporado aos materiais resinosos. Com o tempo, outros tipos de carga foram 
incorporados, como a sílica coloidal e o vidro de fluorsilicato de alumínio. O bário e o 
estrôncio foram também adicionados para conferir radiopacidade ao material. 
OBSERVAÇÃO: a fase inorgânica em na maior quantidade na matriz promove uma 
diminuição da contração de polimerização e o coeficiente de expansão térmica, já que são 
dimensionalmente estáveis. Além disso conferem propriedades físicas desejáveis às resinas 
como rigidez superficial e maior resistência aos esforços físicos. 
3) Agente de união 
Para que as resinas compostas apresentem um comportamento mecânico satisfatório é 
necessário que as partículas de carga estejam unidas de maneira estável à matriz orgânica. 
A união entre essa e as partículas de carga é realizada às expensas de um silano. 
Os silanos são moléculas que possuem a capacidade de se unir quimicamente à superfície 
da carga, bem como à matriz orgânica, propiciando uma interface adesiva bastante 
confiável. A utilização desses agentes permite que a resina composta atue como uma 
unidade quando submetida a tensões , as quais são dissipadas ao longo da interface 
adesiva criada pelo silano. 
OBS.: A introdução destes agentes superou o antigo problema da falta de união 
matriz/carga, o que propiciava a formação de sítios de iniciação de fraturas, os quais 
comprometiam a longevidade clínica do material. 
4) Iniciadores 
São agentes que, quando ativados, desencadeiam a reação de polimerização das resinas 
compostas. Nos compósitos quimicamente ativados, quando as pastas base e catalisadora 
são misturadas, a amina terciária segmenta o peróxido de benzoíla, dando início ao 
processo de autopolimerização. 
Nas resinas compostas fotopolimerizáveis o uso de luz visível com comprimento de onda 
em torno de 470 nm ativa a ​canforoquinona (iniciador), propiciando a formação de radicais 
livres que irão causar a polimerização. 
5) Pigmentos 
São essenciais para a mimetização proporcionando reproduzir as cores da estrutura dental. 
 
UTILIZAÇÃO 
Restaurações estéticas diretas em cavidades classe I, II e V (dentes posteriores - 
observação); restauração em dentes fraturados; substituição de restaurações deficientes ou 
por estética; restaurações com amplas lesões de cárie; fechamento de pequenos 
diastemas; forramento de cavidade, selantes de fissuras, coroas, restaurações provisórias, 
cimento para próteses e aparelhos ortodônticos, cimentos endodônticos, etc. 
Apresentam um menor grau de contração de polimerização, maior dureza, maior resistência 
ao desgaste, maior estabilidade de cor, maior facilidade de manipulação e resistência à 
compressão elevada. 
OBS.: ​São indicadas para dentes posteriores com necessidade estética, classes I, II e V 
desde que possam ser adequadamente isoladas, para lesões iniciais e moderadas em 
classe I e II, restaurações com contatos cêntricos sobre a estrutura dental e cavidades com 
preparo conservador. 
 
LIMITAÇÕES 
Extensão da cavidade: expectativa e durabilidade; parafunção oclusal; alto índice de cárie e 
má higienização (o biofilme degrada a resina composta); permeabilidade de manobramento 
superficial; dificuldades técnicas: isolamento, ou impossibilidade de seguir protocolo clínico. 
- Pré requisitos: ​boa higiene, baixo índice de cárie, equilíbrio oclusal, paredes 
cervicais em esmalte e isolamento absoluto. 
 
RESULTADO SATISFATÓRIO 
Para que um resultado final estético seja obtido através de restaurações diretas com resina 
composta, é necessário diversos passos cruciais tais como, a confecção de procedimentos 
pré-operatórios, seleção do material adequado, seleção da cor, um eficaz isolamento do 
campo operatório, preparação dentária, colocação de compósito de acordo com as 
diferentes áreas policromáticas do dente, além dos procedimentos que conferem um 
aspecto de naturalidade ao dente. 
 
PROPRIEDADES FAVORÁVEIS 
Adesão a esmalte e dentina; permite preparos mais conservadores; estética: cor, textura e 
translucidez; versatilidade clínica; facilidade de reparos; reforço de estruturas fragilizadas; 
controle de tempo de trabalho; bom selamento marginal; menor infiltração marginal, graças 
à técnica de inserção do material na cavidade ser incremental; 
 
PROPRIEDADES DESFAVORÁVEIS 
Contração de polimerização; sorção de água e pigmentos; envelhecimento da matriz 
inorgânica; degradação em meio ácido e álcool; manchamento; técnica sensível: 
contaminação, manipulação, inserção, polimerização e acabamento. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
1) Quanto ao tamanho das partículas de carga 
 
Este tipo de classificação permite agrupar as resinas compostas em três tiposessenciais: 
macroparticuladas, microparticuladas e híbridas (ou microhíbridas). Mas atualmente já 
foram inseridas no mercado as nanoparticuladas e nanohíbridas. 
Macroparticuladas ou convencionais: o tamanho de suas partículas varia de 15 a 100 
μm. A partícula de carga mais utilizada é o quartzo inorgânico. Em razão das grandes 
dimensões das partículas de carga, estes compósitos apresentam deficiências relacionadas 
à rugosidade superficial, o que dificulta o polimento. Desse modo, essas resinas são 
contraindicadas em cavidades de classe V ou regiões próximas ao tecido gengival, uma vez 
que, pela sua aspereza superficial, há maior acúmulo de placa, tornando-se este um 
predisponente a alterações periodontais. 
Microparticuladas: compostas por partículas de carga de sílica pirogênica ou sílica 
coloidal, na ordem de 0,04 μm. Sua principal vantagem clínica é proporcionar restaurações 
com superfícies mais lisas, resultando em alto grau de polimento e boa estética à 
restauração. Em virtude dessas propriedades, este sistema é indicado para aquelas 
cavidades que interagem com o periodonto de proteção. Apesar de serem resistentes ao 
desgaste por atrito, as resinas compostas microparticuladas não são indicadas para áreas 
de alta concentração de tensões (dentes posteriores) em virtude da probabilidade de 
fratura, pois possuem baixa resistência à tração. 
Híbridas e micro-híbridas: ​são compósitos que possuem tanto micro como 
macropartículas de carga. A combinação entre essas partículas de carga confere 
propriedades únicas a esses compósitos, como aumento das propriedades de resistência 
ao desgaste e o aumento da lisura superficial, uma vez que melhora a transferência de 
tensões entre as partículas. Assim, as resinas híbridas e micro-híbridas são indicadas para 
qualquer tipo de cavidade, exceto as que interagem com o tecido gengival. 
Nanoparticuladas: partículas de carga de aproximadamente 0,02 μm, a metade do 
tamanho das partículas das resinas microparticuladas. Na sua composição há uma mistura 
de resina e resina/partículas pré-polimerizadas, que envolve dois tipos de partículas: 
nanométricas e nanoaglomerados. As suas características conferem propriedades 
superiores às dos compósitos híbridos, tais como melhor polimento; fácil manipulação; 
capacidade de manter a anatomia por longos períodos; adequada resistência para ser 
indicada em dentes posteriores, por causa de sua alta quantidade de carga, e propriedades 
ópticas e de lisura semelhantes às resinas compostas microparticuladas. 
2) Quanto ao escoamento 
Alto escoamento: possuem grande escoamento, baixa viscosidade e resistência ao 
desgaste. Possuem pequena quantidade de carga inorgânica, com partículas de tamanho 
semelhante às resinas micro-híbridas. Indicadas para regularização da parede pulpar e 
caixa proximal. 
Médio escoamento:​ são as microhíbridas e micropartículas 
Baixo escoamento: menor contração de polimerização; alto conteúdo de carga inorgânica 
com partículas de tamanho semelhante às resinas microhíbridas; alta viscosidade e 
resistência ao desgaste; indicada apenas para dentes posteriores; pequena gama de cores. 
3) Quanto a localização 
Atualmente as resinas compostas podem ser utilizadas tanto em dentes anteriores quanto 
em dentes posteriores. Melhorias foram desenvolvidas no material para que isso ocorresse. 
 
FORMAS DE POLIMERIZAÇÃO 
Polimerização química; Polimerização física; Fotopolimerização 
- Fotopolimerização 
Para a utilização das resinas fotopolimerizáveis se faz necessário a utilização de fontes de 
luz para promover o início da reação do processo de polimerização. 
O processo de fotoativação dos materiais resinosos tem início quando a luz azul incide no 
agente fotossensível (fotoiniciador), geralmente a canforoquinona. Após a absorção da 
energia, a canforoquinona torna-se apta para reagir com uma amina terciária formando 
radicais livres e o processo de polimerização é então desencadeado. 
Para o início dessa reação, estão disponíveis no mercado diferentes fontes de luz, como: 
lâmpada halógena, laser de argônio, luz de arco de plasma e diodos emissores de luz 
(LEDs). 
- Contração de polimerização 
Quando a massa se contrai, ela se afasta das paredes criando brechas, o que pode resultar 
em cárie secundária devido a essa contração. Por isso o grande problemas das resinas 
compostas e a importância dos pré-requisitos no paciente para que esse material possa ser 
utilizado. 
Essa contração pode gerar: formação de fendas, rompimento dos adesivos, fratura do 
esmalte, microinfiltração, flexão de cúspide e sensibilidade pós-operatória. 
- Como evitar a contração de polimerização? 
Através da fotoativação de maneira gradual através da aproximação de luz e também da 
inserção da resina composta de forma incremental, ou seja, colocando aos poucos. 
 
TÉCNICA RESTAURADORA 
Para classe I ou II: 
1) Seleção da cor 
2) Verificação dos contatos oclusais e proximais 
3) Isolamento absoluto 
4) Preparo cavitário classe I ou II 
Ângulos internos arredondados, formato ovóide, limite cavo superficial definido em ângulo 
reto 
5) Condicionamento ácido, lavagem e secagem 
6) Aplicação do sistema adesivo e fotopolimerização 
7) Inserção do composto e fotopolimerização 
8) Ajuste Oclusal 
9) Acabamento e polimento 
É utilizado pasta e esponja para deixar uma superfície mais lisa, evitando assim o acúmulo 
de biofilme. 
10) 40 segundos de foto no final 
OBS.: ​A grande dificuldade da restauração de classe II é a constituição das faces 
proximais. Utiliza-se a cunha de madeira na orientação palatina-lingual para vestibular, 
devido ao fato da meia palatina-lingual ser maior. 
Para classe III: 
1) Seleção de cor - padrão outro escala Vita 
2) Isolamento absoluto 
3) Preparo conservador 
4) Proteção do dente vizinho - pode usar cunha de madeira para isso 
5) Condicionamento ácido 
6) Lavagem e secagem 
7) Aplicação do sistema adesivo 
Essa aplicação é necessária para cobrir as regiões do condicionamento ácido. A 1ª camada 
deve ser secada com o jato a distância a fim de evaporar o solvente. A 2ª camada é a 
garantia de que todos os espaços receberam o adesivo. 
8) Fotopolimerização - apenas na segunda camada 
9) Inserção da resina composta 
10) Fotopolimerização 
11) Matriz de poliéster e cunhas - as transparentes irão auxiliar na luz 
12) Último incremento na resina composta 
13) Fotopolimerização final 
14) Acabamento 
Utiliza-se a lâmina de bisturi já que a broca para retirada de uma parte muito grosseira pode 
acabar desgastando o esmalte dentário. 
15) Polimento 
Para classe V: 
1) Quando a cárie é muito extensa deve-se fazer a proteção pulpar com o hidróxido de 
cálcio, apenas na parte mais profunda, devido a sua baixa propriedade mecânica. 
2) Após a proteção pulpar, é colocado o CIV por cima como base e aguarda cerca de 8 
a 10 minutos. 
3) Condicionamento ácido, secagem e lavagem 
4) Aplicação do sistema adesivo 
5) Aplicação da resina composta 
6) Acabamento e polimento - este polimento pode ser feito com pasta e disco de lixa 
Para classe IV: 
Em lesões não cariosas quase não há preparo, porém em casos de lesões extensas com a 
estrutura comprometida utiliza-se pino de fibra ou pino de vidro. As resinas são compostas 
por bário e estância, o que confere a radiopacidade vista nas radiografias de dentes 
restaurados. 
1)Confeccionar a face palatina 
Esta deve ter sua cor de resina mais escura devido ao fundo escuro da boca 
2) Acrescentar a resina na face vestibular 
3) Acabamento e polimento 
OBS.:​ Pastas para compósitos e pastas para polimento são a mesma coisa.

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