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Crise Convulsiva Profa Márcia Wanderlind ESUCRI – ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA Aproximadamente 80% dos casos de crise convulsiva cessam antes do atendimento hospitalar; A maioria dos episódios que duram mais de 5 minutos persistem até 20 ou 30 minutos, ocasionando dano ao SNC. Crise Convulsiva Convulsão: Fortes contrações, não coordenadas e involuntárias de parte ou da totalidade da musculatura do corpo Crise epiléptica com manifestação motora, associadas a sintomas visuais, auditivos ou sensitivos (ausências). Sem atividade motora são crises não convulsivas. Epilepsia Trata-se de uma doença neurológica, caracterizada geralmente por crises em que há perda súbita da consciência, acompanhada de convulsões. Convulsão Febril São convulsões que ocorrem em crianças entre as idades de 2 meses a 6 anos e são desencadeadas pela hipertermia. Nas idades entre 2 e 6 meses é rara, nas crianças com menos de 2 meses nunca ocorre. Todos os casos requerem atenção. Traumatismo Craniano Os traumatismos crânio-encefálicos podem produzir convulsões. Estas convulsões podem aparecer no momento do trauma ou horas após pela formação de hematomas e edema cerebral. Crise Convulsiva Sinais e Sintomas • Perda da consciência com conseqüente queda; • Rigidez do pescoço e extremidades e às vezes do corpo; • Leves tremores; • Sacudidas de variáveis amplitudes; • Ocorrência de cianose e até mesmo parada respiratória; • Perda do controle dos esfíncteres urinário e anal; • Após as convulsões a pessoa vai lentamente recuperando a consciência; • Pode haver confusão mental por um certo período de tempo; • Pode haver amnésia da ocorrência. Crise Convulsiva Tratamento Pré-Hospitalar • Não fazer a introdução de nada na boca da pessoa; • Acionar o Serviço de Emergência; • Posicionar confortavelmente a pessoa evitando que se machuque, bem como posicionar a cabeça; • Afrouxar as roupas apertadas; • Ficar vigilante quanto a respiração e administrar oxigênio suplementar; • Aconselhar, após a crise, a pessoa a receber socorro médico; • Providenciar transporte para ambiente hospitalar. Convulsão por Febre • Característica de crianças. • Baixar a temperatura corporal com banhos e aplicação de compressas mornas; • Procurar atendimento do pediatra. Crise Convulsiva Causas Epilepsia, é a causa principal; Lesões na cabeça; Infecções no cérebro Parada respiratória; Febres altas. Overdose (dose excessiva de cocaina) Crise Convulsiva Crise Convulsiva Crise Convulsiva Estado pós-convulsivo A pessoa pode ficar “perdida” confusa Colocar a vítima em posição de recuperação Palavras sem nexo Sair caminhando sem direção O sangue que aparecer na saliva ou na boca é decorrente de mordedura na língua. Crise Convulsiva CONDUTA Afastar os curiosos Afastar objetos, afrouxar suas roupas. Amparar a cabeça da vítima (sem impedir seus movimentos) Virá-la de lado para que a saliva escorra pela boca Nunca colocar a mão na boca da vítima que estiver convulsionando (não colocar objetos, como lápis, gravetos, talheres). Não há necessidade de puxar a língua da vítima. Crise Conversiva Crise conversiva é uma doença mental caracterizada pela perda ou alteração da função física, porém sem reação fisiológica alguma. Estes sintomas físicos são resultado de conflitos emocionais ou necessidades do ser humano. Os sintomas geralmente aparecem subitamente e em momentos de grande estresse psicológico. Crise Conversiva A falta de preocupação com os sintomas debilitantes (La Belle Indifference), que geralmente acompanha esta doença, pode ser um indício para se distinguir a imitação da desordem fisiológica. Síncope Estudos demonstram que 3% dos homens e 3,5% das mulheres vivenciaram, pelo menos, um episódio de síncope durante a vida, com idade média de aparecimento do primeiro episódio por volta dos 50 anos para homens e 52 anos para mulheres. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, entretanto sua incidência aumenta com a idade. Síncope Síncope: Perda súbita e transitória da consciência, associada à perda do tônus postural com recuperação espontânea. Corresponde de 1 a 3% das admissões hospitalares e 3 a 5% dos casos admitidos em sala de emergência. A taxa de recorrência é bastante elevada; uma vez constatado um episódio de síncope a probabilidade de recidiva é por volta de 30%. A taxa de mortalidade é variável e está diretamente relacionada com a causa subjacente e a idade, sendo observada as maiores incidências em pacientes com síncope de etiologia cardíaca, e mais de 60 anos. Indivíduos saudáveis, jovens, sem doença cardíaca estrutural e eletrocardiograma (ECG) normal, apresentam taxa de mortalidade em um ano baixa, uma vez que a grande maioria apresenta síncope neuro-mediada ou vasovagal. Em estudos com o uso do teste de inclinação para a confirmação diagnóstica da síncope relacionada ao SNC, a taxa de mortalidade observada foi próxima a zero. Síncope Síncope Classificação e etiologia Emoções fortes (medo, angústia, surpresa) Hipoglicemia Calor excessivo Anemia ou sangramento volumoso Mudança brusca de posição Síncope Causas: Pode sentir: Tontura Fraqueza ou náuseas (enjôo) Enxergar pequenos pontos brilhantes Palidez cadavérica Cansaço Síncope Antes da síncope: Síncope Classificação e etiologia Lipotimia; Palidez; Suores frios; Vertigens; Zumbidos em ouvidos; Tontura Fraqueza ou náuseas (enjôo) Enxergar pequenos pontos brilhantes Cansaço Síncope Sintomatologia Lipotimia é a perda mais ou menos completa do conhecimento acompanhada da abolição das funções motrizes, com integral conservação das funções respiratória e circulatória. A lipotimia se constitui no primeiro grau de síncope. Síncope Vertigens É a sensação em que a vítima parece girar em torno dos objetos ou os objetos em torno dela. A vítima pode ter zumbidos e chegar até a surdez, náuseas e vômitos, porém parece sempre lúcida. 1.Coloque a vítima em um local arejado com boa ventilação. 2. É necessário fazer que o sangue circule em maior quantidade no cérebro e nos órgãos nobres, para isso eleve os membros inferiores. 3. Para evitar que a vítima vomite ou se asfixie, vire a cabeça da vítima para o lado. 4. Afrouxe a roupa da vítima, para uma melhor circulação. 5. Não dê líquidos a vítima logo após o desmaio. A vítima pode não estar com seus reflexos totalmente recuperados e se afogar. 6. Após aproximadamente um minuto depois da queda, o fluxo de sangue para o cérebro é novamente restabelecido e recupera-se a consciência. 7. Não deixe a vítima caminhar sozinha depois do desmaio. Faça-a sentar e respirar fundo, após auxilie-a a dar uma volta, respirando fundo e devagar. Desta forma ocorre uma gradual readaptação a posição vertical evitando-se assim desmaiar novamente, o que pode ocorrer se ela levantar bruscamente. Síncope Atendimento Síncope Conduta Se a pessoa vai desmaiar: Segurá-la para que ela não caia; Se a vítima estiver sentada, faça com que ela curve-se para frente e baixe a cabeça e solicite para que se esforce em erguê-la. O socorrista fará pressão na nuca com sua mão. Síncope Deitá-la de costas, erguendo suas pernas, cerca de 30cm. O tratamento é norteado pela causa subjacente. No caso da síncope vasovagal, muitas vezes as medidas não farmacológicas são suficientes como: hidratação vigorosa, evitar locais quentes e abafados, uso de meia elástica, treinamento postural passivo, dentre outras. Finalmente, é conveniente salientar, que todo episódio de síncope merece uma investigação criteriosa, haja vista que alguns casos podem evoluir para morte cardíaca súbita. Síncope Tratamento