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Doenças parasitárias- Parasitoses em ruminantes 
O gado bovino brasileiro é composto das linhagens Bos Taurus e Bos Indicus, sendo a sua maioria composta de Bos 
Indicus, mais ambientados com o clima tropical do brasil. O Bos Taurus, no entanto, é mais robusto e está prevalente 
na região sul do país. Esses animais mais ambientados com um clima temperado, são mais suscetíveis à parasitoses. 
Contudo, embora o Bos Indicus seja mais adaptado e sofra menos com infestações, o gado de leite de uma forma 
geral é mais acometido por esta condição, em relação ao gado de corte. 
 
As espécies de nematódeos parasitas dos ruminantes domésticos são bem adaptados aos seus hospedeiros naturais 
e a ocorrência de morte como consequência do parasitismo é um fenômeno raro. O investimento na melhoria da 
qualidade das pastagens aumenta a chance de sobrevivência das fases de vida livre dos helmintos e o melhoramento 
genético dos animais, associado ao aumento da taxa de lotação propicia o aumento de formas infectantes nas 
pastagens. A ruptura da relação hospedeiro x parasito produz diminuição da produção e produtividade dos animais, 
com consequente prejuizo enconômico. 
 
As infecções parasitárias normalmente são mistas e compreendem diversas famílias e gêneros, sendo que os mais 
representativos, no caso dos bovinos, pertencem a família Trichostrongylidae, com destaque para os gêneros 
Haemonchus spp., Ostertagia spp., Trichostrongylus spp., Cooperia spp. e família Strongylidae representada pelos 
gêneros Chabertia spp. e Oesophagostomum spp.. 
 
O gênero Cooperia spp. aloja-se no intestino delgado dos ruminantes. Cooperia spp. apresenta uma distribuição 
mundial e a sua epidemiologia nas áreas temperadas é muito semelhante à de Ostertagia. Os sinais clínicos 
observados nos animais consistem, essencialmente, na diminuição ou perda de apetite, diminuição da taxa de ganho 
de peso. 
 
Os nematoides pertencentes ao gênero Trichostrongylus spp. são pequenos e não ultrapassam sete milímetros de 
comprimento quando adultos. Nos bovinos, a espécie mais relevante é Trichostrongylus axei, sendo que, aloja-se no 
abomaso tanto de ruminantes domésticos quanto silvestres e no estômago de equinos. Em ruminantes, causa uma 
diarreia escura e fétida. Oesophagostomum spp. são parasitos do intestino grosso de ruminantes e suínos. 
 
Qual o helminto de ruminantes que pode passar pela placenta, colostro, via oral? 
 
Ciclo de vida dos Trichostrongilideos: 
 
Fase infectante→L3 (maior importância) 
Temperatura ideal→ 30º 
Infecção: Ingestão de uma gota de orvalho com milhares de larvas. 
 
Patogenia das helmintoses gastrintestinais
-Presença de diferentes espécies de helmintos; 
-Erosão epitelial; 
-Hiperplasia – Afluxo de linfócitos; 
-Enterite; 
-Edema; 
-Aumento do peristaltismo; 
-Digestão e absorção deficientes; 
-Desidratação; 
-Morbidade/mortalidade 
 
Os sintomas que bovinos apresentam quando infestados por helmintos são muito inespecíficos, sendo o mais grave a 
desidratação, devido à diarreia. Devido a este fato, o diagnóstico pode não ser óbvio. Os sintomas clássicos das 
helmintoses gastrintestinais dos ruminantes são retardo do crescimento, hiporexia e pelos arrepiados. 
 
O Haemonchus é um parasita hematófago, que em infestações extremas, causa anemia severa. Abaixo, a evolução 
da haemoncose clássica nos bezerros: 
Animais severamente infestados por 
Haemonchus podem apresentar edema 
submandibular, diarreia... Os animais com 
alta carga parasitária ficam muitas vezes 
segregados do grupo. O Haemonchus é 
típico de países tropicais (no entanto, 
também é comum no sul do país, onde o 
clima é mais ameno). 
 
Os achados de necropsia são lesões no 
abomaso. 
 
 
Prevenção e controle de helmintoses em ruminantes: 
-Manter nível adequado de nutrição dos animais; 
-Estimular a criação de raças geneticamente resistentes; 
-Remover fezes do estábulo. Usar esterqueiras; 
-Utilizar taxa de lotação adequada; 
-Utilizar sistema de rotação de Pastagens; 
-Realizar exames de fezes em periódos regulares; 
-Prevenir a contaminação do capim e água; 
-Separar animais por faixa etária; 
-Drenar adequadamente as pastagens; 
-Utilizar sistema de vermifugação preventiva. 
 
Opções para controle das helmintoses em ruminantes: 
Controle curativo ou emergencial: 
-Aplicação de Ivomec e outros anti-parasitários quando o animal já está doente. 
 
Controle baseado no o.p.g. e cultura de larvas: 
-Interpretação do grau de infecção em relação ao número de helmintos adultos e o potencial para causar doença. 
 
Tratamento supressivo: 
-Aplicação de anti-parasitários periodicamente. 
 
Tratamento estratégico 
-Quando se conhece os parasitas e trata-os conforme as épocas do ano, de acordo com a sua incidência. 
 
Tratamento tático: 
-Ao se conhecer uma região, trata-se preventivamente os helmintos naturais do ambiente. 
 
Mecanismos de liberação lenta ou controlada: 
-Alto custo 
 
Sobre as helmintoses em ruminantes, considerar: 
-Influência do clima e helmintoses (estações mais propícias para o surgimento de sinais clínicos – Parasitose clínica); 
-Resistência aos anti-parasitários 
 
Exemplos de dosificações estratégicas: 
❖ Cordeiros no desmame: 
-Largo espectro, closantel ou disofenol; 
-Avermectinas, milbemicinas. 
 
❖ Dosificar 60 dias após o desmame: 
-Monitoramento mensal; 
-OPG: 10% dos animais do rebanho. 
 
❖ Ovelhas: No desmame + Pré acasalemanto + Pré parto (30/40 dias antes do parto) 
 
Método Famacha de anemia, mensuração comparativa através da mucosa ocular. É fácil de aplicar, mas não é 
preciso, pois nem todo quadro de anemia é devido à parasitose. 
 
Conclusões: 
-Drogas não são renovadas; 
-Não há substituto para as drogas; 
-Implementação de controle estratégico associado ao manejo é necessário; 
-Controle Parasitário somente com drogas é cada vez mais difícil

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