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JFET´s – Análise CC CELET – Coordenação do Curso Técnico em Eletrônica Professor: Edvaldo Moraes Ruas, EE Vitória da Conquista - 2009 1a Parte IFBA • Transistor de junção por efeito de campo (Junction Field-Effect Transistor); • É um transistor unipolar, depende somente de um tipo de carga, ou as lacunas ou os elétrons; • Fonte porque os elétrons livres entram no dispositivo nesse ponto; • Dreno por onde os elétrons livres saem; • Porta = gate. • É um dispositivo sensível a tensão JFET´s - estrutura e símbolo Polarização (funcionamento) – Uma alimentação positiva VDD é ligada entre o dreno e a fonte, o que estabelece um fluxo de elétrons livres; – A tensão reversa VGG aplicada na junção porta-fonte cria uma camada de depleção em volta das regiões p; – Quanto mais negativa essa tensão, mais estreito torna-se o canal. Ou seja a tensão reversa controla o fluxo de elétrons livres; A impedância de entrada alta (dezenas ou centenas de megohms). JFET´s - Funcionamento JFET´s – De 0 a 4 V a corrente sobe rapidamente, região ôhmica; – De 4 a 30 V se comporta como uma fonte de corrente, região ativa; – Acima de 30 V, o JFET rompe-se, região de ruptura; – Para VGS(desligado) = -4 V, a corrente de dreno ID é aproximadamente 0, região de corte; • Curvas de Dreno – Análise JFET´s – Observe que VGS(desligado) = -4 V é igual em módulo a VDS máximo na região ôhmica; – VGS = 0, equivale a um curto entre a porta e a fonte, e IDSS = 10 mA = máxima corrente do Dreno; – Quanto mais negativa VGS menor ID. • Curvas de Dreno – Análise • Curva de Transcondutância – A curva é um trecho de parábola; – A equação desta curva, para qualquer JFET é: – Muitas folhas de dados só fornecem IDSS e VGS(desligado); – A partir daí pode-se traçar a curva usando os pontos: JFET´s • Polarização da Porta – É a pior forma de polarizar o JFET; – Em razão da variação na corrente de dreno ser tão grande; JFET´s – Análise CC (b) Figura simplificada (a) Polarização da Porta (c) O ponto Q varia demais com polarização da porta • Autopolarização – Usa RS para estabilizar o circuito; – Em um 1o momento: A corrente ID aumenta, logo VS aumenta pois RS é fixo; Isso aumenta a tensão reversa VG, que por sua vez estreita o canal e reduz ID; – Em um 2o momento: A corrente ID diminui, logo VS diminui pois RS é fixo; Isso diminui a tensão reversa VG, que por sua vez aumenta o canal e aumenta ID; – O que compensa parcialmente o aumento inicial em ID estabilizando o circuito. JFET´s – Análise CC • Autopolarização – Tensão porta-fonte – Como a porta tem polarização reversa, flui uma corrente de porta desprezível através de RG, assim: VG = 0 – A tensão da Fonte ao terra: VS = IDRS – A tensão da porta-fonte: VGS = VG –VS = 0 – IDRS VGS = – IDRS JFET´s – Análise CC • Linha de Autopolarização ID = – VGS RS – Exemplos: →VGS = 0 ID = 0 = 0 500 →VGS = -1 V ID = -(-1) = 2 mA 500 →VGS = -2 V ID = -(-2) = 4 mA 500 – A corrente de dreno varia linearmente com VGS. JFET´s – Análise CC Autopolarização • Efeito da variação da Resistência da Fonte • Projeto gráfico RS = – VGS ID • Projeto conveniente RS = VGS(desligado) IDSS JFET´s – Análise CC Autopolarização • Tolerância – Devido às variações de VGS(desligado) e IDSS para valor de RS a ser usado em grande escala; – As folhas de dados incluem duas curvas, a mínima e a máxima. JFET´s – Análise CC • Polarização por Divisor de Tensão VTh = R2___ VDD VS = VTh – VGS R1 + R2 ID = VTh – VGS VD = VDD – IDRD RS – Se VTh for suficientemente grande para sobrepujar VGS, ID será aproximadamente constante; Problema num JFET: – O VGS pode variar vários volts de um JFET para outro; – Ficando difícil estabelecer o valor de VTh. JFET´s – Análise CC • Polarização por Divisor de Tensão Linha de polarização – Quanto maior for VTh, mais horizontal a linha de polarização se torna, porém há um limite; JFET´s – Análise CC • Polarização por Fontes – A idéia aqui é de sobrepujar as variações de VGS fazendo VSS >> VGS, porém isso é difícil. ID = VSS – VGS RS JFET´s – Análise CC • Polarização por Fonte de Corrente (com 2 Alimentações) – A idéia aqui é produzir uma corrente do dreno que seja independente de VGS. Uma corrente constante. IC = VEE – VBE RE JFET´s – Análise CC • Polarização por Fonte de Corrente (com 1 Alimentação) – O TBJ, fonte de corrente, força a corrente do dreno ser igual à do coletor, que é constante. ID = IC JFET´s – Análise CC JFET´s - Análise CA CELET – Coordenação do Curso Técnico em Eletrônica Prof. Edvaldo Moraes Ruas (EE) Vitória da Conquista - 2010 IFBA 2a Parte • É a razão: gm = ∆ID . ∆VGS • Como as variações em ID e em VGS são equivalentes à correte e à tensão CA, a equação fica gm = id . vgs que é uma fórmula para pequeno sinal, exata para variações infinitesimais. • Usaremos está equação como uma aproximação para gm toda vez que o valor de pico a pico de id for menor do que 10% da corrente do dreno no ponto Q. • Exemplo de como calcular gm e sua apresentação: id = 0,2 mA gm = 0,2 m .= 2000 µS vgs = 0,1 V 0,1 Transcondutância • A transcondutância gm nos informa sobre o controle que a tensão da porta tem sobre a corrente do dreno. Quanto mais alto gm mais eficiente é a tensão da porta no controle da corrente do dreno. Transcondutância • Modelo π Esse modelo é para baixas frequências. • Outra equação gm = gm0 [ 1 – VGS/VGS(desl.)] onde: gm0 para VGS = 0; VGS(desl.) para gm = 0. • Um valor preciso de VGS(off) VGS(off) = – 2IDSS . gm0 Funcionamento • Quando um pequeno sinal CA é acoplado à porta, ele produz variações na tensão da porta-fonte; • Isto produz uma corrente de dreno que varia também e que flui através do resistor do dreno; • Obtendo assim uma tensão CA amplificada na saída semelhante ao pequeno sinal CA da porta. Inversão de fase • Um aumento na tensão da porta-fonte produz mais corrente de dreno, portanto diminui a tensão de dreno. • Assim, inverte a tensão de saída. Amplificador Fonte Comum (SC) R1 || R2; RGS >> 0 circuito aberto; vsaída = – gmvgsRD sinal “–” inversão de fase vent = vgs vsaída . = – gmRD vent A = – gmRD Modelo CA do estágio SC Ganho de Tensão (Amplificador SC) onde: A= ganho de tensão sem carga; gm= transcondutância; RD = resistência do dreno. • Este tipo de distorção é chamado distorção por lei quadráticaporque a curva de transcondutância é parabólica; • Uma forma de se minimizar a distorção é manter o sinal pequeno; • Um sinal é pequeno quando a corrente do dreno tem um valor de pico a pico menor do que 10% da corrente do dreno quiescente. Distorção • Se rS for suficientemente grande, a linearização local poderá reduzir a não linearidade da curva de transcondutância. • Tensão de entrada RGS >> 0 vent – vgs – gmvgsrS = 0 vent = (1 + gmrS ).vgs • Tensão de saída vsaída = – gmvgsRD Resistor de linearização (Amplificador SC) • Ganho vsaída = – gmRD A = – RD vent 1 + gmrS rS + 1/gm rS reduz o ganho de tensão; gm têm menos efeito no ganho de tensão; Para se reduzir por linearização as variações em gm, rS precisa ser muito maior do que 1/gm. Neste caso a tensão de saída é aproximadamente igual a tensão de entrada e esta em fase com ela. Por isso o circuito é chamado de seguidor de fonte; Devido a sua alta impedância de entrada ele é geralmente usado no terminal de entrada de instrumentos de medição. Amplificador de Dreno Comum (DC) • Tensão de entrada vent – vgs – gmvgsRS = 0 vent = (1 + gmRS ).vgs • Tensão de saída é: vsaída = gmvgsRS Amplificador de Dreno Comum (DC) • Ganho vsaída = gmRS A = RS vent 1 + gmRS RS + 1/gm O seguidor de fonte tem menor distorção que um amplificador SC devido ao resistor da fonte não derivado. • Tensão de saída vsaída = RS . vent RS + 1/gm Isto lembra um divisor de tensão. Logo, aproximadamente: zsaída(fonte) = 1 . gm Impedância de Entrada e Saída zent = RS + (1/gm) zsaída = RS || (1/gm) • zent = R1 || R2 para um Divisor de Tensão • zent = RG para Autopolarização zsaída = RS || (1/gm) Amplificador de Dreno Comum (DC) • Corrente CA de entrada ient = id = gm vgs Rearranjado vgs = 1 . ient gm Como vgs = vent zent = 1 . gm Por exemplo, se g = 2000 µS, zent = 1 . = 500 Ω 2000 µ • Portanto a impedância de entrada é baixa, por isso ele tem apenas algumas aplicações. Amplificador de Porta Comum (GC) • A idéia consiste em usar somente dois pontos da linha de carga: corte e saturação. Saturação Corte VGS = 0 VGS ≤ VGS(desl.) Resistência CC do Estado Ligado A Chave JFET não é perfeita porque uma pequena resistência aparece na saturação. RDS(lig.) = VGS . ID Chave Analógica JFET Resistência CA do Estado Ligado A Resistência CA aparece quando o transistor esta saturado e é aplicado um sinal CA. rds(lig.) = ΔVDS . Δ ID Chave Shunt Chave Série Chave Analógica JFET Multiplexando Normalmente somente um dos sinais de entrada aparece na saída, ou seja, um dos sinais de controle é zero. Chave Analógica JFET Chopper JFET (Interruptor Pulsante) • Se utilizarmos acoplamento direto, sem capacitores de acoplamento e de derivação, e se ligarmos vários estágios, a desvantagem é o drift ou deriva; • Drift é um lento desvio na tensão de saída produzido pelas variações da alimentação e do transistor. • Para resolver esse problema é que utilizamos o método Chopper. Chave Analógica JFET Algumas aplicações dos JFET´s em que suas propriedades dão uma vantagem sobre o TBJ. Amplificador Buffer • Um buffer isola o estágio anterior do posterior; • Idealmente, um buffer deve ter uma alta impedância de entrada (na faixa dos megohms em baixas frequências), que significa uma corrente baixa para o estágio anterior; • E deve ter uma baixa impedância de saída para que ele dê conta de cargas pesadas; • Seguidor da Fonte é um amplificador buffer. Outras Aplicações JFET Amplificador de Baixo Ruído • Ruído é qualquer perturbação indesejada superposta ao sinal útil; • Qualquer dispositivo eletrônico produz uma certa quantidade de ruído; • O JFET é um dispositivo de baixo ruído; • Isto é especialmente desejável na seção de entrada, justamente porque os estágios subsequentes amplificam o ruído com o sinal de entrada. Outras Aplicações JFET Resistência Variável com a Tensão • A região de saturação de um JFET também é chamada região ôhmica; • Na região ôhmica, rds(ligado) pode ser controlada por VGS; • Quanto mais negativo VGS, maior torna-se rds(ligado); Exemplo, de um 2N5951 Para VGS = 0 V, ID = 0,75 mA e VDS = 100 mV rds(ligado) = 100 m =133 Ω 0,75 m Para VGS = – 2 V, ID = 0,4 mA e VDS = 100 mV rds(ligado) = 100 m = 250 Ω 0,4 m • Quando usado dessa forma, o JFET não precisa de uma tensão CC de dreno de alimentação, e sim, um sinal de entrada. Outras Aplicações JFET Controle Automático de Ganho • Para contrabalançar as variações de volume indesejadas, a maioria dos receptores utilizam um controle automático de ganho. A = – gm rD Outras Aplicações JFET Amplificador Cascode • Amplificador Cascode é um amplificador de fonte comum que alimenta um amplificador com porta comum; • O amplificador SC tem ganho de A1 = – gm RD • A impedância de entrada do amplificador GC é 1/gm; logo A1 = – gm RD = – gm 1 . = – 1 gm • O amplificador GC tem um ganho de A2 = gm RD • Logo, o ganho total dos dois é A2 = A1 A2 = – gm RD • Portanto o amplificador cascode tem o mesmo ganho do amplificador SC. A vantagem é a sua baixa capacitância de entrada. Outras Aplicações JFET Amplificador GC e SC • Ganho vsaída = – gmRD A = – RD vent 1 + gmrS rS + 1/gm • Corrente CA de entrada ient = id = gm vgs Rearranjado vgs = 1 . ient gm Como vgs = vent zent = 1 . gm Limitador de Corrente • O Limitador é capaz de proteger uma carga contra uma corrente excessiva; • Por exemplo, suponha que a corrente de carga normal seja de 1 mA. Se IDSS = 10 mA e rDS(ligado) = 200 Ω, então uma corrente de carga normal de 1 mA significa que o JFET está na região ôhmica; VDS = 1 m .200 = 0,2 V • Praticamente toda a tensão da alimentação aparece na carga; • Suponha agora que a carga esteja em curto; a corrente de carga tenta aumentar excessivamente, forçando o JFET a ir para região ativa, onde esta limitada a corrente de 10 mA, e funciona agora como uma fonte de corrente. Outras Aplicações JFET