Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

62 
 
 
 
15. Origem e Evolução do Dinheiro 
 
15.1. Escambo 
 
A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda, 
praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. 
Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário 
para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra 
pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais 
milho do que fosse precisar. Esta elementar forma de 
comércio foi dominante no início da civilização, podendo 
ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia 
primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez 
de meio circulante, e até em situações especiais, em que as 
pessoas envolvidas permutam objetos sem a preocupação 
de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, 
da criança que troca com o colega um brinquedo caro por 
outro de menor valor, que deseja muito. 
 
• As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado natural, 
variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, 
correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, 
ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem 
permutados. 
• Moeda-Mercadoria 
• Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. 
• Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por 
outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias. 
 
O gado, principalmente o bovino, foi dos mais 
utilizados; apresentava vantagens de locomoção 
própria, reprodução e prestação de serviços, 
embora ocorresse risco de doenças e de morte. 
63 
 
• O sal foi outra moeda–mercadoria; de 
difícil obtenção, principalmente no interior dos 
continentes, era muito utilizado na conservação de 
alimentos. Ambas deixaram marca de sua função 
como instrumento de troca em nosso vocabulário, 
pois, até hoje, empregamos palavras 
como pecúnia(dinheiro) e pecúlio (dinheiro 
acumulado) derivadas da palavra 
latina pecus (gado). A palavra capital (patrimônio) 
vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a 
palavra salário(remuneração, normalmente em 
dinheiro, devida pelo empregador em face do 
serviço do empregado) tem como origem a 
utilização do sal, em Roma, para o pagamento de 
serviços prestados. 
 
 
• No Brasil, entre outras, circularam 
o cauri – trazido pelo escravo africano –, 
o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e 
o pano, trocado no Maranhão, no século 
XVII, devido à quase inexistência de 
numerário, sendo comercializado sob a 
forma de novelos, meadas e tecidos. 
Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram 
inconvenientes às transações comerciais, devido à 
oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis 
e por serem facilmente perecíveis, não permitindo o 
acúmulo de riquezas. 
 
15.2. Metal 
 
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus utensílios e armas 
anteriormente feitos de pedra. 
64 
 
Por apresentar vantagens como a possibilidade de 
entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de 
transporte e beleza, o metal se elegeu como principal 
padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. 
A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de 
barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, 
braceletes etc. 
 
O metal comercializado dessa forma exigia aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca. 
Mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de valor, que também 
apontava o responsável por sua emissão. Essa medida agilizou as transações, dispensando a pesagem e 
permitindo a imediata identificação da quantidade de metal oferecida para troca. 
 
15.2.1. Moeda em Formato de Objetos 
 
Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito 
apreciadas. 
Como sua produção exigia, além do domínio das técnicas 
de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal 
poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não 
estava ao alcance de todos. 
A valorização, cada vez maior, desses instrumentos levou 
à sua utilização como moeda e ao aparecimento de 
réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, 
que circulavam como dinheiro. 
 
 
É o caso das moedas faca e chave que eram 
encontradas no Oriente e do talento, moeda de 
cobre ou bronze, com o formato de pele de 
animal, que circulou na Grécia e em Chipre. 
 
15.2.2. Moedas Antigas 
 
Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas peças 
de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e 
garante o seu valor. 
65 
 
São cunhadas na Grécia moedas de prata e, na Lídia, são utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de 
ouro e prata chamada eletro. 
 
As moedas refletem a mentalidade de um povo e 
de sua época. Nelas podem ser observados 
aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e 
culturais. É pelas impressões encontradas nas 
moedas que conhecemos, hoje, a efígie de 
personalidades que viveram há muitos séculos. 
Provavelmente, a primeira figura histórica a ter 
sua efígie registrada numa moeda foi Alexandre, 
o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 
a.C. 
A princípio, as peças eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos 
irregulares, não sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras. 
 
15.2.3. Ouro, Prata e Cobre 
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego desses metais se 
impôs, não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por antigos 
costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, 
ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isso levou à crença 
no poder mágico desses metais e no dos objetos com eles confeccionados. 
 
A cunhagem de moedas em ouro e prata se 
manteve durante muitos séculos, sendo as peças 
garantidas por seu valor intrínseco, isto é, pelo 
valor comercial do metal utilizado na sua 
confecção. Assim, uma moeda na qual haviam 
sido utilizados vinte gramas de ouro, era trocada 
por mercadorias deste mesmo valor. 
Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o 
cobre para os valores menores. Esses sistemas se mantiveram até o final do século 19, quando o cuproníquel 
e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito empregados, passando a moeda a circular pelo 
seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido. 
Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, 
necessários para troco. Dentro desta nova função, a durabilidade passou a ser a qualidade mais necessária à 
moeda. Surgem, em grande diversidade, as ligas modernas, produzidas para suportar a alta rotatividade do 
numerário de troco. 
66 
 
 
15.3.3. Moeda de Papel 
Na Idade Média, surgiu o costume de se guardar os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos 
de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser 
utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem à moeda de papel. 
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foramlançados pelo Banco do 
Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os cheques. 
 
Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as 
moedas, os governos passaram a conduzir a 
emissão de cédulas, controlando as falsificações e 
garantindo o poder de pagamento. 
Atualmente quase todos os países possuem seus 
bancos centrais, encarregados das emissões de 
cédulas e moedas. 
A moeda de papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas utiliza 
papel especialmente preparado e diversos processos de impressão que se complementam, dando ao produto 
final grande margem de segurança e condições de durabilidade. 
Formatos Diversos 
O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos. 
 
As moedas já se apresentaram em tamanhos 
ínfimos, como o stater, que circulou em Aradus, 
Fenícia, atingindo também grandes dimensões 
como as do dáler, peça de cobre na Suécia, no 
século XVII. 
Embora, hoje, a forma circular seja adotada em quase todo o mundo, já existiram moedas ovais, quadradas, 
poligonais etc. Foram também cunhadas em materiais não metálicos diversos, como madeira, couro e até 
porcelana. Moedas de porcelana circularam na Alemanha, quando, por causa da guerra, este país enfrentava 
grave crise econômica. 
As cédulas, geralmente, se apresentam no formato retangular e no sentido horizontal, observando-se, no 
entanto, grande variedade de tamanhos. Existem, ainda, cédulas quadradas e até as que têm suas inscrições 
no sentido vertical. 
As cédulas retratam a cultura do país emissor e nelas podem-se observar motivos característicos muito 
interessantes como paisagens, tipos humanos, fauna e flora, monumentos de arquitetura antiga e 
contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc. 
As cédulas apresentam, ainda, inscrições, geralmente na língua oficial do país, embora em muitas delas se 
encontre, também, as mesmas inscrições em outros idiomas. Essas inscrições, quase sempre em inglês, 
67 
 
visam dar à peça leitura para maior número de pessoas. 
 
15.4. Sistema Monetário 
 
O conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um país forma o seu sistema monetário. Este sistema, 
regulado por meio de legislação própria, é organizado a partir de um valor que lhe serve de base e que é sua 
unidade monetária. 
Atualmente, quase todos os países utilizam o sistema 
monetário de base centesimal, no qual a moeda 
divisionária da unidade representa um centésimo de seu 
valor. 
 
• Normalmente os valores mais altos são expressos em cédulas e os valores menores em 
moedas. Atualmente a tendência mundial é no sentido de se suprirem as despesas diárias com 
moedas. As ligas metálicas modernas proporcionam às moedas durabilidade muito superior à das 
cédulas, tornando-as mais apropriadas à intensa rotatividade do dinheiro de troco. 
• Os países, por meio de seus bancos centrais, controlam e garantem as emissões de dinheiro. O 
conjunto de moedas e cédulas em circulação, chamado meio circulante, é constantemente renovado 
por processo de saneamento, que consiste na substituição das cédulas gastas e rasgadas. 
Moeda Bancária - cheques 
 
A moeda bancária ou moeda escritural consiste nos depósitos à vista existentes nos bancos ou em 
outras instituições creditícias, normalmente movimentados por intermédio de cheques, instrumento 
de circulação da moeda bancária. 
Os cheques são: 
1. originados em entrega de dinheiro pelo cliente (depósito originário); 
2. originados em operação de créditos (depósitos contábeis). 
No caso dos depósitos feitos por clientes, os bancos fornecem cheques em branco que podem ser 
preenchidos à vontade do depositante, até completar a quantia creditada. 
No caso da moeda bancária, ocorre o mesmo processo utilizado na moeda-papel conversível. 
Permanecendo parte dos depósitos sem movimento, os bancos emprestam certa importância que vai 
68 
 
de 75% a 93% dos depósitos, ficando a outra parte como encaixe, variando sua percentagem 
conforme a legislação bancária de cada país. Há uma proporção entre depósitos, encaixe 
e empréstimos. 
Enquanto os franceses atribuem a origem da palavra cheque ao vocábulo inglês to check - "verificar", 
"conferir" – os ingleses sustentam que a palavra é originária do francês echequier, que significa 
"tabuleiro de xadrez". Segundo os ingleses, as mesas usadas pelos banqueiros tinham a forma de um 
tabuleiro de xadrez, daí seu nome. A origem é remota e está ligada à letra de câmbio. 
Os especialistas não têm certeza. Alguns dizem que os romanos inventaram o cheque por volta de 
352 a.C. Outros admitem ter sido criado na Holanda, no século XVI. Em Amsterdam, por volta do 
ano 1500, o povo costumava depositar seu dinheiro com cashiers, o que representava menor risco do 
que guardá-lo em casa. 
Os cashiers concordavam em arrecadar e cancelar débitos por meio de ordens escritas dos 
depositantes (cheques). 
Na Inglaterra, no fim do século XVII, o povo começou a fazer depósitos com os GOLDSMITHS (*). 
O goldsmith dava ou emitia goldsmith notes a favor do seu cliente. Essas simples notas escritas a 
mão continham uma promessa de pagamento ao cliente ou à sua ordem. 
O cliente podia também escrever ao goldsmith, pedindo-lhe que pagasse a outra pessoa. 
Acredita-se que datem de 1762 os primeiros cheques impressos por LAWRENCE CHILDS na 
Inglaterra. Ele foi o primeiro banqueiro no sentido moderno. Mas antes disso, no mesmo país, o uso 
do cheque já tinha começado a desenvolver-se. Alguns cheques recebidos de diferentes pessoas pelos 
banqueiros, contra diferentes bancos, traziam o inconveniente de obrigá-los a ir aos estabelecimentos 
sacadores para obter pagamento. O banqueiro depositava os cheques no seu próprio banco, depois 
realizava a coleta. Apresentava depois esses cheques nos outros bancos empregando mensageiros. 
Isso significava que os mensageiros dos variados bancos faziam inúmeras viagens por dia. Para 
diminuir o número de viagens, eles resolveram se encontrar numa taverna, onde permutavam seus 
maços de cheques. 
Os banqueiros, a princípio, resistiram a esse sistema, mas, percebendo sua utilidade, adotaram-no, 
criando as Caixas de Compensação a que são levados todos os cheques entregues a um banco contra 
outros. 
O primeiro país que legislou sobre o cheque foi a França, com a Lei de 14 de junho de 1865. Na 
Inglaterra, onde ele se expandiu mais rapidamente, a legislação específica só foi baixada em 18 de 
agosto de 1882. 
No Brasil, a primeira referência ao cheque apareceu em 1845, quando se fundou o Banco Comercial 
da Bahia; mas, mesmo assim, sob a denominação de cautela. Só em 1893, pela Lei 149-B, surgiu a 
primeira citação referente ao cheque, no seu art. 16, letra "a", vindo o instituto a ser regulamentado 
pelo decreto 2.591, de 7 de agosto de 1912. 
69 
 
O uso do cheque apresenta muitas vantagens: facilita a movimentação de grandes somas; economiza 
o tempo que tomariam para ser contadas; diminui possibilidade de roubos, além de impedir o 
entesouramento do dinheiro em espécie. 
Para segurança, deve sua emissão cercar-se de garantias, de modo que conquiste a confiança pública. 
Os benefícios propiciados pelo uso do cheque só são possíveis onde leis rigorosas punem os 
eminentes de cheques sem fundos, amparando, assim, sua circulação. 
Outro tipo usado pelos viajantes é o traveller-check - cheque de viagem ou turístico, emitido em 
qualquer país, no qual, no ato da aquisição, o beneficiário apõe a assinatura que serve de elemento 
autenticador, quando da emissão. 
Temos também os cheques especiais, garantidos até determinado limite, acertado entre o banco e o 
cliente. 
Notas: 
(*) cidadão que cuidava do comérciode ouro. 
- Texto extraído do livro "Dinheiro no Brasil" - F. dos Santos Trigueiro. 
 
15.4.1. Cartões de Crédito 
O uso de moedas e cédulas está sendo substituído 
cada vez mais por pequenos cartões de plástico. 
Instituições financeiras, bancos e um crescente 
número de lojas oferecem a seus clientes cartões que 
podem ser usados na compra de grande número de 
bens e serviços, inclusive em lojas virtuais através 
da internet. 
Os cartões não são dinheiro real, simplesmente 
registram a intenção de pagamento do consumidor. 
Cedo ou tarde a despesa terá de ser paga, em espécie 
ou em cheque. É, portanto, uma forma imediata de 
crédito 
O Cartão de Crédito surgiu nos Estados Unidos na década de 20. Postos de gasolina, hotéis e firmas 
começaram a oferecê-los para seus clientes mais fiéis. Eles podiam abastecer o carro ou hospedarem-
se num hotel sem usar dinheiro ou cheque. 
Em 1950, o Diners Club criou o primeiro cartão de crédito moderno. Era aceito inicialmente em 27 
bons restaurantes daquele país e usado por importantes homens de negócios, como uma maneira 
prática de pagar suas despesas de viagens a trabalho e de lazer. Confeccionado em papel cartão, 
trazia o nome do associado de um lado e dos estabelecimentos filiados em outro. Somente em 1955 o 
Diners passou a usar o plástico em sua fabricação. 
 
70 
 
Em 1958, foi a vez do American Express lançar seu cartão. Na época, os bancos perceberam que 
estavam perdendo o controle do mercado para essas instituições, e no mesmo ano o Bank of 
America introduziu o seu BankAmericard. Em 1977, o BankAmericard passa a denominar-se Visa. 
Na década de 90, o Visa torna-se o maior cartão com circulação mundial, sendo aceito em 12 
milhões de estabelecimentos. 
Muitos cartões de plástico não têm poder de compra, simplesmente ajudam a usar e a obter formas 
conhecidas de dinheiro. São os cartões de banco que garantem cheques, retiram dinheiro e fazem 
pagamentos em caixas automáticos. 
Outros cartões aliam as funções de compra, movimentação de conta-corrente e garantia de cheques 
especiais. 
O comércio vem criando seus próprios cartões. Destinados a atender a uma clientela mais fiel, eles 
facilitam a compra e eliminam a burocracia na abertura de crédito. 
Em diversos países os cartões telefônicos são uma maneira prática de realizar ligações de telefones 
públicos sem o incômodo de fichas e moedas. A cada chamada a tarifa é descontada do valor facial 
do cartão. 
O mais recente avanço tecnológico em termos de cartão foi o desenvolvimento do smart card, o 
cartão inteligente. Perfeito para a realização de pequenas compras, ele vem com um chip que pode 
ser carregado com uma determinada soma em dinheiro. À medida que o portador vai gastando, seu 
saldo vai sendo eletronicamente descontado. Quando o saldo acaba, o cartão pode ser carregado com 
uma nova quantia. 
Os cartões se multiplicaram. Hoje eles estão cada vez mais direcionados para os diversos nichos de 
mercado. São cartões de afinidade, que apoiam campanhas sociais, ecológicas; cartões para atender 
jovens e universitários; ou cartões de negócios destinados a altos funcionários de empresas. 
O dinheiro, seja em que forma se apresente, não vale por si, mas pelas mercadorias e serviços que 
pode comprar. É uma espécie de título que dá a seu portador a faculdade de se considerar credor da 
sociedade e de usufruir, por meio do poder de compra, de todas as conquistas do homem moderno. 
A moeda não foi, pois, genialmente inventada, mas surgiu de uma necessidade e sua evolução 
reflete, a cada momento, a vontade do homem de adequar seu instrumento monetário à realidade de 
sua economia. 
✓ Texto extraído da revista: "As Muitas Faces da Moeda" do Centro Cultural do Banco do 
Brasil. 
15.5. As funções da Moeda 
Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as transações, isto é, para 
pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações, ou seja, de acordo com esta definição, qualquer coisa 
pode ser moeda, desde que aceita como forma de pagamento. Ela é considerada o instrumento básico para 
que se possa operar no mercado. Pois a moeda atua como meio de troca. Quando um indivíduo vende seu 
71 
 
produto, ele receberá moeda pelo produto vendido e, por conseguinte, terá moeda para comprar aquilo que 
desejar. 
Além disso, a moeda desempenha a função como unidade de conta (também chamado de denominador 
comum de valor), isto é, fornece um padrão para que as demais mercadorias expressem seus valores, e 
forneçam um referencial para que os valores dos demais produtos sejam cotados no mercado. 
E a terceira função da moeda é a chamada reserva de valor, função que decorre do meio de troca. A moeda 
deve preservar o poder de compra (assim como acontece com os títulos, pois eles em valor de compra e 
rentabilidade ao longo do tempo). 
Resumindo as três funções, temos: 
➢ Moeda como meio de troca: intermediário entre as mercadorias; 
➢ Moeda com unidade de conta: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo qual as mercadorias 
são cotadas; e 
➢ Moeda como reserva de valor: poder de compra que se mantém no tempo, ou seja, forma de se medir 
a riqueza. 
 
15.6. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais 
A inflação é um fenômeno que preocupa economistas, governos, planejadores e a sociedade como um todo. 
O “dragão” da inflação corrói os salários, diminui os ganhos reais, promove a perda do poder aquisitivo da 
moeda, destruindo o orçamento das famílias, principalmente, das de baixa renda. 
Há algumas correntes que explicam as causas, consequências e o mecanismo de combate. Dente estas, 
encontra-se a monetarista. 
Os monetaristas enfatizam que a política monetária é o mecanismo mais eficiente para controlar as taxas de 
inflação. Para este grupo, a quantidade de moeda no mercado é o principal fator para o aumento dos níveis 
de preços. 
Quando o governo emite muita moeda, os saldos monetários das pessoas aumentam e, com isso, ampliam a 
demanda. Considerando que a oferta, no curto prazo, permanece inalterada, os preços sobem. 
Com a elevação dos níveis de preços (inflação), provocada pelo excesso de moeda, os preços dos bens e 
serviços tornam-se mais caros. Se o preço de um produto sobe, é necessário mais moeda para adquiri-lo, ou 
seja, a inflação promove a desvalorização da moeda. 
Por isso, é que ministros da economia comprometidos com a performance dos índices macroeconômicos, 
restringem a emissão de moeda por parte do governo. 
Para isso o Banco Central – BACEN desenvolve política monetária com o caráter mais expansionista ou 
contracionista, em função, do risco de inflação que enfrenta um país. 
 
 
15.7. Questões: 
72 
 
15.7.1. Qual dos itens a seguir não é uma função da moeda? 
A. Meio de troca 
B. Reserva de valor 
C. Unidade de conta 
D. Capital usado para produzir bens e serviços 
 
15.7.2. Uma das funções da moeda é: 
A. avaliar a qualidade dos bens 
B. ser intermediária da troca direta 
C. ser um instrumento de política monetária 
D. ser um meio de pagamento geral e definitivo 
 
15.7.3. (CESGRANRIO - 2010 - BACEN - Analista do Banco Central - Conhecimentos Gerais - Todos os Cargos) Entre as várias ações do 
Banco Central que resultam numa política monetária expansionista, NÃO se encontra a 
A. compra de moeda estrangeira no mercado cambial. 
B. compra de títulos federais no mercado aberto. 
C. venda de títulos federais no mercado aberto. 
D. redução do percentual de recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central. 
E. redução da taxa de juros dos empréstimos de liquidez do Banco Central aos bancos. 
 
15.7.4. Acerca da economia monetária, julgue os itens que se seguem. 
Emuma economia com vários tipos de bens e grande volume de transações, a troca direta e a moeda 
mercadoria são alternativas mais apropriadas ao consumidor do que a moeda fiduciária. 
( ) Errado 
( ) Certo 
 
15.7.5. (CESGRANRIO - 2008 - Petrobrás – Economista) A senhoriagem é(são) a(os) 
(A) receita recebida pelo governo por emitir moeda. 
(B) capacidade política do governo de aplicar impostos. 
(C) prejuízos à receita fiscal decorrentes da inflação. 
(D) ganhos fiscais dos agentes econômicos. 
(E) desequilíbrios da economia doméstica, consequentes da inflação elevada. 
 
 
 
15.8. Referência: 
73 
 
✓ http://www.bcb.gov.br/htms/origevol.asp 
✓ http://www.bcb.gov.br/Pre/PEF/PORT/publicacoes_DinheironoBrasil.pdf 
✓ https://politicamonetaria.webnode.com.br/moeda/ 
 
15.9. Link indicado 
✓ https://www.youtube.com/watch?v=FC33pzsW68Y

Mais conteúdos dessa disciplina