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Criptococose O que é? Micose sistêmica Em determinados casos pode levar a morte Ligada a fungos do gênero Cryptococcus Causada comumente pelo seguintes fungos: Cryptococcus neoformans variante (var.) neoformans (C. neoformans) gatti (C. gattii) Causas É encontrado na matéria orgânica depositada no solo e também na fezes de aves, principalmente na do pombo. C. neoformans atingindo principalmente portadores do vírus da AIDS, causando meningoencefalite e em alguns casos a morte. C. neoformans var. gattii atinge principalmente crianças e jovens. Transmissão Sintomas Meningoencefalite É indolente, com manifestação do tipo cefaleia, febre, confusão mental, alteração do comportamento, presença de sinais meníngeos, convulsão e sinais neurológicos. Sintomas Pneumonia Manifesta-se por tosse produtiva, as vezes hemoptise, dispneia progressiva, lesão tumoral e febre que é sinal concomitante. Lesões cutâneas Estão presentes em grande número e localizam-se preferencialmente na face, região cervical e no tronco. Diagnóstico Exame direto do liquor cefalorraquidiano (LCR) com o auxílio de nanquim é especialmente útil quando de suspeita de meningoencefalite por Cryptococcus; Amostra de urina; Amostras de escarro e pus devem ser submetidas a tratamento com hidróxido de sódio; Exame direto com nanquim revelando células fúngicas encapsuladas. Diagnóstico O cultivo de material deve ser realizado em ágar Sabouraud com cloranfenicol ou ágar infusão cérebro-coração. Deve ser evitada a ciclo-heximida, na composição do ágar. Cryptococcus neoformans. Cultivo leveduriforme, cremoso, escorrendo para o fundo do tubo. Diagnóstico A distinção entre C. neoformans e C. gattii pode ser obtida utilizando-se o ágar contendo canavalina, glicina e azul de bromotimol. O C. neoformans vai crescer transformando o ágar na cor amarela; O C. gattii, transformando o meio na cor azul. Diagnóstico Utiliza-se a técnica da aglutinação em látex para amostras de soro e liquor. O diagnóstico histopatológico se obtém a partir de amostras de tecido sólido. Exame histopatológico mostrando inúmeras células fúngicas. Ausência de infiltrado inflamatório. Exame histopatológico mostrando células fúngicas em que apenas o núcleo se faz visível, em meio a escasso infiltrado inflamatório. Tratamento A escolha do antifúngico depende do sítio de infecção e da imunidade do paciente, mas os principais antifúngicos são anfotericina B (1,0 mg/kg/dia) e seus derivados lipídicos, fluconazol (400 mg/dia) e 5-flucitosina (100 mg/kg/dia, em combinação com anfotericina B). Epidemiologia A criptococose existe em todo o mundo e causa um caso de meningite a cada um milhão de habitantes por ano. A infecção se dá pela inalação de esporos, frequentemente em lugares com pombos. Quase 80% dos casos apareceram em pessoas com AIDS. Prevenção Utilização de EPI, como luvas e máscaras, e limpeza com água e cloro em locais que se frequenta; Controle populacional de aves; Não existem medidas preventivas específicas. Referências CRIPTOCOCOSE: CAUSA, SINTOMAS, TRATAMENTO E PREVENÇÃO. Disponivel em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/criptococose>. Acesso em: 05 abr. 2019; KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia –. Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010; Micologia no laboratório clínico / Adelina Mezzari, Alexandre Meneghello Fuentefria. – Barueri, SP : Manole, 2012; Compêndio de micologia médica / Clarisse Zaitz... [et al.]. – 2.ed. – [Reimpr.]. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017; Obrigada!