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Vozes Verbais e Funções do SE – II – GRAMÁTICA
www.grancursosonline.com.br
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ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
VOZES VERBAIS E FUNÇÕES DO SE II
Demoliu-se aquele prédio.
VTD
Concordância
sujeito paciente
PA
CD
Na frase acima, o “se” é uma partícula apassivadora, que tem por finalidade 
transformar o objeto direto aquele prédio em sujeito paciente da língua portu-
guesa. Os termos aquele prédio e demoliu estão no singular, respeitando a rela-
ção fundamental de concordância verbal.
Demoliram-se aqueles prédios.
VTD
Concordância
sujeito paciente
PA
CD
Na frase há novamente a partícula apassivadora “se”, indicando que o termo 
aqueles prédios não é objeto direto, e sim sujeito paciente. A palavra demoliram 
está no plural para que seja respeitada a relação fundamental de concordância.
Se essas duas frases fossem colocadas na voz passiva analítica, ficariam 
dispostas da seguinte maneira:
• Demoliu-se aquele prédio. Aquele prédio foi demolido. 
• Demoliram-se aqueles prédios. Aqueles prédios foram demolidos. 
IMPORTANTE!
• Na voz passiva sintética, há concordância apenas de singular com plural. 
Na voz passiva analítica a concordância é entre singular, plural, masculino e 
feminino.
• O agente da passiva é uma estrutura gramatical que só é identificada na voz 
passiva analítica. Não há agente da passiva na voz passiva sintética. 
• A voz passiva analítica pode existir tanto com o agente da passiva, bem como 
sem o agente da passiva. 
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Enviam-se cartas aos eleitores.
Envia-se
VTD
sujeito paciente
PA
CD
A palavra cartas seria chamada de objeto direto, se não houvesse na frase 
a presença da partícula apassivadora “se”, que transforma o objeto direto em 
sujeito paciente. Reescrever a frase como envia-se cartas aos leitores configu-
raria desrespeito aos princípios de concordância.
Precisa-se de funcionários urgentemente.
VTI
Índice de indeterminação do sujeito
OI Adj. Adv
O verbo precisa é transitivo indireto, não gerando um objeto direto; o termo de 
funcionários é objeto indireto; e urgentemente é um adjunto adverbial de modo. 
Nesta frase não há qualquer objeto direto para ser apassivado, transformado em 
sujeito paciente. Portanto, a frase não está na voz passiva, pois não há a pre-
sença prévia de objeto direto. O “se” na frase não é partícula apassivadora, e 
sim, índice de indeterminação do sujeito. 
OOss.:� Quando o “se” é índice de indeterminação do sujeito, o verbo pode ficar 
apenas no singular.
Caminha-se bastante na Orla do Lago Paranoá.
VI
Índice de indeterminação do sujeito
Adj. AdvAdj. Adv
Na frase acima, o verbo caminha é intransitivo, portanto não há objeto direto 
para ser transformado em voz passiva – a função do “se” é de índice de inde-
terminação do sujeito; bastante é adjunto adverbial de intensidade; e na Orla do 
Lago Paranoá é adjunto adverbial de lugar. 
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É-se feliz no Brasil.
V
Na frase acima, é tem a função de verbo, que na forma original é o verbo ser 
(verbo de estado). Como é um verbo de estado, pode assumir apenas duas fun-
ções: de verbo de ligação ou de verbo intransitivo. Nas duas circunstâncias, ele 
não poderá gerar objeto direto. Se esse verbo não pode gerar objeto direto, a 
frase acima não está na voz passiva, pois a condição de existência de uma voz 
passiva é justamente condicionada pelo objeto direto.
Se
Pa vtd/vtdi Concordância Verbal
Iis vti/vi/vl Verbo só no singular
– Agente
Não é possível identificar 
quem pratica a ação verbal
• O “se” pode ser partícula apassivadora ou índice de indeterminação do 
sujeito. 
• A partícula apassivadora ocorre apenas com verbos transitivos diretos 
(VTD) ou com verbos transitivos diretos indiretos (VTDI).
• O índice de indeterminação do sujeito ocorre com o verbo transitivo indi-
reto (VTI), com o verbo intransitivo (VI), e com o verbo de ligação (VL), que 
são casos em que não é possível a colocação da frase na voz passiva. 
• Quando há partícula apassivadora, o sujeito é apassivado, ou seja, se 
transforma em sujeito paciente. E se existe sujeito, tem que existir concor-
dância verbal. 
Há uma semelhança entre a partícula apassivadora e o índice de indetermina-
ção do sujeito – nessas duas funções não é possível identificar quem pratica a ação 
verbal. Esse é um traço gramatical linguístico conhecido como traço “- Agente”. 
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OOss.:� Identificar quem pratica a ação verbal é diferente de identificar quem é 
o sujeito da oração. Identificar quem pratica a ação verbal é uma noção 
semântica - olhar para o texto e perceber se alguém na frase tem sentido 
de agente. Identificar quem é o sujeito da oração, é uma noção de sintaxe, 
relacionada com a concordância verbal. 
OOss.:� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos 
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Elias 
Santana.

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