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���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 1 
 
 
 
 
 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO 
 
 
 
 
� Compreender o que vem a ser estrutura da população; 
� Entender a situação do idosos no Brasil e no mundo; 
� Conceituar e compreender PEA População Economicamente Ativa 
e os setores da atividade econômica; 
� Entender a distribuição da renda e a desigualdade sociais; 
� Entender a Terceirização e seu efeitos; 
� Compreender o IDH Índice de Desenvolvimento Humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 3 
 
 Para melhor entender a estrutura da população devemos dividi-la em 
três categorias: 
 
� Número, sexo e idade dos habitantes - expressos em um gráfico 
chamado pirâmide de idades; 
� Distribuição da população economicamente ativa (PEA) por setores 
econômicos; 
� Distribuição da renda. 
 
Você já ouviu falar em pirâmides etárias? 
 
A Pirâmide de Idades 
 
 
 
A pirâmide de idades expressa 
o número de habitantes, sua 
distribuição por sexo e por idade. 
Permite visualizar a taxa de 
natalidade e a expectativa ou 
esperança de vida da população. 
Quando apresentar um aspecto 
triangular, isto é, a base larga, indica 
que a população desse país é jovem 
(alta natalidade) e o topo da pirâmide 
estreito indica que há uma pequena 
participação percentual de idosos no 
conjunto total da população, como 
por exemplo, a pirâmide que 
representa o Quênia (África). Alta 
natalidade e baixa expectativa de 
vida são características do 
subdesenvolvimento. 
 
 Nas pirâmides etárias dos 
países desenvolvidos a base é 
menos larga e o cume mais largo que 
as dos países subdesenvolvidos, 
pelo fato da baixa taxa de natalidade 
e alta expectativa de vida. 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 4 
 
 Se a pirâmide apresentar certa 
proporcionalidade, da base ao topo, 
podemos concluir que a população 
deixou de ser jovem, isto é, está na fase 
de transição para maturidade, é o caso 
da Índia. 
 
 A população do Brasil, China, 
Coréia do Sul, e outros países 
emergentes já foi jovem e atualmente 
está em transição para a fase madura. 
 
 A expectativa de vida dos 
brasileiros aumentou de acordo com o 
IBGE, a parcela de jovens de 0 a 14 anos caiu de 34,73% em 91 para 
31,62% em 96 e a população de idosos com mais de 65 anos elevou-se de 
4,83% para 5,37% no mesmo período. A tendência é aumentar o número 
de idosos a cada ano. 
 
 O contingente entre 15 e 64 anos aumentou de 60,45% para 63,01%, 
o que significa que a população está na fase de transição. 
 
 Segundo a projeção, a pirâmide etária brasileira para o ano 2000 é 
de um país adulto. 
 
 
 Os grupos de idade 
na distribuição da 
população por faixas 
etárias são: 
 
� População jovem: até 
19 anos; 
� População adulta: 
entre 20 e 59 anos; 
� Idosos: acima de 60 
anos. 
 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 5 
 Não podemos generalizar que todos os países que apresentam 
uma pirâmide com base larga, isto é, que possuem população jovem, 
sejam um problema para o desenvolvimento econômico e social. 
Desde que os países invistam mais em saúde, educação, criando 
boas escolas, preparem futuros trabalhadores qualificados, com boas 
condições físicas e mentais e, também modernizem a economia, 
utilizando métodos racionais no campo, incentivem a multiplicação de 
indústrias e ofereçam um número crescente de empregos que sejam 
dignamente remunerados, a população jovem pode vir a ser benéfica 
no futuro. 
 
 
 Nos países subdesenvolvidos, a elevada proporção de jovens 
constitui um peso para os adultos por vários motivos: 
 
� Fraca industrialização e pouca mecanização no campo, 
conseqüentemente há baixa produtividade; 
 
� A luta pela sobrevivência faz com que os jovens ingressem no 
mercado de trabalho, prejudicando assim seus estudos. Esses 
jovens, ao se tornarem adultos, serão profissionais sem 
qualificação e terão dificuldades para sustentar as demais faixas 
(jovens e velhos). O círculo vicioso se repete ou seja, cria-se a 
necessidade dos filhos trabalharem desde cedo; 
 
� Ausência de "desenvolvimento com eqüidade", que implica em 
atribuir às políticas governamentais em matéria de educação, 
saúde, emprego e habitação (políticas sociais). Os países 
subdesenvolvidos aplicam a política do "crescimento primeiro, 
distribuição depois". 
 
 A política social é tão importante quanto a econômica. O 
progresso e a força de um país dependem, em grande parte, da 
quantidade e principalmente da qualidade de seus homens. 
A questão dos investimentos sociais e econômicos não ocorre apenas 
nos países jovens. Enquanto os países subdesenvolvidos, em 
particular, onde a população é jovem, necessitam de elevados 
investimentos na assistência aos idosos. 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 6 
 
Os Idosos 
Como será que está a situação do idoso? 
 
 Nos países industrializados e com baixas taxas de natalidade 
e mortalidade há um problema demográfico sério - é o envelhecimento 
da população. 
 
 Em alguns países a proporção de pessoas na terceira idade já 
está em torno dos 25 a 30%. O elevado número de aposentados 
coloca em risco a qualidade de aposentadoria, pois necessita uma 
soma de recursos cada vez maior. 
 
 A Suécia é um bom exemplo. Lá há aposentadoria de boa 
qualidade, mas em compensação são comuns as queixas da 
população em relação aos altos impostos que se tornam mais 
elevados à medida que aumenta o número de aposentados. Mas são 
impostos revertidos em benefícios. No Brasil os impostos são bem 
mais altos que na maioria dos países. 
 
 Responda em seu caderno!!! 
 
1) No Brasil os impostos são revertidos em benefícios 
sociais? 
2) Você sabe como se processam esses benefícios? 
 
 Alguns economistas e pesquisadores sugerem um aumento na 
idade de aposentadoria para os países onde há muitos idosos (60 a 65 
anos). Outros contestam essa idéia, argumentando que se trata de um 
direito conquistado. 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 7 
 Com a crescente mecanização e robotização das tarefas, os 
países desenvolvidos têm reduzido a idade de aposentadoria, por 
exemplo, o Japão passou de 65 anos para 60 anos. Nos países 
subdesenvolvidos, devido ao baixo nível de vida, são poucas pessoas 
que conseguem trabalhar e produzir satisfatoriamente após os 50 
anos de idade. 
 
 Com a diminuição das taxas de natalidade e de mortalidade com 
a conseqüente elevação da média de vida atualmente, a população 
mundial com mais de 60 anos supera 580 milhões de pessoas. Num 
futuro próximo, o problema de envelhecimento da população vai surgir 
em todos os países. 
 
 Leia com atenção o texto a seguir. 
O envelhecimento da população é maior desafio do Brasil 
 
 “O maior desafio do Brasil na área demográfica é o acelerado 
envelhecimento da população. Em 1970 a porcentagem de pessoas com mais de 
65 anos no conjunto dos habitantes era de 3,7%. Hoje é de 5,1% e daqui a 50 
anos, segundo projeções será de mais ou menos 20% . 
 
 A conseqüência mais evidente do fenômeno é o impacto sobre o sistema de 
previdência social. Se hojeo Brasil tem dificuldades para manter os inativos, daqui 
a 50 anos, com uma população de idosos quatro vezes maior em relação ao 
conjunto da população, o que acontecerá? Na opinião dos pesquisadores o 
colapso será inevitável, a menos que surjam políticas públicas adequadas. E elas 
devem ser tomadas com urgência... 
 
 Ainda segundo os cientistas, o Brasil dispõe no momento de um chamado 
bônus demográfico, que deve ser aproveitado. O bônus ao qual eles se referem é 
decorrente da queda da taxa de fecundidade, que reduziu o número de crianças 
na população e a necessidade de investimentos em cuidados com elas. Para se 
ter uma idéia do que isso significa, entre 1980 e 2000, 35 milhões de crianças 
deixaram de nascer no Brasil, porque os casais não querem ter a mesma 
quantidade de filhos que seus pais tiveram.. 
 
 Uma ampla reforma no sistema previdenciário será inevitável, só vamos 
deter o envelhecimento se obrigarmos cada mulher a ter dez filhos em vez de 
dois, se importamos jovens de outros países ou se matarmos os velhos. Como 
não pensamos em fazer nada disso, o melhor é enfrentar o desafio. ( texto 
adaptado. De Roldão Arruda AE. Jornal Cruzeiro do Sul 21/08/01) 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 8 
 "Torna-se necessário portanto, evitar que os idosos fiquem 
marginalizados e percam a motivação de viver”. 
 
 “Na realidade o mundo moderno é feito para os jovens: a 
propaganda, a idéia de felicidade, os divertimentos, tudo está 
voltado para eles. Os próximos idosos só se sentem velhos depois que 
os outros os evitam, não lhes dão muita atenção e os repreende por 
fazerem "coisas de jovens". Um dos desafios do nosso tempo é, pois, 
manter os idosos integrados na sociedade tanto pelo trabalho como 
por mudanças de idéias, nas opiniões das pessoas a esse respeito”. 
 
 Nos países do Primeiro Mundo (desenvolvidos) os problemas 
relacionados ao idoso são bem administrados, os governos souberam 
se prevenir, criando centros médicos específicos de geriatria� e 
gerontologia� e outras estratégias para integrá-lo na sociedade. 
Paralelamente, a família foi conscientizada da importância de dar 
atenção ao seu idoso. É comum velhos com 70 até 80 anos passarem 
suas experiências de vida aos mais novos, através do trabalho. 
 
����Geriatria- parte da medicina que estuda as doenças das pessoas idosas; 
����Gerontologia dos idosos.– estudo dos problemas biológicos, sociais e 
econômicos 
 
Responda a essa questão em seu caderno. 
 
 Você acha que os idosos com mais de 60 anos dos países 
subdesenvolvidos, também, devem passar suas experiências aos 
jovens no trabalho e na educação? 
 
Observe nas tabelas a seguir. Que por várias razões há 
diferença na expectativa de vida entre o homem e a mulher em países 
ricos e pobres. 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 9 
 Com certeza para ter uma velhice sadia é preciso ter tido uma 
juventude sadia. O então chefe do programa de Envelhecimento e 
saúde da OMS (Organização Mundial de Saúde) frisa: "A qualidade 
de vida do idoso depende da maneira como ele estrutura sua 
existência. Velhice não é sinônimo de incapacidade.. 
É importante as pessoas da 3º idade manterem-se ativas, podem 
aposentar-se do trabalho, mas jamais aposentar-se da vida". 
 
 As pessoas da Terceira Idade devem exercer uma nova 
profissão ou desenvolver algum talento oculto. Igualmente é 
importante saber administrar as perdas que eventualmente ocorrem na 
vida. 
 
O trabalho é fundamental para manter a juventude na terceira 
idade. 
 
 Agora você poderá avaliar que aprendeu 
respondendo no seu caderno as questões a seguir. 
 
1. O Brasil está preparado para enfrentar a população que está se 
delineando? 
2. Em sua cidade ou região existe algum Programa de Assistência aos 
Idosos? 
3. Como você poderia contribuir para que os idosos se sintam úteis? 
 
 PEA - População Economicamente Ativa. 
 
 É considerada população economicamente ativa (PEA) apenas 
a parcela dos trabalhadores que 
fazem parte da economia formal, 
isto é, que possuem carteira de 
trabalho registrada ou exercem 
profissão liberal (prestação de 
serviços em geral), participando 
do sistema de arrecadação de 
impostos. Também são 
enquadrados os desempregados, 
por estarem à espera de emprego 
ou trabalho. 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 10 
 
 Além da tecnologia sofisticada, também a globalização 
selvagem, o neoliberalismo e o capitalismo desenfreado estão 
provocando desemprego em massa. Quando há elevação de 
desemprego, em decorrência de maior oferta de mão-de-obra 
disponível no mercado, há tendência do rebaixamento de salários. 
 
 Na população não ativa ou população economicamente inativa 
(PEI) estão os jovens, os aposentados, e os trabalhadores 
subempregados que obtêm ou complementam sua renda na economia 
informal, como: camelôs, vendedores no semáforo, guardadores de 
carros, diaristas urbanos e rurais (bóia-frias), trabalhadores sem 
carteira assinada, vendedores de congelados, quituteiras, etc. 
 
 Nos países subdesenvolvidos os índices de subemprego 
costumam ser altos. Além dos adultos subempregados, os jovens 
(crianças) são obrigados a trabalhar para complementar a renda 
familiar. Os aposentados, quando recebem aposentadoria, também 
precisam complementar a renda familiar, onerando a qualidade de 
vida, ou seja, os idosos precisam de muitos cuidados, principalmente 
nos países subdesenvolvidos, onde há deficiência alimentar e 
sanitária. 
 
 Veja na tabela abaixo a posição do Brasil em relação ao alguns 
países. 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 11 
Os Setores das Atividades Econômicas 
 população empregada ou desempregada dedica-se a um 
dos três setores de atividades que compõem a economia: primário, 
secundário ou terciário. 
 No setor primário, estão as atividades 
em que a sua produção ou seja, as mercadorias 
não sofrem alterações e são comercializadas "in 
natura", ou seja, sem transformação, em estado 
natural, por exemplo os produtos agrícolas, o 
petróleo, o peixe, etc. 
 
 Quanto mais o país for subdesenvolvido 
maior é o número de pessoas trabalhando 
nesse setor (agricultura e pecuária), porém devido a baixa 
produtividade e à agricultura de exportação, a população enfrenta 
problema de deficiência alimentar. Por outro lado, nos países 
desenvolvidos, a porcentagem da população ocupada no setor 
primário é baixa em torno de 2 a 8% da população ativa. Mas como 
têm a melhor agricultura do mundo, podem alimentar bem sua 
população e ainda exportar cereais em grande quantidade . 
 
Concluindo, se o setor primário é de alta produtividade com 
pequena parcela da população ocupada nesse setor, indica que a 
população do país desfruta de outros setores bem desenvolvidos. Se 
um país utiliza muita mão-de-obra no setor primário, pode até possuir 
algum setor industrial de ponta, mas, certamente as 
suas indústrias são tradicionais e incorporam pouca 
tecnologia. 
 
No setor secundário, as mercadorias são 
transformadas ou industrializadas antes de serem 
comercializadas. Se um agricultor produz o milho e 
vende sem processá-lo, representa uma produção 
primária, depois é transformado em óleo, farinha ou 
ração - a produção é secundária. Nesse setor estão 
enquadradas todas as atividades industriais, isto é, 
as de transformação de matéria prima para os 
produtos de utilidade e de consumo - bolacha, chinelo,tecido, 
computador, trator, livro, carro, etc. 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 12 
Existe alguma exceção, o extrativismo mineral - petróleo, ferro, 
manganês, bauxita, etc. Embora esses produtos sejam primários por 
serem recursos naturais, as atividades extrativas são mecanizadas e a 
maioria delas processam o produto no local. Além disso, essas 
atividades são alocadas no setor secundário da economia. Portanto a 
atividade extrativa, nesse caso é secundária. 
 
A extração de ouro ou pedras preciosas, em muitos lugares 
ainda é feita da maneira mais rudimentar possível. Neste caso 
consiste em atividade primária. 
 
 No setor terciário, não se produzem mercadoria, mas prestam-
se serviços em hospitais, repartições públicas, escolas, transportes. 
energia, comunicações, informática, esportes, lazer e comércio em 
geral. 
 
 
Até há algumas décadas o setor secundário foi considerado o 
setor mais importante, pois empregava mais da metade da população 
ativa dos países desenvolvidos, mas devido à intensa automatização e 
à robotização das tarefas há uma redução contínua e gradativa dos 
pontos de trabalho. 
 
Os países subdesenvolvidos, por sua vez, vêm tentando atrair as 
empresas mais modernas apenas para as regiões em que ocorreu um 
aprimoramento do capital humano, por meio de elevação do padrão de 
vida e do aperfeiçoamento do sistema educacional, como por exemplo 
– o Brasil. 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 13 
Com o avanço recente na informática, nas telecomunicações, na 
pesquisa científica e tecnológica, o setor que mais cresce e absorve 
mais mão-de-obra na atualidade é o terciário. 
 
No quadro a seguir, os dados indicam os setores econômicos de 
alguns países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes (de 
industrialização recente). 
 
Observe com atenção a tabela abaixo !!! 
 
As atividades do setor terciário diferem entre os países, 
notadamente entre os desenvolvidos e os subdesenvolvidos. 
 
Nos países desenvolvidos a urbanização, a mecanização do 
campo e o processo de industrialização ocorreram quase que 
simultaneamente, portanto, o setor terciário pôde absorver a numerosa 
mão-de-obra. Esse setor é constituído por pessoas bastante 
especializadas e normalmente, com curso superior. As atividades 
desenvolvidas são de alta qualificação: medicina, informática, 
finanças, pesquisa técnico científica, etc. 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 14 
Exemplo de moradia 
 
Favelas, cortiços e 
abrigos debaixo 
das pontes, 
viadutos proliferam 
à medida que 
aumenta o 
desemprego 
Nos países subdesenvolvidos, ao contrário, a urbanização não é 
acompanhada de um processo de industrialização, mas de um êxodo 
rural. O intenso crescimento urbano sem a geração de emprego 
ocasiona uma série de atividades denominados de subemprego, tais 
como: guardadores de carro, vendedores ambulantes, camelôs, 
prostituição, etc. 
 
 
 Nos países subdesenvolvidos e de industrialização recente há 
uma grande parcela de pessoas subempregadas ou com empregos 
disfarçados vivendo à margem da economia formal e carente de 
serviços básicos, como educação e saúde. 
 
 Se voltarmos a analisar o quadro da distribuição da (PEA), os 
países emergentes e alguns subdesenvolvidos, como a Nigéria, 
apresentam a população ativa quantitativamente superior a 50%, mas 
na realidade qualitativamente é bem inferior a dos países 
desenvolvidos – a maioria é analfabeta e desempenha atividades sem 
qualificação. A produtividade desse setor é baixa. Esta é uma das 
causas da coexistência de um setor terciário moderno, com um 
arcaico. 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 15 
 
 Outros fatores importantes devem ser considerados para a 
classificação das atividades secundárias e terciárias como urbanas, e 
as atividades primárias como essencialmente rurais, como a 
modernização dos sistemas da transportes e de comunicações que 
ampliaram as possibilidades de industrialização do campo e 
ruralização das atividades tipicamente urbanas, fazendo crescer o 
número de trabalhadores rurais que residem nas cidades. 
 
 A seguir você verá como é, distribuição da renda no Brasil. 
 
A Distribuição da Renda 
 
 Para que o planejamento governamental atenda às reais 
necessidades da sua população quanto à educação, à saúde, à 
habitação, ao transporte, ao abastecimento, ao lazer, etc. é preciso 
considerar – número, sexo, idade das pessoas e principalmente poder 
aquisitivo. A análise do poder aquisitivo da população de uma região 
ou país é feita através da distribuição de renda. 
 
 O quadro a seguir mostra claramente que nos países 
subdesenvolvidos há uma grande concentração da renda nacional em 
mãos de uma pequena parcela da população, e que nos países 
desenvolvidos, a renda nacional é melhor distribuída. 
 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 16 
 
 Você viu onde se encontra o Brasil, na tabela acima??? 
 
 
Como e Por que Acontece Essa Desigualdade? 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 17 
 São vários fatores que levam progressivamente, a desigualdade 
social e econômica. 
 
 
 O Brasil é considerado como primeiro país em desigualdade 
social. Os dados da concentração da renda mostram uma enorme 
concentração de renda nas mãos de poucas pessoas. É a partir da 
distribuição de renda que podemos avaliar e qualificar o grau de 
pobreza de um país. Quanto mais distante uma classe da outra, maior 
a pobreza geral da sociedade. 
 
 
 Você pode observar no gráfico acima que a população mais 
pobre, ficou mais pobre ainda, nesse intervalo de 30 anos. 
 
Esta desigualdade é comum nos países subdesenvolvidos, a 
carga de impostos indiretos é elevada, enquanto que nos países 
desenvolvidos, o maior volume de recursos arrecadados pelo governo 
recai sobre os impostos diretos. Na Suécia, por exemplo, o sistema de 
impostos recai fortemente sobre os mais ricos, que tem que pagar 
muito mais. A maior parte do dinheiro arrecadado em impostos é gasto 
com a assistência social aos velhos, desempregados e doentes. 
Portanto, o sistema de impostos acaba tendo um efeito redistributivo. 
 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 18 
 
Responda em seu caderno!!! 
 
1. Seria possível as pessoas dos países subdesenvolvidos, 
melhorarem a situação sócio-econômica? 
 
2. E há possibilidade da população dos países subdesenvolvidos se 
igualarem aos países desenvolvidos? 
 
 
 Outro fator fundamental na desigualdade social é a precariedade 
dos serviços públicos, que não criam oportunidades a classe baixa. Os 
filhos do trabalhador de baixa renda não tem acesso a sistemas 
eficientes de educação e a tendência é tornar-se mão-de-obra 
desqualificada e mal remunerada. 
 
 Com a globalização, a situação dos trabalhadores 
assalariados está se fragilizando. A intensa transferência de 
empresas transnacionais (multinacionais) para os países onde os 
salários são mais baixos e a legislação trabalhista mais flexível, 
ocorre que os assalariados têm uma participação cada vez 
menor na renda nacional como também podem ser despedidos 
sem quaisquer encargos para as empresas. Parafugir dos 
encargos as empresas terceirizam os serviços. 
 
Mas você sabe o que é terceirização? 
 
A terceirização é um processo utilizado pelas empresas, que 
consiste em repassar a terceiros – outras empresas ou profissionais 
autônomos – a produção de algum bem ou serviço ou a execução de 
tarefas que antes eram realizadas na própria empresa. Esse processo 
teve início com o desenvolvimento científico e tecnológico nos países 
desenvolvidos para minimizar os custos operacionais, principalmente 
em mão-de-obra e obter o máximo de lucro. 
 
Passaram a terceirizar os serviços para não ter encargos sociais 
e ao mesmo tempo, encontrar trabalhadores altamente qualificados 
em decorrência da competição. 
 
 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 19 
A maior parte das atividades do setor terciário como telefonia 
celular, produção de programas para computadores, TV por 
assinatura, produtoras de vídeos, empresas comerciais, turismo, 
empresas de consultoria etc. passaram a ser terceirizadas. 
 
A terceirização nos países 
emergentes e nos 
subdesenvolvidos, é um processo 
provocado não apenas pelo 
desenvolvimento tecnológico, 
mas principalmente por questões 
estruturais, como a má 
distribuição de renda e de terras. 
Nesses países, a grande parcela 
da terceirização é resultante do 
crescimento da economia 
informal. 
 
 No Brasil, em 1995, a renda gerada pela economia informal era 
de aproximadamente 250 bilhões de dólares, enquanto o PIB era de 
530 bilhões de dólares. Na Itália, no auge do desemprego, chegou a 
ser estimada em 70% do PIB. 
 
 Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), em 
1995, havia 300 milhões de pessoas em todo o mundo trabalhando na 
economia subterrânea ou subemprego. 
 
 A renda gerada pela economia subterrânea influi diretamente 
na economia formal, pois boa parte dos produtos comercializados são 
produzidos em empresas legalizadas. 
 
 A terceirização tende a fragilizar a ação dos sindicatos e 
diminuir a força dos trabalhadores em processos de negociação 
salarial além de deixá-los desprotegidos de qualquer amparo legal 
(direitos do trabalhador). 
 
 Aliados a essas questões existe o desemprego estrutural em 
quase todos os países, agravando ainda mais a situação da população 
mundial. A tendência é aumentar ainda mais a desigualdade entre o 
mundo rico e o mundo pobre. 
 
���� Módulo 8 CEESVO Estrutura da População 
 20 
 Ao fazermos uma retrospectiva do que estudamos e de alguns 
noticiários reportados em jornais, revistas e televisão, tem-se a 
impressão de que os países formam dois mundos separados e além 
de não levarem em consideração as peculiaridades de cada país. A 
classificação de mundo desenvolvido e subdesenvolvido, neste 
incluídos os países em desenvolvimento nos transmite a idéia de que 
o subdesenvolvimento é um estágio rumo ao desenvolvimento. 
 
 
 Desenvolvimento e subdesenvolvimento são realidade opostas, 
porém inseparáveis, resultantes do processo de mundialização do 
capitalismo. Assim como as riquezas concentram-se em alguns países 
que se tornaram desenvolvidos e hoje são os ditadores de normas 
mundiais, no interior de cada país o capitalismo gerou desigualdades, 
definindo classes sociais – a grande maioria pobre e uma minoria 
elitizada. 
 
 
 
Responda em seu caderno!!! 
 
1. Quais são as conseqüências sociais e econômicas do grande 
contigente de desempregados? 
 
2. Você acha que seria possível todos os países e todas as pessoas 
terem o mesmo nível de desenvolvimento? 
 
3. Explique porque muitos países como o Brasil, México e outros 
altamente industrializados são subdesenvolvidos? 
 
 
 
 Para analisar a qualidade de vida de uma população, além 
dos indicadores econômicos (renda per capita, produto nacional 
bruto, comércio internacional, dívida externa e interna), devem ser 
considerados os indicadores sociais (natalidade, expectativa de vida, 
mortalidade, analfabetismo, etc.). É por isso que, desde 1990, a ONU 
levanta o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – de quase todos 
os países do mundo. É através desse índice que os países são 
classificados em desenvolvidos e subdesenvolvidos. 
 
 
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Os três elementos essenciais para o IDH são: 
� Esperança de vida; 
� Nível educacional, composto por alfabetização adulta, com peso de 
dois terços, e taxa de escolaridade conjunta dos níveis primário, 
secundário e superior, com peso de um terço; 
� Rendimento, valor do IDH para cada país indica a distância que 
esse país tem de percorrer para atingir certas metas estabelecidas: 
uma duração média de vida de 85 anos, acesso à educação e um 
nível de rendimento decente. 
O Brasil é considerado o país de maior contraste ou disparidade 
porque o valor do IDH do Nordeste é apenas dois terços da região Sul. 
O Sul do Brasil seria classificado ao lado de Luxemburgo (27º na 
ordem mundial) e o Nordeste do país, estaria numa posição entre a 
Bolívia (113º) e Gabão (114º). 
Outro exemplo crítico é o dos Estados Unidos. Se o país fosse 
composto só de brancos ficaria como o 1º no mundo (à frente do 
Canadá), os negros ficariam como 27º e os hispanos como 32º (ao 
lado do Uruguai). Concluindo, a igualdade total nos Estados Unidos 
ainda está muito distante apesar das ações políticas e das 
oportunidades de mercado. 
 
Os temas a seguir vão esclarecer vários aspectos que levam a essa 
imensa desigualdade sócio-econômica local, regional, nacional e 
internacional. 
 
O exemplo abaixo, extraído da revista Época de 31 de agosto de 
1998, nos mostra a realidade brasileira. 
 
 
 
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Deu na imprensa . Que País é Este? 
 
“Estudo do IBGE mostra um Brasil que oferece mais 
conforto aos cidadãos, mas que ainda vive vergonhosas 
contradições sociais. 
 
 No final dos anos 70, o professor Edmar Bacha 
proclamou a hipotética Belíndia - um território onde 
conviviam a riqueza primeiro - mundista da Bélgica e as 
mazelas quarto- mundistas da Índia. O Brasil da PPV (Pesquisa de 
Padrão de Vida) sugere outra visão de países. A parte rica não está 
tão rica quanto a Bélgica – mas tampouco o pedaço pobre padece 
como a Índia. Trata-se agora, de uma nação que poderia ser chamada 
de Austresoto. É um misto de Austrália – país logo abaixo da Bélgica e 
do africano Lesoto, um pouco melhor que a Índia, segundo IDH 
estabelecido pela ONU. 
 
 
 O Brasil flagrado pelo IBGE oferece mais conforto e bem-estar a 
seus cidadãos – mas ostenta diferenças e injustiças sociais 
vergonhosas. Foram realizadas entrevistas em 5 mil domicílios das 
regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, 
São Paulo e Rio de Janeiro. A amostragem responde por 70% da 
população brasileira, de março de 1996 a março de 1997. O IBGE 
recebeu US$ 1,2 milhão do Banco Mundial para o levantamento 
inédito – a idéia era colher dados sobre o Brasil, normalmente 
ausentes na pesquisa do instituto”. 
 
As Boas Notícias do Levantamento: 
 
 
� Brasileiro está confiante a respeito de saúde. Para 80,6% dos 
entrevistados, o estado de saúde é bom ou muito bom; 
 
� Em 1989, o IBGE mediu a desnutrição no país. Naquela época, 
entre os homens, 5,1% estavam abaixo do peso considerado ideal. 
Em 1996, a porção de desnutridos caiu para 3%. Entre as 
mulheres, a queda foi de 6,7 para 6%; 
 
 
 
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� Cresceu o número de mulheres com acesso a algum tipo de 
método contraceptivo – em 1986, 43,7% das mulheres utilizavam 
métodos contraceptivos. Nesta pesquisa, o número subiu para 
49,3%. A pílula é o método utilizado por 73,3% das mulheres; 
 
� A população – 157.079.573 – teve um crescimento anual de 
apenas 1,38% contra 0 1,93% registrado no período de 1980 a 
1991; 
 
� A população trabalhadora aumentou. Entre 1991 e 1996, a 
população economicamente ativa cresceu de 60,45% para 63,01%. 
Os técnicos do IBGE alertam no entanto, para a necessidade de 
uma política econômica geradora de empregos; 
 
� O setor da educação está melhor, apesar de ainda apresentar 
estatísticas desanimadoras. A escolarização entre os jovens de 15 
a 17 anos subiu de 48,8% para 68,8%; 
 
� O sudeste recebeu menos migrantes, principalmente nordestinos. 
No qüinqüênio de 1986 a 1991 – 1,43 milhão de pessoas chegaram 
no eixo Rio- São Paulo. De 1991 e 1996 esse número caiu para 1,2 
milhão. Além disso, o movimento teve um aumento considerável de 
fluxo do Sudeste rumo ao Nordeste. 
 
As Más Notícias 
 
 A mulher negra e o homem negro ganham menos, observe o 
gráfico abaixo e compare os salários. 
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• Brasil continua sendo um país que discrimina seus cidadãos pela 
cor e pelo sexo. O Homem branco recebe em média, salário de 
R$881 – contra R$423 do homem negro. A mulher branca recebe 
em média R$579 mensais contra apenas R$266 da mulher negra. 
Ela é a campeã dos desfavorecidos; 
 
• Uma em cada dez crianças entre 7 e 14 anos (2,6 milhões) 
continuam fora das salas de aula; 
 
• Brasil do Nordeste é diferente e mais pobre que o Brasil do 
Sudeste. Os alunos do ensino fundamental dos estados nordestinos 
têm uma carga diária horária de apenas 3h50min contra 4h26min 
do Sudeste; 
 
• Trabalho infantil ainda persiste no campo e na cidade. No país 
inteiro, 10% das crianças entre 5 e 14 anos de idade labutam para 
seu sustento. Nos estados nordestinos, o índice chega a 25%. No 
Sudeste, é de 5%. (Este assunto veremos mais adiante); 
 
• Brasileiro que não estuda tem poucas chances de ingressar num 
mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Das pessoas com 
12 anos ou mais de estudos, 77,62% têm emprego fixo e bem 
remunerado. Já entre os que estudaram apenas de um a três anos, 
a taxa de empregabilidade cai para 44,5%. 
 
• Na pesquisa de padrão de vida do IBGE de 1996 foi constatado que 
há famílias que não possuem telefone ou casa própria, mas 
possuem automóvel, dois televisores e vídeo. 
 
O que isso significa? “Automóvel dá status e é uma 
necessidade”... “Não ter telefone é apenas uma inconveniência, 
ainda que decisiva – e tê-lo não oferece status social algum”. 
 Carro, vídeo, telefone...As benesses da vida moderna chegam 
às casas do país em ritmo acelerado. Entre as informações positivas 
da pesquisa, uma delas, em especial, chama atenção – 64,9% dos 
entrevistados disseram que moram em casa própria, já quitada, ainda 
que seis em cada dez residências dos 20% dos mais pobres sejam 
consideradas inadequadas. Apenas 20% mais ricos são adequadas, 
com todas as instalações de um lar decente. Observe o quadro a 
seguir. 
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Essas desigualdades são apenas uma face da pobreza 
identificada pelo IBGE já há alguns anos. Outra face da desigualdade 
é o resultado da dificuldade de acesso aos serviços básicos como 
água, esgoto, saúde, educação e emprego. Reside aí a perversidade 
das diferenças sociais brasileiras. Mesmo convivendo com novidades 
saudáveis, o nordestino pobre, negro ou mulato ainda está longe da 
sala- de- estar do cidadão branco do Sudeste ou Sul do país. Este é o 
Brasil que o próprio Brasil reconheceu, envergonhado, com a 
divulgação da Pesquisa de Padrão de Vida. 
 
 
Responda em seu caderno!!! 
 
1. Como você descreveria o preconceito racial e a discriminação 
feminina no Brasil? 
2. Quais os estados com maiores problemas sociais? 
 
 
 
POR QUE O NOSSO PAÍS É TAMBÉM CONHECIDO POR TRÊS 
BRASIS ? 
 
Pela grande diferença de padrão econômico e principalmente 
pela má distribuição da renda, o Brasil é também chamado pelo país 
dos três Brasis. 
Segundo o IDH dos estados brasileiros, o país pode ser dividido 
em três níveis: 
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♦ Os estados que apresentam elevado nível de 
desenvolvimento humano – IDH superior a 0,8; 
♦ Os estados com nível intermediário de desenvolvimento – IDH 
entre 0,7 e 0,8; 
♦ Os estados que apresentam reduzido nível de 
desenvolvimento – IDH inferior a 0,7. 
 
 Os estados da região Nordeste são os que possuem, com 
exceção do Sergipe e da Bahia, os mais baixos IDH. 
 
 Observando o quadro abaixo o IDH (Índice de Desenvolvimento 
Humano) dos estados nos leva a refletir sobre os questionamentos 
acima e entender melhor as desigualdades sociais brasileiras. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS BRASILEIROS SEGUNDO IDH 
 
Estado Valor do 
IDH 
IDH PIB 
Per capita 
Esperança 
de vida 
Escolar 
Rio Grande do Sul 0,871 1 4 2 3 
Distrito Federal 0,858 2 1 6 1 
São Paulo 0,850 3 2 11 2 
Santa Catarina 0,842 4 6 5 5 
Rio de Janeiro 0,838 5 3 12 4 
Paraná 0,827 6 5 10 6 
Mato G. do Sul 0,826 7 8 7 7 
Espírito Santo 0,816 8 9 4 8 
Amazonas 0,797 9 7 9 15 
Amapá 0,781 10 13 3 10 
Minas Gerais 0,779 11 10 13 11 
Mato Grosso 0,769 12 11 8 12 
Goiás 0,760 13 12 15 9 
Roraima 0,749 14 16 1 14 
Rondônia 0,715 15 14 17 13 
Pará 0,688 16 18 14 16 
Acre 0,665 17 17 16 20 
Sergipe 0,663 18 15 20 19 
Bahia 0,609 19 20 19 21 
Pernambuco 0,557 20 21 23 17 
Rio Gde. do Norte 0,574 21 19 25 18 
Maranhão 0,512 22 25 21 22 
Ceará 0,506 23 23 22 24 
Piauí 0,502 24 26 18 23 
Alagoas 0,500 25 22 24 26 
Paraíba 0,466 26 24 26 25 
 Fonte: MOREIRA, Igor. O Espaço Geográfico p. 267 
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EQUIPE DE GEOGRAFIA CEESVO 2004 
 
 
 
Deise Quevedo Bertaco 
Jaime Aparecido da Silva 
Maria de Fátima Pinto 
 
 
 
COLABORAÇÃO 
 
Luiz Gustavo Cerqueira Ferreira 
Júlia de Oliveira Rodrigues Vieira 
Neiva Aparecida Ferraz Nunes 
 
 
DIREÇÃO 
 
Elisabete Marinoni Gomes 
Maria Isabel R. de C. Kupper 
 
APOIO. 
 
 Prefeitura Municipal de Votorantim.

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