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TRATAMENTO DA DOENÇA PERIODONTAL - CONTROLE MECÂNICO DA DOENÇA PERIODONTAL TIPOS DE RASPAGEM Raspagem aberta Raspagem fechada Tratamento Gengivite: adequação do meio bucal e remoção de fatores retentivos de placa bacteriana, como excesso de restaurações, dentes apinhados, prótese mal adaptada e cálculo. Raspagem aberta: rebate o retalho, expõe a crista óssea e raiz. Raspagem fechada Inicialmente é feita a raspagem fechada 30 dias após o procedimento é feita a reavaliação do paciente. É avaliado se o mesmo ainda tem sangramento ou lesões de furca grau II ou III é arrebatido o retalho Arrebate o retalho e faz a raspagem aberta Obs.: não é realizada raspagem aberta nos dentes anteriores, pois se o paciente tem bolsa periodontal, vai ter reabsorção gengival e as raízes dos dentes ficarão expostas, não sendo assim agradável esteticamente, nos dentes posteriores não influencia na estética. Com as curetas existentes hoje no mercado é possível fazer a raspagem de qualquer face com visão direta, sem precisar do espelho. Diferenças Raspagem fechada: usada para remoção de cálculos supragengival Raspagem aberta: usada para tratar lesões de furca, bolsas muito profundas, em que não tem condições de alcançar com a cureta. Instrumentos Instrumentos manuais Instrumentos ultrassônicos e sônicos Instrumentos rotatórios - quase não mais usados Instrumentos a laser Instrumentos manuais Cureta: tem formato de colher, por isso o nome. Apenas uma borda cortante; superfície facial da lâmina forma ângulo de 60 º a 70° com a haste. Foice: ponta ativa reta ou curva; corte triangular e 2 borda s cortantes; ângulo da superfície da lâmina com haste de 90º; hastes anguladas (dentes posteriores) ou retas (dentes anteriores); uso limitado (somente para cálculo supra gengival); ângulo de 45º a 90º com a superfície radicular. (nossa foice é a ponta Morse 0-00, é reta, corte para os dois lados, ângulo de 90 º). Enxada: uma borda cortante; angulação da lâmina com a haste de 99° a 100º; borda cortante com bisel de 45º; pouca sensibilidade tátil; instrumento auxiliar. Lima: múltiplas bordas cortantes; base arredondada, ovalada ou retangular; angulação da lamina com a haste de 90 a 105º; usada para remover grandes quantidades de calculo; instrumento auxiliar. Cinzel: indicado para grandes cálculos nas proximais e linguais de dentes inferiores (antigamente); borda cortante reta; extremidade da lâmina é achatada e biselada em ângulo de 45º; usar golpes horizontais. Existem vários instrumentos no mercado, como curetas, foices, cinzel, enxadas e limas. São instrumentos para remoção de calculo e smear layer (cimento necrosado). Hoje, só usa as curetas e a foice (essa só tem uma função), pois os desenhos das curetas atuais substituem todos os outros instrumentos. Obs.: Foice melhor instrumental para remover cálculo, pois não há perigo de fraturar durante a raspagem. Ultrassom: substitui a foice. Movimentos na raspagem Vertical: no sentido apico-coronario. Pode ser feito nas faces: vestibular, lingual, distal e mesial. Foices, cinzel e enxadas fazem somente esse movimento. Horizontal: sentido mesio-distal Oblíquo: faz o movimento "puxando” no espaço interproximal A foice, lima, enxada e cinzel só fazem movimentos vertical, por isso só são usadas para dentes anteriores. Em dentes posteriores esse movimento é impossibilitado de ser realizado, devido ao espaço intraoral restrito. A cureta faz todos os movimentos. Instrumentos manuais - composição Cureta Cabo Haste Lâmina Face coronária Face apical Dorso Cabo: quanto mais grosso o cabo é melhor, pois a cureta será segurada com apenas 3 dedos (polegar, indicador e médio), então se o cabo for muito fino, precisará ser feita a força maior, gerando cãibras. Então, quanto mais espesso o cabo, mais leve ele é e mais fácil de segurar. Haste: ela é diferente e tem uma lâmina Lâmina: independentemente do tipo de cureta, ela é igual em todas as marcas e tipos. É a parte cortante do instrumental. Existem curetas mini-five: quebram com facilidade, usadas por periodontistas experientes. Lâmina Porção coronária: parte mais baixa da cureta, entra em contato com o dente. Porção apical: Dorso: curetava o tecido de granulação Acreditava-se na década de 60-70 que o tecido de granulação era uma reação inflamatória que acelerava o crescimento da bolsa periodontal. Então a cureta tinha duas funções: raspar e ao mesmo tempo curetar o tecido de granulação da gengiva do paciente. Hoje se sabe que o tecido de granulação nada mais é que um tecido de reparação, só que ele não consegue reparar porque o biofilme está naquela região. Então não cureta mais a gengiva do paciente. Sendo assim, só será afiada a parte cortante da cureta - porção coronária, caso contrário, a gengiva do paciente será dilacerada. As duas bordas se unem formando uma ponta arredondada. Cureta: a parte ativa do instrumento é a lâmina em forma de colher, que tem duas bordas cortantes curvas, sendo que as duas bordas se unem formando uma ponta arredondada. São usadas tanto para raspagem quanto para alisamento radicular. Raspagem Supragengival Subgengival Raspagem supragengival É a fase inicial do tratamento do paciente Remoção de cálculo e/ou saliências excessivas das restaurações Instrumentos manuais: curetas, foices ou instrumentos ultrassônicos. Se possível deve ser feito em apenas uma sessão Após a raspagem as coroas devem ser polidas, usando taças de borracha mais pedra pomes ou pasta profilática. Raspagem subgengival É executada com instrumentos manuais Visa remover depósitos duros e moles da superfície radicular Remove dentina e cemento contaminados (corte ortogonal) Remove biofilme depositado nos tecidos radiculares A raspagem e o alisamento radicular devem ser realizados ao mesmo tempo Deve ser feita sob efeito de anestesia local Instrumento bem afiado Empunhadura de caneta modifcada Utilizar sempre apoio digital Movimento de punho antebraço Movimento de raspagem no sentido da bolsa para a coroa Movimentos rápidos e curtos sem remover o instrumental do sulco gengival A raspagem retira o cálculo, biofilme, smear layer, a sujeira. Quando faz o alisamento, é introduzido uma cureta dentro da gengiva, não enxerga o que esta sendo feito . Então a raspagem entra no fundo da bolsa e vai até a borda gengival. A raspagem é feita ao mesmo tempo que o alisamento radicular. A ponta morse só serve para uma única coisa, fazer curetagem em dentes que estão apinhados. Uma cureta normal, quando os dentes estão muito juntos, muito apinhado a cureta não passa. Se o paciente tem muito cálculo e não tem ultrassom no consultório, vale a pena comprar também a foice de 1 até 4, porque a cureta quebra fácil, e a foice não! Só para remover o cálculo supragengival. Esses instrumentos estão caindo de moda, porque o ultrassom é muito mais fácil de trabalhar com ele. A raspagem supragengival é feita quando o paciente está só com gengivite, porque raspagem subgengival é aquela raspagem que tem bolsa periodontal. A raspagem supragengival é feita na: Fase inicial do tratamento Remoção de cálculo Restaurações ( prof não aconselha usar cureta para remover resina ou amálgama em classe 2 com excesso, pois pode quebrar o instrumental) Os instrumentos utilizados são: cureta, foice ou ultrassônicos A raspagem subgengival é diferente, tem que remover tecidos duros e moles. Os tecidos duros são cálculos, e tecido mole são as bactérias, células de defesa, cemento necrosado. Se possível ser feita com anestesia. Vai depender muito do nível de dor do paciente, mas se possível fazer com anestesia. (Aluno perguntou qual anestésico utilizar, o professor falou que vai depender muito do tempo de cada procedimento). Instrumentação – Raspagem subgengival Instrumental bem afiado O instrumental precisa está bem afiado, se não estiver afiadosó irá massagear a raíz do dente, na hora da raspagem se ouve um barulho de “rec-rec”, se não fizer esse barulho é sinal de que não está sendo raspado de maneira correta com isso, a cureta precisa ser afiada e começa o trabalho novamente. Empunhadura de caneta modificada Utilizar sempre apoio digital Movimento de punho anti-braço Movimentos de raspagem no sentido da base da bolsa coronal Movimentos rápidos e curtos sem remover o instrumento do sulcogengival. (Se o instrumento ficar fora do sulco à chance de perfurar é muito grande) Curetas (Questão de prova) 5 e 6: Indicadas para dentes anteriores de canino a canino (movimentos na vertical, horizontal e oblíquo). 7 e 8:Indicadas para faces livres de dentes posteriores (movimentos horizontal e oblíquo). 11 e 12:Indicadas para face mesial de dentes posteriores. (movimentos horizontal e oblíquo). 13 e 14:Indicadas para face distal de dentes posteriores. (movimentos horizontal e oblíquo). Instrumentos ultra- sônicos e sônicos Ultrassonico- faz 25.000 a 42.000 ciclos por segundo. Sônico – mais antigo, fazem 2.300 a 6.000 ciclos por segundo. Superfície radicular irregular Deve ser aplicado com jato de água devido ao aquecimento A ponta a ser aplicada a superfície radicular com pressão leve. Deve ser deslocada para frente e para trás em movimentos de varredura Padrão de vibração paralelo á superfície do dente. Nos dentes posteriores, as curetas vão fazer apenas dois movimentos: horizontal e oblíquo. Instrumento rotatórios Brocas só são usadas em cirurgia ( multilaminadas) Estão indicados para área de furca e superfície radicular em bolsa infra óssea profunda e estreitas com difil acesso de instrumentos manuais Laserterapia É utilizada em tratamentos de reabilitação de pacientes. Ergonomia A ergonomia do profissional é essencial no tratamento do paciente Dentista – posição de 9h a 12h. Auxiliar- posição até 3h