Prévia do material em texto
Química Analítica Instrumental UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DCVida – Departamento de Ciências da Vida Curso de Farmácia 1Prof. Alessandro Hermann Unidade 1: Introdução a Química Analítica Instrumental, Figuras de Mérito e Validação de Métodos. Química Analítica ✓ É uma ciência da medição que abrange um conjunto de ideias, técnicas e métodos com o objetivo de permitir a caracterização da composição química dos materiais. ✓ Análise Química. ✓ Aprimoramento de métodos ✓ Aprimoramento de técnicas analíticas ✓ Desenvolvimento de novas técnicas analíticas ✓ Automação analítica 2 Química Analítica ✓ Rápido desenvolvimento gerou áreas de pesquisa distintas como: ✓ Espectroanalíticas. ✓ Eletroanalíticas. ✓ Termoanalíticas. ✓ Separações analíticas – Cromatografia. 3 4 Química Analítica ✓ O que é a Análise Química? ✓ É um ramo da Química Analítica que abrange um conjunto de técnicas e métodos analíticos, com objetivo de identificar e/ou determinar a composição química de todo o tipo de material. 5 Química Analítica ✓ Analito: ✓ Espécie química presente na amostra que se deseja identificar (qualitativa) ou determinar (quantitativa) sua quantidade relativa ou concentração em uma amostra. 6 Química Analítica ✓ Amostra: ✓ Parte representativa retirada de um todo sobre o qual se deseja conhecer a composição química. A representatividade da amostra é fornecida pela similaridade de sua composição com aquela do todo que se deseja conhecer. ✓ A amostra é o conjunto das espécies químicas que compõem o material. ✓ Matriz: Todos os constituintes da amostra com exceção dos analitos. 7 Química Analítica ✓ Amostra: 8 Química Analítica ✓ Branco: ✓ Os brancos indicam a interferência de outras espécies na amostra e os traços de analito encontrados nos reagentes usados na preservação, preparação e análise. Medidas frequentes de brancos também permitem detectar se analitos provenientes de amostras previamente analisadas estão contaminando as novas análises, por estarem aderidos aos recipientes ou aos instrumentos. 9 Química Analítica ✓ Branco de método: é uma amostra que contém todos os constituintes exceto o analito, e deve ser usada durante todas as etapas do procedimento analítico. ✓ Branco para reagente: é semelhante ao branco de método, mas ele não foi submetido a todos os procedimentos de preparo de amostra. ✓ Branco de campo: é semelhante a um branco de método, mas ele foi exposto ao local de amostragem. ✓ Obs.: O branco de método é a estimativa mais completa da contribuição do branco 10 Análise Química 11 O quê? Quanto? Qualitativa Quantitativa Envolve separação, identificação e determinação das quantidades ou teores dos componentes que constituem uma amostra. Análise Química 12 Envolve separação, identificação e determinação das quantidades ou teores dos componentes que constituem uma amostra. Por exemplo, uma amostra de sangue é analisada para que se determine o teor de colesterol. Analisam-se amostras e determinam-se espécies químicas. Processo Analítico 13 Envolve separação, identificação e determinação das quantidades ou teores dos componentes que constituem uma amostra. O que preciso analisar? O que pretendo determinar? A escolha do Método 14 1. Quantidade de amostra disponível: Classificação para os métodos analíticos de acordo com o tamanho da amostra: Classificação Tamanho da amostra Tipo de métodos Macro ≥ 0,1 g Convencionais Meso (Semimicro) 10 – 100 mg Instrumentais Micro 1,0 – 10 mg Submicro 0,1 – 1 mg Ultramicro ≤ 0,1 mg Traços 100 a 10000 μm (ppm) Microtraços 10-7 – 10-4 μm Nanotraços 10-10 – 10-7 μm A escolha do Método 15 2. Quantidade do componente analisado: Classificação dos componentes em relação ao peso total da amostra: • Maiores: >1% • Menores: 0,01 – 1% • Micro: <0,01% • Traços: (ppm e ppb) Métodos Convencionais gravimetria e volumetria Métodos Instrumentais equipamentos (pHmetro, espectrofotômetro, HPLC, GC, NIRs...) A escolha do Método 16 3. Exatidão requerida: Métodos clássicos: exatidão de até 99,9% quando o analito encontra-se em mais de 10% na amostra. Em quantidades <10% a exatidão cai significativamente, necessitando de Métodos mais exatos e sofisticados. 4. Composição química da amostra: presença de interferentes. Determinação de um componente predominante não oferece grandes dificuldades. Material de composição complexa necessidade de efetuar a separação dos interferentes potenciais antes da medida. A escolha do Método 17 5. Recursos disponíveis: nem sempre é possível utilizar o melhor método: $ Custo Reagente Equipamento Pessoal especializado Tempo 6. Número de amostras a analisar: Muitas amostras – pode-se escolher métodos que requerem operações mais demoradas e trabalhosas, como a calibração de equipamentos, montagem de aparelhos e a preparação de reagentes, pois o custo destas operações se distribui sobre o grande número de amostras a analisar; Poucas amostras – são preferíveis os métodos analíticos que permitem reduzir ao mínimo os preparativos preliminares e o custo da análise, ainda que o mesmo seja mais trabalhoso. Métodos de Análise ✓ O método ideal deve ser exato, preciso, prático, rápido e econômico. O analista deve decidir em função do objetivo da análise, quais atributos devem ser priorizados. ✓ Os métodos de análise podem ser classificados em vários tipos: ✓ Métodos oficiais: Métodos testados e aprovados por laboratórios competentes, que devem ser seguidos por uma legislação ou agência de fiscalização; 18 Métodos de Análise ✓ Métodos oficiais: ✓ AOAC (Official Analytical Chemists International): consiste no mais conhecidos e um dos mais completos compendium de análise de alimentos, o qual contém praticamente todo o tipo de análise (engloba produtos em geral) que se deseja realizar em alimentos; ✓ AACC( American Association of Cereal Chemists): consiste no compendium específico de análise de cereais e seus subprodutos; ✓ AOCS ( American Oil Chemists’ Society): consiste no compendium específico de análise de óleos, gorduras e seus subprodutos; 19 Métodos de Análise ✓ Métodos oficiais: ✓ Standart Methods for the Examination of Dairy Products: consiste no compedium específico de análise de leite e seus subprodutos; ✓ Standart Methods for Examination of Water and Wastewater: consiste no compedium específico de análise de água e resíduos aquosos. ✓ Instituto Adolfo Lutz ✓ LANARA (Laboratório Nacional de Referência Animal) ✓ Metodologias específicas descritas em Resoluções e Instruções Normativas (Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde e ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) 20 Métodos de Análise ✓ Métodos padrões ou de referência: Métodos desenvolvidos e testados por um conjunto de laboratórios através de estudos colaborativos; ✓ Métodos rápidos: Métodos que reduzem o tempo de análise normalmente utilizado. Apresentam menor exatidão na medida (em relação ao método oficial) ✓ Útil em análises na determinação aproximada, como teor de umidade, teor de proteína e teor de gorduras em alimentos. 21 Métodos de Análise ✓ Métodos modificados: Geralmente métodos oficiais ou padrões, que passam por alguma modificação, para criar alguma simplificação, ou adaptação segundo as condições existentes, ou, ainda, remover substâncias interferentes; ✓ Métodos automatizados: utilizam equipamentos automatizados. 22 Processo Analítico ✓ Obtenção da Amostra: ✓ Esta é uma etapainicial crítica, que pode significar o sucesso da análise química ou o comprometimento de todo o processo analítico. 23 Processo Analítico ✓ Obtenção da Amostra: ✓ A amostragem é o processo de coletar uma quantidade suficiente de um material que seja representativo da composição química de todo o material, evitando contaminações e preservando adequadamente os analitos. 24 Amostragem Amostra Água: homogêneo Minérios: heterogênea Processo Analítico ✓ Processamento da Amostra: ✓ O objetivo da preparação da amostra é tornar o analito disponível para ser medido, conforme o método analítico escolhido. 25 ANALITO Variação de massa Evolução de gás Variação de volume Mudança de cor Variação de temperatura Sinal Analítico Formação de precipitado Processo Analítico ✓ Processamento da Amostra: ✓ Amostras sólidas Solubilização ✓ Devem ser homogeneizadas e moídas para promover a diminuição do tamanho das partículas (mais homogênea e solubiliza melhor). ✓ Cuidados: Sólidos tendem a absorver umidade, condição que altera a composição química da amostra. Em geral, a umidade das amostras deve ser determinada a 105º C. 26 Análise direta Processo Analítico ✓ Processamento da Amostra: ✓ Réplicas de Amostras: ✓ São porções equivalentes em massa de uma mesma amostra, as quais são submetidas a um mesmo procedimento analítico, ao mesmo tempo para assegurar condições de ensaio tão similares quanto possível. ✓ As réplicas permitem avaliar a confiabilidade dos resultados obtidos, pois possibilitam a aplicação de testes estatísticos. 27 Processo Analítico ✓ Processamento da Amostra: ✓ Solubilização da amostra: ✓ A maioria das análises químicas é realizada a partir de soluções da amostra preparadas em solventes adequado: garantem a solubilização tanto da matriz quanto do analito. ✓ Importante: o analito solubilizado deve possuir uma propriedade física ou química mensurável que seja proporcional à concentração. 28 29 Classificação dos métodos analíticos CLÁSSICOS E INSTRUMENTAIS Chamados de métodos de via úmida Baseados em propriedades físicas (químicas em alguns casos) Algumas técnicas instrumentais são mais sensíveis que as técnicas clássicas, mas outras não o são! Gravimetria Volumetria Eletroanalítico Espectrométrico Cromatográfico Propriedades elétricas Propriedades ópticas Propriedades diversas Definições ✓ Medida: determinação experimental de uma propriedade química ou física do analito (sinal). ✓ Exemplo: Um profissional analisa amostras de água para determinar a concentração de ferro através de espectrofotometria de UV-VIS, e mede a absorbância das amostras. ✓ Técnica: uma técnica é um princípio químico ou físico que pode ser usado para analisar uma amostra. ✓ Exemplo: Titulometria de neutralização, espectrofotometria de absorção molecular, fotometria de chama, etc. 30 Definições ✓ Método: é a aplicação de uma técnica para a determinação de um analito específico em uma matriz específica. ✓ Exemplo: Determinação do teor de vitamina C em suplementos vitamínicos por titulometria de oxi-redução. 31 Definições ✓ Procedimento: é um conjunto de diretivas escritas, que detalham como aplicar um método para uma amostra particular, incluindo informações sobre amostragem adequada, eliminação de interferências e validação de resultados. ✓ Exemplo: determinação de vitamina C segundo procedimento do Instituto Adolfo Lutz. 32 Definições ✓ Protocolo: é um conjunto escrito de orientações estritas, que detalham um procedimento que deve ser seguido para a aceitação da análise pelo organismo oficial que estabeleceu o protocolo. ✓ Exemplo: Determinação de um medicamento segundo procedimento da farmacopeia brasileira. 33 Definições 34 35 Análise Química Amostrage m Preparo da Amostra Calibração e Medidas Cálculos e Avaliação dos Resultados Definição do Problema Escolha do Método Análise Química ✓ Figuras de Mérito. ✓ Erros sistemáticos. ✓ Erros aleatórios. ✓ Operações matemáticas. ✓ Algarismos significativos. ✓ Incerteza em medições. 36 Figuras de Mérito ✓ Exatidão: 37 A exatidão dos resultados de uma medida está relacionada com o erro relativo, ou seja, a exatidão informa quanto o valor medido é diferente do valor verdadeiro ou mais provável. . Porcentagem de recuperação do composto de interesse que foi adicionado a amostra numa quantidade previamente conhecida. Comparação com outro método de referência. Figuras de Mérito ✓ Exatidão: ✓ Erro Relativo: É o erro absoluto dividido pelo valor verdadeiro ou mais provável, expresso em percentagem. 38 .100%i v v x x E r x − = ✓ Er = erro relativo ✓ Xi = valor medido ✓ Xv = valor verdadeiro ou mais provável Figuras de Mérito ✓ Precisão: 39 A precisão de uma medida pode ser definida como a concordância de uma série de medidas de uma mesma grandeza. Repetibilidade de resultados é obtida quando se faz medidas precisas de uma grandeza sob as mesmas condições, repetidas vezes (réplicas). Reprodutibilidade de resultados ocorre quando a precisão é mantida, por exemplo, quando a análise é repetida no dia seguinte, ou na semana seguinte, ou feita por outro analista no mesmo laboratório ou feita por outro analista em outro laboratório. Exatidão vs Precisão 40 I II III Valor verdadeiro ou mais provável Exatidão vs Precisão 41 Exemplo A – Exato e impreciso Valor médio = 49,1 % Valor verdadeiro = 49,1 +- 0,1 % 49,0 49,1 49,2 49,3 49,4 49,0 49,1 49,2 49,3 49,4 Exemplo B – Inexato e preciso Valor médio = 49,4 % Valor verdadeiro = 49,1 +- 0,1 % Figuras de Mérito ✓ Linearidade: 42 A Linearidade é a capacidade do método oferecer resultados diretamente proporcionais á concentração do analito dentro de uma faixa de trabalho. A faixa linear de trabalho é o intervalo entre os níveis inferior e superior de concentração do analito no qual foi demonstrado ser possível a determinação com a exatidão, sob as condições especificadas para o ensaio. Figuras de Mérito ✓ Linearidade: 43 LQ LRL cm FOT S in al A n al ít ic o Concentração Calibração 44 ✓ É realizada obtendo-se o sinal de resposta (absorbância, altura do pico, área do pico) como uma função da concentração conhecida do analito. ✓ Calibração Analítica (Relação: sinal vs. concentração) ✓ Calibração Analítica: Padrões internos, Padrões externos e adição padrão. ✓ Os dados obtidos são colocados na forma de gráfico ou ajustando-os por meio de uma equação matemática adequada, como a relação linear utilizada no método dos mínimos quadrados. Calibração: Padrão Externo 45 ✓ 1ª Etapa: Soluções padrão: Prepara-se soluções de concentrações conhecidas e diferentes do constituinte em análise. Geralmente estas soluções são obtidas por conveniente diluição de uma solução padrão estoque. ✓ 2ª Etapa: Medidas de sinal analítico: Medidas do sinal instrumental para as soluções padrão e branco (5 níveis de concentração no mínimo). ✓ 3ª Etapa: Construção do gráfico do sinal obtido (eixo Y) vs concentração do analito (eixo x). 46 ✓ Sinal = y = ax + b. ✓ a e b são estimados por método de mínimos Quadrados, uma análise de regressão. ✓ X=Concentração; Y=Sinal Analítico; n=número de pontos experimentais. y = 1,0375x - 0,0003 R² = 0,9999 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 A b s o rb â n c ia mg Fósforo Vanadato Calibração:Padrão Externo Dados de calibração obtidos para determinação do analito X em solução aquosa. Exemplo 1: [X], ppm Nº replicatas Sinal analítico médio Desvio padrão 0,00 25 0,031 0,0079 2,00 5 0,173 0,0094 6,00 5 0,422 0,0084 10,00 5 0,702 0,0084 14,00 5 0,956 0,0085 18,00 5 1,248 0,0110 a) Determinar a equação da Reta. b) Determinar o coeficiente de Correlação. c) Determinar o coeficiente de Determinação. 48 ✓ Adição de quantidade conhecida de elemento de referência nos padrões e na amostra - Corrige variações no sinal analítico devido a mudanças nas condições de análise. ✓ “Quantidade conhecida de composto, diferente do analito, que é adicionada a amostra desconhecida.” ✓ Útil para analises nas quais as quantidades de amostra analisada ou resposta variam ligeiramente, por razões de difícil controle, Ex: T, vazão de gás. ✓ A razão sinal do analito/sinal da espécie referência permanece constante. Calibração: Padrão Interno 49 Calibração: Padrão Interno 50 ✓ Na curva de adição de padrão, quantidades conhecidas de constituintes são adicionadas à amostra desconhecida. Do aumento do sinal instrumental, deduz-se quanto de constituinte estava na amostra original. ✓ Este método requer uma resposta linear para o constituinte. ✓ Usamos o método das adições de padrão quando for difícil ou impossível fazer uma cópia da matriz da amostra. Em geral, a amostra é “contaminada” com uma quantidade ou quantidades conhecidas de uma solução padrão contendo o analito. Calibração: Adição Padrão 51 ✓ Minimização de efeito de matriz. ✓ Matrizes complexas. ✓ Spiking. ✓ Medidas feitas na amostra original + solução padrão. ✓ Vários técnicas varia de acordo com concentração do analito e de alguns casos da concentração dos reagentes usados. ✓ Todos os outros constituintes da mistura reacional devem ser idênticos. Calibração: Adição Padrão 52 Calibração: Adição Padrão Alíquotas de exatamente 5,00 mL de uma solução de fenobarbital foram transferidas para frascos volumétricos de 50,00 mL e foram ajustados com KOH para tornarem-se básicas. Os seguintes volumes de solução- padrão contendo 2,000 mg/mL de fenobarbital foram introduzidas em cada frasco: 0,000, 0,500, 1,00, 1,50 e 2,00 mL. O volume foi completado e as leituras de cada frasco em um fluorímetro forneceu as seguintes respostas: 3,26, 4,80, 6,41, 8,02 e 9,56. a) Construa o gráfico com os dados. b) Usando o gráfico, determine a concentração de fenobarbital na amostra desconhecida. c) Obtenha a equação por regressão linear (mínimos quadrados). d) Calcule a concentração pela equação obtida em (c). e) Calcule o desvio padrão para a concentração obtida em (d). Exemplo 2: y = 79,1x + 3,246 R 2 = 0,9999 0 2 4 6 8 10 12 -0,05 -0,03 -0,01 0,01 0,03 0,05 0,07 [F], mg/mL S in a l a n a lí ti c o Pela equação, para y = 0 ➔ x = -3,246 / 79,1 = 0,0410 mg/mL. Como a amostra foi diluída de 5,00 para 50,00 mL, a sua concentração é 10 vezes maior: 0,0410 x 50 / 5 = 0,410 mg/mL. V, mL C, mg/mL S 0,000 0,000 3,26 0,500 0,0200 4,80 1,00 0,0400 6,41 1,50 0,0600 8,02 2,00 0,0800 9,56 Exemplo 2: 0,0407 mg/mL Figuras de Mérito ✓ Sensibilidade: 55 A Sensibilidade é uma medida da habilidade de discriminar entre pequenas diferenças na concentração de um analito. O grau de resposta a pequenas modificações na concentração Fatores relacionados: Precisão, Inclinação da curva de calibração. Figuras de Mérito ✓ Seletividade: 56 A Seletividade é a medida da habilidade de discriminar entre pequenas diferenças na concentração de um analito, detectar vários analitos, mas ao mesmo tempo ser capaz de distinguir entre eles. A especificidade é a capacidade de um método de detectar apenas o composto de interesse. ✓ Especificidade: Um método que produz resposta para apenas um analito é chamado específico Um método que produz resposta para vários analitos, mas que pode distinguir a resposta de um analito da de outros é chamado seletivo 0 2 4 6 8 10 0 10 20 30 40 50 60 S in al A n al ít ic o Concentração (mg/L) B A Maior inclinação da curva de calibração, maior sensibilidade ✓ Seletividade, Especificidade e Sensibilidade: Figuras de Mérito ✓ Limite de Detecção (LD) 58 refere-se à menor concentração de um analito em uma amostra, que pode ser detectada por uma técnica analítica ao qual se associa um nível de confiança especificado, mas não necessariamente quantificado. refere-se à menor concentração de um analito em uma amostra, que pode ser quantificado por uma técnica analítica ao qual se associa um nível de confiança especificado. ✓ Limite de Quantificação (LQ) Figuras de Mérito ✓ Robustez 59 A Robustez é a capacidade de produzir bons resultados quando pequenas alterações inevitáveis ocorrem nas condições de trabalho. Validação de Métodos 60 61 ✓ Processo de avaliação que permite garantir que um novo método analítico, ou um método que sofreu alterações, gere informações confiáveis e interpretáveis sobre a amostra. ✓ Por quê validar ? ✓ Necessidade de mostrar a qualidade das medições químicas, seja por razões legais, técnicas ou comerciais; ✓ Exigência dos órgãos reguladores do Brasil e de outros países; ✓ Oferece evidências objetivas de que os métodos e os sistemas são adequados ao uso desejado. Validação de Métodos 62 ✓ Vários autores definem validação de métodos: Contínua Evolução. ✓ “A validação deve garantir, através de estudos experimentais, que o método atenda às exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados” (ANVISA). ✓ “Validação é o processo de definir uma exigência analítica e confirmar que o método sob investigação tem capacidade de desempenho consistente com o que a aplicação requer” (ISO/IEC 17025). ✓ “A validação de métodos assegura a credibilidade destes durante o uso rotineiro, sendo algumas vezes mencionado como o “processo que fornece uma evidência documentada de que o método realiza aquilo para o qual é indicado para fazer” (USP). Validação de Métodos 63 ✓ Dentro do âmbito geral do termo validação de métodos é possível distinguir dois tipos: ✓ Validação no laboratório (“in house validation”) ✓ Consiste das etapas de validação dentro de um único laboratório, seja para validar um método novo que tenha sido desenvolvido ou para verificar que um método adotado está bem aplicado. Validação de Métodos 64 ✓ Validação completa (full validation). ✓ Envolve todas as características de desempenho e um estudo interlaboratorial. ✓ Utilizado para verificar como a metodologia se comporta com uma determinada matriz em vários laboratórios. ✓ Estabelecendo a reprodutibilidade da metodologia ✓ Incerteza expandida associada à metodologia como um todo. Validação de Métodos 65 ✓ No Brasil, existem duas agências acreditadoras para verificar a competência de laboratórios de ensaios: ✓ ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária ✓ INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. ✓ Disponibilizam guias para o procedimento de validação de métodos analíticos ✓ Resoluções: são documentos com poder de lei, que devem ser obedecidos. ✓ Guias: são documentos que sugerem uma linha a ser seguida e são, portanto, abertos para interpretação: “recomendações”. Validação de Métodos 66 ✓ EuraChem, ✓ ICH ✓ US FDA ✓ US EPA ✓ ICH ✓ USP ✓ FAO/AIEA ✓ Codex ✓ MAPA ✓ MS (ANVISA) ✓ INMETRO Protocolos de Validação IUPAC (Interdivisional Working Party on Harmonisationof Quality Assurance Schemes for Analytical Laboratories). 67 Validação de Métodos “Não ter validação é ter apenas um número não um resultado.”