Aula 3 Remocao e Transporte da Vitima 20180902 2023

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Remoção e Transporte
da Vítima
Aula 3
Remoção da Vítima
 As vítimas de trauma só devem ser 
transportadas se não houver a 
possibilidade da equipe de atendimento 
de emergência chegar ao local, essas 
vítimas devem ser cuidadosamente 
movimentadas, devido ao risco de 
agravamentos das lesões, especialmente 
se houver suspeita de lesão de coluna.
Extricação
Extricação é um termo muito utilizado em 
resgate, salvamento e medicina pré-hospitalar 
em geral. 
Extricar significa: "retirar uma vítima de um 
local do qual ela não pode, ou não deve sair por 
seus próprios meios". Rolar uma vítima para a 
prancha longa, ou colocação de um colar 
cervical são manobras de extricação. 
 Em muitas situações, especialmente no caso 
de acidentes automobilísticos, a extricação da 
vítima pode ser um processo delicado e 
complexo.
 Um típico exemplo é o da vítima presa às 
ferragens. Nesta circunstância é clássica a 
máxima: "não retira-se a vítima das ferragens, 
retira-se as ferragens de entorno à vítima". 
Para um procedimento de extricação técnico e 
seguro, além dos cuidados básicos como 
avaliação da cena, é fundamental a existência 
de equipamentos e profissionais específicos
Indicações
 Obstáculos físicos 
 Inconsciência
 Riscos de lesão secundárias
 Combinação destes fatores
 Existem duas técnicas:
Padrão:cenas seguras e vítimas estáveis 
Rápida: pacientes instáveis ou na presença de
risco no local
Encarceramento
 É o aprisionamento do paciente por 
obstáculos físicos e ocorre em 
situações de colisão e 
desabamentos. 
 As técnicas de desencarceramento 
visam retirar ferragens e 
escombros da vítima e não ao 
contrário.
Princípios Gerais da Remoção
Um transporte de EMERGÊNCIA deve ser 
feito quando:
 O local do acidente oferecer risco 
iminente
 Cuidados que precisam de 
reposicionamento
 Ter acesso a outros pacientes
Situação NÃO Emergencial
 Regras:
1. O paciente deve estar consciente
2. A avaliação inicial deverá ser completa
3. FC e FR devem estar estáveis
4. Não deverá haver hemorragia externa 
incontrolável ou indícios de 
hemorragia interna
5. Nenhum sinal de trauma na coluna 
Mobilização
 Termo genérico usado para descrever 
qualquer procedimento organizado para 
reposicionar ou transportar uma pessoa de um 
local para o outro, ou grande número de 
técnicas para remoção de pacientes.
 A mobilização é justificada pela necessidade, 
em situações de emergência, de afastar-se de 
um local perigoso ou transportar rapidamente 
um paciente que apresente uma alteração 
acentuada no seu estado de saúde.
Noções de Mecânica
 Os músculos que devem ser utilizados quando 
se deseja elevar um objeto são os da coxa, 
pois são os mais fortes do corpo humano. 
 A musculatura das costas é fraca e mais 
propensa a lesões secundárias a esforço.
Técnicas 
Manter a coluna ereta antes de elevar um peso, 
dobrar os joelhos, posicionar –se de bem 
próximo a vitima, sempre trabalhar em 
conjunto.
Transporte de Pacientes em 
situações de Emergência
 Técnicas de mobilização/manipulação
Rolamento 90º
Rolamento 180º
Elevação a Cavaleiro
Remoção de Capacete
 Sempre que movimentar a vítima 
considerá-la como um bloco único, o 
corpo não pode ser torcido nem 
movimentado ântero-posterior ou 
lateralmente
 Para girar a vítima, seja para colocá-la 
deitada de costas para uma avaliação 
melhor ou evitar aspirações, o 
movimento deve ser sincronizado e com 
ajuda de outras pessoas.
Rolamento 90º
Utilizado para vítimas em decúbito dorsal
Técnica
1. Líder estabiliza a cabeça
2. Auxiliar aplica o colar cervical
3. Posicionar a prancha lateralmente a 
vítima do lado oposto ao do rolamento 
4. Dois auxiliares se ajoelham lado a lado 
no nível dos ombros e joelhos da 
vítima
5. Rolar a vitima em bloco ao comando ate 
a posição de decúbito lateral para o 
lado dos socorrista
6. A prancha é deslizada até encostar no 
corpo do paciente
7. Ao segundo comando a vítima é 
devolvida ao decúbito dorsal em bloco 
sobre a prancha
8. Ajustar a vítima sobre a prancha, 
mantendo todo o tempo a estabilização 
manual da cabeça e pescoço
9. Fixar o tronco e extremidades com os 
cintos de aplicação rápida
10. Aplicar e fixar a cabeça da vitima ao 
imobilizador lateral
ROLAMENTO DE 
90º
Rolamento de 180º
Indicado para vítimas em 
decúbito ventral
 Técnica
1. Socorrista atrás da cabeça da vítima 
realizando estabilização manual
2. Posicionar a prancha paralelamente ao corpo 
da vítima, do lado para qual o rolamento será 
realizado( no lado oposto ao qual a cabeça 
da vítima está voltada) 
3. Os dois auxiliares se colocam sobre a 
prancha no nível de seus ombros e quadril 
4. Após o comando, rolar a vítima em 
bloco 90ºpara o lado da prancha, 
deixando –a em decúbito lateral 
5. Os auxiliares saem da prancha se 
ajoelhando no solo
6. Ao novo comando rola-se a vítima 
sobre a prancha
7. Aplicação do colar e fixação 
Elevação a Cavaleiro
Indicação 
 Vítimas encontradas em decúbito dorsal nas 
quais não é possível se posicionar ao seu 
redor
Técnica
1. O socorrista se posiciona a cavaleiro no nível 
dos ombros da vítima estabilizando 
manualmente sua cabeça e pescoço
2. O Colar cervical é aplicado e a prancha é 
posicionada próximo aos pés do paciente
3. O segundo auxiliar se posiciona a cavaleiro 
no nível do quadril da vítima 
4. O terceiro auxiliar se posiciona a 
cavaleiro ao nível das pernas 
5. Após comando a vítima é elevada até a 
metade da amplitude.
6. O quarto auxiliar desliza a prancha por 
baixo do corpo da vítima e após novo 
comando o paciente é posicionado na 
prancha
Retirada do Capacete
 Técnica empregada para retirada do 
capacete , a fim de facilitar a avaliação e 
tratamento de possíveis lesões que o 
paciente possa apresentar 
 Contra indicações:
1. Quando ao menor toque o paciente sentir 
dor
2. Quando houver objetos transfixados
3. Quando há presença de rachaduras recentes
Técnica 
 São necessários dois socorristas
 O socorrista dois estabiliza 
manualmente a cabeça e o pescoço por 
trás
 O socorrista um estabiliza manualmete 
colocando uma das mãos sob a região 
posterior do pescoço da vítima e outra 
na mandíbula, a cabeça é colocada em 
posição neutra
 O socorrista dois segura o capacete 
pelas abas laterais e vai 
tracionando –o em sua direção 
 Após a retirada do capacete o 
socorrista mantém a estabilização 
da cabeça e pescoço.
Transporte da vítima
Técnicas com um socorrista
 Arrastamento pela roupa/camisa
1. Amarre as mãos da vítima frouxamente 
para evitar que os braços caiam ou 
deslizam para fora
2. Segure os ombros da camisa sob a 
cabeça, use os antebraços para dar 
apoio dos dois lados da cabeça
 Usando a camisa como apoio, puxe a vítima em 
sua direção pela axilas não pelo pescoço.
Remoção com lençol
Método de remoção em que um único 
socorrista cria um arreio com um lençol 
passando por baixo dos braços e das 
axilas para então puxa-la.
Transporte Tipo Bombeiro
 Remoção nos ombros
Método para levantar e carregar vítimas e 
que um único socorrista carrega a 
pessoa sobre os ombro, não é tão seguro 
quanto a maioria das remoções pelo chão 
pois eleva o centro de gravidde da vítima 
e exige muita força, no entanto é 
escolhido quando tem que remover a 
vítima em terrenos irregulares.
 Salvo em situações de vida ou morte, não 
tente remover a vítima no ombro se houver 
suspeita de lesão na coluna ou fraturasde 
membros.
 Para realizar o transporte:
1. Coloque a vítima de costas com os dois 
joelhos flexionados
2. Apoie-se nos dedos dos pés da vítima, 
incline-se para trás e a puxe na sua direção
 Quando a vítima estiver quase 
ereta, agache-se, coloque –a sobre 
os ombros e fique em pé
 Passe seu braço entre as pernas da 
vítima e segure o braço dela que 
estiver mais próximo do seu corpo.
Em decúbito ventral
Apoio Lateral Simples
 Indicações : Pacientes 
capazes de andar
Técnica
1. Passar o braço da vítima 
sobre seus ombros atrás do 
pescoço 
2. Segurar firmemente o braço 
da vítima
3. Envolver com seu outro 
braço a cintura da vítima
Elevação Manual
Levantamento horizontal e 
remoção
Transporte na Prancha
 Cuidados
1. Antes de transportar a prancha,o 
paciente deve ser fixado com todos os 
cintos
2. Para erguer a prancha os socorristas 
devem realizar um movimento único 
3. As pranchas modernas dispõem de um 
ressalto que os socorristas introduzam 
suas mãos
4. Manter o paciente na horizontal, 
evitando o máximo incliná-lo.
5. A utilização de três socorristas, dois 
no tronco e um nos pés da vítima é 
desejavel.
6. O ideal é transportar o paciente sobre 
maca com rodas, pois diminui a chance 
de acidentes.
Transporte de pacientes não 
traumáticos
 Dor torácica
Decúbito dorsal com tronco elevado
 Dispnéia
Semi sentados, pois esta posição 
permite um melhor funcionamento 
do diafragma
 Choque
Decúbito dorsal com as extremidades
inferiores elevadas. A cabeceira 
baixa é contra-indicada pois 
dificulta a respiração
 Inconsciente
Decúbito lateral esquerdo para 
prevenir a broncoaspiração
 Dor Abdominal
Decúbito dorsal ou lateral com 
joelhos dobrados
 Gestantes
Decúbito lateral esquerdo para 
descomprimir a veia cava e melhorar 
a oxigenação do feto.
Equipamentos
 Padiola de lona/ Maca com armação 
 Pranchas de imobilização 
 Colar cervical 
 Dispositivos de estabilização
 Materiais improvisados