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TGD – Atividade Dissertativa Individual Aulas 5/7 https://goo.gl/MsB42v 1) O direito é interpretado sob a perspectiva monista e dualista. Sob o ponto de vista dualista de Hans Kelsen, explique a diferença entre ser e dever -ser. (1 Ponto) R. Para Hans Kelsen o SER corresponde a um fenômeno natural, equivale a ação, é a manifestação externa da conduta humana, em tempo e espaço perceptíveis, é um ato de vontade, contempla as ciências naturais, é descritivo de valores, diz respeito à relação social. Enquanto que o DEVER-SER corresponde a norma imposta, contempla a ciência normativa, parte do princípio da imputação, é um juízo hipotético, diz respeito à relação normativa. SER DEVER-SER Fato (algo é) Norma (algo deve ser) Ato de vontade Ato imposto Ciências Naturais – descrevem valores Ciências Normativas – descrevem normas Princípio da Causalidade “se A é, B é ou será” Princípio da Imputação – juízo hipotético “se A é, então B deve ser” Proposição – enunciado descritivo Prescrição – determinação Verdadeiro ou Falso Válido ou Inválido Ser = fatos, relação social Dever-Ser = relação normativa Natureza Direito 2) Antonio foi em uma festa e bebeu 8 latas de cerveja. Ao sair da festa bateu seu carro na traseira do carro de João. Com relação à legislação aplicável ao caso, trata-se de lei perfeita ou lei mais que perfeita? Por que? (1 Ponto) R: Trata-se de lei mais que perfeita, porque ao fato serão impostas duas ou mais sanções. No caso analisado, Antonio sofrerá sanção civil, penal e administrativa. No âmbito civil deverá ressarcir o dano causado pela batida (Art. 927, combinado com Art. 186 CC), no aspecto penal responderá por dirigir embriagado que acarretará em detenção, e, administrativamente lhe será imposta multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (Art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro). 3) O magistrado da 1ª Vara Cível do Fórum Central de São Paulo tem um processo instruído e sanado, estando apto a ser julgado. Ao analisar o caso, o magistrado, não encontra norma jurídica aplicável ao caso concreto. Diante dessa situação o magistrado pode deixar de julgar a causa? Em caso negativo, qual a base de fundamentação que o juiz utilizará para julgar a causa? (1 Ponto) R: Não, o juiz é obrigado a decidir mesmo que não haja lei específica, nestes casos o magistrado utilizará as fontes secundárias do direito para julgar a ação, tais como analogias, costumes e princípios gerais do direito. (LINDB Art. 4º) 4) Quanto à norma defina: validade, vigência, eficácia e vacatio legis. (2 Pontos) R: Validade: analisa a compatibilidade da norma com o ordenamento. a) Validade Formal: atendimento das formalidades para edição/criação da lei. b) Validade Material: compatibilidade de conteúdo da matéria formalizada. Vigência: É o período em que a lei terá força vinculante, início de sua obrigatoriedade, ou seja, produzirá efeitos (critério temporal). Em regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada (LINDB Art. 1º). A lei perde a sua vigência com a modificação ou revogação (LINDB Art. 2º). Eficácia: Período em que a lei está em vigor e produz efeitos no âmbito da sociedade. A eficácia social se dá quando a norma é aceita e acatada pela sociedade. Já a eficácia jurídica ocorre quando da aplicabilidade da lei, em razão de descumprimento, esta produz efeitos jurídicos. Vacatio Legis: espaço de tempo entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor. 5) A Lei nº 000/2018 possui em um de seus artigos o seguinte texto: “Esta lei entrará em vigor 45 dias após a sua publicação e revoga os artigos 10, 14 e 16 da Lei nº 000/2017”. No caso apresentado trata-se de revogação expressa ou tácita? Configura uma ab-rogação ou derrogação? Justifique sua resposta. (1 Ponto) R. No caso em questão trata-se de uma revogação expressa porque a lei nova faz referência a lei anterior a ser revogada. Configura uma derrogação pois trata-se de revogação parcial da lei anterior.