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Identidade fundamental 
macroeconômica
José Tadeu de Almeida
Introdução
Nesta aula, você conhecerá os elementos determinantes da identidade fundamental macro-
econômica que compõem uma das equações mais importantes da Macroeconomia na área da 
contabilidade social, através da relação entre o produto, o consumo, o investimento, o desempe-
nho comercial e os gastos governamentais, em uma economia aberta e com governo.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • entender a identidade fundamental macroeconômica;
 • entender a importância fundamental dos estoques para a Macroeconomia;
 • relacionar alguns agregados macroeconômicos de nosso modelo;
 • compreender os conceitos de propensão marginal a consumir e a poupar.
1 A identidade fundamental macroeconômica
A Macroeconomia, através do estudo das relações entre produção, renda (o pagamento dos 
meios de produção) e despesa (gastos com o consumo das mercadorias produzidas em um mer-
cado), associa variáveis para a compreensão da atividade econômica conforme a equação:
Pib = y = c + i + g + x – m = c + s + t + rl
Em que y representa o produto gerado por essa economia (expressa pelo conceito de Produto 
Interno Bruto, o PIB), c o consumo e i o investimento. A variável g representa os gastos e as despe-
sas do Governo, e os saldos em balança comercial são dados por x-m, em que x e m representam, 
respectivamente, exportações e importações. A variável s representa a poupança e a variável t, os 
impostos pagos ao Governo. Esses saldos geram a chamada renda líquida (rl).
O investimento é gerado a partir da poupança, a fração da renda dos agentes, que não é con-
sumida. Da mesma forma, o montante disponível ao Governo para a realização de seus gastos é 
determinado pela quantidade de impostos arrecadados.
Esta equação representa a composição geral da economia: Aprodução (tanto a consumida 
quanto a exportada) é uma função direta da renda dos fatores de produção (destinada ao con-
sumo e ao investimento) e da despesa (através do consumo e dos gastos públicos).
2 Os estoques e o investimento
O investimento é a soma dos valores dos bens e recursos que são destinados a gerar maior 
capacidade produtiva do agente econômico (seja uma empresa ou a economia de todo um país) 
através da formação de capital fixo e de estoques.
O capital fixo é gerado pelos montantes aplicados na produção dos chamados bens de capi-
tal, ou bens de produção, que são destinados à fabricação de outros bens e serviços, como maqui-
nários especializados, caminhões, guindastes, edifícios etc. Essa aplicação de recursos faz parte 
dos chamados investimentos planejados (KRUGMAN; WELLS, 2012).
Da mesma forma, a variação de estoques é fundamental para o investimento. Estoques são o 
montante de produtos que já passaram pela produção, mas ainda não foram vendidos/consumidos.
FIQUE ATENTO!
Os estoques incluem os bens chamados finais, destinados à venda, e os chamados 
bens intermediários, que são os produtos que já passaram por alguma produção, 
mas destinam-se à produção de outros bens, como chapas de aço para a fabrica-
ção de automóveis, por exemplo.
É comum que as empresas mantenham consigo certo estoque dos bens que produzem, a fim 
de poder atender rapidamente à demanda dos consumidores. Assim, é possível pensar no estoque 
de bens como parte da política de investimentos da economia, quando ele é planejado.
SAIBA MAIS!
No século XX, as firmas mantinham grandes estoques de produtos. Porém, na déca-
da de 1970, um novo padrão de produção previa a chamada “produção enxuta”, para 
aumentar a competitividade das empresas e reduzir custos. Você poderá aprender 
sobre o “toyotismo” no tópico 2.1 da dissertação de Roberto Borghi (Unicamp), dis-
ponível em: <www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000790751&fd=y>.
A variação nos estoques também pode constituir um movimento não planejado de investi-
mento, uma vez que bens podem ser produzidos e não serem demandados. Assim, a variação dos 
estoques determina a atividade produtiva através do ritmo de investimentos: se há tendência à 
formação de estoques por queda na demanda, as empresas não investirão. Deste modo, há uma 
relação inversa entre estoques e investimentos (KRUGMAN; WELLS, 2012).
Figura 1 – Estoques de produção
Fonte: urbans/Shutterstock.com
3 Taxa de juros e investimento
Você sabe o que determina o investimento, isto é, o que faz com que os agentes prefiram 
investir a usar os seus recursos para qualquer outra finalidade?
A chave para esta questão está na taxa de juros da economia – no caso brasileiro, a taxa de 
juros de longo prazo, conhecida como TJLP. Você pode entender a taxa de juros como o “prêmio 
pelo dinheiro”, ou seja, uma remuneração que os agentes, como empresas e indivíduos, recebem 
pela aplicação dos seus recursos em investimentos de natureza financeira (poupança, títulos, 
CDBs, entre outros).
Observando a TLJP, um agente verificará duas situações para tomar sua decisão de investir: 
o retorno do investimento em termos de aumento da produção, das receitas e dos lucros (em 
resumo, seu crescimento) e o retorno em aplicações financeiras através da taxa de juros. Se o 
retorno da taxa de juros for superior ao retorno do investimento, o agente não investirá na pro-
dução. Se o investimento trouxer maiores perspectivas de ganho, a decisão do agente será a de 
investimento produtivo (PAULANI; BRAGA, 2013).
Você pode perceber, portanto, que há uma relação inversa entre a taxa de juros e o investi-
mento. Se os juros aumentam, uma firma que necessite de empréstimos para financiar a aquisição 
de bens de capital optará por não fazê-lo, dado o aumento do risco, expresso pelo valor pago como 
remuneração do agente que cede os recursos. E, ainda que a firma não necessite de financiamen-
tos para investir, ela preferirá manter seus recursos aplicados sob outras formas que não o inves-
timento produtivo, protegendo-se de outros riscos.
SAIBA MAIS!
A TJLP para a economia brasileira, no quarto trimestre de 2016, estava cotada em 7,5%.
Figura 2 – Escolhas: investir na produção ou manter o capital aplicado?
Fonte:visual3Dfocus/Shutterstock.com
EXEMPLO
Considerando que a TJLP no Brasil é de 7,5%, um empresário que possua um mon-
tante de capital deverá verificar se o crescimento da produção e de suas receitas 
e lucros com o investimento supera esse patamar. Caso não supere, você pode 
concluir que ele preferirá investir em outros ativos financeiros.
4 Renda e impostos
A renda diz respeito ao total da remuneração dos fatores de produção em uma economia, 
como o pagamento de salários, por exemplo. Qual a sua renda, hoje?
Você conhece bem seus rendimentos líquidos, aqueles que são pagos em dinheiro a você. 
Porém, este montante deve representar apenas uma parcela de sua renda total. A outra parcela é 
usada para o pagamento de impostos.
Em economias com Governo, a arrecadação de impostos é o recurso principal que este 
mesmo governo se utiliza para a manutenção de suas atividades e fornecimento de bens e servi-
ços necessários ao bem-estar da sociedade.
FIQUE ATENTO!
Há determinados bens, conhecidos como bens públicos, que o Estado fornece à 
sociedade, pois o setor privado não tem condições ou interesse em fazê-lo, como, 
por exemplo, a segurança nacional.
Porém, o Governo também pode repassar recursos de volta à população na forma de trans-
ferências governamentais, como auxílios, benefícios sociais etc (PAULANI; BRAGA, 2013). Assim, 
a renda se torna dependente do montante de impostos que os agentes pagam e as eventuais 
transferências que eles possam vir a receber, formando a chamada renda disponível. Ela é dada 
pela seguinte equação:
Yd = Y – t – rl
Em que Yd representa a renda disponível em relação à renda total (Y); os impostos são deno-
tados por t (os impostos totais são o saldo entreos tributos pagos e as transferências governa-
mentais, sendo T = TD – TR), e rl representa a renda enviada ao exterior.
Figura 3 – O pagamento de impostos reduz a renda disponível
Fonte: artisticco/Shutterstock.com
Você pode perceber que há uma relação proporcional entre renda e arrecadação do Estado. 
O aumento de impostos é diferente do aumento de arrecadação, que pode ser gerado por outras 
vias, como o pagamento de multas e reparações de guerra, por exemplo.
EXEMPLO
Se a soma da renda de uma economia é de 1 bilhão de reais, R$ 200 milhões foram 
pagos em impostos, R$ 50 milhões foram enviados ao exterior e R$ 100 milhões 
voltaram como transferências, a renda disponível é de R$ 850 milhões.
5 Renda disponível e consumo
Normalmente, os agentes não possuem acesso à sua renda total; eles devem pagar impos-
tos. Assim, aparcela da renda disponível para consumo é inferior à renda total. Portanto, o con-
sumo, como variável macroeconômica, é determinado pela renda disponível dos agentes, havendo 
uma relação positiva entre renda e consumo – que aumenta na mesma proporção do aumento 
da renda. Os agentes poderão consumir toda a sua renda ou direcioná-la para outros projetos, de 
acordo com os seus desejos de consumir ou poupar.
6 Renda disponível e poupança
Além do consumo, a renda disponível pode ser usada para a poupança (PAULANI; BRAGA, 
2013). Por “poupança”, entenda a parcela da renda que não é direcionada ao consumo, sendo pre-
servada para outros projetos dos agentes ao longo do tempo, de acordo com a equação:
Yd = c + s
Em que Yd confi gura a renda disponível, c o consumo e s a poupança. Há uma relação posi-
tiva entre a renda disponível e a poupança: esta aumenta em resposta ao aumento da renda dispo-
nível. Por sua vez, veja que os montantes que serão consumidos e poupados estão ligados às pre-
ferências de cada agente, conforme os conceitos de propensão marginal a consumir e a poupar.
7 Propensão marginal a consumir e a poupar
Quando você considera que cada agente efetua, conforme suas expectativas, as suas deci-
sões de consumo e poupança e isto repercute na economia como um todo, pode deduzir que cada 
variação percentual (1%) na renda da economia será seguida por uma variação nos valores das 
quantidades de bens consumidos e poupados. Essas razões confi guram as chamadas propen-
sões marginais a consumir e a poupar (KRUGMAN; WELLS, 2012).
A propensão marginal a consumir demonstra a variação do consumo ∆C perante a variação 
percentual da renda disponível ∆Yd, de acordo com a seguinte equação:
PMC =
 ∆c
 ∆Yd
Por sua vez, a propensão marginal a poupar confi gura a variação do consumo ∆S perante a 
variação percentual da Renda ∆Yd, de acordo com a Equação 05:
PMP =
 ∆s
 ∆Yd
Figura 4 – Decisões entre consumir e poupar
Fonte: sheff/Shutterstock.com
Se, em uma economia, a variação da renda corresponde a uma variação exatamente igual de 
consumo, a propensão marginal a consumir é igual a 1 e não haveria poupança. Da mesma forma, 
se todos pouparem, a propensão marginal a poupar assume valor 1 e não haveria consumo de 
bens nesta sociedade.
FIQUE ATENTO!
O conceito “clássico” de propensão marginal a consumir vem da razão entre varia-
ções de consumo e renda. Já para a matriz de estudo keynesiana, proposta por John 
Maynard Keynes (1883-1946), a PMC é uma função das expectativas dos agentes 
em relação ao comportamento do sistema econômico. Ela é uma variável subjetiva e 
afeta o consumo (C) a partir da seguinte equação: C = C0 + cYD , em que C0 representa 
o consumo fixo dos agentes e c corresponde à PMC como função direta da renda 
disponível YD.
Fechamento
Nesta aula, você teve oportunidade de:
 • conhecer a identidade fundamental macroeconômica e seus principais componentes;
 • entender a determinação do investimento a partir de suas relações com a taxa de juros 
e o fluxo de estoques;
 • compreender que a renda, o consumo e a poupança dos agentes estão entrelaçados, 
através das propensões marginais a consumir e a poupar.
Referências
BORGHI, Roberto Alexandre Zanchetta. Economia financeira e economia produtiva: o padrão de 
financiamento da indústria automobilística. Dissertação (Mestrado em Economia) –Unicamp, São 
Paulo, 2011.
GARCIA, Manuel Enriquez; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Fundamentos de econo-
mia. São Paulo: Saraiva, 2014.
KRUGMAN, Paul;WELLS, Robin. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Tradução 
da 2. ed. americana.
PAULANI, Leda Maria; BRAGA, Márcio Bobik. A nova contabilidade social – uma introdução à 
Macroeconomia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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