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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI HIGIENE DO TRABALHO ESPÍRITO SANTO HIGIENE DO TRABALHO http://misterstudents.com/?itrans-slider=saude-seguranca-e-higiene-no-trabalho A palavra Higiene é de origem grega, significa hygeinos. Hygeinos significa “o que é saudável”. Logo, aplicando esse conceito de saudável ao ambiente de trabalho, temos o termo Higiene do Trabalho. A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A higiene do trabalho consiste em combater as doenças profissionais. Uma das atividades da higiene do trabalho é a análise ergonômica do ambiente de trabalho, não apenas para identificar fatores que possam prejudicar a saúde do trabalhador e no pagamento de adicional de insalubridade/periculosidade, mas para eliminação ou controlar esses riscos, e para a redução do absenteísmo (doença). A capacidade analítica desenvolvida nesse esforço permite ir além, na forma de identificação e proposição de mudanças no ambiente e organização do trabalho que resultem também no aumento da produtividade, e da motivação e satisfação do trabalhador que resultem na redução de outros tipos de absenteísmo que não relacionado às doenças. Com o desenvolvimento tecnológico da humanidade, além de trazer enormes melhoramentos e alívio para o, homem do século XX, tem exposto o trabalhador a diversos agentes potencialmente nocivos e que, sob certas condições, poderão provocar doenças ou desajustamentos no organismo das pessoas que desenvolvem suas atividades normais em variados locais de trabalho. Mecanismos técnicos, legais, sociais e jurídicos ainda não foram suficientes para reduzir de forma significativa os níveis de acidentes de trabalho e de doenças profissionais no Brasil que, em comparação com países de instituições mais avançadas, são muitos altos e resultam em graves prejuízos humanos, sociais e financeiros. Os acidentes mais frequentes ocorrem na construção civil, na indústria metalúrgica, na fabricação de móveis, no garimpo e nas atividades agrícolas. O fato do atendimento a acidentados ter custos mais altos do que sua prevenção foi um dos fatores que determinaram, no início do século XX, a codificação de normas de segurança, que envolvem a prevenção de acidentes de trabalho e a higiene industrial. Para falar-se das origens da Segurança do Trabalho, no Brasil, é importante que se analise, primeiramente, como evoluía a Prevenção de Acidentes. A Prevenção de Acidentes, realizada sob a égide do Ministério do Trabalho, recebeu, de início, importante contribuição da área médica, a cujas mãos chegavam as mais importantes consequências dos acidentes do trabalho as lesões pessoais. Tal circunstância não só explica a liderança assumida pela medicina nos primeiros passos dados em direção à prevenção de acidentes como também esclarece porque esses passos foram dados com vistas especialmente a aspectos consequenciais. E mais do que isso, explica a visão consequencial que, até hoje, caracteriza certas práticas prevencionistas em detrimento de outros caminhos que favorecem a pesquisa das causas. Foi assim que se desenvolveu a prática de realizar e divulgar estatísticas de acidentados, rotulando-as de estatísticas de acidentes. E com isso deixava-se de considerar os acidentes de que não decorressem lesões. A respeito de um acidente de que não resultasse lesão ouvia-se dizer: "não foi nada". Se não havia acidentado não havia acidente. Essa maneira de considerar o assunto, embora não fosse razoável, explicava-se pelo interesse primordial pelo acidentado, que caracterizava os que assim agiam. Juntam-se a isso as características da profissão médica para a qual o estudo das lesões pessoais é de sua indiscutível competência e merece todo o seu interesse. O conhecimento dos níveis de ocorrência de acidentes de trabalho é fator indispensável para a adoção de uma política trabalhista e empresarial que preserve o bem-estar do trabalhador e evite custos e prejuízos aos empresários e às instituições previdenciárias. Um dos mecanismos mais utilizados é a elaboração de estatísticas que, por meio de métodos comparativos, mostram o aumento ou queda dos índices de acidentes de trabalho num período e setor de trabalho dados. E, assim, governo, empregadores e empregados adquiriam consciência da necessidade de encarar o problema de prevenção do acidente, o primeiro ditando as bases de uma legislação que visava a proteger o trabalhador da agressividade do ambiente de trabalho e os últimos obedecendo o estipulado nessa legislação, na medida de suas possibilidades. É então que o empresariado começa a despertar para o aspecto econômico dessa prevenção e espalha-se a idéia de que a prevenção pode ser um bom negócio. Um plano de higiene do trabalho geralmente envolve o seguinte conteúdo: Um plano organizado - a empresa oferece plano de saúde e/ou enfermeiros, médicos e auxiliares por tempo integral ou parcial dependendo da empresa. Serviços médicos adequados - envolve dispensário de emergência e primeiros socorros, se for o caso. Essas facilidades devem incluir: a) fazer exames quando admitido; b) primeiros socorros; c) eliminação e controle de áreas insalubres; d) registros médicos adequados; e) supervisão quanto à higiene e saúde; f) relações éticas e de cooperação com as famílias dos empregados doentes. Prevenção de riscos à saúde, a saber: a) riscos químicos (como intoxicações, dermatoses industriais etc.); b) riscos físicos (como ruídos, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes etc.); c) riscos biológicos (como agentes biológicos, micro-organismos patogênicos etc.). Serviços adicionais - como parte do investimento empresarial sobre a saúde do empregado e da comunidade, incluindo: a) programa informativo destinado a melhorar os hábitos de vida e esclarecer sobre assuntos de higiene e de saúde; b) programa formal de convênios ou colaboração com entidades locais; c) verificações interdepartamentais - entre supervisares, médicos e executivos - sobre sinais de desajustamento, que implicam mudanças de tipo de trabalho, de departamento ou de horário; d) previsões de cobertura financeira para casos esporádicos de prolongado afastamento do trabalho por doença ou acidente; e) extensão de benefícios médicos a empregados aposentados, incluindo planos de pensão ou de aposentadoria. Objetivos da higiene do trabalho A higiene do trabalho ou higiene industrial, como muitos a denominam, tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho. Entre os objetivos principais da higiene do trabalho, estão: · Eliminação das causas das doenças profissionais; · Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; · Prevenção de agravamento de doenças e de lesões; · Manutenção da saúde dos trabalhadores e alimento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho. Condições Ambientais de trabalho. http://publicasht.blogspot.com.br/2013/02/quem-e-o-napo.html O trabalho de pessoas é profundamente influenciado por três grupos de condições: · Condições ambientais de trabalho - como a iluminação, temperatura,ruído etc. · Condições de tempo - como duração da jornada de trabalho, horas extras, períodos de descanso, etc. · Condições sociais - como organização informal, status etc. Os quatro itens mais importantes das condições ambientais de trabalho são: 1. Iluminação - refere-se à quantidade de luminosidade que incide no local de trabalho do empregado. Assim, os padrões de iluminação são estabelecidos de acordo com tipo da tarefa visual que o empregado deve executar: quanto maior a concentração visual do empregado em detalhes e minúcias tanto mais necessária a luminosidade no ponto focal de trabalho. Má iluminação - causa fadiga à vista, prejudica o sistema nervoso, concorre para a má qualidade do trabalho e é responsável por razoáveis parcelas dos acidentes. A distribuição de luz pode ser: I Iluminação direta - faz a luz incidir diretamente sobre a superfície iluminada. II Iluminação indireta - faz a luz incidir sobre a superfície a ser iluminada por meio da reflexão sobre paredes e tetos. III Iluminação semi-indireta - combina os dois tipos anteriores, pelo uso de globos translúcidos para refletir a luz no teto e nas partes superiores das paredes, que a transmitem para a superfície a ser iluminada (Iluminação indireta). IV Iluminação semidireta - é aquela em que a maior parte da luz é dirigida diretamente à superfície a ser iluminada (Iluminação direta), havendo, todavia, alguma luz que é refletida por intermédio das paredes e do teto. 2. Ruído - É considerado, geralmente, como um som ou barulho indesejável. O som tem duas características principais: a frequência e a intensidade. A frequência do som é o número de vibrações por segundo, emitidas pela fonte de ruído, e é medida em ciclos por segundo (cps). A intensidade do som é medida por decibéis (db). AVALIAÇÃO DO RUÍDO LABORAL 1. Objetivo: Estabelecer critérios e procedimentos para a medição e 2. Âmbito: Aplica-se à exposição ocupacional a ruído contínuo ou avaliação da exposição ocupacional ao ruído e respetivas medidas corretivas. intermitente e a ruído de impacto, em quaisquer situações de trabalho. O serviço é realizado sempre que o técnico que avalia o ruído ocupacional o solicitar ou a pedido da entidade empregadora ou trabalhador, desde que, devidamente autorizado. AVALIAÇÃO DA ILUMINÂNCIA 1. Objetivo: Estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação do sistema de iluminação (natural e/ou artificial) de um ambiente de trabalho e as respetivas correções. 2.Âmbito: Aplica-se à exposição ocupacional a níveis de iluminação deficiente ou excessiva em função das condições de trabalho referentes a cada posto de trabalho. AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO 1. Objetivo: Avaliação da sensação térmica de conforto e do grau de desconforto de pessoas 2. Âmbito: Aplica-se a ambientes térmicos de trabalho interiores, nomeadamente à ocorrência de expostas a ambientes temperados e a ambientes quentes e especificação das condições aceitáveis de conforto térmico. variações de temperatura, humidade, calor radiante e velocidade do ar, verificadas em empresas clientes. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR INTERIOR 2. Âmbito: Aplica-se a ambientes térmicos de trabalho interiores, nomeadamente à ocorrência de variações de temperatura, humidade, calor radiante e velocidade do ar, verificadas em empresas clientes. Assim, a higiene do trabalho, por se tratar de uma ciência que tem como objetivo principal a relação entre o homem e o meio ambiente de trabalho, necessita para o bom desenvolvimento e a prática de ações multidisciplinares de educação dos trabalhadores, no sentido de prevenir riscos ambientais, obtendo-se melhor organização do trabalho. 1. Objetivo: Avaliação da sensação térmica de conforto e do grau de desconforto de pessoas expostas a ambientes temperados e a ambientes quentes e especificação das condições aceitáveis de conforto térmico. http://www.previa.pt/content/index.php/servicos/seguranca-e-higiene-no-trabalho/ http://pt.slideshare.net/lucyhelena/modulo-3-ppra Os objetivos de um programa de higiene do trabalho consistem em reconhecer, avaliar e controlar os riscos ambientais presentes nos locais de trabalho. a) Reconhecimento – Esta etapa baseia-se no reconhecimento dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores, o que implica o conhecimento profundo dos produtos envolvidos no processo, métodos de trabalho, fluxo de processo, layout das instalações, número de trabalhadores expostos, etc. esta etapa compreende também o planejamento da abordagem do ambiente a ser estudado, seleção dos métodos de coleta, bem como dos equipamentos de avaliação. b) Avaliação – Trata-se da fase em que se realiza a avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos postos de trabalho a serem avaliados. Exige-se conhecimento de avaliação, que consistem basicamente na calibração dos equipamentos, tempo de coleta, tipo de análise química a ser feita. Esta etapa abrange dois ramos de higiene do trabalho, quais sejam: Higiene de campo: é a encarregada de realizar o estudo da situação higiênica no ambiente de trabalho (análise de postos de trabalho, detecção de contaminantes e tempo de estudar e recomendar medidas de controle para reduzir a intensidade dos agentes a níveis aceitáveis). Higiene analítica: realiza as análises químicas das amostras coletadas, cálculo e interpretações de dados levantados no campo. Assim, por exemplo, uma amostra de poeira coletada deverá ser analisada no laboratório por difratometria de raios x para determinação de sílica livre cristalizada. c) Controle – De acordo com os dados obtidos nas fases anteriores, esta se atém a propor e adotar medidas que visam a eliminação ou minimização do risco presente no ambiente. O controle funda-se na adoção de medidas relativas ao ambiente e ao homem: Medidas relativas ao ambiente: são medidas aplicadas na fonte ou trajetória, tais como substituição do produto tóxico, isolamento das partes poluentes, ventilação local exaustora, ventilação geral diluidora, limpeza dos locais de trabalho, etc. Medidas relativas ao homem: compreendem, dentre outras, a limitação do tempo de exposição, equipamentos de proteção individual, educação e treinamento, exames médicos (pré-admissional, periódico e demissional) O médico do trabalho é um parceiro importante do Engenheiro e do Técnico de Segurança do Trabalho. Então vejamos: Quando trabalham em comum acordo, o médico é indispensável no exame pré admissional do candidato, escolhendo o biótipo certo para a função determinada. Exemplificando: para uma função em que seja exigido vigor físico (calceteiro, forneiro), só o médico poderá selecionar o homem adequado; uma pessoa alérgica não será escolhida para exercer função em setor em que há poeiras ou gases, mesmo quando estes agentes agressivos estão abaixo dos limites de tolerância. Da mesma forma, através de exames médicos periódicos o médico poderá informar ao engenheiro certos fatores de risco, possibilitando a este encontrar soluções tecnológicas. Se um trabalhador, por exemplo, acusar início de surdes profissional, o médico comunicará ao engenheiro, que providenciará a eliminação, se possível, ou a neutralização, em último caso, do ruído, salvando,assim, a audição do trabalhador. Saúde ocupacional são a ciência que engloba de forma única higiene, segurança e medicina do trabalho com monitoramento dos trabalhadores em sua ocupação, estabelecendo os métodos, a organização do ambiente de trabalho e a elaboração de programas que promovam a saúde dos trabalhadores, é a ciência cujos objetivos são reconhecer, avaliar e controlar os riscos provenientes do trabalho. Esses riscos são fatores decorrentes do ambiente ou dos processos produtivos utilizados que podem provocar acidentes afetar a saúde, o conforto ou a eficiência do trabalhador. Esses riscos classificam-se como processos produtivos, sendo eles operacionais ou ambientais. Os riscos produtivos de operação se referem às condições do ambiente relativas ao processo operacional, como máquinas desprotegidas, pisos escorregadios, etc. Com riscos produtivos de ambiente se referem aos provenientes de ação agressiva dos produtos e do ambiente, como presença de gases, ruído, calor, etc. Os riscos ambientais são agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição. Riscos Ocupacionais Físicos; Químicos; Biológicos; Ergonômicos; De acidentes. http://slideplayer.com.br/slide/355492/ Agentes físicos: são as diversas formas de energia a que possam estar expostas os trabalhadores, tais como rido, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas (calor e frio), radiações ionizantes (alfa, beta, gama e raios- X), radiações não ionizantes (infravermelho, ultravioleta, radiações laser e micro- ondas), bem como os infrassons e ultrassons. http://slideplayer.com.br/slide/355492/ Agentes químicos: são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo por via respiratória, cutânea ou digestiva, nas formas aerodispersóides sólidos e líquidos, que são poeiras, fumos, nevoas e neblina, ou através de gases e vapores. http://slideplayer.com.br/slide/355492/ Agentes biológicos: são os agentes que se apresentam na forma de micro- organismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus, entre outros organismos, que podem penetrar no corpo humano através da pele, mucosas, por ingestão ou por via respiratória; agentes estes que os servidores estão de forma habitual ou permanente em contato. http://slideplayer.com.br/slide/355492/Ergonômicos Agentes ergonômico: Agentes ergonômicos são os que fazem a relação direta homem x postos de trabalho e que possam interferir negativamente nos trabalhadores tais como: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico. Esforço físico intenso; Posturas inadequadas; Imposição de ritmos excessivos; Jornadas de trabalho prolongadas; Monotonia e repetitividade. Agentes de acidente: Situações da estrutura física que influenciam na ocorrência de acidentes como: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos, outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. Acidentes Arranjo físico inadequado; Máquinas e equipamento sem proteção; Ferramentas inadequadas ou defeituosas; Iluminação inadequada. Na determinação dos riscos, sempre devemos considerar o tempo de exposição, concentração ou intensidade dos agentes, características dos agentes e estudo do ambiente de trabalho através de levantamentos qualitativos, quantitativos, tempo real de exposição e susceptibilidades individuais. https://www.youtube.com/watch?v=o29XLUoeHsk Auditorias de Higiene do Trabalho Acompanhamento Técnico Avaliações Qualitativas e Quantitativas dos Riscos Ambientais É preciso mudar os hábitos e a qualidade de trabalho para que a higiene no trabalho se torne satisfatória. Nessas mudanças se faz necessário resgatar o valor humano. Até meados século 19 a produtividade era valorizada em detrimento da saúde e até mesmo da vida do trabalhador. Isso vem mudando ao longo dos anos… EUA • 1877 Lei que obrigava aos empregadores a instalar dispositivos de segurança em máquinas; • 1892 – Primeira empresa a organizar um Departamento de Segurança; • 1913 – Criação do National Safety Concil. No Brasil • 1943 Lei Nº 6.514 de 12/77; •Normas Regulamentadoras aprovadas pela portaria Nº 3.214 de 06/78; •Normas Regulamentadoras Rurais aprovadas pela portaria Nº 3.067 de 04/88. A partir da década de 50/60 surgem as primeiras tentativas sérias na área da Higiene do Trabalho, bem como o surgimento legislações na área de segurança do trabalho. Aos poucos o homem foi descobrindo que para atuar sobre as fontes de risco seria necessário quantificar o risco, e com isso a Higiene do Trabalho veio tomando forma e se tornando indispensáveis nas práticas de Segurança do Trabalho. HIGIENE OCUPACIONAL OU SEGURANÇA DO TRABALHO? – A segurança do trabalho lida com a prevenção e controle dos riscos de operação. – A higiene do trabalho lida com os riscos do ambiente na parte de avaliação do risco. Principalmente os que podem originar doenças ocupacionais. EXPOSIÇÃO A PERIGO OU A RISCO? Perigo: 1 – Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes. 2 – Perigo exposição ao risco. http://laerciojsilva.blogspot.com.br/2015/02/estatistica-de-acidentes-do-trabalho.html Risco: 1 – Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso. 2 – Situação com possibilidade de causar danos. Resumindo: – Perigo é a fonte geradora e o risco é a exposição a esta fonte. ÁREAS DE ATUAÇÃO DE HIGIENE OCUPACIONAL A Higiene Ocupacional envolve: – Contaminantes (poluentes) do ambiente de trabalho. Objetivo: prevenir as doenças profissionais – Engenharia: atua diretamente na quantificação dos riscos do trabalho. Bem como, busca soluções para neutralizar os respectivos riscos da atividade. –Medicina: pode atuar na quantificação, bem como no tratamento de doença e quantificações e relatórios dos agravos à saúde do trabalhador. – Epidemiologia: é a ciência que estuda de forma quantitativa a distribuição dos fenômenos de saúde e doença, bem como a eficácia dos tratamentos no âmbito da saúde pública, além de estudar seus fatores causadores e determinantes. – Toxicologia: é a ciência que estuda os efeitos dos nocivos das substâncias químicas sobre o organismo. – Química: estuda as propriedades da matéria e ainda a forma como elas se comportam mediante o manuseio no ambiente de trabalho. – Bioestatística: é a aplicação de ações estatísticas no campo biológico e médico. Essa ciência teve origem na contagem de fenômenos vitais como mortes, nascimentos, doentes, etc. Esse tipo de estatística sempre é feito de forma quantitativa. UM POUCO MAIS SOBRE HIGIENE OCUPACIONAL O objetivo final da Higiene do Trabalho é queapós o levantamento quantitativo dos riscos ambientais possamos proceder à eliminação dos mesmos, nos locais de trabalho. Ou seja que possamos eliminar tudo o que pode afetar a saúde. Ter saúde é ter equilíbrio e bem estar físico, mental e social. Saúde física: Funcionamento adequado das diferentes partes do corpo, órgãos, tecidos, células. Saúde mental: Equilíbrio intelectual e emocional. Saúde social: Bem estar na relação com os outros. TIPOS DE AGENTES http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-higiene-ocupacional/ ÁREAS DE ATUAÇÃO DA HIGIENE OCUPACIONAL – Engenharia: A Engenharia esta presente em todas as etapas de um programa de higiene do trabalho, ela trabalha desde as etapas de levantamento dos riscos ambientais até as propostas de melhorias. Esta ciência também e essencial no reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais. Um exemplo de atuação da engenharia é o uso de projetos. Bem sabemos que até mesmo para fixar um extintor na parede de uma empresa é necessário que exista um projeto de prevenção e combate a incêndio. Funciona assim, o engenheiro elabora um projeto de prevenção e combate a incêndio e submete esse projeto a aprovação do Corpo de Bombeiros. Se for aprovado é só segui-lo, se não for, deverá ser reavaliado. O projeto em questão mostra a localização exata de onde cada extintor deverá ser fixado, bem como, o local onde deverão ser fixadas as sinalizações de saída de emergência, etc. – Saneamento e Meio Ambiente: A higiene do trabalho cuida não somente controle de riscos ocupacionais, mas, do meio ambiente em geral tal como relaciona a NR 9 no item 9.1.1.Logo, o impacto negativo da industrialização no meio ambiente deve ser apreciavelmente reduzido. – Psicologia e Sociologia: Tanto a psicologia quanto a sociologia tratam buscar conhecer os conflitos e problemas que podem afetar a harmonia das relações entre o processo produtivo, o ambiente de trabalho e o homem. A higiene do trabalho, através de suas etapas, fornece dados essenciais para melhor interpretação do universo do trabalho. Esta relação é bastante íntima, pois só a psicologia terá condições de usando suas técnicas, selecionar o homem, sob o ponto de vista psicológico para uma determinada função. Determinadas tarefas, como controle de qualidade, atividades de laboratório, exigem um perfil psicológico diverso de um homem de manutenção, Também, pelo Treinamento, pode-se evitar uma série de acidentes, como já falamos anteriormente, e a pessoa, por excelência indicada, para programar e executar o treinamento é o psicólogo. – Interligação com outras áreas: Além destas relações, um contato estreito do SESMT com o setor de suprimentos, produção, manutenção, é essencial para um bom desempenho desta nobre tarefa, que é preservar o bem estar do nosso semelhante. Devemos ter em mente que a assistente social, é peça importante nesta máquina humana de evitar acidentes, pois muitos deles podem ocorrer por desajustes pessoais. RESPONSABILIDADE Do Empregador Cumprir as normas de segurança e saúde Pagamento da previdência, das prestações de acidente de trabalho NÃO EXCLUI a responsabilidade civil do empregador (art. 121), porém fica excluída quando: O empregado desobedece às ordens O empregado provocou o acidente Do Empregado Cumprir as normas de segurança e saúde Obedecer às ordens do empregador http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-higiene-ocupacional-ii/ Na busca por atingir seus objetivos as técnicas de Higiene Ocupacional usam de técnicas através de vários procedimentos e ações. ESTUDO O estudo dos contaminantes e dos efeitos sobre o homem tem o objetivo de determinar: – Relação dose / resposta – Valores limite de exposição – Qual a exposição sem efeito negativo: Qual exposição que não trará malefícios ao corpo humano? – Estudos de dados experimentais – determinação de valores de referência. Com base nos estudos e principalmente através da determinação de valores de referência fica mais fácil, prático e seguro agir diretamente no problema. ENTENDENDO AS ANÁLISES Tem por base a experiência industrial e a experimentação humana e animal buscando antecipar, identificar e avaliar as condições e as práticas de trabalho de risco e assim: – Desenvolver metodologias, procedimentos e programas de controle; – Implantar, administrar e informar sobre riscos e programas de controle adotados pela empresa; – Medir, auditar e avaliar a eficácia das medidas tomadas nos programas de controle; – Rever, compilar, analisar os dados de acidentes. – Identificar causas, tendências e relações entre os acidentes ocorridos. – Assegurar uma informação completa, rigorosa e válida no que diz respeito aos indicadores do problema. – Avaliar a eficácia dos métodos de recolha de dados. – Investigar as causas dos acidentes. CONDUÇÃO DOS TRABALHOS Aconselhar o cumprimento de normas, legislação, diretivas, procedimentos desenvolvidos por normas e na falta delas por vivência na área de segurança ou mesmo na legislação internacional; – Conduzir estudos sobre riscos potenciais: – Determinar consulta de especialistas (se necessário for). Médicos, higienistas, bombeiros, engenheiros de projeto e outros. – Verificar se as capacidades humanas não estão sendo excedidas no desenvolvimento de trabalho. Perguntas como: 1 – A jornada de trabalho é aceitável do ponto de vista de resistência do corpo humano e legislação? 2 – A carga manual que o trabalhador transporta está com seu biótipo corporal? Dinamizar a formação de equipes de segurança: – SESMT; – CIPA; – Bombeiros C – Brigadistas – Socorristas e outros. OLHO NO AMBIENTE DE TRABALHO Envolvimento no estudo, design, desenvolvimento e implantação de programas de segurança. Envolvimento no estudo, planejamento, design, desenvolvimento, fabrico, controle e distribuição de produtos e serviços de modo a maximizar a segurança na fabricação e transporte de produtos. O futuro ambiente de trabalho precisa ser pensado ergonomicamente desde a etapa da construção. Algumas empresas não tem o mínimo de estrutura para comportar uma ventilação adequada. Se a ventilação e outros itens relacionados ao conforto e segurança do trabalho não forem pensados desde o nascimento do projeto, a empresa terá muitos problemas para adequar posteriormente. OLHO NO PROCESSO Manter-se atualizado sobre desenvolvimentos técnicos, legislação, normas, produtos, procedimentos e práticas de controle de riscos. RELATÓRIOS E AÇÕES – Preparar relatórios sobre recomendações de controle com base na analise e interpretação dos dados de acidentes, exposição, análises, etc. – Usar materiais escritos e gráficos, apresentações e outros meios para alertar todos quantos estão envolvidos nos processos de criação, desenvolvimento ou fabricação. – Organizar materiais e cursos de formação, incluindo a divulgação de políticas, procedimentos e programas de controle de riscos. As NRs citam em vários trechos que o empregado precisa ter conhecimento dos riscos o que o cercam no ambiente de trabalho. É dever da empresa fornecer tal informação, isso pode ser feito através do SESMT, CIPA, Brigadistas e mesmo de profissionais autônomos. – Implantar controle de riscos e os programas de controle, dentro de cada competência. Objetivando envolver toda empresa nos processos de segurança. – Avaliação sistemática de controle de riscos e eficácia de programas de controle. – Desenvolvimentode métodos para avaliar custos e eficácia do controle de riscos. Segurança do Trabalho tem custo sim, por isso, além de pensar na segurança precisamos buscar soluções eficazes, tecnicamente viáveis e financeiramente viáveis. Isso é, precisamos pensar no negócio como um todo. – Conhecer a constituição dos sistemas, organização, processos e operações. O primeiro passo para agir é conhecer detalhadamente o processo produtivo como um todo. – Fornecer à gestão da empresa dados da avaliação incluindo as sugestões de mudança. As sugestões de melhorias precisam ser detalhadas de tal ponto que o empregador ou o responsável entenda o que estamos propondo. É preciso o porquê da necessidade de alteração. O que a empresa perde não investindo na melhoria. A sugestão de melhoria tem que ser a mais completa possível. Se possível for, deve ser acompanhada de três propostas de melhoria e com orçamentos de valor de médio de cada uma delas. – Dirigir o desenvolvimento de sistemas de auditoria e custos relacionados com a eficácia de todo o sistema dentro da organização. QUAL A PRIORIDADE DAS MEDIDAS? – Primeira linha de ação: Medidas de proteção coletivas – Medidas de engenharia: Um exemplo, intervenções estruturais. – Substituição / modificação de processos: Trocar o produto agressivo por outro que cumpra o mesmo papel na produção e que seja menos agressivo. – Confinamento de operações ou operadores: Ao confinar o risco a empresa garante que apenas o operador do equipamento ou ambiente esteja exposto ao risco. Poupando assim os demais que poderiam ser afetados por ele. – Ventilação: Pode ser natural, artificial ou mista. Qual a recomendada? A que resolva o problema, se possível, a natural. – Medidas de gestão: Confinar o trabalho de risco, trocar o produto por um menos agressivo, alterar o layout da empresa a fim de garantia um ambiente ergonomicamente correto. Todas essas medidas de gestão. – Controle da rotina de trabalho: Controlar o tempo e o volume da produção. De modo que um possível excesso de trabalho não cause acidentes ou doenças do trabalho. – Rotação de funções / tempo por tarefa: Um exemplo é o manuseio de equipamentos que geram vibração. A rotatividade nesse trabalho pode ser fundamental para garantir que a saúde do empregado não seja afetada. – Medidas de proteção pessoal: Última linha de ação. Luvas, óculos, capacete, botas, botas, respiradores, EPI em geral. Os EPIs precisam ser indicados de acordo com o risco da atividade, precisam ser o mais confortável possível, verificados e substituídos com regularidade. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO http://pt.slideshare.net/lucyhelena/modulo-3-ppra a) Eliminar o risco da substância perigosa, (ou processo) ou substituí-la (o) por outra (o) menos perigosa (o). Exemplo: Substituição do benzeno pelo tolueno e xileno, que também são hidrocarbonetos aromáticos mais menos tóxicos. Sobre esse agente químico há um anexo específico (13-A) na NR-15. b) Distâncias – observar uma distância segura entre o trabalhador e a substância perigosa. c) Ventilação – providenciar uma ventilação adequada para remover ou reduzir a concentração da substância no ambiente de trabalho. d) Proteção – providenciar proteção pessoal, evitar o contato da substância perigosa com o trabalhador. e) Informação – o trabalhador deve ser informado sobre o risco existente. Fichas Químicas de Segurança Todos os materiais utilizados, intermediários, produtos finais e resíduos devem ter Fichas de Segurança na Empresa, para fornecimento de informações básicas sobre os mesmos. Devem indicar o Equipamento de proteção Individual necessário para manuseio dos mesmos, bem como procedimentos de emergência: a) Nome do produto químico (incluindo o nome comum ou comercial); b) Informações sobrem ingrediente; c) Nome, endereço e telefone do fabricante; d) Identificação do(s) risco(s) existente(s); e) Medidas de primeiros socorros; f) Medidas a serem adotadas em liberações acidentais; g) Manuseio e armazenamento; h) Controle de exposição; i) Propriedades físicas e químicas; j) Estabilidade e reatividade; k) Outras informações toxicológicas; Substâncias não compatíveis não devem ser armazenadas juntas; Armazenamentos de químicos próximos a processos incompatíveis devem ser evitados; Deve existir ventilação adequada para permitir que os vapores liberados sejam suficientemente diluídos e liberados; Se houver risco de fogo, medidas adicionais devem ser instituídas. Sobre a exposição Vários países têm procurado estabelecer “Limites de Tolerância” e para cerca de 40.000 substâncias químicas existem limites das concentrações destas substâncias químicas nos locais de trabalho em que se supõe que um número razoável de trabalhadores possa estar exposto sem sofrer efeitos adversos à saúde: são os “Limites de Tolerância”. Existem, também, substâncias absorvidas pela pele, mostrando que a proteção da via respiratória apenas pode não ser suficiente para protegermos o trabalhador exposto: a legislação brasileira indica 43 substâncias, enquanto normas internacionais indicam 105. Nas listagens de agentes químicos são indicadas as substâncias asfixiantes, o que determina um severo controle nos ambientes de trabalho, pois a concentração de oxigênio, nestes casos, não pode ser inferior a 18% em volume. Os limites de Exposição referem-se aos agentes químicos dispersos na atmosfera e, portanto, não consideram as formas sólidas ou líquidas dos agentes químicos. Os limites citados supõem uma proteção aos trabalhadores. Monitorização Biológica da Exposição Humana a Agentes Químicos Para uma dada substância existe uma concentração tal que não irá provocar efeitos danosos, ainda que a exposição seja prolongada. Entretanto, esta afirmação não é válida para as substâncias carcinogênicas, em que as condições de exposição devem ser as mais próximas possível do zero. Também para as radioativas. A monitorização Biológica é a medida e avaliação de agentes químicos e/ou de seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, ar exalados ou alguma combinação destes, para estimar a exposição ou o risco à saúde, quando comparados a uma referência apropriada. As “referências apropriadas” são os Limites de Tolerância Biológicos – LTB. A substância, elemento químico ou atividade enzimática cuja concentração (ou atividade) possui relação com a exposição ambiental recebe o nome de “INDICADOR BIOLÓGICO”. O objetivo principal da monitorização biológica é o mesmo da ambiental, ou seja, previne a exposição excessiva aos agentes químicos que podem ser nocivos aos trabalhadores expostos. Visa estimar a quantidade biodisponível do agente químico (dose interna) para assegurar que a exposição não atinja níveis críticos. Exemplos: Determinação de chumbo no sangue; Determinação de Pentaclorofenol na urina; Determinação do Benzeno no ar exalado. A determinação de algumas alterações orgânicas provocadas pela exposição aos agentes químicos também pode ser usada na prevenção de doenças ocupacionais, desde que revelem o efeito precoce. Efeito Precoce Um efeito é precoce ou alteração é não nociva quando: Ao serem produzidos e numa exposição prolongada não resultem em transtorno (s) da capacidade funcional, nem da capacidade do organismo para compensar a sobrecarga; São efeitos ou alteração reversíveis e não diminuem a capacidade do organismo em manter a homeostasia; Não aumentam a suscetibilidade do organismo aos efeitos indesejáveis de outros fatores de riscos ambientais; Sabendo-se que a relação que existe entre a exposição e a dose interna, podem ser propostos valores máximos permissíveis para o indicador biológico; Estes limites não devem ser considerados números que separam concentrações seguras de perigosas, mas níveis de advertência, propostas com base nos conhecimentos atuais da relação exposição/resposta. Tipos de Indicadores Biológicos http://pt.slideshare.net/lucyhelena/modulo-3-ppra Tipo I – tem importância individualmente e, quando um trabalhador ultrapassa o limite da tolerância biológica, indica que providências devem ser tomadas e o trabalhador afastado. A ultrapassagem dos limites de tolerância biológica tem valor no diagnóstico de intoxicação. Exemplos: Indicador: Carboxihemoglobina – Agente químico: Monóxido de Carbono Tipo II – são os que tem pouco ou nenhum valor isoladamente. Indicam apenas que está ocorrendo uma exposição descontrolada. Exemplos: Mercúrio urinário = Mercúrio Metálico e Inorgânico Ácido Hipúrico Urinário = Tolueno Utilização dos indicadores a) Grupo homogêneo quanto ao risco – realizar avaliação do conjunto de trabalhadores expostos, que, necessariamente, deve ser homogêneo quanto à exposição ao agente químico: deve haver um grau semelhante de exposição. b) Amostras – as amostras devem ser realizadas em condições idênticas. c) Análise dos resultados: Calcular a média aritmética dos resultados obtidos. Se estiver abaixo do LTB para o agente e todos os resultados estiverem abaixo deste limite, o ambiente é considerado sob controle (ou adequado): BAIXO RISCO. Se a média estiver abaixo do LTB e até 5% dos resultados estiverem acima do LTB deve ser instituída vigilância ambiental rígida e com alta periodicidade na determinação do indicador biológico: MÉDIO RISCO. Se a média estiver acima do LTB, medidas ambientais urgentes são necessárias, pois o ambiente está fora de controle: ALTO RISCO. Recomendações: a) Os trabalhadores devem ser informados sobre os riscos a que estão expostos; b) Os trabalhadores devem receber treinamento de prevenção, controle, emergências, transporte, armazenamento, resíduos e primeiros socorros no uso dos agentes químicos presentes no local de trabalho; c) Os trabalhadores devem receber os resultados dos exames realizados, tanto das avaliações ambientais, da vigilância da saúde e as monitorizações biológicas; d) Os trabalhadores devem participar na investigação e na solução dos problemas existentes no manuseio dos agentes químicos presentes nos locais de trabalho; e) Em condições de grave e iminente risco, o trabalho deve ser detido; f) As trabalhadoras devem Ter trabalho alternativo que não envolva o uso ou exposição aos agentes químicos se estiverem gestantes ou durante amamentação e devem ter direito a retornar ao trabalho prévio no tempo apropriado; g) No armazenamento de produtos químicos, deve ser observada a quantidade segura, definida em normas internacionais; h) As áreas expostas a acidentes industriais- maiores devem ser identificadas pelas autoridades em saúde pública, meio ambiente e pela população que possa ser atingida pelo acidente; i) Os empregadores devem identificar as instalações expostas a acidentes industriais maiores. Para cada instalação exposta a acidentes industriais maiores o empregador deve estabelecer e conservar um sistema de prevenção de riscos de acidentes com especial atenção para: Identificação e estudo dos perigos e avaliação dos riscos; as disposições técnicas e de organização necessárias para o funcionamento da instalação em condições de segurança, que devem incluir: o desenho, a construção, o funcionamento e a conservação apropriada da instalação; a designação do pessoal competente, fornecimento de instruções e formação adequada de pessoal além da inspeção da instalação. Planos e procedimentos de urgência com inclusão de: preparação de planos e procedimentos e urgência eficazes em casos de acidentes industrias maiores; fornecimento de informações sobre os acidentes possíveis e os planos de intervenção de urgência para as autoridades competentes, para a população que possa ser atingida e para entidades ambientalistas. HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO QUAL A DIFERENÇA? A Higiene e Segurança do Trabalho ou HST em conjunto visam à preservação, a promoção da saúde e do bem-estar dos trabalhadores. A higiene e segurança do trabalho, juntamente com outras áreas de conhecimento, como a ergonomia, saúde ocupacional e a medicina do trabalho tem como objetivo o reconhecimento, a avaliação e consequente o controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. O QUE É HIGIENE DO TRABALHO? A higiene do trabalho, higiene industrial ou higiene ocupacional trata-se de uma ciência do ramo da segurança e medicina do trabalho, que busca o reconhecimento, a avaliação e o controle dos riscos provenientes do ambiente de trabalho que possam ocasionar prejuízo à saúde dos trabalhadores. A higiene do trabalho tem como objetivo a preservação à integridade física e mental dos trabalhadores expostos aos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho. O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO? A segurança do trabalho trata-se do conjunto de procedimentos adotados na prevenção dos acidentes de trabalho através do reconhecimento, da avaliação e do controle dos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho. A segurança do trabalho tem como objetivo estudar as possíveis causas e consequências dos acidentes de trabalho. E dessa forma, implantar metodologias e procedimentos adequados para a preservação da segurança e saúde dos trabalhadores. Diferença entre Higiene e Segurança do Trabalho Então, de forma simples e prática, estabeleceremos abaixo a diferença entre higiene e segurança do trabalho: Segurança do Trabalho – Fundamenta-se na prevenção dos acidentes de trabalho, visando o reconhecimento e o controle dos riscos correlacionados ao ambiente de trabalho, em geral. Integra um conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes de trabalho, tendo como principal campo de ação o reconhecimento e o controlo dos riscos associados ao local de trabalho e ao processo produtivo (materiais, equipamentos e modos operatórios). Higiene do Trabalho – Fundamenta-se na prevenção das doenças profissionais ou ocupacionais (oriundas pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade), visando à ação e o controle dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes no ambiente laboral e/ou durante a execução das atividades. Integra o conjunto de metodologias não médicas necessárias à prevenção de doenças profissionais, tendo como principal campo de ação o controlo dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes dos materiais do trabalho. Esta abordagem assenta fundamentalmente em técnica e medidas que incidem sobre o ambiente de trabalho. Revisão... As avaliações do ambiente são ferramentas indispensáveis em uma boa gestão de segurança do trabalho. Todo o trabalho de correção ou neutralização de risco quando elaborado diretamente com o foco no risco do ambiente tem muito mais chance de sucesso. Para elaboração do PPRA a avaliação ambiental quantitativa é fundamental (avaliação que expressa ou determina quantidade). É até obrigatória! Se em um ambiente existe determinado risco capaz de ser mensurado, ele obrigatoriamente precisa ser. Conforme descrito no item 9.3.4 da NR-09: No geral, os acidentes são o resultado de uma combinação de fatores,entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais. Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Quanto aos acidentes do trabalho, pode-se dizer que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos. Enquanto doenças profissionais são aquelas adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si, as doenças do trabalho são decorrentes das condições especiais em que o trabalho é realizado. Mas ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o trabalho. http://www.partners-consultoria.com/#!segurana-do-trabalho/c1kco Um funcionário pode ficar gripado pelo contágio com colegas de trabalho. Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção. Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação acidental, no exercício de sua atividade, tem-se aí um caso equiparado a um acidente de trabalho. Por exemplo, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem proteção auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído gerado pelo trabalho, executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza uma doença de trabalho. Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É o que ocorre, por exemplo, quando o acidente é consequência de um pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida. Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas atividades por vários dias seguidos, meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao trabalho imediatamente ou até no dia seguinte, temos o chamado acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade temporária (perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais), ou na incapacidade parcial e permanente (é a diminuição, por toda vida, da capacidade física total para o trabalho). Um exemplo desse último caso é a perda de um dedo ou de uma vista. Ainda tem a incapacidade total e permanente para o trabalho (invalidez incurável para o trabalho). Por exemplo, um trabalhador que perde as duas vistas em um acidente do trabalho. Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador. Quanto à higiene e segurança, em geral, nas atividades produtivas há um conjunto de riscos e condições de trabalho desfavoráveis, como resultado específico de alguns processos ou operações. Mas, na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de fatores relacionados com negligência ou desatenção às regras elementares, possibilitando a ocorrência de acidentes ou problemas. Deve-se procurar eliminar as ações e as condições perigosas, após serem identificadas, cujos resultados de sucessão são os fatores acidente e lesão, e que só podem ser evitados se forem eliminados os anteriores – os antecedentes, asaçõese condições perigosas. Quando se entra em uma fábrica para executar um trabalho e traz consigo problemas pessoais, que irão influenciar direta ou indiretamente no serviço, a empresa não tem condições de controlar diretamente este fator - antecedentes. Deve-se conscientizar das consequências perigosas que esses problemas pessoais podem acarretar, enquanto estiver executando seus serviços e que, para tanto, deve-se concentrar única e exclusivamente em realizá-los da forma mais segura. O desenvolvimento científico e a expansão das empresas têm originado múltiplos postos de trabalho e ampliado as áreas profissionais. Mas, também contribuíram para um aumento de poluição e do risco de doenças profissionais. A Higiene e a Saúde no trabalho são questões cada vez mais abordadas no mundo empresarial. Os postos de trabalho têm de estar isentos de riscos para a saúde e vida dos trabalhadores. As empresas devem ter especial cuidado com estas questões, pois trata-se da vida dos seus trabalhadores. Saúde e Higiene afetam diretamente na vida de qualquer pessoa. Os riscos para a Saúde e a Higiene no trabalho podem ocorrer de várias fontes. O ruído, as substâncias tóxicas e possíveis doenças que algum colega possa ter são alguns dos exemplos de riscos. Para além disso, o local de trabalho deve estar sempre limpo e arejado e os trabalhadores devem conservá-lo e preservá-lo. Por outro lado, cada empresa pode originar riscos diferentes para a saúde dos trabalhadores, dependendo do que produz. Por exemplo nas fábricas de tintas, os trabalhadores devem proteger os olhos, o nariz e a boca. Por isso, a ação de prevenção e manutenção deve ser tida como um auxílio para a saúde e a higiene no trabalho das empresas. Logo, um forte contributo para a melhoria da produtividade dos trabalhadores. As ações e condições perigosas, que são originárias de falhas comportamentais, podem ser identificadas e controladas, diretamente. O maior problema das ações perigosas é que se não forem bem observadas e corrigidas convenientemente, poderão se tornar difíceis de serem eliminadas. Como primeira atitude, deve-se fazer uma reflexão sobre os maus hábitos no trabalho, é a maneira mais simples de corrigi-los. Alguns cuidados a ter: Exame médico ao trabalhador no momento da admissão; Exames periódicos; Exames ocasionais; Ter em conta os possíveis riscos que possam surgir na empresa e proteger os seus trabalhadores; Importa salientar que são os trabalhadores que ajudam na construção de uma empresa. Mas, mais das máquinas de produção os trabalhadores são pessoas e, como tal, deve ser-lhes garantido as condições mínimas de proteção de saúde e higiene no local de trabalho. A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para: 1. Comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento; 2. Dimensionar a exposição dos trabalhadores 3. Subsidiar o equacionamento das medidas de controle. BIBLIOGRAFIA Couto, Araujo Hudson. Ergonomia Aplicada ao Trabalho. Belo Horizonte: Ergo Editora, Volumes 1 e 2, 1995. Croney, John Antropometria para Diseñadores. Barcelona: Gustavo Gili, 1978. 173p. Dilermando Brito Filho. Toxicologia Humana e Geral, 2.a edição. Rio de Janeiro, 1988, Edições Atheneu. Fontoura, Ivens. Ergonomia: Apoio para a Engenharia de Segurança, Medicina e Enfermagem do Trabalho. Curitiba: UFPR/Dep. Transporte, 1993. 36p. Apostila. Grandjean, Etienne. Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda. 4 ed.,1998. 338p. Iida, Itiro. Ergonomia. Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 1993. 465p. José Carlos Marques – Centro de Química da Madeira – Departamento de Química – Universidade da Madeira Segurança e medicina do trabalho - Editora Atlas S/A- 61ª edição – 2007 http://www.areaseg.com/im/ http://pgcsiamspe.org/aula1_bio_060308.pdf