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Edulcorantes 1 INTRODUÇÃO Definição: Substâncias naturais ou artificiais que conferem sabor doce aos alimentos; Mais comuns: aspartame, sacarina e ciclamato - utilizados em adoçantes artificiais ou em produtos alimentícios light ou diet. Características desejáveis: solubilidade em água, ser mais doce que a sacarose, resistir ao aquecimento, sem calorias e sem efeito residual. INTRODUÇÃO Tipos: Edulcorantes naturais: glicose, frutose, sacarose, lactose, lactitol, açúcar invertido. Edulcorantes sintéticos: acessulfame-k, sucralose, sacarina, aspartame, ciclamato, D-triptofano, dulcina, entre outros. INTRODUÇÃO Edulcorantes Naturais e modismos: Extraído das folhas da Stevia rebaudiana – esteviosídeo; Potencial cancerígeno? Derivado da xilose, monossacarídeo encontrado em fibras de plantas, frutas e legumes. Substituto do açúcar? Sabor mais próximo ao açúcar; Obtido da cana de açúcar ou beterraba (sintético). INTRODUÇÃO ?? LEGISLAÇÃO “Os edulcorantes somente devem ser utilizados nos alimentos em que se faz necessária a substituição parcial ou total do açúcar, a fim de atender o Regulamento Técnico que dispõe sobre as categorias de alimentos e bebidas a seguir: para controle de peso; para dietas com ingestão controlada de açúcares; para dietas com restrição de açúcares; com informação nutricional complementar, referente aos atributos “não contém açúcares”, “sem adição de açúcares”, “baixo em açúcares” ou “reduzido em açúcares” ou, ainda, referente aos atributos “baixo em valor energético” ou “reduzido em valor energético”, quando é feita a substituição parcial ou total do açúcar.” ANVISA; Resolução RDC nº 18, de 24 de março de 2008: Dispõe sobre o "Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, com seus respectivos limites máximos". LEGISLAÇÃO Aditivo Quantidade máxima g/100g ou g/100mL Sorbitol, xarope desorbitol,D-sorbita Quantumsatis Manitol Quantum satis Acesulfamede potássio (Acesulfame-K) 0,035 – 0,026 Aspartame 0,075 – 0,056 Ácidociclâmico(ciclamato)e seus sais de cálcio, potássio e sódio 0,04 – 0,03 Sacarina e seus sais de cálcio, potássio e sódio 0,015 – 0,01 Sucralose 0,04-0,02 Lactitol Quantumsatis Xilitol Quantumsatis Tabela 1: Informações retiradas da ANVISA para quantidades de edulcorantes. LEGISLAÇÃO Exceções: Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos de 0,5 g/100g e de 0,25 g/100g, respectivamente. Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos de 1,0 g/100g e de 0,6 g/100g, respectivamente. Exceto para bebidas não alcoólicas gaseificadas s não gaseificadas, com limite máximo de 0,075 g/100mL. Exceto para bebidas não alcoólicas gaseificadas e não gaseificadas, com limite máximo de 0,056 g/100mL. Exceto para gomas de mascar com limite máximo de 0,12 g/100g. Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, com limites máximos de 0,3 g/100g e de 0,24 g/100g, respectivamente. Exceto para gomas de mascar, com limite máximo de 0,24 g/100g. Exceto para gomas de mascar e micro pastilhas de sabor intenso, ambos com limite máximo de 0,1 g/100g. LEGISLAÇÃO ANVISA: “Todos os alimentos e as bebidas contendo aspartame deverão obedecer aos requisitos de rotulagem referentes à presença do aminoácido fenilalanina, como informação necessária ao grupo populacional de fenilcetonúricos.” Fonte da imagem: Inmetro. METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DE EDULCORANTES Cromatografia gasosa; Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC); Cromatografia Líquida de Ultra Performance (UPLC): Usado para análise de produtos light, diet e zero; Identifica: acessulfame-K, sacarina sódica, ciclamato de sódio, aspartame e neotame. Processo em que moléculas presentes em misturas complexas podem ser separadas com base nas suas solubilidades em diferentes solventes e em suas mobilidades em diferentes substratos. Quantidade prejudicial para o organismo humano 1. Facilmente se pode ultrapassar a ingestão diária dos edulcorantes; 2. Produtos com altas doses de ciclamato: Sprite zero, Dolly Guaraná Diet e Fresh Manga Light. 3. Uma mulher de 55 quilos, excede a Ingestão Diária Aceitável (IDA) com: 1 ½ lata de Sprite zero (350 mL); 2 latas de Dolly Guaraná Diet; 600 mL de suco Fresh Manga Light. Quantidade prejudicial para o organismo humano 4. Como saber a dose diária recomendada? Dose diária = Peso (Kg) x IDA Ex: Qual é a dose diária de ciclamato para uma mulher de 55 quilos? Dose diária = 55 Kg x 11 mg Dose diária = 605 mg de ciclamato Quantidade prejudicial para o organismo humano Tabela 1: Bebidas, tipos de edulcorantes, Ingestão Diária Aceitável (IDA) e consumo máximo de unidade/volume por dia Fonte: Idec Quantidade prejudicial para o organismo humano 5. As quantidades de edulcorantes não são informadas em produtos como adoçantes de mesa, chocolates, barras de cereais, gelatinas, geléias; 6. O Idec solicitou às empresas de refrigerantes e adoçantes de mesa alterações nos rótulos dos produtos, considerando a existência comprovada de riscos à saúde pelo consumo de edulcorantes acima das doses da IDA; 7. A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (ABIR), que representa o Sistema Coca-Cola do Brasil, a American Beverage Company (AmBev – Antarctica e Pepsi-Cola) e a Red Bull, concordou com a necessidade de mais informações, mas discorda que o rótulo seja o melhor meio, sugerindo que devam ser veiculadas pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Riscos oferecidos à saúde Os edulcorantes possuem uma classificação dada pela Food and drug administration quanto ao risco de serem consumidos durante a gravidez; Entre os adoçantes sintéticos, não há consenso sobre a toxicidade do Acessulfame K; O aspartame é instável em altas temperaturas; Riscos oferecidos à saúde 3. O uso do aspartame é prejudicial para portadores de fenilcetonúria; 4. Já o aspartato age alterando a concentração de neurotransmissores. Riscos oferecidos à saúde 5. O ciclamato pode resultar em metabólitos tóxicos; 6. A segurança toxicológica da sacarina e da sucralose ainda é questionada em doses que excedam a Ingestão Diária Aceitável (IDA). Degradação térmica da sucralose: uma combinação de métodos analíticos para determinar estabilidade e subprodutos clorados Degradação térmica da sucralose: uma combinação de métodos analíticos para determinar estabilidade e subprodutos clorados Ao ser submetida a altas temperaturas, suspeita-se da formação de subcompostos clorados – que podem ser tóxicos ao organismo humano. O efeito mais comum de exposição aos subprodutos clorados é a cloroacne, uma escamação dolorosa que desfigura a pele, semelhante a acne. Essas substâncias quando dentro do organismo dos seres vivos são transportados pela corrente sanguínea até aos músculos e fígado. Tendem a acumular-se nos tecidos adiposos viscerais onde, estimulando as enzimas hepáticas, causam alterações na função do fígado. Podem ser observados os seguintes efeitos: hiperpigmentação, problemas oculares, elevação do índice de mortalidade por cancro do fígado e vesícula biliar, dores abdominais, tosse crónica, irregularidade menstrual, fadiga, dor de cabeça e nascimentos prematuros com deformações. Combinação de calorimetria diferencial de varredura e análise termogravimétrica acoplada a espectroscopia de infravermelho, microscopia de estágio quente (HSM) e espectrometria de massa de alta resolução (HRMS) em amostras submetidas a banho de água em temperaturas amenas para avaliar um amplo espectro de compostos perigosos formados na degradação da sucralose.; Os resultados corroboram com a suspeita da instabilidade da sucralose a altas temperaturas e indica, também, que, mesmo quando sãoexpostos a temperaturas baixas, há formação de compostos policlorados perigosos; Ou seja, a degradação pode ocorrer abaixo do ponto de fusão (temperaturas comuns ao do café quente, por exemplo). CONTRIBUIÇÕES PARA A VIDA ACADÊMICA Conhecimento de meios alternativos para adoçar alimentos, seus possíveis riscos e/ou consequências; Importância para orientação dos pacientes acerca dos alimentos industrializados (especialmente light e diet). REFERÊNCIAS Adoçantes: risco edulcorado. Revista do Idec. 2006. Disponível em: http://www.idec.org.br/uploads/revistas_materias/pdfs/2006-06-ed100-capa-adocantes.pdf>. Acesso em: 11 set. 2018. ARRUDA, J. G. F. de; MARTINS, A. T.; AZOUBEL, R. Ciclamato de sódio e rim fetal. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 3 (2): 147-150, abr. / jun., 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v3n2/a03v03n2.pdf> . Acesso em: 12 set, 2018. ANVISA. Portaria n º 38, de 13 de de janeiro 1998. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/portarias/38_98.htm>. Acesso em: 11 set. 2018. ANVISA. Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - definições, classificação e emprego. Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 28 de outubro de 1997. Acesso em: 11 set. 2018ANVISA. Resolução RDC nº 18, de 24 de março de 2008. Dispõe sobre o "Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, com seus respectivos limites máximos". Diário Oficial da União, Poder Executivo, 2008. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/391619/Microsoft+Word+Resolu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+18%2C+de+24+de+mar%C3%A7o+de+2008.pdf/4b266cfd-28bc-4d60-a323-328337bfa70e>. Acesso em: 17 ago. 2018. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 18 de 24/03/2008. Dispõe sobre o ''Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, com seus respectivos limites máximos‘’. 2008. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/28150>. Acesso em: 13 set. 2018. DIAS, Cintia Botelho. Desenvolvimento, validação e aplicação de metodologia para a determinação de edulcorantes por UPLC-PDA. 2011. 150 p. Dissertação (mestrado) Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/254272>. Acesso em: 18 ago. 2018. REFERÊNCIAS EDULCORANTES. Manual de química. Disponível em: <https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-dos-alimentos/edulcorantes.htm>. Acesso em: 11 set. 2018. FENILCETONÚRIA: sobre o aspartame. Disponível em: http://biobio-pku.blogspot.com/2008/10/sobre-o-aspartame.html>. Acesso em: 13 set. 2018. INMETRO. Brasil. Adoçantes de mesa e Adoçante dietéticos. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/adocantes.asp>. Acesso em: 11 set. 2018. INMETRO. Brasil. Relatório codificado de adoçantes. Disponível: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/adocantes.pdf>. Acesso em: 11 set. 2018. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Mapa. Quantificação de Edulcorantes (sacarina, ciclamato, aspartame e acessulfame de K) em Bebidas por CLAE. Laboratório Nacional Agropecuário em Goiás. 2013. Disponível em: <file:///C:/Users/eduar/Downloads/IT%20LABV%20265%20Rev01%20-%20%20Quantifica%C3%A7%C3%A3o%20de%20edulcorantes%20em%20bebidas%20por%20CLAE.pdf>. Acesso em: 11 set. 2018. PESSOAS com fenilcetonúria devem estar atentas ao rótulo dos alimentos. NUPAD – Faculdade de Medicina da UFMG. 20015. Disponível em: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/pessoas-com-fenilcetonuria-devem-estar-atentas-ao-rotulo-dos-alimentos/>. Acesso em: 13 set. 2018. TUDO o Que Você Precisa Saber Sobre o Aspartame. Fundação do Conselho Internacional de Informação Sobre Alimentos. 2017. Disponível em: http://portuguese.foodinsight.org/misc/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-aspartame/>. Acesso em: 11 set. 2018. DIAS, Gracyelle. RISCOS ASSOCIADOS AO USO DE EDULCORANTES NÃO NUTRITIVOS. Palmas: 2014