Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Governador 
Cid Ferreira Gomes 
Vice Governador 
Francisco José Pinheiro 
Secretária da Educação 
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho 
Secretário Adjunto 
Maurício Holanda Maia 
Secretário Executivo 
Antônio Idilvan de Lima Alencar 
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc 
Cristiane Carvalho Holanda 
Coordenadora de Desenvolvimento da Escola 
Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs 
Coordenadora da Educação Profissional – 
SEDUC Thereza Maria de Castro Paes Barreto 
 
 
1 INTODUÇÃO E HISTÓRIA DA CONTABILIDADE 
 
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às 
primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação 
e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para 
alcançar os fins propostos. 
 
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A 
organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, 
rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa 
criava sua riqueza individual. 
 
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança 
aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. 
O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido 
herdados. 
 
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios 
de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era 
exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade. 
 
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das 
variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram 
seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na 
Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os 
negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. 
 
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber 
quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais 
informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros. 
 
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse 
conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. 
 
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de 
controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta 
da coisa administrada. 
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas 
e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova 
de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no 
Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios. 
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As 
escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa 
classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e 
diversões. 
 
Por esse motivo surgiu a necessidade de controlar o patrimônio da pessoas físicas e jurídicas. 
1.1 CONCEITO 
 
A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de 
registro relativas à administração econômica. 
 
A Contabilidade é um conjunto de técnicas para controlar o patrimônio das organizações 
mediante a aplicação do seu grupo de princípios, técnicas, normas e procedimentos próprios, 
medindo, interpretando e informando os fatos contábeis aos donos das empresas. 
 
Tem-se por objeto de estudo o Patrimônio das entidades/empresas (pessoa jurídica) ou das 
pessoas (pessoa física). Este patrimônio é administrável e está sempre em constante mudança. 
 
O objetivo da contabilidade é o estudo e o controle do patrimônio e de suas variações visando 
ao fornecimento de informações que sejam úteis para tomada de decisões. 
 
Dentre as informações destacam-se aquelas de natureza econômica e financeira. As de natureza 
econômica compreendem, principalmente, os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucro 
ou prejuízos, e são responsáveis pelas variações no patrimônio líquido. As de natureza 
financeira abrangem principalmente os fluxos de caixa e capital de giro. 
 
1.2 USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta e indiretamente, tenham interesse 
na avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade, como titulares (empresas 
individuais), sócios ou acionistas (empresas societárias), administradores, governo (fisco), 
fornecedores, clientes, investidores que atuam no mercado de capitais, bancos, etc. 
 
1.3 TÉCNICAS CONTÁBEIS 
 
São inúmeras as técnicas utilizadas pela contabilidade. Veja as mais expressivas: 
 
 Escrituração: consiste no registro, em livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Contas 
Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como atos administrativos relevantes que 
ocorrem no dia a dia das empresas; 
 Demonstrações contábeis: são os relatórios (quadros) técnicos que apresentam dados extraídos 
dos registros contábeis da empresa. As demonstrações mais conhecidas são Balanço 
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício; 
 Auditoria: é a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, através 
do exame minucioso dos registros de contabilidade e dos documentos que deram origem a eles; 
 Análise de balanços: compreende o exame e a interpretação dos dados contidos nas 
demonstrações contábeis, a fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos 
usuários da contabilidade; 
 
 
 Consolidação de balanço: corresponde à unificação das demonstrações contábeis da empresa 
controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de 
todo grupo, como se fosse uma única empresa. 
 
1.4 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE 
 
Estudar o campo de aplicação da contabilidade significa saber onde ela é utilizada, ou seja, em 
que os contabilistas trabalham. Assim, o campo de aplicação da contabilidade abrange todas as 
entidades econômico-administrativas. 
 
Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os seguintes elementos: 
pessoas, patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim determinado. 
 
Quanto ao fim a que se destinam, as entidades econômico-administrativas podem ser assim 
classificadas: 
 
a) entidades com fins econômicos – denominadas empresas, visam ao lucro para preservar ou 
aumentar o patrimônio líquido. Exemplo: empresas comerciais, industrias, agrícolas, 
prestadoras de serviços, etc; 
 
b) Entidades com fins econômicos – intituladas instituições, visam ao superavit que reverterá 
em benefício de suas integrantes. Exemplo: associações de classe, clubes sociais, etc; 
 
c) Entidades com fins sociais – também chamadas instituições, têm por obrigação atender às 
necessidades da coletividade a que pertencem. Exemplo: a União, os Estados e os Municípios. 
 
2. PATRIMÔNIO 
 
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma 
entidade. É o objeto de estudo da contabilidade. 
Abrange tudo aquilo que a pessoa tem (bens e direitos) e tudo aquilo que a pessoa deve 
(obrigações).Do ponto de vista contábil, são considerados apenas os bens, direitos e obrigações 
que podem ser avaliados em moeda. 
Os bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo e 
as obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo. 
2.1 BENS 
Bens: São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro, 
sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. São as coisas úteis, 
capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas. Os bens classificam-se em: 
bens materiais e imateriais. 
Bens materiais: são aqueles que possuem corpo, matéria. Por sua vez, dividem-se em: 
 Bens móveis: os que podem ser removidos do seu lugar. Exemplos: mesas, veículos, 
computadores, estoque, etc. 
 
 Bens imóveis: os que não podem ser deslocados de seu lugar. Exemplos: terrenos, edifícios, 
etc. 
Bens imateriais: são aqueles, embora considerados bens, não possuem corpo, não têm matéria. 
São determinados gastos que a empresa faz, os quais, pela sua natureza, devem ser 
considerados parte integrante do Patrimônio e, por esse motivo, são registrados pela 
Contabilidade como bens. Não há muita variedade. Os mais comuns são: 
 Fundo de comércio: suponhamos que sua empresa (comércio de calçados) tenha decidido 
ampliar os negócios, abrindo uma filial. Para isso, comprou, à vista, por R$ 50.000,00, um 
imóvel onde estava instalada uma empresa concorrente. Vamos assumir que o antigo 
proprietário tenha cobrado R$ 30.000,00 pelo valor de mercado do imóvel, que era igual ao 
valor registrado nos livros contábeis da empresa, e R$ 20.000,00 pelo ponto comercial, ou seja, 
pela clientela que já estava formada. Nesse caso, a sua empresa registrará na contabilidade R$ 
30.000,00 como bem material, com o título imóveis, e R$ 20.000,00 como bem imaterial, com 
o título de Fundo de Comércio. 
 
 Marcas e Patentes: são valores gastos com o registro ou com a compra de uma marca (nome 
comercial ou industrial) ou de uma patente de invenção. 
2.2 DIREITOS 
Direitos – é comum as empresas efetuam vendas de mercadorias a prazo. Quando uma empresa 
vende mercadorias a prazo, ela não recebe dinheiro no momento da venda, mas alguns dias 
depois, semanas ou até mesmo meses. Dessa forma, na venda de mercadorias a prazo, essa 
empresa passa a ter direito de receber do cliente o valor da respectiva venda no prazo 
determinado. 
Convém salientar que os direitos podem se organizar não só das vendas de mercadorias a prazo 
como também das vendas a prazo de outros bens ou serviços, ou em decorrência de outras 
transações, como aluguel de bens móveis ou imóveis, empréstimos de dinheiro efetuados a 
terceiros, etc. 
Esses direitos geralmente aparecem registrados nos livros contábeis de empresas, com o nome 
do elemento representativo do respectivo direito, seguido da expressão: a receber. Exemplos: 
ELEMENTOS EXPRESSÃO 
Duplicatas a Receber 
Promissórias a Receber 
Aluguéis a Receber 
 
2.3 OBRIGAÇÕES 
É comum, também, as empresas efetuam compras de mercadorias a prazo. Quando uma 
empresa compra mercadorias a prazo, ela não paga o valor das mercadorias no momento da 
compra, mas alguns dias depois, semanas ou até mesmo meses. Desta forma, na compra de 
 
mercadorias a prazo, essa empresa cria uma obrigação de pagar ao fornecedor o valor da 
respectiva compra no prazo determinado. 
 
Convém salientar que as obrigações podem se organizar não só das compras de mercadorias a 
prazo como também das compras a prazo de outros bens e serviços, ou em decorrência de 
outras transações, como aluguel de bens móveis ou imóveis, empréstimos de dinheiro captados 
de terceiros, etc. 
 
As obrigações geralmente aparecem registradas nos livros contábeis das empresas, com o nome 
do elemento representativo da respectiva obrigação, seguido da expressão: a pagar. Exemplos: 
 
ELEMENTOS EXPRESSÃO 
Duplicatas a Pagar 
Promissórias a Pagar 
Aluguéis a Pagar 
Salários a Pagar 
Impostos a Pagar 
 
2.4 ASPECTO QUALITATIVO E QUANTITATIVO DO PATRIMÔNIO 
 
A contabilidade estuda o patrimônio nos seus aspectos qualitativos e quantitativos. O aspecto 
qualitativo refere-se á expressão dos componentes patrimoniais segundo a natureza de cada 
um. 
 
Bens: 
 Dinheiro 
 Veículo 
 Máquinas 
Direitos: 
 Duplicatas a pagar 
 Promissórias a pagar 
Obrigações: 
 Duplicatas a pagar 
 Impostos a pagar 
 
Trata do detalhamento desses componentes, segundo a sua espécie. O aspecto quantitativo 
refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em termos monetários. 
 
 
Bens: 
 Dinheiro.........5.000 
 Veículo.........50.000 
 Máquinas......10.000 
Direitos: 
 
 Duplicatas a pagar.......3.000 
 Promissórias a pagar....2.000 
Obrigações: 
 Duplicatas a pagar........8.000 
 Impostos a pagar.................500 
 
Finalmente, depois de ressaltar os aspectos qualitativo e quantitativo, ficou mais fácil avaliar o 
tamanho do Patrimônio da empresa, pois agora você conhece o que e quanto a empresa possui 
em Bens, Direitos e Obrigações. 
 
2.5 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO 
 
Podemos representar o patrimônio por um gráfico em forma de T. O lado esquerdo do gráfico 
é chamado de lado positivo, pois os Bens e os Direitos representam a parte positiva do 
Patrimônio da empresa (é o que a empresa tem efetivamente – Bens e o que ela tem a receber 
– Direitos). 
 
O lado direito é chamado de lado negativo, pois as Obrigações representam a parte negativa 
do Patrimônio da empresa (é o que a empresa tem a pagar). 
 
Os elementos positivos são denominados componentes Ativos, e o seu conjunto forma o Ativo. 
Os elementos negativos são denominados componentes Passivos, e o seu conjunto forma 
Passivo. Veja: 
PATRIMÔNIO 
Ativo Passivo 
Bens 
Direitos 
Obrigações 
 
2.6 EQUAÇÃO PATRIMONIAL 
 
O gráfico em T, quando utilizado para representar a situação patrimonial de uma empresa, 
denomina-se Balanço Patrimonial. 
 
Para que o Balanço Patrimonial reflita adequadamente a situação econômica e financeira da 
empresa, o total do lado do Ativo tem de ser igual ao total do lado do Passivo. 
 
 ___Ativo = Passivo 
 (bens + direitos) (obrigações) 
 
Na prática, entretanto, nem sempre a soma de bens e direitos tem o mesmo tamanho das 
obrigações. Assim, a diferença entre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo (obrigações), 
denominada Situação Líquido, será colocada no gráfico sempre no lado Passivo, como se 
fosse um peso no prato da balança, para manter o equilíbrio entre os dois lados. 
 
ATIVO = PASSIVO +/- SITUAÇÃO LÍQUIDA 
 
 
2.7 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
O patrimônio líquido é o mesmo que Situação Líquida. Embora sejam duas expressões 
utilizadas como sinônimos, nos meios contábeis há momento em que o uso de uma é mais 
adequado que o da outra. 
 
A lei nº 6.404/76, em seu artigo 178, estabelece que no Balanço as contas serão classificadas 
segundo os elementos do patrimônio que registrem, em Ativo e Passivo. 
 
No Ativo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
 
 Ativo Circulante; e 
 Ativo Não Circulante, composto por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, 
imobilizado e Intangível. 
 
No Passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
 
 Passivo Circulante; 
 Passivo Não Circulante; e 
 Patrimônio Líquido, dividido em capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, 
Ajustes de Avaliação Patrimonial, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 
 
Assim,quando elabora o Balanço Patrimonial, não pode denominar “Situação Líquida” o grupo 
de contas representa o capital próprio da empresa, pois, segundo a Lei nº 6.404/76, deve receber 
a denominação de Patrimônio Líquido. 
 
2.8 ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 
 
Ao observar um Balanço Patrimonial, você pode visualizar o total de recursos que a empresa 
obteve e que estão à sua disposição. O lado do Passivo mostra onde a empresa conseguiu esses 
recursos; o lado do Ativo, onde ela aplicou os referidos recursos. Veja Melhor: 
 
 
Origem dos recursos 
 
No lado do Passivo, como você já sabe, são representados dois grupos de elementos 
patrimoniais: 
 
 Obrigações: correspondem à parte do Patrimônio que a empresa deve a terceiros. Por isso, são 
também chamadas de Capitais de Terceiros. No desenvolvimento normal de suas atividades, 
uma empresa efetua diariamente uma série de operações que poderão acarretar Obrigações, as 
quais serão representadas por Duplicatas a Pagar, promissórias a pagar, etc. Essas Obrigações 
terão de ser pagar a fornecedores, empregados, Governo, bancos, etc. 
 Patrimônio Líquido: é a parte do Patrimônio que pertence ao proprietário da empresa. São os 
Capitais Próprios, que podem se originar de duas fontes: 
 A) Recursos do Proprietário: é o caso do Capital Inicial e dos aumentos posteriores, quando 
esses aumentos forem efetuados com recursos do proprietário, oriundo de fora da empresa. 
 B) Evolução normal da empresa: a gestão do patrimônio gera acréscimos no Patrimônio 
Líquido, em decorrência dos lucros apurados. 
 
Ativo: aplicação dos recursos 
 
Os Capitais Próprios e de Terceiro, cujas origens são demonstradas mediante os elementos que 
compõem o Passivo, são aplicados na empresa em Bens e Direitos, conforme mostram os 
elementos que compõem o Ativo. Portanto, os recursos que a empresa utilizou para ter no Ativo 
os Bens e os Direitos forma obtidos conforme mostram os elementos do Passivo. 
 
RESUMINDO: 
Passivo (origem dos recursos) 
 Obrigações = Capital de Terceiros 
 Patrimônio Líquido = Capitais Próprios 
Ativo (aplicações dos recursos) 
 Bens 
 Direitos 
 
3. CONTAS 
 
Conta é o nome técnico que identifica um componente Patrimonial (bens, direitos, obrigações 
e patrimônio líquido) ou um componente de Resultado (despesas e receitas). 
 
Todos os acontecimentos que fazem parte do dia a dia da empresa, responsáveis pela gestão do 
patrimônio – como compras, vendas, pagamentos, recebimentos, etc. - ,são registradas pela 
contabilidade por meio de contas. Assim, toda movimentação de dinheiro (entrada e saída) 
efetuada dentro da empresa é registrada em uma conta denominada Caixa; os objetivos 
comercializados pela empresa são registrados em uma conta denominada Mercadorias, os Bens 
de uso da empresa são registrados em contas que evidenciam a espécie do respectivo Bem, 
como Móveis e Utensílios, Computadores, Veículos, e assim por diante. 
 
3.1 CLASSIFICAÇÕA DAS CONTAS 
 
 
As contas podem ser classificadas em dois grupos: 
 
 Contas patrimoniais; e 
 Contas de resultado (teoria patrimonial). 
 
Conta Patrimonial 
 
As Contas patrimoniais são as que representam os elementos componentes do patrimônio. 
Dividem-se em Ativas (representativas dos Bens e dos Direitos) e Passivos (representativas das 
Obrigações e do Patrimônio Líquido) e são elas que representam o Patrimônio da empresa num 
dado momento, mediante o Balanço Patrimonial. Veja: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Ativo Passivo 
Bens 
Caixa 
Veículo 
 
Direitos 
Duplicatas a Receber 
Promissórias a Receber 
Obrigações 
Fornecedores 
Duplicatas a Pagar 
 
Patrimônio Líquido 
Capital 
Lucro Acumulado 
 
Contas Resultado 
 
As Contas de Resultado são as que representam as variações patrimoniais. Dividem-se em 
contas de despesas e contas de receitas. Aparecem durante o exercício social, encerrando-se no 
final de tal exercício. Não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas é por meio delas que 
sabemos se a empresa apresentou lucro ou prejuízo em suas atividades. 
 
Despesas: 
 
As despesas decorrem do consumo de Bens e da utilização de serviços. Por exemplo: a energia 
elétrica consumida, os materiais de limpeza consumidos, material de expediente consumidos, 
etc. 
 
As despesas são registradas pela Contabilidade por meio das Contas de Resultado. Exemplos 
de Contas de Despesas, veja: 
 
 Água e Esgoto 
 Aluguéis Passivos 
 Descontos Concedidos 
 Juros Passivos 
 Energia 
 Frete 
 
 Salários 
 
Receitas 
 
As Receitas decorrem da venda de bens e da prestação de serviços. Há um número menos de 
receitas que de despesas, sendo as mais comuns representadas pelas seguintes: 
 
 Aluguéis Ativos 
 Descontos Obtidos 
 Juros Ativos 
 Receitas de Serviços 
 
Há contas de Resultado que podem aparecer tanto no grupo das Despesas quanto no grupo das 
Receitas. É o caso de aluguéis, juros e dos descontos. 
 
Como saber quando tais contas representam Despesas e quando representam Receitas? 
 
Na Língua Portuguesa, há palavras que possuem vários significados, dependendo da sua 
colocação. Veja a diferença entre uma conta de aluguel que representa despesas e que 
representa receita: 
 
 A conta Aluguel Passivo é Despesa 
 A conta Aluguel Ativo é Receita 
 A conta Juros Passivos é Despesa 
 A conta Juros Ativos é Receita 
 
No caso de Descontos, são Despesas quando concedidos pela empresa; daí serem registrados 
na conta Descontos Concedidos. E são receitas quando obtidos pela empresa; daí serem 
registrados na conta Desconto Obtidos. 
 
Função das Contas 
 
Função é a missão da conta, a razão de sua existência, para que ela serve. 
 
As contas exercem papel de grande importância no processo contábil. Por meio delas a 
contabilidade controla a movimentação de todos os componentes patrimoniais (contas 
patrimoniais), extrapatrimoniais (contas de compensação) e das variações do Patrimônio 
Líquido (contas de resultado). 
 
Usando as contas, a contabilidade atinge sua principal finalidade: suprir os usuários de 
informações acerca do patrimônio e de suas variações. 
 
3.2 NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO 
 
Mais um alerta para não confundir termos da linguagem comum, quando usados na 
terminologia contábil. 
 
 
Débito: na linguagem comum, significa: 
 
 Dívidas; 
 Situação negativa; 
 Estar em débito com alguém; 
 Estar devendo para alguém, etc. 
 
Quando falamos na palavra débito, procure não ligar o seu significado do ponto de vista técnico 
com o que ela representa na linguagem comum. 
 
Na terminologia contábil, essa palavra tem vários significados, os quais raramente 
correspondem aos da linguagem comum. Neste tópico é importante memorizar o seguinte: 
 
a) Na representação gráfica em forma de T, que estamos usando para representar as contas que 
compõem o Patrimônio (Balanço Patrimonial), o lado esquerdo é o lado do Débito. 
b) Na representação gráfica, também em forma de T, que vamos usar para representar as Contas 
de Resultado, o lado esquerdo é o lado do Débito. 
 
Crédito: na linguagem comum, significa: 
 
 Ter crédito com alguém, em uma loja, etc; 
 Situação Positiva; 
 Poder comprar a prazo, etc. 
 
Na terminologia contábil, palavra crédito também possui vários significados. As mesmas 
observações que fizemos para a palavra débito aplicam-se à palavra crédito. Portanto, neste 
momento é importante memorizar: 
 
a) Na representação gráfica em forma de T, que estamos usando para representar as contas que 
compõem o patrimônio (Balanço Patrimonial),o lado direito é o lado do crédito. 
b) Na representação gráfica, também em forma de T, que vamos usar para representar as Contas 
de Resultado, o lado direito é o lado do crédito. 
 
CONTA PATRIMONIAL 
ATIVO = DÉBITO PASSIVO = CRÉDITO 
Bens ( + ) Obrigações ( - ) 
Direitos ( + ) Patrimônio Líquido ( + ou - ) 
 
 
CONTAS DE RESULTADO 
DÉBITO CRÉDITO 
Despesas ( - ) Receitas ( + ) 
 
Nesses gráficos, o contabilista controlará a movimentação de cada elemento, registrando seus 
aumentos (ingressos, entradas, compras) e as diminuições (saídas, vendas). Para facilitar o 
 
conhecimento, vamos pensar em uma conta que identifique um elemento representativo de 
Bem material: a conta Caixa. 
 
A quantidade de dinheiro existente no caixa aumenta pelas entradas de numerários e diminui 
pelas saídas deles. Esse é o fundamento do controle de cada conta: aumento (entrada) e 
diminuição (saída). 
 
Pois bem: o controle da conta Caixa é feito mediante o registro das entradas e das saídas de 
dinheiro. A contabilidade utiliza o gráfico em T para controlar o movimento de cada conta, 
propositalmente, porque ele tem dois lados: de um lado serão registradas as entradas e do outro, 
as saídas. 
 
Estabeleceu-se, ainda, considerar as contas do Ativo e as contas de despesas como sendo de 
natureza devedora; e as contas do Passivo, bem como as contas de receitas, sendo de natureza 
credora. 
 
Resumindo: 
 
 Entradas de dinheiro no caixa = débitos da conta caixa (lança-se no lado esquerdo do gráfico) 
 Saídas de dinheiro do caixa = créditos da conta caixa (lança-se no lado direito do gráfico) 
 
As contas de natureza devedora são contas que possuem saldos de natureza devedora, ficará 
mais fácil entender o mecanismo do débito e do crédito das contas, isto é: 
 
a) As contas com saldos de natureza devedora serão debitadas sempre que ocorrer entradas de 
valores nas respectivas contas, ou seja, serão debitadas para registrar os aumentos em seus 
saldos; da mesma forma essas contas serão creditadas para registrar saídas de valores, ou seja, 
diminuições em seus saldos; 
b) As contas com saldos de natureza credora serão creditadas sempre que ocorrer entradas de 
valores nas respectivas contas, ou seja, serão creditadas para registrar os aumentos em seus 
saldos; da mesma forma essas contas serão debitadas para registrar saídas de valores, ou seja, 
diminuições em seus saldos. 
 
Finalmente, as palavras “débito” e ‘crédito” em contabilidade, considerando o enfoque do 
presente item, podem ser consideradas sinônimas de aumento e diminuição dos saldos das 
contas. No entanto, é preciso cautela: para as contas de natureza devedora, a palavra “débito” 
representa aumento do saldo e a palavra “crédito” representa diminuição do saldo; por outro 
lado, para as contas de natureza credora, o raciocínio é o inverso: “débito” representa 
diminuição do saldo e “crédito” representa aumento do saldo. 
 
4. ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS 
 
O patrimônio das empresas está em constante movimento, por causa dos acontecimentos que 
ocorrem diariamente. Esses acontecimentos podem ser divididos em dois grupos: 
 
 Atos administrativos, e 
 Fatos administrativos. 
 
 
Atos administrativos 
 
São os acontecimentos que ocorrem na empresa e não provocam alterações no Patrimônio. Por 
exemplo: admissão de empego, assinatura de contratos de compra e venda, assinatura de 
contratos de seguro, finanças em favor de terceiros, etc. 
 
Por não provocarem modificações no patrimônio, os atos administrativos não são objetos de 
contabilização. Entretanto, alguns deles, considerados relevantes, tendo em vista que seus 
efeitos podem se traduzir em modificações futuras no patrimônio da empresa, deverão ser 
contabilizados por meio das contas de compensação. 
 
 Remessas de bens a terceiros para industrialização e conserto ou como empréstimos; 
 Recebimento de bens de terceiro para industrialização e conserto ou como empréstimos; 
 Remessa de títulos ao banco para cobrança simples; 
 
Fatos administrativos 
 
São os acontecimento que ocorrem na empresa e que provocam modificações no patrimônio, 
sendo, portanto, objeto de contabilização por meio das contas patrimoniais ou das contas de 
resultados, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido (situação líquida). 
 
Podem ser classificadas em três grupos: 
 
a) Permutativos – representam permutas (trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos 
simultaneamente, sem provocar as variações no Patrimônio Líquido; 
b) Modificativos – provocam variações (modificações) no Patrimônio Líquido; 
c) Mistos – envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e modificativo. 
 
5. ESCRITURAÇÃO 
 
Escrituração é uma técnica contábil que consiste em registrar nos livros próprios (diário, razão, 
caixa, etc) todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que modifiquem ou possam vir 
a modificar a situação patrimonial. 
Segundo estabelece o artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002), todas as 
empresas (sejam elas caracterizadas como empresário – antiga empresa individual – ou como 
sociedade empresária) estão obrigadas a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou 
não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a 
documentação respectiva. 
 
5.1 LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO 
 
Os principais livros utilizados pela contabilidade são o Diário e o Razão. Esses dois livros são 
obrigatórios. 
 
A contabilidade utiliza, ainda, livros auxiliares que podem servir de suporte para a escrituração 
do Diário e do Razão. São exemplos, o Caixa, Contas correntes, contas a receber, contas a 
pagar, etc. 
 
 
As empresas podem utilizar, ainda, livros exigidos pela legislação societária, fiscal, trabalhista 
e previdenciária. São livros obrigatórios em decorrência da forma jurídica, do ramo de 
atividade ou por outro motivo definido em Lei. Alguns deles também podem ser utilizados 
como auxiliares do Diário e do Razão, como ocorre com o livro de Registro de Entradas, 
Registro de Saídas, Registro de Inventário, Registro de Empregados, Ponto, etc. 
 
O Diário é um livro obrigatório. Nele são lançadas, com individualização, clareza e indicação 
do documento comprobatória, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todos os 
acontecimentos que ocorrem na empresa e que provocam modificações no patrimônio. 
 
O Razão é um livro de grande utilidade para a Contabilidade porque nele é registrado o 
movimento individualizado de todas as contas. 
 
O livro Caixa também é auxiliar. Nele são registrados todos os fatos administrativos que 
envolvam entradas e saídas de dinheiro. 
 
5.2 MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO 
 
Método das partidas simples 
 
Consiste no registro de operações específicas envolvendo o controle de um só elemento. No 
livro Caixa, por exemplo, os eventos são registrados visando apenas ao controle do dinheiro, 
sem a preocupação de controlar outros elementos patrimoniais ou até mesmo de se evidenciar 
o lucro ou prejuízo decorrente das respectivas transações. Outro exemplo de registro pelo 
método das partidas simples ocorre com o Livro de Contas a Pagar, no qual só interessa o 
controle específico das obrigações. 
 
Método das Partidas Dobradas 
 
De uso universal, esse método foi apresentado pela primeira vez pelo frade Francisco Luca 
Pacioli, na cidade de Veneza . Sua adoção permite o controle de todos os componentes 
patrimoniais bem como das variações do Patrimônio Líquido, que poderão resultar em lucro 
ou prejuízo. 
 
O princípio fundamental do método é o de que não há devedor sem que haja credor, 
correspondendoa cada débito um crédito de igual valor. 
 
Por meio desse método, os eventos são registrados inicialmente no Livro Diário e, 
posteriormente, no Livro Razão. 
 
5.3 LANÇAMENTOS 
 
Lançamentos é o meio pelo qual se processa a escrituração. É a forma contábil de se processar 
o registro dos fatos no Livro Diário. 
 
Como elaborar o lançamento 
 
 
Na vida prática, ao deparar-se com um evento a ser contabilizado no Livro Diário, o contabilista 
precisa registrá-lo obedecendo a uma determinada disposição técnica. 
 
Por isso, apresentamos os cinco elementos essenciais do lançamento. Para isso é preciso seguir 
os cinco passos: 
 
 Primeiro – identificar o local e a data da ocorrência do fato. 
 Segundo – Verificar que documento foi emitido para comprovar à operação. 
 Terceiro – Identificar, no fato, os elementos envolvidos. 
 Quarto – Identificar as contas que serão utilizadas para registrar os elementos envolvidos no 
fato. 
 Quinto – Identificar que conta será debitada e que conta será creditada. 
 
Após identificadas as contas que utilizaremos para registrar os elementos envolvidos no fato 
em questão, precisando saber qual delas será debitada e qual será creditada. 
 
Exemplo: compra de uma motocicleta, marca Lunar, da Casa Estrela, conforme Nota Fiscal nº 
5.390, no valor de R$ 5.000, nas seguintes condições: 
 
a) Pagamento, no ato, de R$ 3.000, em dinheiro, como entrada; 
b) O restante será pago após 30 dias, conforme aceite da Duplicata nº 0001. 
 
Assim temos: 
 
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C 
Motocicleta Veículo 5.000 D 
Dinheiro Caixa 3.000 C 
Duplicatas Duplicatas a Pagar 2.000 C 
 
Quando nós pagamos juros (Despesas) 
 
Exemplo: pagamento da Duplicata, no valor de 1.000, com 2% de juros pelo atraso. O 
pagamento foi feito em dinheiro. 
 
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C 
Duplicatas Duplicatas a Pagar 1.000 D 
Juro Juros Passivos 20 D 
Dinheiro Caixa 1.020 C 
 
Quando nós recebemos os juros (Receita) 
 
Exemplo: Recebimento da Duplicata, no valor de R$ 1.000, com 5% de juros pelo atraso. 
 
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C 
Duplicatas Duplicatas a Receber 1.000 C 
 
Juro Juros Ativos 50 C 
Dinheiro Caixa 1.050 D 
 
Quando nós ganhamos o Desconto (Receita) 
 
Exemplo: pagamento, em dinheiro, no valor de R$ 5.000, com 10% de desconto. 
 
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C 
Duplicatas Duplicatas a Pagar 5.000 D 
Desconto Desconto Obtido 500 C 
Dinheiro Caixa 4.500 C 
 
Quando nós oferecemos o Desconto (Despesas) 
 
Exemplo: recebimento, em dinheiro, correspondente à Duplicata, no valor de R$ 5.000, com 
10% de desconto. 
 
ELEMENTOS CONTAS VALOR D/C 
Duplicatas Duplicatas a Receber 5.000 C 
Desconto Desconto Concedido 500 D 
Dinheiro Caixa 4.500 D 
 
Para isso, você poderá escolher uma das seguintes opções: 
 
 Primeira opção: adotaremos essa opção, o raciocínio do débito e do crédito torna-se simples, 
ou seja, identificar a aplicação de recursos e a origem de recursos. 
 Segunda opção: aumento ou diminuição do saldo da conta. 
 
6. RAZONETE E BALANCETE 
 
Também denominado gráfico em T ou conta em T, o Razonete nada mais é do que uma versão 
simplificada do Livro Razão. 
 
Entre os quatro principais livros utilizados pela contabilidade (Diária, razão, Caixa e Contas 
Correntes), o razão é o mais importante sob o ponto de vista contábil, pois por meio dele se 
controla separadamente o movimento de cada conta. 
 
O controle individualizado das contas é importante para se conhecer os seus saldos, 
possibilitando a apuração de resultados e a elaboração de demonstrações contábeis, como o 
Balancete de Verificação do Razão, o Balanço patrimonial e muitas outras. 
 
Esse mesmo gráfico em T, que é utilizado para representar o Balanço Patrimonial, será agora 
empregado para o controle individualizado de cada conta. 
 
Veja um modelo de Razonete: 
 
 
RAZONETE 
Débito Crédito 
 
 
 
Este é o modelo de Razonete. 
 
No lado esquerdo, lado do débito, devem ser lançadas todas as importâncias que representam 
entradas, no lado direito, lado do crédito, devem ser lançadas todas as importâncias que 
representarem saídas. 
 
Exemplo Prático 
Escriturar no Diário e nos Razonetes os seguintes eventos: 
 
1. Investimento inicial, em dinheiro: R$ 600 
2. Compra de um Veículo, à vista: R$ 400 
3. Depósito efetuado no Banco do Brasil S/A: R$ 50 
 
Solução: 
a) Lançamentos de diário 
 
(1) Credita: capital 600 
Debita: caixa 600 
 
(2) Credita: caixa 400 
Debita: veículo 400 
 
(3) Credita: caixa 50 
Debita: banco 50 
 
b) Razonte 
 
CAIXA 
(1) 600 (2) 400 
(3) 50 
 
TOTAL - 450 
 
CAPITAL 
 (1) 600 
 
 
VEÍCULO 
(2) 400 
 
 
 
BANCO 
(3) 50 
 
Devem ser utilizados tantos Razonetes em T quantas forem as contas utilizadas na escrituração 
do Diário. 
 
Observe que lançamentos os valores no débito ou no crédito de cada conta em seu respectivo 
Razonete, conforme esteja debitada ou creditada no Diário. 
 
Para facilitar a identificação da origem dos valores lançados nos Razonetes, colocamos à 
esquerda de cada um, entre parênteses, o número do lançamento do Diário de onde foi extraído 
 
Após elaboramos os Razonetes, somamos os movimentos de cada conta. 
 
c) Saldo da Conta 
 
Saldo da conta é a diferença entre o total dos valores lançados a débito e o total dos valores a 
crédito na referida conta. 
 
Esse saldo será devedor quando o total dos valores lançados a débito for superior ao total dos 
valores lançados a crédito na mesma conta; por outro lado, o saldo será credor quando o total 
dos valores lançados a crédito for superior ao total dos valores lançados a débito na mesma 
conta. Veja: 
 
CAIXA 
(1) 600 
 
 
Total 600 
(2) 400 
(3) 50 
 
Total 450 
 
Observe que o lado do débito totalizou 600 e o lado do crédito, 450. 
 
Faremos: 
 Total do débito.................................................600 
 ( - ) Total do Crédito..........................................450 
 ( = ) Saldo.........................................................150 
 
Neste caso, como o débito superou o crédito, o saldo é devedor e deverá ser colocado no 
Razonete abaixo dos totais, no lado correspondente ao débito. 
 
Veja, então, como ficará o Razonete com o respectivo saldo indicado: 
 
CAIXA 
(1) 600 
 
 
(2) 400 
(3) 50 
 
 
Total 600 Total 450 
 
Saldo 150 
 
 
 
Balancete é uma relação de contas extraídas do Livro Razão (ou dos Razonetes), com seus 
respectivos saldos devedores e credores. 
 
Os balancetes podem diferir uns dos outros com relação ao número de colunas utilizadas: uns 
poderão conter apenas duas colunas, sendo uma destinada aos saldos devedores e outra aos 
saldos credores; outros poderão conter colunas destinadas ao movimento (total do débito e do 
crédito de cada conta) ou até mesmo para se lançar valores dos lançamentos de ajustes, 
conforme o interesse do contabilista. 
 
Veja como é fácil elaborar um Balancete de verificação, partindo dos Razonetes abaixo: 
 
IMÓVEIS 
DÉBITO CRÉDITO 
4.000 
20.000 
 
 
TOTAL 24.000 
 
 
VEÍCULO 
DÉBITO CRÉDITO 
2.000 
3.000 
 
 
TOTAL 5.000 
 
 
 
MÓVEIS E UTENSÍLIOS 
DÉBITO CRÉDITO 
1.000 
4.000 
 
TOTAL 5.000 
 
 
 
DUPLICATAS A PAGAR 
DÉBITO CRÉDITO 
3.000 
 
4.000 
 
 
 SALDO 1.000 
 
 
ESTOQUE 
DÉBITO CRÉDITO 
3.500 
1.500 
2.000 
 
SALDO 3.000 
 
 
 
CAIXADÉBITO CRÉDITO 
1.000 
2.000 
3.000 
1.500 
 
SALDO 4.500 
 
 
 
IMPOSTOS 
DÉBITO CRÉDITO 
1.500 
 
 
7.000 
1.000 
8.000 
 
SALDO 6.500 
 
 
CAPITAL 
DÉBITO CRÉDITO 
 
3.000 
 
 
FORNECEDORES 
DÉBITO CRÉDITO 
 
4.000 
 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
CONTAS SALDO 
 
 DEVEDOR CREDOR 
1. Imóveis 
2. Veículo 
3. Móveis e Utensílios 
4. Duplicatas a pagar 
5. Estoque 
6. Caixa 
7. Impostos 
8. Capital 
9. Fornecedores 
 
Total 
 
24.000 
5.000 
5.000 
- 
3.000 
4.500 
- 
- 
- 
 
41.500 
- 
- 
- 
1.000 
- 
- 
6.500 
30.000 
4.000 
 
41.500 
 
Note que, do Balancete apresentado, fizemos constar todas as contas que figuram nos 
Razonetes, com seus respectivos saldos transcritos. 
 
A soma da coluna do saldo devedor tem de ser igual à soma da coluna do Saldo Credor, porque 
os fatos contábeis são registrados no Livro Diário pelo método das partidas dobradas, cujo 
princípio fundamental estabelece que, na escrituração, a cada débito deve corresponder um 
crédito de igual valor. Assim, ao relacionarmos em um Balancete todas as contas utilizadas 
pela contabilidade de uma empresa, com seus respectivos saldos devedores e credores, a soma 
da coluna do débito terá de ser igual à soma da coluna do crédito. 
 
7. APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
Apurar o Resultado do Exercício consiste em verificar, por meio das Contas de Resultado 
(despesas e receitas), se a movimentação do Patrimônio da empresa apresentou lucro ou 
prejuízo durante o exercício social. 
 
A apuração simplificada do Resultado do Exercício de uma empresa de prestação de serviços 
pode ser resumida em uma única operação: confronto das Receitas com as Despesas. A 
diferença será lucro (quando as receitas superarem as despesas) ou prejuízo (quando as 
despesas superarem as receitas). 
 
7.1 ROTEIRO PARA APURAÇÃO DO RESULTADO 
 
Agora você conhecerá a sequência ideal dos procedimentos que devem ser tomados para se 
apurar o Resultado do Exercício de uma empresa de prestação de serviços. 
 
ROTEIRO 
 
1. Elaborar um balancete de Verificação composto por contas cujos saldos serão extraídos do 
Livro razão ou dos razonetes. 
2. Transferir os saldos das Contas de Despesas para a conta transitória Resultado do Exercício. 
 
3. Transferir os saldos das Contas de receitas também para a conta transitória Resultado do 
Exercício. 
4. Apurar – no livro Razão ou no Razonete – o saldo da Conta Resultado do Exercício. 
A conta Resultado do Exercício receberá, a seu débito, os saldos das Contas de Despesas e, a 
seu crédito, os saldos das Contas de Receitas. Logo, se o saldo desta conta for devedor, o 
Resultado do Exercício corresponderá a prejuízos; se o saldo for credor, o Resultado do 
Exercício corresponderá a lucro. 
5. Transferir o resultado da conta Resultado do Exercício para a conta Lucros Acumulados, se 
for lucro, ou para conta Prejuízos Acumulados, se for prejuízos. Essas contas são patrimoniais, 
do grupo do Patrimônio Líquido. 
6. Levantamento o Balanço Patrimonial. 
7. Transcrever o Balanço Patrimonial no livro Diário. 
 
7.2 PROCEDIMENTOS E CONTABILIZAÇÃO 
 
Exemplo prático 
 
Suponhamos que uma empresa de prestação de serviços tenha encerrado seus registros 
contábeis relativos ao exercício x3 e que, em 31 de dezembro, no livro Razão, constavam as 
seguintes contas com seus respectivos saldos: 
 
RAZONETES 
 
CAIXA 
10.000 
 
 
CONTAS A PAGAR 
 5.000 
 
 
IMPOSTOS 
1.000 
 
 
RECEITAS DE SERVIÇOS 
 3.500 
 
 
MÓVEIS 
3.000 
 
 
CAPITAL 
 6.000 
 
 
 
ALUGUÉIS PASSIVOS 
500 
 
 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
CONTAS SALDO 
 DEVEDOR CREDOR 
1. Caixa 
2. Móveis e Utensílios 
3. Contas a Pagar 
4. Capital 
5. Impostos 
6. Aluguel Passivo 
7. Receita de Serviço 
Total 
10.000 
3.000 
- 
- 
1.000 
500 
- 
14.500 
- 
- 
5.000 
6.000 
- 
- 
3.500 
14.500 
 
A conta Resultado do Exercício é transitório e não foi utilizada durante o ano para o registro 
das operações normais da empresa. É esta conta que possibilita a apuração do Resultado do 
Exercício. Para fazermos essa apuração, precisamos transferir para a conta transitória os saldos 
de todas as Contas de Despesas, bem como os saldos de todas as Contas de receitas. 
 
Neste momento, vamos exemplificar a transferência dos saldos das Contas de Despesas e 
contas de Receitas. 
 
No livro Razão (Razonetes) da empresa em questão, constam apenas duas Contas de Despesas 
e duas contas de receitas, que são: 
 
IMPOSTOS 
1.000 
 
 
ALUGUÉIS PASSIVOS 
500 
 
RECEITAS DE SERVIÇOS 
 3.500 
 
Vamos, inicialmente transferir o saldo da conta Impostos para a conta Impostos para a conta 
Resultado do Exercício. 
 
O que significa transferir o saldo de uma conta? 
 
 
Transferir o saldo de uma conta para outas, ou seja, de um Razonete para outro, significa zerar 
o saldo da conta de origem (no Razonete do qual foi transferido) e lançar o respectivo valor da 
conta de destino (no razonete para o qual foi transferido), sendo que este valor deverá ficar no 
razonete da conta de destino, na mesma posição em que era mantido no Razonete da conta de 
origem. Assim, se o valor na conta de origem estiver no débito, ele deverá ficar no débito da 
conta de destino; se estiver no crédito na conta de origem, deverá ficar no crédito da conta de 
destino. 
 
Agora, vamos transferir os valores das despesas e depois registrá-lo nos Razonetes: 
 
(1) Creditar: impostos 1.000 
Debitar: ARE 1.000 
 
(2) Creditar: aluguel 500 
Debitar: ARE 500 
IMPOSTOS 
1.000 (1) 1.000 
 
 
ALUGUÉIS PASSIVOS 
500 (2) 500 
 
Agora, vamos transferir os valores das receitas e depois registrá-lo nos Razonetes: 
 
(3) Debitar: receitas de serviços 3.500 
Creditar: ARE 3.500 
 
RECEITAS DE SERVIÇOS 
 3.500 
 
RESULTADO DO EXERCÍCIO 
(1) 1.000 
(2) 500 
 
SOMA 1.500 
(3) 3.500 
 
 
 
 SALDO 2.000 
Agora, vamos transferir o resultado da conta Resultado do Exercício para a conta Lucros 
Acumulados. 
 
(4) Creditar: lucros acumulados 2.000 
Debitar: ARE 2.000 
 
RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
(1) 1.000 
(2) 500 
 
SOMA 1.500 
(3) 3.500 
 
 
 
(4) 2.000 SALDO 2.000 
 
LUCRO ACUMULADO 
 (4) 2.000 
 
8. CONCEITO, ESTRUTURA E MODELO DO BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial é a demonstração financeira (contábil) destinada a evidenciar, 
quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da empresa. 
Deve compreender todos os Bens, Direitos (ativo), as Obrigações (passivo) e o Patrimônio 
Líquido da entidade de uma determinada data. 
O Balanço Patrimonial é composto por duas partes: Ativo e Passivo. Tradicionalmente, o 
Balanço Patrimonial é apresentado em um gráfico em forma de T. 
O Balanço Patrimonial representado no gráfico em forma de T, o lado direito (lado do Passivo, 
composto por obrigações e Patrimônio Líquido) revela a origem dos recursos (capitais) totais 
que a empresa tem à sua disposição e que estão aplicados no patrimônio. O ativo revela a 
aplicação desses recursos (capitais) totais, isto é, mostra onde a empresa investiu todo o capital 
(próprio e de terceiros) que tem à sua disposição. 
 Ativo Circulante – é composto pelos bens e pelos direitos que estão frequente circulação no 
Patrimônio. È o capital de giro da empresa. Representam o ativo circulante:caixa, banco, 
aplicações financeiras, estoques, clientes até 12 meses, etc. 
 Ativo Não Circulante – é dividido em realizável em longo prazo, investimentos, imobilizado 
e intangível. 
 Passivo Circulante – são classificadas as contas representativas das obrigações cujos 
vencimentos ocorram durante o exercício seguinte. Esse grupo poderá conter subdivisões, de 
acordo com a natureza de cada obrigação, como: fornecedores, empréstimos e financiamento, 
obrigações tributárias, obrigações trabalhistas, etc. 
 Passivo não Circulante – nesse grupo podem figurar as mesmas contas representativas de 
obrigações classificadas no Passivo Circulante, com seus respectivos subgrupos, porém 
vencíveis após o término do exercício social seguinte (acima de 12 meses). 
 Patrimônio Líquido – é a parte do Balanço Patrimonial que corresponde aos capitais próprios, 
são classificadas da seguinte maneira: capital social, reserva de capital, reservas de lucros, 
ações em tesouraria, etc. 
Agora, vamos levantar o balanço patrimonial e veja, finalmente, como ficará o Balanço 
Patrimonial da empresa deste nosso exemplo prático: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Ativo circulante 
Caixa....................................10.000 
Ativo Não Circulante 
Móveis e Utensílios ............3.000 
 
Total do Ativo .....................13.000 
Passivo Circulante 
Contas a Pagar................5.000 
Patrimônio líquido 
Capital.............................6.000 
Lucros Acumulados........2.000 
Total do Passivo................13.000 
 
 
 
FINANÇAS – Introdução à Contabilidade 
 
 
 
 
 
Hino Nacional 
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas 
De um povo heróico o brado retumbante, E 
o sol da liberdade, em raios fúlgidos, 
Brilhou no céu da pátria nesse instante. 
Se o penhor dessa igualdade 
Conseguimos conquistar com braço forte, 
Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso 
peito a própria morte! 
Ó Pátria amada, 
Idolatrada, Salve! 
Salve! 
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido 
De amor e de esperança à terra desce, 
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A 
imagem do Cruzeiro resplandece. 
Gigante pela própria natureza, 
És belo, és forte, impávido colosso, E 
o teu futuro espelha essa grandeza. 
Terra adorada, 
Entre outras mil, És 
tu, Brasil, 
Ó Pátria amada! Dos filhos deste 
solo és mãe gentil, Pátria 
amada,Brasil! 
Deitado eternamente em berço esplêndido, 
Ao som do mar e à luz do céu profundo, 
Fulguras, ó Brasil, florão da América, 
Iluminado ao sol do Novo Mundo! 
Do que a terra, mais garrida, 
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; 
"Nossos bosques têm mais vida", 
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." 
Ó Pátria amada, 
Idolatrada, Salve! 
Salve! 
Brasil, de amor eterno seja símbolo 
O lábaro que ostentas estrelado, 
E diga o verde-louro dessa flâmula 
- "Paz no futuro e glória no passado." 
Mas, se ergues da justiça a clava forte, 
Verás que um filho teu não foge à luta, 
Nem teme, quem te adora, a própria morte. 
Terra adorada, 
Entre outras mil, És 
tu, Brasil, 
Ó Pátria amada! Dos filhos deste 
solo és mãe gentil, Pátria amada, 
Brasil! 
Hino do Estado do Ceará 
Poesia de Thomaz Lopes 
Música de Alberto Nepomuceno 
Terra do sol, do amor, terra da luz! 
Soa o clarim que tua glória conta! Terra, o 
teu nome a fama aos céus remonta Em 
clarão que seduz! 
Nome que brilha esplêndido luzeiro 
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro! 
Mudem-se em flor as pedras dos 
caminhos! Chuvas de prata rolem das 
estrelas... E despertando, deslumbrada, ao 
vê-las Ressoa a voz dos ninhos... 
Há de florar nas rosas e nos cravos 
Rubros o sangue ardente dos 
escravos. Seja teu verbo a voz do 
coração, Verbo de paz e amor do Sul 
ao Norte! Ruja teu peito em luta contra 
a morte, Acordando a amplidão. Peito 
que deu alívio a quem sofria E foi o sol 
iluminando o dia! 
Tua jangada afoita enfune o pano! 
Vento feliz conduza a vela ousada! 
Que importa que no seu barco seja um nada 
Na vastidão do oceano, Se à proa 
vão heróis e marinheiros 
E vão no peito corações guerreiros? 
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas! 
Porque esse chão que embebe a água dos 
rios Há de florar em meses, nos estios E 
bosques, pelas águas! 
Selvas e rios, serras e florestas Brotem 
no solo em rumorosas festas! Abra-se 
ao vento o teu pendão natal Sobre as 
revoltas águas dos teus mares! E 
desfraldado diga aos céus e aos mares 
A vitória imortal! 
Que foi de sangue, em guerras leais e francas, 
E foi na paz da cor das hóstias brancas!

Mais conteúdos dessa disciplina