Resenha: O petróleo tem que ser nosso - última fronteira

Prévia do material em texto

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:
O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO: ÚLTIMA FRONTEIRA. Direção: Peter Cordenonsi. Produção: Vera Moderno. Rio de Janeiro: SINDIPETRO-RJ; AEPET, 2009. 59min27s bobina cinematográfica.
RESENHA CRÍTICA
	Tal obra analisada trata-se do documentário “O Petróleo Tem Que Ser Nosso: Última Fronteira” o qual repassa informações sobre a grandiosa descoberta de reservas de petróleo e gás natural situadas no Pré-Sal. Por estas reservas estarem localizadas no mar territorial brasileiro, o usufruto deste precioso bem fornecido pela natureza, é do governo brasileiro. O que faz a obra não ter somente finalidade informativa, mas soar também como um alerta, de que se deve proteger este patrimônio brasileiro. 
	O documentário se desenvolve em torno do seguinte questionamento: Diante da descoberta da reserva de petróleo no Pré-Sal, que direção o país vai tomar?. Na busca da resolução deste dilema, que não se dá de forma clara e imediata, a obra vem sempre exaltando à defesa da nacionalização do petróleo, e a preocupação da destinação dos royalties provindos desta extração. 
	 O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (SINDIPETRO-RJ) e a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) foram parceiros assíduos na realização da obra cinematográfica, bem como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que apoiaram firmemente este. Em virtude dos principais idealizadores deste filme possuir cunho social, a obra expõem movimentos sindicais e sociais ocorridos em defesa deste patrimônio que pertence ao povo.
	Com dezenas de entrevistados, o documentário agregou opiniões de engenheiros, economistas, geólogos, petroleiros, advogados, sindicalistas, atores, professores, escritores, líderes religiosos, jornalistas, políticos, cidadãos brasileiros, entre outros. O que o tornou extremamente rico em opiniões diversas, sendo perceptível uma série de conceitos semelhantes entre eles. 
	Os entrevistados em diversas vezes entraram em consenso no quesito de que o petróleo tem que ser nosso, ou seja, sem a intervenção por completa de empresas estrangeiras. Pois, com o empenho dos brasileiros em explorar esta imensa descoberta que é o Pré-Sal, a tecnologia nacional irá se desenvolver ao mesmo tempo que a educação, consequentemente a saúde, logo, as mazelas do país irão se reduzir. 
	O longa relata também a possibilidade da injeção de trilhões de dólares na economia brasileira, vinda da extração do óleo abaixo da camada do Pré-Sal. E com isso surge o dilema de onde e de que maneira investir este capital. Além do questionamento anterior, surge a preocupação ambiental, pois o petróleo e seus derivados são um dos principais autores dos problemas que afetam o meio ambiente. 
	Logo, o documentário retrata de forma exemplar, desde a explicação da formação deste precioso óleo, bem como seus entrevistados opinam de que maneira esse bem deve ser explorado e para onde deve ser destinada a verba adquirida.